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A TARDE AZUL DE JULIO/SAÚL DIAS NA LIÇÃO DE FERNANDO ANTÓNIO BAPTISTA PEREIRA

A 23 de fevereiro, sexta-feira (15h30) no Museu Tavares Proença Júnior de Castelo Branco

Prossegue no Museu Tavares Proença Júnior de Castelo Branco,e até 7 de abril, a celebração dos 100 anos do nascimento do artista poeta Julio/Saúl Dias, exposição histórica comissariada por Gonçalo Salvado e Maria João Fernandes de um dos nomes maiores da arte portuguesa do século XX que representa uma colaboração entre a Câmara Municipal de Castelo Branco e a Câmara Municipal de Vila do Conde, Detentora do seu espólio.

Pedem ser apreciados nesta mostra, a primeira até hoje, a equacionar verdadeiramente o diálogo da sua pintura com a sua poesia,alguns dos melhores desenhos, aguarelas e pinturas de temática amorosa de Julio com a componente narrativa que existe no seu trabalho, em diálogo com a poesia de Saúl Dias.

Ambas as vertentes dando forma ao universo do artista considerado como um expoente do nosso lirismo e precursor da modernidade em Portugal.

A este respeito pronuncia-se Maria João Fernandes: esta escolha de pinturas de Julio em sintonia com os poemas de Saúl Dias representa um olhar novo sobre a sua arte, o desvelar da essencial pureza do seu universo, flor nascida do fértil húmus dos arquétipos. Julio retratou o Paraíso, mas com tal doçura, com tal encanto e transparência que este brilho doce e inefável conseguiu sobrepor-se às trevas (…) de uma vivência contemporânea.”

Segundo Gonçalo Salvado Comissário-Adjunto, a exposição foi concebida “indo ao encontro do que nos parece ser a oculta narratividade latente no conjunto da obra poética de Julio/Saúl Dias que ele próprio definiu num poema e ao mesmo tempo realçando as personagens centrais da história de amor presente no seu desenho e na sua pintura, onde se evidenciam a apreensão do instante de encantamento original, a rutura, o afastamento, a procura incessante, a diluição dos contornos entre o sonho e a realidade, o triunfo do amor sobre o esquecimento e a destruição e o eterno reflorescer do milagre do intensamente vivido que a tarde azul representa.”

A sua lição, a mágica aliança entre realidade e sonho evoluindo com as suas personagens ao sabor das estações, à luz do arquétipo e do halo misterioso da tarde azul será relembrada nas palavras do reconhecido crítico e historiador de arte Fernando António Batista Pereira, que conduzirá uma visita guiada à sua obra no Museu Tavares Proença Júnior, sexta-feira 23 de fevereiro, pelas 15h30.

Diz a este respeito o Professor e ex-Diretor da Escola de Belas-Artes de Lisboa: A exposição de parte da obra do pintor Júlio, que foi também o poeta Saúl Dias, no Museu Francisco Tavares de Proença Júnior, em exposição comissariada por Maria João Fernandes e Gonçalo Salvado, permite-nos revisitar e comentar as interessantíssimas relações entre Poesia e Pintura, tanto ao nível dos processos de escrita e do desenho, como ao nível das temáticas líricas, desde os registos de melancolia às manifestações de amor espiritual e físico.”

 

 

 

 

 

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