Soa a sirene do quartel e o silêncio instala-se em Castanheira de Pera

Às 18h10 desta quarta-feira soa a sirene do quartel dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera e o silêncio instala-se entre a multidão presente para as cerimónias fúnebres de Gonçalo Conceição.

Em seguida, a urna do corpo do bombeiro é transportada pelos colegas do interior do quartel para as ruas da localidade em direção à Igreja de São Domingos, com os populares a seguirem-no em passo lento e de cabeças baixas. Os soluços são único som que interrompe o silêncio, começando depois a tocarem os sinos da igreja, para onde a urna foi levada para a cerimónia.

Antes, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa deram as condolências ao comandante dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera. Deslocaram-se depois com restante comitiva de políticos, para junto da família do bombeiro falecido, Gonçalo Conceição, nesta segunda-feira à tarde, antes do início do cortejo fúnebre.

Também presentes estão a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, que se emocionou à chegada ao local, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, os líderes do PSD, Passos Coelho, do BE, Catarina Martins, do CDS, Assunção Cristas, do PS, Carlos César.

Centenas de pessoas concentraram-se em frente ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, aguardando para prestar uma última homenagem a Gonçalo Conceição,

O ambiente ficou mais solene à medida que os políticos chegaram, com o aglomerado de populares junto ao quartel a ganhar cada vez maior dimensão.

O bombeiro de Castanheira de Pera, de 40 anos, morreu nos Hospitais da Universidade de Coimbra, em sequência do acidente que sofreu no sábado durante o socorro ao incêndio de Pedrógão Grande.

O seu corpo está desde terça-feira à noite no quartel dos bombeiros que tem a sua bandeira à meia haste.