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CRONISTAS SOCIAIS de Ponta Grossa, e um (Dino Almeida) de Curitiba, e outras notícias, entre 1958 e 1959

 Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

CRONISTAS SOCIAIS de Ponta Grossa, e um (Dino Almeida) de Curitiba, e outras notícias, entre 1958 e 1959.

Cortina de Seda, coluna social dominical assinada por Fadlo Auak, no Jornal da Manhã de janeiro de 1958.

Cortina de Seda foi a mais importante coluna social de Ponta Grossa, PR, na segunda metade da década de 50 do século XX. Era assinada por Fadlo Auak, pseudônimo de Sebastião Nascimento Filho, o professor Bastico. Não havia segredo na verdadeira identidade do cronista social. A coluna era elegante, agradável, e por sua causa, aos domingos o Jornal da Manhã aumentava a tiragem. Para que se tenha uma ideia do conteúdo e estilo, alguns trechos merecem a transcrição, também porque revelam como o hight society ponta-grossense se portava.  Além disso, rendo uma homenagem às inúmeras pessoas ali mencionadas, quase todas do círculo de amizade dos meus pais, e também aos jovens amigos de Olímpio Souto e Ivone Souto, meus irmãos ali citados. Naquela ocasião, eu era um menino de apenas 14 anos, que não gostava de festas. Quando estas aconteciam na minha própria casa, eu me fechava no meu quarto, e ficava lendo gibis até o sono chegar.
Francisco Souto Neto
Curitiba, 13 de dezembro de 2011.
CORTINA DE SEDA – Fadlo Auak. Janeiro de 1958.
FORAM muitos os convidados para o jantar-americano na acolhedora residência do casal Bernardo Sávio Filho, um dos “dez melhores anfitriões” da lista do confrade J. Fran.
“GENTE BEM”, a alta esfera social princesina, ‘chic’, fina e decididamente elegante, aconteceu naquela residência para o mais comentado evento deste início de 58: sr. João Abrahão Maia e sra., tte. Álvaro Di Piero e sra., dr. Petrônio Fernal e sra., major Alair Pitta e sra., dr. André Fatuch, dr. Guntran Kramer, dr. Othon do Nascimento e sra., sr. Romeu Ribas e sra., sr. Eunar Monastier e sra., dr. José Samuel Curi e sra., sr. Sílvio Missino e sra., dr. Ruiter Teixeira e sra., sr. Luiz A. Maia e sra., sr. Abdo David João (o locutor esportivo de maior ‘cartaz’ e mestre de cerimônias dos mais comentados…), srtas. Ecila Fonseca, Ivone Souto e Grazinha Maia; jovens Francisco Missino, João Nei Frare, Marcos Cunha, Félix Daher, Hélcio Borell, Olímpio Souto, além e Fadlo e sua Anita. Fadlo, como sempre, decididamente ‘deslocado’ em meio tão distinto…
PARA começar, a magnífica recepção proporcionada pelo casal anfitrião justificando plenamente o fato de estar numa lista em que são apresentados os que melhor recebem em Ponta Grossa.
DEPOIS, um ‘coquetel-bem’ que, apesar do calor reinante, teve grande aceitação por parte dos presentes.
O JANTAR-AMERICANO veio então. Uma mesa posta com muita classe e decorada pelo notável Queixada. Não apenas bonita, mas também convidativa, com peru, leitão, frango e por aí afora…
AMBIENTE dos mais finos, ‘jantarão’ gostoso e amigo, ‘bate-papo’ dos melhores, com um ‘geladinho’ na mão para amainar o calor. Tudo proporcionado com rara classe pela sra. Vera N. Sávio.
E FADLO, sempre muito perspicaz, pôde anotar: sra. Graziela Maia, sra. Hebe Fernal, a anfitriã Vera N. Sávio, sra. Laís Monastier, sra. Terezinha Maia, sra. Amanda Pitta, todas pertencentes à lista das ‘dez mais elegantes’ de 1958. E correspondendo totalmente à escolha dos cronistas.
FOI como vimos as sras. Nair Missino, Ilka Teixeira, Geni Ribas, Silvanir M. Curi, Nenê Tahan e Marlene Di Piero…
MUITAS brincadeiras no jantar do casal Bernardo Sávio Filho, muita alegria dentro de um ambiente acolhedor e distinto.
UM ‘SHOW’ notável, que iniciou com o jovem Francisco Missino e sua bela voz, e que teve sequência com os números [em violão] apresentados pelo jovem Olímpio Souto, sra. Nair Missino com os números cômicos apresentados pelo simpático Abdo David João, as imitações de Chiquinho Missino, os números de ‘rock and roll’  de Ivone Souto e Chiquinho Missino, o tango dançado com muita classe pelo casal João A. Maia, e que culminou com a apresentação pelas sras. Hebe Fernal, Vera N. Sávio e Grazinha Maia, de um aplaudidíssimo número de dança espanhola ensaiado com muita sabedoria pelo prof. Luiz Vilarejos e que foi, decididamente, o sucesso do jantar festivo de sábado pp passado. Bisado e comentado.
APÓS o ‘show’, continuaram as brincadeiras e foi iniciado um ‘arrasta-pé’ que se prolongou até à madrugada e que terminou quando o ‘relógio dos miseráveis’ estava já cansado de tanto cantar.
EVENTO máximo deste princípio de 58, repito, elegante, fino, alegre, distinto.
QUE sábado gordo passou a ‘gente bem’ princesina no jantar-americano oferecido pelo simpático e distinto casal Sávio Filho. Que saudade!…”.

Coluna “Nossa Sociedade”, assinada por Dino Almeida, no jornal Diário do Paraná, de Curitiba. Edição de 1.4.1958.

Dino Almeida, em 1958, já apresentava uma coluna social bastante lida, no Diário do Paraná, de Curitiba. Na coluna acima, Dino Almeida, presente à festa oferecida em Ponta Grossa pelos Sávio Filho (comentada na abertura desta página do blog por Fadlo Auak na Cortina de Seda), também se referiu ao evento, num quadro que vai, logo abaixo, ampliado. Na ocasião da festa dos Sávio, Dino Almeida esteve pela primeira vez na minha casa, apresentado aos meus pais pelo meu irmão Olímpio Souto. 

Francisco Souto Neto
Curitiba, 13 de dezembro de 2011.
 

Detalhe da coluna de Dino Almeida, no Diário do Paraná de 15.4.1958.

Na mesma época, J. Fran assinava a coluna “Sociedade” no Diário dos Campos de Ponta Grossa. A coluna acima é de maio de 1958.

O jornal O Estado de São Paulo, em 13.4.1958, noticia o 100º aniversário de Dª Thereza de Salles Souto, tia-avó do meu pai Arary Souto, minha tia-bisavó.

Notícia em O Estado de São Paulo de 13.4.1958, sobre o centésimo aniversário de Dª Thereza Christina de Salles Souto, que se casou com Manoel Alves Souto (meus tios-bisavós), ele o 9º filho do Visconde de Souto e irmão do meu bisavô Francisco José Alves Souto. Adiante, a transcrição completa da notícia, que vale por uma pequena biografia.
Francisco Souto Neto
Curitiba, 14.12.2011.
D. Thereza de Salles Souto – Comemora hoje [13 de abril de 1958] o seu 100º aniversário natalício d. Thereza Christina de Salles Souto, descendente de tradicional família paulista.
A veneranda dama, filha do sr. Francisco de Salles Oliveira e de d. Francisca Leitão de Salles Oliveira, nasceu na cidade de Jacareí a 13 de abril de 1858. Contraiu núpcias com o sr. Manoel José Alves Souto, filho do visconde António José Alves Souto, que era um dos grandes banqueiros do Rio de Janeiro. Lá viveu muitos anos  tendo, por morte do marido, passado a residir em São Paulo.
D. Thereza Christina de Salles Souto descende, pela linha materna, do alferes João da Costa Gomes Leitão, português, grande fazendeiro em Jacareí, que houve do seu casamento com d. Maria da Conceição, além de d. Francisca, mãe da ilustre dama cujo natalício se comemora, os seguintes filhos: Ana Leopoldina Peixoto, casada com José da Silveira Peixoto, mãe de Carolina Pereira Barreto, casada com dr. Luiz Pereira Barreto; Amélia Rodrigues Munhoz, casada com João Rodrigues Munhoz; José Gomes Leitão, casado com d. Amélia Cândida Leitão; Josefina Alves Guimarães, casada com José Alves Guimarães, pais do senador José Alves Guimarães; Maria Dória, casada com Joaquim Timóteo de Araújo; e Leduína, casada com o Barão de Castro Lima.
São irmãos de d. Thereza Christina de Salles Souto: Francisco Salles Oliveira, casado com Adelaide Oliveira; Adelaide Salles Malta, casada com Lúcio Toledo Malta; Joana Rosa Salles Souto, casada com Guilherme Salles Souto; Maria da Lapa Salles Souto, casada com Francisco José Alves Souto; Alzira Salles Martins Siqueira, casada com Joaquim Miguel Martins Siqueira; Alfredo Salles Oliveira, casado com Adriana Martins Siqueira; Rinaldo Salles Oliveira, casado em primeiras núpcias com Ana Soares Salles Oliveira e em segundas núpcias com Maria Thereza Salles Oliveira; e Flora Salles Malta, casada com Virgílio Toledo Malta, sendo que a cunhada de d. Adriana Martins Siqueira Salles Oliveira, sobrevive aos demais. D. Thereza Christina teve quatro filhos: Nair Souto Martins Siqueira, casada com o sr. Gustavo Martins Siqueira, ambos falecidos; eng. Mário Salles Souto, falecido, e Annibal Salles Souto, falecido, casado com d. Maria Helena Lion Souto.
São seus netos: Maria Helena Soares Baptista, casada com dr. José Américo Soares Baptista, Marina Souto Vidigal, casada com dr. Luiz Roberto Carvalho Vidigal, Maria Cecília Souto Vidigal, casada com dr. Gastão Eduardo Buenos Vidigal, e Plínio Salles Souto, casado com d. Anna Luísa Salles Souto.
Tem a veneranda aniversariante treze bisnetos.

No Jornal da Manhã de 6.3.59: “Rotary Club de Ponta Grossa”. Em reunião do Rotary, Arary Souto leva seu filho Olímpio Souto, que expõe sua coleção de fotos do Brasil e de 31 países.

Coluna de outro cronista social da época, J. Copla (João Copla), que publicava “ÚLTIMAS” no Diário dos Campos. Acima, edição de 29.4.1959).

No Jornal da Manhã, de Ponta Grossa, em sua edição de 10.9.1959, Michel Acras publicava a sua segunda coluna, que também se firmaria por bom tempo no cenário social de Ponta Grossa.

Outro cronista surgido em Ponta Grossa na mesma época, foi Ney Frare, com a coluna SOCIEDADE. Acima, exemplar do dia 25.10.1959.

Michel Acras firmava-se, e sua coluna ganhava um novo visual. Acima, na edição do Jornal da Manhã de 10.12.1959. Michel noticiava “party Hi-Fi na residência de Olímpio Souto”.

No segundo semestre de 1959, a misteriosa Belinda passa a assinar a Cortina de Seda (do Jornal da Manhã, de Ponta Grossa) no lugar de Fadlo Auak. E ganha um colaborador, também misterioso, que assina… Mister X. Quem seria Mister X? Leia abaixo…

A  HISTÓRIA DE BELINDA E MISTER X, NA CORTINA DE SEDA
(JORNAL DA MANHÃ, DE PONTA GROSSA, PR).
No ano anterior, ainda aos 14 anos, senti vontade de escrever para jornais. Meu pai, sensato como sempre foi, ponderou que eu deveria esperar mais um pouco, para me lapidar melhor, intelectualmente, antes de começar a publicar.
 
Fadlo Auak, no segundo semestre de 1959, aparentemente cansado de manter uma coluna social, a Cortina de Seda, resolveu passar o espaço para uma pessoa misteriosa, chamada Belinda. A todos pareceu estranho, porque a Cortina de Seda era a coluna mais tradicional da cidade, a fazia grande sucesso entre seus leitores, que era a alta sociedade de Ponta Grossa. Seja como for, certo dia a Cortina de Seda começou a ser assinada por Belinda. O estilo na nova cronista social era completamente diferente do de Fadlo Auak (pseudônimo, então sem segredo, de Sebastião Nascimento Filho, o professor Bastico).
 
Belinda inovava. Tratava por “queridinha” as moças mais belas e elegantes da cidade, como, por exemplo, as irmãs Quintiliano. Mas também mostrava uma faceta ácida em suas críticas, o que fez surgir desafetos. Belinda era simpática, mas também temida, a exemplo das mais importantes colunistas de Hollywood da época, Louella Parsons e Hedda Hopper.
 
Como Belinda se mostrava inovadora, eu resolvi ousar. Enviei-lhe uma carta, assinando “Mister X”, e oferecendo colaboração. Não revelei minha identidade, porque eu era ainda um garoto, e se Belinda soubesse disso, certamente não se interessaria em ter, dentro da sua coluna de tamanho prestígio, a colaboração de um menino inexperiente. Fiz isto sem que ninguém soubesse. Para minha surpresa, Belinda aceitou a colaboração, conforme se lê  na coluna acima, publicada no dia 29.11.1959. Eu e minha família morávamos na Rua Augusto Ribas nº 571, exatamente ao lado do prédio da Câmara Municipal. Das janelas da minha casa, a uns 50 metros do Cine Ópera (Rua XV de Novembro), eu via a entrada e a saída das pessoas que iam ao cinema. Antes de começar cada sessão, diariamente, o cinema tocava a música “Mambo Jambo”. E ao terminar o filme, a música que se ouvia à saída era “Meu coração tolo”. Para colher os assuntos que mandaria à coluna de Belinda, eu nem precisava sair da minha casa, porque meu irmão dava grandes e belas festas quase semanalmente, e também meus pais recebiam muitos amigos. Para mim, bastava circular um pouco pelos salões da minha residência, e ouvir o que os convidados conversavam. A casa onde eu residi, assim como a vizinha Câmara Municipal, foram compradas pelo Banco do Brasil, que demoliu ambas as construções, e ali construiu uma imensa agência, exatamente na esquina da Rua Augusto Ribas com a Rua Marechal Deodoro.
 
Eu não sabia quem era Belinda, e Belinda não sabia quem era Mister X… Essa parceria durou algum tempo, Mister X publicava “mexericos”, e tudo foi bem até que Belinda me disse, através da coluna, que ela continuaria a aceitar minha colaboração desde que eu revelasse a ela, somente a ela, a minha identidade. Pensei: se ela souber quem sou, jovem demais, me dirá “não!”. E não revelei a Belinda quem era eu, e ela, obviamente, me dispensou. Só então contei a história aos meus pais e irmãos. Meu pai, como jornalista, mostrou-se surpreso, mas orgulhoso. E meu irmão Olímpio, quase 10 anos mais velho que eu, passou a me respeitar um pouco mais como adulto… ou quase adulto.
 
Somente muitos anos depois descobri, por acaso, sem perguntar, qual era a identidade de Belinda. E soube disso através de um dos seus filhos. Belinda não era uma “senhorita”, mas um “senhor”, e era meu conhecido. Fui a sua casa, revelei-lhe que eu era Mister X, e que tinha descoberto que ele tinha sido Belinda. Ambos rimos muito disso tudo, e essa visita que fiz a “Belinda” foi por volta da década de 70. Ele me contou como fazia para entregar a Cortina de Seda ao jornal, cada vez através de um interlocutor diferente. Nem os diretores do jornal conheciam a identidade de Belinda.
 
Como estou ausente de Ponta Grossa desde meados da década de 70, não sei se o hight society de lá chegou a descobrir a identidade de Belinda. Por isso, não vou divulgá-lo por aqui… pelo menos por enquanto.
 
Abaixo, as primeiras notícias dadas por Mister X, tão ingênuas quanto aquele menino que eu fui um dia.
 
Francisco Souto Neto
Curitiba, 15 de dezembro de 2011.

Os mexericos de Mister X

Os mexericos de Mister X…

Mister X em Cortina de Seda de 6.12.1959:

Jornal da Manhã, Ponta Grossa, de 6.12.1959.

Detalhe dos Mexericos de Mr. X em 6.12.1959:

Jornal da Manhã, Ponta Grossa, 6.12.1959.

Mr. X em Cortina de Seda de 13.12.1959:

Jornal da Manhã, Ponta Grossa, 13.12.1959.

Detalhe dos Mexericos de Mr. X em 13.12.1959:

Jornal da Manhã, Ponta Grossa, 13.12.1959.

Recado de Belinda para Mr. X em 20.12.1959:

Jornal da Manhã, Ponta Grossa, 20.12.1959.

Detalhe do recado de Belinda para Mr. X:

Jornal da Manhã, Ponta Grossa, 20.12.1959.

Imaginei que se Belinda soubesse que seu colaborador, Mr. X, era na verdade um simples garoto inexperiente, ela terminaria tal sociedade. E me decidi a dizer-lhe que tudo o que podia revelar é que meu nome começava com F…

Jornal da Manhã, Ponta Grossa, 27.12.1959.

Jornal da Manhã, Ponta Grossa, 27.12.1959.

Era lógico que Belinda, de qualquer modo, dispensaria o menino que assinava Mr. X. Terminava a minha primeira experiência como “cronista social”. Por uma questão de ética profissional, guardei para sempre o segredo da identidade de Belinda. Desde então já se passou mais de meio século. Certamente hoje já não há mais segredo sobre tal identidade. Se eu perceber que a própria História do colunismo social do Paraná deseja ser elucidada, voltarei ao assunto. Uma coisa é certa: o tempo em que “Belinda” escreveu a Cortina de Seda, foi a época de ouro do colunismo social, quando esses jornalistas movimentavam a vida social e cultural das comunidades. E “ela”, que era “ele”, era um pessoa de extraordinária simpatia, admirável cultura e pai de uma maravilhosa família, um verdadeiro gentleman.
Curitiba, 30 de janeiro de 2012.
Francisco Souto Neto.
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NOTÍCIAS sobre Arary Souto em 1956 e 1957.

 Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

NOTÍCIAS sobre Arary Souto em 1956 e 1957.

Primeira página de “A Tribuna” de Presidente Venceslau, SP, de 24.6.1956, com extenso texto de Arary Souto, defendendo a construção de uma ponta sobre o Rio Paraná, unindo São Paulo e Mato Grosso (agora Mato Grosso do Sul). A Tribuna tinha como diretor Zwínglio Ferreira, e gerente Celso dos Santos.

Na edição de 24.6.1956, em “A Tribuna” de Presidente Venceslau, SP, em “O FLASH DA SEMANA É…” : “A ponte rodoviária sobre o Rio Paraná – Contribuição do Rotary Club de Ponta Grossa”, por Arary Souto (Jornalista, militante na imprensa paranaense).

Vide NOTA 1 abaixo. 

Em 8.4.1956, “A Tribuna” de Presidente Venceslau, SP, publicou a reportagem acima, “Brilhou em São José dos Pinhais a representação pontagrossense de tiro ao vôo”, que foi uma transcrição da matéria publicada pelo Jornal da Manhã, de Ponta Grossa, de 13.3.1956, com elogios ao desportista Arary Souto.

Vide NOTA 2 abaixo.

Temos preservado este exemplar do Correio do Estado, pela nota de missa de 7º dia de Ica Barbosa, uma tia muito querida da minha mãe. Na data deste exemplar, 12.1.1957, o Correio do Estado, de Campo Grande, era dirigido por José M. Fragelli, Rachid Saldanha Derzi e Wilson Loureiro de Oliveira. Este, o Correio do Estado, é o jornal que meu pai, Arary Souto, organizou, fundou e dirigiu em 1953 ou 1954. Infelizmente não temos os exemplares da época.

“Correio do Estado”, 12.2.1957, de Campo Grande. Tia Ica e Tio João tiveram uma única filha, Zuleika, que se casou com Joaquim. Estes não tiveram filhos, e também já faleceram há muitos anos. Para que não caiam no esquecimento, fica o registro dos nomes desses boníssimos tios da Edith Barbosa Souto, que foram João de Sousa Barbosa e Ica Barbosa, e também da filha e genro do casal, que foram Zuleika Barbosa Leite e Joaquim Pereira Leite.

Primeira página do JORNAL DA MANHÃ de Ponta Grossa, em 15.3.1957, quando era diretor comercial Mário V. Pont, e redator-secretário Heitor Ditzel.

Em sua coluna Flashes Locais, Heitor Ditzel (Jornal da Manhã, de 15.3.1957) escreveu: “Com 35 atiradores, teve prosseguimento, domingo passado, dia 10, no ‘stand’ de tiro ‘Dr. João Vargas de Oliveira’, (…) a realização da Grande Prvidova ‘Alcyon Peterlle’ de tiro ao vôo”.

Vide NOTA 3 abaixo

Jornal do Comércio, de Campo Grande, 1ª página da edição de 26.11.1958, quando eram diretor e proprietário Jayme F. de Vasconcellos, redator-secretário Herbert de Almeida, e diretor-gerente Antônio M. Chaves. A primeira notícia, à direita, sobre Arary Souto, vai no detalhe reproduzido abaixo.

Jornal do Comércio, Campo Grande, 26.11.1958: “No Rotary Club, o jornalista Arary Souto, do Paraná”

Vide NOTA 4 abaixo

NOTA 1 – A respeito da matéria, vale acrescentar que a ideia para a construção de uma ponte unindo os Estados de São Paulo e Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul) nasceu do idealismo do escritor Hélio Serejo, primo de minha mãe Edith Barbosa Souto, no Rotary Club de Presidente Venceslau, SP. O jornalista Arary Souto, meu pai, apoiou a ideia de Hélio Serejo, iniciando uma grande campanha em nível nacional, então apoiado pelo Rotary Club de Ponta Grossa. Manteve contatos com presidentes da República e ministros. Em 1961, Arary Souto sugeriu ao presidente da República, Jânio Quadros, que denominasse a ponte, então em construção, de “Ponte Hélio Serejo”. A resposta do presidente,  formal, foi de que “considerando todos os argumentos apresentados, seria de mérito assim homenagear o idealizador da grande obra”.

Entretanto, ao ser inaugurada em 1964  (ano seguinte ao falecimento de Arary Souto) tendo o general Castelo Branco na presidência da República (início da ditadura militar), a obra levou o nome de “Ponte Maurício Joppert”, que homenageava um engenheiro e político do Rio de Janeiro, que foi Ministro dos Transportes na década de 40 e nada teve a ver com a obra que interligou os Estados. Transcorreram quase cinco décadas. Somente em 2012 esse erro histórico foi corrigido por força de Lei e agora, com toda justiça, a grandiosa obra chama-se “Ponte Hélio Serejo”.

Francisco Souto Neto – Curitiba, 13 de dezembro de 2011.

NOTA 2 – Na matéria correspondente ao 3º recorte, lê-se: “O Clube de Caça e Pesca do Paraná, de Ponta Grossa, designou três representantes, srs. dr. Sebastião A. Simon, Ivo Carraro e Arary Souto para defender as suas cores, além das nossas fronteiras. Essa competição, a maior verificada no Estad0, em número de atiradores, contou com 72 pedanistas, entre os quais estavam Max Sccherappe, vice-campeão mundial e ex-campeão brasileiro e sul americano  de tiro; Marcos Ofsen, o famoso Marcos II, campeão brasileiro de tiro; Bezede, atirador internacional; Santín Guarnieri, campeão; Caccioli, campeão paulista do IV Centenário de S. Paulo e uma infinidade de atiradores de renomada categoria. Em que pese a falta de chance dos nossos atiradores, que indubitavelmente brilharam na mencionada competição, temos que fazer menção ao brilhantismo com que se houve um dos três nossos representantes. Trata-se do esportista e atirador Arary Souto, pessoa sobejamente conhecida no desporto princesino e que de maneira estupenda soube elevar, na cancha de tiro de São José dos Pinhais, a pujança e educação desportiva da gente pontagrossense. Após acirrada luta com o grande e denodado atirador curitibano, dr. Tadeu Mikochewski, que obteve a primeira colocação, presidente do Clube Paranaense de Caça e Tiro, o nosso representante, sr. Arary Souto, obteve um belo 2º lugar e um 1º lugar como o melhor Júnior, abiscoitando, portanto, as maiores honrarias, o que lhe proporcionou, na ocasião, os maiores e merecidos aplausos da enorme assistência ali presente, bem como de todos os atiradores da “Prova Constantino Zaniolo” (…) Apoteótico final teve a grande competição, quando o sr. Arary Souto recebe as duas medalhas que lhe coube por prêmio, além de apreciável soma de dinheiro, prêmio, também, ao esforçado atirador. Pelo brilhante feito alcançado pelo representante pontagrossense, aquele enorme assistência, inclusive os atiradores, não se furtaram à satisfação de cumprimentar o sr. Arary Souto, que, convenhamos, abicoitou duas belíssimas medalhas de ouro e prata, além de outros troféus, de jus ao mérito. E nós, também daqui do JORNAL DA MANHÃ, prontos a amparar e incentivar o desporto princesino, não nos furtamos a apresentar ao sr. Arary Souto as nossas congratulações pelo brilhante êxito alcançado, que muito honra o desporto do tiro desta portentosa Princesa dos Campos, congratulações estas extensivas aos seus companheiros, dr. Sebastião A. Simon e sr. Ivo Carraro pelo esforço e companheirismo demonstrados na ocasião em que eles se fazem necessários, como exímios atiradores, para nos representar além das nossas fronteiras. Da mesma maneira cumprimentamos o Clube de Caça e Pesca do Paraná, pela oportuna escolha dos nossos representantes nessas competições e que a torne de maneira contínua, para a elevação do desporto de nossa terra. (Do Jornal da Manhã de 13-3-1956)”.

NOTA 3 – Na nota abaixo do 7º recorte, prossegue Heitor Ditzel: ” (…) …foi vencedor, e com grandes méritos, o atirador pontagrossense Arary Souto, uma das expressões máximas do tiro ao vôo do Paraná. Em segundo lugar, num gesto altamente desportivo do atirador Ivo Carraro, cedendo o posto, classificou-se o sr. Leonardo de Geus; em terceiro lugar o grande pedanista Sr. Ivo Carraro.  (…) Fomos informados de que no próximo mês de abril o Clube de Caça e Pesca do Paraná homenageará o vencedor da prova do dia 10, sr. Arary Souto, com outra competição que levará o seu nome, continuando, assim, aquela prestigiosa entidade incentivando os atiradores princesinos, atualmenTe contados em grande número. Ao ensejo desta nota, ‘JORNAL DA MANHÃ’ cumprimenta o sr. Arary Souto pelo brilhantismo vencendo a prova, o que torna extensivo aos seus companheiros que obtiveram também magníficas classificações”.

NOTA 4 – Lê-se no último recorte: Jornal do Comércio, Campo Grande, 26.11.1958: “No Rotary Club, o jornalista Arary Souto do Paraná  –  À reunião-jantar de ontem, do R. C. de Campo Grande, compareceu o distinto rotariano do club de Ponta Grossa, e nosso estimado colega de imprensa sr. Arary Souto, ora exercendo a sua eficiente atividade profissional naquela progressiva cidade paranaense.

O jornalista e radialista Arary Souto, que entre nós foi redator-chefe do ‘Correio do Estado’ e é casado com uma distinta senhora campograndense de ilustre família Barbosa, foi saudado pelo diretor de protocolo e pelos rotarianos Emílio Barbosa e presidente Luiz Alexandre, tendo agradecido.

Presidiu a reunião o Dr. Luiz Alexandre, desempenhou o protocolo o Dr. Cândido Rondon, tendo sido feita a palestra do dia pelo destacado rotariano Emílio Barbosa, falando ainda Aikel Mansour e Arizoly Ribeiro. O comparecimento de rotarianos foi dos maiores dos últimos tempos”.

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EDITORIAIS E CRÔNICAS de Arary Souto, publicados no Jornal do Paraná, de Ponta Grossa, entre os meses de setembro e dezembro de 1952.

 Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

Editoriais e crônicas de ARARY SOUTO, publicados no JORNAL DO PARANÁ de Ponta Grossa, entre os meses de setembro e dezembro de 1952.

JORNAL DO PARANÁ - Ponta Grossa, 2 de setembro de 1952. ANIVERSÁRIO - Menino FRANCISCO SOUTO NETO. A data de hoje assinala a passagem de mais um aniversário natalício do galante menino Francisco Souto Neto, filho do sr. Arary Souto, nosso Diretor de redação, e de sua Exma. esposa dª Edith Barbosa Souto, pessoas de grande projeção em nossos meios sociais. O aniversariante que é estudante do curso primário por certo será efusivamente cumprimentado pelos seus inúmeros amiguinhos e colegas de escola, aos quais nos associamos, desejando ao Neto um mundo de felicidades e muitos anos de vida, votos estes extensivos aos seus ditosos pais e irmãos.

 

Crônica de Arary Souto em 5.9.1952: "O desaparecimento da cortesia".

 

Crônica de Arary Souto em 6.9.1952: "Estigma que a tudo abjura".

 

Crônica de Arary Souto em 17.9.1952: "Espírito paranista".

 

Arary Souto escreve em 18.9.1952: "Aniversário da Srtª Adalice Maria de Araújo".

 

Em 20.9.1952, Arary Souto dá notícias sobre o Centro de Letras do Paraná.

 

Crônica de Arary Souto em 21.9.1952: "O mate, um produto desconhecido até no Brasil".

 

Crônica de Arary Souto em 23.9.1952: "Perfídia ou pilhéria?".

 

Arary Souto escreve em 26.9.1952: "ANIVERSÁRIO - Jovem Olímpio Souto".

 

Crônica de Arary Souto em 28.9.1952: "Sempre na mesma tecla!".

 

"Centro Cultural Euclides da Cunha" - Eleição da nova diretoria.

 

Em sua edição de 30.9.1952, o JORNAL DO PARANÁ noticiava a morte de Francisco Alves, o cantor mais popular do Brasil, num acidente aéreo.

 

Em 30.9.1952, Arary Souto escreve sobre as festividades do Clube de Caça e Pesca.

 

Em 1º.10.1952, Arary Souto escreve sobre o II Congresso Latino-Americano de Psicologia.

 

Em 5.10.1952 Arary Souto escreve: "A esperança da Humanidade".

 

Em 7.10.1952, Arary Souto escreve: "Repercussão da Fundação da Sociedade Pontagrossense dos Amadores da Astronomia".

 

Em 9.10.1952, Arary Souto escreve: "Ainda sobre a Sociedade dos Amantes da Astronomia"

 

Em 10.10.1952, Arary Souto escreve: "Nobre atitude da Liga Desportiva de Ponta Grossa".

 

Em 22.10.1952 Arary Souto escreve: "Recuperação".

 

Em 22.10.1952, Arary Souto escreve: "Louvável iniciativa do Serviço de Inspeção de Produto de Origem Animal".

 

Arary Souto escreve em 2.11.1952: "Dia dos Mortos".

 

Arary Souto escreve em 5.11.1952: "Consumatum est".

 

Em 7.11.1952, Arary Souto escreve: "Intercâmbio comercial Paraná - Rio Grande do Sul" - Parte I.

 

Em 9.11.1952, Arary Souto escreve: "Intercâmbio comercial Paraná - Rio Grande do Sul" - Parte II.

 

(Continuação da 1ª página)

 

Em 11.11.1952, Arary Souto escreve: "Criminalidade".

 

Em 12.11.1952, Arary Souto escreve: "Intercâmbio comercial Paraná - Rio Grande do Sul" - Parte III.

 

  

Na edição de 9.12.1952 do JORNAL DO PARANÁ, curiosa propaganda da R.C.A. Victor.

 

Em 11.12.1952 Arary Souto escreve: "Liberada a exportação de suínos". Em 18.12.1952 Arary Souto escreve: "Sugestiva atitude do Rotary Clube de Ponta Grossa".

 

Para a edição do Natal de 1952, o diretor do JORNAL DO PARANÁ, Arary Souto, conseguiu realizar a primeira capa a cores de um jornal em Ponta Grossa e, muito provavelmente, no Paraná. Depois disto, Arary Souto se transferiria com a família em janeiro de 1953 para Campo Grande, MT (hoje MS), para fundar um jornal a convite do prefeito Wilson Barbosa Martins, primo da sua esposa Dª Edith Barbosa Souto. Retornaria a Ponta Grossa em 1955, para fundar e dirigir a Rádio Central do Paraná.

 
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EDITORIAIS E CRÔNICAS de Arary Souto, publicados no Jornal do Paraná, de Ponta Grossa, entre os meses de junho e agosto de 1952.

Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

Editoriais e crônicas de ARARY SOUTO, publicados no JORNAL DO PARANÁ de Ponta Grossa, entre os meses de junho e agosto de 1952.

Na edição de 6 de junho de 1952, Arary Souto noticia o 14º aniversário de sua filha Ivone Barbosa Souto.

 

Em editorial de 18.6.1952, Arary Souto defende a implantação, em Ponta Grossa, de uma Faculdade de Farmácia e Odontologia.

 

Em reportagem de 18.6.1952, Arary Souto escreve: "Puraukeçana Marangaua Opanaíma Tenhên".

 

Em 3.7.1952, Arary Souto noticia o aniversário de sua esposa Dª Edith Barbosa Souto.

 

Editorial de Arary Souto na edição nº 2.128 do Jornal do Paraná: "Agora chegou a vez do mate".

 

Editorial de Arary Souto em 6.8.1952: "Isenta a liberação da exportação da erva cancheada".

 

Editorial de Arary Souto em 8.8.1952: "O alto custo de vida e suas consequências".

 

Editorial de Arary Souto em 10.8.1952: "Cadeia e Inquérito!".

 

Editorial de Arary Souto em 15.8.1952: "Crime de lesa-pátria".

 

Editorial de Arary Souto em 17.8.1952: "A erva-mate e o seu sacrifício (1ª parte)".

 

Editorial de Arary Souto em 19.8.1952: "A erva-mate e o seu sacrifício (2ª parte)".

 

Na edição de 21.8.1952, página inteira denominada "Cia. Impressora do Paraná e Jornal do Paraná", em homenagem aos seus dirigentes. Na parte alta da página, à direita, fotografia de Arary Souto.

 

Detalhe da página mostrada na ilustração anterior, onde aparecem Arary Souto, Diretor de Redação do Jornal do Paraná, e Daily Luiz Wambier, seu amigo e colaborador.

 

Editorial de Arary Souto em 24.8.1952: "Reverenciamos a memória do grande Duque de Caxias". No texto, Arary Souto, modesto, não menciona que era sobrinho-bisneto do Duque de Caxias.

 

Editorial de Arary Souto em 29.8.1952: "Precisamos de incentivo às nossas indústrias".

 

Em editorial de 29.8.1952, Arary Souto homenageia o grande escritor mato-grossense Hélio Serejo, primo da sua esposa Edith Barbosa Souto.

 

Esta é a Página Literária do Jornal do Paraná, que saía aos domingos, idealização de Adalto G. de Araújo. Ao pé da página, o Diretor de Redação Arary Souto colabora com o conto "Paisagem ofuscada".

 

Detalhe da fotografia acima, este é o conto de Arary Souto, publicado em 31.8.1952 na edição dominical do Jornal do Paraná, denominado "Paisagem ofuscada".

 

PAISAGEM OFUSCADA

            Quem, nas cavalgadas intermináveis pelas imensas campinas, não sentiu, nas manhãs engrinaldadas da neblina do mês de julho – quando ela, dona dos campos, não permite a intrusão do astro-rei – um frêmito estranho ao ouvir, qual fantasma, o chilrear das aves, o seu ruflar de asas, o piado tristonho da perdiz na lomba invisível, em procura do companheiro oculto nas trevas brancas? É o quadro da natureza ofuscado pelo giz da própria natureza, como a dizer ao viandante: “Predomina sobre a minha força somente os teus ouvidos. De resto, tu és infinitamente nada para me sondares. Domino campos e seres. Enxerga-os? – Não! – Eu os agasalho e não permitirei que os teus olhos se afundem na imensidão dos horizontes, em busca de cobiça. Não tens guia. És cego. Este é o meu domínio ao mais forte. Quando me retirar ficarás dono desses horizontes. Mas eu voltarei e na minha presença serás, ainda, infinitamente nada. Eu sou a névoa, sou a treva que te desnorteia! Sou mais forte que tu!”.

Arary Souto

Ponta Grossa, agosto de 1952.

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EDITORIAIS E CRÔNICAS de Arary Souto, publicados no Jornal do Paraná de Ponta Grossa, entre os meses de março e maio de 1952

Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

Editoriais e crônicas de ARARY SOUTO, publicados no JORNAL DO PARANÁ de Ponta Grossa, entre os meses de março e maio de 1952.

Crônica de Arary Souto em 1º.3.1952.

OBSERVAÇÃO ACRESCENTADA EM 18.3.2012:
Nesta data, catalogando antigas imagens em arquivo,
Francisco Souto Neto descobriu a foto original (acima) da publicação
feita no Jornal do Paraná, de PONTA GROSSA NO ANO DE 1950.

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TEXTOS DE ARARY SOUTO em diversos jornais de São Paulo e Paraná entre os anos 40 e 50.

Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

TEXTOS de ARARY SOUTO, publicados em diversos jornais de São Paulo e Paraná entre os anos 40 e 50.

Primeira página do JORNAL DE PIRACICABA de 23.10.1948, sendo diretor Losso Netto e gerente Eugênio L. Losso.

 

"Homenagem Póstuma", por Arary Souto, do Centro Cultural Euclides da Cunha, Ponta Grossa, PR.

 

 HOMENAGEM PÓSTUMA

            Num verdadeiro impulso de brasilidade, evocando seus dias de labor, sangrando o solo de sua pátria em busca do ouro negro tão ambicionado pelos estrangeiros, lembramos aos brasileiros que se bateram pela nacionalização da indústria do petróleo em nossa terra, tão patrioticamente apoiada pelo eminente presidente da república, general Eurico Gaspar Dutra, o que foi o vulto de Francisco Souto Júnior, amigo e adepto de Monteiro Lobato, nos primórdios da exploração do petróleo no chão brasileiro. Este relato é de conhecimento de muitos patrícios que viram em Souto Júnior a encarnação da honestidade, da bondade, de amor à família e ao solo pátrio. Com sacrifício físico e monetário, esse homem dedicou sua vida aos estudos do nosso subsolo, às expensas da Companhia Petrolífera Brasileira, que infelizmente tão má orientação teve, e foi o primeiro homem no Brasil, e quiçá na América do Sul, que fez brotar a tão ambicionada nafta nas sondagens petrolíferas do bairro da Graminha, município de São Pedro, Estado de São Paulo

                Fazendo um retrospecto desse grandioso feito, voltemos ao ano de 1923 e vamos encontrar nas colunas do Jornal de São Pedro, em um número do mês de outubro daquele ano, o seguinte comentário: “Petróleo – É com grande satisfação que informamos aos nossos leitores os resultados das pesquisas do petróleo nesta última semana, a cargo do ilustre engenheiro Souto Júnior. S. s., após uma profundidade pouco superior a dezoito metros, teve a feliz oportunidade de encontrar bem sensíveis depósitos de nafta, ou petróleo bruto, tendo em seguida enviado telegrama à sede em São Paulo, comunicando essa prodigiosa descoberta, acompanhado de uma regular quantidade do precioso líquido. Hoje ou amanhã deverão chegar, de São Paulo, o exmo. dr. Baloni e demais engenheiros, intensamente empenhados nessa questão, que, parece, está francamente resolvida. Ao sr. Souto Júnior, cujo nome e esforços patrióticos, estamos certos, ficarão perenemente ligados à grandiosidade da nossa terra, enviamos destas modestas linhas as nossas mais sinceras felicitações”.

            Mais ou menos nessa ocasião o jornal O Estado de São Paulo, em manchetes, publicava tão auspiciosa notícia, tecendo comentários, os mais francos, em prol do acontecimento, com gravuras fieis, concitando o povo brasileiro, então incrédulo, a acompanhar o maior feito mineralógico em nosso solo. Em 26 de outubro de 1923, recebia o Jornal de Piracicaba prova fiel da honradez e patriotismo de Souto Júnior, pela carta que este lhe dirigiu e da qual, entre outros assuntos, dada a humildade desse baluarte, e a vicissitude que enfrentou com os maus brasileiros e a corja de sabotadores que, mancomunados, tudo fizeram para abortar o jorro do líquido negro neste chão tão maculado por indivíduos de ruim jaez. É o que transcreve aquele jornal, com o seguinte cabeçalho: O QUEROSENE EM SÃO PEDRO. E no seu singelo diapasão, declara Souto Júnior: “Sou um brasileiro que procura, por todas as formas, honrar a Pátria que lhe serviu de berço; repetindo, da significação do acontecimento, é o motivo de vir abusar de vossa bondade. Cumpre-me, também, levar ao vosso conhecimento que só agora disponho de uma máquina perfuradora, após nove anos de lutas sem tréguas, máquina esta pertencente à Companhia Petrolífera Brasileira, por cuja prosperidade, e com a maior boa vontade, tenho empregado os meus sinceros esforços, convindo notar que a referida máquina ainda não está em funcionamento. Está claro, sr. redator, que nas condições que com a máxima sinceridade acima exponho, não poderia eu descobrir os desejados ‘pools’ de petróleo, o que, aliás, não é necessário para se proclamar, alto e bom som, a existência do tão cobiçado mineral, e que provo solenemente com a oferta que faço à minha idolatrada Pátria, de uma infiltração de nafta, com pronunciamento pouco vulgar, e em perfeito estado de conservação, manifestando-se em rochas, que me autorizam afirmar sob minha palavra de honra, a existência do petróleo em nossa zona, devendo fatalmente estender-se por horizonte vastíssimo. Peço vênia para desafiar, baseando sempre no principal motivo que aqui me traz, refutando maleivosas manifestações contrárias, a contestação sensata da minha afirmativa. Por isso, sr. redator, proclamo novamente, alto e bom som, a existência de petróleo em nosso caro Brasil, penitenciando-me no Sagrado Altar da Pátria, se notabilidades no assunto me desmentirem, após as análises cuidadosas dessas ocorrências. Convém ainda notar (o que é de máxima importância) que todos os mencionados caprichos geológicos foram encontrados pelo humilde missivista, a dezoito metros de profundidade, em um poço cavado, com acompanhamento de todas as espécies de sacrifício, a picareta e explosões. Poderia ir além, se já não estivesse abusando de vossa bondade, motivo pelo qual encerro minha obscura missiva, agradecendo, mais uma vez, de todo coração, pela sua atenção. Francisco Souto Júnior”.

            Hoje, nas imediações onde Souto Júnior sacrificou uma existência, erguem-se, majestosas, as termas sulfurosas de São Pedro, fruto do seu esforço em busca do petróleo. A dois do corrente entregou sua alma ao Criador, esse brasileiro puro e imaculado. Eu não podia deixar de lhe prestar este tributo, porque, além de ter sido o meu maior amigo, ele foi, também, meu extremoso pai.

            Arary Souto.

            Ponta Grossa, 17 de outubro de 1948.

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OBSERVAÇÃO ACRESCENTADA EM 1º.11.2011:

           A transcrição acima, feita do original em arquivo, assinado por Arary Souto, difere em algumas poucas palavras do texto publicado no Jornal de Piracicaba. Essas pequenas alterações foram feitas, obviamente, pelo próprio autor. Na transcrição, entretanto, a ortografia foi atualizada, como todas as demais transcrições feitas neste blog.

          Francisco Souto Neto.

          Curitiba, 1º de novembro de 2011.

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"A Gazeta" de Presidente Venceslau, SP, edição de 2.5.1948. Diretor-proprietário: Antônio Ribeiro. Redator-chefe: Zwinglio Ferreira. Gerente: José Ribeiro.

 

"Dura lex, sed lex", Arary Souto especial para "A Gazeta" de Presidente Venceslau, em 2.5.1948.

 

Primeira página do Jornal do Paraná, edição de 20.3.1949.

 

"Sociedade Amigos do Índio", por Arary Souto, em 20.3.1949.

 

Folha Literária de Cuiabá, de 7.9.1949. Diretor-redator-chefe: Augusto Mário Vieira.

 

Artigo na Folha Literária de Cuiabá, de 7.9.1949.

 

Jornal do Paraná, de Ponta Grossa. Folha Literária em 22.8.1950.

 

Jornal do Paraná de 22.8.1950, Página Literária. "Sua obra, seu esteio". Os homens que fizeram o Jornal do Paraná: Arary Souto, Adalberto C. de Araújo Jr., Adalberto Carvalho de Araújo, Daily Luiz Wambier, José de Oliveira. E o colaborador Faris A. S. Michaele, e o gerente Carmélio S. Guimarães.

 

Primeira página de O Tibagi, de Monte Alegre, PR. Fundador e diretor: Horácio Klabin.

 
 

"Boiada pantaneira", conto de Arary Souto publicado em O Tibagi de 17.1.1951.

 

BOIADA PANTANEIRA 

            No amortecer do dia, quando a carícia amena e boa da tarde convida a todos para o descanso a se aproximar, lá pelos lados do vermelhão poente, envolta num turbilhão de poeira, balouçando suas desmesuradas guampas, numa lentidão demonstrativa do pouco caso pela proximidade do pouso reparador de energias, surge a boiada pantaneira, ouvindo-se um ou outro mugido de algum boi saudoso dos pagos deixados para muito atrás… Com a buzina da sua origem, vem ponteando a boiada o peão artista, que a fez mugir com a perícia de que só ele é capaz, como lhe implorando ordem; e o seu mugido tristonho faz lembrar o turuna saudoso do tempo que se passou… Entra na manga e, com a lentidão natural do “tucura”, é feito o aperto para a entrada no mangueiro e a necessária contagem… Dezoito talhas e vinte e oito de sobretalhas: faltam onze… Fechada a porteira, fechada a boiada. Onze… Ei-los que se aproximam, arrastando-se, cabeças baixas, estropiadas: é a culatra. Também… dezesseis marchas… só poderiam chegar assim, afora os companheiros que ficaram para trás: eles eram dezesseis. Seu pouso é em separado, pois não suportam a apertura de um mangueiro apinhado. A peãolada, suarenta e empoeirada como seus montados, corre sôfrega para o desencilho e para o córrego que a espera para o banho gostoso do cavalo e cavaleiro. Bóia feita: arroz, feijão, carne e mandioca. Noite… No galpão varrido para afastar ao máximo o carrapato do chão, braseiro fumacento, redes armadas, ouve-se o acorde melancólico de um violão barato, acompanhado de um “rasqueado” típico à guarânia que o companheiro choraminga, entrecortada pelas “cuspidas” ocasionadas pelo naco de fumo… Na rede, ao fundo, ronca o peão cansado, alheio às lamúrias daquele baracá ensebado… Depois… a pausa ordenada por Morfeu, sob aquele céu pontilhado de estrelas, numa quietude abalada de vez em quando pelo mugido prolongado de um ou outro boi, parecendo protestar contra aquela situação, ou do intrometido “joão-corta-pau” ou algum mentiroso “amanhã-eu-vou”… Madrugada… é aceso o fogo, chaleira inseparável é colocada no tripé. A rodinha está feita e o mate tira-jejum, insubstituível do peão, é servido. Dali até o almoço… No horizonte nascente aparece a “barra do dia”, toque natural de levantar acampamento. É apressado o serviço; o cozinheiro guasca, que tem o privilégio de ir adiante, sabe ele porque, já está com o cargueiro pronto e, num convite ao pingo sobrecarregado, desaparece na estrada sem fim, para lá adiante, “beira-córgo”, à sombra dum piquí, esperar seus companheiros para o almoço de todos os dias…

            Perto do galpão é feita a forma e escolhido o matungo magruça para o sacrifício que lhe coube por tarefa. Empurrada a tropa para a frente é tirada a boiada que, porteira afora, vai procurando o capim escasso, num corre-corre sôfrego, abrandado pelo buzinar nervoso e pelos brados de paz da peãolada alerta. Tudo em ordem, segue a sua marcha para as quatro léguas daquele dia e balouçando as guampas compridas e com aqueles mesmos mugidos tristonhos, lá ao longe, na curva daquele varjão orlado por um compacto cerrado, envolta numa nuvem de poeira, desaparece a boiada pantaneira… 

Arary Souto

 Ponta Grossa, dezembro de 1948.

 

Tapejara, de Ponta Grossa, PR, edição de Março 1951.

 

O Pássaro Nômade, conto de Arary Souto publicado no Tapejara de março de 1951.

 

O PÁSSARO NÔMADE

            Contam os velhos no “tataipú” que fiquei enlouquecido de amor e que, por isso, me tornei errante a vagar pelos campos afora. Nasci não sei onde, e quando me tornei adulto compreendi que fui predestinado a viajar, a correr o meu mundo, sem saber onde dormir ou onde morrer: não sei minha idade, não conheço pai, mãe ou irmãos, e não tenho companheiros. Vivo sozinho e meu teto é o céu: hoje estou aqui e amanhã a muitas léguas distantes. O que mais aprecio no mundo é a natureza, os pagos do meu rincão… Nas minhas jornadas prefiro dormir na cabeceira de algum varjão, e à noite gosto de olhar o pisca-pisca das estrelas lá no firmamento. Gosto de olhar a Lua rolando na imensidão do vácuo, pálida e fria como um sonho errante… Gosto de ouvir o curiango alegrando a noite com o seu piado estridente, e o urutau, em contraste, lá ao longe na beira do rio, lamuriando-se da vida com aquele canto soturno… Gosto do uivo do arisco guará nas noites quentes; gosto da carícia da madrugada e de sentir o seu frescor; de ouvir o cantar do galo anunciando a aproximação do dia; de ver a aurora que precede o nascer do astro-rei; de ouvir, na lombada distante, o piado saudoso da perdiz; de apreciar a florada dos campos na primavera e o vento lamber a campanha em flor. Ao terminar o inverno, gosto de ver a queimada ao longe com o seu penacho de fumaça; sinto as árvores ficarem nuas no outono e espalharem as folhas ressequidas pelo chão. Gosto das chuvas de verão e de escutar o trovão ribombar lá naquele amontoado de nuvens negras, prenunciando tempestade. Nas noites escuras gosto de ver o corisco rasgar o céu. Gosto e aprecio tudo o que a natureza me deu para ver e sentir, porque tudo que tenho de meu é essa dádiva divina que me seduz e pela qual me tornei o errante e enlouquecido “guira-caní”…

(N.A. – O “guira-caní” é um pássaro semelhante ao nosso “caminheiro”, com a diferença de ser muito irrequieto, tal e qual o “aracuã”. Nunca é visto num mesmo local e percorre, com rapidez, muitas léguas num só dia. É encontrado em o Norte da Argentina, Paraguai e Oeste de Mato Grosso.)

Arary Souto

Ponta Grossa, setembro de 1948.   

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EDITORIAIS E CRÔNICAS de Arary Souto, publicados no Jornal do Paraná de Ponta Grossa, durante o mês de fevereiro de 1952

Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

Editoriais e crônicas de ARARY SOUTO, publicados no JORNAL DO PARANÁ de Ponta Grossa, durante o mês de fevereiro de 1952.

18 crônicas e os seguintes 5 editoriais (além de inúmeras matérias não assinadas, de interesse do jornal):

PAUSA PARA PENSAR…

O NOVO HORÁRIO DOS BANCOS

E MAIS ESTA ESPIGA!…

ABUSOS

CONSEQUÊNCIAS. 

Crônica de Arary Souto em 1º.2.1952.

 

Relação dos correspondentes do Jornal do Paraná, na edição de 1º.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 2.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 5.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 6.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 7.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 9.2.1952.

 

Editorial de Arary Souto em 12.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 12.2.1952.

  

Crônica de Arary Souto em 13.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 14.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 16.2.1952.

 

Editorial de Arary Souto em 17.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 19.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 20.2.1952.

 

Editorial de Arary Souto em 21.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 21.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 22.2.1952.

 

Editorial de Arary Souto em 23.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 23.2.1952.

 

Editorial de Arary Souto em 24.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 28.2.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 29.2.1952.

 
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EDITORIAIS E CRÔNICAS de Arary Souto publicados no Jornal do Paraná, de Ponta Grossa, durante o mês de janeiro de 1952

Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

Editoriais e crônicas de ARARY SOUTO, publicados no JORNAL DO PARANÁ de Ponta Grossa, durante o mês de janeiro de 1952:

Crônica de Arary Souto em 1º.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 4.1.1952.

 

Primeira página do JORNAL DO PARANÁ de 5.1.1952.

 

Editorial de Arary Souto em 5.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 5.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 8.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 9.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 10.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 11.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 12.1.1952.

 

(Conclusão na 4ª página, da crônica acima)

 

Crônica de Arary Souto em 15.1.1952.

 

Primeira página do JORNAL DO PARANÁ de 18.1.1952.

 

Editorial de Arary Souto em 18.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 18.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 19.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 22.1.1952.

  

Crônica de Arary Souto em 23.1.1952.

  

Primeira página do JORNAL DO PARANÁ de 24.1.1952.

  

Editorial de Arary Souto em 24.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 24.1.1952.

  

Crônica de Arary Souto em 25.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 26.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 29.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 30.1.1952.

 

Crônica de Arary Souto em 31.1.1952.

 
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TODOS OS EDITORIAIS publicados por Arary Souto no Jornal do Paraná, de Ponta Grossa, durante a segunda quinzena de dezembro de 1951

Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

EDITORIAIS de ARARY SOUTO, e algumas crônicas, publicados no JORNAL DO PARANÁ de Ponta Grossa, durante a primeira quinzena de dezembro de 1951:

JORNAL DO PARANÁ de 19.12.1951.

 
A crônica sobre os Xavantes (com “Ch” na antiga ortografia), da coluna BOM DIA de 19 de dezembro de 1951, está abaixo dividida em duas partes porque, sendo muito extensa, perderia qualidade numa única fotografia.
 

 

JORNAL DO PARANÁ de 21.12.1951.

 
 
 

JORNAL DO PARANÁ de 22.12.1951.

 
 
 
 

JORNAL DO PARANÁ de 23.12.1951.

 
 
 

JORNAL DO PARANÁ de 25.12.1951.

 

JORNAL DO PARANÁ de 27.12.1951.

 
 
 
 

JORNAL DO PARANÁ de 28.12.1951.

 
 
 

 

A história de Morena Flor era uma "tirinha" que eu, dos 7 para 8 anos de idade, seguia diária e avidamente.

 

JORNAL DO PARANÁ de 30.12.1951.

 
 

O JORNAL DO PARANÁ anunciava a construção de um novo "arranha-céu" em Curitiba, na Barão do Cerro Azul. O mapa mostra a sua localização, tendo como referência a Catedral.

 
 

Observar que a Barão do Cerro Azul terminava (e termina) na Praça 19 de Dezembro. À esquerda, acima, a localização do "futuro Centro Cívico", uma área que era alcançada por estrada de terra, hoje a Av. Cândido de Abreu.

 
 

Neste "close up", a concepção artística de como o desenhista imaginava que viria a ser o "futuro Centro Cívico" de Curitiba.

 
 
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TODOS OS EDITORIAIS de Arary Souto, Diretor de Redação do Jornal do Paraná, de Ponta Grossa, publicados na primeira quinzena de dezembro de 1951

Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

EDITORIAIS de ARARY SOUTO, e algumas crônicas, publicados no JORNAL DO PARANÁ de Ponta Grossa, durante a primeira quinzena de dezembro de 1951:

GUARDA-NOTURNA,

A FALTA DE TRIGO NO BRASIL,

OS DIREITOS DO HOMEM,

NAQUELE TEMPO ERA ASSIM,

MESA REDONDA PARA SER RESOLVIDA A SITUAÇÃO DO MATE

CONFIRMA A FEDERAÇÃO DAS COOPERATIVAS DO MATE OS SEUS PROPÓSITOS DE IMPOR ABSURDOS PREÇOS, ATRAVÉS DE UM RUINOSO E ILEGAL MONOPÓLIO DO MATE.

Constam também cinco crônicas “BOM DIA” e um telegrama do senador Flávio Guimarães.

JORNAL DO PARANÁ de 1º.12.1951.

 
 

Jornal do Paraná de 5.12.1951.

 
 
 

Jornal do Paraná de 6.12.1951.

 
 

(OBSERVAÇÃO: Como o editorial é muito longo e a fotografia do texto ficaria imprecisa, ele vai neste blog dividido em duas partes)

Além dos editoriais do jornal, Arary Souto passa também a assinar a crônica diária na coluna "BOM DIA".

(ATENÇÃO: FALTA A PRIMEIRA PÁGINA DO

JORNAL DO PARANÁ DE 12.12.1951)

 

Jornal do Paraná de 13.12.1951.

 

Jornal do Paraná de 14.12.1951.

 
 

Jornal do Paraná de 15.12.1951.

 

 

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