que o artista corta a garganta do presidente Lula
(Foto: Reprodução)
A diretoria da Fundação Bienal de São Paulo, responsável pela realização da 29ª Bienal de Artes de SP, divulgou no final da tarde desta sexta-feira (17) uma nota em que defende a permanência da série "Inimigos", do pernambucano Gil Vicente, na exposição. Mais cedo, a seção de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) pediu que os quadros não fossem exibidos na Bienal, por considerá-los como "apologia ao crime".
"Um valor fundamental da instituição é a independência curatorial e a liberdade de expressão. As obras expostas não refletem a opinião dos curadores nem da Fundação Bienal", diz a nota da Bienal.
As obras em questão, segundo a OAB-SP, retratam o artista Gil Vicente "atirando contra a cabeça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso" e "de posse de uma faca, degolando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
Políticos e personalidades públicas como o papa Bento XVI, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, o premiê israelense Ariel Sharon e a rainha Elizabeth II também aparecem sob a mira do artista em outros quadros da série "Inimigos".
presidente Fernando Henrique Cardoso é ameaçado
com arma . (Foto: Reprodução)
Para a OAB-SP, Gil Vicente faz "apologia ao crime", e "uma obra de arte embora livremente e sem limites expresse a criatividade do seu autor, deve ter determinados limites para sua exposição pública".
O comunicado, assinado pelo presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, afirma que a entidade pedirá à Bienal que a série "Inimigos" não seja incluída na exposição, que abre suas portas para o público no próximo dia 25 de setembro.
O G1 procurou o artista por telefone e por e-mail, mas ele não foi encontrado até a publicação desta reportagem.