Origem e trajetória da família do poeta

A História da Família do poeta começa na Bahia, em meados do século XVIII, quando seu bisavô materno João Antunes da Silva Castro chega de São Paulo com as bandeiras. Já era poderoso e respeitado quando nasceu seu filho José Antônio da Silva Castro o avô do Poeta. José Antônio participou das lutas pela independência do Brasil na Bahia.

Maria Helena - Diretora do Museu

O pai de Castro Alves foi Dr. Antônio José Alves, filho de um negociante português, nasceu em 16 de Março de 1818 tornou-se médicos cirurgião e professor da faculdade de medicina da Bahia, recebeu o título de cavaleiro da Ordem da Rosa pela atuação no combate ao surto de cólera que atingiu a Bahia no século XIX, foi com decorado ainda com Hábito de Cristo pelo Imperador Dom Pedro II. Colecionador de obras de arte fundou em 1865 junto com Jonatas Abbot, uma sociedade de Belas Artes. Faleceu em 24 de janeiro de 1866.

A mãe do poeta, Dona Clélia Brasília estudava em um respeitável internato de Salvador quando conheceu Antônio José Alves. Ela era então uma bonita e tímida moça de 15 anos que espreitava a rua pelas janelas do colégio. Antônio José a via nesses fugazes momentos e não demorou a interessar-se por ela. Ocasiões não lhe faltaram para ver a moça, pois seu irmão noivava com a irmã da diretora do colégio. Para unir definitivamente o casal, o destino deu uma ajuda que faltava: esgotado com a Vida de estudante de medicina e Boticário. José Antônio adoeceu dos pulmões e um amigo lhe recomendou uma estada no interior, indo ele recuperasse justamente em Curralinho como hóspede da família Castro. Aproveitou a oportunidade para pedir Clélia Brasília em casamento.

Na Fazenda das Cabaceiras, nasceram os quatro primeiros filhos do casal Antônio José e Clélia Brasília: José Antônio (1846), Antonio Frederico (1847), João (1850) e Guilherme (1852).

José Antônio de Castro Alves, irmão mais velho do poeta nasceu na Fazenda Cabaceiras em 3 de fevereiro de 1846. Assim como Castro Alves também gostava de poesia. Cometeu o suicídio aos 18 anos em 9 de fevereiro de 1864.

Antônio Frederico de Castro Alves segundo filho do casal, nasceu no dia 14 de Março de 1847, dia consagrada Santa Matilde, às 10 horas da manhã de um domingo.

João de Castro Alves nasceu em 12 de dezembro de 1850 vindo a falecer poucas depois.

Guilherme de Castro Alves nasceu em 13 de Fevereiro de 1852. Assim como os irmãos também foi poeta. Casou-se por motivos graves em 1870 com Silvina Amélia Moyer. Faleceu em 28 de janeiro de 1877 aos 24 anos.

A família de Castro Alves mudou-se várias vezes passando por cidades como Muritiba, São Félix até se estabelecer em Salvador em 1854.

Elisa de Castro Alves Guimarães primeira filha de Dr Antônio e dona Clélia nasceu em 26 de fevereiro de 1853 na cidade baiana de São Felix. Casou-se com o filho de sua madrasta (Dona Maria Ramos Guimarães) Francisco Lopes Guimarães Júnior (o Chico).

Adelaide de Castro Alves Guimarães (Sinhá) é a irmã querida do poeta Castro Alves. Nasceu em Salvador no dia 22 de março de 1854, casou-se com Augusto Álvares Guimarães amigo do poeta.

Amélia de Castro Alves Ribeiro da Cunha, irmã Caçula de Castro Alves nasceu em Salvador, em 7 de Maio de 1855. Casou-se com Manoel J. Ribeiro da Cunha.

Destaca-se no acervo jarra em porcelana ornada com flores em alto relevo; um conjunto de brincos com broche, em coral, que pertenceu a Adelaide e que pode ser visto em uso na sua fotografia; leques que pertenceram à mãe e as irmãs do poeta, entre estes um em galalite (plástico biodegradável); Um abafador de bule, que pertenceu a Dona Clélia; Missal e fita, referencias da religiosidade da mãe do poeta.

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Obras selecionadas

A Família
A Família

A Família

O Periquitão, como ficou conhecido José Antônio da Silva Castro, relacionou-se com Ana Viegas, com quem teve Clélia Brasília, a mãe de Castro Alves.

Antônio José Alves Filho de um negociante português, nasceu a 16 de março de 1818. Tornou-se médico cirurgião e professor da Faculdade de Medicina da Bahia. Recebeu o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa pela sua atuação no combate ao surto colérico que atingiu a Bahia no século XIX. Foi condecorado, ainda, com o Hábito de Cristo, pelo Imperador D. Pedro II. Colecionador de obras de arte, fundou em 1865, junto com Jonathas Abbot, uma Sociedade de Belas Artes. Faleceu em 24 de janeiro de 1866.

Clélia Brasília, a mãe de Castro Alves estudava em um respeitável internato de Salvador quando conheceu Antônio José Alves. Ela era então uma bonita e tímida moça de 15 anos que espreitava a rua pelas janelas do colégio. Antônio José a via nesses fugazes momentos e não demorou a se interessar por ela. Ocasiões não lhe faltaram para ver a moça, pois seu irmão noivava com a irmã da diretora do colégio. Para unir definitivamente o casal, o destino deu a ajuda que faltava: esgotado com a vida de estudante de medicina e boticário, Antônio José adoeceu dos pulmões e um amigo lhe recomendou uma estada no interior, indo ele recuperar-se justamente em Curralinho, como hospede da família Castro. Aproveitou a oportunidade para pedir Clélia Brasília em casamento.

Clélia Brasília da Sila Castro Filha do major José Antônio da Silva Castro e de Ana Rita Viegas, nasceu em Salvador no dia 14 de marco de 826. Era retraída tímida, morreu de tuberculose em 10 de abril de 1859.

D. Maria Lourença Ramos Guimaraes Alves, 2ª esposa do Dr. Antônio José Alves a partir de janeiro de 1862. Foi responsável pela criação das irmãs do Poeta.

José Antônio de Castro Alves irmão mais velho do Poeta. Nasceu fazenda Cabaceiras, em 3 de fevereiro de 1846. Assim como castro Alves, também gostava de poesia. Cometeu suicídio aos 18 anos, em 09 de fevereiro de 1864.

Antônio Frederico de Castro Alves, segundo filho do casal Clélia e Antônio José, nasceu na Fazenda Cabaceiras no dia 14 de março de 1847, dia consagrado a Santa Matilde, às 10:00 da manhã de um Domingo.

Guilherme de castro Alves nasceu na Fazenda Cabaceiras em 13 de fevereiro de 1852. Assim como os irmãos também foi poeta. Publicou um livro de traduções de Byron adotando p pseudônimo de Alberto Krass e em um de seus poemas próprios Raios sem Luz (1875) sob o pseudônimo de D´Alva Xavier. Abandonou a faculdade de Medicina para dedicar-se a lecionar inglês em instituições particulares de ensino. Casou-se “por motivos graves” em 1870 com Silvina Amélia Moyer. Faleceu a 28 de janeiro de 1877, aos 24 anos.

Elisa de Castro Alves Guimaraes

Primeira filha do Dr. Alves e de D. Clelia, nasceu em 26 de fevereiro de 1853, na cidade baiana de São Felix. Casou-se com o filho de sua madrasta (D. Maria Ramos Guimaraes) Francisco Lopes Guimarães Junior (Chico). Morreu em julho 16 de julho de 1931.

Adelaide de Castro Alves Guimaraes (Sinhá) era a irmã mais querida do Poeta Castro Alves. Nasceu em Salvador, no dia 22 de março de 1854. Casou-se com Augusto Álvares Guimarães (amigo do Poeta). Faleceu em 21 de setembro de 1940.

Amélia de Castro Alves Ribeiro da cunha irmã caçula de Castro Alves. Nasceu em Salvador no dia 07 de maio de 1855. Casou-se com Manoel da Cunha. Faleceu em de dezembro de 1924.

Poema Espumas Flutuantes
Poema Espumas Flutuantes

Poema Espumas Flutuantes

...E o que são na verdade estes meus cantos?...

Como as espumas, que nascem do mar e do céu, da vaga e do vento, eles são filhos da musa — este sopro do alto; do coração — este pélago da alma.

E como as espumas são, às vezes, a flora sombria da tempestade, eles por vezes rebentaram ao estalar fatídico do látego da desgraça.

E como também o aljofre dourado das espumas reflete as opalas rutilantes do arco-íris, eles por acaso refletiram o prisma fantástico do entusiasmo — estes signos brilhantes da aliança de Deus com a juventude!

Mas, como as espumas flutuantes levam, boiando nas solidões marinhas, a lágrima saudosa do marujo... possam eles, ó meus amigos! — efêmeros filhos de minh’alma — levar uma lembrança de mim às vossas plagas!...

São Salvador, fevereiro de 1870

Antônio de Castro Alves

Origem e trajetória
Origem e trajetória

Origem e trajetória

A história da família do poeta Castro Alves, na Bahia, começa em meados do século XVIII quando seu bisavô materno, João Antunes da Silva Castro, chega de São Paulo com as Bandeiras e estabelece residência em Curralinho (atual município de Castro Alves). Já era poderoso e respeitado quando nasceu seu filho, José Antônio da Silva Castro, o avô do poeta.

José Antônio participou das lutas pela Independência do Brasil desde fevereiro de 1822, data dos primeiros clamores nativistas. Organizou o batalhão denominado "Periquitos", assim chamado por causa do uniforme verde que usavam.

Antônio José Alves e Clélia Brasília foram morar em 5 de dezembro de 1845, na Fazenda Cabaceiras (que era propriedade do pai de Clélia – o Periquitão).

Lá nasceram os primeiros filhos do casal José Antônio (1846), Antônio (1847), João (1850) e Guilherme (1852).

Castro Alves viveu na fazenda os seus cinco primeiros anos de vida.

A casa onde o Poeta nasceu parecia-se com todas as casas do sertão: telhado de quatro águas sustentado nos beirais pelas colunas falquejadas em perobeira, varanda colonial, porta ao centro, janelas sem vidros aos lados, os muros de cal virgem, pavimentos tijolados, um corredor de ponta a ponta dividindo-se em alas, e, no fundo, sala de jantar (ampla e comum) com paredes cobertas de utensílios de pastoreio, armas, correame e troféus. O curral, pegado à casa, era-lhe o complemento das cozinhas.

A casa da antiga Fazenda Cabaceiras foi demolida no início do século XX e reconstruída em 1971, tendo-se como base uma "velha fotografia" da residência original (acervo do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia). O imóvel reedificado transformou-se em Museu - o atual Parque Histórico Castro Alves, no município baiano de Cabaceiras do Paraguaçu.

A família Castro Alves mudou-se várias vezes, passando por cidades como Muritiba e São Félix, até estabelecer residência em Salvador, em 1854. Na capital, Dr. Alves consolidou sua carreira de médico.

Em 1852, na cidade de Muritiba, Castro Alves e José Antônio estudaram na escola pública de José Peixoto da Silva, que ficava próximo de onde moravam. Quando se mudaram para o município de São Félix, passaram a estudar com o professor Antônio Frederico Loup, que lecionava na cidade vizinha, Cachoeira.

Árvore genealógica
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