Qual a estrutura organizacional ideal para uma empresa de serviços?

Todo mundo ou quase todo mundo já viu um organograma clássico, aliás, quem estuda ou estudou administração um dia, já viu um organograma na vida e a grande maioria é igual independente do ramo de atuação da empresa. O grande problema é que, onde para muitos, organograma é uma coisa antiga que não tem muita função, nos dias de hoje para a empresa de serviço isso é extremamente útil e necessário - quando feito corretamente.

Não confunda o fato das comunicações serem mais abertas hoje, com ausência de organograma ou ausência de estrutura rígida na tomada de decisão, mesmo que você não veja, elas existem. 

Enfim, quero mostrar para vocês o que de errado pode estar acontecendo na sua empresa, com uma simples distribuição errada de autoridade e delegações.

Os modelos mais comuns de organograma, são da seguinte forma:


Esse é o modelo convencional. O presidente é o responsável por toda a empresa, portanto, ele tem que se focar em todos os setores de forma ampla e cobrar os respectivos diretores.

No atual cenário, onde o desenvolvimento é constante e os assim chamados presidentes, que muitas vezes são empresários que estão fazendo sua empresa sair de pequena para média empresa ou de média para grande, não conseguem e nem tem habilidade de administrar tantas diretorias e tomar decisões precisas sobre elas. Em uma empresa de serviço esse modelo não funciona, e saiba que ainda existe. Ele não funciona, pois em uma empresa de serviços os cuidados com cada setor é diferente e alguns destes nem se quer devem constar no organograma. Com isso sugiro um novo modelo de organograma, mais coerente e produtivo para uma empresa de serviços e para um empresário que queira ter sua companhia na mão e administrada de forma mais tranquila, veja:
Note as diferenças desse organograma:

1 - Surgiram 2 novos diretores, um para cuidar da parte administrativa e outro para o operacional.

2 - O RH foi considerado operacional nesse caso, pois ele é fator fundamental para a entrega do serviço. As grandes prestadoras de serviço tem um grande problema com rotatividade e isso é ruim, pois o fato de se entregar serviço faz com que você necessite de profissionais qualificados, mas como qualificá-los se a rotatividade é alta? (esse é assunto para outro post). Outras diretorias entrariam no operacional como o customer service, pois esse departamento é tão importante em uma empresa de serviços como o comercial é para uma indústria.

3 - As áreas de finanças e marketing, ficaram com o diretor administrativo. Em uma empresa de serviços os assuntos devem ser separados, o entendimento de administrativo aqui, são funções que não estão ligadas diretamente com o operacional, ou seja, o marketing e o financeiro, não tomarão decisões de como o serviço será prestado, mas em conjunto com o diretor operacional, estabelecerão estratégias de posicionamento da imagem da empresa no mercado. Outros setores poderiam entrar aqui como jurídicos. Cada dia mais esse departamento está deixando de ser um terceiro para ser parte fundamental da empresa, principalmente de uma prestadora de serviços, que não pode normatizar seus clientes, serviços e funcionários, e com isso, as novidades jurídicas são corriqueiras.

4 - Aqui não é uma mudança, mas um apontamento, dependendo do tamanho da empresa, você não precisa das demais diretorias, portanto, comece com esses diretores, fundamentais e conforme a empresa cresce, estude a necessidade de se aderir a mais diretores setorizando-os.

O importante nesse post é que você procure descentralizar sua empresa na figura do presidente. Nesse caso, ter esses dois diretores como pessoas capazes é o suficiente para que o presidente tenha as informações necessárias e possa "guiar o barco" com menos instrumentos.

Importante salientar que, embora o diretor administrativo aparentemente fique com maior parte do trabalho, é o diretor operacional que necessita ter claro a missão e visão da empresa para poder entregar o valor desejado ao cliente. Portanto, certamente ele que terá toda carga e difícil missão de manter os padrões de serviço da empresa, tornando-a diferenciada no mercado, então grande parte do crédito ficará com ele também, uma grande mudança, mas isso já acontece com os diretores comerciais das empresas, aqui o que muda é que a valorização se dá não para quem traz o cliente, mas para quem "segura os pratos", pois um escorregão e não adiantará ninguém buscar clientes mais... isso é se você quiser uma empresa com crescimento sustentável em todos os sentidos, principalmente em qualidade e com isso faturamento.

Um forte abraço, caso queira se aprofundar, entre em contato por e-mail e ficarei contente em contribuir. Forte abraço e continue acompanhando as dicas e conceitos que aqui vos alimento!
Proxima
« Anterior
Anterior
Proxima »