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By Ferramentas Blog

domingo, 16 de janeiro de 2011

ANTÔNIO DO PRADO VALADARES


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Nasceu em 13 de junho de 1882, em Santo Amaro da Purificação, sendo seus pais Miguel Araújo Valadares e Mariana de Jesus Valadares.
Realizou os primeiros estudos em Santo Amaro, passando, mais tarde, para Salvador, onde completou os preparatórios
Matriculou-se, com apenas 14 anos de idade, na Faculdade de Medicina da Bahia, graduando-se, como aluno laureado, em 12 de março de 1902.  Ganhou uma viagem de estudos à Europa, e o retrato no Panteão da Faculdade.
Foram seus colegas de turma: Antônio Bonfim de Andrade, Dário José Peixoto, Eduardo Diniz Gonçalves, Heráclio Ponciano de Menezes, José Cordeiro dos Santos Filho e Oscar Freire de Carvalho. Antônio Bonfim de Andrade e José Cordeiro dos Santos  Filho participaram, como estudantes de medicina, do Corpo de Saúde do Exército, na Guerra do Paraguai. Os demais, tornaram-se professores da Faculdade (9).
De 1905 a 1910, seria Assistente de Clínica Propedêutica; de 1911 a 1914, Professor extraordinário de Patologia Geral; de 1914 a 1915, Professor ordinário de Patologia Médica; de 1915 a 1927, catedrático de Clínica Médica e, de 1927 a 1938, catedrático de Propedêutica Médica.
Como professor catedrático de Propedêutica, faleceu em 8 de janeiro de 1938, na cidade de Petrópoles.
Em 1926, empreendeu nova viagem de estudos ao Velho Mundo, quando freqüentou os melhores Serviços de sua especialidade. Todavia, esclarece Sá Menezes, “Valadares não aceitava, de braços cruzados, ou melhor, sem antes passarem pelo crivo da sua crítica – lógica e lúcida – os conhecimentos médicos europeus” (7).
Prado Valadares foi, também, um grande conhecedor da literatura universal, familiarizando-se com os clássicos. Era um purista da língua, rivalizando-se, mesmo, com Ruy Barbosa” (5). E mais: “Era um devorador de livros, estudioso incansável, armazenou excepcional cultura médica e geral. Poliglota, bebia direto nas fontes, lendo no original os clássicos latinos e gregos, alemães e ingleses, italianos e franceses” (3)
Em 15 de janeiro de 1938, uma semana após a sua morte, a congregação da Faculdade de Medicina da Bahia aprovou moção de pesar, declarando: “O claro que se abre nesta congregação importa em perda irreparável, uma vez que o espírito que se apaga foi bem na vida que tão breve se desfez, fulgurante no seu talento invulgar, respeitável na cultura que o singularizava em vários departamentos do saber humano, entusiasta da idéia e a ela fiel em segurança de atitudes” (4).
Os Professores Adriano de Azevedo Pondé e José Silveira foram seus assistentes e,  com Prado Valadares, introduziam a clínica radiológica na Bahia.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

1.     Almeida Souza, José Antônio de – Discurso de Posse. Anais da Academia de Medicina da Bahia. Volume X, dezembro de 1994. Salvador, Ba.
2.     Benício dos Santos, Itazil – Itinerário de Ideais e Compromissos. Salvador, 1987.
3.     Editorial: Centenário de Prado Valadares. Anais da Academia de Medicina da Bahia, Volume IV,junho de 1982.
4.     Lacaz, Carlos da Silva – Médicos Baianos. São Paulo.
5.     Loureiro de Souza, Antônio – Baianos Ilustres. Salvador, 1973.
6.     Sá de Oliveira, Eduardo – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.
7.     Sá Menezes, Jayme de – Na Senda da História e das Letras. Salvador, 1994.
8.     Silveira, José – Prado Valadares – Anais da Academia de Medicina da Bahia. Volume V, julho de 1983.
9.     Tavares-Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, 2008.


APÊNDICE I
“ALUNOS NAS MEMÓRIAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA” (VII)
(Resumo do original extraído de Souza e Azevedo, Eliane Elisa de – Memória Histórica (1996-2007). Feira de Santana, 2008).
(LÁUREAS E PREMIAÇÕES)



Disponível emhttp://www.google.com.br/images?hl=pt-br&biw=1362&bih=572&gbv=2&tbs=isch%3A1&sa=1&q=alunos+da+faculdade+de+medicina+da+bahia&btnG=Pesquisar&aq=f&aqi=&aql=&oq=
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“ Desde o início do curso médico, faz parte dos valores culturais dos Docentes da FAMED a demonstração pública de reconhecimento ao brilhantismo de seus alunos. O Prof. Malaquias Álvares dos Santos relata em sua Memória Histórica  (1854), que o Dr. Manoel Luiz Álvares de Carvalho, “Physico mor Honorário” e Diretor Geral dos Estudos Médico-Cirúrgicos em todo o Reino Unido, fizera doação de livros como prêmios aos mais distintos alunos.
Posteriormente,na Memória Histórica do ano 1864, o Memorialista Prof. Antonio Cerqueira Pinto lamenta o fato de ainda não ter sido cumprido o que determina o Art. 202 dos Estatutos, isso é, conferir prêmios aos alunos “que se distinguirem nas aulas”. As premiações, comenta o Memorialista, trariam “animação” ao ambiente estudantil estimulando maiores interesses no cumprimento dos deveres escolares. Sugere, assim, que na impossibilidade de suporte do Estado para as desejadas premiações, a Congregação deveria designar “pequeno auxílio pecuniário comm o fim explícito de ir aperfeiçoar seus conhecimentos nos paizes mais avançados”.

O Decreto de 10 de janeiro de 1891 estabelece novos Estatutos para as Faculdades de Medicina da Bahia e do Rio de Janeiro, não havendo referências a premiações de alunos nas Memórias dos anos que completam o século XIX.
No ano de 1902, durante a solenidade de colação de grau, em 12 de abaril, o Diretor, em cumprimento ao Art. 359, inaugurou, no prédio do Terreiro de Jesus, o Pantheon, local de honra, onde seriam afixados os retratos dos alunos laureados por esta Faculdade. O primeiro aluno a ter seu retrato colocado no Pantheon foi Antonio do Prado Valadares que também recebera como prêmio uma viagem de estudos à Europa ou América, conforme preferisse.
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Em 1922 é instituído o Prêmio Alfredo Thomé de Britto, conferido pela primeira vez a Paulo Rocha Pirajá da Silva e Heitor Praguer Fróes.

Em 2002, sob a Direção do Prof. Dr. Manoel Barral-Netto, a Congregação aprovou a regulamentação das premiações existentes na FAMED: o Prêmio Prof. Manoel Vitorino, criado em 1892; e o Prêmio Prof. Alfredo Thomé de Britto, em 1922.

Destinado ao formando que, em sua turma de diplomação, tenha obtido a maior média global nas disciplinas e atividades desenvolvidas durante o curso médico,  o Prêmio Prof. Manoel Vitorino é entregue durante a cerimônia pública de colação de grau. São elegíveis alunos cuja média global for superior a oito, não apresentarem registro de reprovação no seu currículo escolar e tenham concluído o curo  em período inferior a sete anos.
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Nos últimos anos, a Congregação criou dois outros prêmios, a saber: Prêmio Prof. Juliano Moreira e Prêmio Prof. Nina Rodrigues.

APÊNDICE II
“PRADO VALADARES E SEUS DISCÍPULOS NA EVOLUÇÃO CIENTÍFICA DA RADIOLOGIA NACIONAL”  (I)
(Silveira, José – Prado Valadares e seus discípulos. Salvador, 1995)




“Coube a Alfredo Britto, este vulto singular descrito por um dos seus maiores discípulos como: “mentalidade tão florida e frutiscente e tão clarividente e tão fúlgida, que está a constituir-se, no culto imortalizante dos pósteros  o orgulho de uma raça”, não só o mérito excepcional de haver reconstituído o prédio da nossa Faculdade de Medicina devastado por terrível incêndio, senão também a projeção do Ensino Médico na Bahia, trazendo para cá, dois anos após a descoberta de Rontgen, seus maravilhosos Raios X. Cercada por um grupo de jovens inteligentes e progressistas, entre os quais João Bolivar de Aguiar, Pedro Melo e seu próprio filho, tentou difundir os milagres do novo invento, localizando no Hospital Santa Izabel, a primeira aparelhagem que, mal ou bem, se perpetuou naquele Gabinete, até meus tempos de estudante. Dessa fase brilhante muito pouco sabemos,  afora a notícia que várias teses foram inspiradas e escritas, principalmente nos domínios da patologia  cardio-vascular. Como documento valioso só chegou às minhas mãos aquele (estudo synthetico) da autoria do Prof. J.A.G. Fróes, intitulado RADIOLOGIA CLÍNICA  com as “lições proferidas na Faculdade de Medicina da Bahia e impressas por deliberação dos alunos do terceiro ano médico, de 1904”. Admirável nesse trabalho – que traduz fielmente a influência da Escola francesa, liderada nesse campo por A. Beclere, cujos livros do mesmo ano “LES RAYONS DE RONTGEN ET LE DIAGNOSTIC DES MALADIES INTERNTES” e “LES RAYONS DE RONTGEN ET LE DIAGNOSTIC DES AFFECTION THORACIQUES” lhe servem de amparo e fundamento, uma vez que a experiência própria era muito reduzida”.


APÊNDICE III
“PRADO VALADARES E SEUS DISCÍPULOS NA EVOLUÇÃO CIENTÍFICA DA RADIOLOGIA NACIONAL”  (II)
(Silveira, José – Prado Valadares e seus discípulos. Salvador, 1995)


(Imagem disponível em http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&lr=lang_pt&um=1&q=imagem+dos+raios+X&sa=N&start=42&ndsp=21)
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“Quando estudante, pela década de vinte, só restava o Serviço do Hospital Santa Izabel, à disposição dos professores da Faculdade, e como iniciativa particular, os consultórios de Barbosa de Araújo, Alfredo Couto e Portela Lima... Não conformado com esse paradeiro, na época em que Duque Estrada e Manoel de Abreu revolucionaram as idéias radiológicas no Rio de Janeiro, Prado Valadares, sem dúvida o mais brilhante discípulo do grande Mestre baiano, resolve, estimulado pelas suas frequentes viagens à Europa, transmitir tudo que aprendera a respeito, nos famosos cursos de aperfeiçoamento médico em Viena. Voltando de suas viagens, resolveu transformar seu consultório particular num amplo serviço, a que chamou, GABINETE MÉDICO DE ELETRICIDADE E LUZ, utilizando o uso de radiações elétricas, luminosas e raios X. Sempre disposto a valorizar as novas gerações, sem influência de qualquer espécie, por escolha declaradamente pessoal para trabalhar no novo Centro Médico, convidou-me como seu Interno de Clínica Médica e Adriano Pondé, já formado, para seu auxiliar técnico e respectivo assistente... Embora as remunerações fosse praticamente nulas, nenhum de nós abriu mão de tão generosa e honrada oferta. Assim passamos a trabalhar noite e dia, porque o chefe não costumava limitar o seu trabalho. Nosso maior lucro a tanto nos guiava. Maravilhoso era o contato permanente com o extraordinário professor. Seu desejo de fazer a melhor Medicina melhor possível – em clínica particular ou para o indigente – sua vontade irreprimível de saber, aquilo que ele próprio chamava a ânsia do porque, seu interesse em despertar em nós o estudo e a pesquisa científica não nos deixavam em paz. Sem tempo para fixar suas idéias  -- até porque ele tinha a tortura da forma e a exigência da originalidade, queria arrancar de nós o possível e o impossível. Para o Adriano era mais fácil. Já doutor em Medicina, com brilhante tese defendida. Quanto a mim, no meio da minha graduação, pelo quarto ano médico ? Fosse como fosse, teríamos que produzir. Com isso não se quis dizer que nele não residisse o mérito maior. A idéia do trabalho, sua estrutura, seus princípios essenciais, eram seus ... Infelizmente, não podendo acompanhá-lo sempre nos vôos da sua inteligência e criatividade, a ponto de nos podermos considerar no que poderia chamar a Escola do Pof. Prado Valadares.  O fato é que, dentro das limitações do tempo e dos meios à nossa disposição, alguma coisa fizemos.”




APÊNDICE IV
UM MESTRE SINGULAR, UM TEMPERAMENTO DIFÍCIL
(Extrído de Silveira, José –Sinópse Informativa. Universidade Federal da Bahia, Ano II, No II, outubro de 1978. Salador)





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“Embora, com muito apuro, elaborasse seu programa anual,  jamais o seguia com regularidade. Suas aulas, verdadeiras Vorleseungen, no sentido alemão do termo, eram muito bem pensadas e cuidadosamente preparadas. Não para serem lidas, repletas de citações e indicações bibliográficas. Mas, para que, em lógica impecável, fossem apresentados fatos e argumentos em favvor das suas próprias idéias sobre o tema escolhido.
Daí uma singularidade, que o afastava da compreensão e do interesse imediato do aluno, ávido quse sempre de aprender coisas práticas e corriqueiras. É que sua lição, excepcionalmente, se prendia a simples repetição de compêndios, mesmo cuidando de coisas triviais da Medicina.
No seu curso, jamais se formariam médicos práticos, clínicos comuns. O que ele ensinava era como raciocinar sobre os grandes problemas médicos, como tentar resolvê-los com idéias claras e orientação segura.
Seus pensamentos poderiam ser criticáveis; suas interpretações duvidosas ou mesmo absurdas; mas, sem argumentos contrários, seguros, era difícil derrubá-los. Por esse imenso poder dialético é que, às vezes, era visto como obstinado e irredutível. A culpa estava sempre em quem não lhe dava uma contra-prova racional e justa; porque, quando isso acontecia, ninguém mais disposto a ceder e mudar de opinião diante da verdade.
Esse desprezo pela imitação e essa paixão pelo que era pessoal e novo, levaram-no a uma pertinaz inquietação, confirgurada no que, ele próprio, chamava de ânsia do porque.
Raro era o dia que chegava ao Sedrviço sem trazer uma pergunta, sem colocar diante de nós uma questão. Fosse em Medicina, nas Letras ou mesmo no âmbito indefinido da cultura geral. Socrática e impertinentemente a todos interrogava, no desejo de colher a resposta certa, a solução verdadeira.
Carregado vivia seu cérebro de mil hipóteses, cheio, seu espírito de novos inventos, melhores métodos de trabalho, instrumentos mais simples e manejáveis.
Infelizmente muitas dessas idéias se perderam, por falta de uma intra-estrutura industrial, capaz de tornar realidade os seus ousados planos. Outras, mais tarde, se concretizaram, mas, sob moldes diferentes em terras distantes...
Admirável era a previsão de vários fatos – como no caso da esquistossomose – só mais tarde comprovados – pela análise científica da biologia do parasito e da natureza e particularidades do organismo do hospedeiro.
Idéias, hipóteses e teorias, consideradas nefelibatas, esdrúxulas e improváveis, tornaram-se vivas e palpitantes realidades.
Possuindo, assim, uma gigantesca força de pensamento, era, ao contrário, um tremendo fracasso, em termos de habilidade manual. Não conheci ninguém mais desajeitado para qualquer manobra instrumental.
Uma simples injeção lhe era penoso executar. Disso tinha conhecimento, mas nem assim desistia.
Tenho ainda sob meus olhos o quadro do seu sofrimento e de infinita angústia, quando na sua primeira tentativa, não conseguiu instalar, numa tuberculosa um pneumotórax extremamente fácil. Emocionado, ajeita e reajeita a posição da doente. Repete mil vezes a assepsia do local.
Examina o funcionamento do manômetro. Na própria pele experimenta, antes de flambar,  a acuidade do bisel da agulha.
Passa nervosamente a usá-la, atravessando os planos superficiais, mas não consegue atingir a pleura. Repete as tentativas e, no fim, desolado, desiste para, acabrunhado e triste assistir uma punção simples e rápida feita por um de nós.
Certo que essa canhestria manual só os mais íntimos percebiam.
Como não era cirurgião e nem a isso se aventurou, deixando sempre para seus auxiliares tais intervenções, jamais essa deficiência o comprometeu. A solidez da sua cultura, a vivacidade da sua inteligência e o brilho excepcional do seu talento eram mais do que suficientes para integrá-lo na seriação brilhante dos maiores valores intelectuais da nossa Escola.
De espantar é que, uma pessoa dessa categoria, fino, atencioso e delicado, dono dos mais elevados dotes culturais, servido por nobres sentimentos e orientado sempre pelos mais rígidos princípios éticos, fosse, em geral, pouco estimado.
Tal situação ao próprio Valadares muito magoava. Chegou mesmo a pensar, que a atitude repulsiva que, sem a menor razão, às vezes provocava, teria trazido do berço. Contou-me, certa feita, que menino ainda, no primeiro ano de Faculdade – ele se formara com 19 anos incompletos- viu, nos corredores da Escola, vários rapazes contendo um colega que,  e violento se dirigia em sua direção. Serenados os ânimos, veio a saber que aquele descontentamento, com quem jamais trocara uma palavra sequer, queria agredi-lo, gratuitamente, sem nenhum fundamento e tão só “porque não podia vê-lo, não suportava a sua presença”...
Por essa misteriosa contingência, por motivos outros, que se foram acumulando no decorrer da vida e nos inevitáveis atritos do mundo, muitos dos seus pares tornaram-se ferrenhos e irredutíveis inimigos. Outros o admiravam mas insistiam em nunca procurá-lo. Raros não foram os que me advertiram: “Valadares é extraordinário... Com ele você aprenderá muito... Mas... cuidado porque briga com todo o mundo”...
Nunca dei guarida a tais boatos. À minha vista desentendimentos e brigas se processaram. Vi com imensa tristeza que o tempo passava e que, perdendo seus melhores amigos,  caminhava para a triste solidão... Nada podia fazder. Percebendo, bem cedo, que a maior parte dessas imcompreensões provinha do temperamento de um homem difícil, emocionalmente enfermo, capaz de se sentir profundamente magoado e ferido com qualquer coisa, tomei a providência de tratá-lo com cuidado, reverência e tolerância...”

                                                                                                                                                   Hospital Prado Valadares em Jequé (Bahia)
                                     Imagens disponíveis em http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&source=imghp&biw=1362&bih=572&q=HOSPITAL+PRADO+VALADARES&btnG=Pesquisar+imagens&gbv=2&aq=f&aqi=&aql=&oq=

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