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*Com Tambores Comunicações, Assessoria de Comunicação
Violeiro e rabequeiro usa também marimbau e pífano em novo álbum gravado com parceiros da música instrumental como Nicolas Krassik, Teco Cardoso e Zé Pitoco
Filpo Ribeiro nasceu e cresceu no Rio Pequeno, bairro da periferia de São Paulo (SP). Nesta comunidade durante os anos 1980 e 1990 predominavam nas ruas o rap e o pagode que ele curtia com os parças, contudo sua formação musical deu liga mesmo foi com o forró e o coco que embalam o Nordeste, mixados à cultura caipira e caiçara do Sudeste (como o fandango e folia de reis) e ao lundu do Norte mineiro. Esta mescla que passeia por um Brasil que esbanja ritmos está presente no seu novo álbum, o primeiro-solo, que ganhou o nome de Arribação, com distribuição pela Tratore e já disponível nas plataformas digitais. Filpo Ribeiro toca instrumentos como viola, rabeca, marimbau e pífano e conta com as participações de Alisson Lima (percussão/cavaquinho) e Lincoln Pontes (violas de 7 e 11 cordas, violão e cavaquinho), além de expoentes da cena instrumental como Nicolas Krassik (violino), Teco Cardoso (pífanos/flautas) e Zé Pitoco (clarinete).
O autor trabalha com pesquisa e toca há mais de 20 anos rabeca, viola caipira, marimbau e violão, singulares instrumentos da tradição popular brasileira, Além de produtor musical, constrói rabecas e marimbaus, predicados que o tornam também um às da luthieria. Como agente deste encantador universo, criou o grupo Jovens Fandangueiros do Itacuruçá, na Ilha do Cardoso, em Cananéia (SP. Por dois Ribeiro anos trabalhou junto ao grupo Paranapanema desenvolvendo pesquisas para formar repertórios baseados no samba paulista, congadas e batuques de umbigada. Nessas duas décadas também foi aluno da Universidade Livre de Música (Emesp) Tom Jobim e a Faculdade Alcântara Machado (FAAM), ambas na capital paulista, e participou de concertos e gravações com Sebastião Biano, Oswaldinho do Acordeon, Nelson da Rabeca, Naná Vasconcelos, Mestre Luiz Paixão, Zeca Baleiro, Siba, Ná Ozzetti, Ceumar, Comadre Fulozinha, Banda de Pífanos de Caruaru, Companhia Cabelo de Maria, Tião Carvalho, Socorro Lira, Di Freitas e Kátya Teixeira, entre outros.
Em 2012 Filpo Ribeiro gravou o programa Ensaio (TV Cultura) como membro do projeto solo de Sebastião Biano, da Banda de Pífanos de Caruaru (PE). Em outras áreas artísticas, protagonizou as performances musicais Audição, de Cinthia Marcelle (2012), na mostra O interior está no exterior, com curadoria do suíço Hans Ulrich Obrist, na Casa de Vidro de Lina Bo Bardi; e na performance Mbamba Mazurek, da artista polonesa Iza Tarasewicz, apresentada na 32ª Bienal de São Paulo (2016). Ao lado dos músicos Guluga (Recife/PE) e Rone Gomes (Olinda/PE) fundou o grupo Pé de Mulambo, cujo trabalho reúne composições próprias e temas tradicionais relacionados ao universo da rabeca brasileira e da viola de dez cordas, gravadas em Segura Essa Munganga aí, Menino!, (2011), e Giro Solto (2013). Em ambos, compartilhou a direção musical com Marcos Alma e o lançamento foi do Selo Cooperativa de Música, com distribuição da Tratore. O álbum de 2011 foi contemplado pelo edital ProAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado da Cultura e, em 2012, finalista do 23º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor grupo de música regional. Em 2014 de sua iniciativa surgiu o grupo Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo, Em 2016, participou do disco de Sebastião Biano e seu Terno Esquenta Muié, finalista do 27º Prêmio da Música Brasileira como melhor álbum instrumental.
Contos de beira d’água (2017), aprovado pelo edital ProAc, rendeu concertos de lançamento em diversas cidades paulistas e em junho de 2018 foi apresentado em Stuttgart, Alemanha, como atração do Festival Forró de Domingo, ao lado de Oswaldinho do Acordeon. Em outubro do mesmo ano e em dezembro de 2019, Filpo Ribeiro girou o Japão em apresentações, gravações e oficinas ao lado do maestro cravista Michio O’Hara (cravo). Entre as cidades visitadas constam Tóquio, Nagoya, Osaka, Komaki, Yokkaichi, Kasugai e Obu, onde a pauta girou em torno da música da rabeca desde sua origem, ainda na era medieval, até tornar-se ícone na MPB. Na mesma viagem, os concertos solo ganharam acompanhamento da percussionista Honami Kikawa e do violonista Yasuhisa Takada; além de participações com os grupo Forró Legal, Pífano Tóquio; e do duo formado pela cantora Mio Matsuda (Kyoto) e a pianista Mika Mori (residente em Nova Iorque). Em 2022 Filpo Ribeiro esteve no Festival Galícia Fiddle, em Vigo (Espanha) para protagonizar concertos, ao lado de Alisson Lima e ministrar oficinas sobre a rabeca brasileira.
O atual disco, Arribação, também foi contemplado pelo 6º Edital de Apoio à Música para a Cidade de São Paulo, o que revela o quanto os seus projetos agradam a crítica e sempre são bem recebidos, assim como ocorreu em 2019, temporada na qual recebeu o Prêmio Grão de Música ao lado de expoentes como Rolando Boldrin, Marlui Miranda, Alessandra Leão, Josyara, Geovana, entre outros. O Prêmio Grão de Música é uma iniciativa coordenada pela cantora, compositora, escritora e produtora cultural Socorro Lira. No ano seguinte Ribeiro levou para a estante um dos troféus do 4º Prêmio Inezita Barroso, outorgado pela Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Idealizado pelo ex-deputado estadual Marcos Martins (PT), o Prêmio Inezita Barroso contemplar personalidades eleitas por parlamentares e pela sociedade civil que cultivam e divulgam a música caipira. Filpo Ribeiro o mereceu como recompensa à pesquisa e à difusão do fandango caiçara do Estado de São Paulo.
Arribação, com Ribeiro, Lima e Pontes explora os timbres e sonoridades peculiares da cultura popular brasileira ainda pouco conhecidos derivados da rabeca, do marimbau, da viola de dez cordas e do pífano. Em 2018, quando foi convidado para realizar concertos, gravações e oficinas no Japão ao lado de Ohara e de outros expoentes da música japonesa, descobriu novas possibilidades de combinar os quatro instrumentos em novas composições e arranjos inéditos instrumentais para algumas de suas canções. Deste processo é que veio à tona o disco que chegou em setembro às plataformas digitais. Como são escassos os registros e pesquisas comprometidos com a manutenção e divulgação dessa sonoridade, o álbum e os concertos que dele derivam possibilitam que os instrumentos destacados ocupem novos espaços no cenário musical nacional e internacional e que se promova trocas de saberes e seja instigada a curiosidade à medida que vão ganhando notoriedade. A sabedoria popular presente na cultura nordestina, caipira e caiçara, e a relação destas comunidades com a natureza e o ambiente à sua volta, influenciaram diretamente o projeto, que ainda bebe nas fontes da oralidade, do conhecimento empírico e do improviso, o que evidencia os processos de composição, de arranjo e do fazer artesão, posto que Filpo Ribeiro é construtor de rabecas e marimbaus.
Em todas as faixas de Arribação a simplicidade e sutileza dos temas instrumentais da música nordestina inspiram os arranjos. As músicas, todas autorais, foram compostas especificamente para os instrumentos empregados e, consequentemente, as apresentações do álbum possibilitam introduzir elementos da cultura popular e da música instrumental em salas de concertos e teatros normalmente restritos à música erudita, ao mesmo tempo em que simultaneamente agitam terreiros, feiras e quintais nos quais as manifestações tradicionais constumam ocorrer com mais ênfase.
Bailarino e músico, Alisson Lima iniciou a carreira em Recife (PE) aos 14 anos e hoje acumula vivências em danças de matrizes populares e capoeira. Participou do curso de formação em Dança Contemporânea e Clássica no Grupo Experimental, realizou e foi coreógrafo em diversos espetáculos, além de desenvolver cinco projetos solos de dança com temáticas que perpassam o universo das manifestações populares brasileiras. Foi vice- campeão (2010) e campeão (2011) do Concurso de Passista de Frevo de Recife (PE); recebeu prêmio de melhor solo e bailarino do Festival Internacional de Dança Encut (2013); integrou comissões julgadoras de concursos e festivais de dança no Brasil, mais a curadoria do Festidança (2019).
Lima também ministrou cursos de frevo, capoeira e danças brasileiras em universidades e centros culturais nacionais e do Exterior e aulas de dança na Escola Municipal de Frevo do Recife, de 2009 a 2011. Atualmente, ministra aulas de danças populares brasileiras no Instituto Brincante. promove cursos livres de frevo, capoeira e danças brasileiras em universidades e centros culturais no território brasileiro e além mar; a lista inclui a Universidade Federal de Ouro Preto e a Universidade del Valle (Colômbia), por exemplo, e no curso de pós-graduação da Faculdade Rudolf Steiner (São Paulo/SP), unidades do SESC paulistas e mineiras. Desde 2011 atua como músico, percussionista e bailarino da banda do multiartista Antônio Nóbrega, integra a banda do multi-instrumentista Zé Pitoco, o grupo Filpo e a Feira e os projetos Forró Picadinho, do compositor Danilo Moraes, e Rendez-Vous, do músico francês Nicolas Krassik.
O violonista Lincoln Pontes já se apresentou ao lado de Tião Carvalho, Ana Maria Carvalho, Edmílson do Pife, Luiz Paixão, Cosme Vieira, Rafael Toledo, Henrique Araújo, Marcelo Pretto, Lincoln Antônio, Jonathan Silva, Juçara Marçal e Marcos César, entre outros músicos, e já subiu aos palcos da Casa de Francisca, Teatro Artur de Azevedo, Teatro Décio de Almeida Prado, Teatro Cacilda Becker, Casa Barbosa, Al Janiah, Paço do Frevo, Poço das Artes, SESI e Sesc, incluindo participação no projeto Sesc Instrumental Brasil, na unidade paulistana Consolação. Formou-se em violão popular pelo Conservatório Musical Beethoven, estudou Composição como aluno da Universidade Júlio Mesquita Filho (Unesp) e Harmonia com a pianista e arranjadora Sílvia Góes. Sua formação inclui, ainda, curso de Técnicas Avançadas para Cavaquinho (ministrado por Marcelo Cândido) e Prática Instrumental Avançada para Cavaquinho, ambos na Emesp.
Membro e um dos fundadores do grupo Baião Lascado, Pontes integrou como fundador o quarteto Fios de Choro. Sua experiência como músico inclui trabalhos em teatro, tanto como instrumentista, quanto iretor musical do Teatro VentoForte, Trupiscada e Companhia São Jorge de variedades. Acompanhante de Cássio Scapin e Laila Garin na Jornada do Patrimônio 2019, o violonista ainda idealizou o Projeto Dois Cavacos e Um Pandeiro com o intuito de expandir a cultura cavaquinística. Fora dos palcos, criou o Dicionário de Acordes para Cavaquinho.
Alisson, Ribeiro e Pontes (Foto @daisy_aserena)
Leia e saiba mais sobre Filpo Ribeiro e conteúdos a ele relacionados aqui no Barulho d’água Música pelo link https://barulhodeagua.com/tag/filpo-ribeiro/
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