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Os museus baianos entram em uma nova era tecnológica.

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Capela de Nossa Senhora da Conceição
Capela de Nossa Senhora da Conceição

Capela de Nossa Senhora da Conceição

A capela de Nossa Senhora da Conceição, tem características típicas das igrejas matrizes do período, com a particularidade de possuir nave e capela-mor da mesma largura e altura. Sua fachada, em rococó tardio, é provavelmente dos oitocentos, com fonte, aqueduto, chafariz em arenito com carranca e conchas superpostas

A escada do MAM da Bahia, desenhada por Lina Bo Bardi
A escada do MAM da Bahia, desenhada por Lina Bo Bardi

A escada do MAM da Bahia, desenhada por Lina Bo Bardi

Escada construída durante a reforma do Solar do Unhão no período de 1960 a 1963. As madeiras, nativas do recôncavo baiano, chegavam através de saveiros que atracavam no próprio Solar do Unhão. A escada do MAM da Bahia, desenhada por Lina, virou um marco da arquitetura brasileira. A escada representa a união do tradicional com o moderno, em um elemento que é funcional e simbólico ao mesmo tempo. “A escada se mostra contemporânea em seu desenho, mas se harmoniza com os elementos de outras épocas presentes no edifício; e simultaneamente remete ao tradicional, pelo uso da madeira e pelo sistema de encaixes copiado dos carros de boi.” A escada helicoidal é e materializa tanto o conceito do MAP (Museu de Arte Popular), quanto a teoria de restauro da arquiteta, que evitava distinguir ou hierarquizar ‘parte histórica e parte moderna’.” Achillina Bo, mais conhecida como Lina Bo Bardi, nasceu em 1914 em Roma, Itália e faleceu em 1992 em São Paulo. Arquiteta modernista ítalo-brasileira, naturalizada no Brasil após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se uma das mais importantes arquitetas do país, conhecida por projetos como o complexo cultural Sesc Pompéia e o Museu de Arte-MASP em São Paulo e o Museu de Arte Moderna de Salvador. No final dos anos 1950, vai para Salvador e dá início a uma temporada na Bahia, quando dirigiu o Museu de Arte Moderna e fez o projeto de recuperação do Solar do Unhão. Dona Lina, como os baianos a chamavam, permaneceu em Salvador até 1964. Desenvolveu imensa admiração pela cultura popular, montando uma coleção de arte popular base de criação do Museu de Arte Popular e sua produção adquire sempre uma dimensão de diálogo entre o Moderno e o Popular. Esteve em Salvador ainda na década de 80, período de redemocratização do país, quando elaborou projetos de restauração no centro histórico de Salvador. Nesta ocasião, realizou os projetos da Casa do Benin e do Restaurante Coati na Ladeira da Misericórdia entre outros. Recebeu – in memoriam – o Leão de Ouro Especial pela trajetória e conjunto de sua obra durante a 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, 2021. Referência internacional e vários dos seus temas e posições tornaram-se pauta do debate sobre cultura, patrimônio histórico e produção material da arquitetura e dos objetos.

Fonte de Santa Luiza
Fonte de Santa Luiza

Fonte de Santa Luiza

Encontram-se notícias também que a famosa devoção e festa à Santa Luiza – depois transferida para a Igreja do Pilar, no Comércio, começa na fonte de água do Solar do Unhão, que seria milagrosa a quem tivesse algum tipo de problema com os olhos.

Moinho
Moinho

Moinho

Dentre os projetos no MAM-Bahia com grande repercussão: a ‘Jam no MAM’ que é uma 'jam session' e outros temporários como o ‘Pinte no MAM’, além de dispor de um Café e uma Sala de Cinema (atualmente sob concessão do Circuito de Cinema Saladearte). O MAM-Bahia é também um dos principais pontos de visitação turística da capital baiana. Sua frequência chega a cerca de 200 mil pessoas/ano.

Trilhos
Trilhos

Trilhos

O conjunto do Unhão foi construído ao longo de três séculos (XVII, XVIII e XIX). Embora situado praticamente dentro da cidade, esse conjunto era um complexo agroindustrial do mesmo gênero dos engenhos de açúcar, com casa grande, capela e senzala. Mas nunca funcionou comprovadamente como um engenho de cana de açúcar tão comum na região do Recôncavo baiano.

Os Retirantes
Os Retirantes

Os Retirantes

Severino Pereira dos Santos, nasceu em 1940 no sítio Campos/PE e ainda criança se mudou com sua família para o Alto do Moura em Caruaru, onde viveu e onde veio a falecer em 2019. Severino é filho do mestre Vitalino e continuador de sua obra. Ainda pequeno, Severino, chamado de Vitalino Filho, aprendeu a modelar o barro com seu pai que faleceu em 1963 e se manteve firme no estilo criado pelo patriarca, considerado um dos maiores artesãos do Brasil. Cuidadoso com os mínimos detalhes, Vitalino Filho molda obras que se tornaram tradição, conhecidas em todo mundo, como “A Banda de Pífano”, “Lampião e Maria Bonita” e “Os Retirantes”, além de outras criações. Além de confeccionar peças artesanais, Severino foi responsável pela Casa Museu Mestre Vitalino, local que foi a casa do seu pai e se tornou ponto de referência no Alto do Moura, em Caruaru. Em 2017, foi habilitado no Prêmio Culturas Populares Gomes de Barros, oferecido pelo Ministério da Cultura. O projeto recebeu nota máxima. ACERVO: DIMUS/IPAC – Solar Ferrão

Ex-votos
Ex-votos

Ex-votos

Abreviação latina de ex-voto suscepto ("o voto realizado"), o termo designa pinturas, estatuetas e variados objetos doados às divindades como forma de agradecimento por um pedido atendido

Cadeira Frei Egídio
Cadeira Frei Egídio

Cadeira Frei Egídio

A cadeira Frei Egídio foi desenvolvida para equipar o teatro, de forma que deveria ser leve e facilmente transportável. Para tal, tomaram como exemplo as cadeiras dobráveis do renascimento italiano que a equipe usava quando trabalhava na Casa de Vidro e, estudando como modernizar seu desenho, as várias ripas do modelo clássico foram sintetizadas em três fileiras de tábuas. O nome veio por Lina, em homenagem ao frade que a convidara para projetar a Igreja do Espírito Santo do Cerrado, em Uberlândia, na década anterior.

Templo de Oxalá
Templo de Oxalá

Templo de Oxalá

O Templo de Oxalá é um grupo muito especial de vinte esculturas e dez relevos de Rubem Valentim (1922-1991), em que a cor branca é predominante.

Templo de Oxalá
Templo de Oxalá

Templo de Oxalá

O Templo de Oxalá é um dos momentos ápices dessa invenção linguística, pois reúne a potência plástica formal com a força espiritual e energética que emanam dos trabalhos. De acordo com artista e curador Emanoel Araújo, o Templo de Oxalá foi o "momento de inspiração [...] mais profundo da grande e generosa obra do genial artista, que soube unir o sopro universal e as profundas raízes ancestrais de sua criação".

Relevo emblema nº 01 e nº 10
Relevo emblema nº 01 e nº 10

Relevo emblema nº 01 e nº 10

Relevo. Madeira e tinta acrílica. quebraBR 1977 quebraBR Acervo MAM-BA

REBECA CARAPIÁ (Salvador/BA, 1988)
REBECA CARAPIÁ (Salvador/BA, 1988)

REBECA CARAPIÁ (Salvador/BA, 1988)

RECONHECIDA PELO CONJUNTO DE SUAS ESCULTURAS TRIDIMENSIONAIS ABSTRATAS FEITAS EM METAL TORCIDO À MÃO, A PRODUÇÃO DE REBECA CARAPIA PROMOVE UMA IMERSÃO NA GEOGRAFIA DA CIDADE BAIXA, EM SALVADOR, E AO MESMO TEMPO TRATA DE EXPERIÊNCIAS VIVIDAS PELA ARTISTA NO BAIRRO EM QUE CRESCEU. O VAZIO É UMA DAS PRINCIPAIS TEMÁTICAS DESSA PRODUÇÃO CUJA LIBERDADE FORMAL SE CONTRAPÕE AO DELICADO TRATAMENTO DAS CURVAS, LINHAS E RETAS PRESENTES NAS ESCULTURAS. OBRAS QUE ESTÃO EM ACERVOS DE IMPORTANTES INSTITUIÇÕES DO PAÍS, COMO O MUSEU INHOTIM, EM MINAS GERAIS, E O MAM BAHIA. NO CONJUNTO DE ESCULTURAS E RELEVOS AQUI APRESENTADAS, A ARTISTA PROPÕE UMA IMERSÃO NAS RUAS, CAMINHOS, TEXTURAS E MARCAS D'ÁGUA QUE SE FIXAM NAS PAREDES APÓS OS RECORRENTES E TRÁGICOS ALAGAMENTOS QUE OCORREM EM ÁREAS DA CIDADE BAIXA. OBRAS QUE TAMBEM SE REFEREM A ESPAÇOS PRESENTES EM SUAS MEMORIAS, RITOS E AFETOS. @rebecacarapia

TIAGO SANT'ANA (Santo Antônio de Jesus/BA, 1990)
TIAGO SANT'ANA (Santo Antônio de Jesus/BA, 1990)

TIAGO SANT'ANA (Santo Antônio de Jesus/BA, 1990)

UMA CONSTANTE ATUALIZAÇÃO DO LEGADO AFRODIASPÓRICO NA QUAL PROPÕE NOVAS MEMÓRIAS, SENSAÇÕES E IMAGINÁRIOS SOBRE CORPOS NEGROS É O PONTO DE PARTIDA DA PESQUISA POÉTICA DE TIAGO SANT'ANA, QUE ALÉM DE ARTISTA, É CURADOR. FOI O PRIMEIRO BRASILEIRO LAUREADO PELO SOROS ARTS FELLOWSHIP (2020) E PARTICIPOU DE DIVERSAS EXPOSIÇÕES COMO "HISTÓRIAS AFRO-ATLÂNTICAS", NO MASP, "AXÉ BAHIA: THE POWER OF ART IN AN AFRO-BRAZILIAN METROPOLIS", NO THE FOWLER MUSEUM, "UM DEFEITO DE COR" E "DOS BRASIS" O ARTISTA CRIOU UM AMBIENTE IMERSIVO COM OBRAS, NOVAS E ANTIGAS, EM DISTINTAS SUPORTES, CUJO RIGOR FORMAL E ESTÉTICO SE TORNAM CHAVES DE APROXIMAÇÃO DO ESPECTADOR ÀS DISTINTAS HISTÓRIAS QUE SE COMPLEMENTAM. TRABALHOS QUE ABORDAM NOSSA RELAÇÃO COM AS ÁGUAS, SENDO UMA PARTE PRODUZIDA PARA A EXPOSIÇÃO, E OUTROS INTEGRANTES DA SÉRIE RELACIONADA AO CICLO DO OURO NA CHAPADA DIAMANTINA. @tiagosantanaarte

ISABELA SEIFARTH (Salvador/Bahia, 1989)
ISABELA SEIFARTH (Salvador/Bahia, 1989)

ISABELA SEIFARTH (Salvador/Bahia, 1989)

A PESQUISA DE ISABELA SEIFARTH PERMEIA O UNIVERSO DAS TRADIÇÕES LOCAIS, SOBRETUDO DO RECÔNCAVO BAIANO, INCLUINDO SEUS ACERVOS MATERIAIS E IMATERIAIS. A ARTISTA APROXIMA ELEMENTOS DA CULTURA POPULAR E SEUS LUGARES, CRIANDO NARRATIVAS TRANSMITIDAS POR MEIO DE PINTURAS VIBRANTES E CHEIAS DE COR. PARTICIPOU DE COLETIVAS NO MAM BAHIA, MUSEU AFROBRASILEIRO UFBA E NA CASA DO BENIN. ALÉM DISSO POSSUI PAINÉIS PÚBLICOS ESPALHADOS POR SALVADOR E EM 2022, PARTICIPOU DA 30° BIENNALE DE DAKAR (DAKART), SENEGAL. AS OBRAS APRESENTADAS AQUI SE CARACTERIZAM PELO USO CONTRASTADO DE CORES VIVAS, QUE REMENTEM AO IMAGINÁRIO POPULAR DO CENÁRIO ESTÉTICO DO INTERIOR DO NORDESTE BRASILEIRO. EM "UM ALTAR PARA SÃO JOÃO”, OBRA QUE CRIOU PARA A EXPOSIÇÃO, A ARTISTA REMODELA UM ALTAR BARROCO COM REVESTIMENTOS DA ESTÉTICA POPULAR, INSERE ELEMENTOS LIGADOS AOS FESTEJOS JUNINOS DO PASSADO E PRESENTE E CRIA UMA COLCHA DE RETALHOS DE REFERENCIAS VISUAIS, QUASE COMO PEQUENOS QUADROS INSERIDOS NA GRANDE PINTURA; UMA OBRA PARA SER VISTA DE LONGE E DE PERTO. @belaseifarth

PEDRO MARIGHELLA (Salvador/BA, 1979)
PEDRO MARIGHELLA (Salvador/BA, 1979)

PEDRO MARIGHELLA (Salvador/BA, 1979)

O DESENHO, A PINTURA E A PERFORMANCE SÃO OS PRINCIPAIS MEIOS DE EXPRESSÃO DE PEDRO MARIGHELLA, QUE VEM PRODUZINDO OBRAS CUJO INTERESSE FREQUENTE É O POTENCIAL CRÍTICO DA DIVERSÃO E AS IMAGENS DO ENTRETENIMENTO BAIANO. PARTICIPOU DA 10° BIENAL DO RECÔNCAVO, ONDE FOI PREMIADO, E DE MOSTRAS NO MAM BAHIA E NO MUSEU DE ARTE DO RIO. FEZ PARTE DO COLETIVO GIA ENTRE 2003 E 2010, QUANDO TANGENCIOU SUA TRAJETÓRIA INDIVIDUAL, APESAR DE SEGUIR TRABALHANDO EM PARCERIAS ATÉ O PRESENTE. A OBRA QUE CRIOU PARA A MOSTRA, DA SERIE TEMPLO, EM COLABORAÇÃO COM O COREÓGRAFO JOY NIGGA, ORQUESTRA UM EXPERIMENTO EM QUE O MOVIMENTO SE APRESENTA COMO UMA ARQUITETURA GRÁFICA QUE SE FAZ PRESENTE NO ESPAÇO. JOY NIGGA, GUTTO CABRAL, LIL BROWN, ADRI BISPO E MAIANE MENDES -BAILARINOS E BAILARINAS URBANOS LIGADOS AO CONTEXTO DO PAGODE, ARROCHA E OUTRAS DANÇAS POPULARES DA ATUALIDADE - ENCARNAM A TELA, CUJAS TEXTURAS REMETEM AOS IMPRESSOS GRÁFICOS RETICULADOS, AOS DESENHOS EM CANETA ESFEROGRÁFICA E AOS GRAFITES URBANOS. @pedromarighella

GLICÉRIA TUPINAMBÁ (Buerarema/Bahia, 1982)
GLICÉRIA TUPINAMBÁ (Buerarema/Bahia, 1982)

GLICÉRIA TUPINAMBÁ (Buerarema/Bahia, 1982)

ATIVISTA, ARTISTA, LÍDER COMUNITÁRIA E EDUCADORA, GLICÉRIA TUPINAMBÁ, TAMBÉM CONHECIDA COMO CÉLIA TUPINAMBÁ, POSSUI UMA AMPLA TRAJETORIA DE AÇÕES POLÍTICAS, ARTÍSTICAS E DE PRÁTICAS RELIGIOSAS RELACIONADAS AO SEU POVO, A NAÇÃO TUPINAMBÁ. SUA ATIVA ATUAÇÃO PELA RETOMADA DO MANTO TUPINAMBA, SUA PESQUISA EM TORNO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS TRADICIONAIS E SEU TRABALHO ARTÍSTICO DÃO VOZ E VISIBILIDADE À CULTURA INDÍGENA INTERNACIONALMENTE. VENCEDORA DO PRÊMIO PIPA 2023, GLICERIA LIDERA A REPRESENTAÇÃO DO BRASIL NA 60° BIENAL DE VENEZA, AO LADO DE SUA COMUNIDADE. A INSTALAÇÃO "A TRAMA QUE SE TRAMA NO FEITIÇO DO FIO" COMBINA FOTOGRAFIA E ARTE TÊXTIL PARA EXPLORAR TEMAS DE IDENTIDADE, RESISTÊNCIA E ANCESTRALIDADE. NELA, GLICERIA TECE - COM O VERMELHO DAS PENAS DO GUARA - UMA TEIA CONTRACOLONIAL, QUE NA RELAÇÃO ENTRE OS SEUS CABELOS E A TRAMA DO MANTO, EXPRESSA A COSMOVISÃO TUPINAMBÁ. @celiatupinamba

ANDERSON AC (Salvador/BA, 1979)
ANDERSON AC (Salvador/BA, 1979)

ANDERSON AC (Salvador/BA, 1979)

SUA APURADA TÉCNICA DE GRAFITAR MUROS, DO INÍCIO DA TRAJETORIA, MIGROU DESDE 2010 PARA AS TELAS, QUE SE TORNOU O SUPORTE ONDE ANDERSON AC CRIA NARRATIVAS VISUAIS QUE CONTESTAM OS MITOS DE FORMAÇÃO DO BRASIL. O TECIDO LISO DO CANVAS E AS IMAGENS FIGURATIVAS, QUE PLASMAM UMA FREQUENTE BUSCA POR MEMORIAS PERDIDAS, GRADATIVAMENTE VEM SE ROMPENDO POR MEIO DE RASGOS, COLAGENS E TRAMAS. PARTICIPOU DE MOSTRAS SIGNIFICATIVAS COMO A II TRIENAL DE LUANDA, BRASIL FUTURO - AS FORMAS DA DEMOCRACIA, ENCRUZILHADA E DOS BRASIS. PINTURAS DE DIFERENTES PERIODOS EXIBEM O PROCESSO GRADUAL DESSA DESCONSTRUÇÃO DA FIGURAÇÃO E DO SUPORTE TRADICIONAL QUE O ARTISTA VEM REALIZANDO NOS ÚLTIMOS ANOS. SE TRATA DE UMA PESQUISA TÊXTIL E PICTÓRICA, QUE PROPOE FRAGMENTAÇOES E REMONTAGENS DAS VISUALIDADES VIGENTES QUE TANGENCIAM O IMAGINÁRIO COLONIAL E QUE RESSOAM ATÉ O PRESENTE. @anderson___ac

O casamento
O casamento

O casamento

 MAREPE (Santo Antônio de Jesus, Bahia, 1970) O casamento 1996. Instalação: metal, vidro, madeira, plástico, papel, azulejo. 3° Salão da Bahia (prêmio aquisição). Comissão de premiação: Fernando Coelho (BA), Heitor Reis (BA), Gilberto Chateaubriand (SP), Marcus Lontra Costa (RJ) e Raul Córdula Filho (PB). Marcos Reis Peixoto, conhecido no mundo artístico como Marepe, cursou Artes Plásticas e Desenho na Universidade Federal da Bahia. Realizou a sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cruz das Almas, em Cruz das Almas, Bahia, no ano de 1990. Participou da 1ª Bienal do Recôncavo, realizada em São Félix - BA, onde recebeu como prêmio uma viagem à Alemanha. Recebeu o prêmio aquisição no 3° Salão MAM-Bahia. O artista expõe suas obras, que têm como referência as tradições populares nordestinas, em diversas galerias e instituições do Brasil e do exterior. Em 2005, expôs no Centro Pompidou, em Paris, como parte dos eventos realizados no Ano do Brasil na França. https://www.instagram.com/marepeart/

Springs
Springs

Springs

 TONICO PORTELA (Salvador, BA, 1963) Springs 2007. Instalação. Torneiras de latão e cobre folheadas a ouro, plotagem e sonorização. 14° Salão da Bahia (prêmio residência). Júri de premiação: Cristiana Tejo (PE), Daniel Rangel (BA), Felipe Chaimovich (SP), Jochen Volz (MG), Roaleno Costa (BA). Artista e professor soteropolitano, Graduado e Mestre em Artes Plástica pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, o artista transita do desenho e da pintura à gravura e à instalação. Em 2000, fez sua primeira instalação. Venceu o Prêmio Braskem em 2001 e participou de dois Salões da Bahia, em 2003 e 2007, sendo premiado no 14° Salão, com a Instalação "Springs", na qual o artista utiliza os elementos de sutil representação para tratar de temporalidade. https://tonicoportela.wordpress.com

S/ título - 2003. Instalação. Madeira e acrílico.
S/ título - 2003. Instalação. Madeira e acrílico.

S/ título - 2003. Instalação. Madeira e acrílico.

 VAULUIZIO BEZERRA (Aracaju, Sergipe, 1952) S/ título 2003. Instalação. Madeira e acrílico. 10° Salão da Bahia (prêmio aquisição) Júri de premiação: Denise Mattar (SP), Fernando Cocchiarale (RJ), Franklin Pedroso (RJ), Gilberto Chateaubriand (SP), Heitor Reis (BA) e Marcus Lontra (RJ) e Ricardo Ribenboim (SP). Transfere-se para a Bahia em 1955. Inicia suas atividades artísticas como autodidata, começou a pintar em 1970, seguindo uma orientação expressionista. Em meados dos anos 70, tomou conhecimento da produção brasileira de arte concreta e neoconcreta. Ingressa na Escola de Belas Artes da UFBA em 1976. A partir daí começa a participar eventos nacionais e internacionais. Além de sua produção artística, tem desenvolvido atividades como curador e escrito textos reflexivos sobre arte contemporânea em diversos meios como jornais, revistas, livros e blogs. Tem obras em diversos museus brasileiros, e ganhou diversos prêmios em participações em salões de arte. Vauluizo tem um vocabulário inventivo, e instigante que oscila entre a leitura da história da arte e os fatos cotidianos do seu existir aqui e agora. É desta tensão que se pode absorver com maior amplitude o seu trabalho. Foi premiado no 4° e 10° Salão da Bahia, respectivamente, em 1997 e 2003. https://www.instagram.com/vauluizobezerrarodrigues

Bahia, Bahia dia a dia de todos os santos
Bahia, Bahia dia a dia de todos os santos

Bahia, Bahia dia a dia de todos os santos

 ERIEL ARAÚJO (Salvador, Bahia, 1968) Bahia, Bahia dia a dia de todos os santos 2023. Instalação. Fotografia, acrílico, parafina e água do mar. Releitura da obra de 2003 do 10° Salão da Bahia (prêmio aquisição) Júri de premiação: Denise Mattar (SP), Fernando Cocchiarale (RJ), Franklin Pedroso (RJ), Gilberto Chateaubriand (SP), Heitor Reis (BA) e Marcus Lontra (RJ) e Ricardo Ribenboim (SP). Eriel de Araújo Santos é doutor e mestre em artes visuais e bacharel em artes plásticas. É professor da Escola de Belas Artes da UFBA. Possui uma atuação multimídia, utilizando processos fotográficos, escultóricos, gráficos, cerâmicos, pictóricos e vídeos. Foi premiado no 10° Salão da Bahia, em 2003. A obra original se tornou efêmera, contudo, o artista realizou a doação de uma nova peça em 2023. http://erielaraujo.com.br/

Achado
Achado

Achado

 PAULO PEREIRA (Salvador, BA, 1962) Achado 2005. Instalação. Madeira, metal, vidro, aço inox, tecido, fios de cabelo, fotografia e papel. 12° Salão da Bahia (prêmio aquisição). Júri de Premiação: Franklin Pedroso (RJ), Giácomo Adorno, Gilberto Chateaubriand (SP), Heitor Reis (BA) e Marcus Lontra (RJ). Paulo Pereira é escultor, sobretudo em madeira, obtendo neste trabalho uma escala plástica e um vocabulário espacial que nos remete visualmente a uma atmosfera de fantasia criadora aliada a um extremo rigor técnico. Vem realizando exposições individuais no Brasil desde 1986, com uma individual no Museu de Arte Moderna da Bahia, além de intensa participação em salões e bienais nacionais e internacionais. Possui obras em acervos de museus: Arte Moderna da Bahia; Arte Moderna de São Paulo; Arte Contemporânea de Feira de Santana; Arte Contemporânea de Curitiba; e na Coleção Gilberto Chateaubriand. Participou de quatro edições do Salão da Bahia (1996, 1998, 2002 e 2005), sendo premiado no 3°, 50, 90 e 12°, com as respectivas obras: "S/ Título" (escultura); "S/Título" (instalação); "Achado" (instalação), na qual se estruturam por meio de uma origem popular no seu aspecto físico e de erudito na sua concepção de imagem. https://www.instagram.com/paulocesarsantosd.pereira PAULO PEREIRA (Salvador, BA, 1962) S/ Título 2002. Escultura. Madeira. 9° Salão da Bahia (prêmio aquisição) Júri de premiação: Heitor Reis (BA), Luiz Camillo Osório (RJ), Gilberto Chateaubriand (Paris, França), Franklin Pedroso (RJ), Ricardo Ribenboim (SP).

O Beijo
O Beijo

O Beijo

 GISELA MOTTA E LEANDRO LIMA (São Paulo, SP, 1976 / São Paulo, SP, 1976) O Beijo 2004. Videoinstalação. Loop. 11° Salão da Bahia (prêmio aquisição). Júri de premiação: Antonio Mourão (PE), Franklin Pedroso (RJ), Gilberto Chateaubriand (SP), Heitor Reis (BA), Hervé Chandès (FR), Fábio Cypriano (SP) e Marie-Claude Beaud (FR). Vivem e trabalham em São Paulo. Ambos se formaram em Artes Visuais na Fundação Alvares Penteado (1999) em São Paulo. Suas obras lidam frequentemente com a imagem eletrônica. Começaram a desenvolver seu trabalho em conjunto desde 1997. Participaram de exposições no Brasil, na Argentina, na Colômbia, nos Estados Unidos e em diversos países europeus. Receberam o 5° Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (2004), 2° Prêmio Marcantonio Vilaça (2006) e o Prêmio Aquisição do 110 Salão da Bahia, também em 2004, com a videoinstalação "O beijo". https://www.instagram.com/giselamotta https://www.instagram.com/leandro_n.lima

S/ Título (Série Caixas D'água)
S/ Título (Série Caixas D'água)

S/ Título (Série Caixas D'água)

 PEDRO MOTTA (Belo Horizonte, MG, 1977) S/ Título (Série Caixas D'água) 2007. Fotografia. 14° Salão da Bahia (prêmio aquisição). Júri de premiação: Cristiana Tejo (PE), Daniel Rangel (BA), Felipe Chaimovich (SP), Jochen Volz (MG), Roaleno Costa (BA). Graduado em Desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (2002). É pesquisador das relações entre cidade e indivíduo, questões ambientais e do embate entre natureza e cultura. A partir de 2002, desenvolve o projeto Paisagem submersa com os fotógrafos João Castilho e Pedro David. Tem obras incluídas nas coleções Itaú Cultural, Teixeira de Freitas, Masp-Pirelli e Gilberto Chateaubriand. Foi premiado no 6° Prêmio Marcantônio Vilaça (2017), com a Bolsa ICCo/SP-Arte (2015), residência Flora ars+natura (2013), no 9° BES Photo Museu Coleção Berardo (2011), no Prêmio Ibram de Arte Contemporânea (2011), Residency Unlimited/Nova York (2011), com a Bolsa Pampulha no 27° Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte (2004), no 48° Prêmio Esso de Jornalismo (2003) e no 14° Salão da Bahia (2007), com a obra "S/ Título (Série Caixas D'água)", trabalho realizado entre 2001 e 2006 no Vale do Jequitinhonha, onde retrata a relação entre o natural e o artificial. https://www.catalogodasartes.com.br/artista/Pedro%20Motta

S/Título 1999. Instalação. Acrílico e canudos plásticos.
S/Título 1999. Instalação. Acrílico e canudos plásticos.

S/Título 1999. Instalação. Acrílico e canudos plásticos.

 PAZÉ (São Paulo, SP, 1962) S/Título 1999. Instalação. Acrílico e canudos plásticos. 6° Salão da Bahia (prêmio aquisição). Júri de premiação: Agnaldo Farias (MG), Fernando Cocchiaraele (RJ), France Morin (FR), Heitor Reis (BA) e Moacir dos Anjos (PE). Artista visual, graduado em artes visuais pela Fundação Armando Álvares Penteado (1999). Realizou mais de 70 exposições individuais e coletivas em museus e galerias, incluindo mostras na Pinacoteca do Estado, Paço das Artes, Galeria Casa Triângulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Bienal de Havana, Bienal do Mercosul, entre outras. Recebeu importantes prêmios. A relação entre arte, cidade e meio ambiente é um aspecto presente nos trabalhos do artista. Recebeu o prêmio aquisição no 6° Salão da Bahia, 1999, com um trabalho escultórico que reflete sobre questões pictóricas, cromáticas e óticas. Link: https://www.paze.com.br

S/ Título 2002. Escultura. Madeira e pedra.
S/ Título 2002. Escultura. Madeira e pedra.

S/ Título 2002. Escultura. Madeira e pedra.

 EGIDIO ROCCI (Caçapava, SP, 1960) S/ Título 2002. Escultura. Madeira e pedra. S/ Título 2002. Escultura. Madeira, pedra e ferro. S/ Título 2002. Escultura. Madeira, pedra e ferro. 9º Salão da Bahia (prêmio aquisição). Júri de premiação: Camilo Osório (RJ), Franklin Pedroso (RJ), Gilberto Chateaubriand (SP), Heitor Reis (BA) e Ricardo Ribemboim (SP). Sem formação acadêmica em Artes Plásticas. Seu desenvolvimento se deu através de seus interesses pontuais, que o levaram a buscar uma formação através de cursos sobre linguagens artísticas específicas, como fotografia, desenho ou escultura, por exemplo. Com o passar do tempo sentiu a necessidade de aprofundar seu envolvimento, e começou a participar de um atelier coletivo em São José dos Campos. As primeiras exposições foram organizadas através do seu atelier coletivo, e posteriormente os Salões para os quais foi classificado. Foi premiado em alguns Salões importantes, como o Salão da Bahia, o Salão de Arte de Goiás, a Bienal de Santos e o Salão de Santo André, o que abriu caminho para uma exposição individual, na Galeria Berenice Arvani em São Paulo, em 2004. Este ano participou da Arco 5, em Madri, e do Programa de Exposições 2005, do Centro Cultura São Paulo. Sua exposição póstuma Compreensão do Ar (E=M2), com curadoria de Laerte Ramos, que aconteceu no circuito SESI em 2019 (São José dos Campos, Campinas, Itapetininga e São José do Rio Preto), foi premiada na nona edição do Prêmio Marcantonio Vilaça. Foi premiado no 9° Salão da Bahia, em 2002. Link: https://egidiorocci.com.br

Suporte
Suporte

Suporte

RICARDO BECKER (Rio de Janeiro, RJ, 1961) Suporte 1998. Fotografia. 5° Salão da Bahia (prêmio aquisição). Júri de premiação: Agnaldo Farias (MG), Gilberto Chateaubriand (SP), Heitor Reis (BA), Marcus Lontra (RJ) e Pablo Rico (ES). Estudou Desenho e Pintura no atelier da artista Maria Tereza Vieira e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Realizou a sua primeira exposição individual em 1992. Desde o início de sua carreira, estabelece um diálogo pertinente das questões do mundo atual e da arte contemporânea. Foi premiado 5° Salão da Bahia, em 1998, com o trabalho "Suporte". Link: https://instagram.com/ricardobecker04

Instalação 1,2 e 3
Instalação 1,2 e 3

Instalação 1,2 e 3

 FREDERICO CÂMARA (Governador Valadares, MG, 1971) Instalação 1 2003. Fotografia. Instalação 2 2003. Fotografia. Instalação 3 2003. Fotografia. 10° Salão da Bahia (prêmio aquisição). Júri de premiação: Denise Mattar (SP), Gilberto Chateaubriand (Paris, França), Heitor Reis (BA provavelmente), Marcus Lontra (RJ), Fernando Cocchiarale (RJ), Franklin Pedroso (RJ), Ricardo Ribenboim (SP). Artista, pesquisador, design e fotógrafo. É doutor em Arte Contemporânea pela Universidade de Sydney, Sydney College of the Arts, Austrália; mestre em Fine Art pela Chelsea College of Art and Design, University of the Arts London, Reino Unido. Graduou-se em Gravura na Escola de Belas Artes/UFMG. Interessa-se pelas percepções e representações humanas do meio ambiente, migração, fotografia e viagem como métodos de pesquisa, coleta e arquivamento na prática artística. Sua produção é geralmente na forma de instalações fotográficas e de vídeo, livros e texto. Vive atualmente em São Paulo, Brasil. Seu trabalho o levou ao redor do mundo em residências artísticas, bolsas e exposições, incluindo a Akademie Schloss Solitude em Stuttgart, Alemanha, Pavilion e o Henry Moore Institute, ambos em Leeds. Foi premiado no 10° Salão da Bahia em 2003. Link: https://www.instagram.com/foacamara/

Regresso à pintura baiana
Regresso à pintura baiana

Regresso à pintura baiana

Maquete da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos Maquete de isopor policromado, madeira, látex e azeite de dendê. 200 x 360 x 240 cm 2002 a 2021. Cortesia da Simões de Assis Galeria de Arte

Série Juntó
Série Juntó

Série Juntó

A série Juntó lida com insígnias e ferramentas relacionadas ao panteão do Candomblé, dialogando com a ideia da conjunção de entidades que preside cada cabeça humana. Se na astrologia as energias dos corpos celestes desenham diferentes eixos de influência com sua posição na hora do nascimento, no Candomblé cada pessoa é regida por pelo menos dois orixás, um principal e um complementar. O conjunto inclui aquarelas, desenhos e esculturas.

Bori
Bori

Bori

O trabalho é compreendido como um ritual poeticamente inspirado na prática de ofertar comidas para a cabeça em cerimônias religiosas de matriz afro-brasileira. Bori: da fusão bó, que em ioruba significa oferenda, com ori, que quer dizer cabeça, literalmente traduzido significa “Oferenda à Cabeça”. A ação consiste em oferecer comidas sacrificais a cabeça de doze performance, sendo estes representações vocativas e iconográficas dos doze principais orixás do candomblé. Dar comida para a cabeça é nutrir a nossa alma. Alimentar a cabeça com comidas para os deuses é evocar proteção. Todos os elementos que constituem a oferenda à cabeça exprimem desejos comuns a todas as pessoas: paz, tranqüilidade, saúde, prosperidade, riqueza, boa sorte, amor, longevidade. Cada pessoa, antes de nascer escolhe o seu ori, o seu princípio individual, a sua cabeça. Ele revela que cada ser humano é único, tendo escolhido suas próprias potencialidades. Odu é o caminho pelo qual se chega à plena realização de orí, portanto não se pode cobiçar as conquistas do outro. Cada um, como ensina Orunmilá – Ifá deve ser grande em seu próprio caminho, pois, embora se escolha o ori antes de nascer na Terra, os caminhos vão sendo traçados ao longo da vida

UDO COLECIONADOR
UDO COLECIONADOR

UDO COLECIONADOR

Neste roteiro visitantes poderão apreciar informações sobre os azulejos obtidas a partir das anotações de Udo Knoff para o livro Azulejos da Bahia de 1986, e das crônicas que ele escrevia para o Jornal A TARDE durante o ano de 1976. Nossa intenção mais do que descrever sobre aspectos técnicos de cada país, é mostrar para o público o trabalho meticuloso de Udo Knoff ao mapear e estudar cada uma das peças coletadas em suas andanças pelo Centro Histórico. Poderemos observar algumas peculiaridades que ele sinalizou, curiosidades, e porque não disponibilizar para o público endereços ainda existentes para visitação in situ. O conhecimento não se esgota aqui, Udo dizia que queria um museu para criar um ambiente de simpatia para que as pessoas valorizassem o patrimônio azulejar da Bahia, que pelo menos passassem a olhar com olhos diferentes. Com mais amor ao que é antigo. BOA VISTA!

Azulejo
Azulejo

Azulejo

Azulejo, palavra de origem árabe que significa pequena pedra cintilante ou polida que apresenta estrutura de corpo cerâmico e corpo vítreo. A tradição maometana cita a vinda dessas peças esmaltadas no ano de 894, procedentes de Bagdá, destinadas a revestir a mesquita de Sidi Okba, em Kairuão. A Pérsia se destacou pelo volume de centros de fabricação até pelo menos o século XIII, quando seus produtos eram exportados até para a Península Ibérica. O azulejo chegou ao Brasil no século XVII, pelas mãos dos portugueses. Foi um revestimento arquitetônico muito bem aceito por apresentar diversas vantagens: material impermeável devido à técnica de manufatura (esmalte na superfície), resistente aos álcalis, umidades, ácidos e vapores (desde que a edificação se encontrasse em condições normais de uso), baixa expansão térmica e opção de uma decoração diferenciada. O Brasil é responsável por um significativo acervo de azulejaria, distribuído por todo o território nacional em períodos diversos, mas é no Nordeste que se encontra a maior quantidade deles. Na Bahia, o ceramista e colecionador alemão Udo Knoff reuniu azulejos de todos os períodos do Brasil (séculos XVII, XVIII, XIX e XX), além de reproduzir e produzir esta arte durante o século XX. A coleção do Museu Udo Knoff (MUK) é composta por azulejos portugueses, ingleses, franceses, holandeses, mexicanos e belgas, telhas vitrificadas, pratos, jarros, reproduções de azulejos antigos e obras do artista. Com o olhar atento, o ceramista conseguiu reunir uma grande variedade de padrões de azulejos. Um grande legado para o estado da Bahia.

Azulejaria Contemporânea
Azulejaria Contemporânea

Azulejaria Contemporânea

O ceramista Udo Knoff, no trajeto de sua vida, dedicou-se à arte da cerâmica, o estudo da azulejaria foi alvo de suas pesquisas. Ao buscar identificar a melhor argila, o melhor pigmento e os segredos da temperatura para o seu cozimento, executou trabalhos com a cerâmica utilitária e artística, mas foi a azulejaria que o seduziu. Quando chegou à. Bahia, ao se deparar com a variedade de exemplares que decoravam os belos casarões da cidade colonial encantou-se pelos azulejos padronados. Ele atuou em diversos trabalhos de pintura em azulejos, seja como criador, seja como executor. Envolveu-se com a manufatura de painéis de azulejos em parceria com diversos artistas, muito desses painéis estão decorando fachadas de edifícios da cidade e paredes internas de residências particulares. O Ateliê de Udo em Brotas funcionou como um grande centro de produção da azulejaria modernista da Bahia. Udo teve muitos "artistas alunos" e com eles desenvolveu muitos trabalhos, com Lênio Braga (rodoviária de Feira de Santana, etc.), Carybé (casa de Jorge Amado e fachada da agência central do Banco do Brasil em Salvador, etc.), Jenner Augusto (edificio do Banco do Estado de Sergipe e sede da ENERGISA), Genaro de Carvalho, Floriano Teixeira, Calazans Neto, dentre outros. Apesar de ser identificado como um estudioso da padronagem, Udo realizou grandes trabalhos no estilo figurativo, historiado, geométrico, mitológico e religioso, pode-se de dizer que era um artista livre e inventivo.

Batismo de Jesus Cristo
Batismo de Jesus Cristo

Batismo de Jesus Cristo

Localização: Igreja de Nossa Senhora da Conceição -Itapoã quebraBR Autor: Udo knoff quebraBR Dimensões: 2,25 x 1,95 m

Nossa Senhora de Santana
Nossa Senhora de Santana

Nossa Senhora de Santana

ANO DE PRODUÇÃO: 1964 quebraBR LOCALIZAÇÃO: Rua Politeama de Baixo- Centro / SSA-BA quebraBR AUTOR: UDO KNOFF quebraBR DIMENSÕES: 2,31 x 2,46 m

Visitação dos Reis Magos e Pastores ao Menino Jesus
Visitação dos Reis Magos e Pastores ao Menino Jesus

Visitação dos Reis Magos e Pastores ao Menino Jesus

Ano de produção: 1962 quebraBR Localização: Rua Politeama de Baixo/SSA -BA quebraBR Autor: Udo Knoff quebraBR Dimensões: 2,31 x 5,23 m

Bel Borba
Bel Borba

Bel Borba

Alberto José Costa Borba, mais conhecido por Bel Borba, é pintor, escultor e muralista atuante na cidade onde nasceu, Salvador. Suas obras estão espalhadas ao redor da cidade e exploram técnicas e estilos diversos, dando assim corpo, movimento e vibração para a criatividade do artista. Na arte da azulejaria, Bel Borba tem realizado até o presente, murais permanentes em diferentes pontos da cidade, a exemplo dos mosaicos os Pássaros (2001), localizado na Contenção do Largo do Retiro, e Morcegos (2001), localizado na Av. Anita Garibaldi, assim como um de seus principais trabalhos, instalado no muro exterior que contorna o Hospital Santa Izabel, no bairro de Nazaré no ano de 2019. Os murais tiveram por objetivo celebrar os 470 anos da Santa Casa da Bahia e retratam a trajetória do hospital. A escolha por contar essa história através dos murais do lado exterior foi o modo de trazer maior visibilidade para a missão da instituição ao longo dos séculos. A obra completa é composta por doze murais: O início; Vida; Caridade, Esperança e Fé; Pupileira e Avançar; A Pupileira; Tecnologia; Campo Santo; Hospital Santa Izabel; Museu da Misericórdia; Humanização; CEIS. Centro de educação infantil para crianças; Ensino e Pesquisa. Foi com muita honra que aceitei o convite de criar os painéis que hoje contornam o Hospital Santa Izabel, pertencente à Santa Casa da Bahia. Conheci bem de perto o trabalho desenvolvido pela instituição e tive o cuidado de expressar, através da arte, a nobreza das atividades que envolvem o nascimento, a vida, a morte, a proteção, o amor, a saúde, a cura, a atenção e a assistência. (Bel Borba)

Max Urban
Max Urban

Max Urban

Pouco se sabe sobre a biografia do/a artista que ficou conhecido/a com o pseudônimo de Max Urban. O que conhecemos diz respeito apenas ao fato de que ele/a escolheu fazer da cidade de Salvador o berço de suas obras em azulejaria na década de 1960. O/A autor/a tem obras espalhadas na cidade de Salvador e também nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Conhecemos do/da artista o que podemos observar de suas obras, seu estilo e suas escolhas; algumas delas apontam para a predominância de cores frias e semimonocromáticas, a exemplo da obra instalada no Condomínio Ed. Rio Alva, localizado no bairro da Barra. Essa é uma das obras permanentes em locais residenciais e privados. A obra, ora retratada durante esta exposição, encontra-se em local público do lado externo e superior do Elevador Lacerda. O Elevador Lacerda possui enorme valor para os soteropolitanos por conectar a Praça Cairu, na Cidade Baixa, e a Praça Tomé de Souza, na Cidade Alta. O transporte também se converteu em um dos principais atrativos turísticos da cidade, por sua localização e vista para o mar, privilegiando um dos mais belos pores do sol na cidade. O mural todo em azulejos foi assentado na década de 1960. Na obra, observamos a presença de três importantes produtos de exportação e de consumo interno do Brasil: o cacau, a cana-de- açúcar e o café. A obra apresenta o primeiro trabalhador, que está em seu ofício de colhedor de cacau, enquanto o segundo corta a cana e o terceiro retira o café. Ainda que não se conheça maiores informações sobre a biografia de Max Urban, sabemos que ele/ela escolheu a capital baiana para expor seu trabalho em azulejaria no momento em que o país se encontrava em acelerado desenvolvimento econômico, urbano e artístico.

Jenner Augusto
Jenner Augusto

Jenner Augusto

Nascido em Aracaju Sergipe, em 1924, Jenner foi pintor, desenhista, escultor, gravador e cartazista. Ele se desenvolveu como artista em Sergipe, ainda seguindo a estética clássica da arte antes de se mudar para Salvador, onde sua carreira decolou e permaneceu até sua morte em 2003. Sendo muito influenciado pelo artista Cândido Portinari, o padrão acadêmico de suas obras do começo ao final dos anos 40 foi substituído pela perspectiva modernista a partir da segunda metade do século XX, integrando a segunda geração modernista brasileira, imortalizando seu talento, além de em tantos suportes, também em seus azulejos.

Santa Teresa de Ávila; Altar-mor e sacrário; Anjos tocheiros
Santa Teresa de Ávila; Altar-mor e sacrário; Anjos tocheiros

Santa Teresa de Ávila; Altar-mor e sacrário; Anjos tocheiros

O altar-mor original da igreja foi retirado no período do Seminário Arquiepiscopal. Seu lugar foi, então, ocupado por duas obras-primas da ourivesaria baiana: o frontal de altar e o sacrário em prata do século XVIII, que pertenceram à capela do Santíssimo Sacramento da antiga Sé. Ao lado do altar, dois grandes anjos-tocheiros, em madeira policromada e dourada, do século XVIII. Acima, também em madeira policromada e dourada, avistamos a imagem de Santa Teresa de Ávilla, a quem esta igreja é dedicada. Vestida com o hábito carmelita ela simula escrever um de seus livros, sob a inspiração do Espírito Santo, simbolizado pela pomba. SANTA TERESA DE ÁVILA quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Arquidiocese de Salvador quebraBR ALTAR-MOR E SACRÁRIO quebraBR Prata / Século XVIII quebraBR Acervo – Arquidiocese de Salvador quebraBR ANJOS TOCHEIROS quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Arquidiocese de Salvador

Capela e imagem da Nossa Senhora da Conceição
Capela e imagem da Nossa Senhora da Conceição

Capela e imagem da Nossa Senhora da Conceição

Em cada lado da nave da Igreja estão duas capelas em estilo barroco, douradas e decoradas com colunas salomônicas, querubins, cachos de uvas e pelicanos – elementos alusivos à Eucaristia. Na imagem, vemos a capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Altar quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Arquidiocese de Salvador Imagem quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo - Museu de Arte Sacra da UFBA

Confessionários
Confessionários

Confessionários

Os quatro confessionários são integrados na arquitetura da igreja. Eles são revestidos de azulejos do século XVIII com figuras avulsas. Daqui os fieis se confessavam aos padres através de pequenas janelas de treliça. Os padres ficavam na parte interna do convento, em área próxima ao hall de entrada do Museu.

Capela Nossa Senhora das Mercês
Capela Nossa Senhora das Mercês

Capela Nossa Senhora das Mercês

Altar dedicado a Nossa Senhora das Mercês, sendo o mais antigo altar do Convento, datado do século XVII. Sua decoração utiliza temas nativos, exaltando a terra brasileira, por meio de guirlandas de cajus. Altar quebraBR Madeira dourada / Século XVII quebraBR Acervo – Arquidiocese de Salvador Imagem quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Arquidiocese de Salvador

Altar de São José
Altar de São José

Altar de São José

O altar-mor está ladeado por dois belos altares em estilo Maria I, que pela qualidade da sua ornamentação fazem deles peças das mais representativas do neoclássico no Brasil. Altar de São José quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XIX quebraBR Acervo - Arquidiocese de Salvador Imagem quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo - Coleção particular

Túmulo de Edgard Santos
Túmulo de Edgard Santos

Túmulo de Edgard Santos

No centro da Igreja, entre as lápides em mármore com brasões, encontramos aquela pertencente a Edgard Rego Santos, fundador da Universidade Federal da Bahia e criador deste Museu. Falecido em 1962, seus restos mortais foram transladados para a igreja em 4 agosto de 1969.

Nossa Senhora do Montesserate
Nossa Senhora do Montesserate

Nossa Senhora do Montesserate

Padroeira dos Mosteiros Beneditinos da Península Ibérica, representa Mãe e Filho sentados em um trono, sobre uma região montanhosa semelhante ao mosteiro do Montesserrate, na Espanha. Na parte posterior consta a seguinte inscrição: “Frei Agostinho da Piedade Religioso Sacerdote de São Bento fez esta imagem de Nossa Senhora, por mandado do mui devoto Diogo de Sandoval, e fê-la por sua devoção” 1636.”. Barro cozido dourado e policromado – Séc. XVII quebraBR Autor - Frei Agostinho da Piedade quebraBR Acervo – Instituto Geográfico e Histórico da Bahia

Busto relicário de Santa Luzia, Braço relicário de São Bento e Perna relicário de São Mauro
Busto relicário de Santa Luzia, Braço relicário de São Bento e Perna relicário de São Mauro

Busto relicário de Santa Luzia, Braço relicário de São Bento e Perna relicário de São Mauro

Precioso trabalho de cerca de 1630, com cabeça modelada e fundida em chumbo. Uma das mais antigas peças de prata existentes no Brasil e das primeiras fundições artísticas realizadas no país. Ao lado do busto, braço relicário de São Bento e perna relicário de São Mauro. É possível ver as relíquias dos santos ainda preservadas nestes objetos. Busto relicário de Santa Luzia quebraBR Prata / Século XVII quebraBR Autor- Frei Agostinho da Piedade quebraBR Acervo – Mosteiro de São Bento da Bahia Braço relicário de São Bento e Perna relicário de São Mauro quebraBR Prata / Século XVII quebraBR Acervo – Mosteiro de São Bento da Bahia

Busto relicário de Santa Bárbara
Busto relicário de Santa Bárbara

Busto relicário de Santa Bárbara

Representação da virgem mártir Bárbara de Nicomédia. Presa em uma torre por seu pai, foi decapitada depois de vários tormentos no ano de 306. Imagem de influência renascentista possui relicário no peito sem a relíquia da santa. Carrega no braço esquerdo uma torre com três janelas, identificando sua iconografia. A arte medieval costuma apresentá-la com coroa real de flores. Barro cozido, policromado e dourado – Século XVII quebraBR Autor - Frei Agostinho da Piedade quebraBR Acervo – Mosteiro de São Bento da Bahia

Senhor morto
Senhor morto

Senhor morto

Imagem do Senhor Morto que tanto poderia ser utilizada deitada, como pregada na cruz. Possui nos ombros um tratamento parcial em couro, possibilitando a articulação dos braços. Madeira policromada / Século XIX quebraBR Acervo – Irmandade do Santíssimo Sacramento Nossa Senhora da Conceição da Praia

Senhor da Coluna / Senhor da Pedra Fria
Senhor da Coluna / Senhor da Pedra Fria

Senhor da Coluna / Senhor da Pedra Fria

Imagens que representam Cristo no momento da sua flagelação, quando é despido, atado a uma coluna e açoitado por algozes. Essas representações foram muito difundidas na arte religiosa cristã e ganham maior dramaticidade no período barroco, quando o sofrimento do Cristo ensanguentado servia como exemplo de valorização da penitência e piedade. Madeira policromada – Século XVIII quebraBR Coleção: Arquidiocese de Salvador

Nossa Senhora da Fé
Nossa Senhora da Fé

Nossa Senhora da Fé

Uma das representações de Nossa Senhora. Nesta imagem, a virgem está sobre o globo celeste aonde estão sobrepostos querubins e anjos. Um deles usa venda nos olhos, simbolizando a fé; outro apresenta um livro aberto representando o Evangelho e o terceiro usa a tiara papal, representação da Igreja. Madeira dourada e policromada / Séc. XVIII quebraBR Acervo - Catedral Basílica do Salvador

Premonição da paixão
Premonição da paixão

Premonição da paixão

Nesta representação a figura de Jesus criança, adormecido sobre a cruz, simboliza seu futuro de sacrifício, dor e resignação Barro cozido e policromado / Século – XVIII quebraBR Acervo – Museu de Arte Sacra da UFBA

Altar armário/Custódia do Coração de Jesus
Altar armário/Custódia do Coração de Jesus

Altar armário/Custódia do Coração de Jesus

Móvel utilizado para realização de missas em residências católicas e orações em família. Possui delicada cercadura de madeira esculpida e em parte, vazada, dourada sobre branco. Ao centro ostensório do Sagrado Coração de Jesus. Altar armário: quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Arquidiocese de Salvador Custódia do Coração de Jesus: quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Museu de Arte Sacra da UFBA

Santíssima Trindade
Santíssima Trindade

Santíssima Trindade

A Unidade divina estabelece a comunhão e união perfeita entre as três pessoas da Santíssima Trindade: o Pai criador, o Filho redentor e o Espirito Santo Santificador. Nessa representação, assentam-se sobre bloco de nuvens as figuras do Pai Eterno e do Filho. Centralizando a composição a Pomba do Espirito Santo. Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo Celestial Ordem 3°. da Santíssima Trindade

São Cosme e São Damião
São Cosme e São Damião

São Cosme e São Damião

Gêmeos que viveram no oriente e desde cedo foram habilitados na profissão de médicos. Por suas convicções cristãs foram mortos no início do século IV, no governo de Diocleciano. Padroeiros dos farmacêuticos, são muito populares no catolicismo e no candomblé. Madeira policromada e dourada / Século XIX quebraBR Acervo Capela da Palma

São João Batista
São João Batista

São João Batista

Representado como criança sobre um monte estilizado, segura na mão esquerda um livro onde repousa um cordeiro, representando a vinda de Cristo, considerado o “Cordeiro Imaculado”. Ostenta inusitada cabeleira de D. João V de Portugal e Luis XIV da França Madeira policromada e dourada / Séc. XVIII quebraBR Acervo Catedral Basílica do Salvador

Representações da Virgem Maria
Representações da Virgem Maria

Representações da Virgem Maria

Nesta vitrine estão expostas algumas imagens representativas da iconografia Mariana, como Nossa Sra dos Anjos, N. Sa da Conceição, N. Sa do Carmo e N. Sa do Rosário. Além destas, a imagem de Santa Luzia, muito cultuada no Brasil como a protetora das doenças da visão. 1. NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO quebraBR Barro cozido, policromado e dourado / Século XVIII quebraBR Acervo – Museu de Arte Sacra da UFBA 2. NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Museu de Arte Sacra da UFBA 3. NOSSA SENHORA DOS ANJOS quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Catedral Basílica do Salvador 4. NOSSA SENHORA DO CARMO quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Capela de São José do Jenipapo 5. SANTA LUZIA quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Capela de São José do Jenipapo

Nossa Senhora Da Conceição e Nicho com imagem
Nossa Senhora Da Conceição e Nicho com imagem

Nossa Senhora Da Conceição e Nicho com imagem

Nicho com elementos decorativos característicos do estilo rococó, denominados rocailles, de desenho assimétrico, formados por conchas estilizadas associadas a laços, flores e folhagens. Ao centro, imagem de N. Sa da Conceição, padroeira da Bahia, com panejamento exuberante e linda policromia. NICHO COM IMAGEM quebraBR Madeira policromada e dourada \ Século XVIII quebraBR Acervo: Arquidiocese de São Salvador NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO quebraBR Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Arquidiocese de Salvador

Cristo ressucitado e Maria Madalena
Cristo ressucitado e Maria Madalena

Cristo ressucitado e Maria Madalena

Representação da cena em que Jesus, após sua morte, aparece a Maria Madalena. Neste conjunto a gestualidade, o movimento dos corpos e os grandes florões que compõem as vestes das duas imagens fazem dessa obra um belo exemplo da escultura barroca na Bahia. Madeira policromada e dourada / Séc. XVIII quebraBR Acervo - Arquidiocese de Salvador

Sant´ana Condutora
Sant´ana Condutora

Sant´ana Condutora

O culto a Santa’Ana, no Brasil chega com os primeiros cristãos, no período da colonização. Sua devoção foi amplamente difundida em território brasileiro, estando presente nos oratórios domésticos. Nesta representação as duas figuras, esculpidas em distintos blocos de madeira, caminham de mãos dadas. A decoração das vestes apresenta florões dourados e policromia de tons variados, marcando fortemente a pintura baiana do século XVIII. Madeira policromada e dourada / Séc. XVIII quebraBR Acervo – Museu de Arte Sacra UFBA

Nossa Senhora do Rosário
Nossa Senhora do Rosário

Nossa Senhora do Rosário

No Brasil a devoção a Nossa Senhora do Rosário remonta o período colonial e sua devoção foi muito difundida pela Ordem dos Dominicanos. Seu culto foi mais presente nas Irmandades Religiosas dos pretos e pardos. A imagem apresenta policromia com esgrafitos e punções no douramento, com bastante similaridade da imaginária portuguesa. Madeira policromada e dourada / Séc. XVIII quebraBR Acervo - Arquidiocese de Salvador

Sagrada Família
Sagrada Família

Sagrada Família

Conjunto escultórico de notável qualidade plástica, é constituído pelas imagens de Nossa Senhora, São José e o Menino Jesus. Para a Igreja Católica essa iconografia representa o modelo de família cristã que deve ser seguido pelos fiéis.  Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Museu de Arte Sacra da UFBA

Santo Papa
Santo Papa

Santo Papa

O Papa representa, dentro do catolicismo romano, a figura central do clero, é considerado o líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana, que, desde a antiguidade tardia tem sua sede no Vaticano, em Roma. Seus atributos podem ser identificados pela tiara papal, conhecida também como tiara tripla, bem como suas vestes Madeira policromada e dourada / Séc. XVIII quebraBR Acervo – Museu de Arte Sacra UFBA

São Pedro arrependido
São Pedro arrependido

São Pedro arrependido

A escultura de intensa dramaticidade representa o apóstolo atormentado pelo remorso, implorando perdão. Ao seu lado, o galo compõe a cena descrita no Evangelho de São Marcos, em que Jesus diz: “Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes”. Madeira policromada e dourada / Século XVIII quebraBR Acervo – Museu de Arte Sacra da UFBA

A Talha da Escada
A Talha da Escada

A Talha da Escada

A exuberante talha da escada nobre é composta por seções de uma grade de comunhão, formada por colunas torneadas e figuras entalhadas, magníficos exemplares do Barroco, procedentes da antiga Igreja de Santo Antônio do Paraguaçu, no Recôncavo Baiano. Ao descrever a história da Igreja e Convento de Santo Antônio, no livro Igrejas e Conventos da Bahia, Flexor (2010, p. 61) diz que: ''As grades divisórias entre a capela-mor e o corpo da igreja, trabalhadas em jacarandá, tinham sido furtivamente retiradas, ao menos em parte, pois podiam ser vistas em casas particulares de São Félix e Maragogipe. Essas grades acabaram no antigo edifício da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, em Salvador, integrando hoje o acervo do Museu de Arte da Bahia, que passou a funcionar no mesmo edifício.''

História da porta
História da porta

História da porta

Portada em cantaria e madeira entalhada com mascarões, datada de 1674, proveniente do Solar João de Matos Aguiar, demolido para o alargamento da Ladeira da Praça, no centro histórico e onde, em 28 de janeiro de 1808, o príncipe D. João VI assinou a Carta Régia que abriu os portos do Brasil às nações amigas

O Colecionador de Madeiras
O Colecionador de Madeiras

O Colecionador de Madeiras

Antônio Berenguer nasceu em Santo Amaro da Purificação, Bahia, em 1904, e faleceu en 1960. Estudou Medicina em Salvador, na Universidade Federal da Bahia e, em 1932, transferiu-se para Mirassol-SP, onde iniciou sua vida profissional. No ano seguinte voltou a Salvador para se casar com Annette Rolemberg Lyra, logo retornando para Mirassol. A convite de amigos, começou a visitar fazendas da região, onde passou a observar e pesquisar a variedade de madeiras existentes. Fascinado, resolveu iniciar uma coleção que, ao longo de sua vida, reuniu cerca de 600 tipos de madeiras brasileiras, dando-lhes o formato de pequenos livros. Numa de suas vindas a Salvador, encomendou de um marceneiro dois armários entalhados em jacarandá, com a inscrição "Riquezas do Brasil" para abrigar a xiloteca. Cada livro é revestido por uma leve camada de verniz e traz no dorso uma etiqueta com o nome da espécie. Organizou a coleção segundo as espécies, onde se encontram reunidos, por exemplo, 21 tipos de jacarandá, 8 de ipês, 20 de canela, 25 de louro, 6 de imbuia e peroba, 31 de eucaliptos. Observam-se também as espécies que emprestaram seus nomes a cidades e localidades do Brasil, como Juazeiro, Ibirapitanga, Itapicuru e Guarajuba (BA), Cedro (CE) e Embuia (SC). Curiosas são as madeiras que receberam nomes populares relacionados à aparência, cheiro ou utilidade, como canela-amarga, pau-de-tamanco, açoita-cavalo, peito-de-pombo e quebra- facão. Vale lembrar, ainda, os inúmeros nomes de famílias derivados das madeiras, como Baraúna, Figueira, Jatobá, Oiticica, Pinho, Laranjeira e Mangabeira. Estes dois armários estiveram durante um largo período na casa de seu pai, que se tornou guardião da coleção do filho. Em 1944, Antônio Berenguer mudou-se definitivamente para a Bahia com a esposa e os três filhos-Annette Maria, Antônio Carlos e Guilherme José. Em setembro de 2005, esta coleção foi cedida em comodato ao Museu de Arte da Bahia, motivando uma grande exposição organizada pelo museu, intitulada "Madeiras do Brasil e os artistas da madeira". Assim, o público teve a oportunidade de admirar esta preciosa coleção que representa o mostruário de uma das maiores riquezas do país, cujo nome foi extraído do "Pau-Brasil".

Vista da cidade da Bahia no Brasil, América do Sul
Vista da cidade da Bahia no Brasil, América do Sul

Vista da cidade da Bahia no Brasil, América do Sul

Desenho de G. Scharf quebraBR Gravado por Edmond Patten, 1826. No primeiro plano, observa-se o veleiro inglês “Courty Bark” com as velas amarradas nos mastros e, um pouco mais adiante, um saveiro com um grupo de homens a bordo. Inúmeros veleiros e canoas navegam nas águas da Baía de Todos os Santos, mostrando sua expressiva movimentação. Foram identificados 64 pontos da cidade, que se estendem do Forte de Santo Alberto (nº 2), até as imediações do Solar do Unhão (nº 58), na cidade baixa, e do Convento da Soledade ( nº 1) à Igreja dos Aflitos (nº 57), na cidade alta.

Vistas da Bahia de Todos os Santos
Vistas da Bahia de Todos os Santos

Vistas da Bahia de Todos os Santos

Joseph Leon Righini ( 1830 - 1884) quebraBR Óleo /tela, 1859 quebraBR Bahia, 11 de janeiro de 1869; “Sob rico e dourado esplendor solar dos trópicos é um reluzente céu azul, chegamos às 10 horas, de coração alegre, à grande extensa Baía de Todos os Santos. Foi um desses momentos felizes em que, no sentido lato da palavra, se nos abre um mundo novo, quando desejaríamos ter cem olhos para observarem as maravilhas desconhecidas que nos revelam ininterruptamente e de todos os lados; um desses momentos em que, em meio à alegria, surge o pesar de não percebermos tudo, de não gravarmos tudo na memória. Embora a alma, infelizmente, desfrute do rico panorama apenas fugaz, a descrição do mesmo, através da palavra escrita, contudo, é somente uma pálida fotografia, (...) À água da extensa baía era azul-safira (...) O panorama da cidade lembra muito Lisboa...”

A Feira de Água de Meninos
A Feira de Água de Meninos

A Feira de Água de Meninos

Manuel Inácio de Mendonça Filho quebraBR (Bahia, 1894 - 1964) quebraBR Óleo sobre tela, 1940 ”Por que Água de Meninos? Porque assim denominada? Dentre muitas teorias, acredita-se que essa região, com o terreno localizado na baixa praia, ao norte da Enseada, e provido de nascente de boa água, foi doada por Tomé de Souza a Companhia de Jesus em forma de sesmaria para à construção de uma fazenda jesuítica no século XVI, e teria adotado essa nomenclatura em decorrência da presença de muitas crianças integrantes do Orfanato de São Joaquim. Sabemos que no séc. XVII, já o local se chamava Santiago de Água de Meninos. Situada na cidade baixa, meio do caminho entre o Elevador Lacerda e a Igreja do Bonfim, antes da Estação Ferroviária da Calçada, esparramava-se à beira-mar, ao pé da Igreja do Pilar, debaixo de várias ladeiras baianas — Canto da Cruz, Lapinha e Água Brusca. Após o incêndio em 06/09/1964 que devorou este pedaço da Bahia, a Feira de Água de Meninos ficou eternizada na visão plástica de vários artistas, entre eles - Mendonça Filho. Pintor e professor, Mendonça Filho, formou-se na Escola de Belas Artes da Bahia, sendo aluno de Paschoal de Chirico, do qual considerava-se discípulo. Estudou na Europa durante dez anos, na Itália e na França. Lecionou e dirigiu a Escola de Belas Artes da Bahia. Foi um grande pintor de marinhas, tema de sua predileção. Em 1932, começa a frequentar Mar Grande na ilha de Itaparica, marco na sua pintura e vida pessoal. Em 1951, é empossado na cadeira nº 28 da Academia Brasileira de Belas Artes para dedicar-se exclusivamente à pintura.

A Porta do Silêncio - Sala do Capítulo do Convento de São Francisco
A Porta do Silêncio - Sala do Capítulo do Convento de São Francisco

A Porta do Silêncio - Sala do Capítulo do Convento de São Francisco

Presciliano Isidoro da Silva (1883-1965) Aos 07 anos de idade, já desenhava a carvão tipos de pessoas conhecidas. Em 1896, fez Escola de Belas Artes da Bahia, foi aluno de Manoel Lopes Rodrigues. Aos 14 anos de idade, é premiado pela Escola de Belas Artes da Bahia e pelo Liceu de Artes e Ofícios, com medalhas de prata e ouro, nos concursos superiores de pintura e escultura. Em 1905, realiza a sua primeira viagem de ''Prêmio de Viagem à Europa'', oferecido pelo Governo do Estado. Estudou na França durante três anos sob orientação dos mestres Lefevre, Fleury e Déchenald. Na Bretanha (França), produz considerável coleção de telas. Em 1908, já na Bahia, inaugura exposição de quadros na Escola Comercial da Bahia, com telas e estudos acadêmicos muito bem recebidos pela crítica e público. Fixa residência no Rio de Janeiro em 1909. Ficou caracterizado como pintor de interiores sacros, dominou, com precisão, as perspectivas linear e aérea, mas também a captação das atmosferas sentimentais com harmonia de luzes e sombras, além do tema que o caracterizou foi também a marinha, belíssimas paisagens e desenhos nus. Óleo sobre tela, 1963 quebraBR Doação de Alfeu Simões Pedreira

O Cajú
O Cajú

O Cajú

Francisco Terêncio Vieira de Campos (1865-1934) "Vieira de Campos estudou sucessivamente na Escola de belas Artes de Salvador (na qual mais tarde lecionou Desenho), na Academia Imperial de Belas artes do Rio de Janeiro, aluno de Vítor Meireles e José Maria Medeiros, e em Paris, onde viveu três anos. Praticou o gênero, o retrato e a pintura de temas históricos e religiosos, e deixou, como informa Manuel Quirino, um Método Racional de Desenho à Mão Livre." José Roberto Teixeira Leite. Óleo sobre tela quebraBR Acervo do Museu de Arte da Bahia

Disputa Entre Cosmógrafos
Disputa Entre Cosmógrafos

Disputa Entre Cosmógrafos

José Antônio da Cunha Couto (1823-1894) "Em torno de um globo terrestre ao qual acha-se acoplada uma bússola, cinco personagens: ajoelhados, Pedro Álvares Cabral, sobraçando um in-folio, semi-encoberto por ele, ancião com compasso aberto sobre o globo e de óculos (Lucca Paccioli); mais ao fundo, da esquerda para direita, destacando-se dentre as sombras, Cristóvão Colombo e Vasco da Gama (que apoia com firmeza a destra sobre o globo) e Américo Vespúcio, com ambas as mãos erguidas. Embaixo à esquerda, composição com arara e cocar indígena entre outros elementos, dá-nos a pista quanto ao real sentido da cena, que não é uma simples discussão entre cosmógrafos, porém uma Alegoria ao Novo Mundo. A ser aceita essa interpretação, poder-se-ia talvez apontar o ano de 1892, no qual de comemorava 0 Quarto Centenário do Descobrimento da América, como o de execução do quadro, que pode ter sido das últimas obras de Cunha Couto, falecido pouco depois." Sylvia Athayde Alegoria do Novo Mundo quebraBR Óleo sobre tela quebraBR Coleção Jonathas Abbott quebraBR Acervo MAB

Orquestra Ambulante , O Adeus e Dois Véus
Orquestra Ambulante , O Adeus e Dois Véus

Orquestra Ambulante , O Adeus e Dois Véus

Manoel Lopes Rodrigues (1861-1917) À beira de uma sepultura dois véus: O véu de uma mãe e o véu de uma filha E a alma de quem morreu, planando nas estrelas As contempla recordando... Dantes, eram três, em volta da mesa Em que a morte deixou um vazio doloroso Eram três, sentindo o prazer verdadeiro De estarem sempre felizes se amando simplesmente E sob o véu puro da primeira comunhão De repente, espirito da menina despertou E a viúva a pensar naquele que se foi Contraste doloroso, uma e outra se ajoelham. À beira de uma sepultura dois véus: O véu de uma mãe e o véu de uma filha E a alma de quem morreu, planando nas estrelas As contempla recordando... Leon Némo, Paris, Março 1896 ORQUESTRA AMBULANTE. quebraBR Óleo sobre tela. Paris, 1898 quebraBR Doação da Sra. Aloisio Novis O ADEUS. quebraBR Óleo sobre tela, 1895 quebraBR Doação do Banco da Bahia S.A DOIS VÉUS. quebraBR Óleo sobre tela quebraBR Doação do Banco da Bahia S.A

Jesus no Monte das Oliveiras, A Flagelação, A Coroação e Espinhos e A Caminho do Calvário
Jesus no Monte das Oliveiras, A Flagelação, A Coroação e Espinhos e A Caminho do Calvário

Jesus no Monte das Oliveiras, A Flagelação, A Coroação e Espinhos e A Caminho do Calvário

Antônio Joaquim Franco Velasco (1780 - 1833) Franco Velasco reúne nesta cena os três momentos de Cristo carregando a cruz, auxiliado e consolado pela Veronica. Considerado um dos melhores pintores baianos de sua época, Franco Velasco nasceu em Salvador a 3 de setembro de 1780 e faleceu na mesma cidade a 3 de março de 1833, tendo sido também aluno do mestre José Joaquim da Rocha, muito embora estilisticamente não revele marcas dessa aprendizagem. Teve entre seus discípulos, José Rodrigues Nunes (1800-1881) e Bento José Rufino Capinam (1789-1874). por Simão Cireneu Óleo sobre telaquebraBR Coleção Jonathas Abbott quebraBR Acervo MAB

Judite e Holofrenes
Judite e Holofrenes

Judite e Holofrenes

José Teófilo de Jesus (1758 - 1847) Holofernes foi um general assírio do tempo de Nabucodonosor II. Aparece mais precisamente no Livro de Judite - Antigo Testamento - como rei da Assíria entre 158 e 157 a.C. Judite, viúva de Manasses, que era da mesma tribo e família, havia morrido durante a colheita de cevada. Ela era bonita e temente a Deus. Morava em Betúlia, localizada ao Norte da Palestina. Seduz o general babilônico degola-o enquanto e dormia embriagado, forçando desse modo a retirada do poderoso exército assim, privado do seu chefe, a levantar o cerco e bater em retirada. A cena escolhida por José Teófilo, mostra Judite sedutoramente ajoelhada lhe estendendo os braços, evitando desse modo as cenas macabras tradicionais do ato de degolar Holofernes ou, já triunfante, com sua cabeça decepada. Óleo sobre tela quebraBR Coleção Jonathas Abbott quebraBR Acervo MAB

O Rapto de Helena
O Rapto de Helena

O Rapto de Helena

José Teófilo de Jesus (1758 - 1847) Helena de Tróia, cantada por grandes poetas da literatura ocidental, tais como: Homero, Virgilio, Goethe; foi tomada como tema do artista. O estopim do conflito armado foi o sequestro de Helena, esposa do rei espartano Menelau, por Páris, príncipe de Troia. A guerra foi vencida pelo lado grego que, após 10 anos de cerco à cidade (entre 1300 a 1200A.C), conseguiu executar um dos planos de guerra mais famosos da História, estratégia essa criada por Odisseu: O Cavalo de Troia. Após a morte de Páris em combate, Helena casou-se com seu cunhado Deífobo, a quem atraiçoou quando da queda de Tróia, entregando-o a Menelau, que retomou-a por esposa. Juntos voltaram a Esparta, onde viveram até a morte. Foram enterrados em Terapne, na Lacônia. Pintor, dourador, encarnador, José Teófilo de Jesus, em meados do século XVIII, torna-se discípulo de José Joaquim da Rocha, ajudando-o na pintura e douramento de figuras secundárias de tetos e painéis. Auxiliado pelo mestre, viaja para Portugal, onde frequenta a Escola de Belas Artes de Lisboa (1794 a 1798). Ao longo de sua carreira, executa inúmeras pinturas, dentre elas: os forros das naves das Igrejas da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo de Salvador e de Cachoeira (1817) e da Igreja dos Órfãos de São Joaquim, Salvador (1823*); os painéis laterais dos altares da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, Salvador (1845); e vinte e três retratos para o Convento da Piedade. Óleo sobre tela quebraBR Coleção Jonathas Abbott quebraBR Acervo MAB

Santa Rosa de Lima
Santa Rosa de Lima

Santa Rosa de Lima

Nascida em Lima em 1586 e falecida na mesma cidade em 1617, Isabel de Flores Y Oliva tornou-se a primeira santa nascida nas Américas, tendo sido canonizada em 1671, com o nome de Santa Rosa de Lima. Enfermeira desde criança, com a saúde frágil ainda mais agravada pelas severas penitências que se impunha, viveu longos anos em reclusão numa cabana, com irmã terceira da Ordem de São Domingos, tendo frequentes visões e socorrendo os doentes, pobre e índios que a ela recorriam. É representada com o hábito dominicano e tendo à cabeça uma coroa, às vezes de espinhos (que usava para imitar Jesus Cristo), ou mais frequentemente de rosas. Óleo sobre tela Ame do Museu de Arte da Bahia

Pianola Costureira e Cadeiras de Bordar
Pianola Costureira e Cadeiras de Bordar

Pianola Costureira e Cadeiras de Bordar

PIANOLA-COSTUREIRA quebraBR Pinho escurecido com pintura decorativa quebraBR França, século XIX ''Este móvel atende a uma dupla exigência da boa educação feminina no século XIX: tocar e costurar. A caixa comprida dividida em 5 compartimentos, serve para guardar pequenas costuras e se encaixa por cima do teclado. A direita, compartimentos onde são colocados os alfinetes, tesouras, agulhas e linhas'' Sylvia Athayde CADEIRAS DE BORDAR quebraBR Jacarandá e palhinha quebraBR Bahia, século XIX ''Os trabalhos de agulha faziam parte do dia a dia das mulheres: desde a simples confecção de roupa caseira à arte dos bordados muitas vezes utilizados no preparo das peças que iriam compor o enxoval. As cadeiras de costura, apropriadas a esta função, são baixas e, ao alcance das mãos.'' Sylvia Athayde

Cena de oferenda Liga de cobre. Bini, Nigéria
Cena de oferenda Liga de cobre. Bini, Nigéria

Cena de oferenda Liga de cobre. Bini, Nigéria

Representação de uma mulher grávida fazendo uma oferenda para o deus do ferro que, entre os binis, é chamado de Ogun, Ogu ou Ogwu. Ela oferece um galo e outros elementos votivos em uma bandeja, como bebida, caramujos e cauris. Possui muita semelhança com as oferendas realizadas pelos iorubás, que são seus vizinhos.

Máscaras que Tocam
Máscaras que Tocam

Máscaras que Tocam

Vestimentas e máscaras compostas por chocalhos e outros instrumentos. Utilizadas em cerimoniais e representam personagens da mitologia indígena

Máscaras que Tocam
Máscaras que Tocam

Máscaras que Tocam

São enfeitadas com objetos que produzem barulho, além dos adornos de penas e fibras. Durante suas danças, utilizando o bate-pé, fazem ruído como se fosse chocalho.

Máscaras que Tocam
Máscaras que Tocam

Máscaras que Tocam

Vestimentas e máscaras compostas por chocalhos e outros instrumentos. Utilizadas em cerimoniais e representam personagens da mitologia indígena

Máscaras que Tocam
Máscaras que Tocam

Máscaras que Tocam

São enfeitadas com objetos que produzem barulho, além dos adornos de penas e fibras. Durante suas danças, utilizando o bate-pé, fazem ruído como se fosse chocalho.

Tambor Trokano
Tambor Trokano

Tambor Trokano

Tambor escavado em tronco de árvore. Existe em outras culturas antigas, como a maia, a inca, a asteca e a zapoteca, assim como em vários grupos culturais africanos.

Tambor Trokano
Tambor Trokano

Tambor Trokano

Nesse caso podemos observar que os tambor foi entalhado diretamente no tronco da árvore.

Tambor Trokano
Tambor Trokano

Tambor Trokano

Nesse caso podemos observar que os tambor foi entalhado diretamente no tronco da árvore.

Tambor Trokano
Tambor Trokano

Tambor Trokano

Tambor escavado em tronco de árvore. Existe em outras culturas antigas, como a maia, a inca, a asteca e a zapoteca, assim como em vários grupos culturais africanos.

Jogo de Ifá-bandejas (opon Ifá) e faca (irofá ou iroke Ifá) Madeira. lorubá, Nigéria / Benim
Jogo de Ifá-bandejas (opon Ifá) e faca (irofá ou iroke Ifá) Madeira. lorubá, Nigéria / Benim

Jogo de Ifá-bandejas (opon Ifá) e faca (irofá ou iroke Ifá) Madeira. lorubá, Nigéria / Benim

O jogo de Ifá é um oráculo milenar do povo iorubá que é regido pelo orixá Orunmila. Esse oráculo deu origem ao jogo de búzios na Bahia. Nas bandejas utilizadas, que podem ser circulares ou retangulares, se distribui um pó branco (ierosun) que serve para marcar com uma faca (irofá ou iroke ifá) os signos da consulta que são revelados pela posição em que caem as nozes de palma. Para cada uma das 256 combinações possíveis há histórias mitológicas orais que devem ser conhecidas pelo babalaô para interpretar o futuro do consulente. Em 2008, o sistema de adivinhação pelo Ifá foi inscrito na lista mundial do patrimônio intangível da Unesco.

Exu.  Madeira. lorubá, Nigéria/Benim
Exu. Madeira. lorubá, Nigéria/Benim

Exu. Madeira. lorubá, Nigéria/Benim

Representação moderna de Exu, na forma de um colonizador europeu com o chapéu característico do século XIX. O símbolo fálico multiplicador e representa o poder multiplicador e transformador desse orixá.

Máscaras que Tocam
Máscaras que Tocam

Máscaras que Tocam

Os índios criam máscaras que usam em algumas de suas atividades, entre elas a dança. São enfeitadas com objetos que produzem barulho, além dos adornos de penas e fibras. Dos índios Caiapós, do Amazonas.

Máscaras que Tocam
Máscaras que Tocam

Máscaras que Tocam

Os índios criam máscaras que usam em algumas de suas atividades, entre elas a dança. São enfeitadas com objetos que produzem barulho, além dos adornos de penas e fibras. Dos índios Caiapós, do Amazonas.

Trono. Latão. Bamum/Bamileque/Tikar, Camarões
Trono. Latão. Bamum/Bamileque/Tikar, Camarões

Trono. Latão. Bamum/Bamileque/Tikar, Camarões

Na região de campos dos Camarões (grasslands) há diversos grupos étnicos aparentados, como os bamuns, bamileques e tikars, que produzem uma série de bens de prestígio para os integrantes da corte. Entre os objetos mais importantes estão os tronos e bancos que são confeccionados especialmente para a cerimônia de entronização de reis e rainhas. O trono aqui exibido, pelas figuras femininas, seria destinado a uma mulher.

Cabeça representando um Oni (rei) de Ile-Ifé. Liga de cobre. lorubá, Nigéria
Cabeça representando um Oni (rei) de Ile-Ifé. Liga de cobre. lorubá, Nigéria

Cabeça representando um Oni (rei) de Ile-Ifé. Liga de cobre. lorubá, Nigéria

Reprodução moderna das antigas cabeças de bronze encontradas no bosque de Olokun, Palácio de llê-Ifé, que foram cultuadas em altares dedicados aos reis antecessores entre os séculos IX a XIV.

Flautas
Flautas

Flautas

Flauta feita com ossos de animais, usada pelos índios do litoral da Bahia. Dos índios do Amazonas Flauta arara, de cerâmica. Dos índios do Amazonas Flauta em cerâmica repintada de braço, com desenhos.

Flautas
Flautas

Flautas

Flauta feita com ossos de animais, usada pelos índios do litoral da Bahia. Dos índios do Amazonas Flauta arara, de cerâmica. Dos índios do Amazonas Flauta em cerâmica repintada de braço, com desenhos.

Chocalhos Maracás
Chocalhos Maracás

Chocalhos Maracás

Instrumento de grande importância utilizado nos rituais da plantação e da pajelança de vários povos indígenas

Chocalho Bastão de Ritmo - Xingu
Chocalho Bastão de Ritmo - Xingu

Chocalho Bastão de Ritmo - Xingu

Madeira, pigmento, tecido, cordão, pena, coco e sementes

Chocalhos Maracás
Chocalhos Maracás

Chocalhos Maracás

Instrumento de grande importância utilizado nos rituais da plantação e da pajelança de vários povos indígenas

Chocalho Bastão de Ritmo - Xingu
Chocalho Bastão de Ritmo - Xingu

Chocalho Bastão de Ritmo - Xingu

Madeira, pigmento, tecido, cordão, pena, coco e sementes

Ipona
Ipona

Ipona

Trombetas ou buzinas diversas feita com bambu. A primeira é feita com casco de tatu na extremidade, a segunda com chifre de búfalo e as duas últimas com bambu recoberto com palha trançada.

Parapará
Parapará

Parapará

Instrumento feito de uma taboa que imita um peixe. De uso em cerimônias intertribais religiosas e sociais, tipo Quarup, nas quais são reverenciados os mortos

Ipona
Ipona

Ipona

Trombetas ou buzinas diversas feita com bambu. A primeira é feita com casco de tatu na extremidade, a segunda com chifre de búfalo e as duas últimas com bambu recoberto com palha trançada.

Parapará
Parapará

Parapará

Instrumento feito de uma taboa que imita um peixe. De uso em cerimônias intertribais religiosas e sociais, tipo Quarup, nas quais são reverenciados os mortos

Icá
Icá

Icá

Par de trombetas ou buzinas, usadas no cerimonial dos índios Bororós, do Mato Grosso. Feitas em bambu ou embaubeira, tendo borracha na boquilha

Chocalho Indígena
Chocalho Indígena

Chocalho Indígena

A grande maioria dos índios do Amazonas já está aculturada. Muitos deles vendem artesanato indígena nas cidades, sobretudo nos mercados. O exemplar que se vê na foto foi adquirido em mãos de um desses vendedores

Mutomburê
Mutomburê

Mutomburê

Chocalho feito de diversas madeiras: tanto pode ser confeccionado com cascos de boi, como de outros animais.

Dopa ou Bastão de Ritmo
Dopa ou Bastão de Ritmo

Dopa ou Bastão de Ritmo

Instrumento rítmico cerimonial, é percutido batendo no chão. Coletado com os índios Ticuna

Chocalhos Maracás
Chocalhos Maracás

Chocalhos Maracás

Instrumento de grande importância utilizado nos rituais da plantação e da pajelança de vários povos indígenas

Tracajá
Tracajá

Tracajá

Instrumento feito com casco de tracajá, usado por índios do Amazonas, bastante aculturados. Ao ser friccionado, o instrumento lembra o som da cuíca.

Tambor de Bambu
Tambor de Bambu

Tambor de Bambu

Tambor Amazônico feito de bambu, adquirido com índios aculturados de Manaus. Imitação do tambor Trocano

Flauta Indígena de Bambu
Flauta Indígena de Bambu

Flauta Indígena de Bambu

Similar a flauta Pã do deus grego. É encontrado em diversos países antigos, entre eles na Cordilheira Andina, onde é chamado de Zampona. Camaiurás, Alto Xingu

Icá
Icá

Icá

Par de trombetas ou buzinas, usadas no cerimonial dos índios Bororós, do Mato Grosso. Feitas em bambu ou embaubeira, tendo borracha na boquilha

Chocalho Indígena
Chocalho Indígena

Chocalho Indígena

A grande maioria dos índios do Amazonas já está aculturada. Muitos deles vendem artesanato indígena nas cidades, sobretudo nos mercados. O exemplar que se vê na foto foi adquirido em mãos de um desses vendedores

Mutomburê
Mutomburê

Mutomburê

Chocalho feito de diversas madeiras: tanto pode ser confeccionado com cascos de boi, como de outros animais.

Dopa ou Bastão de Ritmo
Dopa ou Bastão de Ritmo

Dopa ou Bastão de Ritmo

Instrumento rítmico cerimonial, é percutido batendo no chão. Coletado com os índios Ticuna

Chocalhos Maracás
Chocalhos Maracás

Chocalhos Maracás

Instrumento de grande importância utilizado nos rituais da plantação e da pajelança de vários povos indígenas

Tracajá
Tracajá

Tracajá

Instrumento feito com casco de tracajá, usado por índios do Amazonas, bastante aculturados. Ao ser friccionado, o instrumento lembra o som da cuíca.

Tambor de Bambu
Tambor de Bambu

Tambor de Bambu

Tambor Amazônico feito de bambu, adquirido com índios aculturados de Manaus. Imitação do tambor Trocano

Flauta Indígena de Bambu
Flauta Indígena de Bambu

Flauta Indígena de Bambu

Similar a flauta Pã do deus grego. É encontrado em diversos países antigos, entre eles na Cordilheira Andina, onde é chamado de Zampona. Camaiurás, Alto Xingu

Tsin-Hali (Berimbau de boca)
Tsin-Hali (Berimbau de boca)

Tsin-Hali (Berimbau de boca)

Flauta nasal, feita com cabaça e cera de abelha. Dos índios Pareci, do Mato Grosso

Ipona
Ipona

Ipona

Trombetas ou buzinas diversas feitas com bambu. A última feita com casco de tatu e a penúltima com chifre de búfalo

Cinto chocalho
Cinto chocalho

Cinto chocalho

Os homens indígenas andam nus, porém usam na cintura essa peça, como o conto que conhecemos. Quando o corpo se movementa, produz som

Cinto sonorizado
Cinto sonorizado

Cinto sonorizado

Adereço indígena usados pelas mulheres. Assim como as mascaras, os cintos e as tangas, tornam-se instrumentos musicais da família do chocalhos.

Tsin-Hali (Berimbau de boca)
Tsin-Hali (Berimbau de boca)

Tsin-Hali (Berimbau de boca)

Flauta nasal, feita com cabaça e cera de abelha. Dos índios Pareci, do Mato Grosso

Ipona
Ipona

Ipona

Trombetas ou buzinas diversas feitas com bambu. A última feita com casco de tatu e a penúltima com chifre de búfalo

Cinto chocalho
Cinto chocalho

Cinto chocalho

Os homens indígenas andam nus, porém usam na cintura essa peça, como o conto que conhecemos. Quando o corpo se movementa, produz som

Cinto sonorizado
Cinto sonorizado

Cinto sonorizado

Adereço indígena usados pelas mulheres. Assim como as mascaras, os cintos e as tangas, tornam-se instrumentos musicais da família do chocalhos.

Povi ou Tori
Povi ou Tori

Povi ou Tori

Tambor de carapaça de tartaruga(tracajá), dos índios Ticuna, do Rio Solimoes. As crianças possuem tambor igual, em tamanho pequeno.

Povi ou Tori
Povi ou Tori

Povi ou Tori

Tambor de carapaça de tartaruga(tracajá), dos índios Ticuna, do Rio Solimoes. As crianças possuem tambor igual, em tamanho pequeno.

Tambor de Axila
Tambor de Axila

Tambor de Axila

Para ser tocado, ele é posto embaixo do braço e batido com uma vareta de madeira ou ferro. O apertar e folgar das cordas com o braço gera diferentes tons compondo sons informativos articulados semelhantes a palavras e frases.

Atabaques
Atabaques

Atabaques

Os atabaques utilizados nos rituais dos orixás são em número de três. O maior chama-se rum, o intermediário rumpi, e o menor lé ou runlé.

Chocalhos
Chocalhos

Chocalhos

Sempre em metal, e denominados xerês, são empregados para homenagear Xangô ( em cobre), Ogum ( em metal branco) e Oxum ( em metal amarelo).

Instrumentos de percussão
Instrumentos de percussão

Instrumentos de percussão

Os instrumentos musicais de percussão predominam entre os instrumentos musicais africanos e afro-brasileiros.

Máscaras Madeira. Bobo/Bwa, Burquina Faso
Máscaras Madeira. Bobo/Bwa, Burquina Faso

Máscaras Madeira. Bobo/Bwa, Burquina Faso

Estas máscaras representam borboletas e corujas. São usadas nas danças que pedem pela fertilidade do solo na época da plantação e da colheita. As corujas representam a ligação do mundo material com o mundo espiritual. As borboletas surgem nessa região da África após as primeiras chuvas, no início da estação de plantio, simbolizando o recomeçar de um ciclo.

Kora ou Corá
Kora ou Corá

Kora ou Corá

O instrumento de corda Kora ou Corá, um tipo de harpa alaúde, é muito utilizado pelos povos da África Ocidental.

Instrumentos de Corda
Instrumentos de Corda

Instrumentos de Corda

O monocórdio foi o primeiro instrumento musical de corda. Sua denominação deriva do grego monochórdon (pelo latim monochordon) e significa uma corda.

Tambor de Axila
Tambor de Axila

Tambor de Axila

Para ser tocado, ele é posto embaixo do braço e batido com uma vareta de madeira ou ferro. O apertar e folgar das cordas com o braço gera diferentes tons compondo sons informativos articulados semelhantes a palavras e frases.

Atabaques
Atabaques

Atabaques

Os atabaques utilizados nos rituais dos orixás são em número de três. O maior chama-se rum, o intermediário rumpi, e o menor lé ou runlé.

Chocalhos
Chocalhos

Chocalhos

Sempre em metal, e denominados xerês, são empregados para homenagear Xangô ( em cobre), Ogum ( em metal branco) e Oxum ( em metal amarelo).

Instrumentos de percussão
Instrumentos de percussão

Instrumentos de percussão

Os instrumentos musicais de percussão predominam entre os instrumentos musicais africanos e afro-brasileiros.

Kora ou Corá
Kora ou Corá

Kora ou Corá

O instrumento de corda Kora ou Corá, um tipo de harpa alaúde, é muito utilizado pelos povos da África Ocidental.

Instrumentos de Corda
Instrumentos de Corda

Instrumentos de Corda

O monocórdio foi o primeiro instrumento musical de corda. Sua denominação deriva do grego monochórdon (pelo latim monochordon) e significa uma corda.

Instrumentos Musicais Africanos e Afro-Brasileiros
Instrumentos Musicais Africanos e Afro-Brasileiros

Instrumentos Musicais Africanos e Afro-Brasileiros

Apresentação da exposição

Chocalhos
Chocalhos

Chocalhos

Sempre em metal, e denominados xerês, são empregados para homenagear Xangô ( em cobre), Ogum ( em metal branco) e Oxum ( em metal amarelo).

Chocalhos
Chocalhos

Chocalhos

Sempre em metal, e denominados xerês, são empregados para homenagear Xangô ( em cobre), Ogum ( em metal branco) e Oxum ( em metal amarelo).

Instrumentos Musicais Africanos e Afro-Brasileiros
Instrumentos Musicais Africanos e Afro-Brasileiros

Instrumentos Musicais Africanos e Afro-Brasileiros

Apresentação da exposição

Instrumentos de Corda
Instrumentos de Corda

Instrumentos de Corda

Os instrumentos de corda (cordofones) produzem sons pela manipulação de cordas distendidas, através do dedilhar, da fricção ou do golpeamento.

Instrumentos de percussão
Instrumentos de percussão

Instrumentos de percussão

Os instrumentos musicais de percussão predominam entre os instrumentos musicais africanos e afro-brasileiros.

Instrumentos de Sopro
Instrumentos de Sopro

Instrumentos de Sopro

A flauta foi o primeiro instrumento musical de sopro. Seu nome deriva do latim flatare, que significa soprar.

Esculturas em forma de cabeça. Terracota. Região Akan, Gana.
Esculturas em forma de cabeça. Terracota. Região Akan, Gana.

Esculturas em forma de cabeça. Terracota. Região Akan, Gana.

Essas peças evocam a arte funerária dos povos akan. A tradição oral relata que cabeças de barro eram feitas no momento da morte dos soberanos para que fosse possível retratá-los nos seus últimos momentos de vida.

Instrumentos de Corda
Instrumentos de Corda

Instrumentos de Corda

Os instrumentos de corda (cordofones) produzem sons pela manipulação de cordas distendidas, através do dedilhar, da fricção ou do golpeamento.

Instrumentos de Corda
Instrumentos de Corda

Instrumentos de Corda

Os instrumentos de corda (cordofones) produzem sons pela manipulação de cordas distendidas, através do dedilhar, da fricção ou do golpeamento.

Instrumentos de percussão
Instrumentos de percussão

Instrumentos de percussão

Os instrumentos musicais de percussão predominam entre os instrumentos musicais africanos e afro-brasileiros.

Instrumentos de Corda
Instrumentos de Corda

Instrumentos de Corda

Os instrumentos de corda (cordofones) produzem sons pela manipulação de cordas distendidas, através do dedilhar, da fricção ou do golpeamento.

Instrumentos de Sopro
Instrumentos de Sopro

Instrumentos de Sopro

A flauta foi o primeiro instrumento musical de sopro. Seu nome deriva do latim flatare, que significa soprar.

Estatuetas Femininas (akua ba). Madeira. Região Akan, Gana
Estatuetas Femininas (akua ba). Madeira. Região Akan, Gana

Estatuetas Femininas (akua ba). Madeira. Região Akan, Gana

A tradição oral dos povos akan conta que Akua, uma mulher estéril, tornou-se mãe de uma menina após construir uma boneca de madeira semelhante a estas. O estilo das esculturas revela o ideal de beleza desses povos: a cabeça arredondada e a testa grande.

Instrumentos de Corda
Instrumentos de Corda

Instrumentos de Corda

O monocórdio foi o primeiro instrumento musical de corda. Sua denominação deriva do grego monochórdon (pelo latim monochordon) e significa uma corda.

Instrumentos de Corda
Instrumentos de Corda

Instrumentos de Corda

O monocórdio foi o primeiro instrumento musical de corda. Sua denominação deriva do grego monochórdon (pelo latim monochordon) e significa uma corda.

Berimbau
Berimbau

Berimbau

É a alma da capoeira: o toque do berimbau determina o jogo a ser feito. é confeccionado em uma vara, de preferência biriba ou paupombo.

Berimbau
Berimbau

Berimbau

É a alma da capoeira: o toque do berimbau determina o jogo a ser feito. é confeccionado em uma vara, de preferência biriba ou paupombo.

Viola de Cocho
Viola de Cocho

Viola de Cocho

A viola de cocho dá vida aos ritmos populares pantaneiros (o cururu e o siriri), presentes nas festas religiosas e profanas. Seu modo de fazer foi reconhecido como patrimônio cultural brasileiro.

Batakari (túnica de guerra).  Algodão, couro e osso. Povos Akan, Gana
Batakari (túnica de guerra). Algodão, couro e osso. Povos Akan, Gana

Batakari (túnica de guerra). Algodão, couro e osso. Povos Akan, Gana

Túnica de algodão contendo diversos amuletos e crânios de animais. Peças como esta eram usadas por guerreiros para se tornarem invencíveis nas batalhas. Também era usada por adivinhos, curandeiros e chefes nos rituais de iniciação e funerais de pessoas importantes da comunidade.

Viola de Cocho
Viola de Cocho

Viola de Cocho

A viola de cocho dá vida aos ritmos populares pantaneiros (o cururu e o siriri), presentes nas festas religiosas e profanas. Seu modo de fazer foi reconhecido como patrimônio cultural brasileiro.

Evolução do violino
Evolução do violino

Evolução do violino

O monocórdio foi o primeiro instrumento musical de corda. Sua denominação deriva do grego monochórdon (pelo latim monochordon) e significa "uma corda". Os instrumentos de corda (cordofones) produzem sons pela manipulação de cordas distendidas, através do dedilhar, da fricção ou do golpeamento.

Máscaras Policromadas . Igbo, Nigéria
Máscaras Policromadas . Igbo, Nigéria

Máscaras Policromadas . Igbo, Nigéria

Máscara Policromada (Máscara da Direita) quebraBR Madeira e tecido. Igbo, Nigéria Esse tipo de objeto é conhecido entre os igbôs como aghogho, a máscara que torna presente o espírito de uma donzela que é uma entidade feminina primordial do panteão desses povos. Esse tipo de máscara é usado em culto aos antepassados pelos integrantes da associação Mmwo. A cor branca está associada aos mortos nessa cultura. Máscara (Máscara da esquerda) quebraBR Madeira policromada, couro e metal. Igbo, Nigéria quebraBR Os igbos, diferentemente dos seus vizinhos iorubás, não possuem o poder centralizado na figura de um rei. Os diversos povoados são liderados por grupos de anciões que realizam celebrações em honra dos antepassados. Essa máscara representa um ancestral masculino.

Evolução do violino
Evolução do violino

Evolução do violino

O monocórdio foi o primeiro instrumento musical de corda. Sua denominação deriva do grego monochórdon (pelo latim monochordon) e significa "uma corda". Os instrumentos de corda (cordofones) produzem sons pela manipulação de cordas distendidas, através do dedilhar, da fricção ou do golpeamento.

Máscara de Egun.  Madeira policromada. Iorubá, Benim/Nigéria
Máscara de Egun. Madeira policromada. Iorubá, Benim/Nigéria

Máscara de Egun. Madeira policromada. Iorubá, Benim/Nigéria

As máscaras de Egun representam antepassados masculinos ilustres. São confeccionadas com tecidos ricamente adornados. Algumas máscaras mais importantes também apresentam na parte superior uma escultura em madeira, como a peça aqui apresentada. Nessas esculturas aparecem símbolos ligados à ancestralidade, como a barba comprida e o camaleão que, segundo os mitos iorubás, foi o primeiro ser vivo a andar sobre a Terra.

Instrumentos de percussão
Instrumentos de percussão

Instrumentos de percussão

Instrumentos musicais tradicionais de corda, sopro e percussão são encontrados em todo o mundo, em diferentes épocas e culturas

Máscaras Gueledés. Madeira policromada. Iorubá, Nigéria/Benim
Máscaras Gueledés. Madeira policromada. Iorubá, Nigéria/Benim

Máscaras Gueledés. Madeira policromada. Iorubá, Nigéria/Benim

Tipos mais elaborados das máscaras gueledés, apresentando uma superestrutura esculpida em um único bloco de madeira. Nessas máscaras aparecem animais mitológicos e símbolos proverbiais, como osu, o sinal da lua crescente que representa o ciclo menstrual, e Eye, o temível pássaro capaz de trazer bênçãos ou tragédias para a comunidade.

Instrumentos de percussão
Instrumentos de percussão

Instrumentos de percussão

Instrumentos musicais tradicionais de corda, sopro e percussão são encontrados em todo o mundo, em diferentes épocas e culturas

Koto
Koto

Koto

O koto é um instrumento musical japonês de cordas dedilhadas, composto de uma caixa de ressonância com diversas cordas, semelhante a uma grande cítara, possui cerca de 1,80m.

Koto
Koto

Koto

O koto é um instrumento musical japonês de cordas dedilhadas, composto de uma caixa de ressonância com diversas cordas, semelhante a uma grande cítara, possui cerca de 1,80m.

Pandeiros
Pandeiros

Pandeiros

Considerado um dos mais antigos instrumentos musicais existentes que, segundo vários estudiosos, parece ser originário do Oriente Médio ou da Índia. Há registro de seu uso em várias culturas da Antiguidade, inclusive entre os hebreus, segundo o Antigo Testamento.

Pandeiros
Pandeiros

Pandeiros

Considerado um dos mais antigos instrumentos musicais existentes que, segundo vários estudiosos, parece ser originário do Oriente Médio ou da Índia. Há registro de seu uso em várias culturas da Antiguidade, inclusive entre os hebreus, segundo o Antigo Testamento.

Instrumentos de percussão
Instrumentos de percussão

Instrumentos de percussão

Instrumentos musicais tradicionais de corda, sopro e percussão são encontrados em todo o mundo, em diferentes épocas e culturas

Instrumentos de percussão
Instrumentos de percussão

Instrumentos de percussão

Instrumentos musicais tradicionais de corda, sopro e percussão são encontrados em todo o mundo, em diferentes épocas e culturas

Instrumentos tradicionais do mundo
Instrumentos tradicionais do mundo

Instrumentos tradicionais do mundo

Através de pesquisas históricas, iconográficas e etnomusicais é possível conhecer a trajetória dos instrumentos, suas origens, transformações adaptativas e modernizações.

Instrumentos tradicionais do mundo
Instrumentos tradicionais do mundo

Instrumentos tradicionais do mundo

Através de pesquisas históricas, iconográficas e etnomusicais é possível conhecer a trajetória dos instrumentos, suas origens, transformações adaptativas e modernizações.

Retomar Símbolos
Retomar Símbolos

Retomar Símbolos

Todo país se imagina a partir de uma serie de símbolos e emblemas - como a bandeira, o hino, as armas e os selos nacionais - que costumam aglutinar, na base da emoção, um passado comum e uma utopia no tempo presente. Por isso, eles dizem respeito à sociedade como um todo e não podem se sequestrados por um grupo ou setor. É na sua união mas também na sua diversidade que tais representações patrióticas ganham sentido e amplitude Nesse núcleo apresentamos releituras da bandeira nacional, símbolo máximo da nacionalidade, a partir da experiência de diferentes grupos, que coletivamente refazem suas identidades a partir de elementos e representações comuns. A experiência democrática carrega um ideal de extensão da cidadania cuja ênfase recai sobre o direito de participar e opinar. Essa é uma espécie de franquia da cidadania que precisa se orientar sempre pelo critério de inclusão

DESCOLONIZAR
DESCOLONIZAR

DESCOLONIZAR

Durante muito tempo a história brasileira foi contada a partir de uma única experiência europeia, masculina e colonial. Nesse núcleo, os temas da diversidade e da democracia aparecem expressos a partir da experiência de artistas provenientes de diferentes formações, raças, gerações, regiões, gêneros e sexos. A política tradicional é igualmente questionada, tendo em mente diferentes momentos do passado autoritário do país. Se não restam dúvidas acerca da importância da imigração europeia e de seu papel central na formação do país, é preciso também tratar dos muitos silêncios da nossa narrativa nacional. Lembrar de não esquecer.

SOMOS NÓS
SOMOS NÓS

SOMOS NÓS

É na diversidade que reside a riqueza do Brasil. No entanto, o país ainda luta com uma desigualdade estrutural e com uma democracia que acomoda secularmente persistente exclusão social. Esse núcleo apresenta um retrato plural e vivo desse país, que precisa de um novo pacto pela democracia - conhecida como um regime que se pauta na capacidade de se autogovernar entre iguais. Que o poder do povo seja soberano e que a democracia reine como um modo de vida e uma forma de estar em sociedade.

TUDO É DÁDIVA
TUDO É DÁDIVA

TUDO É DÁDIVA

Dádiva implica o ato de dar, receber e retribuir. Esse é o universo rico, complexo, conflitivo, esperançoso que apresentamos nesse núcleo. Ele é feito da tensão entre diferentes símbolos, ícones e objetos de culto; expressos nos mais diferentes ritos, crenças e religiões do país Pois, afinal, tudo é (mesmo) dádiva.

Bacia utilizada para fazer a barba
Bacia utilizada para fazer a barba

Bacia utilizada para fazer a barba

Antes do uso costumeiro dos talheres, que se expandiu na Europa do séc. XVIII, era hábito comer com as mãos. Daí o aparecimento das jarras ou gomis, para conduzir a água, com a qual se lavava as mãos, e as bacias para apará-la. Mais tarde, estes objetos passaram a ser usados na liturgia católica. Conjunto de bacias e gomis de formas diversas, alguns com decoração de conchas e volutas, outros delicadamente gravados ou simplesmente decorados com fios de pérolas. Portugal e Bahia, séculos XVIII e XIX.

Castiçal-palmatória
Castiçal-palmatória

Castiçal-palmatória

O castiçal é uma luminária destinada a portar uma única vela. Desde a sua criação foi uma peça indispensável para clarear toda a atividade noturna de uma casa. Alguns eram portáteis, como o castiçal-palmatória, com um prato e bocal para a vela e anel para transportá-lo. Brasil e Portugal, século XIX.

Castiçais e salvas da Bahia e Portugal dos séc. XVIII e XIX.
Castiçais e salvas da Bahia e Portugal dos séc. XVIII e XIX.

Castiçais e salvas da Bahia e Portugal dos séc. XVIII e XIX.

Destaca-se o par de "castiçais de saia", século XVIII, trabalhado em prata repuxada. Os outros castiçais têm caneluras e fios perolados, decoração característica do final do século XVIII.

Serviços de chá e café pertencentes a Eça de Queirós
Serviços de chá e café pertencentes a Eça de Queirós

Serviços de chá e café pertencentes a Eça de Queirós

Entre os serviços de chá e café desperta a atenção o decorado com motivos indianos, feito em Goa. Pertenceu ao escritor português Eça de Queirós. Século XIX. Do conjunto de salvas destacam-se as do centro, trabalhadas no estilo D. José I, da segunda metade do século XVIII. Bahia e Portugal.

Farinheira em prata
Farinheira em prata

Farinheira em prata

O chocolate, o chá e o café foram novos hábitos incorporados e difundidos pelos europeus a partir do séc. XVI. Oriundos do contato com diferentes povos, o chocolate veio dos astecas do México, o chá da China e o café da Arábia. Tornaram-se bebidas da moda no séc. XVIII, originando para o seu consumo diversas peças que integram os famosos serviços de chá, café e chocolate. Já a farinheira foi um objeto incorporado ao modo de ser da família baiana.

Objetos de montaria
Objetos de montaria

Objetos de montaria

Objetos de montaria eram importantes acessórios pessoais. Os estribos servem para apoio do pé. A espora destina-se a espicaçar, instigar a montaria. De jacarandá e prata, o par de pesadas caçambas para montaria masculina. Para uso feminino, graciosas em sua decoração de recortes e gravados, são as famosas sandálias, um único estribo usado pelas damas, devido ao hábito de se montar de lado. Brasil, século XIX.

Rebenques
Rebenques

Rebenques

O rebenque é um chicote que serve para golpear o cavalo, castigando-o ou excitando-o. As facas e os punhais, com suas bainhas ricamente trabalhadas, completam o conjunto. Brasil, século XIX.

Joias Crioulas
Joias Crioulas

Joias Crioulas

 No Brasil escravocrata, adquirir um sapato era o primeiro sinal de que uma negra conquistara a liberdade. Em seguida, adornava-se de jóias como forma de demonstrar ascensão social e econômica. Desde 1969, 157 peças datadas do século XVII a XIX encontram-se em exposição no Museu Carlos Costa Pinto, permitindo aos visitantes viajar na imaginação por uma época em que mulheres escravas trabalhavam "de ganho" para senhores e senhoras e economizavam o que ganhavam para comprar o próprio destino.

Balangandans
Balangandans

Balangandans

A maior coleção de pencas de balangandans em museus é a do Museu Carlos Costa Pinto. São 27 pencas em prata, datadas dos séculos XVIII e XIX. Elas encantam por seu exotismo. Esses curiosos exemplares de ourivesaria brasileira parecem ter nascido na Bahia. Esses objetos eram usados na cintura, por algumas negras e mestiças, escravas e libertas. Além de adorno pessoal de valor econômico, cada penca de balangandans traz uma diversidade de objetos místicos, que refletem o imaginário popular da época, onde se mesclam diferentes tradições religiosas

Porcelana Chinesa estilo Imari
Porcelana Chinesa estilo Imari

Porcelana Chinesa estilo Imari

O estilo Imari, nome do porto onde eram embarcadas essas peças, nasceu no Japão. Foi imitado pelos chineses, por sua grande aceitação no mercado internacional ocidental. O Powder- blue ou blé-soufflé é uma técnica que consiste em revestir de azul, o fundo normalmente branco da porcelana. Muitas dessas peças eram produzidas e exportadas para o Japão, onde eram usadas na cerimônia do chá.

Companhia das Índias
Companhia das Índias

Companhia das Índias

O nome Companhia das Índias designa a porcelana chinesa de exportação para o mercado europeu e suas colônias. Destacam- se aqui partes de dois serviços datados do início do século XIX: um deles, em esmaltes da Família Rosa, traz ao centro o monograma JL e o outro tem decoração floral em esmaltes da Família Verde.

Porcelana Inglesa
Porcelana Inglesa

Porcelana Inglesa

Exemplares de porcelana inglesa do século XIX, das manufaturas Davenport, Copeland e W. Adams & Sons. A maioria traz decoração inspirada em motivos orientais, com predomínio do esmalte azul. Destaque para a louça de borrão (flown blue), muito importada pelo Brasil no período imperial.

Série
Série "Tour in Search of wife"

Série "Tour in Search of wife"

Nessa vitrine, peças de porcelana de Lowestoft, Copeland e Clews. Além da decoração inspirada em temas orientais, as manufaturas inglesas foram desenvolvendo seus próprios padrões. Entre eles, uma travessa que ilustra o viúvo Dr. Syntax procurando uma nova esposa. Esse é um exemplar da série "Tour in Search of wife" do caricaturista Rowlandson.

Pouso de Adelaide
Pouso de Adelaide

Pouso de Adelaide

O Pouso de Adelaide é um caramanchão construído nos jardins do Parque Histórico Castro Alves para homenagear a Irmã predileta do Poeta, Adelaide de Castro Alves Guimarães. Nasceu a 22 de março de 1854, em Salvador, Bahia, era amante das artes, especialmente da música, do desenho e da poesia, tendo publicado um livro com seus poemas. Era a irmã preferida de Castro Alves, que a chamava carinhosamente de Sinhá, e para quem escreveu o poema '' A minha irmã Adelaide ''. Ao longo de sua vida, preocupou-se em cultuar a memória do irmão, cuidando de sua obra. Casou-se com o jornalista Augusto Álvares Guimarães, em 1873, amigo íntimo do poeta. Morreu em 21 de setembro de 1940, no Rio de Janeiro, com quase 90 anos. A MINHA IRMÃ ADELAIDE QUANDO SOZINHO e triste... em horas de amargura, quebraBR Tu sentes de meu seio a tempestade escura quebraBR As asas encurvar, no fúnebre oceano!... quebraBR Quando a esponja de fel embebe-me a lembrança!... quebraBR ... Levantas-te de leve, ó límpida criança!... quebraBR E deixas tuas mãos correrem no piano... — Tu’alma — terna e meiga inclina-se inquieta quebraBR No abismo funeral das mágoas do poeta, quebraBR E sonda aquele pego... e rasga aquele arcano! quebraBR Após... Nesse arquejar da vida, que me pesa, quebraBR Ouço... longe, uma voz que no infinito reza! ... quebraBR Na terra um soluçar choroso... É teu piano! quebraBR Quando no desviver das horas de atonia, quebraBR Das noites tropicais na morna calmaria, quebraBR Da mocidade o canto arrojo ao vento — insano... quebraBR E, perto de morrer, o amor anseio ainda!... quebraBR Que mulher me soletra essa harmonia infinda? quebraBR ... É tua mão qu’empresta um’alma ao teu piano... quebraBR E enquanto a flor rebenta à face da lagoa quebraBR E a lua vagabunda o céu percorre à toa, quebraBR Mirando na corrente o seio leviano;... quebraBR Inda a terra m’inspira um sonho de ternura!... quebraBR ... O gênio da desgraça, o gênio da loucura, quebraBR Tu sabes, qual Davi, curar no teu piano. quebraBR Criança! Que não vês como é sublime e santo quebraBR Fazer irmãos no amor e cúmplices no pranto quebraBR Mozart, o homem do Norte, e Verdi, o Italiano! quebraBR Despertar ao relento o idílio de Bellini! quebraBR Fazer dançar Sevilha, ao toque de Rossini... quebraBR E o bolero estalar... nas teclas do piano! quebraBR Ai! toca! No meu ser acorda ainda um estro quebraBR À voz de Gottschalck — o esplêndido maestro — quebraBR Aos lampejos de luz — do Moço Paulistano — quebraBR Ai!... toca!... Enche de sons o derradeiro dia quebraBR Daquele que só tem... por sonho — uma harmonia! quebraBR Por única riqueza... a ti... e ao teu piano! Salvador, 29 de maio de 1871

Trilha da fonte e a Cruz na Estrada
Trilha da fonte e a Cruz na Estrada

Trilha da fonte e a Cruz na Estrada

Trilha ecológica que nos leva ao marco onde encontramos um dos poemas de Castro Alves, "A Cruz da Estrada" e as nascentes do Parque Histórico, uma fonte de água doce e um riacho que deságua no Rio Paraguaçu. Existe o costume de se colocar uma cruz para marcar o local onde alguém faleceu. Castro Alves aproveitou o costume para escrever mais um poema em que denúncia o sofrimento causado pela escravidão. A CRUZ DA ESTRADA. O Poema de Castro Alves, fala de um escravizado que encontra a liberdade na morte. O poema descreve a sepultura a beira da estrada, um escravizado acolhido por Deus na plenitude da natureza. O Poeta pede que o "Caminheiro" deixe o costume de jogar um ramo de alecrim na Cruz que marca a sepultura, para não incomodar aquele que ali descansa. Aquele que "Há pouco a liberdade o desposou". A cruz da estrada Caminheiro que passas pela estrada, quebraBR Seguindo pelo rumo do sertão, quebraBR Quando vires a cruz abandonada, quebraBR Deixa-a em paz dormir na solidão. Que vale o ramo do alecrim cheiroso quebraBR Que lhe atiras nos braços ao passar? quebraBR Vais espantar o bando buliçoso quebraBR Das borboletas, que lá vão pousar. É de um escravo humilde sepultura, quebraBR Foi-lhe a vida o velar de insônia atroz. quebraBR Deixa-o dormir no leito de verdura, quebraBR Que o Senhor dentre as selvas lhe compôs. Não precisa de ti. O gaturamo quebraBR Geme, por ele, à tarde, no sertão. quebraBR E a juriti, do taquaral no ramo, quebraBR Povoa, soluçando, a solidão. Dentre os braços da cruz, a parasita, quebraBR Num abraço de flores, se prendeu. quebraBR Chora orvalhos a grama, que palpita; quebraBR Lhe acende o vaga-lume o facho seu. Quando, à noite, o silêncio habita as matas, quebraBR A sepultura fala a sós com Deus. quebraBR Prende-se a voz na boca das cascatas, quebraBR E as asas de ouro aos astros lá nos céus. Caminheiro! do escravo desgraçado quebraBR O sono agora mesmo começou! quebraBR Não lhe toques no leito de noivado, quebraBR Há pouco a liberdade o desposou. Castro Alves, Recife, 22 de junho de 1865

Marco com o texto de Edvaldo Machado Boaventura
Marco com o texto de Edvaldo Machado Boaventura

Marco com o texto de Edvaldo Machado Boaventura

Para que o frequentem em bandos os alunos dos colégios; quebraBR Para que o visitem em linha de turismo os forasteiros à cata da tradição e do pitoresco; quebraBR Para que o preservem as gerações e o Governo o defenda como por lei obrigado a defender o patrimônio cívico do povo!

Poema Espumas Flutuantes
Poema Espumas Flutuantes

Poema Espumas Flutuantes

...E o que são na verdade estes meus cantos?... Como as espumas, que nascem do mar e do céu, da vaga e do vento, eles são filhos da musa — este sopro do alto; do coração — este pélago da alma. E como as espumas são, às vezes, a flora sombria da tempestade, eles por vezes rebentaram ao estalar fatídico do látego da desgraça. E como também o aljofre dourado das espumas reflete as opalas rutilantes do arco-íris, eles por acaso refletiram o prisma fantástico do entusiasmo — estes signos brilhantes da aliança de Deus com a juventude! Mas, como as espumas flutuantes levam, boiando nas solidões marinhas, a lágrima saudosa do marujo... possam eles, ó meus amigos! — efêmeros filhos de minh’alma — levar uma lembrança de mim às vossas plagas!... São Salvador, fevereiro de 1870 Antônio de Castro Alves

A Família
A Família

A Família

O Periquitão, como ficou conhecido José Antônio da Silva Castro, relacionou-se com Ana Viegas, com quem teve Clélia Brasília, a mãe de Castro Alves. Antônio José Alves Filho de um negociante português, nasceu a 16 de março de 1818. Tornou-se médico cirurgião e professor da Faculdade de Medicina da Bahia. Recebeu o título de Cavaleiro da Ordem da Rosa pela sua atuação no combate ao surto colérico que atingiu a Bahia no século XIX. Foi condecorado, ainda, com o Hábito de Cristo, pelo Imperador D. Pedro II. Colecionador de obras de arte, fundou em 1865, junto com Jonathas Abbot, uma Sociedade de Belas Artes. Faleceu em 24 de janeiro de 1866. Clélia Brasília, a mãe de Castro Alves estudava em um respeitável internato de Salvador quando conheceu Antônio José Alves. Ela era então uma bonita e tímida moça de 15 anos que espreitava a rua pelas janelas do colégio. Antônio José a via nesses fugazes momentos e não demorou a se interessar por ela. Ocasiões não lhe faltaram para ver a moça, pois seu irmão noivava com a irmã da diretora do colégio. Para unir definitivamente o casal, o destino deu a ajuda que faltava: esgotado com a vida de estudante de medicina e boticário, Antônio José adoeceu dos pulmões e um amigo lhe recomendou uma estada no interior, indo ele recuperar-se justamente em Curralinho, como hospede da família Castro. Aproveitou a oportunidade para pedir Clélia Brasília em casamento. Clélia Brasília da Sila Castro Filha do major José Antônio da Silva Castro e de Ana Rita Viegas, nasceu em Salvador no dia 14 de marco de 826. Era retraída tímida, morreu de tuberculose em 10 de abril de 1859. D. Maria Lourença Ramos Guimaraes Alves, 2ª esposa do Dr. Antônio José Alves a partir de janeiro de 1862. Foi responsável pela criação das irmãs do Poeta. José Antônio de Castro Alves irmão mais velho do Poeta. Nasceu fazenda Cabaceiras, em 3 de fevereiro de 1846. Assim como castro Alves, também gostava de poesia. Cometeu suicídio aos 18 anos, em 09 de fevereiro de 1864. Antônio Frederico de Castro Alves, segundo filho do casal Clélia e Antônio José, nasceu na Fazenda Cabaceiras no dia 14 de março de 1847, dia consagrado a Santa Matilde, às 10:00 da manhã de um Domingo. Guilherme de castro Alves nasceu na Fazenda Cabaceiras em 13 de fevereiro de 1852. Assim como os irmãos também foi poeta. Publicou um livro de traduções de Byron adotando p pseudônimo de Alberto Krass e em um de seus poemas próprios Raios sem Luz (1875) sob o pseudônimo de D´Alva Xavier. Abandonou a faculdade de Medicina para dedicar-se a lecionar inglês em instituições particulares de ensino. Casou-se “por motivos graves” em 1870 com Silvina Amélia Moyer. Faleceu a 28 de janeiro de 1877, aos 24 anos. Elisa de Castro Alves Guimaraes Primeira filha do Dr. Alves e de D. Clelia, nasceu em 26 de fevereiro de 1853, na cidade baiana de São Felix. Casou-se com o filho de sua madrasta (D. Maria Ramos Guimaraes) Francisco Lopes Guimarães Junior (Chico). Morreu em julho 16 de julho de 1931. Adelaide de Castro Alves Guimaraes (Sinhá) era a irmã mais querida do Poeta Castro Alves. Nasceu em Salvador, no dia 22 de março de 1854. Casou-se com Augusto Álvares Guimarães (amigo do Poeta). Faleceu em 21 de setembro de 1940. Amélia de Castro Alves Ribeiro da cunha irmã caçula de Castro Alves. Nasceu em Salvador no dia 07 de maio de 1855. Casou-se com Manoel da Cunha. Faleceu em de dezembro de 1924.

Origem e trajetória
Origem e trajetória

Origem e trajetória

A história da família do poeta Castro Alves, na Bahia, começa em meados do século XVIII quando seu bisavô materno, João Antunes da Silva Castro, chega de São Paulo com as Bandeiras e estabelece residência em Curralinho (atual município de Castro Alves). Já era poderoso e respeitado quando nasceu seu filho, José Antônio da Silva Castro, o avô do poeta. José Antônio participou das lutas pela Independência do Brasil desde fevereiro de 1822, data dos primeiros clamores nativistas. Organizou o batalhão denominado "Periquitos", assim chamado por causa do uniforme verde que usavam. Antônio José Alves e Clélia Brasília foram morar em 5 de dezembro de 1845, na Fazenda Cabaceiras (que era propriedade do pai de Clélia – o Periquitão). Lá nasceram os primeiros filhos do casal José Antônio (1846), Antônio (1847), João (1850) e Guilherme (1852). Castro Alves viveu na fazenda os seus cinco primeiros anos de vida. A casa onde o Poeta nasceu parecia-se com todas as casas do sertão: telhado de quatro águas sustentado nos beirais pelas colunas falquejadas em perobeira, varanda colonial, porta ao centro, janelas sem vidros aos lados, os muros de cal virgem, pavimentos tijolados, um corredor de ponta a ponta dividindo-se em alas, e, no fundo, sala de jantar (ampla e comum) com paredes cobertas de utensílios de pastoreio, armas, correame e troféus. O curral, pegado à casa, era-lhe o complemento das cozinhas. A casa da antiga Fazenda Cabaceiras foi demolida no início do século XX e reconstruída em 1971, tendo-se como base uma "velha fotografia" da residência original (acervo do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia). O imóvel reedificado transformou-se em Museu - o atual Parque Histórico Castro Alves, no município baiano de Cabaceiras do Paraguaçu. A família Castro Alves mudou-se várias vezes, passando por cidades como Muritiba e São Félix, até estabelecer residência em Salvador, em 1854. Na capital, Dr. Alves consolidou sua carreira de médico. Em 1852, na cidade de Muritiba, Castro Alves e José Antônio estudaram na escola pública de José Peixoto da Silva, que ficava próximo de onde moravam. Quando se mudaram para o município de São Félix, passaram a estudar com o professor Antônio Frederico Loup, que lecionava na cidade vizinha, Cachoeira.

Primeiros versos
Primeiros versos

Primeiros versos

Entre os anos de 1856 e 1857, Castro Alves e José Antônio frequentaram os cursos do Colégio Sebrão, em Salvador. Em 1858 transferem-se para o Ginásio Baiano, dirigido pelo Dr. Abílio César Borges, futuro Barão de Macaúbas. É no Ginásio Baiano que a vocação para a tribuna começa a manifestar-se no Poeta. Lá, os alunos eram obrigados a produzir textos literários e apresentá-los nas festas cívicas, nas de distribuição anual de prêmios ou nos outeiros. Foi no Ginásio Baiano, aos 13 anos, que Castro Alves declamou pela primeira vez em público, no dia 09 de setembro de 1860, em homenagem ao aniversário do diretor. O poema composto como um dever escolar, já traz, contudo, o germe do que seria a marca da sua poesia, a preocupação com o futuro do país: ''Nasceu hoje meu bom Diretor. quebraBR Para honra do grande Brasil, quebraBR Preparando na infância, que educa, Para a pátria futuro gentil. E por isso que o sol orgulhoso quebraBR Ergue a fronte soberba e brilhante; quebraBR E por isso que as flores exalam quebraBR Um perfume mais doce e fragrante'' No ano seguinte, o jovem cumpre quase que um ritual de quem praticava as letras na Bahia: era o de honrar a sua tradição histórica, louvando o 2 de julho. O poema produzido apresenta a força, a pujança e o sentimento comum a todos os baianos que se orgulhavam dos feitos gloriosos das lutas pela consolidação da Independência do Brasil. Castro Alves reitera o amor a liberdade e rememora cenas de guerra. Aos 15 anos, em janeiro de 1862, em companhia de Antônio, seu irmão mais velho, Castro Alves mudou-se para a cidade do Recife com a intenção de Ingressar na Faculdade de Direito. Reprovado em geometria nos exames de admissão, O poeta só efetivou a sua matricula no curso, após a terceira tentativa, no ano de 1864. Mesmo sendo reprovado, o poeta participou ativamente durante o período de 1862 e 1863, da vida estudantil e cultural do Recife. ''Meu segredo? É o canto de poesia quebraBR Que suspirou saudoso o gondoleiro, quebraBR Que vai morrer gemente sobre as praias. quebraBR — Da despedida pranto derradeiro — quebraBR Mais aéreo que as vozes da sereia quebraBR — Alta noite — sentada sobre a areia. Meu segredo? É o soluço d'alma triste quebraBR Que conta sua dor à brisa errante. quebraBR É o pulsar tresloucado de meu peito quebraBR A repetir um nome delirante. quebraBR Tímido anelar de edêneo gozo, quebraBR Castelo que eu criei vertiginoso. Criei-o numa noite não dormida, quebraBR Após vê-la entre todas — a rainha; quebraBR Criei-o nestas horas de delírio quebraBR Em que sentira em fogo a fronte minha quebraBR E o sangue galopava-me nas veias quebraBR E o cérebro doía-me de ideias ...'' Meu segredo 1863 Em agosto de 1865, recita no Teatro Santa Isabel o Poema '' Aos estudantes voluntários da Pátria'' dedicado aos colegas que partiram para a guerra no Paraguai. No 7 de setembro de 1866. no mesmo teatro, rememora redro Ivo, o herói da Revolução Praieira, emocionando os pernambucanos. Em marco de 1867, atores e literatos amigos ouvem o poeta ler o drama Gonzaga. Castro Alves não somente escrevia, mas gostava muito de apresentar, de viva voz, a sua criação poética. No Recife Castro Alves dá início a primeira fase brilhante de sua Vida de poeta. Destaca-se na abertura dos cursos jurídicos, em 1865, ao recitar ''O Século'', poesia na qual já demonstra todo o vigor da sua lira, a incentivar a mocidade à ação. Quando o primeiro poema abolicionista de castro Alves ''A Canção do Africano''- foi publicado no Recife, em 1863, a sociedade brasileira não estava preocupada em libertar os escravos, pois isso significaria a perda do braço trabalhador e declínio da economia do país. Quem ousasse defender a ideia da abolição era considerado um traidor da pátria, um subversivo. Castro Alves não temeu a opinião dos poderosos e levantou mais alto a bandeira da libertação dos escravos. Nesse sentido considerado um revolucionário, um ousado combatente das leis que então vigoravam no país.

A conquista de novas plateias
A conquista de novas plateias

A conquista de novas plateias

O ano de 1867 foi o ano de Castro Alves na Bahia. A presença de poetas nas reuniões familiares sociais, em Salvador, foi uma constante durante todo o século XIX. A declamação de poesias, às vezes acompanhadas de música, constituía a principal atração de uma festa de alto nível. Castro Alves explode na cena baiana. Os convites para que comparecesse às reuniões de diversas naturezas eram frequentes. Em 2 de julho de 1867, Castro Alves é ovacionado pela plateia presente ao Teatro São João, depois de ter recitado ''Ao Dois de Julho''. Em 3 de agosto seria a vez de dedicar ao Grêmio Literário da Bahia um dos seus mais famosos poemas ''O Livro e América'' declamado pela atriz Eugênia Câmara, no mesmo teatro, no festival Em benefício da biblioteca da instituição. Em 7 de setembro, aconteceria a consagração definitiva com a estreia do drama Gonzaga, cuja atriz principal era a sua amada Eugênia Câmara. Após o espetáculo, o poeta foi carregado nos braços do povo até sua residência. O condor já estava pronto para novos voos. Portando uma carta de apresentação, assinada pelo parlamentar baiano Joaquim Jerônimo Fernandes a cunha. que fora amigo de seu pai, Castro Alves dirige-se a José de Alencar, na época, mais consagrado escritor brasileiro. Alencar, após tomar contato com as produções de Castro Alves, o recomenda ao escritor e crítico literário Machado de Assis. Machado, muito provavelmente, por uma questão de deferência a José de Alencar torna público sua crítica positiva sobre as produções literárias de Castro Alves. Em 1868, Castro Alves consagra-se definitivamente, como grande poeta social ao declamar em locais públicos no Rio de Janeiro e São Paulo. Na corte, no dia 22 de fevereiro, leu o drama Gonzaga, no salão do Diário do Rio de Janeiro, tendo como ouvintes jornalistas, políticos e homens de letras. Na sacada do prédio desse jornal, à rua do Ouvidor, declamaria, no dia 4 de marco, O poema ''Pesadelo de Humaitá'' Na rua, aplaudia-o a multidão que comemorava a vitória brasileira na guerra contra o Paraguai.

Gloria e dor
Gloria e dor

Gloria e dor

Ao desembarcar em São Paulo, em março de 1868, Castro Alves já tinha um nome conhecido, festejado e noticiado. O Poeta apresentou-se em saraus literários, nos teatros, nas academias. Era requisitado para todas as festas. Conviveu com Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, nas reuniões políticas, na imprensa, nos comícios, nas academias. Seu momento culminante em São Paulo foi em 22 de julho de 1868, no salão da Concórdia, quando declamou o poema "Pedro Ivo" destacando-se, então, como o intérprete perfeito dos ideais da época. Tornou-se célebre. Em São Paulo, Castro Alves vivenciou muitos momentos de êxitos e glórias. Em sentido inverso caminhava o seu relacionamento amoroso com a atriz Eugênia Câmara. Alternaram, cotidianamente, rupturas e reconciliações até o término definitivo do romance. O Poeta atravessou dias tristes e difíceis. Em 11 de novembro de 1868, durante uma das comuns caçadas (onde buscava distração) sofre um grave acidente. A arma, que carregava a tiracolo, imprudentemente, com o cano voltado para baixo, dispara ao saltar um córrego, ferindo-lhe o calcanhar esquerdo. O agravamento da ferida, que comprometeu cartilagens e ossos, implicou na necessidade de amputação do pé. Em virtude do clima mais ameno o Poeta transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde a cirurgia foi realizada com sucesso pelos doutores Andrade Pertence e Mateus Andrade, em junho de 1869. Castro Alves enfrentou todo o procedimento cirúrgico sem usar anestesia, uma vez que o emprego do clorofórmio o anestésico utilizado na época seria lhe extremamente perigoso em virtude da sua fragilidade pulmonar. Diante do inevitável, e procurando controlar nervosismo, o Poeta gracejou: "Corte-o, corte-o doutor. Ficarei com menos matéria que o resto da humanidade. Em novembro de 1869, Castro Alves volta para a Bahia. Passa boa parte do ano de 1870 em Curralinho, no Sertão baiano. Em setembro, Retorna Salvador. Morre, no dia 06 de julho de 1871, diante de uma janela aberta banhada em sol.

O romântico revolucionário
O romântico revolucionário

O romântico revolucionário

Castro Alves incorporou a vertente revolucionária do movimento romântico, ao contrário da maioria dos poetas brasileiros da época, que se acomodava à sombra do poder. Ele não alimentava ambições pessoais, como seria normal na sua idade, mas projetava seu olhar para o futuro dos povos oprimidos e lutava contra as forças conservadoras do presente, sonhando com uma pátria mais justa para seu povo, onde não faltassem o alimento e a instrução. O olhar de Castro Alves desloca-se dos salões luxuosos, iluminados e festivos da sociedade, no seio da qual nascera, e busca o ambiente sombrio e úmido das senzalas: ''Leitor, se não tens desprezo quebraBR De vir descer às senzalas, quebraBR Trocar tapetes e salas quebraBR Por um alcouce cruel, quebraBR Que o teu vestido bordado quebraBR Vem comigo, mas ... cuidado ... quebraBR Não fique no chão manchado, quebraBR No chão do imundo bordel. Não venhas tu que achas triste quebraBR Às vezes a própria festa. quebraBR Tu, grande, que nunca ouviste quebraBR Senão gemidos da orquestra quebraBR Por que despertar tu'alma, quebraBR Em sedas adormecida, quebraBR Esta excrescência da vida quebraBR Que ocultas com tanto esmero? quebraBR E o coração — tredo lodo, quebraBR Fezes d'ânfora doirada quebraBR Negra serpe, que enraivada, quebraBR Morde a cauda, morde o dorso quebraBR E sangra às vezes piedade, quebraBR E sangra às vezes remorso?... Não venham esses que negam quebraBR A esmola ao leproso, ao pobre. quebraBR A luva branca do nobre quebraBR Oh! senhores, não mancheis... quebraBR Os pés lá pisam em lama, quebraBR Porém as frontes são puras quebraBR Mas vós nas faces impuras quebraBR Tendes lodo, e pus nos pés.'' ''Tragedia No Lar''

A presença da natureza
A presença da natureza

A presença da natureza

A presença da natureza na poesia de Castro Alves é mais um dos aspectos a contrariar a tendência geral do Romantismo que era de exaltar a superioridade da terra brasileira sobre a europeia e a de estabelecer correspondências entre os sentimentos do escritor e a paisagem natural. Castro Alves não está preocupado com a visão que o europeu possa ter do Brasil, mas com aquela que o próprio brasileiro possa ter de si mesmo. Por isso procura questionar o merecimento que esse homem tem de possuir a terra "onde tudo é mais bonito e abundante". Para tanto, contrasta a beleza da natureza com a ruindade do ser humano. Em vez de cantar simplesmente as grandezas de sua terra, quando a descreve é para contrastá-la com a escravidão do povo. No poema "Tragédia no Lar", o canto soluçante de uma escrava também mostra contraste entre sua condição e a natureza. Em muitas poesias de Castro Alves está presente a paisagem da região onde nasceu e passou os últimos meses de sua Vida. É a natureza tropical, o crepúsculo sertanejo, emoldurando a vida difícil dos escravos e a simplicidade da mulher do interior.

Homenagem aos 150 anos do poeta Castro Alves
Homenagem aos 150 anos do poeta Castro Alves

Homenagem aos 150 anos do poeta Castro Alves

As obras em exposição, doadas a este Parque Histórico, resultam de um projeto cuja finalidade foi homenagear aos 150 anos de Castro Alves, patrocinado pela Organização Odebrecht e Fundação Banco do Brasil. Sob coordenação do escritor e poeta Claudius Portugal, foram selecionados 24 artistas plásticos baianos para ilustrar os poemas escolhidos e indicados pelo Prof. Flávio Aguiar, especialista na literatura de Castro Alves, pela Universidade de São Paulo (USP),

Geração 70
Geração 70

Geração 70

As pinturas que integram esta exposição resultam, de um projeto intitulado "Geração 70”, que nasceu partir de um convite do então Secretário de educação e Cultura do Estado da Bahia Edvaldo Boaventura ao crítico de arte Reynaldo Brito, para unir produções de artistas inspirados na vida e obra do poeta Castro Alves.