E eu não preciso fazer esforço algum pra escrever um post em homenagem a um dos meus maiores ídolos de infância: o querido e talentosíssimo Orival Pessini.
Oi? Você não o conhece? Oras, é o ator que criou o personagem FOFÃO, estrela do programa Balão Mágico, da Rede Globo.
Aaah, lembrou! Pois é… Orival Pessini, nascido em São Paulo, no dia 6 de agosto de 1944, é um ator e humorista brasileiro conhecido pelos seus personagens cômicos – além do inesquecível Fofão, ele também deu forma e vida ao Patropi, ao Juvenal e, mais recentemente, ao Ranulpho Pereira, um aposentado pra lá de divertido, no programa humorístico Uma Escolinha muito Louca, da TV Bandeirantes.
Antes deles todos, porém, Pessini fez o Macaco Sócrates, no programa Planeta dos Homens, da Rede Globo, no final dos anos 70.
O talento e a versatilidade do artista sempre renderam ao público personagens memoráveis, sobretudo, como vou enfocar aqui, se falarmos do seu trabalho junto ao público infantil, através do seu mais conhecido e querido “filho”, o “apatralhado” extraterrestre Fofão.
E quem é que não se lembra dele, hum? Tão querido, tão alegre, tão espalhafatoso! Sem falar nos seus bochechões enormes, que faziam com quem alguns, à época, ficassem com algum “medinho” ou “receio” em relação a ele. Eu, não. Minha simpatia pelo Fofão foi imediata e, afortunadamente, eu o carrego em minhas melhores lembranças infantis.
Embora o personagem tenha sido lançado no programa da turminha do Balão Mágico, foi através do TV Fofão, na Bandeirantes, que meu apreço e enorme carinho pelo amigo bochechudo se intensificou, fazendo com que ele se tornasse referência constante em minha vida e em meu universo – tanto que, muito carinhosamente, conservo, em ótimo estado, até hoje, o meu boneco Fofão, um registro material incrível de uma infância que Pessini ajudou a colorir e a encantar com suas músicas, histórias e quadros de humor.
Lembro-me de que a fórmula do TV Fofão era assim: quadros humorísticos mesclados a desenhos animados dos estúdios Hanna-Barbera (outra grande paixão que Fofão me ajudou a desenvolver!) e atrações musicais. Tudo muito bem dosado e caprichado, num cenário em que tudo era “fofo” e muito colorido. Havia um quadro de “escolinha”, também, no programa. Ao lado da “Eneoloura” (Eleonora, no modo de dizer do Fofão!), do “Trapick” (Patrick) e da “Trapícia” (Patrícia), o aluno Fofão me fazia morrer de rir com as mais inusitadas situações que criava em sala de aula, prova de que o humor ingênuo e puro da personagem tinha aquele “quê” delicioso de atemporal, presente em seriados muito queridos do público, como Chaves e Chapolim.
Era um programa infantil como poucos naquela colorida década de 80. Conseguia nos manter entretidos sem qualquer espécie de apelação, violência ou inadequações. Um cantinho televisivo onde imperavam o humor sadio, a imaginação, o carisma de Fofão e toda a alegria de uma inesquecível “Fofolândia”, espécie de “Pasárgada” infantil para a minha geração, lar de um dos mais queridos personagens com que o talento de Orival Pessini já nos presenteou.
Falar do Fofão, pra mim, é falar também de anos realmente dourados, guardados em meu baú de recordações a sete chaves, protegidos da ação do tempo e da inexorável chatice do mundo adulto, sempre tão complicado, estressante, esquisito… Oxalá eu tenha conseguido fazê-los viajar no tempo comigo e trazer um pouquinho da alegria daquelas tardes “fofas” de volta!
Fica registrada a homenagem e, junto a ela, o respeito, a admiração e a gratidão que sinto por ter compartilhado a “aurora da minha vida” com um amigo tão especial quanto o Fofão.
Pessini, meu velho, você é O CARA! 😉
Rápida cronologia da carreira de Orival Pessini, através de seus personagens:
* Fofão – Começou no programa infantil Balão Mágico, na TV Globo, no início da década de 1980. Depois esta personagem se transferiu para a TV Bandeirantes, na qual ganhou um programa só pra si: a TV Fofão.
* Patropi – Típico hippie. Personagem que se dizia estudante de jornalismo, mas que só dizia frases e palavras para a abertura de canal, assim como todo jogador ou técnico de futebol sempre faz. Este personagem também havia começado o curso universitário e ainda não havia terminado, demorando em vários semestres o término do curso.
* Juvenal – Personagem fanha que se dizia muito veloz, mas dava a entender que vacilava e sempre era apanhado nas situações mais constrangedoras e embaraçosas. Era também um grande azarado.
* Ranulpho Pereira – personagem do programa Uma escolinha muito louca, um aposentado revoltado que reclama de tudo quando se lembra da sua bendita aposentadoria. Destaque para seu bordão: “Se a gente não reclamar, vai ficar do jeitinho que está!“
Os personagens de Orival Pessini são caracterizados a base de máscaras de borracha feitas por ele próprio. (Artista completo é outro papo, né patota?)
Biografia do Fofão:
Fofão é um ser alienígena oriundo de um planeta chamado “Fofolândia”. No programa Balão Mágico, da Rede Globo, Fofão fez sua primeira aparição em 1983. Inicialmente, não falava, apenas emitia sons que eram interpretados pela menina Simony. Com o sucesso do personagem, que cada vez ganhava espaço no programa, Orival Pessini criou o boneco Fofinho.
Fofão fez tanto sucesso que, com o fim do programa global, ganhou seu programa diário, TV Fofão, na TV Bandeirantes, no qual apresentava quadros humorísticos e desenhos animados. Seu programa ficou no ar por três anos, de 1987 a 1989.
O personagem foi ainda protagonista de um filme longa-metragem chamado Fofão e a Nave Sem Rumo, de 1989.
O programa TV Fofão também foi exibido pela Rede Bandeirantes entre 1994 e 1995. Em 1996, o programa teve uma rápida passagem pela TV Gazeta, quando esta ainda mantinha parceria com a CNT. Orival Pessini gerencia a empresa Fofão Produtos e Merchandising, Ltda.
Para conhecer o site oficial do Fofão, basta clicar aqui.
Galeria de Fotos:
Que saudaaaaaaaade! =) Ainda tiro uma foto com ele! 😉
Até e próxima, pessoal!
Que belo dossiê! Aposto que o próprio Orival ficaria grato em ver a homenagem aqui;)
Adoooooooooro o Fofão!Marcou muito a minha infância!Parabéns pela linda matéria!!
Fofão é o cara! Sdade da minha infancia, véi… puts!