Blog do Mauro Ferreira

Por Mauro Ferreira

Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em 'O Globo' e 'Bizz'. Faz um guia para todas as tribos


João Gilberto (1931 – 2019) no traço de Speto em grafite exposto na capa do álbum 'João Gilberto – Ao vivo no Sesc_1998' — Foto: Speto

♪ A arte maior de João Gilberto (10 de junho de 1931 – 6 de julho de 2019) poderá ser apreciada em inédito álbum ao vivo do cantor e violonista baiano.

Com capa que expõe o artista no traço do grafite de Speto, reproduzindo obra apresentada em 2020 em pintura estampada na parede de edifício da Avenida Senador Queirós na cidade de São Paulo (SP), o álbum João Gilberto – Ao vivo no Sesc_1998 traz o áudio das 36 músicas alinhadas no roteiro de show feito pelo cantor no Sesc Vila Mariana (SP) em minitemporada que foi de 3 a 5 de abril de 1998. A gravação do disco reproduz o áudio da apresentação de 5 de abril.

Primeiro título da série Relicário, criada pelo Selo Sesc para lançar discos com registros de shows históricos apresentados nas unidades do Sesc São Paulo, o álbum de João Gilberto será lançado em 5 de abril somente na plataforma Sesc Digital. A partir de 26 de abril, o disco estará disponível em formato de CD duplo e em edição digital nos tradicionais aplicativos de música.

Sob supervisão artística de Bebel Gilberto, filha de João, a gravação do show foi remasterizada a partir do registro original em fita DAT.

Das 36 músicas do show, poucas permaneceram inéditas na discografia de João ao longo dos últimos 25 anos. Umas delas é o samba Rei sem coroa (Herivelto Martins e Waldemar Ressureição), lançado em disco em 1945 na voz do cantor Francisco Alves (1898 – 1952). Por isso mesmo, essa faixa também será lançada em 5 de abril em single simultaneamente com a edição do álbum.

Capa do álbum 'João Gilberto – Ao vivo no Sesc_1998' — Foto: Speto

♪ Eis, na ordem do disco, as 36 músicas cantadas pelo papa da Bossa Nova no inédito álbum João Gilberto – Ao vivo no Sesc_1998 em repertório dominado por músicas dos compositores Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) e Dorival Caymmi (1914 – 2008):

CD 1

1. Violão amigo (Bide e Armando Marçal, 1942)

2. Isto aqui o que é? (Ary Barroso, 1942)

3. Vivo sonhando (Antonio Carlos Jobim, 1963)

4. Nova ilusão (Luiz Bittencourt e José Menezes, 1948)

5. Isaura (Herivelto Martins e Roberto Roberti, 1945)

6. Curare (Bororó, 1940)

7. Doralice (Dorival Caymmi e Antonio Almeida, 1945)

8. Rosa morena (Dorival Caymmi, 1942)

9. Aos pés da cruz (Zé da Zilda e Marino Pinto, 1942)

10. Louco (Ela é seu mundo) (Wilson Baptista e Henrique Almeida, 1947)

11. Pra que discutir com madame? (Janet de Almeida e Haroldo Barbosa, 1945)

12. Corcovado (Antonio Carlos Jobim, 1960)

13. Retrato em branco e preto (Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque, 1968)

14. Rei sem coroa (Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, 1945)

15. Preconceito (Wilson Baptista e Marino Pinto, 1941)

16. Saudade da Bahia (Dorival Caymmi, 1957)

17. O pato (Jayme Silva e Neuza Teixeira, 1960)

18. Meditação (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1960)

CD 2

1. Carinhoso (Pixinguinha e Braguinha, 1937)

2. Guacyra (Heckel Tavares e Joracy Camargo, 1933)

3. Solidão (Antonio Carlos Jobim e Alcides Fernandes, 1954)

4. O amor em paz (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1960)

5. A primeira vez (Bide e Armando Marçal, 1940)

6. Ave Maria no morro (Herivelto Martins, 1942)

7. Bahia com H (Denis Brean, 1947)

8. Samba de uma nota só (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1960)

9. Caminhos cruzados (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1958)

10. Lá vem a baiana (Dorival Caymmi, 1947)

11. Ave Maria (Jayme Redondo e Vicente Paiva,1950)

12. Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959)

13. Um abraço no Bonfá (João Gilberto, 1960)

14. Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958)

15. A valsa de quem não tem amor (Custódio Mesquita e Evaldo Ruy, 1945)

16. Eu sei que vou te amar (Antonio Carlos Jobim e Vinicius De Moraes, 1959)

17. Wave (Antonio Carlos Jobim, 1967)

18. Este seu olhar (Antonio Carlos Jobim, 1959)

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