Equilibrium




Equilibrium é parte de uma ecologia de organismos híbridos em desenvolvimento. Trata-se de um sistema no qual uma planta e um mecanismo artificial compartilham uma relação mutual. Este sistema híbrido é composto de dois pequenos motores, células solares, microchip, luzes, sensores fotoelétricos e uma planta. Todo sistema é organizado na forma de uma balança cujo eixo pode girar como uma bússola. Um lado desta balança é ocupado pelo sitema artificial, um pequeno BEAM robô programado para atuar como “caçador de luz” (photovore behaviour). Este robô atua sobre duas hélices que permite todo o sistema girar em seu eixo no sentido horário e anti-horário. Uma pequena planta ocupa o outro lado da balança de forma que quando o sistema gira em seu eixo a planta é posicionada em direção a luz. Por sua vez, duas células solares posicionadas ao lado da planta também recebe luz e alimenta o sistema artificial de forma coerente.

Equilibrium é um artefato comum comportamento autônomo. Ele pertence a uma classe de híbridos artificiais emergentes da prática contemporânea de arte que investiga a criação de novos organismos criados pelo homem. Essa classe de seres aponta para novas questões com relação a interação, já que seu relacionamento com o observador não se baseia apenas em regras de causa e efeito. Mais do que uma resposta interativa a partir do comportamento humano, esses organismos demandam novos diálogos, requerem uma investigação mais profunda sobre sua própria natureza de forma a revelar a rede de significados a que pertencem. Se natureza é um conceito, nunca acessada objetivamente, mas apenas subjetivamente, e se arte é uma das mais poderosas ferramentas de subjetivação, o que em ultima instância diz respeito a nossa consciência, a hibridação de plantas e sistemas artificiais podem vir a trazer novos insights sobre o muindo em que vivemos e sua constante metamorfose.

Equilibrium is part of an ecology of hybrid organisms in development. It is a system in which a plant and an artificial mechanism share a mutual relationship. This hybrid system is composed of two small motors, solar cells, microchip, light sensors and a plant. The whole system is arranged in a form of a balance that is able to spin around its axes in a compass manner. The artificial system occupies one side of the balance and it is set to perform in a photovore (seeking light) behaviour by controlling two propellers which put the whole system to rotate clockwise or counter-clockwise. A small plant is located on the other side of the balance so that when the balance rotates in its axes the plant is posited towards the light. In turn, along with the plant two solar cells absorb light and feed the artificial system.

Equilibrium is an artefact with autonomous behaviour. It belongs to a class of artificial hybrids emerging from contemporary art practices concerning with the creation of new man-made organisms. This class of beings points to new questions on the issue of interaction as their relationship with the observer is not only based on rules of cause and effect. More than interactive response to human behaviour these organisms ask for dialogues, requiring a sort of investigation into their own nature in order to unfold the network of meaning to which they belong. If nature is a concept, never achieved objectively, but only subjectively, and if art is one of the most powerful tools to modulate subjectivity, ultimately our consciousness, the hybrid of plants and artificial systems may bring new insights about the world we live in and its ongoing metamorphosis.