Barras de proteção foram instaladas nas escadas(Foto: Reprodução/TV Integração)
A Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia (Eseba-UFU) recebeu mais alunos com deficiência esse ano. Agora, de 922 alunos matriculados, 19 têm necessidades especiais. Para atendê-los, a escola passou por algumas reformas estruturais no prédio, além de reforço na equipe pedagógica.
Dentre as adequações estruturais do prédio foram instaladas rampas de acesso e barras de proteção nas escadas. Os banheiros também tiveram de ser adaptados para receber os novos alunos.
A equipe também foi reforçada para atender a nova demanda. “Hoje contamos com cuidador para ajudar essas crianças na locomoção, na higiene. Temos ainda estagiários que ajudam dentro de sala para aproximar as crianças do grupo. Nós não entendemos que tem que ser uma educação paralela. Elas estão todas na sala comum, participando como as outras”, explicou a professora Lavine Rocha Cardoso.
O direito dos estudantes com necessidades especiais ingressarem na Eseba foi conquistado em 2012. O cabelereiro Eirinaldo dos Reis Ribeiro entrou na Justiça para conseguir uma vaga na escola para o filho, que tem síndrome de down. Com isso, o juiz federal Bruno Vasconcelos determinou que a Eseba deveria reservar, nos processos seletivos, de 10% a 20% das vagas para pessoas com deficiência.
Apesar dos avanços, Lavine Rocha afirmou que ainda há muito o que se fazer para garantir a inclusão da pessoa com deficiência na escola. “O corpo de professores é muito pequeno. Hoje, eu trabalho para a escola como um todo. Precisamos de mais profissionais junto com essa equipe. Temos que mudar a arquitetura, como em relação ao elevador. Já enviamos o projeto à Prefeitura de campus, na universidade”, destacou.
Otávio e Pedro ingressaram na escola e realizaramsonho da mãe (Foto: Reprodução/TV Integração)
Dois dos alunos que ingressaram na Eseba são os gêmeos Otávio e Pedro, de três anos. Eles são filhos da dona de casa Marilu de Sousa Silva e têm autismo. Segundo ela, o inserção foi um sonho realizado. “Hoje, vivendo a possibilidade deles estarem ingressando em uma escola regular tem sido uma vitória a cada dia”, disse.
Com apenas uma semana de aula na Eseba, a mãe afirmou ter notado várias mudanças no comportamento dos filhos. “Principalmente a autonomia para beber água sozinho, ir ao banheiro. Eu acabei de ficar sabendo que o Otávio, que é super agitado, já está participando das rodas que as professoras preparam. Cada vitória que tem acontecido para mim é uma grande alegria”, concluiu.