Mostra com 240 artistas negros chega ao SESC Belenzinho

Moises Patricio | FOTO: Rodrigo Reis

Em 2019, a Estação Primeira de Mangueira levou para a avenida o samba “História pra ninar gente grande”, que tinha o objetivo de narrar as “páginas ausentes” da história do Brasil e repensar as narrativas oficiais que foram ensinadas ao longo de gerações. No desfile, o público viu passar as histórias de protagonistas negras e negros, num samba que cantou o país, reconheceu a pluralidade que o compõe e denunciou a falsa ideia de unificação nacional e o problema da história hegemônica.

Agora, em 2023, a centralidade do pensamento negro no campo das artes visuais brasileiras, em diferentes tempos e lugares, é uma das principais premissas que guiam o processo curatorial da mostra Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro, a mais abrangente exposição dedicada exclusivamente à produção de artistas negros já realizada no país.

A abertura da exposição, que irá ocupar diversos espaços no Sesc Belenzinho, ocorrerá no dia 02 de agosto, em São Paulo, e receberá visitantes até 31 de março de 2024. A partir do ano que vem, uma parte da mostra circulará em espaços do Sesc por todo o Brasil pelos próximos 10 anos.

Realizada a partir de um trabalho em conjunto de analistas de cultura da instituição de todo o país, a exposição apresentará ao público trabalhos em diversas linguagens artísticas como pintura, fotografia, escultura, instalações e videoinstalações, produzidos entre o fim do século XVIII até o século XXI por 240 artistas negros, entre homens e mulheres cis e trans, de todos os estados do Brasil. A lista completa dos artistas participantes está disponível ao final do texto.

“Como uma instituição que tem na diversidade uma de suas principais marcas, o Sesc busca por meio de suas ações dar voz aos mais diversos segmentos sociais, estimulando o debate e ajudando a registrar a história e cultura de nosso povo em toda sua abrangência e riqueza. Dentro dessas premissas, o projeto Dos Brasis lançou um olhar aprofundado sobre a produção artística afro-brasileira e sua presença na construção da história da arte no Brasil. Um trabalho que contou com nossos analistas de cultura em todo o país, em um grande alinhamento nacional. A exposição Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro é a culminância desse processo e oferece ao público não só a oportunidade de conhecer a obra de artistas e intelectuais negros, com também de refletir sobre sua participação nos diversos contextos sociais”, disse o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc, José Carlos Cirilo.

“Em sintonia com os desafios da contemporaneidade, por meio dessa exposição o Sesc São Paulo, ao lado de seus parceiros institucionais, procura desconstruir e subverter as persistentes hierarquizações culturais enfronhadas nas diferentes esferas da sociedade brasileira. O combate ao racismo estrutural passa pela valorização de elementos relacionados à educação e à cultura para a diversidade, assim como pela visibilidade e protagonismo de pessoas negras e indígenas de modo a reforçar a empatia, a solidariedade e o respeito entre os diversos membros do corpo social”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo.

Pesquisas em todo o Brasil – A ideia nasceu em 2018. Um projeto de pesquisa, fruto do desejo institucional do Sesc em conhecer, dar visibilidade e promover a produção afro-brasileira. Para sua realização, foram convidados os curadores Hélio Menezes e Igor Simões. Em 2022, o projeto passa a ter a curadoria geral de Simões, com os curadores adjuntos Marcelo Campos e Lorraine Mendes.

Para se chegar a esse expressivo e representativo número de artistas negros, presentes em todo o território nacional, foram abertas duas importantes frentes. Na primeira, foram realizadas pesquisas in loco em todas as regiões do Brasil, com a participação do Sesc em cada estado, com o objetivo de trazer a público vozes negras da arte brasileira. Essas ações desdobraram-se em atividades e programas como palestras, leituras de portfólio, exposições, entre outros, com foco local. Vale ressaltar que esse processo teve uma atenção para que não se limitasse apenas às capitais do país, englobando também a produção artística da população negra de diversas localidades, como cidades do interior e comunidades quilombolas.

A equipe curatorial pesquisou obras e documentos em ateliês, portfólios e coleções públicas e particulares, para oferecer ao público a oportunidade de conhecer um recorte da história da arte produzida pela população negra do Brasil e entender a centralidade do pensamento negro na arte brasileira.

A segunda frente foi a realização de um programa de residência artística on-line intitulado “Pemba: Residência Preta”, que contou com mais de 450 inscrições e selecionou 150 residentes. De maio a agosto de 2022, os integrantes foram orientados por Ariana Nuala (PE), Juliana dos Santos (SP), Rafael Bqueer (PA), Renata Sampaio (RJ) e Yhuri Cruz (RJ). A Residência, que reuniu artistas, educadores e curadores/críticos, contou ainda com uma série de aulas públicas, com a participação de Denise Ferreira da Silva, Kleber Amâncio, Renata Bittencourt, Renata Sampaio, Rosana Paulino e Rosane Borges, disponíveis no canal do Youtube do Sesc Brasil.

“Dos Brasis, enquanto projeto expositivo, se pretende uma exposição histórica, mas não tem o intuito de esgotar o debate a partir da seleção de algumas figuras artísticas, escapando assim do gesto colonialista de mapear. Além disso, o que propomos são várias formas de acesso às escritas que nos ponham em jogo, reescrevam e até invalidem nossas premissas, no intuito de concebermos um coro que não se tece apenas na harmonia, mas também no conflito e na discordância, que nos retiram da ideia de uniformidade essencializada, muitas vezes evocada para mais uma vez nos levarem nosso direito à humanidade, expressa, também, no direito à contradição”, enfatiza o trio de curadores.

Boi de Pindaré | FOTO: Márcio Vasconcelos

NÚCLEOS

A proposta curatorial rompe com divisões como cronologia, estilo ou linguagem. Para esta exposição de arte preta, não caberá a junção formal, estilística ou estética. Dessa maneira, os espaços expositivos do Sesc Belenzinho contarão com sete núcleos – Romper, Branco Tema, Negro Vida, Amefricanas, Organização Já, Legitima Defesa e Baobá – que têm como referência pensamentos de importantes intelectuais negros da história do Brasil como Beatriz Nascimento, Emanoel Araújo, Guerreiro Ramos, Lélia Gonzales e Luiz Gama.

“As premissas de narração cronológica, estilística ou quaisquer outros agrupamentos formais das histórias canônicas eurocentradas também não são opção. Em seu lugar, trabalhamos com a ideia de constelações: encontros, aproximações e distanciamentos entre diferentes proposições, que expõem suas particularidades e suas conexões. Sob o rótulo “arte preta” não caberá qualquer mecanismo de junção formal, estilística ou estética”, explicam os curadores.

ROMPER – Tendo como ponto de partida o pensamento da historiadora e ativista pelos direitos humanos de negros e mulheres brasileira, Beatriz Nascimento, o núcleo reúne artistas que, em suas produções, interrogam narrativas que cristalizaram imagens e leituras históricas feitas de tentativas de exclusão daqueles que formam a maioria deste lugar assimétrico nomeado Brasil. A história da arte nomeada brasileira faz muito mais referência à minoria numérica branca no país do que, de fato, ao Brasil.

“Nossa história da arte, que bem poderia ser chamada de branco-brasileira, funda-se sobre perspectivas de matrizes europeias, dando contornos de regra a iconografias, referências poéticas e teóricas com base no princípio da branquitude que, historicamente, aspira a um ideal de brancura que não encontra morada nem mesmo na pele de seus defensores”, argumenta o trio curatorial.

O núcleo estará representado, dentre outros nomes, por artistas como Marcus Deusdedit (MG), Mestre Zimar (MA), Yhuri Cruz (RJ), Wilson Tibério (RS) e Rosana Paulino (SP).

BRANCO TEMA – O título deste núcleo remete ao conceito “negro-tema” empregado pelo sociólogo brasileiro Guerreiro Ramos no seu livro “Patologia Social do Negro Brasileiro (1955), ao criticar a desumanização de pessoas negras nas correntes acadêmicas do século 20. Os trabalhos reunidos neste núcleo, em menor número em relação ao dos outros demais, têm um gesto em comum seguindo os curadores: “inverter a ordem recorrente das imagens do negro-tema por aquelas que versam sobre um Branco-Tema, produzidas a partir do olhar negro. Lado a lado, essas obras interrogam, denunciam e parodiam a posição social privilegiada da branquitude, outrora encarada como neutra”.

Este núcleo traz obras de nomes como Daniel Lima (RN), Arthur Timótheo da Costa (RJ) Davi Cavalcante (SE), Debis (MA), Pablo Monteiro (MA), entre outros.

NEGRO VIDA – Este segmento também tem no pensamento de Guerreiro Ramos sua centralidade. Para o sociólogo, Negro-Vida é comparável a um rio, ecoando a noção de devir. O negro – como humano que é – é inapreensível em perspectivas unificadoras. Diferente da existência preta nas categorias produzidas por grande parte da intelectualidade branca, a existência de pessoas negras é multiforme, singular, com rotas, escolhas, procedimentos diversos.

O núcleo reúne trabalhos de artistas como Antonio Tarsis (BA), Rubem Valentim (BA), Rommulo Conceição (BA), Li Vasc (PB), entre outros, incluindo esculturas de distintas escalas na entrada da exposição, que – segundo os curadores – “desafiam qualquer tentativa de unidade que determine as variadas produções dos artistas negros. A arte feita por pessoas pretas no Brasil é tão múltipla quanto a vida desses sujeitos. As escolhas formais, os materiais, os procedimentais não cabem no reducionismo do negro-tema”.

AMEFRICANAS – Lélia Gonzalez desenvolve a categoria político-cultural de amefricanidade, cunhando o termo Amefricanas, que nomeia este núcleo, além de situar e marcar o longo processo histórico de presença e agência de mulheres negras nas Américas. A autora entende como neurose cultural brasileira a negação da formação plurirracial e pluricultural de nossa sociedade. “É o entendimento de que vivemos em uma cultura branca que permitiu a infiltração, a influência e/ou a assimilação de traços culturais negros e indígenas”, analisa o trio curatorial de Dos Brasis.

Assim, Amefricanas reconhece a importância de intelectuais, artistas, escritoras, líderes políticas e religiosas inseridas intimamente nos movimentos culturais e sociais, mas também celebra a vida comum dessas mulheres, que, cotidianamente, performam gestos de resistência e liberdade nas imagens, representações, poéticas e autorias das Amefricanas presentes neste núcleo.

Amefricanas traz obras de artistas como Vera Ifaseyí (RJ), Hariel Revignet (GO), Sy Gomes (CE), Castiel Vitorino (ES), entre outras.

ORGANIZAÇÃO JÁ – As formas da população negra para se organizar e resistir das violências da escravidão e da colonialidade, são a base do pensamento que norteia a proposta do núcleo Organização Já, inspirado também no pensamento de Lélia Gonzales. “As primeiras formações de quilombos na Região Nordeste datam de 1559. No encontro de heranças culturais distintas, Palmares é fundada como nossa primeira república, a ser constantemente rememorada em movimentos de atualização de uma luta conjunta infindável, já que a violência racial – seja física, institucional, seja simbólica – também se atualiza”, explicam os curadores.

Os trabalhos expostos neste núcleo de artistas como FROIID (MG), Emanuely Luz (MA), André Vargas (RJ) e Joyce Nabiça (PA), traduzem lutas, sejam nos centros urbanos e ou campo, histórias de rebeliões e lutas. “Organizados na alegria e na celebração do que somos, mais do que resistir, promovemos, fabulamos e reorientamos, em uma perspectiva negra, modos de viver”, comenta o trio curador.

LEGÍTIMA DEFESA – “Todo escravo que mata o senhor age em legítima defesa”. Essa frase paradigmática dita por Luiz Gama, em 1881, atravessa a memória da população negra no Brasil. “Este núcleo mira o cânone, sublinha a impossível neutralidade do sistema da arte e sua cumplicidade com as situações que estruturam o racismo”, afirmam os curadores.

Eles prosseguem argumentando que “pessoas negras foram, por muito tempo, as únicas em empresas, em exposições, na teledramaturgia. Em muitas famílias, ainda somos ‘os primeiros a entrar na universidade’. Assim, agir em Legítima Defesa é nos mover diante desses fatos até que possamos nos dispor ao ócio, ao relaxamento”.

Paula Duarte (MG), Leandro Machado (RS), Silvana Rodrigues (RS), Gabriel Lopo (MG), entre outros artistas, integram o núcleo Legítima Defesa.

BAOBÁ – Baobá é o único núcleo que parte do título de uma obra de arte: a escultura de Emanoel Araújo, um dos mais importantes artistas da história do Brasil. Araújo defendia a ideia de que a arte afro-brasileira é produzida por quem negro for, alterando a perspectiva de que essa vertente seria um tema desenvolvido por brancos.

“Aqui, reverenciamos Emanoel e outros e outras artistas e obras que continuam sendo árvore, ramificando, florescendo, frutificando e fincando raízes. O Baobá do autor é uma escultura de madeira policromada, preta, facetada por arestas em ângulos que mantêm um diálogo com os signos afrodescendentes e com a tradição construtiva da arte brasileira” ressaltam os curadores.

O núcleo reúne peças totêmicas (agrupamento de pessoas, dentro de determinada etnia que se considera de um determinado totem) de cenas rurais a arranha-céus, conectando a tradição dos santeiros de madeira, sob influência cristã e afrorreligiosa, à abstração afro-indígena. “O ferro, a cabaça, os talos do dendezeiro são apresentados por artistas que vivem em cosmodinâmica com seus materiais – artistas que jamais abandonaram o sagrado, em uma relação entre arte e vida mais complexa do que a estabelecida por perspectivas ditas universais”, comentam os curadores.

Além de Emanoel Araújo, o núcleo traz obras de nomes como João Cândido (MG), Ana das Carrancas (PE), Madalena Santos Reinbolt (BA), Mônica Ventura (SP) etc.

Waleff Dias, Série “até os filhos do urubu nascem brancos”

DOS BRASIS – ARTE E PENSAMENTO NEGRO

LISTA DE ARTISTAS PARTICIPANTES EM ORDEM ALFABÉTICA

· Abdias Nascimento (Franca/SP, 1914 – Rio de Janeiro/RJ, 2011)

· Acervo da Laje: Bruno Costa (Santa Inês/BA, 1985)

· Acervo da Laje: César Bahia (Salvador/BA, 1964)

· Acervo da Laje: Fernando Queiróz (Salvador/BA, 1972)

· Acervo da Laje: Indiano Carioca (Afogados da Ingazeira/PE, 1947)

· Acervo da Laje: Ivana Magalhães (Salvador/BA, 1974)

· Acervo da Laje: José Eduardo Ferreira Santos (Salvador/BA, 1974) e Vilma Santos (Salvador/BA, 1968)

· Acervo da Laje: Júlio Alvez (São Paulo/SP, 1996)

· Acervo da Laje: Nailson (Alagoinhas/BA, 1970)

· Acervo da Laje: Paulo Telles (Salvador/BA, 1983)

· Acervo da Laje: Ray Bahia (Salvador/BA, 1954)

· Acervo da Laje: Zaca Oliveira (Salvador/BA, 1970)

· Afonso Pimenta – Retratistas do Morro (São Pedro do Suaçuí/MG, 1954)

· Agrade Camiz (Rio de Janeiro/RJ, 1988)

· Alexandre Alexandrino (Carapicuíba/SP, 1975)

· Aline Bispo (São Paulo/SP, 1989)

· Aline Motta (Niterói/RJ, 1974) e Dona Romana (Natividade/TO, 1941)

· Alisson Damasceno (Belo Horizonte/MG, 1982)

· Ana das Carrancas (Petrolina/PE, 1923-2008)

· Ana Lira (Caruaru/PE, 1977)

· Ana Paula Sirino (Sabinópolis, Quilombo do Torra/MG, 1997)

· Anderson AC (Salvador/BA, 1979)

· André Ricardo (São Paulo/SP, 1985)

· André Vargas (Cabo Frio/RJ, 1986)

· Annia Rízia (Salvador/BA, 1992)

· Antonio Bandeira (Fortaleza/CE, 1922-1967)

· Antonio Obá (Ceilândia/DF, 1983)

· Antonio Rafael Pinto Bandeira (Niteroi/RJ, 1863 – Rio de Janeiro/RJ, 1896)

· Antonio Tarsis (Salvador/BA, 1995)

· Ariana Nuala (Recife/PE, 1993)

· Arjan Martins (Rio de Janeiro/RJ, 1960)

· Arthur Bispo do Rosário (Japaratuba/SE, 1909 – Rio de Janeiro / RJ, 1989)

· Arthur Timótheo da Costa (Rio de Janeiro/RJ, 1882-1922)

· Ateliê Izabel Mendes: Andreia Pereira Andrade (Santana do Araçuaí/MG, 1981)

· Ateliê Izabel Mendes: Glória Maria Andrade (Santana do Araçuaí/MG, 1957) e João Pereira (Santana do Araçuaí / MG, 1953)

· Ateliê Izabel Mendes: Izabel Mendes (Itinga/MG, 1924-2014)

· Augusto Leal (Simões Filho/BA, 1987)

· Ayrson Heráclito (Macaúbas/BA, 1968)

· Babilak Bah (João Pessoa/PB, 1964)

· biarritzzz (Fortaleza/CE, 1994)

· Boi de Pindaré (São Luís/MA, 1960)

· Caio Luiz (Nova Iguaçu/RJ, 1998)

· CALXDR (Capanema/PA, 1995) e Diego Crux (São Paulo/SP, 1987)

· Castiel Vitorino Brasileiro (Vitória/ES, 1996)

· Charlene Bicalho (João Monlevade/MG, 1982)

· Chico Tabibuia (Silva Jardim/RJ, 1936-2007)

· Cipriano (Petrópolis/RJ, 1981)

· Claudia Lara (Curitiba/PR, 1964)

· Corbiniano Lins (Olinda/PE, 1924-2018)

· Cris Peres (João Pessoa/PB, 1988)

· Crispim do Amaral (Olinda / PE, 1858 – Rio de Janeiro/RJ, 1911)

· Dadinho (Diamantina/MG, 1931-2006)

· Dalton Paula (Brasília/DF, 1982)

· Daniel Lima (Natal/RN, 1973)

· Davi Cavalcante (Aracaju/SE, 1994) e Rayanne Ellem (Aracaju/SE, 1998)

· Debis (São Luís/MA, 1992) e Pablo Monteiro (São Luís/MA, 1991)

· Denis Moreira (São Paulo/SP, 1986)

· Denise Camargo (São Paulo/SP, 1964)

· Diambe da Silva (Rio de Janeiro/RJ, 1993)

· Dyana Santos (Belo Horizonte/MG, 1987)

· Éder Oliveira (Timboteua/PA, 1983)

· Edi Bruzaca (São Luís/MA, 1987)

· Edu Silva (São Paulo/SP, 1979)

· Eliana Amorim (Exú/PE, 1996)

· Emanoel Araújo (Santo Amaro da Purificação/BA, 1940 – São Paulo/ SP, 2022)

· Emanuely Luz (São Luís/MA, 1985)

· Eneida Sanches (Salvador/BA, 1962)

· Erica Malunguinho (Recife/PE, 1981)

· Estevão Silva (Rio de Janeiro/RJ, ca. 1844-1891)

· Eustáquio Neves (Juatuba/MG, 1955)

· Flavio Cerqueira (São Paulo/SP, 1983)

· Flávys Guimarães (Goiânia/GO, 1991) e Produtora Nós por Nós (Goiânia/GO)

· Flaw Mendes (Campina Grande/PB, 1981)

· Francelino Mesquita (Belém/PA, 1976)

· FROIID (Belo Horizonte/MG, 1986)

· Gabriel Archanjo Santo (Teresina/PI, 1963)

· Gabriel Lopo (Montes Claros/MG, 1997)

· Galeno (Parnaíba/PI, 1957)

· Gê Viana (Santa Luiza/MA, 1986)

· Gervane de Paula (Cuiabá/MT, 1961)

· Gilberto Filho (Cachoeira/BA, 1953)

· Glauce Santos (Belém/PA, 1974)

· Gleydson George (São Luís/MA, 1995)

· Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira (Rio de Janeiro, 1928)

· Gugie Cavalcanti (Brasília/DF, 1983)

· Gustavo Assarian (Porto Alegre/RS, 1993)

· Gustavo Nazareno (Três Pontas/MG, 1994)

· Guto Oca (São Paulo/SP, 1981)

· Hariel Revignet (Goiânia/GO, 1995)

· Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro/RJ, 1898-1966)

· Helô Sanvoy (Goiânia/GO, 1985)

· Helton Vaccari (Campo Grande/MS, 1989)

· Ilê Axipá – André Otun Laran (Valença/BA, 1994)

· Ilê Axipá – Antônio Oloxedê (Salvador/BA, 1967)

· Ilê Axipá – Edivaldo Bolagi (Salvador/BA, 1970)

· Ilê Axipá – LABI (Salvador/BA, 1968)

· Ilê Axipá – MAXODI (Salvador/BA, 1966)

· Ilê Axipá – Otun Elebogi (Feira de Santana/BA, 1977)

· Ilê Axipá – Petinho (Salvador/BA, 1978)

· Ismael David (Rio de Janeiro/RJ, 1988)

· Jade Maria Zimbra (São Gonçalo/RJ, 1994)

· Jaime Lauriano (São Paulo/SP, 1985)

· Jean Ribeiro (Bacuri/MA, 1973)

· João Candido (Campo Belo/MG, 1933)

· Jorge dos Anjos (Ouro Preto/MG, 1957)

· José Barbosa (Olinda/PE, 1948)

· JOTA (Rio de Janeiro/RJ, 2001)

· Joyce Nabiça (Belém/PA, 1981)

· Judith Bacci (Pelotas/RS, 1918-1991)

· Judson Andrade Takará (Natal/ RN, 1990)

· Juliana dos Santos (São Paulo/SP, 1987)

· Keila Sankofa (Manaus/AM, 1985)

· Kelton Campos (São Paulo/SP, 1996)

· Kika Carvalho (Vitória/ES, 1992)

· Larissa de Souza (São Paulo/SP, 1995)

· Larissa Vieira (Aracaju/SE, 1993)

· Lázaro Roberto – Zumví arquivo afro fotográfico (Salvador/BA, 1958)

· Leandro Machado (Porto Alegre/RS, 1970)

· Li Vasc (João Pessoa/PB, 1983)

· Lia D Castro (Martinópoles/SP, 1978)

· Lídia Lisbôa (Guaíra/PR, 1970)

· Lorran Dias (Rio De Janeiro/RJ, 1994)

· Louco Filho (Muritiba/BA, 1961)

· Luana Vitra (Contagem/MG, 1995)

· Lucélia Maciel (Morro do Chapéu/BA, 1975)

· Lucia Laguna (Campos dos Goytacazes/RJ, 1941)

· Luciano Feijão (Vitória/ES, 1976)

· Lucimélia Romão (Jacareí/SP, 1988)

· Luiz 83 (São Paulo/SP, 1983)

· Luiz Marcelo (Pilão Arcado/BA, 1989)

· Madalena Santos Reinbolt (Vitória da Conquista/BA, 1919 – Petrópolis/RJ, 1977)

· Manuel Messias (Aracaju/SE, 1945 – Rio de Janeiro/RJ, 2001)

· Manuel Querino (Santo Amaro/BA, 1851-1923)

· Manuela Navas (Jundiaí/SP, 1996)

· Marcel Diogo (Belo Horizonte/MG, 1983)

· Marcela Bonfim (Jau/SP, 1983) e Dani Guirra (Rondonópolis/MT, 1985)

· Marcos Dutra (Pequizeiro/TO, 1976)

· Marcos Siqueira (Serra do Cipó/MG, 1989)

· Marcus Deusdedit (Belo Horizonte/MG, 1997)

· Maré de Matos (Governador Valadares/MG, 1987)

· Marga Ledora (São Paulo/SP, 1959)

· Maria Auxiliadora (Campo Belo/MG, 1938-1974)

· Maria de Almeida (Sorocaba/SP, 1909-1991)

· Maria Lídia Magliani (Pelotas/RS, 1946-2012)

· Maria Lira Marques (Araçuaí/MG, 1945)

· Maria Macêdo (Uitaiúis-Lavras da Mangabeira/CE, 1996)

· Mariana Rocha (Rio de Janeiro/RJ, 1988)

· Massuelen Cristina (Sabará/MG, 1992)

· Mateus Moreira (Belo Horizonte/MG, 1996)

· Matheus Marques Abu (Rio de Janeiro/RJ, 1997)

· Mauricio Igor (Belém/PA, 1995)

· Mestre Antonio de Bastião (São Benedito do Capivari /MG, 1945)

· Mestre Didi (Salvador/BA, 1917-2013)

· Mestre Valentim (Serro/MG, 1745 – Rio de Janeiro, RJ, 1813)

· Miguel Afa (Rio de Janeiro/RJ, 1980)

· Mika (Teresina/PI, 1994)

· Mina Ribeirinha (Belém/PA, 1983)

· Mitti Mendonça (São Leopoldo/RS, 1990)

· Moisés Patricio (São Paulo/SP, 1984)

· Monica Ventura (São Paulo/SP, 1985)

· Mulambö (Saquarema/RJ, 1995)

· Nádia Taquary (Salvador/BA, 1967)

· Napê Rocha (Vila Velha/ES, 1991)

· Natan Dias (Vitória/ES, 1990)

· No Martins (São Paulo/SP, 1987)

· Noemisa Batista dos Santos (Caraí/MG, 1947)

· Odaraya Mello (Rio de Janeiro/RJ, 1993)

· Òkun (Goiânia/GO, 2000)

· Pablo Figueiredo (São João Batista/MA, 1999)

· Pamela Zorn (Três Coroas/RS, 1998)

· Pandro Nobã (Rio de Janeiro/RJ, 1984)

· Panmela Castro (Rio de Janeiro/RJ, 1981)

· Paula Duarte (Juiz de Fora/MG, 1990)

· Paulo Chimendes (Rosário do Sul/RS, 1953)

· Paulo Nazareth (Governador Valadares/MG, 1977)

· Pedro Neves (Imperatriz/MA, 1997)

· Priscila Rezende – Belo Horizonte/MG, 1985)

· Quilombo do Campinho – Adilsa Conceição Martins (Paraty/RJ, 1956)

· Quilombo do Campinho – Ismael Alves Conceição (Paraty/RJ, 1954)

· Quilombo do Campinho – Nelba Brasilicia (Rio de Janeiro/RJ, 1964)

· Quilombo Pedra D’Água: Rendas de Ofício – Marlene Leopoldino Vital (São João do Tigre/ PB, 1970)

· Quilombo Pedra D’Água: Labirinteiras – Dona Maria Marta (Ingá/PB, 1962), Maria de Lourdes Ferreira dos Santos (Serra redonda/PB, 1969), Severina Francisca da Silva Pereira (Ingá/PB, 1965), Lidiane Saturnino da Silva (Massaranduba/PB, 1998), Maria Helena Duarte de Lemos (Ingá/PB, 1993)

· Rafael Bqueer (Belém/PA, 1992)

· Rafael da Luz (Belém/PA, 1988)

· Rafael LaCruz (Belo Horizonte/MG, 1991)

· Rafael Simba (Rio de Janeiro/RJ, 200)

· Rebeca Carapiá (Salvador/BA, 1988)

· Renan Soares (São Paulo/SP, 1995)

· Renan Teles (São Paulo/SP, 1986)

· Renata Felinto (São Paulo/SP, 1978)

· Renata Sampaio (Rio de Janeiro/RJ, 1988)

· Rommulo Conceição (Salvador, BA, 1968)

· Rona (Rio de Janeiro/RJ, 1968)

· Ros4 Luz (Gama/DF, 1995)

· Rosana Paulino (São Paulo/SP, 1967)

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Em apenas duas edições, a Festa da Luz tornou-se um dos eventos mais aguardados e celebrados de Belo Horizonte. Para …

Notícias - 15/05/2024

Geólogo diz descobrir onde MonaLisa estava sentada

Ela foi manchada com bolo e encharcada com ácido. Vigilantes roubaram-na e manifestantes desfiguraram-na. Ela foi atacada e cutucada, exibida …

Notícias - 15/05/2024

Conheça o tema e curadoria da exposição e baile do MET Gala

O curador Andrew Bolton tem muito que explicar sobre a nova exposição do Costume Institute do Metropolitan Museum of Art. …

Notícias - 14/05/2024

Pastel de Monet apreendido por nazistas é devolvido aos proprietários

Uma pequena obra em pastel de Claude Monet apreendida pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial está na posse do …

Notícias - 14/05/2024

ArtRio abre inscrições para Prêmio FOCO 2024

Lançado em 2013 com o objetivo de descobrir, fomentar e difundir a produção de artistas visuais com até 15 anos …