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Por g1 Itapetininga e Região


O artista Gadão, de Itapetininga (SP), faz trabalhos pra estabelecimentos comerciais e para ambientes de residências — Foto: Gadão/Arquivo pessoal

Inicialmente visto apenas como algo marginalizado ou de manifestação artística, o grafite, hoje, pode ser considerado como um dos conceitos mais divertidos e criativos de decoração, tanto para ambientes residenciais quanto para estabelecimentos comerciais.

Especialistas apontam que a tendência de aplicar o grafite em decorações explora as suas mais diversas formas contemporâneas e coloridas. O que une a pegada 'street' com o design de interior.

Morador de Itapetininga (SP), o artista grafiteiro Gabriel Buzzo, de 39 anos, mais conhecido como Gadão, conta que seus projetos artísticos são principalmente destinados a comércios, mas também já trabalhou decorando casas e condomínios. Gadão é famoso por transformar vacas em personagens históricos e/ou personalidades.

O grafite é uma forma de arte versátil para comércios e residências — Foto: Gadão/Arquivo pessoal

"Acho que 70% dos trabalhos que eu faço são comerciais. O desenho varia muito referente ao que trabalha o comércio. [...] Na nossa região (Itapetininga) já pintei em pelo menos 50 cidades, além de outros estados também", conta o artista.

Apesar de poderem transmitir a essência original com criticas sociais, os grafites também tendem a ser coloridos e bem destacados.

Os desenhos de Gadão, por exemplo, se baseiam em personagens da cultura pop com filmes, séries, jogos, ou podem ser apenas caricaturas ou representações do serviço que é ofertado no local que o contratou, podendo ser uma academia ou restaurante.

Gadão também marcou presença em alguns prédios da Prefeitura de Itapetininga, com grafites coloridos e em preto e branco, feitos na Escola Livre de Música Municipal e na Biblioteca Municipal Júlio Prestes de Albuquerque.

Prédios da Prefeitura de Itapetininga (SP) já foram decorados com grafite — Foto: Gadão/Arquivo pessoal

🎨Visibilidade

Antigamente, os grafiteiros buscavam "marcar" as cidades, principalmente os seus os espaços públicos, com críticas sociais entre outras demandas de pessoas da periferia. Com o passar do tempo, a arte ganhou visibilidade e começou a aparecer com frequência em diversos formatos e propósitos.

Segundo Gadão, que trabalha com este tipo de linguagem artística há quase 25 anos em Itapetininga e região, quando começou sua carreira, as pessoas não levavam a sério sua dedicação e não viam o grafite com "bons olhos".

"Era algo bem mais difícil, era visto como uma coisa marginalizada pela sociedade. A partir do momento que o grafite começou a aparecer nos comércios, nos designs de casas, foi ganhando maior visibilidade, assim como artistas, que hoje tem grande renome como por exemplo o Kobra, que faz uma arte maior que a outra. Isso (visibilidade), só tem a fortalecer o grafite e o pessoal que está envolvido com este tipo de arte", finaliza Gadão.

As artes também combinam com área de lazer como piscinas — Foto: Gadão/Arquivo pessoal

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