Avança

Por G1 BA


Feira de Santana — Foto: Divulgação

Em meados do século XVIII, quem visitava a Fazenda Sant'Anna dos Olhos D'Água, no interior da Bahia, não fazia ideia de que pisava nas terras que, no século seguinte, seriam transformadas na cidade de Feira de Santana. O município é fruto do desenvolvimento do território, que, antes de cidade, foi feira de comércio livre e vila.

Neste sábado (25), a TV Bahia exibiu a terceira reportagem do projeto "Avança", que trata sobre o desenvolvimento econômico do estado, e mostra segmentos que são destaque, setores com alta produtividade, exemplos de negócios e utilização de tecnologia.

De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Feira de Santana foi fundada oficialmente em 1832. Na época, a população era formada, em sua maioria, por feirantes, que tiravam o sustento das terras que compõe a cidade. Desse comércio surgiu o avanço e o crescimento da região.

Com seis rotas para transporte de produtos, hoje, Feira de Santana é destaque na produção industrial da Bahia e teve o maior crescimento do setor, no estado, nos últimos anos.

Feira em Feira de Santana do século XX — Foto: Reprodução/IBGE

Localizada a cerca de 100 km de Salvador, Feira de Santana é a maior cidade do interior da Bahia. Em tamanho, ela perde apenas para a capital, que é o maior município do estado.

Com 1.304,425 km², a cidade está no centro norte da Bahia, segundo o IBGE. No último levantamento do órgão, em 2018, 609.913 mil pessoas habitavam o município.

Assim como Salvador, Feira tem região metropolitana. Originalmente, o território englobava outros cinco municípios: Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe, São Gonçalo dos Campos e Tanquinho.

No entanto, foram anexadas mais 10 cidades, que formam a área de expansão metropolitana do município. São elas: Anguera, Antônio Cardoso, Candeal, Coração de Maria, Ipecaetá, Irará, Riachão do Jacuípe, Santa Bárbara, Santanópolis e Serra Preta.

Além disso, as terras da cidade são dividas em oito distritos: Feira de Santana, Bonfim da Feira, Humildes, Ipuaçu, Jaguara, Jaíba, Maria Quitéria e Tiquaruçu.

Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) — Foto: Divulgação

Apelidada pelo escritor Ruy Barbosa como "Princesinha do Sertão", Feira de Santana sofre com a seca, que afeta, principalmente, os moradores da zona rural. Sem praia, a população conta apenas com algumas lagoas, que reservam baixa quantidade de água, com a falta de chuvas na região.

No entanto, o município apresenta diversos atrativos, entre eles, nos setores da economia e educação. Atualmente, a cidade tem duas instituições de ensino superior: Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), embora não faça parte do recôncavo baiano.

Tradição há mais de 80 anos, a micareta de Feira de Santana, segunda maior festa de rua do estado e primeiro carnaval fora de época do país, movimenta a cidade e impulsiona o mercado. Na última edição, realizada no final de abril deste ano, a festa teve quatro dias e levou para o município mais de 50 atrações, entre elas Léo Santana, Claudia Leitte e Psirico.

Economia

Na última década, Feira de Santana teve um desenvolvimento econômico de 9% ao ano, segundo informações divulgadas ao G1 pela prefeitura. A cidade tem o melhor crescimento industrial do estado, abrigando mais de 11% dos estabelecimentos deste setor.

A cidade tem 14.538 mil empresas ativas, que geram quase 133 mil empregos. O comércio representa 50% do perfil empresarial, seguido do setor de serviços, com 33%, e indústria, que, mesmo sendo tão forte na economia do município, corresponde a apenas 9,8% nesse aspecto.

Micareta de Feira 2019 — Foto: Sara Silva/Prefeitura de Feira de Santana

De acordo com o IBGE, entre 2005 e 2017, a receita de Feira de Santana passou de R$ 268 mil para pouco mais de R$ 1,1 milhão, o que corresponde a quase quatro vezes o valor inicial.

É grande também o desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita (ou por pessoa) - que corresponde ao que cada morador receberia caso o valor total fosse repartido igualmente -, que passou de R$ 12,8 mil para R$ 21 mil, entre 2010 e 2016.

Da década de 1990 para 2010, o IBGE analisou ainda que o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) cresceu 0,252, passando de 0,460 para 0,712.

Atualmente, Feira de Santana tem PIB de R$ 13 bilhões, ocupando a 70º posição em comparação com outras cidades do país.

Feira de Santana no século XX — Foto: Reprodução/IBGE

Feira de Santana nos meados do século XX — Foto: Reprodução/IBGE

Fórum Desembargador Filinto Bastos em 1967 — Foto: Reprodução/IBGE

Estádio Municipal Alberto Oliveira em 1966 — Foto: Reprodução/IBGE

Avenida Getúlio Vargas no século XX — Foto: Reprodução/IBGE

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