Rosana Urbes é a grande homenageada no Telão do Domingão

Artista foi a primeira mulher a vencer uma mostra competitiva do Anima Mundi

16/11/2014 às 19h04
Atualizado em 23/11/2014 às 17h23
Conheça mais sobre a artista Rosana Urbes   (Foto: Rosana Urbes)Conheça mais sobre a artista Rosana Urbes (Foto: Rosana Urbes)

O Telão do Domingão homenageia a artista Rosana Urbes. Atualmente, ela se destaca no cenário da animação internacional e ainda dirigiu o curta-metragem brasileiro mais premiado dos últimos anos. O primeiro filme autoral da diretora a tornou a primeira mulher a vencer uma mostra competitiva do Anima Mundi. Rosana sempre gostou de desenhar e vivia enfeitando os cadernos da escola. A animação veio mais tarde, quando já trabalhava com ilustração e começou a fazer oficinas e frequentar palestras e mostras de quadrinhos e animação. Ela se capacitou profissionalmente com diversos cursos profissionalizantes de técnicas de pintura e desenho na antiga escola de desenho Cândido Portinari, assim como várias oficinas de roteiro, desenvolvimento de personagem, quadrinhos e animação, nas oficinas Oswald de Andrade, Centro Cultural Vergueiro e Sesc.

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Aos 46 anos, a paulista Rosana Urbes foi premiada pela produção do curta-metragem "Guida". O filme já é o mais premiado em 22 anos de história do festival e, este ano, já venceu mais de 15 prêmios nacionais e internacionais. O primeiro filme da artista foi selecionado, também, para a Mostra Nacional do Dia Internacional da Animação (DIA) - maior evento de animação simultâneo do mundo, que aconteceu no dia 28 de outubro em 51 países e 240 cidades brasileiras. "Trabalho com animação desde o início dos anos 90, mas a participação feminina cresceu de dois anos pra cá. Acho que seria interessante ter mais mulheres dirigindo os filmes, sob uma ótica feminina, não só com mulheres participando das produções. Há muitas questões do universo feminino que merecem ser discutidas através da percepção das próprias mulheres", declarou a animadora.

Rosana trabalhou com animação durante oito anos fora do Brasil, seis deles dedicados às superproduções da Disney como "Mulan", "Lilo & Stitch", "Tarzan", "Encantada" e "Asterix". Nesse período também ilustrou estórias para estúdios como Studio Goldwin Sturges (EUA) e para Macmillan UK de Londres. De volta ao Brasil, criou a RR Animação de Filmes e passou a desenvolver diversos projetos nacionais e internacionais de animação.

Em março de 2014 estreou “Guida”, filme de animação tradicional. Até novembro, o filme já foi selecionado para mais de 40 festivais e conquistou 16 prêmios. No Rio de Janeiro, levou o Prêmio Canal Brasil e também o de Melhor Curta Brasileiro pelo voto do público. Já em São Paulo, cenário da história, “Guida” levou os prêmios de Melhor Curta Brasileiro, Prêmio BNDES e Melhor Curta na votação popular. Os cinco troféus renderam o posto de filme mais premiado dos 22 anos do Anima Mundi.

Todos esses anos de trabalho em animações de qualidade deram bagagem e know-how a artista, que compartilha suas experiências em cursos e workshops. "Durante alguns anos, trabalhei fora do Brasil fazendo filmes de longa-metragem de animação e ilustrando histórias para livros infantis. "Há dois anos, tenho uma produtora em São Paulo (RR Animation Films) para projetos de curta-metragem de animação, além dos meus trabalhos com livros. Sou, também, instrutora em oficinas de ilustração, animação 2D e modelo vivo, tanto em meu estúdio como em outros espaços pelo Brasil", contou.

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