[Mês da Mulher] Enfim, o fim

Antes de começar, vou pedir a vocês encarecidamente que vão até o fim desse post porque ele não vai terminar com um simples “adeus mês de março”.

Mas enfim, chegamos ao último post da ação do mês da mulher, “Bendito é o fruto da nossa mente”. Começou como uma ideia simples: apresentar os perfis de algumas mulheres que não fossem restritas apenas a escritoras mas abrangesse toda a cadeira literária, apresentar editoras comandadas por mulheres, trazer uma entrevista de fechamento, apresentar influencers literárias e postar resenhas de livros escritos por mulheres.

Quase deu certo. Aliás, quase deu certo porque deu mais certo do que eu poderia imaginar. Explico: eu recebi TANTO material de mulheres da literatura que entre, compilação do material, leitura, redação dos perfis, configuração dos posts e publicação, não deu tempo MESMO de fazer resenhas.

Mas todo plano com um mês de duração está sujeito a sofrer as consequências do destino e, no meio dessa ação que estava sendo muito bem recebida, entramos em um período apocalíptico. Pandemia, medo, incerteza, quarentena. As visualizações do blog caíram pela metade, algumas pessoas que integrariam a programação do mês não conseguiram me enviar o material.

Parece estranho pensar que, em quarentena, fechados em casa, metade dos leitores parou de acessar os perfis ou algumas mulheres que vivem na correria, justamente nessa parada obrigatória, não conseguiram enviar o material, mas aí o que pesou foi o emocional: não faltou tempo, faltou clima.

Eu mesma perdi a conta de quantas vezes trabalhei nos posts chorando, ou quantas vezes minha mãe sentou do meu lado me incentivando a não parar porque, embora eu tenha genuinamente amado executar essa ação, teve dias que eu não queria sair da cama, quanto mais escrever textos à altura das mulheres aqui apresentadas.

O que me consola é que eu não desisti nem deixei cair a qualidade dos posts, então o registro fica pra o que sobrar da nossa sociedade quando tudo isso terminar. Os currículos delas podem mudar com a passagem do tempo, mas seguirão sendo maravilhosas e merecendo sua leitura.

Alguns dados:

  • Foram publicados 164 perfis de mulheres que trabalham com literatura entre escritoras, editoras, professoras, pesquisadoras, contadoras de histórias, bibliotecárias, livreiras, ilustradoras, designers e coordenadoras de iniciativas de incentivo à leitura. Todas as mulheres que enviaram seu material foram publicadas.
  • Tivemos perfis de mulheres de todas as regiões do país, bem como todas as etnias, além de três estrangeiras residentes no Brasil: Argentina, Portugal e Japão.
  • Tivemos perfis de mulheres brasileiras que residem nas mais diversas partes do mundo.
  • Contemplamos os mais variados gêneros: literatura indígena, LGBT, romântica, ficção científica, policial, erótica, fantasia, infantil, terror, entre outros. Também tivemos prosistas e poetas dos mais variados estilos.
  • Conhecemos melhor o trabalho de uma influencer que mistura literatura e teatro.
  • Apresentamos 4 editoras comandadas por mulheres.
  • Divulgamos o projeto “Laudelinas”, em homenagem à Laudelina de Campos Melo

Retrospectiva

Perdeu algum? Tudo bem, abaixo tem link para cada post com alguns detalhes do conteúdo, é só clicar!

01.03 Post de apresentação do projeto

02.03 Carolina Bernardes, Nara Vidal, Sharon Caleffi

03.03 Soraya Pamplona, Lucia Morais, Sandra Rodrigues, Vanessa Ratton, Teresa Garbayo

04.03 Editora Venas Abiertas

04.03 Germana Zanettini, Claudia Hackbart, Leila Rosane Silveira, Isadora Bersot, Aila Magalhães

05.03 Érica Azevedo, Paula Pereira, Rosana Banharoli, Mô Ribeiro, Georgiana Calimeris, Luciana Figueiredo

06.03 Julie Dorrico, Débora Mestre, Alexia Morgan, Sílvia Lazzaretti, Letícia Ávila, Amanda Aniceto

06.03 Tarcila Tanhã, do canal Vra Tatá

07.03 Viviane Santiago, Maira Garcia, Marina Monteiro, Manuella Bezerra, Luciana Florindo, Giovana Damaceno

08.03 Editora Macabéa

08.03 Regina Dalcastagnè, Natalia Borges Polesso, Maria Helena Lacava, Anélia Pietrani, Valesca de Assis, Adélia Mathias, Morgana Kretzmann, Lilia Guerra

09.03 Eurídice Figueiredo, Henriette Effenberger, Divanize Carbonieri, Wanda Monteiro, Andrea Nunes, Rosângela Vieira Rocha

10.03 Adriane Garcia, Adrienne Myrtes, Aldirene Máximo, Aline Bei, Amanda Vital, Ana Elisa Ribeiro

11.03 Helena Arruda, Helena Lahis

11.03 Ana Célia Goda, Ana Farrah, Ana Lúcia Merege, Ana Moura, Ana Letícia Leal, Ana Rosenrot, Ana Maria Pizani, Ana Makoarts, Ana Carolina Ramos, Ana dos Santos, Anna Apolinário

12.03 Ester Silva, Mariana Basílio, Isabela Sancho, Pilar Bu, Sabrina Dalbelo

13.03 Nanete Neves, Nany Rodrigues, Nayara Christina, Nazaré Bretas, Nic Cardeal

14.03 Alice Martins, Sol Mendonça, Jéssica Balbino, Ágata Benício, Amanda Velloso, Patrícia Alberti

15.03 Editora Immortal

16.03 Cinthia Kriemler, Christiane Angelotti, Camila Assad, Micheliny Verunschk, Rafaela Kawasaki

17.03 Mara Magaña, Márcia Martins, Maria Alice Bragança, Maria Fernanda Maglio, Maria Teresa Moreira, Maria Vandi Teixeira, Maria Zumba, Marilia Pirillo, Martha Gomes, Meg Antunes, Michelle Rocha

18.03 Auritha Tabajara, Juliana Berlim, Rita Queiroz, Denise Freitas, Claudia da Cunha

19.03 Lia Sena, Willia Oliveira, Fátima Soares, Edna Bueno, Lara Klinger, Laura Bacellar, Heloisa Seixas

20.03 Ursulla Mackenzie, Jennifer Trajano, Regina Porto, Layla Loli

21.03 Rejane Pivetta, Lourença Lou, Roselena Fagundes, Carolina Moreira, Edna Almeida, Jacqueline Carteri

22.03 Laudelinas

23.03 Laís Chaffe, Fernanda Vieira, Débora Ferraz, Valentina Ferreira, Letícia de Assis, Vitória Sainohira

24.03 Érika Batista, Ines Lempek, Wanessa Santos, Príncia Béli, Daniela Stoll

25.03 Helô Bacichette, Daniela Devisate, Sonia Nabarrete, Roberta Chaves, Lorena Grisi, Bruna Guerreiro, Jeovânia P., Luanda Julião, Carolina Fernanda, Sandra Godinho

26.03 Tatiana Kauss, Taiana Coelho, Kamilly Cordeiro, Sandra Witkowski, Lucirene Façanha, Sergia A., Denise Guilherme

27.03 Editora NegaLilu

28.03 Andrea Taubman, Tânia Souza, Josielma Ramos, Lindevania Martins, Juliana Franklin, Socorro Baptista, Lu Mota, Andréa Samico, Rosana Paulo, Renata Di Carmo

29.03 Andréa Mascarenhas, Sandra Ronca, Eliana Machado, Katia Odone Fabri, Regina Taccola, Rozz Messias, Camila Oleski, Tatiana Cruz, Clarissa Macedo

30.03 Entrevista com Maria Valéria Rezende

Perfil 165

Muito prazer, eu sou Maya Falks. Na verdade eu sou Márcia Bastian Falkenbach, adotei o nome artístico em meados de 2008. Nasci em julho de 1982, na serra gaúcha onde vivo até hoje – com breve intervalo de 4 anos na capital Porto Alegre. Comecei a ditar histórias com 3 anos, escrevi meu primeiro livro aos 7, o segundo aos 11, mesma idade com que comecei a poetizar. Aos 13, enviei uma carta ao escritor Pedro Bandeira com uma sugestão para um livro. Eram folhas e mais folhas contando a minha ideia. Semanas depois recebi um retorno dele sugerindo que eu me tornasse escritora. Minha primeira publicação veio aos 32 anos, de um livro escrito aos 24. Aos 25 ganhei o primeiro dos meus 22 prêmios entre contos, crônicas e poesias. Sou graduada em Publicidade – área onde atuei por quase 20 anos -, Jornalismo e sou estudante de Letras. Nesse meio do caminho, fiz especialização em Marketing e cheguei a cursar 2,5 anos de Direito. Comecei a resenhar depois da formação em jornalismo cuja pesquisa foi em jornalismo literário. Sou autora dos livros “Depois de Tudo”, “Versos e outras insanidades”, “Histórias de Minha Morte” e “Poemas para ler no front”. Esse ano lanço “Santuário” e já tenho um romance aprovado com lançamento previsto para 2021, além de ter textos publicados em mais de 10 antologias e em algumas das principais revistas literárias digitais.

SAIDEIRA

Esse país é tão vasto e rico que não consegui, nesse mês contemplar sequer todas as mulheres que tenho em meu Facebook e trabalham com literatura. Estabeleci como critério publicar as mulheres que me enviassem material, e a vida as vezes é cruel com a gente, a gente esquece, não dá tempo, enfim, por mil motivos tantas mulheres acabaram não integrando os perfis desse projeto.

Mas só para aliviar um pouco do peso na consciência por não poder de fato abrir espaço pra TODAS, resolvi encerrar o mês da mulher do Bibliofilia Cotidiana com uma última homenagem; um pequeno mosaico com algumas mulheres que não estiveram nos perfis.

Muito obrigada pela audiência, pela participação, pelos elogios e pelo apoio. Continuem propagando esse conteúdo porque ele jamais deixará de ser importante. E a partir de amanhã o Bibliofilia retorna com sua programação normal.

[Mês da Mulher] Nossa Senhora da Palavra

Maria Valéria Rezende deveria dispensar apresentações, porque afinal, ela é a Maria Valéria Rezende e qualquer pessoa que se autointitule leitora tem obrigação de conhecer esse ícone. Mas vou apresentar mesmo assim pra não dizerem que usei da fama dela pra fazer um trabalho preguiçoso.

Paraibana de corpo, alma e coração, Maria Valéria nasceu em Santos (SP), mas isso é só um detalhe. Ao longo de sua juventude, quando não esteve em sua amada Paraíba, esteve no resto do mundo se dedicando à Educação Popular.

Nossa grandiosa Maria Valéria é formada em Língua e Literatura Francesa, Pedagogia e Mestre em Sociologia e passou a se dedicar à publicação de suas obras às vésperas de seus 60 anos. Entre livros próprios, antologias e criação de coletivos, Maria Valéria coleciona 5 jabutis, um Casa de Las Américas e um Prêmio São Paulo, sem contar os 2ºs, 3ºs lugares, ou todos os prêmios em que foi finalista, semifinalista ou menção honrosa.

Sem mais delongas, seguimos para nossa entrevista com Maria Valéria Rezende (até porque não faria nenhum sentido a entrevista ser com outra pessoa depois dessa introdução):

  1. Em que momento da sua vida você decidiu que queria ser escritora? Existiu esse momento ou foi algo que foi simplesmente acontecendo?

Eu nunca decidi que queria ser escritora!  Decidi, sim, e me lembro muito bem quando, que não queria ser escritora (como tanta gente com quem eu convivia, sendo de família cheia de escritores), e viver trancada em casa escrevendo. Eu queria correr mundo. Talvez ser jornalista internacional como um primo meu de quem gostava muito, mas nos anos 50 mulher não tinha chance de ser jornalista aventureira internacional. A alternativa era ser missionária. Corri mundo… nunca parei de escrever, coisa normal para mim, que achava, quando criança, que todo o mundo um dia escrevia um livro. Só quase aos 60 anos, por acaso, publiquei um primeiro romance, daí peguei gosto porque também já estava ficando velha pra correr mundo!  

2. Como funciona seu processo criativo?

Cada livro ou cada conto é por um caminho diferente. Em geral meu ponto de partida é um ou vários personagens, os invisíveis, que creio que precisam ser mostrados para que a gente seja mais humana. Eles ficam vivendo em minha cabeça, por um bom tempo, até que comecem a falar, e que uma voz narrativa própria se faça ouvir… daí escrevo umas primeiras 30 páginas para não perder essa voz e depois, quando consigo o tempo necessário, vou continuando. Como direito autoral não paga a conta da padaria, tenho de me ocupar muito de traduções e outros serviços. Quando tenho a sorte de ganhar um patrocínio ou um prêmio, então continuo e acabo um dos livros “em processo”. Tenho um bocado de romances começados que não terei tempo de acabar!

3. Qual a importância da pesquisa dentro do seu processo criativo?

Depende. Muita coisa que escrevo é resultado da “pesquisa” prática que é a minha própria vida de educadora popular. Nesse caso a memória resolve. Em outros casos, como as “Cartas à Rainha Louca”, resultado de uma pesquisa que iniciei muitos anos, décadas mesmo, antes de “virar” escritora…  simplesmente me interessava muito a vida das freiras ao longo da História, parte muito reveladora da história das mulheres ao longo dos séculos. Então, um dia, percebi que a maneira mais interessante de relevar tudo o que eu tinha descoberto, era escrevendo um romance. No caso dos “Quarenta dias”, eu tinha a linha geral do romance que queria escrever, e fui fazer o que chamam de “laboratório”, passando 15 ou 20 dias andando pelas ruas de Porto Alegre e me metendo pelos avessos da cidade, sem fazer anotações. Só depois de ter digerido bem a experiência foi que me pus a redigir.

4. Quem são suas referências na literatura?

Desde os sete anos de idade que leio quatro a cinco livros por semana. Leio muito depressa… conforme fui crescendo os livros foram ficando mais grossos… tudo isso está metido lá na minha cabeça! Muitas vezes um livro fica “na moda”, porque fizeram uma tradução recente… fico curiosa e vou ler,  pra descobrir depois de algumas páginas que eu já tinha lido aquilo há muito tempo! Então, minhas referências são os outros, os leitores, que descobrem… eu não me preocupo com isso. Só sei que minha cabeça nasceu vazia de palavras… tudo o que sai dali é porque um dia entrou!

5. Qual foi a situação mais peculiar que a literatura já te proporcionou?

Ter vivido a vida toda, até os 60 anos, tratando de ser o mais invisível possível, porque isso era condição para fazer o meu trabalho de educadora popular, e, de repente, ter que pagar o preço de uma visibilidade excessiva!

6. Tem algum de seus livros que você gostaria de mudar ou se arrepende de ter escrito/publicado?

Nenhum! Às vezes me divirto relendo meus livros e me surpreendendo com o que está escrito ali, que eu nem lembrava. Releio-os como leitora e não como autora e gosto deles. Essa é a vantagem de só escrever depois de velha! Hoje se tornou relativamente fácil publicar, então às vezes os jovens se precipitam, antes de ter amadurecido o que têm pra dizer, depois amadurecem e renegam o que publicaram. Eu nem tenho mais tempo pra renegar nada! 

7. Qual livro da literatura universal você gostaria de ter escrito?

Dom Quixote! Cervantes deve ter-se divertido muito escrevendo aquilo e imaginando a cara do leitor quando lesse!

8. Quem são os autores/autoras da literatura brasileira contemporânea que você indicaria aos leitores do Bibliofilia Cotidiana?

Nossa! É tanta gente que eu passaria agora o resto da quarentena, ou quaresma, do vírus fazendo a lista. Só pra não deixar esta resposta em branco, aponto o que acabei de ler e estou relendo esta semana: “Maria Altamira”, de Maria José Silveira, imperdível!

9. Vivemos tempos estranhos com a ascensão fascista no mundo todo e uma pandemia mudando o curso social e econômico do planeta. Você acha que essas situações mais extremas contribuem com o fortalecimento criativo das artes?

Só poderemos refazer o mundo de novo jeito se mantivermos nossas almas vivas! As artes são alimento e cura para nossas almas!

10. Quais livros são indispensáveis para um/a escritor/a?

Todos! Meu pai sempre dizia que todo livro vale a pena ler, mesmo que seja apenas para se saber como não se deve escrever! Em nossa casa, cheia de livros, nenhum era proibido para mim, mas havia uma regra: se começar a ler vai ter de ir até o fim, proibido abandonar a leitura a meio do caminho…  com isso, ele me orientava; se eu pegasse um livro que ele não achava apropriado para a minha idade, dizia: “pense bem se quer mesmo ler esse livro, porque vai ter de ir até o fim!”

Para comprar os livros de Maria Valéria Rezende, acesse aqui!

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Maria Valéria Rezende é uma pessoa ímpar. Fiz a proposta da entrevista ainda no começo do mês, ela aceitou prontamente, mas o volume de perfis foi tão alto que a elaboração das perguntas foi ficando pra depois porque já planejava essa entrevista como “semifechamento” do mês (sim, ainda tem amanhã). Foi ela mesma quem me cobrou o envio.

Me diverti e aprendi com as respostas, espero que tenha acontecido o mesmo com vocês. É uma emoção muito grande poder trazer uma entrevista com uma pessoa como Maria Valéria Rezende para esse blog.

#Maya

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[Mês da Mulher] Não aprendi dizer adeus

Desculpe gente, eu nasci no começo dos anos 1980, peguei a melhor fase de Leandro & Leonardo. Mas a brincadeira do título é só pra dizer que esse é o último post com os perfis das mulheres da literatura, mas não o último da ação do mês da mulher. O mês tem 31 dias, lembram? Sim, ainda temos 2 posts. OU SEJA, andei aprontando.

ANDRÉA MASCARENHAS

Nascida no Rio de Janeira mas radicada e apaixonada pela Bahia, Andréa é professora e pesquisadora na área da Literatura na UNEB.

Aproveitando a boa atuação em sala de aula, ministra oficinas de criação literária, onde promove não apenas o conhecimento literário, mas a prática de textos criativos, gerando oportunidade de desenvolvimento aos alunos.

Participa do Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia, da versão eletrônica do Projeto “Mapa da Palavra.BA” (FUNCEB), da publicação eletrônica “Profundanças II” e do projeto “Doce poesia doce”.

Além da organização do livro “Escuta de conchas: literaturas baianas”, ainda faz parte da Confraria Poética Feminina, publica em coletâneas e revistas nacionais e internacionais e, atualmente, se dedica na pesquisa da literatura brasileira contemporânea com foco na literatura baiana.

SANDRA RONCA

Escritora, ilustradora, formada em Comunicação Social com pós em Design e Ilustração, já esteve em Sarmede e Macerata, na Itália, estudando Ilustração Infantil e participou de mostras na Itália e no Japão.

Apesar de escrever contos, crônicas e poemas adultos, é na valorização da leitura infantil que ela mais se destaca. Inclusive, entre seus 7 livros como escritora e 25 como ilustradora, tem em seu currículo um título especial que merece grande destaque.

“tenHo Um amiGO”, livro publicado em pequena tiragem em 2015 traz já em seu título um significado muito especial: as letras em maiúsculo formam a palavra “Hugo”, nome de seu filho caçula que partiu aos 12 anos em 2007. O livro conta com ilustrações de Sandra e também com desenhos do próprio menino, e serviu como ferramenta terapêutica na vivência de seu luto.

Devido à própria natureza da obra, ela acabou virando objeto de estudos e a própria Sandra passou a realizar ações em biblioterapia e em projetos pela cultura da paz, trabalhando a arte como ressignificação do luto. Não vou mentir pra vocês, sou jornalista e quis conhecer mais da história de Sandra, até pela importância do trabalho dela em transformar dor em arte; isso me levou aos fatos que resultaram na partida de Hugo e eu me lavei chorando, tanto pela história dolorosa de Sandra mãe quanto pela história heróica de Sandra artista.

Sandra, se você chegar a ler o seu perfil aqui, e eu espero de coração que leia, saiba que eu sinto muito, e que te exalto pela tua força, pelo teu trabalho e pelo tanto de gente que você com certeza já ajudou ao longo desses anos. Eu não tenho nenhuma dúvida de que seu garotinho tem muito orgulho de você.

ELIANA MACHADO

Paulista de nascimento, Eliana se tornou do mundo. Depois de longo período vivendo e estudando na Espanha, emigrou para a França onde concluiu o doutorado em Literatura.

A partir de 2004, foi concursada pela Educação Nacional francesa e passou a lecionar francês e espanhol, passando a ministrar aulas no Principado de Mônaco.

Justamente por ser uma brasileira que pertence ao mundo, os prêmios que ganhou como escritora e também por sua obra poética não nos são muito familiares, como por exemplo o prêmio de melhor romance Talentos Helvéticos Brasileiros III na Suíça, Prêmio Excelência Literária da União Hispanomundial de Escritores e prêmio de Melhor Autor Estrangeiro da União Internacional da Imprensa Francófana de Mônaco.

Eliana possui 7 títulos escritos em 4 idiomas e publicados em vários países como Brasil, Estados Unidos, Itália, França, México e Peru. Também trabalha como tradutora, editora e escritora de obras didáticas.

KATIA ODONE FABRI

Katia Regina Odone Fabri é apaixonada pelo fomento à leitura com o público infantil. Não à toa escolheu como foto para lhe representar o registra de um de seus momentos favoritos: a leitura com uma criança.

Formada em psicologia e pedagogia, Katia é pós-graduada em Literatura Brasileira e possui um curso de extensão em Mediação de Leitura, formação e experiência que a permitiram atuar, atualmente, em uma biblioteca escolar infantil, onde realiza contação de histórias e organização do acervo.

Apaixonada por leitura e poeta nas horas vagas, criou o perfil de Instagram @leiturasdakatita, onde publica pequenas resenhas e indicações de livros para todas a idades.

No seu envolvimento literário, também participa de diversos coletivos e desafios temáticos.

REGINA TACCOLA

Regina Taccola é movida pela literatura nas redes sociais – ou pelo menos sempre a encontro em posts literários meus ou de amigos em comum.

Médica psicanalista aposentada, passou a se dedicar aos seus escritos de forma integral, sendo autora de três livros de contos publicados: “Uma tarde embalada pelo mar”, “Vida louca” e “Um cisne na noite”.

Seu trabalho psicanalítico de vida inteira a permite ter uma compreensão mais ampla da mente e do comportamento humano, mas não ajuda a prever o futuro, ainda assim, Regina está em vias de finalização de um romance distópico.

Sim, uma distopia em fase de finalização em meio a uma pandemia. O nome do livro é “Tempo pelo avesso” e certamente teremos novidades em breve!

ROZZ MESSIAS

Paranaense de Colombo, Rozz é professora, pedagoga, contista e poeta.

No seu currículo, conta com orgulho que participou dos Planos de Aula da Revista Nova Escola, um reconhecimento e tanto ao seu trabalho como docente.

Já em termos literários, Rozz também tem muitos motivos para se orgulhar.

Duas vezes premiada no Concurso Literário de Colombo, é autora dos ebook “Filha da tempestade” e “Entrelaçado”. Via editora, lançou recentemente o romance “Ao seu encontro” e trabalha na produção dos livros “Poetizando” e “Poetize-se”. Seu projeto Cordel Extraordinário integra o ebook Banco de Boas Práticas publicado pelo Núcleo Conectando Saberes de São José dos Pinhais e da Fundação Leman.

Além disso, foi aceita pela ACILBRAS para ocupar a cadeira 524 e pela AIL como a persona “Perseverança”. Para abrilhantar ainda mais seu currículo, Rozz participa de 32 antologias de contos e poesias.

CAMILA OLESKI

O sorriso tímido estampado no rosto de Camila, na foto escolhida por ela mesma, tem o mesmo tom de sua minibio, a pessoas de muitas palavras no seu íntimo literário mas reservada tanto quanto pode.

Camila nos conta que trabalha profissionalmente com revisão, de onde tira seu sustento, mas sua caminhada não se resume a isso.

Autora do infantil “Onde nascem as Nuvens”, Camila também gosta de de produzir contos e poesias tanto para adultos quanto para crianças, mas admite que a maior parte de sua produção ainda não está acessível ao público.

Entre os trabalhos que ela publicou na internet estão contos e poesias disponíveis no blog Acalentos e Intensidades.

TATIANA CRUZ

Tatiana, além de estilosa, linda e fotogênica, é jornalista graduada pela UFRGS, poeta, artista visual e aluna de pós-graduação em Literatura Brasileira pelo Instituto de Letras da mesma universidade.

O objeto de sua pesquisa é a poesia falada por mulheres, o que combina também com seus projetos pessoais.

Tatiana é co-fundadora do Sarau Nosotras e criadora do 1 Minute Slam, uma plataforma global que tem como objetivo abrir espaço de voz poética para mulheres no Instagram, exatamente como seu foco de pesquisa.

Ela ainda cria colagens manuais poéticas no @fabulario.collage e escreve todos os meses no portal Spoken Word México, tendo como tema a cena da poesia falada por mulheres no Brasil e no mundo.

CLARISSA MACEDO

Natural de Salvador, Bahia, Clarissa é Doutora em Literatura e Cultura.

Para além do título, Clarissa é escritora, revisora, professora e pesquisadora, apresentando-se em eventos pelo Brasil e exterior.

Como escritora, integra coletâneas, revistas, blogs e sites e é autora da plaquete “O trem vermelho que partiu das cinzas”.

Ainda entre suas publicações estão “Na pata do cavalo há sete abismos”, que foi agraciado com o Prêmio Nacional da Academia de Letras da Bahia e foi traduzido para o espanhol, e “O nome do mapa e outros mitos de um tempo chamado aflição”.

Clarissa também integrou o Circuito de Autores pelo “Arte da Palavra”, promovido pelo SESC e é uma das organizadoras do Sarau Som das Sílabas, idealizado por Gabriel Póvoas.

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Então é isso, pessoal. Mas sim, eu sei, o mês não acabou ainda, então tratem de voltar amanhã porque tem surpresinha.

#Maya

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[Mês da Mulher] Elas arrasam

Não vou me justificar por título ruim, desculpem.

ANDREA TAUBMAN

Andrea Viviana Taubman é argentina de nascença, mas reside no Brasil desde 1973, onde não apenas criou toda a sua base literária como foi onde viveu sua formação profissional que a tornou autora de 14 livros publicados.

Acostumada a lidar com temas sensíveis, Andrea destaca entre seus escritos livros sobre autismo, luto e abuso sexual na infância. Seu foco central está na formação de leitores, atuando fortemente com público infantil e juvenil.

Seu trabalho nessa área lhe rendeu um posto na diretoria da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, tendo vasto histórico na organização de eventos literários para esse publico. Atualmente ocupa da cadeira nº 21 da Academia Teresopolitana de Letras e é Conselheira do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Teresópolis.

Andrea foi voluntária na ONG Espaço Logos de Cidadania Consciente, oferecendo oficina de leitura literária para crianças a partir de 6 anos, e no abrigo temporário que recebia crianças em situação de risco social. Profissionalmente (digo, o que bota o pão na mesa), Andrea atua como escritora, palestrante, tradutora, contadora de histórias e locutora bilingue.

E o mais curioso de sua biografia: ela é graduada em química.

TÂNIA SOUZA

Foi a depressão que levou Tânia para o caminho da literatura. Ou melhor dizendo, foi a literatura que tirou Tânia do caminho da depressão.

Apesar de gostar muito da leitura e da escrita desde a infância, nunca havia pensado de fato em se tornar escritora até encontrar no ofício seu lugar seguro e um espaço importantíssimo de expressão e compartilhamento.

Seu foco se centrou em contos de terror e do gênero fantástico, onde se sente segura para explorar o medo e a angústia. Já na poesia explora temas como morte, amor, solidão e a metalinguagem de homenagear os versos em seus versos.

Também se dedica ao minimalismo dos haicais e poetrix. Com todo esse combo. Tânia já publicou os livros “Desamores e outras ternurinhas”, “Estranhas Delicadezas”, o infantil “Um gato no jardim” e o independente “Bichinhos da horta”. Além dos livros próprios, Tânia também participa de diversas antologias.

JOSIELMA RAMOS

Esse olhar avassalador é de Josielma Ramos, que nasceu junto com o ano de 1989 em Simplício Mendes, no Piauí, mas reside em Santana de Parnaíba, em São Paulo, desde criança.

Estudante de Letras, Josielma é mãe, escritora, palestrante, antologista e começou sua carreira com um blog que se tornaria, depois de 4 anos, seu primeiro livro de poemas publicado, o “Visões Poéticas”.

Este e o livro “Borboletas na garganta” ganharam o selo Penalux.

Mas suas publicações não pararam por aí; Josielma é ainda autora dos livros “Amor – força poética”, “Poemas para se ler na preguiça de uma rede” e “Hora morta – contos de terror, mistério e loucura”, todos pela Amazon.

Como antologista, organizou “Mulheres”, “Amor e outras histórias” e participou de “Mãe”, “Poetize-se” e “Elas e as letras”.

LINDEVANIA MARTINS

Maranhense de Pinheiro, residente de São Luís e graduada em Direito, é Mestre em Cultura e Sociedade e chegou a ser delegada de polícia, carreira que abriu mão por falta de identificação, tornando-se defensora pública com foco na defesa da mulher e da população LGBT.

Dotada de grande sensibilidade, fundamental no acolhimento que proporciona aos seus clientes na defensoria pública, realiza diversos projetos sociais de enfrentamento à violência e encontrou na literatura um caminho para externalizar todas as vivências que acabam se acumulando em si, e que não são poucas.

É poeta, contista e trabalha em dois romances. É palestrante, ministra oficinas literárias e, por duas vezes, foi primeira colocada em contos no tradicional Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís, também vencido por Ferreira Gullar.

Participante de mais de vinte antologias, foi jurada no concurso internacional “Her Story”, da plataforma Sweek em conjunto com o Leia Mulheres e é autora dos livros “Anônimos”, “Zona de desconforto” “Fora dos Trilhos” e “Longe de mim”.

JULIANA FRANKLIN

Entusiasta da tradição oral, Juliana Franklin se dedica desde 2001 à pesquisa, contação e facilitação de contos em escolas públicas e particulares, simpósios, centros culturais e espaços públicos, aliando sua prática de contadora de histórias com sua formação em arteterapia.

Em parceria com Ana Gibson, escreveu o livro “uma história e uma história e uma história – contos dos contos de tradição oral”. Com a mesma parceria. coordena o projeto “A arte de reparar histórias”, que contempla cursos, oficinas, publicações, rodas de conversa, grupos de estudo e outros desdobramentos que valorizam as mitologias.

Em 2009, junto com a Roda de Histórias Indígenas, INBRAPI e Petrobrás, realizou o projeto “Poranduba”: um kit de quatro discos com 28 mitos indígenas brasileiros narrados por contadores de histórias indígenas e não-indígenas, e um livreto com textos informativos-poéticos sobre os povos contemplados.

SOCORRO BAPTISTA

Maria do Socorro Baptista Barbosa é Doutora em Letras e dedicou boa parte da sua vida às salas de aula.

Professora de literatura aposentada, usou de seus conhecimentos teóricos para iniciar sua carreira como escritora, partindo para livros de crítica literária.

Mas trabalhar com teoria não a impede ser criativa, e Socorro, como prefere ser chamada, tem um pequeno romance publicado na Amazon.

Além disso, o aprendizado não termina nunca; atualmente Socorro é acadêmica de Biblioteconomia.

LU MOTA

Lu é natural da Cidade de Barra do Corda, no Maranhão e mora, atualmente, em Birigui, São Paulo.

Além de carregar consigo um sorriso lindo e combinar lindamente com a cor laranja, Lu ainda é poeta, contista, cronista, artista plástica, contadora de histórias, bonequeira, funcionária da Secretaria de Educação de São Paulo, artesã e oficineira de artes e artesanato. Se não bastante, ainda é mãe e avó!

Apaixonada por artes, todas elas, deixa que seu trabalho fale por si, e por isso farei o mesmo.

ANDRÉA SAMICO

Andréa se identifica como “construtura de pontes” e, embora já tenhamos visto mulheres das formações mais inusitadas por aqui, ela não é engenheira civil, ela é comunicadora, as pontes são metafóricas e fazem absolutamente todo o sentido.

Com experiência em marketing e design gráfico, explora o universo narrativo não apenas com design e diagramação, mas também no planejamento e curadoria de eventos literários, impulsionando ideias, coordenando iniciativas e fazendo da palavra uma ferramenta de transformação.

Andréa é sócia da Interseção, empresa pela qual, através da colaboração, consegue colocar em prática todas as potencialidades de seus ideais.

ROSANA PAULO

Poeta, contadora de histórias, estilosa e extremamente elegante, Rosana ainda recita poemas autorais e de outros poetas em saraus, eventos literários e de arte educação em escolas, universidades, entidades assistenciais e culturais, bibliotecas e livrarias.

Ministra a Cirandinha Rural, projeto voltado para crianças dentro do Projeto Ciranda Rural da Ronda Maria da Penha.

Baiana de Salvador, foi por duas vezes vencedora do Concurso de Poesia SESI.

Além dessas vitórias, Rosana participa dos projetos Mapa da Palavra e Grafias Eletrônicas da FUNCEB e do Portal OXE e Enegrescência. É autora do livro “Vênus ao espelho” integra um número imenso de antologias.

Não duvido que, se pegar todos os textos publicados em antologias, daria pra fazer um livro só dela… (sacou a indireta?).

RENATA DI CARMO

Essa Deusa aqui estampada nessa foto é Renata, roteirista, atriz, cineasta, diretora, escritora, jornalista e maravilhosa.

O currículo da moça é tão brilhante quanto seu sorriso, começando pelas graduações em Jornalismo, Cinema e Artes Cênicas. Depois veio a Pós em Telejornalismo.

Dedicada, seguiu para o Mestrado em Literatura, Cultura e Contemporaneidade e, atualmente, o Doutorado na mesma matéria. Apesar de o currículo dela ser riquíssimo, o próprio espaço aqui é limitado para contemplar tudo, por isso, vou pular as categorias de trabalho em cinema, TV, teatro e participações como atriz e vou manter o foco na literatura.

Essa artista multitalentosa é autora do premiado “Anele, a menina dos olhos de mundo”, do também premiado “Cabelo na venta”, “O homem que nadava com as baleias e participa da antologia poética “Futurama”. Quisera eu poder citar tudo, porque olha, é de brilhar os olhos!

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Eita, que elas arrasam!

#Maya

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[Mês da Mulher] Ô Nega

Porque as vezes é preciso revolucionar.

Foi justamente por isso que Larissa Mundim, depois de escrever o livro “Sem palavras” em parceria com Valentina Prado, decidiu fundar a NegaLilu, uma editora independente com espírito punk que nasceu exatamente para dar vazão ao espírito criativo de sua fundadora.

“Sem palavras” foi um romance revolucionário à sua maneira. Diferentão, como define Larissa, de arquitetura e estética muito próprias do nosso tempo, um trabalho que pedia para se tornar público e que, antes mesmo de isso acontecer, foi fonte de inspiração para o Coletivo Esfinge.

O Coletivo teve uma história de vida tão rica que se transformou em artes visuais, artes cênicas, audiovisual, literatura, comunicação e design, se transformando, claro, em livro, “Operação Kamikaze”.

NegaLilu nasceu da junção do nome das protagonistas no livro que deu origem a isso tudo, Nega e Lilu, como referência ao que Machado de Assis fez em “Dom Casmurro” com Bento Capitolina, como comenta Larissa. Como jornalista com experiência em edição, a paixão pela literatura foi o combustível que acendeu de vez o desejo de ter sua própria editora.

Apesar de não ter uma linha editorial rígida, que abre portas aos mais diversos gêneros literários, a NegaLilu mantém uma característica que sempre norteou o trabalho de Larissa: o recorte regional. A editora, que hoje conta com mais de 25 livros publicados incluindo audiolivros e e-books, todos de autoria de escritoras e escritores de Goiás.

Porééééém, depois de todos esses anos, sonhos e livros publicados, Larissa entendeu que a editora caminha para uma direção de valorização de determinados temas, como questões de sexualidade e étnicas. Com essa percepção, a editora estuda, futuramente, abrir suas portas para autoras e autores de outras regiões.

NegaLilu, na definição de Larissa, é mais do que uma editora, é uma atitude, uma postura política que apoia a inovação no mercado editorial, assim, por meio da e-centrica.org, a editora trabalha nas seguintes frentes:

1) fortalecimento de agentes sub-representados, que somos nós: mulheres, negros, indígenas, LGBTQIs, pessoas com deficiência e idosos

2) revisão de processos produtivos

3) redimensionamento do papel social de autores, editoras, distribuidoras, livrarias e leitores

4) estímulo à leitura e qualificação de leitores

5) busca de alternativas de circulação da produção gráfica-literária

6) ocupação de espaços públicos e privados onde a política pública para o livro, a leitura e a escrita esteja sendo discutida e constantemente reformulada

7) formação de redes produtivas

Em coerência com seu posicionamento, a NegaLilu se envolve, entre outras coisas, em:

– realiza a feira e-cêntrica de publicações independentes, em Goiânia, e participa das maiores feiras do gênero do Brasil como expositora

– mantém O Jardim (nossa não-livraria)

– promove edital para seleção de novos goianos na poesia e na prosa a cada dois anos com o intuito de publicar antologias que mapeiam a nova geração literária do Estado

– representada por Larissa Mundim, participa de debates e seminários em meio acadêmico e não-acadêmico

– realiza o Projeto Leitura & Resistência (estímulo à leitura e formação de leitores) e o Projeto Madalena Caramuru (de apoio à gestão de bibliotecas públicas em 17 municípios goianos)

– integra a Rede Nacional de Leitura Inclusiva, porque adota políticas de acessibilidade para a inclusão de leitores cegos

Muito mais do que publicar livros, a NegaLilu acredita na literatura, no poder da arte e das ações de fomento à leitura. Larissa Mundim, escritora, editora e jornalista, é o elo dessa corrente, é a sonhadora por trás do sonho, e promete ir muito mais além.

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Não mencionei que a Larissa é uma fofa pra não destoar do tom jornalístico.

#Maya

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[Mês da Mulher] Em alta

Ultrapassamos 150 mulheres e seguimos em altíssima qualidade!

TATIANA KAUSS

Tatiana Kauss, ou simplesmente Tati, é escritora infantil e precursora do modelo audiovisual de contação de histórias, sendo dona do famoso canal de Youtube “Histórias da Tati”.

Algumas de suas histórias na plataforma de vídeos fizeram tanto sucesso que foram transformadas em publicações.

É o caso de “Fubá” e de “Fura-Bolo”, que já está em fase de preparação para ser publicado no formato impresso. Tati conta que sua paixão pela literatura infantil cresceu tanto com o nascimento do primeiro filho, levando-a ao processo de escrita no gênero.

O reconhecimento veio. Além do sucesso no Youtube, Tati teve o livro “Haicontos de Fadas”, selecionado pela FNLIJ para integrar o catálogo da feira de Bologna, na Itália. Também participou da XIX Bienal Internacional do Livro Rio 2019 com os livros “Um diário quase em branco” e “Entre cores e olhares”.

Fazem parte do seu currículo ainda o circuito off Flip, performances teatrais em escolas e a participação na equipe de produção literária artesanal Cantoneira Carioca.

TAIANA COELHO

Já aconteceu várias vezes ao longo desse mês de valorização das mulheres das letras de algumas se sentirem envergonhadas de estarem no mesmo espaço com outros de currículos imensos.

Isso me entristece porque, mesmo eu só tendo divulgado mulher maravilhosa aqui, nem sempre currículo longo prova alguma coisa.

Taiana, essa gaúcha de 31 anos apaixonada por poesia, investe sua produção na página “Sobre ventos e versos”. E foi isso que ela me contou sobre sua trajetória. De experiência, posso afirmar: ela teve medo de falar mais sobre si porque não tem uma publicação formal. Já vi acontecer, mais de uma vez.

Taiana escreve. Essa é a parte mais relevante nisso tudo. Não tenha medo nem vergonha, colega, deixe sua literatura voar.

KAMILLY CORDEIRO

E já que o tema é a mulher que escreve mas não se coloca no mundo (ainda) como escritora, tem a Kamilly, que conheci pessoalmente em 2014 em um curso de Direitos Humanos promovido pela ONG Advogados sem Fronteiras. Kamilly tem como profissão formal a advocacia ambiental e redução de danos, mas é completamente apaixonada pelas letras.

Embora já produza há bastante tempo, publicando nas redes sociais e já tendo publicações no jornal de Goiânia, sua terra natal, e uma antologia, Kamilly parece sentir dificuldade de se encontrar no universo literário (mal sabe ela que já se encontrou), e busca trabalhar temáticas que são parte de seu cotidiano, como feminismo, amor, política social, perda, dore, trabalho, erotismo, memória e melancolia.

Atualmente Kamilly está montando zines sobre depressão, ansiedade, feminismo e direitos neuroatípicos. Tem como grandes influenciadoras as escritoras Maria Gabriela Saldanha, Marceli Becker e, claro, Clarice Lispector, aprimorando cada dia mais sua poética.

SANDRA WITKOWSKI

Sandra Marina Witkowski carrega a descendência polonesa no sobrenome e a italiana na inquietação.

Formada em musicoterapia e educação artística, usou esses conhecimentos como complemento à sua carreira de cantora e locutora, seguindo para a faculdade de Filosofia.

A partir de seu contato com as artes e a Filosofia, Sandra criou o projeto “Tocando a vida com leveza”, onde utiliza livros e música como suporte de bem-estar através de clubes de leitura e círculos de biblioterapia e musicoterapia.

Seguindo o objetivo de aumentar a qualidade de vida, o projeto desenvolvido por Sandra foi ampliado para organização pessoal, workshops, palestras e atendimento, tornando-se também Oblata Secular do Mosteiro de São Bento em São Paulo.

Coordenadora da Feira do Livro de São Bento, participou da coletânea “Brumas e Brisas” e publicou os livros “O pequeno príncipe descobre o Mosteiro”, “Cozinhe com os Monges” e “O pequeno príncipe no mosteiro” em coautoria com Dom João Baptista Barbosa Neto. Atualmente está com a caixa-livro “Organização com Espiritualidade” perto de seu lançamento.

LUCIRENE FAÇANHA

Essa é a expressão de felicidade de alguém que enxerga a vida como uma oportunidade de fazer sempre mais e melhor.

Lucirene, em sua minibio, fez questão de destacar exatamente isso: seu lado otimista, seu lado de quem quer mais é ser feliz e fazer o outro feliz.

Diz ela ser uma apreciadora das boas conversas, das risadas despretensiosas, dos amigos e, claro, dos livros. Leitora voraz, Lucirene é também escritora e artesã.

SERGIA A.

Sergia Antonia Martins de Oliveira Alves, ou simplesmente Sergia A. é natural de Teresina, no Piauí, se considera uma eterna aprendiz das letras, sendo mestra em Letras/Literatura, Memória e Cultura.

Parte de sua energia literária Sergia dedica à academia, com vasta produção científica publicada em revistas e coletânea.

As áreas da ficção não ficam pra trás; Sergia também contabiliza um bom número de publicações em revistas, coletâneas e títulos próprios, como “Quatro contos” e “Adejo”. Integra a Coleção Um Mulherio das Letras e é responsável pelo blog Do Caminho, no site da revista Revestrés.

DENISE GUILHERME

Esse sorriso MA-RA-VI-LHO-SO que estampa a fotografia é de Denise, idealizadora da Taba, uma empresa especializada em curadoria de livros infantis e juvenis com foco na formação de leitores.

Mestre em Educação, é professora do curso de Pós-Graduação em Literatura para Crianças e Jovens, no Instituto Vera Cruz, em São Paulo. Já se vão mais de 20 anos de experiência em educação, o que a tornou apta para assumir consultoria em projetos de leitura e curadoria para diferentes organizações.

A confiança em seu trabalho em prol da literatura infantil é imensa, como reconhecimento de um trabalho sério. Uma das provas foi o convite para integrar o corpo de jurados do Prêmio Jabuti de 2019, na categoria livro infantil, e do Prêmio SESC Criança de Literatura Infantil, em Santa Catarina.

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Entrando na reta final, e a qualidade segue altíssima!

#Maya

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[Mês da Mulher] Elas são 10

Mais um título com trocadilho ruim.

HELÔ BACICHETTE

Heloisa Carla Coin Bacichette já se tornou referência aqui na terrinha quando o assunto é literatura infantil e projetos de estímulo à leitura, carregando consigo um currículo de tirar o chapéu, e o fôlego.

Heloisa, ou simplesmente Helô, é gaúcha da serra, profesora graduada em Letras com especialização em Educação do Movimento. Escritora premiada no segmento infantil, é autora de diversos livros, entre eles o belíssimo “Filhos de Ceição”, indicado para o Catálogo Bologna 2015 e premiado como Livro do Ano AGES no mesmo ano, categoria infantil.

Além de sua trajetória como escritora, Helô é coordenadora do Programa Permanente de Estímulo à Leitura de Caxias do Sul (PPEL), uma iniciativa ligada à Biblioteca Pública com funcionamento exemplar e resultados concretos junto à comunidade. Também integra a Comissão Organizadora da Mostra Literária da Rede Recria – Rede de Atenção à Criança e ao Adolescente. Foi coordenadora da Confraria Reinações Caxias e integrou a diretoria da AGES.

É uma das organizadoras da Feira do Livro de Caxias do Sul e suas ações paralelas, ministra oficinas e cursos para professores e adolescentes, criou o projeto “Elos do Conto – Elos da palavra” voltado a adolescentes em situação de vulnerabilidade social e atua também como contadora de histórias.

Com todo esse currículo de ações em prol do incentivo à leitura, recebeu o troféu “Sou de atitude”, da Associação Criança Feliz no segmento de formação de políticas públicas para a infância e a juventude, bem como o troféu “Palavra viva”, uma homenagem do Sintrajufe pelo conjunto da obra e pelo trabalho realizado pelo livro e literatura. Helô é incansável, não à toa é alvo de grande admiração por aqui. Espero que agora também seja por todo país e fora dele.

DANIELA DEVISATE

Daniela Pace Devisate começou nas letras ainda criança com poemas, contos e prosa poética.

Formada em Pedagogia e Artes Visuais, é professora de Arte na rede estadual paulista, lecionando no município de Iguape, misturando o visual e o poético em sua didática.

Produz livros de artistas e livros de poesia artesanais, o que resultou na participação em diversas feiras de publicação independente. Seu trabalho poético pode ser conferido nas revistas Germina, Mallarmargens, Literatura&Fechadura e Gente de Palavra.

Daniela ainda participou da antologia “Voos Literários”, finaliza seu livro de poesias “Haikai Tupy” para lançamento esse ano e realiza um projeto via redes sociais de poemas escritos no próprio corpo.

SONIA NABARRETE

Jornalista de profissão, essa paulista de São Caetano do Sul trabalha atualmente como freelancer na produção e revisão de textos.

Com um tom mais puxado para o erótico, Sonia, é autora da novela “Ereto”, de “Contos safadinhos” e do romance “Abusada”, ousada a moça, hein? Mas sua trajetória apimentada não termina por aí.

Sonia integra várias antologias de contos e poemas, tanto no Brasil quanto em Portugal, misturando em suas narrativas o erotismo que já é sua marca registrada e boas doses de humor, partindo de um olhar feminino e feminista.

Foi assim que Sonia já foi selecionada 5 vezes para a coletânea do Concurso de Microcontros do Salão de Humor de Piracicaba.

ROBERTA CHAVES

Atriz com participação em novelas, peças de teatro, festivais de cinema e comerciais, a mineira radicada no Rio Roberta Chaves é formada em Letras, Teatro e pós-graduada em Arte.

Com 17 anos de experiência no ofício, atua como professora e preparadora de elenco, tendo em seu currículo a preparação de diversas celebridades infantos, além de atuar como professora de teatro e artes em comunidades do Rio de Janeiro.

A literatura acabou entrando como um elemento de grande importância no seu trabalho, já que leva tanto textos autorais quanto de autores renomados para seus pupilos, produzindo vasto material para atingir seus objetivos em dramaturgia.

E sua trajetória literária tem ainda um capítulo muito especia; Roberta atualmente reúne uma coletânea de poesias deixadas de herança por sua avó.

LORENA GRISI

Baiana de Salvador, Lorena tem formação em Letras pela UFBA e trabalha no Instituto Federal de Educação Baiano.

Entre suas atribuições, dedica-se à escrita e à revisão, participando de projetos e antologias com seu trabalho poético e artístico.

Entre os destaques de sua carreira está a menção honrosa no Prêmio Castro Alves de Literatura 2020, um dos mais prestigiados do país.

Participou também do projeto “Grafias Eletrônicas”, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, cujo resultado pode ser conferido aqui. Ainda entre suas maiores conquistas está a seleção para a antologia “Hilstianas vol. 01”, onde publicou poemas em homenagem à Hilda Hilst.

BRUNA GUERREIRO

Historiadora paraense, Bruna também é tradutora e professora de francês.

Entre uma atividade e outra, descobriu a paixão pela escrita através dos romances, que começou a desenvolver aos 20 anos.

Mais voltada ao romantismo, às histórias de aventura cotidiana e narrativas de pessoas comuns, Bruna começou com suas publicações em 2013.

Atualmente, a escritora já conta com mais de 15 títulos publicados entre romances, novelas e contos, além de participar de antologias. Seus maiores destaques são “Os livros de Ventura”, “Catarina” e “No parque da cidade”.

JEOVÂNIA P

Poeta, bacharel, licenciada e metre em Filosofia, especialista em Educação, com licenciatura em Letras , atualmente complementa sua gama de conhecimento com uma especialização em Educação Financeira e um Doutorado em Letras como aluna especial.

Professora de Filosofia, Jeovânia também dedica seu tempo a outras paixões além de construir conhecimento: ela constrói beleza através das mais diversas expressões artísticas. Poeta, atriz, diretora teatral, produtora musical, foi diretora do espetáculo poético teatral “Desconstruindo a poesia”, que participou do projeto Aldeia SESC.

Foi Menção Honrosa no IV Concurso de Poesia Luís Carlos Guimarães, Fundação José Augusto, 2001; 1º lugar I Concurso Literário de Contos dos Estudantes da UFPB em 2006, e 1º lugar I Concurso Poético Performático da SAMBA, Natal/RN, 2011. Possui poesias publicadas em jornais e revistas online e diversas obras próprias, como “Palavras poéticas”, “Poeticamente entre versos & bocas”, “A-M-O-R” e o livro de contos “Quem abriu a boca da pedra”.

Entre suas iniciativas ainda está a coletânea na qual é idealizadora e organizadora, “O livro das Marias”, teve livro selecionado no edital de obras poéticas da UFPB, a participação na coletânea do Mulherio das Letras Portugal e a coletânea de sua organização, “Escrituras Negras_A mulher que reluz em mim”, obra de poesias, contos e crônicas que reúne autoras negras de várias partes do Brasil.

LUANDA JULIÃO

Não sei dizer há quanto tempo conheço Luanda, mas posso afirmar categoricamente que houve um choque de santo (em outras palavras, o santo bateu).

Luanda é doutoranda em Filosofia francesa contemporânea na Universidade Federal de São Carlos e trouxe das reflexões filosóficas suas ferramentas de escrita literária.

Com o perdão do trocadilho escroto, literatura se tornou sua filosofia de vida.

Paulista do interior do estado, atualmente residente na capital e nascida no mesmíssimo ano que eu, Luana, dona de um nome espetacularmente lindo, é autora do romance “A ária das águas”, que estava separado para ser resenhado esse mês mas que, como já comentei sobre vários outros, não deu tempo. De toda forma, teremos, eventualmente, resenha do livro de Luanda nesse espaço.

CAROLINA FERNANDA

Muita gente transforma dor em literatura. Eu inclusa. Esse é QUASE o caso de Carolina.

O currículo dela é certamente um dos mais peculiares que já passaram por aqui, consideramos que já tivemos, engenheiras químicas, arquitetas, professoras de matemática, psicólogas, profissionais do direito… bom, Carolina é astróloga. Vamos um pouco mais fundo:

Carolina estuda astrologia, é terapeuta e coach holística especialista em relacionamentos e autoestima, radiestesista, espiritualista universalista e acredita no poder pleno da mulher. A vida dela mudou completamente depois de receber via messenger do Facebook uma mensagem do noivo encerrando o relacionamento logo depois de um diagnóstico de endometriose.

Sofrendo de dores físicas e precisando lidar com o luto não apenas da perda do noivo, mas da perda do ideal que ela tinha dele, decidiu transformar seu sofrimento em luta e criou o Melhor de Você, um programa onde escreve sobre relacionamento e autoestima para prestar suporte a mulheres que enfrentam a rejeição e o abandono.

O projeto não foi criado com base somente em sua dor pessoal, Carolina estudou muito o assunto antes de se colocar à disposição de outras mulheres em sofrimento. Atualmente tem uma coluna no programa Happy Hour Rádio Show e fala com mais de 13 mil pessoas via Instragram. Para dar o passo seguinte, Carolina trabalha em seu primeiro livro.

SANDRA GODINHO

Graduada e Mestre em Letras, Sandra cada vez mais tem dado o que falar.

Além de uma simpatia ímpar, um jeito atencioso e uma evidente paixão por tudo o que se refere à literatura, Sandra acumula elogios, textos inesquecíveis, obras fundamentais e prêmios, muitos prêmios.

Como não podia deixar de ser, Sandra é bem conhecida em antologias e revistas virtuais, com mérito.

Na sua produção própria, a autora publicou “O poder da fé”, “Orelha lavada, infância roubada”, “O verso do reverso”, “Terra da Promissão” e “As três faces da sombra”. Agora acompanhem os prêmios:

“Orelha lavada, infância roubada” foi o único livro de contos finalista na Maratona Literária do Carreira Literária, agraciado com Menção Honrosa no 60º Prêmio Literário Casa de Las Américas e semifinalista do Prêmio Guarulhos de Literatura. Já “O verso do reverso” ganhou o Prêmio de Melhor Conto Regional da Cidade de Manaus. O inédito “Segredos e Mentiras” foi finalista no Prêmio Uirapuru e “As três faces da sombra” foi um dos ganhadores do concurso da editora Fora da Caixa.

Eita, currículo!

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Que post, meu povo, que post!

#Maya

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[Mês da Mulher] Diferenças

Cada uma com sua história e experiência, todas apaixonadas pela mesma arte.

ÉRIKA BATISTA

Érika da Silveira Batista concentra boa parte de sua energia literária para a tradução, trabalhando com inglês, francês e.. RUSSO!

Não somente Érika se dedica à tradução do russo para o português como foi idealizadora e responsável pelo projeto “Literatura Russa para Brasileiros”.

Inclusive, nesse projeto de Érika de trazer a literatura russa para o Brasil, a escritora e tradutora criou um site, que pode ser visitado aqui e tem um vasto conteúdo, contemplando diversos gêneros literários, dos grandes nomes russos acessíveis aos leitores de língua portuguesa.

Além das traduções, Érika é também autora do livro de poesia “Estado da corda sol quando exageram na tensão” e outros três livros na Amazon.

INES LEMPEK

Gaúcha de Porto Alegre, Ines morou em São Paulo e Brasília. Na cidade natal, se graduou em Psicologia, já na última se especializou em Psicanálise e Cultura, também onde se tornou participante ativa de oficinas de escrita criativa, encontros e coletivos.

Com a dedicação voltada à literatura, Ines publicou em antologias, revistas literárias e blogs com poemas, haicais e histórias breves. Já em 2019 realizou o sonho de sua primeira publicação própria, com o livro de poemas “O avesso do clima”.

Interessada em seu aprimoramento, Ines é presença confirmada em iniciativas literárias online também, prestigiando colegas e se abrindo à troca de ideias e experiências.

WANESSA SANTOS

Todo sonho tem seu primeiro passo, e é pelo primeiro passo que a Wanessa Santos está começando.

Para extravasar seu amor pela literatura, Wanessa ingressou no curso de Letras com habilitação em Português e suas respectivas Literaturas pela UERN e já, ao mesmo tempo, ingressou na pós-graduação em Literatura Brasileira.

Wanessa estuda com entusiasmo as matérias da faculdade, dividindo dentro entre pesquisa e prática.

Confessa que escreve crônicas, mais como um exercício já que ainda não arriscou uma publicação, mas nunca é tarde para entregar ao mundo o resultado de seu trabalho.

PRÍNCIA BÉLI

Artista da cabeça aos pés, de dentro pra fora, de fora pra dentro, Príncia escreve e conta histórias.

Facilitadora de oficinas de escrita criativa, atua com o projeto Azul e Rosa, onde usa um conto autoral em rodas de conversa abordando a comunicação não violenta.

Integrou a coletânea “Cotidiano” e “Floripa em 100 palavras”, o primeiro com poesia, o segundo com microconto.

Em 2017 lançou o livro de artista Linda Liz e, no ano seguinte, o Zine Color – Jardim de Curas. Mantém firme a produção de contos e poesias como forma de manifestação das ordens e desordens humanas buscando compreender nossos feitos ou expandir sua forma de ver a vida. Também tem contos publicados no Portal Catarinas.

DANIELA STOLL

Escritora e pesquisadora, Daniela ingressou no universo das publicações já chamando a atenção, sendo finalista do Prêmio São Paulo de Literatura na categoria autor estreante com “Do lado de dentro do mar”.

É ou não é uma belíssima estreia?

Daniela ainda é Mestra em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina e doutoranda na mesma universidade, tendo como objeto de pesquisa a crítica literária feminista, os estudos de gênero e queer, estudos pós-coloniais e literaturas contemporâneas de língua portuguesa. E eu realmente não sei como ela dá conta de tantos assuntos!

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Todas têm o mesmo valor, e ele é bem alto!

#Maya

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[Mês da Mulher] Aldeia global

Cada canto tem sua cultura. Gostamos de todas.

LAÍS CHAFFE

Laís Chaffe já é figura conhecida no meio literário, não só por suas publicações e participação em antologias e coletâneas, mas por sua atuação intensa em prol da literatura e do incentivo à leitura.

Como autora, Laís publicou “Não é difícil compreender os ETs”, “Minicontos e muito menos”, “Medusa”, “Carne e trigo”, “Segue anexa minha sombra” e “Com dedos e lábios roxos”. Seu penúltimo livro, inclusive, venceu os prêmios Livro do Ano de Poesia da Associação Gaúcha de Escritores e da Academia Literária do Rio Grande do Sul. Entre seus títulos tem ainda o e-book “Meias de náilon”.

Entre as antologias, se destacam “Blasfêmeas: mulheres de palavra”, “Festschrift para Assis Brasil”, “Coletânea de poesia gaúcha contemporânea”, “Contos do novo milênio”, “Poemas no ônibus 2002 e 2004”, “Contos de bolso”, “Contos de bolsa”, “Contos de algibeira” e “Contos comprimidos”.

Laís ainda é responsável pelo projeto de estímulo à leitura “Cidade Poema” e da editora Casa Verde, integra a Academia Literária Feminina do RS e foi, entre 2012 e 2014, diretora do Instituto Estadual do Livro. Se não bastasse, Laís tem um largo histórico no cinema, tendo atuado como diretora, roteirista e produtora do documentário “Canto de cicatriz”, agraciado com o Prêmio Direitos Humanos pela UNESCO e Assembleia Legislativa, prêmios Galgo Alado de melhor vídeo independente brasileiro e melhor vídeo social no Gramado Cine Vídeo, prêmio Destaque Feminino no II Festival Tudo sobre Mulheres (MT), menção honrosa na 33ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia e menção especial do júri da Federação Internacional dos Cineclubistas no II Festival Internacional de Atibaia. Na sua carreira cinematográfica ainda têm os curtas “Um minuto de silêncio”, “Identidade”, “Cidade Poema” e “Colapso. Hoje, 23.03, é aniversário dela!

FERNANDA VIEIRA

Séculos de silenciamento. Mais do que isso, séculos de massacres que ainda não terminaram. É no mínimo a obrigação dos povos brancos, responsáveis pelo silenciamento indígena, garantir espaços seguros para que esse imenso e valorosíssimo grupo social possa enfim ter voz.

Pois para o Bibliofilia Cotidiana não é uma obrigação, é um prazer e uma honra trazer essas vozes e deixar que reverberem. Fernanda é a quarta mulher indígena a passar pela ação do mês da mulher, e é pouco, muito pouco perto de toda a produção literária que os povos indígenas estão produzindo.

Fernanda Vieira é escritora, poeta, professora, tradutora, doutoranda, pesquisadora em Estudos de Literatura pela UERJ e membro do GRUMIN (Grupo Mulher – Educação Indígena). É autora de “Crônicas ordinárias”, publicada pela Macabéa Edições em 2017, e fundadora do site ikamiaba.

Trazendo em sua literatura a pluralidade das vozes historicamente silenciadas, Fernanda diz que “Eu sou um campo de batalha…”, o mesmo campo de batalha que se cria da sociedade contra as comunidades indígenas. Pois que Fernanda e todas as mulheres e homens indígenas da literatura saibam que têm no Bibliofilia um espaço de voz.

DÉBORA FERRAZ

Tive a oportunidade de conhecer Débora através de seu companheiro, o também escritor Tiago Germano. Nordestina residente em João Pessoa, Débora é uma jornalista, escritora e pesquisadora da mais alta estirpe, concentrada e dedicada em suas atividades, sendo Mestre em Narrativas Audiovisuais e Doutora em Escrita Criativa. Gentil, meiga e humilde, como tantas outras mulheres aqui apresentadas, não ostenta suas titulações.

Tenho a impressão de que quanto mais gabaritada e inteligente é a pessoa, menos ela tem a necessidade de se mostrar aos seus pares. Imaginem que o romance de estreia de Débora, “Enquanto Deus não está olhando” venceu o Prêmio SESC de Literatura e imediatamente abocanhou o Prêmio São Paulo pela mesma obra.

Débora mantém o hábito de escrever sua literatura à mão, o que pessoalmente acho lindo e tento fazer igual quando a tendinite permite. Débora não é muito adepta de redes sociais, por isso acompanho sua trajetória através de Tiago, que evidentemente tem um orgulho danado de sua amada. Com razão, eu também teria.

VALENTINA FERREIRA

Chegamos à terra de Cabral e do fado! Valentina é natural de Funchal, Portugal, é Licenciada em Direito e Mestre em Ciências Jurídico-Criminais. Atua como Técnica Superior de Educação no Projeto Art’themis+, da UMAR Madeira – entidade feminista – no âmbito da Igualdade de Gênero e Prevenção Primária da Violência de Gênero.

Como o foco central do blog é a valorização da literatura brasileira contemporânea, Valentina me questionou se sua participação seria permitida, justificando o envio com suas publicações em editoras brasileiras. Entretanto, o próprio coletivo Mulherio das Letras possui um núcleo português e prepara sua antologia contando com a participação de brasileiras.

Temos, também, outras autoras de origem portuguesa que hoje vivem e publicam no Brasil, bem como brasileiras que residem e publicam em Portugal, além de diversas editoras independentes que atuam em ambos países. Isso posto, não vi qualquer motivo para negar à Valentia um justo espaço de homenagem às mulheres das letras.

Entre suas publicações estão “Distúrbio”, “A morte é uma Serial Killer”, “Os loucos também dançam” e “Origami”. Ainda organizou e participou de mais de vinte antologias portuguesas e brasileiras, teve conto publicado na Argentina, atua no Projeto Escrita Fantástica e trabalha como formadora e revisora de textos na EnConta-me: Oficina de Escrita.

LETÍCIA DE ASSIS

A dona desses olhos meio oceano, meio lagoa é Letícia, natural aqui da minha terrinha e residente de Florianópolis, com passagem por Macaé, Rio, Brasília, São José e Tijucas, e é definitivamente uma pessoa multitarefas.

Jornalista de formação, é especializada em edição, revisão e arrisca escritos em blogs.

Confessa que já escreveu alguns livros e que os mantém na gaveta, tendo publicado somente os livros escritos sob encomenda. Além de escrever, Letícia atua como professora, cozinheira, cosmetóloga, feirante, pesquisadora e se diz cigana, sonhadora e aventureira.

Aos 42 anos, se descobre em meio a tropeços e sente prazer em ressignificar seus passos, se considerando um misto de afeto, chatice, lascívia, empatia e muita sororidade.

VITÓRIA SAINOHIRA

Vitória é natural do Japão, nascida e criada na terra do sol nascente, bacharela em Artes – Língua e Cultura pela Universidade de Osaka, veio ao Brasil em 2002 para lecionar língua japonesa e acabou se apaixonando pelo país (e por um escritor que se tornou seu marido).

Com o encerramento de seu contrato com a Japan International Cooperation Agency, Vitória retornou aos bancos universitários e se tornou musicista pela Faculdade de Música do Espírito Santo.

Em sua concepção – a qual concordo – existem muitas relações entre literatura e música, vendo o texto escrito como uma partitura e a conversa como uma opereta. A canção nada mais é do que poesia com melodia. Assim, se tornou regente de coral, tradutora e escritora, inspirada na literatura clássica de seu povo e de sua cidade natal, Kagoshima, terra de samurais.

Nos últimos anos passou a arriscar escritos em português, pensando principalmente no público infantojuvenil. Como pesquisadora e tradutora, dedica-se à poesia da escritora feminista Akiko Yosano. O nome Vitória não está em sua certidão de nascimento, mas sim, foi adotado já no Brasil como homenagem à cidade que a acolhe há quase 20 anos.

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Eclético esse blog. Uma gaúcha, uma indígena, uma nordestina, uma portuguesa, uma itinerante e uma japonesa.

#Maya

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[Mês da Mulher] Laudelina de Campos Melo

Já tem um tempo que a Juliana Berlim (já tivemos perfil dela aqui) me apresentou o livro “Laudelinas”, reunindo diversas mulheres em seus manifestos pela democracia e contra a violência que torna nosso país um dos mais perigosos para as mulheres.

“Laudelinas” foi o nome escolhido como homenagem à mineira Laudelina de Campos Melo, filha de escravos e fundadora do primeiro sindicato de empregadas domésticas do Brasil, em 1936, que viria a ser fechado pelo governo Vargas.

Resiliente como poucos, Laudelina não baixou a cabeça, tornando-se uma das fundadoras d’A Frente Negra Brasileira, entidade com mais de 30 mil filiados.

Laudelina foi pioneira na luta pelos direitos das domésticas e uma reconhecida ativista pela igualdade racial e de gêneros, merecendo com honras a homenagem proposta pelo livro.

LAUDELINAS

Organizadoras: Rebeca Gadelha e Taciana Oliveira

Fotografia: Kamila Ataíde e Taciana Oliveira

Ilustrações e Designer: Rebeca Gadelha.

Agradecimentos: Adriane Garcia, Baga Defente, Cristiano Rato, David Alves, João Gomes e Juliana Berlim.

Editora: Nada Estúdio Criativo

Participam: Andrea Veruska, Adri Aleixo, Adriane Garcia, Alê Motta, Ana Santos, Argentina Castro, Berenice Bento, Carol Sanches, Cinthia Kriemler, Christiane Angelloti, Clarissa Macedo, Danieli Balbi, Deborah Dornellas, Divanize Carbonieri, Eliane Potiguara, Fernanda Nali, Fórum das Minas, Germana Accioly, Géorgia Alves, Gerusa, Leal, Giselle Ribeiro, Kamila Ataíde, Kátia Borges, Lindevania Martins, Lidiane Ferreira, Liliana Ripardo Líria Porto, Lisa Alves, Lisiane Forte, Jaqueline Cristina Sosi, Juliana Berlim, Julie Dorrico, Júlia Elisa, Mariana Ianelli, Mayara Leão, Maré, Norma de Souza Lopes, Paula Alves, Rebeca Gadelha, Renata Pimentel, Rosa Morena, Sílvia Barros e Taciana Oliveira

Para conhecer melhor o projeto, acesse o site Mirada.

Para ler o livro, acesse aqui!

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Obrigada, Juliana, pela excelente sugestão de pauta!

#Maya

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