Em entrevista ao Acorda Cidade, o humorista afirmou que o público terá a oportunidade de prestigiar um show mais condensado do personagem, com duração em torno de duas horas, uma vez que na televisão as apresentações são sempre muito rápidas, com textos de no máximo 1 a 3 minutos.
“O show ao vivo é uma coisa muito mais gostosa de fazer porque é muito mais completo. A expressão facial, corporal e gestual, tudo isso compõe. O público pode esperar muito riso, descontração e alegria”, afirmou Pedro.
Segundo ele, o personagem Nerso da Capitinga surgiu de brincadeiras entre amigos. “Surgiu de besteira, quando eu era moleque. As pessoas gostam de ficar perto de quem faz rir e não de quem faz chorar, e eu ouvia muito as piadas do Barnabé e contava do meu jeito, e assistia aos programas da minha época. Então fui vendo aqueles humoristas todos, como Chico Anísio, do Balança mais não cai, do Faça humor não faça guerra, Jô Soares, e criei meu personagem baseado no que eles faziam.”
De acordo com ‘Nerso’ fazer humor no Brasil é fácil porque as pessoas andam tão chateadas com a situação econômica do país, que encontram nos humoristas uma válvula de escape. Com relação à crise, Pedro Bismarck afirmou que ela também afeta a área do humor. “Porque o negócio dá pra passar sem, mas não podemos esmorecer e temos que pensar que não tem crise, senão a gente fica parado e não faz nada”, ressaltou.
O humorista lembrou ainda como foi trabalhar com o saudoso Chico Anísio. “Foi uma honra, ele foi a coisa mais extraordinária que apareceu no humor no mundo, porque não tem ninguém que tenha criado 209 personagens como ele criou e teve uma carreira tão extensa e tão completa. Ele atuava, pintava, fazia cinema, escrevia livro, foi uma das pessoas mais inteligentes com quem eu convivi”, destacou.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
