O ogro azul dos fãs de anime e mangá…


Hora de falar da Ação Magazine aqui no Anime Portfolio, espero eu que pela primeira vez apenas. Não serei muito longo, nem darei muita importância aos detalhes de cada série apresentada, por isso peço aos interessados em ver algo mais elaborado que acessem nossos parceiros, em especial recomendo as duas edições do CAST! Mangá! sobre a revista (edição 9 e edição 15).

Ação Magazine Edição 1

Relatando…

Ação Magazine 1

Lançada em julho de 2011, no evento Festival do Japão, apenas para o público paulista, e oficialmente lançada em setembro de 2011 para o grande público, veio com a intenção de trazer para o Brasil uma antologia nacional de manga, ou melhor, uma antologia nacional de quadrinhos com estética que se assemelha e se inspira no quadrinho japonês. Em sua primeira edição apresentou 3 histórias em quadrinhos e algumas matérias que infelizmente, chegaram datadas ao grande público, pelo menos as duas matérias inciais sobre a E3 (Electronic Entertainment Expo) e sobre os novos celulares. Antes de destacar as séries, vale relembrar o editorial que foi escrito com uma visível emoção por parte de seu autor, Alexandre Lancaster. Também vale lembrar que por um motivo não explicado (ao menos eu não vi explicação) o índice foi disposto na página final da edição e não ao início da revista.

Com relação as 3 séries iniciadas na edição 1. A Ação Magazine começa por apresentar MADENKA de Will Wallbr, que é uma história de fantasia e heroísmo que se utiliza do folclore nacional e de cultura popular brasileira, além de ter um linguajar extremamente coloquial cheio de gírias de vários cantos do país. Depois somos apresentado a JAIRO que é roteirizado por  Michele Lys e Renato Csar e tem a arte de Altair Messias. Esta história gira em torno de Jairo, um adolescente que mora com seus tios e que resolve treinar boxe para acalmar seu ímpeto por lutar. Por último é nos apresentado TUNADO de Maurilio DNA e Victor Strang, uma história sobre um adolescente que é sobrinho de uma lenda das corridas de carro e que acaba por entrar no submundo dos rachas por influência de seu tio e conhecidos.

Nessa primeira edição acompanhamos três histórias bem diferentes, duas levemente focadas em esporte e uma de fantasia. Agora vejamos o que a segunda edição apresentou.

Ação Magazine Edição 2

Ação Magazine 2

Cotada para ser lançada em outubro de 2011, acabou saindo apenas em dezembro e só chegou as bancas e lojas especializadas que se encontram fora do eixo Rio-São Paulo em abril de 2012. A revista começa desta vez com um índice colorido disposto de forma bem mais interessante do que o visto na primeira edição, porém ainda fora do que se espera do padrão de um índice de revistas desse tipo. Depois temos o editorial, que está bem menor do que o da primeira edição e é escrito por Fabio Sakuda desta vez, mas acredito que está mais próximo de um editorial padrão e ficou bem bacana. Antes do material principal, temos uma matéria muito interessante sobre o estilo steampunk e temos também o concurso para novos autores, que é algo já esperado, principalmente com a saída de histórias como o “caso Arcabuz” (não citarei ele aqui).

Finalmente vamos as novas histórias, e começamos com RAPSÓDIA de Fabio Sakuda e Carlos Sneak, uma história de fantasia medieval, estrelada por um herói bardo em um mundo criado pelos próprios autores, com uma ambientação bastante própria. Depois temos a estreia de EXPRESSO de Alexandre Lancaster, que trás aos leitores um mundo steampunk que vive a grande era dos inventores e que é ambientado em um Brasil fictício (ou algum lugar muito semelhante), ele mistura a fantasia steampunk com a cultura e costumes nacionais. Logo em seguida vemos as continuações das séries apresentadas na primeira edição, MADENKA, JAIRO e TUNADO.

Obrigado por avisar…

Opinando

Sobre Expresso

Gostei do roteiro,  apesar da clara semelhança ao início de One Piece, discordo de críticas que vi falando que a história usa muito da idéia de One Piece, acho que fora o começo, não tem mais nada de semelhante. Como gosto muito da idéia do steampunk, a história me interessou bastante, porém a meu ver a arte não acompanha a qualidade do roteiro. um excesso de sombras, cenários não tão bem desenhados, principalmente durante cenas de ação, há um exagero de tons nos quadros que dificultam a compreensão do que está ocorrendo de fato durante as lutas e a princípio é difícil engolir a tal armadura do protagonista, no geral o que mais interessou foi o universo criado e quero conhecer mais dele, porém os personagens não me agradaram.

Sobre Rapsodia

Qualquer fã de RPG medieval vai logo se interessar pela ambientação da história e sendo um destes, adorei a forma geral como foi apresentado o mundo deste quadrinho e quero conhecer mais, a arte dos personagens também é muito interessante, embora eu ainda não tenha entendido porque todos parecem elfos, mas gostei bastante da cena de luta final e como um fã de bardos quero ver mais esse lado explorado, sem dúvida essa é a segunda série que mais me interessou nas duas edições.

Jairo Punch


Sobre Tunado

Acho que a palavra que mais ouvi falar, quando citam Tunado é “Retículas”. Há um abuso delas sem dúvida, o desenvolvimento do protagonista ainda está meio confuso, mas não tem como não elogiar o design dos carros e dos cenários, no segundo caso podem até não ser bem realistas, mas são muito bacanas. Se por um lado a arte tem altos e baixos, o roteiro acaba tendo mais baixos e ainda tem uma imagem de Inital D que não convence. Se tivermos mesmo que comparar Tunado a Initial D, me desculpe mais Tunado é muito fraco.

Sobre Jairo

De longe a série com arte mais diferente e singular, o que é bem interessante, o trabalho feito pelo Altair Messias está de parabéns e se encaixa perfeitamente com o roteiro, que diga-se de passagem é muito bacana, eu compraria um encadernado do Jairo, mesmo tendo visto só dois capítulos do mesmo. Pra mim, e para muitos com quem tive contato, é a melhor série da Ação Magazine até o momento.

Sobre Madenka

Brincar com o Folclore nacional é algo bem interessante e provavelmente um dos grandes méritos de Madenka, a apresentação do personagem me lambra bastante o início de Naruto e  apesar de não ter gostado do início de Madenka, a segunda edição me fez achar a história um pouco mais interessante, porém novamente fiquei mais interessado em conhecer o mundo em que a história se passa do que saber mais dos personagens.

Arte maneira!


Sobre as duas edições da Ação Magazine

A idéia da Ação é muito boa, desde o princípio apoiei o projeto e torci pelo seu sucesso, quanto a isso minha opinião continua a mesma, mas do que isso fiquei feliz pelo resultado geral do que vi até então, aliás a segunda edição me agradou bem mais que a primeira, o que é um sinal de que houve um melhora interessante, ainda espero pela volta da revista, diferente do que alguns já pensam, o projeto continua, mesmo com o Sakuda deixando de lado a co-edição da revista, pelo que pude ver pela internet, o Lancaster ainda está trabalhando arduamente no projeto e espero que volte com tudo e preferencialmente com alguma periodicidade bem definida. No geral espero que tudo se acerte pois o trabalho ficou muito interessante.

“O futuro começou. Lembre-se disso.”

A frase acima é citada no fim da primeira edição e ela se encaixa bem no que vem acontecendo. Inspirados neste projeto apareceram duas novas publicações digitais, a revista digital Nanquim e a página Conexão HQ. Ainda estamos esperando a história ASSOMBRADO que deve estrear na próxima edição da Ação Magazine e também o resultado do concurso para novos autores. Agora só podemos esperar, ou melhor, podemos continuar apoiando e esperando que novos projetos inspirados e que uma nova Ação Magazine mais estruturada apareça em breve.

 

Comentários em: "Ação Magazine Edições 1 e 2" (7)

  1. paulo disse:

    acao magazine com certeza foi um passo importante pra quem curte a arte do hq,uma otima oportunidade pra quem quer mostrar um comeco de trabalho,espero mais e mais trabalhos sejam enviadOs.ah podem esperar que irem enviar uma de minhas hq pra vcs avaliarem valeuw!!!!

  2. Com todo respeito, mas assim…
    Rapsódia te interessou? Meu Deus, que surpresa! Confesso que eu, como jogador de RPG e Narrador também me interessei.
    Até ler a tragédia que o Sakuda escreveu!
    Se Rapsódia não melhorar em histórias nos próximos números vai ser o primeiro que vou dropar sem o menor remorso.
    Até mais!

    • Entendo o que quer dizer, mas mantenho minha opinião plea série. Baseando-se na idéia que é um shounen, a maioria deles não tem históricos de grandes começos, por isso tento julgar a maioria das histórias pelo potencial e por isso acho que foi interessante sim, mas claro que ele pode se tornar uma péssima história como pode evoluir muito, porém é difícil julgar isso com um capítulo. O que faço sempre que começo uma temporada de anime ou que leio uma antologia de quadrinhos é escolher no que devo apostar e nesse sentido Rapsódia é uma das séries em que mais acho interessante apostar minhas fichas, dentre as apresentadas na Ação Magazine.

      • Bem, eu não posso te fazer mudar de idéia, mas posso expôr meu ponto.
        Supondo que a periodicidade da Ação se normalize, para, digamos, uma a cada dois meses poderemos ver pra onde a história vai.
        Só que, eu estou me pautando no fato que não li praticamente nada do Fábio Sakuda esses anos todos, li o episódio zero de Rapsódia e o primeiro que saiu na Ação 2.
        E a forma como a história é contada em ambos os casos é muito parecida.
        Só que, no primeiro capítulo,( na Ação 2 ) rolou um erro de coerência digno de fanfic ruim.
        Na hora meu “sensor” de história-bomba tocou.
        Não obstante o primeiro erro, rolaram ainda mais outros.
        Epa! Se na primeira história do cara tá deitando e rolando erro desse tipo, o que posso pensar dele?
        “Ele não saca, não sabe escrever.”
        Talvez.
        Nesse ponto, eu sou como tu. Eu crio expectativa. Eu penso, especulo o que pode acontecer.
        Eu não me importo de esperar a história me conquistar.
        Mas e os outros? Será que vão esperar?
        É isso.

        • Concordo com você e agora fiquei preocupado com a série do Sakuda, pois eu no tenho esse sensor que você tem não e se sele apitou algo de bom não deve ser =D. Na moral, pelo pouco que li, há histórias do Digital Nanquim que achei bem mais interessantes que a da ação, mesmo que a arte não seja muito melhor. Recomendo dar uma olhada.

          • Mas então, eu tenho a Nanquim aqui no pc, preciso fazer um post no meu blog falando dela. Lance do Rapsódia, espero que melhore. Mas isso só o tempo vai dizer.

  3. Daniel costa disse:

    bom eu gosto muito de mangas e hqs mas acho que esses podem melhorar muito pois a açâo magazine tem potencial para criar enrredos e tals mais acho que da pra melhorar em vou aproveitar para divulgar uma novo projeto que esta se desemrrolando eu moro em sao jose dos campos e estou for,mando uma redaçao para concretizar meu projeto chamado factor shonen e um projeto inovador para trazer ao brasil a verdadeira essencia do manga mas eu nao posso falar muito mais sobre isso daki a um tempo vcs ouvirao esse nome breve breve ……..

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