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DIA NACIONAL

Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita: Saiba o que é e como se prevenir

Causada pela bactéria Treponema Pallidum, a sífilis é uma doença sexualmente transmissível, curável, mas que se não tratada pode levar ao óbito.

Publicado em 22/10/2022 às 11:12
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(Foto: Divulgação )

O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita é celebrado no terceiro sábado do mês de outubro e marca a luta contra a doença, que, nos últimos anos, voltou a crescer no Brasil e no mundo. Além das ações de combate ao câncer de mama, o mês de outubro também traz este alerta para prevenção e diagnóstico da sífilis.

A Secretaria Municipal de Saúde está promovendo ações para reforçar as orientações e cuidados sobre a doença, que pode ser diagnosticada e tratada gratuitamente nos PSF’s de Brumadinho.

Causada pela bactéria Treponema Pallidum, a sífilis é uma doença sexualmente transmissível, curável, mas que se não tratada pode levar ao óbito. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios: sífilis primária, secundária, terciária e congênita. Sendo a possibilidade de transmissão maior nos estágios primário e secundário.

Geralmente, o sintoma mais comum da sífilis primária é o aparecimento de uma ferida única no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele), entre 10 a 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias e normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

Os sinais e sintomas da sífilis secundária aparecem entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Podem ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.

Já no terceiro estágio da doença podem surgir lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, de dois a 40 anos depois do início da infecção, podendo levar o paciente à morte.

“Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases. Na fase terciária, a última e mais grave etapa da doença, a bactéria começa a afetar o cérebro, o coração e os ossos, gerando graves lesões no organismo. Podendo demorar até 40 anos para se manifestar dessa forma. É uma doença silenciosa e de fácil cura, mas é preciso um diagnóstico precoce, antes que se agrave o quadro da pessoa infectada, o que pode levar à morte", alerta a enfermeira Juliana Bernardes, referência técnica da Vigilância em Saúde.

A sífilis pode ser transmitida por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada, compartilhando agulhas ou seringas ou da mãe para filho durante a gestação ou parto (sífilis congênita). A infecção pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação, podendo causar aborto, má-formação do feto e até a morte do recém-nascido. O acompanhamento das gestantes e parceiros sexuais durante o pré-natal é fundamental pois viabiliza o diagnóstico e tratamento adequado, evitando assim a transmissão para o bebê.

A medida mais importante de prevenção é o uso de preservativo durante as relações sexuais.

“Além do uso de camisinha, o diagnóstico precoce também é uma forma de prevenção, pois quanto antes o tratamento for realizado menor será a transmissão para outras pessoas”, reforça a enfermeira.

O tratamento da sífilis é feito com antibióticos, especialmente penicilina, uma vez infectado o paciente deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença.

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