Vamos
 

 

Colagem contemporânea


Moon, de Beatriz Milhazes

Uma das grandes artistas brasileiras da atualidade expõe suas obras na Estação Pinacoteca. A mostra “Beatriz Milhazes: Pintura, Colagem” apresenta cerca de 30 trabalhos da carioca produzidos entre 1989 e 2007. As influências da pop art podem ser vistas em Moon (2007), criada a partir de papéis coloridos, embalagens de chocolate, balas e sacolas. Beatriz pinta motivos sobre plástico transparente, que são descolados e aplicados na tela por decalque, imprimindo cor por meio de sucessivas colagens. A artista faz ainda uma intervenção nas janelas do quarto andar da estação. Durante o dia, o trabalho pode ser visto do interior do museu e, à noite, de seu exterior. Segundo Ivo Mesquita, curador da mostra, Beatriz adota uma “estratégia privilegiada e seus desdobramentos na história da pintura, para o desenvolvimento das obras, seja do ponto de vista conceitual – uma colagem a partir da história da arte e do imaginário visual contemporâneo – seja dos procedimentos mesmos de justapor, colar, acumular superfícies de matéria sobre o plano da pintura”. Em cartaz até 30 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 18h, na Estação (Largo General Osório, 66, Luz). Informações pelo tel. 3337-0185. Os ingressos custam R$ 4,00 (grátis aos sábados).

 

Japoneses e modernistas no CCSP

O Centro Cultural São Paulo apresenta “Oriente-Ocidente”, mostra dos jovens nipo-brasileiros lançados pelo Programa Anual de Exposições do CCSP: Celina Yamauchi propõe reproduções fotográficas de páginas do caderno de um artista desaparecido; Cláudio Matsuno traz uma série de desenhos, colagens e intervenções sobre a parede do espaço; Juliana Kase exibe a instalação Distância, a partir das relações do espaço; André Komatsu apresenta a videoperformance Oeste ou Até Onde o Sol Pode Alcançar e a instalação Avalanche; César Fujimoto mostra o Projeto Respiradores, formado por painéis brancos atravessados por uma linha criada a partir de máscaras de oxigênio; e Alice Shintani apresenta a instalação pictórica Estacionamento (até 5 de outubro). O CCSP traz ainda a mostra “Os Salões de Maio no Arquivo de Quirino da Silva”, que apresenta registros até hoje inéditos do evento modernista ocorrido entre 1937 e 1939. Os Salões marcaram o meio artístico brasileiro, mostrando pela primeira vez obras abstratas de Alexander Calder, Roland Penrose e Josef Albers, entre outros. Entre os documentos expostos estão cartas de Menotti del Picchia e Ernesto de Fiori, além de obras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Cândido Portinari e Lasar Segall (até 16 de novembro). De terça a sexta, das 10h às 20h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h, no CCSP (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso). Informações pelo tel. 3383-3402. Grátis.

 

Amor entre iguais


Si, Quiero (2005), de Esther Revuelta

Durante as discussões sobre a liberação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o artista plástico e ativista espanhol Pablo Peinado começou a reunir obras que defendessem a idéia. Em pouco tempo, contava com 170 trabalhos vindos de 25 países. Parte dessa coleção pode ser vista na mostra “Colección Visible – Histórias de Amor”, em cartaz no Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP. “Além de transmitir beleza, serenidade e prazer, a arte pode ajudar na reflexão e somar para a mudança na mentalidade das pessoas”, afirma o artista. “Pode ajudar a entender o que ninguém explicou: que entre pessoas adultas temos o direito a amar e escolher o objeto desse amor”, completa. A mostra aborda temas como vida cotidiana, amor e erotismo, referências culturais e sexualidade. A exposição traz ainda trabalhos de Pedro Stephan e Barry Wolfe no segmento Pesquisas do Olhar Homocultural, organizado pela Abeh. Até 19 de outubro, de terça a domingo, das 10h às 18h, no MAC, que fica no Pavilhão Ciccillo Matarazzo do Parque do Ibirapuera. Informações pelo tel. 5573-9932. Grátis.

 

Tesouros inéditos

Nesta sexta será inaugurada a exposição “Paracas – Tesouros Inéditos do Peru Antigo”, que traz ao Brasil 84 peças do povo paracas, pertencentes ao Museu Nacional de Arqueologia, Antropologia e História do Peru. A civilização de Paracas surgiu na costa sul do território peruano em 800 a.C., e é conhecida por suas práticas funerais, deixando grandes templos em forma de pirâmide, como o de Animas Altas e Huaca Soto. Sua base social era composta basicamente por agricultores e pescadores, que ofereciam seus trabalhos para o culto de Kon, o deus da água. A cultura Paracas foi descoberta em 1925 pelo arqueólogo Julio C. Tello, que encontrou, no cemitério Cerro Colorado, tumbas em formatos retangulares com muitos fardos que continham múmias. Dois anos mais tarde, o mesmo arqueólogo descobriu no cemitério Wari Kayan, múmias cobertas com finos mantos bordados, outro legado dessa civilização que tinha nos bordados alusões a deuses, sacerdotes, danças e rituais. A museografia é de Haron Cohen, que estruturou a mostra a partir da reconstituição dos fardos, sem a presença das múmias, mas dos tecidos e objetos pessoais. Até 2 de novembro, segundas, das 11h às 20h, de terça a sábado, das 10h às 20h, e domingos, das 10h às 19h, na Galeria de Arte do Sesi (av. Paulista, 1.313, tel. 3146-7405). A entrada é franca.

 

 
PROCURAR POR
NESTA EDIÇÃO
O Jornal da USP é um órgão da Universidade de São Paulo, publicado pela Divisão de Mídias Impressas da Coordenadoria de Comunicação Social da USP.
[EXPEDIENTE] [EMAIL]