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Nossa Senhora, mãe e modelo

Nossa Senhora, a Mãe de Jesus, faz parte da tradição da Igreja. Desde o Concílio de Éfeso, realizado em 431, até o Concílio Vaticano II, o magistério eclesiástico produziu diversos documentos que apresentam reflexões e orientações sobre o culto mariano.

A Igreja é a comunidade dos cristãos, que se unem e reúnem em Cristo Jesus, o Salvador, pela , pelos sacramentos, pela oração, pelo cumprimento dos mandamentos e pela prática da caridade, da justiça, da verdade, da paz e da esperança. No seio do povo de Deus, os discípulos de Jesus têm a Virgem Santíssima como Mãe e modelo.

No mistério de Cristo e da Igreja, Maria ocupa um lugar eminente. O próprio Concílio Vaticano II afirma que ela “ocupa na Igreja o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós” (L. G., no. 54).

MÃE DE DEUS 

Na história da salvação, Maria é a Mãe de Deus por ter concebido, gerado e dado à luz Jesus Cristo, o Filho de Deus. Na cena da anunciação, tão belamente descrita por São Lucas, o arcanjo Gabriel deixa clara a vocação maternal de Nossa Senhora: “Não tenha medo, Maria, porque você encontrou graça diante de Deus. Eis que você vai ficar grávida, terá um filho, e dará a ele o nome de Jesus. Ele será grande, e será chamado Filho do Santíssimo. E o Senhor dará a ele o trono de seu pai Davi, e ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó. E o seu reino não terá fim” (Lc 1,28-33).

Cheia do Espírito Santo, Santa Isabel, mãe de João Batista, o precursor do Salvador, reconhece a dignidade maternal de sua parenta: “Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre!” Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que sua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu (Lc 1,42-45).

Em Judá, região da Palestina, na cidade de Belém, Nossa Senhora, esposa de São José, deu à luz o seu filho. Ela o enfaixou, e o colocou na manjedoura (Lc 2,1-7). Os pastores e os magos do Oriente vieram visitá-lo e o adoraram (Lc 2,8-20;Mt 2,1-12). Assim, o testemunho bíblico atesta que ela é Mãe de Deus porque é a Mãe de Jesus Cristo, o Filho de Deus que se encarnou e assumiu a natureza humana em seu seio puríssimo.

Para que pudesse desempenhar dignamente sua vocação, Deus, em seu projeto de amor, concedeu a Nossa Senhora graças especiais. Ela foi concebida no útero de sua mãe, Santana, e nasceu sem a mancha do pecado original (Imaculada Conceição). Foi cheia de graça, sempre unida ao Criador. Foi sempre virgem: antes, durante e depois do parto (Virgindade Perpétua). Foi levada por Deus ao céu em corpo e alma (Assunção Gloriosa).

MÃE DOS CRISTÃOS

Mãe de Deus, Nossa Senhora é considerada como mãe dos cristãos. A Igreja é o corpo místico de Cristo. Se ela é a Mãe da cabeça, que é Jesus, então é, por consequência, a mãe de todo o corpo, que é a Igreja. É a mãe de todos os membros do corpo que são os cristãos. É a mãe da Igreja.

A Mãe do Senhor é uma só, mas é chamada por vários nomes.

No sacramento do batismo, o cristão recebe a vida de Deus, a graça santificante, que o faz filho de Deus e irmão de Jesus. Se ele é irmão de Jesus pela graça divina, então é filho de Nossa Senhora. Por isso, pode chamá-la realmente como sua mãe.

Maria é mãe dos cristãos porque Jesus lhes deu por mãe no alto da cruz, no Gólgota, na sexta-feira santa, antes de morrer. Olhando para sua mãe e, ao lado dela ,o discípulo que ele amava, disse a Maria: “Mulher, eis aí o seu filho”. Depois disse ao discípulo, que representava todos os seus seguidores: “Eis aí sua mãe”. E dessa hora em diante, o discípulo a acolheu em sua casa. A maternidade de Maria é estendida a toda a comunidade cristã, que nasce e se sustenta com o projeto salvador do Filho de Deus.

CARINHO ESPECIAL DA IGREJA

Ao longo dos séculos, a comunidade cristã sempre teve e tem um carinho especial pela Mãe de Jesus. De acordo com os vários lugares, épocas, culturas e concepções religiosas, o povo cristão conferiu-lhe muitos títulos e expressões características. A Ladainha Lauretana é um exemplo orante dessa diversidade de nomes, constituindo-se numa lista de títulos belíssimos que a Igreja foi aplicando a Nossa Senhora.

A Mãe do Senhor é uma só, mas é chamada por vários nomes. Ela é uma pessoa tão especial e excelente que os cristãos precisaram empregar vários títulos para exprimir a riqueza de sua personalidade e a profundidade de se mistério.

À medida que o culto mariano foi se propagando pelos diversos povos, a Virgem Santíssima foi recebendo nomes de lugares, de fatos históricos, de culturas e raças diferentes. É denominada por Nossa Senhora de Lourdes por conta de sua aparição em Lourdes, na França. É chamada de Nossa Senhora de Fátima porque apareceu em Fátima, Portugal.

No Brasil a Mãe de Jesus é conhecida por Nossa Senhora da Conceição Aparecida porque foi pescada nas águas do Rio Paraíba do Sul, Aparecida, São Paulo.

No Brasil a Mãe de Jesus é conhecida por Nossa Senhora da Conceição Aparecida porque foi pescada nas águas do Rio Paraíba do Sul, Aparecida, São Paulo. Mundialmente, é invocada como Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, pois está sempre pronta a socorrer, em quaisquer aflições, tempo e lugar.

Os cristãos lhe conferem o nome de “Nossa Senhora”, porque a tratam como mãe do Senhor e mãe de todos os seres humanos. É invocada por muitos outros nomes, que os especialistas calculam em 1025 títulos diferentes. Com tantas denominações, os cristãos não conseguem ainda dizer tudo o que Ele é e representa, pois sua identidade e seu papel na história da salvação são muito profundos e ricos de sentido e de significados.

IMAGENS MARIANAS

A Virgem Maria é venerada pelo povo através de inúmeras estátuas e imagens que a representam. Cada escultura retrata um aspecto visível da beleza de sua figura.

Cada quadro pinta uma face esplêndida daquela que os textos neotestamentários descrevem. Desde a sua pintura tosca na parede da catacumba de Priscila, em Roma, até os radiantes afrescos das igrejas antigas e novas, os artistas, inspirados por sua devoção e piedade, representam a mesma pessoa de Maria que viveu na Palestina e tornou-se a Mãe do Salvador. Pela via do belo, os cristãos a veneram com amor.

MODELO CRISTÃO

Por ser Mãe de Deus e mãe da Igreja, os cristãos contemplam e imitam sua vida virtuosa. Ela é o modelo cristão que inspira a vivência daqueles que são membros da Igreja de Jesus.

Maria é exemplo de virtudes para os cristãos. Eles “elevam seus olhos a Maria que refulge para toda a comunidade cristã dos eleitos como exemplo de virtudes” (Concílio Vaticano II. L. G., no. 65).

Na Igreja os cristãos são interpelados a imitar as virtudes de Nossa Senhora, que tão bem transpareceram em sua vida: sua fé e dócil aceitação do projeto de Deus; sua obediência generosa; sua humildade autêntica; sua caridade solícita; sua piedade viva pra com Deus; seu alegre cumprimento dos deveres religiosos; seu espírito de oração e contemplação; sua fortaleza nos sofrimentos e desafios da história; sua delicadeza para com os outros; sua pureza sem mancha; seu casto amor conjugal; e sua esperança resistente. Afinal, ela merece toda a honra daqueles que a cultuam como Mãe e modelo na vida de Igreja.

Pe. Eugênio Bisinoto, C.Ss.R.

Fonte: Academia Marial

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