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Matérias / Dinheiro

A evolução que levou à criação do dinheiro

Por dentro dos momentos históricos que levaram à criação do dinheiro

Dennis Barbosa Publicado em 02/07/2023, às 09h00 - Atualizado às 11h17

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Imagem ilustrativa de dinheiro - Foto de Barta4, via Pixabay
Imagem ilustrativa de dinheiro - Foto de Barta4, via Pixabay

Nas penitenciárias, é comum maços de cigarros servirem como unidade de valor, porque o uso de dinheiro convencional é proibido ali. Na história, em diferentes civilizações, se observou um estágio semelhante na evolução que levou à criação do dinheiro. A dificuldade de encontrar alguém oferecendo o que se buscava disposto a trocar por algo de que se dispunha motivou a adoção de algum bem como referência, a chamada moeda mercadoria.

Em povos pastoris, essa unidade era o gado. Daí surgiu o termo “pecúnia”, sinônimo de dinheiro que tem raiz no latim pecu (rebanho), e a palavra “capital”, que remete a caput (cabeça). Da moeda mercadoria para o uso de metais como unidade de valor, foi um pulo. Mais fáceis de transportar e armazenar, tinham o inconveniente de terem de ser pesados a cada transação.

O problema foi eliminado quando os governos passaram a fundir quantias padronizadas de metal, colocando sobre elas seu selo para garantir o valor. Creso, rei dos Lídios entre 560 e 546 a.C., é tido como o primeiro a instituir a cunhagem oficial e a difundi-la pelas cercanias, a Ásia Menor, então centro do mundo.

O próximo passo foi a gradual substituição de metais preciosos por outros mais comuns, como o ferro, processo em que a malandragem dos governantes teve papel fundamental. Os imperadores romanos, por exemplo, que detinham o direito de cunhar dinheiro a seu prazer, chegavam a fabricar moedas com 98% de chumbo, o que diminuía consideravelmente seu valor.

Crises econômicas

Isso gerou crises econômicas que contribuíram para a decadência de Roma. A escassez de metal precioso fez da Suécia o primeiro país europeu a adotar o papel moeda, em 1661. Já estávamos, então, na era da moeda lastreada, feita de material barato, mas pelo qual o governo se comprometia a guardar o ouro ou a prata em seu tesouro. Houve épocas em que bancos e outras instituições privadas imprimiram dinheiro próprio.

Foi assim nos Estados Unidos, entre 1837 e 1863.Qualquer um podia lançar dinheiro no merca do se pudesse pagar por ele o valor prometido. Isso, é claro, só poderia resultar em caos. Em1860, havia cerca de 8 mil tipos de dinheiro circulando no país, emitidos por bancos, igrejas e até restaurantes. Quando algum desses estabelecimentos fechava, os portadores de suas notas ficavam a ver navios.