Experiência Anterior

História do Ronrom, publicada pela primeira vez em 1974.

Donald e Peninha são despedidos de A Patada pela enésima vez e, para tentar garantir o “peixinho de cada dia”, o gato Ronrom decide ajudá-los a conseguir um novo emprego, sempre em empresas que interessam a ele: uma peixaria, um frigorífico, e até mesmo no aquário municipal (já no desespero).

Ele só não gosta quando os dois patos vão tentar um emprego de leiteiro. Tudo o que ele não quer é mais leite. O interessante é o pato Peninha declarar que tem experiência com leite “desde nenenzinho”. Pato bebe leite? (Eu sei, eu sei… Eles são gente em forma de pato, não patos em forma de gente.)

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Mas sem experiência nada feito em empresa alguma (e após uma série de recusas e demissões-relâmpago hilárias), só resta aos patos voltarem para A Patada, já que todo mundo conhece o esquema: eles são demitidos frequentemente, dão um “rolê” pela cidade aprontando confusões, e logo são readmitidos. Mais do que em jornalismo, é nisso que eles têm experiência.

Nesta história aprendemos qual é exatamente a função do Donald dentro do jornal do Tio Patinhas. Além de todas as funções que divide com o primo abilolado, como repórter (na maioria das vezes fotográfico), faxineiro e todo o resto, ele é o editor do jornal.

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No final o leitor não fica sabendo qual foi o teor da matéria tão “ofensiva” do Peninha que levou a mais esta demissão dos dois, e na verdade nem vem ao caso, mas esta é mais uma parte importante da graça da história toda. E o que dizer do Peninha, sempre um pato tão da paz, nesse nervoso todo? A coisa deve ter sido realmente grave.

E não se esqueçam de dar uma passadinha lá no site da Editora Marsupial e reservar o seu exemplar do meu livro sobre papai: http://www.lojamarsupial.com.br/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava

O lançamento oficial está previsto para janeiro, e logo ele estará também numa livraria próxima de você.

Zé E O Barão De Bazófia

História do Zé Carioca, publicada pela primeira vez em 1974.

Após uma primeira história no ano anterior, na qual o Zé conhece o Barão e o ajuda numa missão, papai volta ao tema numa aventura no mais perfeito estilo dos filmes de espionagem, como por exemplo os de James Bond, o Agente 007.

O nosso amigo papagaio malandro até que contou para a turma sobre sua aventura com o Barão de Bazófia, mas parece que ninguém acreditou. Tanto, que ao ver o espião desfilando pela cidade de carrão com motorista e com uma loira ao seu lado, a Rosinha parte furiosa para cima do Zé. E agora, José? Vai ser difícil explicar essa.

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Temos aqui vários grupos de personagens que têm, cada um, o seu próprio motivo para estar na história. Os amigos do Zé que não acreditam nele, o Zé que quer provar sua inocência com a ajuda do Nestor, o Barão e sua acompanhante em missão secreta na cidade, e o Rajá de Cachimbira, desejoso de proteger a esmeralda que é o símbolo de sua realeza. “Rajá” é um título de nobreza indiano, e “Cachimbira” soa bastante como Caxemira, uma região disputada entre Índia e Paquistão.

E além de todos esses, temos os verdadeiros vilões da história: Lourão e Bastião, outros dois sósias do Zé e do Nestor, e seu motorista disfarçado de motorista de Táxi. Esses dois seriam usados novamente em 1977, na história chamada “Os Embananados”, já comentada aqui. Sósias não faltam, nesta história. Confusão e identidades trocadas também não. Até a famosa cena dos filmes de espionagem está presente:

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As reviravoltas são muitas, e sobram pistas até para o leitor “sacar” (ou não, de preferência). 😉 O fato é que, mais uma vez, nossos amigos ajudam meio sem querer a resolver o mistério e prender os bandidos, e de quebra desfazer o mal entendido das identidades trocadas e acalmar a Rosinha, mas não exatamente do jeito que o Zé imaginou.

Acontece que papai constrói a história de um jeito tal que o leitor vê algo importante para o processo de provar a inocência do Zé, mas logo em seguida é distraído pela reviravolta nos acontecimentos que acontece logo na página seguinte e esquece. Quem percebeu o detalhe não vai se surpreender nem um pouco com o desfecho da história, e com a maneira como acontece o perdão final da Rosinha.

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O Caçador

História de Guerra, publicada na revista Almanaque de Combate AM-1, Mês 7, de 1971.

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Adaptado por Ivan Saidenberg de algo chamado “Um Diário de Guerra”, com letras de Antonio Maldonado e desenhos de Ignacio Justo, e aparentemente, mais um desenhista. A História se passa em 1942, e basicamente mostra uma “dogfight” (batalha aérea) da maneira como é vista de dentro das aeronaves, com o enfrentamento cheio de reviravoltas entre britânicos e alemães.

O diálogo é recheado de jargões de aviação e de guerra da época, e a trama de papai é basicamente uma “escada” para os maravilhosos desenhos dos colegas. A história é longa, então não vou postá-la toda, só algumas páginas mais importantes:

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O “I.J.” ao pé desta página parece ser uma rubrica de Ignácio Justo:

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Mas este outro maravilhoso desenho tem uma assinatura diferente, que não sei identificar. Alguém?

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Por fim, o destino final das duas aeronaves, caídas juntas no mesmo descampado, como a denunciar a inutilidade das guerras: luta-se tanto, e no fim…

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E o meu livro em homenagem a papai também já está em pré venda no site da Editora Marsupial no link http://www.lojamarsupial.com.br/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava.

Penapoleão E O Pirulito De Groselha

História do Peninha, publicada uma vez em 1984.

Uma maneira fácil e prática de se causar uma grande confusão, como já vimos no caso do Zé Carioca e do Barão de Bazófia (e também em vários livros da literatura clássica, como em “O Príncipe e o Mendigo“, por exemplo), é ter sósias em posições diametralmente opostas da trama, que possam trocar de lugar e “aprontar”.

Aqui não é diferente. Um soldado raso do exército de Penapoleão é a cara do general francês inspirado em Napoleão Bonaparte. O Pato, já de saída, se chama simplesmente “Que Pena”. É um “gauche na vida”, como já dizia Drummond em seu Poema de Sete Faces. Mas, dada a semelhança, eles acabam trocando de lugar.

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Assim, é o pato Que Pena (uma alusão, aliás, ao bordão “que pena, Kid” das histórias do Vingador do Oeste) quem vai fazer todas as conquistas atribuídas ao grande general. Todas as “piadas de Napoleão” se aplicam, e algumas piadas de guerra (como a “batalha naval” entre o sósia e o Almirante Nelson, travada na base do lápis e papel, como uma brincadeira de crianças) e de louco também. Alguém que pensa que é Napoleão é uma coisa clássica de piadas de hospício, para descrever alguém que tem mania de grandeza.

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Mas de piada em piada, papai também cita a maioria dos fatos históricos da carreira militar do Napoleão da realidade, e aproveita para incluir mais algumas frases em francês no meio do texto, incluindo um trechinho da Marselhesa, o Hino Nacional da França. Quadrinho é cultura! Para quem não conhece a História de Napoleão, é uma introdução. Para quem já a conhece, é uma divertida interpretação.

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E por falar em cultura, não custa repetir: meu livro já está em pré-venda pela Marsupial Editora, no link http://www.lojamarsupial.com.br/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava e no estande da editora no Comic Con Experience, que está acontecendo até domingo em São Paulo.

Livro Ivan Saidenberg – O Homem que Rabiscava

Tenho o prazer de anunciar que meu livro, que escrevi sobre papai e sua obra, está à venda pela Editora Marsupial no link http://www.lojamarsupial.com.br/ivan-saidenberg-o-homem-que-rabiscava.

Capa Livro Marsupial

O lançamento oficial será no dia 31 de janeiro de 2015, a partir das 13:00, no Memorial da América Latina em São Paulo, como parte dos eventos do 31° Troféu Ângelo Agostini.

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Nova tarde de autógrafos!

No dia 27 de junho de 2015, um sábado, os autores Lucila Saidenberg, Nobu Chinen e Pedro de Luna vão autografar as biografias que escreveram de Ivan Saidenberg, Primaggio Mantovi e Marcatti.
Vai rolar ainda um bate-papo entre os autores, mediado pelo quadrinista Flavio Soares.

Isso tudo vai acontecer às 16:00 (quatro da tarde) na Livraria Monkix, localizada na R. Harmonia, 150 – Loja 3, 05435-000 São Paulo.

Estão todos convidados!

O Mancha Negra Contra O Manual Do Mickey

História do Mancha Negra, promocional para o Manual do Mickey e publicada uma única vez em 1973.

O vilão descobre que o Mickey está escrevendo um manual, e vai até a casa do rato “assuntar”. Movido por seu grande Ego, o Mancha quer saber o que está sendo escrito sobre ele. Não quer que seu maléfico nome seja “manchado” pelo texto. Ele espera o Mickey ir dormir e entra na casa pela janela para folhear o manual, descobrir as partes que falam dele, e rasgá-las, de preferência.

Mais engraçado do que ver o Mancha procurando freneticamente alguma informação sobre si mesmo no manuscrito é ler os comentários que ele faz, todos do ponto de vista de um bandido. Para ele, grandes bandidos do mundo real, como Al Capone, são “sem importância”. Se ofende quando vê o “pé de chinelo” Bafo de Onça sendo citado antes dele, James Bond é um “espião mixuruca”, e por aí vai:

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Mas enquanto o personagem vai lendo e comentando a seu próprio modo os tópicos que serão publicados, ele vai ao mesmo tempo sutilmente aguçando a curiosidade do leitor em ler o tal manual. É uma propaganda “quase subliminar” ao mesmo tempo descarada, engraçadíssima e bastante persuasiva.

Quando o Mancha consegue finalmente encontrar a parte que fala dele e rasgar tudo, já está quase amanhecendo e o telefone toca de repente. O mais incrível é que o telefonema é da Editora Abril, e quem está falando com o Mickey é o Roberto (Civita?). É só aí, ao ouvir a conversa do rato, que o vilão descobre que aquilo que ele rasgou era a prova final antes da impressão, ou seja, uma mera cópia. Os originais já estão na gráfica, prontos para a impressão do livro. Não adiantou nada rasgar.

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Bronka À Carioca

História do 00-ZÉro e Pata Hari, publicada pela primeira vez em 1979.

Esta é uma típica comédia de erros, passada no Rio de Janeiro e com a participação do Zé Carioca e de sua turma.

De férias no Rio após derrotar a Bronka, os agentes secretos logo dão de cara com o Zé e o Nestor, que vivem em “férias permanentes”. O pouso como sempre desastrado da nave mutante, e sua mutação nada convincente em guarda sol de metal faz os cariocas pensarem que os espiões são alienígenas. Já os visitantes, ao ver o Zé, se convencem de que estão ás voltas com o Barão de Bazófia, mais um personagem criado por papai e usado em exatas quatro histórias. A última delas, por sinal, é esta.

O Barão é um papagaio muito parecido com o Zé, mas de personalidade totalmente oposta: é rico, bem educado, e vive muito bem vestido, sempre acompanhado de seu chofer e guarda costas. Obviamente, sua maior “utilidade” nas poucas histórias em que aparece é ser confundido com o Zé, ou usar o Carioca como dublê, ou alguma variação da coisa.

Começa assim uma louca perseguição que vai da praia ao morro, os agentes secretos em estilo “Surfista Prateado“, aliás.

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A perseguição também é pretexto para o Zé e o Nestor darem uma volta pela vizinhança, interagindo com seus vizinhos de maneiras hilárias. Para tentar despistar o Lobo, o Zé se vale até da coleção de gatos do Afonsinho:

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Depois de muita confusão e coisas quebradas, o mal entendido é desfeito e a paz volta a reinar. Afinal, não existem espiões na Vila Xurupita (não é?), e a Bronka está acabada… ou será que está, mesmo?

Uma das graças da história fica por conta das várias brincadeiras com a palavra “alienígena”. Assim, vemos a turma do morro chamando os visitantes de  “ali sei lá o quê”, “alienados” e “alienistas” (alienista é, aliás, o profissional que trata de alienados, como no livro de Machado de Assis. Papai certamente esperava que seus fãs fossem procurar no dicionário o sentido das palavras, ou que percebessem a conexão com o romance clássico.).

Um Chamado Do Fim Do Mundo

História do Zé Carioca, publicada pela primeira vez em 1982.

Mais uma vez o Zé e o Nestor são chamados pelo primo mineiro, o Zé Queijinho, para resolver um mistério no lugar onde ele mora, a Vila Fim do Mundo.

Papai começa com uma cena conhecida desse tipo de história: nossos heróis viajando numa velha e surrada jardineira (a mesma, aliás, usada em “O Crime da Cabra” de 1976, já comentada aqui), na “segunda classe”, ou seja, no teto do lado de fora, para economizar no dinheiro da passagem. É óbvio que “o barato sai caro”, e essa é a segunda piada da história, a primeira sendo a própria jardineira.

Chegando ao destino, o primo Zé Queijinho está às voltas com um suposto fantasma, que já afugentou quase todo mundo de lá. A princípio, como em “A Onça e o Valente” de 1978, também já citada aqui, parece que o Zé – desta vez acompanhado do Nestor – vai passar a história toda se escondendo do tal fantasma, mas no final acaba perdendo o medo e ajudando a solucionar o mistério.

O interessante é que a aparição do fantasma vai acontecendo à medida que o Zé Queijinho vai contando a história do que está acontecendo na vila, para um maior efeito de horror cômico (um gênero de quadrinhos aparentemente inventado por papai. Não é “humor negro”, exatamente, mas algo bem mais leve, e por isso mesmo muito mais engraçado).

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No final a trama é bem mais de mistério policial do que de horror, apesar da presença de elementos como fantasmas e mulas sem cabeça, coisas comuns no folclore e imaginário do povo dos confins do Brasil.

Cespinho e Paulistinha

Em algum momento das décadas de 1970/80 (algo como final de uma, início da outra, e as evidências apontam para o ano de 1979), A CESP (Companhia Energética de São Paulo) e a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) encomendaram, juntas, um gibi promocional ao Departamento de Publicações Especiais da Abril.

Como de costume, a editora montou uma equipe composta pelos seus melhores para o projeto. Pelo menos uma fonte que eu vi no Google cita Waldir Igayara como criador dos personagens (que me lembram, aliás, os androides R2D2 e C3PO, de Guerra Nas Estrelas, de 1977), os argumentos das histórias ficaram a cargo de Papai, Julio de Andrade Filho e Paulo Paiva, e os desenhos são de Carlos Edgard Herrero. Também como de costume, não há créditos claros para nenhum dos artistas envolvidos, e é portanto bastante difícil saber exatamente quem fez o quê.

Segundo a lista de trabalho de papai, em 1978 ele escreveu as histórias para as partes de Recursos Naturais e Recursos Humanos desta revista.

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A revista em si pretende ser uma aula completa sobre como o Governo do Estado de São Paulo produzia e distribuía energia elétrica naquele tempo, incluindo planos para o futuro. Começando com um muito breve histórico das duas empresas, as histórias vão explorando vários aspectos da indústria energética, citando as usinas hidrelétricas, principalmente, mas também outras fontes fósseis e renováveis, indistintamente e de modo muito vago (algumas das quais até hoje ainda não são bem aproveitadas), como a energia das ondas do mar ou o aproveitamento dos gases provenientes de depósitos de lixo.

Como nas encomendas dos ministérios militares, já citadas aqui, os roteiros das várias histórias seguem um esquema bem preparado pelo cliente e recheado de fatos, mapas e até uma fotografia aérea de uma usina hidrelétrica, que em alguns momentos “engessa” bastante a coisa toda. É claramente uma peça promocional, sem pretensão alguma de ter um roteiro ou uma trama.

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São 32 páginas e 6 histórias, a saber: A Energia (uma introdução), Engenharia e Construções, Transmissão, Distribuição, Recursos Humanos (uma peça de recrutamento de pessoal) e Recursos Naturais (que hoje em dia seria chamada “responsabilidade social e ambiental”). Entre uma história e outra há também joguinhos temáticos, como caça palavras e jogo dos cinco erros.

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O Banquete Dos Metralhas

História dos Irmãos Metralha, publicada uma única vez em 1980.

Apesar de ser “palavra proibida”, estar na cadeia tem seu lado bom: lá, pelo menos, não falta comida. Temos aqui uma situação na qual os bandidos estão passando fome. Tudo o que há para se comer no esconderijo são três feijões (para quatro Metralhas) e uma lata de sardinhas… vazia.

A coisa toda até aqui lembra um pouco o curta de animação “Mickey e o Pé de Feijão”, de 1947, que se inicia com uma situação parecida. Mas as semelhanças terminam por aí: aqui não haverá pé de feijão mágico para escalar, mas sim um plano “espertinho” do Intelectual para organizar um banquete.

O plano nem é assim tão maquiavélico, afinal, e nem envolve (em princípio) ter de roubar ou prejudicar ninguém. Se aproveitando do fato de que é uma sexta feira e é também o dia do aniversário do Vovô Metralha, 13 de agosto (quem diria, o Vovô e o Pato Donald têm algo em comum), o Intelectual resolve organizar um banquete no qual cada convidado traz alguma coisa para comer.

Até aí, o plano parece bastante benigno. Todos comem alguma coisa (e nesse tipo de festa costuma até sobrar comida), e ficam felizes. Especialmente os anfitriões, que não vão doar nada além do espaço. O interessante é que ninguém sabia a data de aniversário do velho Metralha. Também, pudera: papai provavelmente a inventou durante o processo de escrever esta história.

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Convidados todos, os parentes vão chegando para a festa: papai faz questão de reunir aqui o maior número deles possível, alguns até bastante obscuros, e vários deles inventados por papai mesmo em outras histórias. Assim, temos o Metralha Veterano, a Titia Metralha, o Tio Zero, o Primo Brincalhão, o Metralha Cientista, Xerloque Metralha, Doutor Metralha, Bombinha, Dedo Duro, Supersensível, Meio Quilo, Tataravô 0001, e (quem diria) se lembraram de convidar até o Azarado 1313.

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O problema é que todo mundo traz galinha ou frango para comer, todas as aves preparadas de acordo com as mais variadas receitas, de frango assado a torta de galinha. Uma receita citada na história, e da qual papai tinha especial horror (só comia frango se fosse forçado) era o galeto ao molho pardo (se alguém tiver interesse, a receita está aqui. Mas já aviso, não é para os paladares mais sensíveis).

O leitor atento sabe quão “pé de chinelo” a família/quadrilha Metralha é, e já deve estar desconfiando da procedência desse “festival de galináceos” todo. A suspeita se confirma com a chegada do homenageado Vovô, que fugiu da prisão especialmente para a ocasião, seguido, é claro, pela polí – bem, vocês sabem quem.