Cortejo do Dois de Julho vira carnaval cívico nas ruas do centro histórico de Salvador.
Maior festa do calendário cívico a Bahia, Dois de Julho tem uma importância histórica que transcende a Independência da Bahia, pois marca a consolidação da Independência do Brasil, com a expulsão definitiva das tropas portuguesas do país e o fim do jugo colonial lusitano. Com o objetivo de retomar controle de toda a colônia, o exército português, comandando brigadeiro Ignácio Luiz Madeira de Mello, se estabeleceu em Salvador, obrigando a resistência nativa – soldados, negros e índios – a se refugiar no recôncavo baiano, sobretudo em Cachoeira, de onde conduziram a reação contra os invasores.
A vitória definitiva se deu 2 de Julho de 1823, quando a tropa libertadora brasileira entrou na Cidade do Salvador, pela Estrada das Boiadas, atual Avenida Lima e Silva, no bairro da Liberdade. Há quase dois séculos, o cortejo do Dois de Julho reproduz este percurso libertador e vitorioso, acompanhado por uma intensa e animada participação popular. Por esta razão, o Dois de Julho é também uma espécie de “carnaval cívico”, com a presença do povo, incluindo as crianças. A participação dos índios, negros e mestiços a luta é simbolizada pelas estátuas do Caboclo e da Cabocla, entidades da cultura cívico-popular baiana.
O Recôncavo teve participação intensa nesses combates, pois, foi de lá que a heroína Maria Quitéria travestida de homem com mais cinco mulheres desconhecidas lutaram no Batalhão dos Voluntários do Príncipe, conhecido como “Batalhão dos Periquitos”, pela cor verde do uniforme, comandado pelo avô do poeta Castro Alves, o Coronel José Antônio da Silva Castro Não podemos deixar de destacar também outros heróis da Independência da Bahia, como a negra Maria Filipa, a Soror Joana Angélica e o corneteiro Luís Lopes, este com participação na célebre Batalha de Pirajá, um dos combates mais decisivos da campanha na Bahia.
VIVA O DOIS DE JULHO. VIVA A BAHIA LIVRE!
David Rios, deputado estadual pelo PROS.
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