Design do cartaz: João Delgado
Universidade Zero > Simpósio Interuniversitário:
Cinema e Pedagogia
7 (quarta), 8 (quinta) e 9 (sexta) de Fevereiro de 2024, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH).
Organização: Luís Mendonça e Pedro Florêncio (ICNOVA). Com o CINENOVA, festival interuniversitário da NOVA FCSH.
Local do simpósio: Auditório B1, Torre B, da NOVA FCSH (Campus da Avenida de Berna, 26-C).
Mote: Aprender a educar com os alunos.
Breve descrição:
Este evento visa fomentar o encontro entre professores e alunos da área do cinema, partilhar práticas, maneiras de cativar o público académico e perspectivar desafios colocados nos dias de hoje, nomeadamente face às exigências colocadas pela Internet e pelo digital.
O simpósio é de entrada livre.
Zéro de conduite: Jeunes diables au collège (1933) de Jean Vigo
Dia 7 de Fevereiro, quarta-feira
Tentativas
10h00
Paulo Carvalho (Doutorando em Artes Performativas e da Imagem em Movimento)
Pedro Florêncio (NOVA FCSH)
Participantes do Laboratório de Investigação e Criação Partilhada (Labcom – Comunicação e Artes da Universidade da Beira Interior)
14h00
Carlos Natálio (Escola das Artes da Católica do Porto)
Dia 8 de Fevereiro, quinta-feira
Correspondências
10h00
Luís Mendonça & Ricardo Vieira Lisboa (NOVA FCSH)
Isabel Medeiros (NOVA FCSH)
Margarida Leitão (Escola Superior de Teatro e Cinema)
14h00
Diálogo com Tomás Santos Maia (Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa)
Dia 9 de Fevereiro, sexta-feira
Experiências
10h00
Hermínia Sol (Instituto Politécnico de Tomar)
Tomás Robalo (NOVA FCSH)
Gonçalo Robalo (Ar.co)
14h00
Júlio Alves & Filipe Roque do Vale (Universidade Lusófona)
17h00
Exibição do filme mapa-esquisito* (2018) de Jorge Vaz Gomes, com a presença do realizador.
* Obra premiada na edição inaugural do CINENOVA (Melhor Filme Português a Concurso), em 2019.
mapa-esquisito (2018) de Jorge Vaz Gomes
Notas biográficas
Carlos Natálio – professor de História do Cinema e investigador no Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes, da Escola das Artes (EA), da Universidade Católica Portuguesa – Porto. Desde 2019 é programador no festival IndieLisboa. É crítico de cinema e membro fundador do site de cinefilia À pala de Walsh e autor de vários cadernos pedagógicos, nomeadamente sobre filmes de Pedro Costa, Manoel de Oliveira ou Yasujirō Ozu.
Filipe Roque do Vale – é o coordenador pedagógico da Licenciatura em Cinema e Arte dos Media da Universidade Lusófona de Lisboa. Faz parte do “Steering Committee” da Universidade Europeia FilmEU. É professor de Montagem e Linguagem Cinematográfica com mais de vinte anos de experiência de ensino em programas nacionais e internacionais. É o diretor de instalações, recursos e equipamentos do Departamento de Cinema e Arte dos Media da Universidade Lusófona. Ainda jovem, realizou curtas-metragens e trabalhou em projectos interactivos. Atualmente, paralelamente à sua carreira académica, continua a trabalhar como montador de cinema. O currículo inclui longas-metragens, documentários, curtas-metragens e videoclipes. Publicou artigos académicos e participou como orador em diversas conferências.
Gonçalo Robalo – é licenciado em arquitectura, estudou fotografia na Ar.Co, e cinema no curso de realização do Programa Gulbenkian de Criação Artística em parceria com a Deutsche Film- und Fernsehakademie Berlin. Realizou as curtas-metragens Júlio; Um Homem à Varanda; Leite; Entre Paredes, Pedra; Os Mortos; Os Vivos e Dobra, este último em co-autoria com Rita Figueiredo. As suas curtas foram premiadas e exibidas em diversos festivais. Encontra-se neste momento a montar Barreira e a rodar Fratres, as suas primeiras longas-metragens. Lecciona o módulo Arquivo e Montagem no curso de cinema da Ar.Co. É criador do festival Longa Noite de Curtas e fundador da produtora Errar.
Hermínia Sol – é Professora Adjunta no Instituto Politécnico de Tomar (Portugal), onde leciona, desde 2021, Argumento Cinematográfico I e II na Licenciatura em Cinema Documental. A sua formação académica iniciou-se com uma licenciatura em Estudos Portugueses e Ingleses, na Universidade de Coimbra, à qual se seguiu um mestrado em Estudos sobre as Mulheres na Universidade de Limerick (Irlanda) e um doutoramento em Literatura Americana na Universidade de Coimbra, durante o qual produziu e corealizou um foto-documentário intitulado: The Pleasant Feeling Of Being In A More Innocent Age: Paul Bowles’s impressions on Portugal (2009). É, desde há poucos dias, Diretora da Unidade de I&D do Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes (TECHN&ART) do IPT e colaboradora com Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa (CEAUL). Os seus interesses de investigação centram-se no diálogo entre cinema e literatura, na escrita de viagens, na contística e na história americana do século XX. Em suma, o seu interesse geral centra-se em processos de construção de narrativas. Recentemente, tem desenvolvido investigação nos domínios das narrativas de preservação do património cultural e dos estudos da memória. Em resultado disso, tem participado em projetos nestes domínios, de que é exemplo Paper Trails: Histórias pós-industriais, memórias técnicas e práticas artísticas, do qual resultou o documentário Marca D’água (2023) em que foi produtora executiva.
Isabel Medeiros – é mestre em Estética e Estudos Artísticos com especialização em Cinema e Fotografia pela NOVA FCSH, Lisboa (2023) e licenciada em Arte Multimédia na vertente de Instalação e Performance pela FBAUL, Lisboa (2019). Realizou estudos na Art Academy of Szczecin, na Polónia (2018/19). A sua prática artística é transmediática – englobando a performance, o vídeo, a escultura, o teatro, a instalação e a fotografia. Destacam-se as exposições Individuais “Do tempo e das nuvens”, no Museu Carlos Machado, Ponta Delgada (2024) e “Memórias do Vulcão”, na Biblioteca e Arquivo João José da graça, Horta (2023). O seu filme Aclarar (2023) foi selecionado para festivais como o FEST, Caminhos, Entre Olhares, Short Waves, NUff, entre outros. Recentemente ganhou o Prémio Nova Vaga 2024, em 2023 foi selecionada para a Mostra Nacional de Jovens Criadores do Gerador, foi-lhe atribuída a bolsa de criação “Põe-te em cena” da Direção Regional da Juventude do Governo dos Açores e a PARES da associação anda&fala (2022), foi também selecionada para o Prémio Arte Jovem Millennium bcp 2021. É desde 2021 criadora no Teatro Riscado. Vive entre Lisboa e Ponta Delgada.
Jorge Vaz Gomes – estudou Engenharia do Ambiente na Universidade Nova de Lisboa, e mais tarde realização na ETIC, fotografia na escola de artes ar.co e é mestre em Arte Multimédia pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Trabalhou alguns anos em televisão, onde desempenhou funções como realizador, montador e argumentista. Como ator, participou em várias séries de ficção e em longas-metragens de realizadores como António-Pedro Vasconcelos, Fernando Vendrell, Rita Nunes, Vicente Alves do Ó, André Marques e Ivo Ferreira. Dirigiu as curtas Sobre a mesa, 2010; O Quarteirão, 2015; Jean-Claude, 2016, (menção especial do júri do IndieLisboa, seleção oficial do War on Screen Festival); e mapa-esquisito, 2018 (Competição Nacional IndieLisboa 2018, prémio de melhor cinema português no festival CINENOVA). Foi um dos participantes da IDFA Academy 2021, e está agora a fazer doutoramento em Estudos de Cinema na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e na Sorbonne-Nouvelle, em Paris. Em 2023 estreou nos cinemas a sua primeira longa-metragem Soldado Nobre, uma pesquisa sobre o bisavô soldado da Primeira Guerra Mundial.
Júlio Alves – é realizador. A sua filmografia consiste em 15 filmes divididos entre ficção, documental e experimental. Da sua filmografia mais recente destacam-se Diálogo de Sombras (2021), Arte de Morrer Longe (2020), Chantal + Pedro (2020), Sacavém (2019). Todos os seus filmes tiveram estreia nacional e internacional. Realizou ainda filmes publicitários em diferentes mercados europeus. Doutorado em Ciências da Comunicação e mestre em Estudos Cinematográficos, é docente da Universidade Lusófona nas licenciaturas de Cinema e Artes dos Media e Fotografia, e no mestrado Estudos Cinematográficos. É também membro do Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT).
Luís Mendonça – doutorou-se em Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) com uma tese publicada em 2017 pelas Edições Colibri, Fotografia e Cinema Moderno: Os Cineastas Amadores do Pós-Guerra. Publicou recentemente Majestosa Imobilidade: Contributo para uma Teoria do Fotograma pelas Edições 70. É co-editor do site À Pala de Walsh, programador na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, Professor Auxiliar Convidado na NOVA FCSH e Assistente Convidado na ESTC. Deu aulas no Instituto Português de Fotografia e no Atelier de Lisboa.
Margarida Leitão – é licenciada em Montagem Cinematográfica e mestre em Desenvolvimento de Projeto Cinematográfico, na especialidade Dramaturgia e Realização, pela Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), doutoranda do Doutoramento em Artes – Artes Performativas e da Imagem em Movimento. Realizou várias curtas-metragens de ficção e documentários, que foram exibidos em festivais por todo o mundo e na televisão. A sua primeira curta Kilandukilu/Diversão (1998) ganhou uma menção honrosa no Festival Internacional de Curtas de Vila do Conde. A curta A Ferida (2003) e o documentário Muitos dias tem um mês (2010) tiveram estreia comercial. O documentário Design atrás das grades (2011), uma co-produção com a RTP2, recebeu o Prémio Melhor Documental Transfrontera no Festival Internacional Extrema’Doc. O seu filme Gipsofila, além de outros prémios nacionais e internacionais, recebeu o Prémio Especial do Júri no Festival Internacional de Turim e teve exibição nos canais TVCINE. Além de se dedicar à realização, trabalha regularmente como montadora e anotadora. Foi professora de Pesquisa para documentário e Documentário na Escola de Tecnologias Inovação e Criação (ETIC). Atualmente é professora na área de montagem e de realização na Escola Superior de Teatro e Cinema. O seu trabalho recente explora imagens de arquivo familiar ou cinematográfico, perscrutando as fronteiras do ensaio audiovisual. Gestos do Realismo foi citado na lista dos melhores ensaios audiovisuais de 2016 pela Fandor.
Paulo Carvalho – professor de Filosofia no Ensino Secundário desde 1997. Presentemente, frequenta o doutoramento em Artes Performativas e da Imagem em Movimento (Cinema) e desenvolve uma tese em torno da obra cinematográfica de Fernand Deligny. Com formação inicial na área da música e prática na composição musical e na escrita literária, as Artes ocupam um papel preponderante no seu pensamento e prática pedagógicos. Colaborou com artistas de várias áreas e com várias instituições culturais. Algumas cola-borações (temas musicais, textos, palestras e coordenação): Tomás Maia (artes performativas), Pedro Florêncio (cinema), Colectivo Húmus e Casa das Histórias Paula Rego (artes plásticas), Miguel Fragata e Inês Barahona, Teatro Nacional D. Maria II (teatro), Grupo de Estudos Llansolianos e Espaço Llansol, João Barrento, Etelvina Santos (literatura), João Madureira, Conservatório de Música de Sintra (música), João Vasco, Galeria ACERT (fotografia). É autor de livros como Limalhas e As ruas de saibro estão vazias. Está prevista a publicação de um original de poesia este ano.
Pedro Florêncio – licenciado em Cinema pela Escola Superior de Teatro e Cinema, mestre em Cinema e Televisão pela NOVA FCSH, doutorado em Artes Performativas da Imagem e Movimento pela Universidade de Lisboa. Realizou, entre outros, os filmes À Tarde (2017), Turno do Dia (2019) e Nocturna (2023). Publicou, em 2020, o livro Esculpindo o Espaço – O cinema de Frederick Wiseman, entre outras publicações dispersas sobre cinema. É docente na NOVA FCSH.
Renata Ferraz – Investigadora-cineasta-atriz. É doutorada em Artes (Performativas e da Imagem em Movimento) pela Universidade de Lisboa. É mestre em Arte Multimédia – Audiovisual (FBAUL) e licenciada em Artes do Espetáculo (Instituto de Artes – UNESP). Ao considerar teoria e prática como vertentes equivalentes nos processos de criação-investigação, faz filmes e investiga nas áreas do Cinema e da Arte Multimedia. Atualmente é investigadora integrada do Labcom – Comunicação e Artes (Universidade da Beira Interior), onde coordena o Laboratório de Investigação e Criação Partilhada. É colaboradora do CIEBA – Centro de Investigação em Belas Artes, (Universidade de Lisboa). Enquanto desenvolve o argumento de seu próximo filme, ela segue a trajetória de sua primeira longa-metragem, Rua dos Anjos (Rising Sun Blues), premiado em Ann Arbor Film Festival, Queer Porto, indicado para o Youth Award em Sheffield DocFest e que teve estreia comercial em Portugal em 2023.
Ricardo Vieira Lisboa – Mestre pela Escola Superior de Teatro e Cinema em Desenvolvimento de Projeto Cinematográfico, na área de Realização e Dramaturgia, e Mestre pelo Instituto Superior Técnico em Matemática Aplicada. É programador de cinema e trabalha na Cinemateca Portuguesa desde 2023, depois de ter programado a Casa do Cinema Manoel de Oliveira – Fundação de Serralves, entre 2019 e 2023. Colabora, desde 2013, com o festival IndieLisboa, tendo assumido funções de programação, produção de conteúdos e organização de conferências. Como crítico, escreve regularmente para o site À pala de Walsh, que co-fundou em 2012. Integra a equipa do Porto/Post/Doc como editor de conteúdos desde 2021. Editou o catálogo Fernando Matos Silva – O Cinema a Fazer a Realidade (2024), co-editou o livro O Cinema Não Morreu – crítica e cinefilia à pala de Walsh (2017) e escreveu o catálogo A Gulbenkian e o Cinema – Ensaio e Ficção (2019), além de publicar artigos em diferentes livros, revistas e jornais. Dá ocasionalmente aulas em cursos livres e em instituições como a NOVA FCSH, Ar.Co e FLUL.
Tomás Robalo – mestrando em Ciências da Comunicação pela Nova FCSH, na especialização de Cinema e Televisão. Em 2022, foi bolseiro de introdução à investigação (FCT) para a iniciativa da UBI, intitulada “20 Filmes Fundamentais do Cinema Português”, sob acompanhamento dos professores Paulo Cunha e Manuela Penafria. Este projecto culminou na publicação em livro, editado pela LabCom (UBI), tendo lançamento agendado para o início de fevereiro. Está envolvido no projecto de documentário experimental Na Trafaria, 2023, desenvolvido no âmbito do T-Factor, desde junho de 2023, na qualidade de montador e 2° operador de câmara. Actualmente, está a desenvolver o seu projecto-tese de Mestrado que propõe uma teoria de montagem a partir deste projecto, intitulado Montagem Cartográfica.
Tomás Santos Maia – Professor na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Últimas publicações: — Persistência da Obra I. Arte e Política [dir.], Lisboa, Documenta, 2020 (ed. bilingue port./franç.); Persistência da Obra II. Arte e Religião [dir.], Lisboa, Documenta, 2020 (ed. bilingue port./franç.). — Vida a Crédito. Arte Contemporânea e Capitalismo Financeiro, Lisboa, Documenta, 2022. Últimas exposições: — Poema (em colaboração com Alessandra Salvini, André Maranha e Paulo Sarmento), Convento de São Francisco, Lisboa, 2023. — Colosso (com Pedro Santos Silva e Rui Serra), Galeria Brotéria, Lisboa, 2023-2024.