História





Charges e campanhas eleitorais dos governos Brasileiros desde a época Vargas        

 




            1930 - 1945 - Getúlio Dorneles Vargas (Getúlio Vargas) na sua eleição.





A caricatura de (Alfredo) Storni, que descrevo a seguir, sobre o advento da "República Nova", publicada na revista Careta em dezembro de 1930, parece se aproximar das questões relembradas pelo sociólogo pernambucano. A cena desenrola-se na enfermaria de um hospital: na parede branca, um quadro mostra um revolucionário em movimento, o nome de João Pessoa (dimensão trágica de 30) e a data evocada dos batalhões e clubes revolucionários (três de outubro); em primeiro plano, dois "médicos" estabelecem diagnósticos e posologias para a República doente e desfigurada , prostrada no leito de uma cama mais ao fundo; Osvaldo Aranha, de avental branco, demonstra os artefatos propícios para anestesia e conseqüente operação cirúrgica; porém, mais próximo da paciente, vê-se o homeopata Getúlio Vargas enfatizar o seu método curativo; então, a República que está representada pela mulher deitada, queixa-se para o leitor: "– No princípio prometeram-me com espalhafato a intervenção cirúrgica, mas no fim foi aquela agüinha..."



Ao fundo, os próceres da República que circulavam nos arranjos políticos com possibilidades de algum sucesso eleitoral. Ao centro deles, o presidente com o seu peculiar charuto, a sorrir e iniciando diálogo com os presentes. Em primeiro plano, observam-se os nomes dos personagens grafados numa suposta descompostura estética. No entanto, na parte central dos nomes, o olhar vê, de forma saliente, a composição vertical de um código que se mostra intencional: Getúlio. E, ao tempo em que o mesmo toma para si todas as atenções, fala e demonstra: "– Sim, haverá ‘sucessão’, isto é, sucesso grande! O vencedor está entre esses nomes".






Uma das charges mais difundidas que retrataram a política getuliana foi traçada por J. Carlos para a revista Careta, em janeiro de1937, com um efeito satírico devastador: em primeiro plano aparecem bananeiras com portentosos cachos da fruta tropical; mais ao centro, no meio da rua, vê-se o "baixinho" Getúlio e seu inconfundível charuto, com um cesto cheio de cascas de bananas e outras tantas já espalhadas pela via pública (calçada e rua); ao fundo ergue-se pomposamente o Palácio do Catete, onde sobressaem o portão principal, as sacadas e as águias no alto da fachada preparando-se para alçar vôo; no oitão do palácio, encostado numa de suas colunas, aparece o Jeca, o homem do povo, de chapéu, com as pernas cruzadas fazendo o "quatro", e observando a cena com um leve sorriso. A frase de Getúlio parece ser dirigida ao quase invisível personagem e a todos: "– Para que cerca de arame farpado? Bastam as habituais cascas de bananas..."



1946 - 1951 - General Eurico Gaspar Dutra ,na sua propaganda para a eleição.



A charge que foi capa da revista Careta em março de 1946 trabalha a imagem desta dicotomia: "A terra em tal maneira é graciosa...", representando a ditadura a partir da máscara de um gordo palhaço, sobressaindo-se da boca o charuto, marca registrada do político Getúlio Vargas. Definia-se, portanto, um espectro da República, cuja imagem horizontal partia do centro – o baixinho do charuto – e se espalhava nos interstícios sociais, a saber, os getulistas, os sindicalistas, os estadonovistas e os críticos da "boa e velha" democracia do "deixar fazer". Todos estavam na fisionomia bonachona e irresponsável do palhaço, eram os adeptos conscientes e inconscientes da ditadura.




Charge do cartunista Théo, publicada na revista Careta em agosto de 1947, mostra vários espaços em que a presença de Dutra é sistematicamente vigiada por Getúlio Vargas. No escritório, na sala de despachos, no clube de golfe, na mesa de refeições, no dormitório e no banheiro, lá está o "republicano-mor" a espreitar e avivar a lembrança de seu sucessor e antecessor.





1) Cristiano Machado; 2) João Mangabeira; 3) Eduardo Gomes; 4) Alencastro Guimarães; 5) Getúlio Vargas; 6) Viturino Freire; 7) Altino Arantes; 8) Osvaldo Orico; 9) João Alberto; 10) Adhemar de Barros; 11) Ocilon Braga; 12) Café Filho

Eleições 1950
Jornal A Manhã



Eduardo Gomes, Cristiano Machado e Getúlio Vargas

Eleições 1950
Jornal A Vanguarda





                                               1951 - 1954 - Getúlio Dorneles Vargas 








Assim, as recorrências cômicas e discursivas entre a República e o espaço/tempo político de Getúlio/getulismo parecem ser elucidativas na charge de Théo (Djalma Pires Ferreira), "Os Sonhos do Proclamador", publicada na revista Careta em novembro de 1952, e que passo a descrever: as imagens do ato fundador ganham destaque, em primeiro plano, nas insígnias e vestimenta militar do velho general de barbas brancas que se apóia, indelevelmente, na espada da ordem e se mostra com o olhar patético diante da pergunta de um político que estava no comando republicano há mais de duas décadas. "Que tal a sua República?", isto é, aquela de 1889, tem ares de uma pergunta distanciada, como se o autor da mesma já aguardasse pela resposta de um Deodoro fora do tempo, e que somente poderia resmungar um lacônico "irreconhecível...".





Talvez tenha sido a caricaturista Hilde Weber quem melhor traçou o momento agonístico da República, no agosto de 1954, através de desenhos sucessivos para o jornal de Carlos Lacerda, a Tribuna da Imprensa. Destaco a imagem de Getúlio Vargas, pequenino, sentado na "monárquica" cadeira da presidência da República, praticamente em chamas, cuja imagem historiográfica remete à queima dos hereges. Vargas vivia um verdadeiro inferno político, o que também não deixa de ser uma alusão ao "fogo do inferno". Numa atitude de resistência a qualquer abjuração, o presidente sustenta uma atitude irascível: "Daqui não saio...". Lugar da República que somente sairia, conforme outra charge da autora, pela fumaça de seu tradicional charuto, formando o espírito que desencarnava da sua materialidade. Não por acaso, o álbum de caricaturas de Hilde Weber se chamaria O Brasil em Charge, no qual se destacam as suas notáveis imagens getulistas com os cabelos arrebitados.




1954 - 1955 - João Café Filho de terno branco.



1) Brizola, 2) Plínio Coelho, 3) Eugênio Gudin, 4) Roberto Silveira, 5) Armando Falcão, 6) Benedito Valadares, 7) Magalhães Pinto, 8) Carvalho Pinto, 9) Lacerda, 10) Sérgio Magalhães, 11) Edna Lott, 12) Bias Fortes, 13) Amaral Peixoto, 14) JK, 15) Jango, 16) Tenório, 17) Tancredo, 18) Prestes, 19) Milton Campos, 20) Lott, 21) Mendes Moraes, 22) Café Filho, 23) Jânio, 24) Plínio Salgado, 25) Adhemar de Barros, 26) Juracy Magalhães

Eleições 1955
O Cruzeiro, setembro de 1975



1956 - 1961 - Juscelino Kubitschek de Oliveira (Juscelino Kubitschek - JK)


Juscelino Kubitschek, político





Jânio Quadros e Carlos Lacerda, políticos
O Cruzeiro, 19.12.1959
.


1961 - 1961 - Jânio da Silva Quadros (Jânio Quadros) dando sua entrevista.


Jânio Quadros, político
O Cruzeiro, 07.10.1961









1961 - 1964 - João Belchior Marques Goulart (João Goulart - Jango) dando sua entrevista.



Tancredo Neves, político
1964



O Cruzeiro, 24 de outubro de 1964
“Candidatos ao Palácio da Alvorada”




1964 - 1967 - Marechal Humberto de Alencar Castello Branco (Marechal Castello Branco) no meio do povo.



O Cruzeiro, 4 de abril de 1964
"Castelo Branco e as cabeças"




O Cruzeiro, 12 de dezembro de 1964
“Oposição”



Ney Braga, Magalhães Pinto, Adhemar de Barros e Castelo Branco, políticos
O Cruzeiro, 16.01.1965




Magalhães Pinto, Castelo Branco e Carlos Lacerda, políticos
1965



O Cruzeiro, 3 de abril de 1965
“Nascido para a política”




O Cruzeiro, 5 de novembro de 1966
“O congresso”





1967 - 1969 - Marechal Arthur da Costa e Silva (Marechal Costa e Silva) dando sua entrevista.






O jango pode voltar, tchê, as portas estão abertas...
16 de abril de 1967
“O Jango pode voltar”




1969 - 1974 - General Emílio Garrastazu Médici (General Medici) fazendo uma coletiva de imprensa.





“O futuro”
1969





1974 - 1979 - General Ernesto Geisel (General Ernesto Geisel) dando entrevista.





Era setembro, era 1973 e a eleição para o próximo presidente militar já estava nas ruas. Foi quando Ziraldo publicou sua charge de maior repercussão. No discurso anunciando a sua candidatura, Geisel candidato imposto pelos militares, citava, pela primeira vez, os partidos que eles haviam inventado para fingir que estávamos numa democracia. Numa alegria incontida, o pessoal da Arena, chamou-o até de grande estadista. A charge foi, cladestinamente, publicada em pleno Diário Oficial. Houve choro e ranger de dentes na oficina do Senado e na redação do diário. O bravo Deputado Eurípedes Cardoso de Moraes, porém, resolver a situação, oficialmente, declarada inexistente.





1979 - 1985 - General João Baptista de Oliveira Figueiredo (General Figueiredo) no meio do povo.



Publicada no jornal  O Estado, a época da ditadura militar, o general Figueiredo dando presentes aos aliados políticos, vemos na ponta esquerda, de barba longa, aquele na época não premiado com as benesses, e com a expressão dura de revolta. Alí Lula. Feito por Domingos Fossari.




Em 1981,a maioria das forças políticas de centro e esquerda , começavam a se reunir no afã de restabelecerem as liberdades democráticas e por fim a longa ditadura militar do Brasil.
Protegidos aqui ao Palanque Político, da Chuva, na visão humorística do Fossari, a Ivete Vargas, Franco Montoro, Sarney. Se alguém conseguir precisar o nome dos outros dois..agradecemos... Na chuva o patinho feio: ex presidente, que renunciou, Jânio Quadros,aquele que diza FI-LO PORQUE QUI-LO(...)






Do mesmo período O grande defensor da INTERNACIONAL SOCIALISTA, sempre lembrado e saudoso LEONEL DE MOURA BRIZOLA, o líder sindical, que varando o preconceito da elite brasileira alcançou o cargo de "mandatário do país" Presidente da República Federativa do Brasil "mas, a época, ainda o irado líder de oposição Luis Inácio Lula da Silva e a Vargas, Ivete tocando uma música para o casamento, que não foram convidados da aliança política que restabeleceria a democracia no país. Dançando de Noiva Dr. Ullyses Guymarães, grande estadista e Tancredo Neves.






1985 - 1990 - José Sarney (Sarney), dando uma entrevista.







A propaganda eleitoral de José Serra na TV (programa de Serra na TV)





1990 - 1992 - Fernando Afonso Collor de Melo (Fernando Collor), dando entrevista.





Com a ajuda da grande imprensa nacional e muita grana dos empresários brasileiros, Fernando Collor de Melo foi eleito presidente para o quadriênio 1990-1994. Acusado de corrupção, foi afastado. Seu vice Itamar Franco, conhecido por sua honestidade, completou o resto do mandato presidencial.













1995 - 2002 - Fernando Henrique Cardoso (FHC) dando uma coletiva de imprensa.









2003 - 2010 - Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) dando uma entrevista.

















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