O grafite foi feito na última quarta-feira (15) por alunas do Ensino Médio em uma atividade de artes e filosofia que tinha o tema "representatividade".

Após o desenho ser apagado, as estudantes protestaram com cartazes contra a censura nos corredores da escola.

O professor de filosofia responsável pela atividade, Wellington Fernando da Conceição, disse que também foi apagado um grafite com a frase "Marielle presente" - em referência da vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018, e que foi cobrar satisfações da diretora.

"O que ela disse é que aqueles desenhos [do beijo] não traziam a representatividade de toda a escola, que nem todos os alunos se sentiam representados daquela forma, e que a questão da Marielle era uma questão de cunho político e ideológico".

O professor contou ainda que eles acionaram um advogado e um representante da OAB de São Bernardo do Campo para realizar uma reunião com a escola.

A Secretaria Estadual de Educação disse que repudia todo tipo de preconceito e discriminação, que não compactua com a direção da escola e que abriu um processo pra apurar o caso e tomar providências. A pasta informou ainda que o grafite apagado foi refeito.