Da Redação*
MANAUS – Dezoito artesãos do Amazonas que participam da 32ª Feira Nacional do Artesanato, em Belo Horizonte, a mais importante do gênero no Brasil, prevêem arrecadar R$ 300 mil com a venda de produtos.
A feira começou na terça-feira (7) e vai até o dia 12 de dezenbro, no Expominas, na capital mineira.
Os principais clientes do artesanato indígena, ribeirinho e caboclo do Amazonas são logistas de diversos estados brasileiros.
A empresária Inês Dias comprou R$ 3 mil de artesanatos de Maués em 15 minutos. “São lindos e originais. É isso que queremos. Meus clientes em Tremembé, interior de São Paulo, vão adorar”.
A lojista Silvia Monteiro, dona de duas lojas,sendo uma em São Paulo e outra em Paraty, no Rio de Janeiro, disse “que o artesanato amazonense é muito qualificado e que as cestarias, sua especialidade de vendas, são bem recebidas pelo mercado. Tem também os aspectos sociais, antropológicos, artísticos e étnicos, que colaboram como elementos agregados”, afirmou.
A artesã Beatriz Batista Macedo, da Associação de Artesãos Unidos para Vencer, de Maués, disse “que as vendas tem sido muito rápidas e que já faturou mais de R$ 10 mil. É a primeira vez que estou aqui, mas quero vir sempre”.
“Eu vendi R$ 10 mil no primeiro dia e creio que vou faturar cerca de R$ 25 mil”, disse a artesã Maria Aparecida Dias, do Núcleo de Arte e Cultura Indígena de Barcelos, que também participa da feira.
A exemplo dela, a artesã Maria Alexandre dos Santos, do Teçume da Floresta, do município do Careiro, disse “que a feira chegou em boa hora, depois de dois anos de pandemia. Eu já vendi mais de R$ 10 mil e devo atingir um faturamento superior a R$ 23 mil na feira”.
Quem também está vivendo um bom momento comercial, é a artesã indígena Gilda Barreto, de São Gabriel da Cachoeira, uma das mais conceituadas da Cabeça do Cachorro, que estima vender mais de R$ 25 mil na feira.
“As pessoas nos procuram para comprar nosso trabalho e querem novidades, mas também o artesanato tradicional. Por isso, as vendas estão boas, porque o mercado estava represado com a pandemia”.
A participa do Amazonas na Feira Nacional de Artesanato tem o apoio do Sebrae Amazonas e da Setemp (Secretaria do Trabalho e Empreendedorismo do Amazonas (Setemp).
A diretora técnica do Sebrae Amazonas, Adrianne Antony Gonçalves, disse que “um resultado positivo, logo nos primeiros dias da feira, não nos surpreende, mas ao contrário, confirma que estamos na direção certa e, justamente, nos incentiva a fazermos ainda mais pelos artesãos amazonenses”.
Ela também frisou que “há uma forte tendência nos estudos de mercado, quanto à valorização crescente do trabalho manual, em especial nas peças utilitárias e decorativas; onde, sem nenhum favor, nossa artesania amazonense tem presença absoluta de qualidade reconhecida pelo mercado mais sofisticado”.
A secretária da Setemp, Neila Maria Dantas Azrak, tem sido a maior encentivsdora da produção amazonense, em todas as calhas do Amazonas. Ela está na feira em Belo Horizonte e conta que “o bom resultado das vendas, é a prova que há amplo espaço e mercado, para os profissionais da área”, que são considerados pelos lojistas dos principais centros consumidores, como diferenciados e detentores de uma tradição oral que faz a diferença.
Neila Azrak disse “que vai além, no apoio aos artesãos, e que dos dias 10 a 19 de dezembro os artesãos que à acompanham estarão com suas obras na Fenearte em Olinda, Pernambuco.
(*Com informações do Sebrae)