Eu sou Xangô, orixá do fogo e do trovão, senhor da justiça e da retidão. Guardião das pedreiras e das montanhas, sou a força que ressoa no som dos tambores e que ilumina o céu com relâmpagos, lembrando a todos sobre o poder divino.
Minhas cores são o vermelho e o branco, símbolos de paixão e pureza. Portador do Oxê, meu machado sagrado, exerço julgamento sobre aqueles que violam as leis divinas. Sou o equilíbrio entre a ira e a clemência, e meu poder é invocado quando a justiça precisa ser feita.
Nas histórias antigas, sou um rei lendário e poderoso de Oyo, um dos maiores reinos da África Ocidental. Transformei-me em orixá e, assim, minha presença foi trazida para o Novo Mundo, através dos navios de escravos, onde hoje ainda sou venerado em terras brasileiras na Umbanda e no Candomblé.
Em festas e celebrações, os filhos de Santo caem em transe sob minha influência, e dançam com a força do trovão, ao som dos atabaques. Cada movimento, cada grito, é uma expressão da minha energia e do meu poder.
Sou representado por pedras, especialmente o xerém, e estes são meus assentamentos, espaços onde minha energia reside. Em rituais, sou saudado com “Kaô Kabiesilé!”, uma saudação que reconhece minha realeza e poder.
Nos cultos, oferendas de amalá, feito de quiabo e carne de cordeiro, são preparadas para me agradar e buscar minha bênção. Minhas festas são cheias de danças vigorosas, tambores retumbantes e a magia do fogo.
Estou presente sempre que a justiça é invocada, seja ela nas pequenas desavenças do dia a dia ou nos grandes dilemas da humanidade. Em um mundo repleto de injustiças e desequilíbrios, é essencial lembrar da minha presença e da necessidade constante de buscar a retidão.
Que minha força guie seus caminhos e que a justiça sempre prevaleça sob o som retumbante do trovão. Kaô Kabiesilé!
[…] ancestrais os orixás masculinos como antigo Oduduwa, o sábio Orunmilá, o impulsivo Ogum, o forte Xangô, entre outros, não davam o devido valor à Oxum, que era subestimada e não recebia a devida […]