• Silvia Kochen
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360º 2021 - PESSOAS (Foto: Ilustração: Maria Melancolia)

(Ilustração: Maria Melancolia)

Diversidade está na origem do Sabin Medicina Diagnóstica, fundado em 1984 por duas mulheres, as bioquímicas Janete Vaz e Sandra Soares Costa. Hoje, o Sabin se diz “de alma feminina” não por acaso: 77,7% do total de colaboradores são mulheres. Elas ocupam também 75,5% dos cargos de liderança. O Sabin é signatário dos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU para garantir a igualdade de gênero.

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Desde 2018, o laboratório tem um programa de diversidade e inclusão e, se está muito bem posicionado numa das questões de gênero, sabe da importância de vencer outras barreiras. Por exemplo: apenas 10% dos funcionários são negros, e uma parcela bem menor deles, 5,8%, ocupa cargos de liderança. Difícil, também, quando o assunto é orientação sexual: menos de 2% são de pessoas LGBTQIAP+. Um dos desafios, segundo a presidente do Sabin, Lídia Abdalla, é ampliar essa participação. A empresa tem um comitê coordenador de colegiados para a discussão de temas ligados a minorias.

Há várias outras formas de conexão entre o Sabin e os seus 5,7 mil funcionários, distribuídos em uma rede de 296 unidades em 54 cidades, e elas ganharam força durante a pandemia. “A comunicação cria uma relação de confiança, fundamental em momentos de angústia e medo”, afirma Lídia, uma ex-trainee, há 22 anos no Sabin e desde 2014 sua presidente. Entre as ferramentas usadas está um programa de saúde mental para funcionários e suas famílias, por meio de uma parceria com a healthtech Amparo – da qual o Sabin é acionista, com 30% do capital –, especializada na atenção primária a participantes de planos de saúde. O serviço fica disponível 24 horas por dia e faz uso de telemedicina.

Outra ferramenta é o programa para preservar a saúde financeira dos funcionários, criado há mais de dez anos, mas especialmente demandado durante a pandemia, diante de muitos casos de perda de renda familiar. Pelo programa, o RH oferece apoio de especialistas – de economistas a psicólogos – na negociação de dívidas ou no planejamento para alcançar metas financeiras.

Com receita líquida de R$ 1 bilhão em 2021, o Sabin Medicina Diagnóstica tem crescido nos últimos anos via aquisições – foram 28, a última delas no Tocantins, em julho de 2021 – e também por meio de inovação. Em 2020, criou o  SkyHub.bio, um espaço na sede do laboratório, em Brasília, para funcionar como um hub de inovação em saúde, de troca de experiências e parcerias.

Juntou-se, ainda, ao concorrente Fleury na criação do Kortex Ventures, fundo de investimentos para acelerar o crescimento de startups da área de saúde, com capital de R$ 200 milhões, aprovado pelo Cade em março de 2021. E, também em 2021, lançou o centro de saúde digital Rita – o nome é uma homenagem a Rita Lobato, primeira mulher a se formar em medicina no Brasil, em 1887. É uma plataforma para oferecer serviços de saúde, como consultas médicas e exames aos assinantes, a preços menores, parcialmente bancados por interessados em participar de um crowdfunding. É também um marketplace de venda de produtos ligados à saúde.