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Baianas do Salgueiro se vestem de mãe natureza

As mães do samba homenagearam a “mãe dos yanomamis”, aquela que dá vida e sustenta todos os seres humanos

O Salgueiro foi a terceira escola a apresentar seu enredo, neste domingo (11), no primeiro dia de desfile do Grupo Especial do Rio. As baianas da escola, com a fantasia “Em teu solo sagrado”, homenagearam a mãe-terra.

Com uma roupa colorida, as damas representaram a mãe do povo yanomami: a terra e a floresta. A roupa é repleta de adereços que lembram a mata, como as flores, as folhas e o azul da água.

“A Mãe Terra é a Mãe Natureza. É uma mãe que acorda os seus filhos, que cuida, que protege e guarda. As roupas carregam esse significado, tanto nos detalhes e nas flores”, disse a Tia Glorinha, responsável pela a ala há 15 anos.

No carnaval de 2024, a agremiação apresentou uma grande homenagem aos Yanomami durante seu desfile. A vermelha e branca da Tijuca destacou as culturas indígenas do país..

Jorgete Oliveira é baiana da escola desde 2009. Emocionada por defender seu pavilhão por mais um ano, ela comentou sobre a importância do enredo: “Ele denuncia a tragédia. É extremamente atual, um problema que chamou a atenção de toda a sociedade brasileira e que ainda existe”.

Sob o tema “Hutukara”, que se traduz do idioma yanomami como “céu original a partir do qual se formou a terra”, o objetivo do Salgueiro é celebrar a rica mitologia dos Yanomami e promover a conscientização sobre a proteção da Amazônia.

“A floresta está pedindo socorro e nós temos que tentar salvá-la”, clamou a baiana Angela Luciano, de 67 anos. A dama do samba, que desfila na escola como baiana desde os anos 90, é apaixonada pelo enredo deste ano. “A terra está complicada e ninguém respeita nada. Esse enredo do Salgueiro é o melhor que tem, levamos para avenida a luta do povo Yanomami. São eles que mais cuidam da floresta e nós não vamos ficar de braços cruzados”.

As baianas definiram a fantasia como pesada, mas “a emoção acaba contribuindo para não sentir desconforto”, é o que explica a baiana Fátima Copello, de 65 anos, desfilando na escola pela 14º vez consecutiva.

“A fantasia é um pouquinho pesada, mas a gente nem sente. Nós vamos atrás da décima estrela, e com essa fantasia. A gente quer mãe, quer avó, a gente quer o bem do povo Yanomami”, defendeu Fátima.

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