Cândido Aragonez de Faria foi um artista brasileiro do século XIX que teve sua formação no Rio de Janeiro, frequentando o Liceu de Artes e Ofício e a Academia Imperial de Belas Artes, na capital. No Brasil, publicou em mídias impressas de sua época, antes de sua carreira alçar voos internacionais. Nas publicações brasileiras, foram veiculadas várias charges com conteúdo político, como a que segue:
A análise da charge, que retrata a política no Segundo Império, expressa a
As denúncias de corrupção, associadas ao desgaste do então presidente, devido à implementação de planos de estabilização da economia, levaram mais tarde à mobilização popular e à aprovação do pedido de impeachment. Os planos econômicos, chamados de Collor I e Collor II, visavam, basicamente, controlar a inflação. No primeiro momento, os planos surtiram efeito, mas o confisco do dinheiro depositado nos bancos e a volta da inflação estimulavam o descontentamento do povo com o presidente.
Fonte: EBC http://www.ebc.com.br/2012/09/ha-20-anos-fernando-collor-de-mello-foi-o-primeiro-presidente-do-brasil-a-sofrer-processo-de | Publicado: 29/09/2012 | Acesso: 28/09/2016 | Adaptado
O texto faz alusão ao contexto socioeconômico que levou o então Presidente Fernando Collor de Melo ao impeachment. O contexto descrito no texto é marcado pela:
Zé da Luz foi um poeta nordestino, nascido em 1904 em Itabaiana, agreste da Paraíba. Seus poemas estão na boca do povo e falam a respeito da sociedade do sertão:
O qui é Brasí caboco?
É um Brasi diferente do Brasí das capitá.
É um Brasi brasilêro, sem mistura de instrangero, um Brasi nacioná!
Brasi caboco num come assentado nos banquete,
misturado cum os home de casaca e anelão...
Brasi caboco só come o bode seco, o feijão
e as veiz uma panelada, um pirão de carne verde, nos dias da inleição
quando vai servi de iscada
prus home de posição.
Fonte: Academia Brasileira de Literatura de Cordel http://www.ablc.com.br/popups/cordeldavez/ cordeldavez014.htm | Acesso: 28/09/2016
Por meio dos versos de Zé da Luz, podem-se identificar estruturas sociais próprias do sertão nordestino, típicas na transição do século XIX para o XX, denominadas de:
O historiador Jorge Ferreira costuma lembrar a perplexidade da oposição a Getúlio diante das manifestações de afeto popular após o período ditatorial. O atendimento pontual de necessidades populares, aliado ao discurso dos “ricos contra os pobres”, dos “grandes contra os pequenos” - que vitimiza e heroiciza ao mesmo tempo -, poderia se colar a uma estrutura política, econômica e social bastante impopular e até autoritária. A política, nesse caso, se vincularia mais ao discurso do que à prática, mas dependeria inevitavelmente da capacidade de decodificação das demandas populares em cada momento.
Fonte: DAHÁS, Nashla. A força das circunstâncias. Revista de História. Adaptado http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/a-forca-das-circunstancias | Publicado: 23/10/2010 | Acesso: 28/09/2016
O texto descreve a imagem de Getúlio Vargas ao final do Estado Novo. A caracterização política contida no texto é identificada como:
A imagem a seguir, realizada pelo artista João Teófilo, é uma provocação. Sobre um cadafalso, vemos os membros esquartejados de quatro homens negros dispostos em cima de um pano branco. A cena pode remeter às fotografias jornalísticas de chacinas que ocorrem no Brasil, nas quais os vitimados em tanto se assemelham aos protagonistas da aquarela de Teófilo. Mas foi uma pintura que lhe serviu de inspiração: “Tiradentes esquartejado”, produzida por Pedro Américo, em 1893.
Toda imagem fala sobre seu tempo histórico de produção. Somente na contemporaneidade, quando os movimentos raciais e as estratégias de empoderamento negro se fazem cada vez mais presentes no Brasil, uma aquarela como a de João Teófilo poderia ser produzida.
O que justifica um quadro, como o de João Teófilo, não ter sido pintado no século XIX, como a versão constituída por Pedro Américo?
Em um Estado absolutista, o crime maior é o de infidelidade, é a inconfidência, o crime de lesa-majestade. A vontade do soberano é um princípio que, por si, justifica as medidas tomadas pelos agentes do Estado. Foi na França que o absolutismo atingiu o seu máximo desenvolvimento na Idade Moderna. Luís XIV, apelidado de Rei Sol, foi o monarca que melhor encarnou a figura de um rei absoluto.
Fonte: ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo. Brasiliense, 1985. p. 18.
A respeito da forma de governo descrita no texto, é correto afirmar: