Primeiro grafite em braile do mundo é inaugurado em São Paulo

Ponto turístico para apreciadores da arte urbana em São Paulo, o Beco do Batman foi o local escolhido pelo projeto artístico-cultural Graffiti #PraCegoVer para receber o primeiro mural 100% em relevo e com descrição em braile do mundo.

Antes de chegar à parede, porém, os desenhos que compõem a obra foram digitalizados, divididos em partes, como num quebra-cabeça, e transformados em impressões 3D, com relevo e descritivos em braile, feitas com uma resina reciclável que não derrete no contato com o spray. Após formar a arte final, o trabalho foi finalizado pelo artista urbano Subtu, que celebrou o resultado: “Tecnologia a serviço da inclusão para abrir portas e universos, uma das funções da arte."
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Um longo trajeto foi percorrido até a montagem do grafitti. Durante três anos, o time por trás da ideia quebrou a cabeça até definir como tornar a arte viável, inclusive trocando com comunidade não vidente. A jornada colaborativa envolveu ainda produtores culturais, engenheiros, acadêmicos e até artistas conhecidos, como o israelense Roy Nachum, autor da capa do álbum ANTI, de Rihanna, e o grafiteiro francês The Blind.
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O mural exposto no Beco do Batman é apenas um dos três que foram idealizados nesse momento do projeto. Quando estiverem prontos, vão contar a história da personagem Yoko, um macaco japonês que não enxerga e simboliza a luta por inclusão, diversidade e representatividade. O painel de São Paulo é o último desenho. O começo da narrativa será colocado na cidade de Jundiaí. O segundo não teve o local revelado.
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Murillo Denardo, diretor artístico do projeto, que atuou ao lado do curador de arte Roberto Parisi, revelou que a ideia é levar a iniciativa para outros estados e até mesmo tornar o Graffiti #PraCegoVer internacional através de oficinas e workshops que irão ensinar artistas a aplicar a técnica do braile nos murais. A equipe do projeto é formada ainda por Natasha Harumi Ota, consultora em desenvolvimento de peças e impressões 3D, e consultoria de Devanir de Lima, consultor de braile e especialista em educação especial.
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A saga de Yoko estará disponível nas plataformas digitais e redes sociais da Mosaiky Eventos. Já os painéis ficarão em exposição pública por apenas 60 dias, de acordo com reportagem do jornal O Globo.
 

Foto: Divulgação/Graffiti #PraCegoVer

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