GRAFITE » Recifusion traz grafite de sete países

Publicação: 28/03/2016 03:00

Grafiteiros pintaram muros da Rua da Saudade ontem (PAULO PAIVA/DP)
Grafiteiros pintaram muros da Rua da Saudade ontem
Cento e dez grafiteiros, incluindo convidados de 18 estados e da Argentina, Chile, Equador, França, Peru e Uruguai, participaram ontem da oitava edição do Festival Internacional de Graffiti (Recifusion). O evento trouxe o tema Do caos à lata, numa alusão aos 50 anos de nascimento de Chico Science.

O evento teve programação de apresentações culturais até o fim da noite, no trecho da Rua da Saudade entre a Rua João Ramos e a Avenida Mário Melo. A área foi enriquecida com criações de grafiteiros.

“Às vezes tem um trabalho (coletivo), mas às vezes um faz um trabalho próprio”, explicava Edmilson Campelo, 25 anos, o JRCAM, no começo da noite de ontem, quando o festival chegava ao seu final, justamente no Dia Nacional do Graffiti.

Segundo os organizadores, o Recifusion começou em 2009 como uma comemoração entre amigos ao Dia Nacional do Graffiti. A data lembra Alex Vallauri, uma referência da cultura do grafite no Brasil. No dia seguinte à sua morte, em 26 de março de 1987, amigos grafitaram o túnel da Avenida Paulista, em São Paulo, em sua memória.

A programação foi iniciada no dia 12, com a exposição coletiva com os artistas Arbos, Azul de Barros, Guga Baygon, JohnyC, Rafa B., Paulo Victor Skaz e Splach, e aberta oficialmente no dia 18, com o debate Rua, lama e Tinta: desdobramentos do mangueBeat, ambos na Torre Malakoff. O Recifusion incluiu também apresentações de cinema, música e dança, debates, exposições, intervenções pela cidade, oficinas, painéis de graffiti, palestras e seminários.