Tiro ao Pombo

História da Esquadrilha Abutre, escrita em outubro de 1976 e publicada pela Editora Abril na revista Heróis da TV número 21, de fevereiro de 1977.

De acordo com a lista de trabalho de papai, pouco antes de escrever esta, ele estava trabalhando em uma história de mesmo nome para o Peninha. Ela consta como “reaproveitada” na lista, e esta que comento hoje aparece logo de cara registrada como “versão II” (sem versão I). Tudo isso, aliado ao fato de que a suposta história do Peninha não está registrada no Inducks, indica que a primeira história foi rejeitada pela Disney e que papai, que nunca desperdiçava uma boa ideia, a adaptou para a Hanna-Barbera.

O “Tiro ao Pombo” é uma modalidade pseudo esportiva que, no ano de 1900, chegou inclusive a ser um esporte olímpico, acredite se quiser. Caracteriza-se pelo uso de pombos vivos em pleno voo como alvo, e pela desumanidade de seus praticantes. Por sorte, já está caindo em desuso. Mas acredito que, no tempo em que esta história foi escrita, ainda era um “esporte” bastante popular.

A história em si é um daqueles planos maléficos do vilão para interceptar o pombo correio que leva mensagens pelos céus, e usa todos os elementos dos desenhos animados da TV, como os nomes esdrúxulos que o aviador dava às armas que criava, e os bordões “Faça alguma coisa” e “Medalha, medalha”. Nem é preciso dizer que o plano não dará certo, mas o que interessa é mostrar como vai dar errado, e fazer o leitor rir com toda uma série de trapalhadas e acidentes inusitados.

EA Pombo

Qualquer leitor que assistisse aos desenhos animados certamente se identificaria com a história em quadrinhos, reconhecendo as referências. A “sensação” da leitura, com a sucessão dos quadrinhos correspondendo mais ou menos aos quadros da animação, é a mesma, aliás.

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O Golpe Do Sumiço

História do Superpateta, de 1976.

Trata-se de mais um plano do Sr. X para ver se consegue, finalmente, cometer um crime e se transformar no “Rei do Crime” que ele tanto quer ser.

O interessante é que o Superpateta é tão bobo, que bastaria gritar por socorro e ele viria acudir do mesmo jeito. Mas aí, é claro, a coisa toda não seria assim tão engraçada. Além disso, esse é o laço que vai unir as pontas da trama, a primeira e a última página. Fazer o Super pensar que está ouvindo mal pode ajudar a confundi-lo o suficiente para que ele sirva de inocente útil no início, mas no final vai ser prejudicial aos maus da história.

SP sumico

O nome do inventor maluco da vez, um tal de “Professor Sumidus”, é mais um daqueles pensado sob medida para um personagem que apareceria apenas uma vez: é, obviamente, uma brincadeira com a palavra “sumido”, no sentido de “desaparecido”. O fato é que ele é inventor de uma fórmula da invisibilidade, e passa a maior parte da história presente, mas sem ser visto.

SP sumico1

É a famosa luta do bem contra o mal, desta vez ao redor de uma fórmula tecnologicamente avançada, mas potencialmente perigosa. Nada é inerentemente bom ou mau, tudo são apenas ferramentas. A diferença está no uso que se faz dessas coisas.

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Azares Da Bruxaria

História da Maga Patalójika, de 1972.

Esta é uma das primeiras (a segunda, me parece) história que papai escreveu para a Maga. Dá para ver que o estilo ainda está um pouquinho “cru”, sem parte da desenvoltura que seria característica dos anos seguintes. Em alguns momentos ele “explica” um pouco demais ao leitor em palavras coisas que em outros tempos ele demonstraria de maneiras mais sutis. Mas está valendo.

Maga azares

Pois é, todos os lugares onde as pessoas escolhem morar têm seu lado bom e seu lado ruim: uma cabine na beira de um lago nas montanhas, por exemplo, pode ser agradabilíssima no verão, mas talvez tenha um pouco de vento e umidade demais no inverno. Do mesmo modo, ter uma casa na encosta de um vulcão ativo pode ser uma maneira de evitar visitantes indesejados, mas deixa o morador sujeito a tremores de terra, pedras voadoras, fluxos de lava e desabamentos.

Maga azares1

Acontece que a única cura para a “praga de cem mil anos” é um bom amuleto. E uma das pessoas que sabidamente têm um amuleto desse tipo é o Tio Patinhas. Vai daí… Toda a sequência da Maga tentando entrar na Caixa Forte, em duas páginas, é francamente hilária e mais do que compensa pelo início meio travado da história.

As referências também são interessantes: a moeda de gesso da primeira página é algo que Carl Barks usava, se não me engano. Já a poção de maléfica que ela está preparando leva veneno de Urutu, uma das cobras mais venenosas da fauna brasileira. Azar, mesmo, de verdade, é topar com uma dessas por aí.

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Copa Ou Cozinha?

História do Zé Carioca, de 1982.

Renomeada depois para “O Jogo Da Tevê”, ela aparece na lista de trabalho de papai no início de 1982, sob a classificação “complemento”. Papai provavelmente se esqueceu de anotar logo quando a escreveu, e só a inseriu na lista depois que ela voltou para reformulação. (E convenhamos, mas que mudança de nome mais boba… Quem foi que teve a “jenial” ideia?)

Esta é uma situação que pode ser bastante comum no Brasil, especialmente em época de Copa do Mundo. Em outros tempos, quando a maioria das casas tinha apenas um aparelho de TV para a família toda, decidir o que todos iriam assistir podia se transformar em um verdadeiro problema. Ainda mais se a emissora alterasse a programação sem aviso prévio.

O tema “feminismo” é tratado aqui de uma maneira discreta e um tanto estereotipada, mas com um final que tenta ser justo para ambos os lados. Interessantes são as reações bastante típicas de um “machão” do Zé Carioca, e também bastante reveladoras da mentalidade masculina, a começar do fato de se sentir ameaçado pela reunião de mulheres realizada para tratar de um assunto que é importante para elas. Ele nem sabe ainda do que se trata, mas já classifica de “complô”.

ZC cozinha

Já a discussão entre a Rosinha e o Zé é típica dos argumentos proferidos de lado a lado na época, e certamente fez muitos leitores se identificarem. É claro que, no final das contas, tanto o jogo quanto a novela são motivos bastante fúteis para essa algazarra toda (sim, querido leitor: “machões” também podem ser fúteis). E ambos os lados têm sua razão, apesar de tudo.

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Acho que nem é preciso explicar o trocadilho no título, né? E a “Rede Glub” de televisão é uma referência que deixa pouco a adivinhar, assim como são também o nome da novela, que aqui passou de “Brilhante” para “Diamante”, e os dos personagens principais “Ruíza” e “Taulo”. De acordo com a Wikipédia o último capítulo dessa novela foi exibido em 26 de março de 1982. A data da primeira publicação da história é 5 de março. Ou seja, ela foi escrita, comprada e produzida em tempo recorde, e estava perfeitamente “antenada” com os acontecimentos.

Desde então, ao contrário do que acontece na história (que parece ocorrer toda durante os 45 minutos do primeiro tempo, já que, quando o jogo recomeça, estão todos já na frente da TV), as emissoras aprenderam a não misturar as coisas. Há quem diga que “algumas” delas inclusive manipulam o horário dos jogos de futebol, para não haver conflitos. Em todo caso, em uma época na qual qualquer smartphone pode ser usado como TV, isso é cada vez menos um problema.

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Moda, Modismos e Modelos – História inédita

Nunca publicada, esta história foi escrita por papai em Israel em 12 de abril de 1993 e tem seis páginas.

Na época, a Editora Abril estava trabalhando com histórias nacionais e revistas próprias para três personagens, a saber: o Urtigão, a Margarida e o Zé Carioca. Pelo menos, foi isso o que encomendaram. Aqui temos o rafe original, a lápis sobre papel gentilmente cedido pelos colegas do Instituto de Seguridade Social de Rehovot. O nome que ele usou é a transliteração do nome dele como ficou na grafia hebraica, em seus documentos israelenses.

Esta história trata de como se faz para “lançar moda”. Uma pessoa um pouco “criativa demais” na maneira de se vestir pode até passar por ridícula, mas a roupa esdrúxula de uns pode se transformar na próxima moda de outros em um piscar de olhos. E a ideia nem é tão inusitada assim. Na China em 2014 uma senhorinha foi fotografada usando uma roupa parecida com a de seu cachorrinho, e há até, aqui mesmo no “lado brasileiro” da internet, pet shops que vendem roupinhas e acessórios coordenados para dona e bichinho de estimação.

Já pensou se a moda pega? Interessante é a menção à “TV Patinhas”, um desenvolvimento bastante lógico dos empreendimentos jornalísticos do velho pato, depois de tantos anos.

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Revista Vivere 26

Dois textos da Revista Vivere número 26, de fevereiro/março de 1983. Esta era uma revista local de Campinas, onde morávamos na época, publicada pela Class Serviços Editoriais, Publicidade e Gráfica Ltda.

Na década de 1980 papai escrevia sobre política para jornais e revistas da cidade, sempre com um tom crítico e irônico. Era o começo do fim da ditadura, e (apesar da “abertura” de 1979) a atividade não deixava de ser uma ousadia um tanto perigosa. Nunca se sabia se e quando um militarista mais exaltado se sentiria ofendido o suficiente para jogar um coquetel molotov em uma banca de revistas, ou até mesmo atentar contra a vida de algum jornalista.

Vivere 26

Um belo dia, meu pai me chamou e perguntou: “Lu, você gostaria de entrevistar a Vera Mossa, do Vôlei?”. (Na verdade, Vôlei nunca foi o meu esporte predileto, e eu vivia ensacando dedos, torcendo tornozelos e abrindo pulsos nas aulas de educação física da escola, mas eu nunca diria não a ele, ainda mais se era para ajudar no trabalho dele.) Assim, sentamos e decidimos juntos o que eu gostaria de perguntar, e o que eu deveria perguntar, e lá fui eu, papel, caneta e gravador, entrevistar a moça. Eu havia acabado de completar 15 anos de idade, e já estava entrevistando gente. Depois ele fez a transcrição e editou a entrevista, e o resultado é esse aí abaixo.

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Os Invasores

História do Zé Carioca, de 1984.

Esta é a penúltima das quatro histórias (mas que acabou sendo publicada por último, em uma inversão com “Uma Invasão de Dar Pena”, já comentada aqui) que papai escreveu para Alfabeta e Gamadelta, as duas nuvenzinhas alienígenas que têm por missão preparar a invasão da Terra por seu povo. O problema é que, ao contrário de outros alienígenas, que só querem um lugar para plantar cogumelos, estes querem liquidar todos os habitantes de nosso planeta para tomar nosso lugar.

ZC invasores

o Zé e o Nestor são “fregueses habituais” dos seres do espaço, que vivem adotando a aparência deles, mas o abilolado Afonsinho se revela um desafio e tanto ao tomar, com toda a facilidade de quem acha que está brincando, a arma pulverizadora do Gamadelta. E hoje também temos o “agravante” da presença da Anacozeca, que por um lado será a salvação do Zé, e por outro vai se dar muito mal no final, como sempre.

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A principal graça desta série de histórias é que as duas nuvenzinhas aprontam à vontade, e nunca são vistas por ninguém. Nenhum dos personagens chega a entender o perigo que está correndo, ou a ameaça que paira sobre o planeta todo.

Há duas referências interessantes, também, na história. Ao sair de um bueiro os alienígenas transformados chamam o local onde estão (o agora bairro popular da Vila Xurupita) de “comunidade”. Creio que já naquele tempo as favelas estavam começando a ser chamadas assim.

A outra é uma menção do filme “Guerra nas Estrelas”, por causa da perigosa arma que os pretensos invasores deixam para trás nas mãos de ninguém menos que o desajuizado pato da quitanda.

Já o nome dos seres é composto pela combinação das quatro primeiras letras do alfabeto grego: alfa (a), beta (b), gama (g) e delta (d).

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O Gato Gatuno

História dos Irmãos Metralha, de 1980.

O plano da vez parece bem bolado. Mas só parece… Ele é, inclusive, inteligentemente baseado em princípios científicos, como a Teoria do Reflexo Condicionado de Pavlov. Pois é… Eu já disse que quadrinho é cultura? Para papai era, e ele não perdia a chance de tentar ensinar alguma coisa de útil a seus jovens leitores.

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A trama é toda baseada em jogos de palavras e referências a diamantes famosos. Assim, a palavra “gatuno” lembra “gato” mas é sinônimo de “ladrão”, em uma alusão à tendência que certos bichos de estimação têm de pegar coisas ou atacar alimentos quando acham que seus donos não estão vendo.

Outro jogo de palavras nada aleatório é o nome da joalheria a ser assaltada: não é por nada não que ela se chama “Falso Brilhante”. O leitor atento vai ficar com a pulga atrás da orelha quando o vendedor mostrar sua mercadoria aos falsos clientes. Afinal, os famosos diamantes “Orloff“, e “Cullinan” já têm dono, e o “Grão-Mogol” (também chamado de “Grande Mogul”) está desaparecido desde o século XVII.

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O resto da graça da história fica por conta das habituais falhas bobas na implementação dos “planos perfeitos” do Metralha Intelectual, e da reação do gato Percival a elas. Ao que parece, ele é realmente um gato com mentalidade de ladrão, e o velho ditado que diz que “não há honra entre ladrões” é seguido também por ele.

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Depenados em Santos

Esta história é minha, e não de meu pai. É uma história Disney inédita, que provavelmente vai ficar sem chance de publicação por algum tempo.

A ideia é do Paulo Maffia, que uma vez disse que gostaria de ver uma história do Zé Carioca passada em Santos, no litoral de São Paulo. Como eu também moro por aqui, achei que poderia escrevê-la com autenticidade suficiente. As piadas da “média” e do canal são sugestão dele, aliás.

Já outras coisas, como o Leão da Praia, vêm das minhas lembranças de infância. Alguns amigos meus do litoral também são mencionados ao longo dos quadrinhos. Alguns são mais óbvios, outros menos, mas não vou explicar demais esta parte. Vocês sabem quem vocês são.

Meu muito obrigada (mais uma vez) a Primaggio Mantovi, que teve a delicadeza de ler e comentar o meu texto, me ajudando a identificar e corrigir alguns erros e aperfeiçoar a trama.

É só texto, sem desenhos, mas é uma amostra de como se faz uma história em quadrinhos quando não é preciso (ou o autor não sabe direito, como eu) desenhar. Apesar de saber desenhar, papai muitas vezes também escreveu HQs desta maneira.

 

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Bruxedos E Trapalhadas

História da Madame Min, de 1974.

Uma coisa interessante na qual nem todo mundo repara é que o Ronrom, o gato do Donald que tem por passatempo seguir o Peninha sempre que ele vai pescar, e o Mefistófeles, o feroz familiar da Madame Min, são quase idênticos.

Peninha bruxedos

E é basicamente neste fato que papai se baseou para criar esta história. Mas o caso de identidade trocada, aqui, não será exatamente entre os gatos (seria óbvio demais). A bruxa conhece muito bem o seu bichano, e não iria se confundir assim tão facilmente.

Mais do que o Ronrom, a “vítima” da história é o Peninha, que passa a trama toda se dando mal de várias maneiras diferentes. E já que tanto o Mefistófeles quanto o Ronrom gostam de peixe, essa será a “linha” que vai costurar a coisa toda, da primeira página ao último quadrinho.

Peninha bruxedos1

A diferença entre os gatos, aliás, é que o animal da bruxa pelo menos ganha o seu peixinho de vez em quando. Já o Donald só dá leite ao seu, o que faz com que ele esteja sempre disposto a se encrencar para ver se consegue algo mais substancioso para comer.

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