Por g1 SP e TV Globo — São Paulo


Trem da CPTM visto na Zona Leste de São Paulo — Foto: EDI SOUSA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Os trens da CPTM e as linhas de metrô iniciaram as operações funcionando normalmente, nesta quarta-feira (29). Às 4h40, todas as linhas operadas pelas iniciativas pública e privada estavam circulando normalmente, de acordo com as empresas.

Na terça-feira (28), as linhas públicas do Metrô de São Paulo e da CPTM tiveram o funcionamento alterado por causa da greve do transporte público por trilhos.

No Metrô, apenas a linha 15-Prata ficou totalmente fora de operação. Já as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha funcionaram parcialmente, assim como as linhas 7- Rubi, 10- Turquesa e 11-Coral, da CPTM.

As estações das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, concedidas à iniciativa privada, operaram integralmente. Além disso, as linhas 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, também circularam na terça.

Greve

A paralisação no transporte público de trilhos desta terça-feira foi a quarta neste ano. Em 23 de março e em 3 de outubro, todas as estações das linhas gerenciadas pelo Metrô ficaram fechadas.

Em 12 de outubro, uma greve surpresa também atingiu todas as estações das linhas 1, 2, 3 e 15, mas por um tempo reduzido: duas horas.

Além de metroviários e ferroviários, funcionários da Sabesp e professores da rede estadual também cruzaram os braços na terça. A paralisação unificada ocorre em protesto contra as propostas de privatização da gestão do governo estadual.

Apesar da greve e das manifestações em frente à Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp), o presidente da Casa, André do Prado (PL), colocou o projeto de privatização da Sabesp na pauta de votação.

Deputados do PT e do PSOL apresentaram emendas e, com isso, o projeto não pode ser votado imediatamente.

Em um acordo entre aliados do governo e oposição, ficou acertado que a discussão em plenário será retomada na semana que vem.

Tarcísio afirmou, em pronunciamento na manhã de terça-feira, que as propostas de privatização não vão parar por conta de protestos.

O que pedem os grevistas

De acordo com os sindicalistas, foram propostas ao governo três alternativas à greve, todas negadas:

  • suspender a tramitação do projeto de privatização da Sabesp;
  • plebiscito para população votar sobre o tema;
  • catraca livre.

A Justiça também se manifestou contrariamente à liberação de catracas devido ao alto risco de tumultos e acidentes graves nas estações.

O que diz o governo

Tarcísio defende privatizações e diz que estudos não vão parar

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O governo alega que liberar as catracas traria insegurança por excesso de passageiros; suspender a tramitação do processo de privatização da Sabesp está fora de cogitação; o plebiscito foi feito na urna, na eleição de Tarcísio.

A gestão estadual diz ainda que vai punir individualmente os funcionários que não comparecerem ao trabalho, depois de processo administrativo.

Tarcísio considerou a adesão baixa, mas, segundo o sindicato dos metroviários, 90% dos trabalhadores apoiam a paralisação. Ainda segundo o governador, um comunicado foi enviado individualmente aos funcionários determinando quem deveria trabalhar para que a decisão judicial de manter 80% da operação fosse cumprida.

"As desestatizações, os estudos para concessões, não vão parar, não adianta fazer greve com esse mote. Nós vamos continuar tocando porque nós dissemos que faríamos isso. E a operação da Sabesp vai acontecer ano que vem, podem ter certeza disso, e vai ser um grande sucesso", afirmou.

Ele também disse que a operação da Sabesp não sofreu nenhuma alteração. Entretanto, funcionários da empresa apoiam a greve e são contrários à proposta de privatização.

"Em alguma estação da Sabesp houve dificuldade de entrar por causa da instalação de piquetes, mas na maioria das estações aqueles servidores que estavam escalados seguem tento acesso às estações."

Mais cedo, pelas redes sociais, ele já havia classificado a paralisação como "ilegal" e "abusiva".

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