O dólar fechou em alta de 0,87%, cotado a R$ 5,3327, nesta segunda-feira (20), furando de uma só vez duas resistências técnicas e escalando ao maior patamar em um mês, impulsionado pela aversão a risco no exterior ditada por medo de contágio de problemas financeiros de uma grande empresa chinesa. A moeda brasileira registrou o pior desempenho global nesta sessão.
A alta percentual desta segunda foi a mais forte desde o último dia 8 (+2,84%), e o nível de fechamento é o mais alto desde 23 de agosto (R$ 5,3823).
Com o resultado, a moeda norte-americana acumula avanço semanal de 3,15% e anual de 2,80%. Veja mais cotações.
Cenário
Na cena doméstica, entram em vigor nesta segunda-feira as novas alíquotas do IOF –Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários para custear o Auxílio Brasil, programa proposto pelo governo para substituir o Bolsa Família. A alta do IOF vale para operações de crédito de pessoas físicas e de empresas.
O mercado segue de olho também na tensão política e na piora das expectativas para o desempenho da economia brasileira. Segundo o Boletim Focus, divulgado mais cedo, os agentes do mercado já esperam inflação de 8,35% este ano. Já a taxa esperada para a Selic subiu a 8,25%.
No exterior, os investidores seguem atentos a qualquer sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre o futuro de seu programa de compra de ativos. Esta semana, tanto o Fed e o banco central brasileiro decidem suas novas taxas de juros.