16/11/2016 12h06 - Atualizado em 16/11/2016 12h40

Alunos do 9º ano da Eseba voltam a ter aula mesmo com UFU em greve

Docentes em Uberlândia decidiram retomar para não prejudicar formatura.
Diretor disse que outras turmas seguem sem aula; reposição será discutida.

Do G1 Triângulo Mineiro

Eseba retoma parcialmente as atividades (Foto: Reprodução/TV Integração)Eseba aderiu à greve, mas aulas do 9 ano serão
retomadas (Foto: Reprodução/TV Integração)

Alunos do 9º ano da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia (Eseba) terão as aulas retomadas nesta quinta-feira (17), mesmo com professores em greve. A decisão foi tomada pelos docentes após reunião na última semana onde foi discutida a formatura dos alunos. No início do mês, o Ministério Público Federal (MPF) pediu uma lista com o nome daqueles que estavam em greve caso o movimento atrapalhe a formação dos estudantes.

Segundo informou o diretor da Eseba, André Luiz Sabino, uma reunião será realizada nesta quarta-feira (16) entre os docentes para decidir como será feita a reposição das aulas. Disse também que não há previsão de volta das atividades com os alunos de outros anos.

Greve
Docentes e técnicos-administrativos da Eseba entraram em greve juntamente com UFU no dia 24 de outubro. O principal motivo do movimento é a tramitação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 (antiga PEC 241), que prevê mudanças na educação do país.

Na semana seguinte, pais de alunos da escola manifestaram contra o movimento alegando que os alunos estão sendo prejudicados e pedindo que as aulas voltem ao normal. Já os professores enviaram carta de repúdio à posição de alguns pais.

MPF pede nome dos grevistas
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à UFU, no dia 8 de novembro, uma lista com o nomes de todos os professores e técnico administrativos da instituição que aderiram à greve iniciada no dia 24 de outubro.

De acordo com o procurador da República Cléber Eustáquio Neves, caso o movimento atrapalhe na formação dos graduandos e formandos do 9º ano da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia (Eseba).

"A lista é necessária pois caso algum formando for prejudicado o servidor responsável poderá responder por improbidade administrativa e até perder o cargo público. Além disso, os alunos que estão ocupando a universidade e causar algum dano ao patrimônio da UFU também podem perder a vaga no curso que estuda", explicou o procurador.
 

 

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