• 07/07/2015
  • por Luisa Cella; fotos divulgação
Atualizado em
Exposição Guignard  (Foto: Pedro Oswaldo Cruz / divulgaçã)

Noite de São João, de 1961, óleo sobre madeira, 50 x 46 cm 

A partir de hoje, às 20 horas, até o dia 11 de setembro, o Museu de Arte Moderna de São Paulo recebe a exposição Guignard – a memória plástica do Brasil moderno, dedicada a um dos maiores artistas brasileiros do século 20: Alberto da Veiga Guignard. A retrospectiva visa apresentar ao público o legado deixado pelo pintor e desenhista, que teve atuação marcante na cena da arte moderna brasileira. Pensando nisso, o curador Paulo Sergio Duarte organizou, na Grande Sala do museu, 70 trabalhos de três vertentes presentes na obra do artista - retrato, paisagem e natureza-morta.

Exposição Guignard  (Foto: Pedro Oswaldo Cruz / divulgaçã)

Estudo Parque Municipal, de 1947, óleo sobre madeira, 32 x 47 cm

Exposição Guignard  (Foto: Isabella Matheus / divulgação )

Natureza-morta com vasos de antúrios, de 1952, óleo sobre tela, 108 x 81 cm 

Capaz de transitar entre diversos gêneros da pintura, Guignard ganhou fama especialmente por seus registros de paisagens, na maioria cenários de Minas Gerais, estado onde viveu a partir da década de 1940 até a morte, em 1962. Entre os destaques da mostra, está o painel Paisagem Imaginante, de 1959, um óleo sobre madeira pouco visto pelo público. “Os retratos de Guignard, junto com as paisagens, são capítulos privilegiados da obra do artista, que tem um lirismo único em nossa modernidade” afirma o curador Paulo Sergio Duarte.

Exposição Guignard  (Foto: Alexandre Santos e Silva / divul)

Paisagem Imaginante, de 1954, óleo sobre madeira, 1,7 x 2,6 m 

Exposição Guignard  (Foto: Pedro Oswaldo Cruz / divulgaçã)

São Sebastião, 1960, óleo sobre madeira, 57 x 46 cm

Seus retratos, apontados por críticos como a face mais fértil da obra do artista, revelam uma despreocupação em seguir o realismo fotográfico. As pinturas mostram familiares, amigos, intelectuais, artistas e diversos autorretratos. “Há muitos trabalhos do gênero que poderíamos abordar, mas os autorretratos, realizados repetidamente, apontam para o lábio leporino que, segundo biógrafos, interferiu decisivamente na existência do artista, particularmente, na vida amorosa”, explica o curador.

Exposição Guignard  (Foto: Alexandre Santos Silva / divulga)

Autorretrato como marinheiro, de 1933, óleo sobre papelão, 22 x 16 cm

De acordo com o curador, a exposição resulta de uma vasta pesquisa no conjunto de pinturas, desenhos e retratos de Guignard, feitos a partir de diferentes técnicas, como óleo sobre tela, madeira, cartão ou papelão; grafite sobre papel; carvão sobre papel; nanquim e aquarela sobre cartão, além de três fotomontagens.

Exposição Guignard  (Foto: Rafael Roncato / divulgação )

Sem título, de 1940, fotografia colorida sobre papel, 32,4 x 24,2 cm

Exposição Guignard  (Foto: Isabella Matheus / divulgação)

Favela Carioca, de 1929, bistre sobre papel, 27,8 x 18,7 cm

Durante todo o período da exposição de Guignard, o museu recebe outra mostra, sob o título de Paisagem Opaca. Para ela, o curador do MAM, Felipe Chaimovich, selecionou 26 obras do acervo da instituição, assinadas por diferentes artistas em suportes distintos, que de certa forma traçam um diálogo com a produção do homenageado. Elas ocupam a Sala São Paulo Figueiredo.

Mostras Guignard - a memória plástica do Brasil moderno e Paisagem Opaca
Data: até 11 de setembro
Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo – Parque do Ibirapuera
Endereço: Avenida Pedro Alvares Cabral, s/n°, São Paulo, SP

Exposição Guignard  (Foto: Alexandre Santos Silva / divulga)

Autorretrato vestido de palhaço, da década de 1930, óleo sobre tela, 41,5 x 33,5 cm

Exposição Guignard  (Foto: Pedro Oswaldo Cruz / divulgaçã)

Autorretrato, de 1961, óleo sobre tela, 64,5 x 50 cm