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Ano 4 Março 2004

Novos Materiais
PRODUTO ALTERNATIVO AO AMIANTO SERÁ PATENTEADO




A USP está solicitando o patenteamento do produto final e dos processos de produção de uma telha alternativa em fibrocimento vegetal. A solicitação de patente mostra a consolidação de uma linha de pesquisa que vem sendo desenvolvida desde 1996 pelo Grupo de Construções Rurais e Ambiência, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (USP). A meta é a substituição do amianto, fibra mineral que apresenta riscos potenciais à saúde e é largamente usado na fabricação de telhas e caixas d'água. O amianto já foi banido em 42 países e poderá ser regulado também no Brasil. Sua proibição é objeto de 13 projetos de lei federais e estaduais. Parte dos estudos que dão suporte ao patenteamento foram desenvolvidos através de projetos integrados ao Programa de Tecnologia de Habitação (Habitare), que busca contribuições para a habitação de interesse social e conta com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e da Caixa Econômica Federal.


Coordenada pelo professor Holmer Savastano Júnior, a linha de pesquisa em fibrocimento investiga o uso de diferentes fibras e resíduos agro-industriais (entre eles fibras de malva, banana, coco, sisal e eucalipto). As principais frentes de pesquisa envolvem a seleção das fibras e sua adequação ao cimento, a determinação das propriedades mecânicas, físicas, químicas e microestruturais do novo material, além de estudos de envelhecimento para avaliação da durabilidade.



Além de contar com apoio financeiro de programas como o Habitare, da Finep, e a Parceria para Inovação Tecnológica (Pite) da Fapesp, a USP trabalha também com o setor produtivo, repassando a tecnologia por meio da concepção de uma linha industrial de produção. As empresas MMF Indústria e Comércio de Máquinas Ltda, de Mauá, SP e MAB’S Comércio, Manutenção, Fabricação de Máquinas e Equipamentos, contribuíram com a construção de uma primeira versão de equipamento para moldagem das telhas. Em um estudo anterior, também financiado pelo Programa Habitare/Finep, era usada uma mesa vibratória para produção das telhas.


A telha que está sendo patenteada pode apresentar formato semelhante às produzidas em escala comercial, conhecidas como telhas romanas. Antes de chegar à solicitação do registro de patente, centenas de amostras foram produzidas em diferentes sistemas, com as telhas sendo submetidas a diversos ensaios para comprovação de sua eficiência. Entre eles, ensaios mecânicos (tração na flexão) e físicos (permeabilidade, densidade e absorção de água). Para os pesquisadores, os resultados são bastante positivos, avançando para uma alternativa com considerável potencial no Brasil, país tropical que possui grandes estoques da matéria-prima essencial ao novo produto - a fibra vegetal.

LEIA MAIS

Dissertação

- Desempenho térmico de diferentes tipos de telhado em bezerreiros individuais.

Artigos

- Avaliação de Telhas de Fibrocimento Reforçadas com Fibras Vegetais, em Diferentes Composições

LUIZ C. ROMA JÚNIOR, HOLMER SAVASTANO JÚNIOR, LUCIANE S.MARTELLO, EDUARDO M.BEZERRA
Escrito para apresentação no XXXII Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola – CONBEA 2003
28 de julho a 01 de agosto de 2003 – Goiânia – GO

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- Viabilidade do aproveitamento de resíduos de fibras vegetais para fins de obtenção de material de construção

Holmer Savastano Junior & Lia Lorena Pimentel

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Informações e envio
de material:

Arley Reis
Redação e Edição


Mais informações sobre o projeto:

Holmer Savastano Jr.
Professor
Universidade de São Paulo - USP - Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos
(19) 35654153