Por g1


Presidente Emmanuel Macron durante comemoração do dia do Armistício em 11 de novembro de 2021 — Foto: Ludovic Marin/Reuters

Uma mudança passou quase despercebida na sede do governo francês durante mais de um ano. As bandeiras tricolores, que são um símbolo nacional da França, ficaram mais escuras.

Uma decisão do Palácio do Eliseu, feita em julho do ano passado, decidiu usar um modelo com um tom azul marinho, em oposição ao mais claro – mais parecido com a bandeira da União Europeia (UE).

O azul marinho da bandeira é uma referência ao símbolo criado durante a Revolução Francesa – e que em 1976 ficou mais claro por decisão do então presidente Valéry Giscard, para combinar com a UE.

Comparação dos dois tons de azul na bandeira francesa — Foto: CC BY-SA 3.0

A decisão de trocar as bandeiras na sede do Executivo francês partiu do diretor de operações, Arnaud Jolens, segundo reportagem da agência France Presse.

Jolens teria dito a jornalistas que levou duas opções de bandeiras ao escritório do mandatário francês, às vésperas do 14 de Julho de 2020, para a aprovação de Macron.

O custo de toda essa mudança teria custado cerca de 5 mil euros (R$ 32 mil) aos cofres públicos. A decisão da volta ao tom mais escuro pode ser justificada por "motivos estéticos", segundo a imprensa.

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Uma reportagem da rádio Europe 1 afirmou que a decisão levou em conta que as bandeiras – da França e da UE – frequentemente são penduradas lado a lado, e o tom mais escuro se destaca.

O Palácio do Eliseu não anunciou publicamente a mudança das bandeiras e não há, segundo as reportagens, instruções para que outras instituições façam o mesmo.

Bandeiras da União Europeia em Bruxelas, na Bélgica — Foto: François Lenoir/Reuters

Segundo a France Presse, não há consenso no Executivo sobre a mudança: enquanto uns defendem a versão pré-1976 com nostalgia, outros criticam a mudança e aparente afastamento com a UE.

No entanto, comentaristas políticos afirmam que a mudança não deve ser interpretada como um sinal de distanciamento do Bloco Europeu, uma vez que a França ocupará a presidência rotativa do grupo em janeiro.

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