Geografia biblica

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IBADEP Instituto Bíblico da Assembléia de Deus Ensino e pesquisa

IBADEP

IBADEP - Instituto Bíblico da Assembléia de Deus Ensino e Pesquisa Av. Brasil, S/N° - Eletrosiü - Cx. Postal 248 85980-000 - Guaíra - PR Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 E-mail: íbadep a ibadep.com Site: www.ibadep.com Aluno(a):................................................................................... DIGITALIZAÇÃO

ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL


Geografia Bíblica

Pesqui sado e adapt ado pela Equipe Redatorial para Curso exclusivo do IBADEP Inst it ut o Bíblico das Igrejas Evangél icas A ss em bl éi as de Deus do Estado do Paraná.

Com auxílio vários ens inadores

de

adapt ação

e

esboço

de

M ap a s T01 a T04: Extraí do da Bíblia de Referência Tho mp son, Frank Charl es Tho mp son, Mapas 1 a 16, São Paulo: Editora Vida, 1992. M ap as P01 a P15: Extraí do da Bíblia de Estudo Pentecostal, Donald C. Stamps, Rio de Janeiro: CPAD, 1995. Mapas T01 a T04 foram utilizados com a devida autorização da Editora Vida. Todos os direitos reservados. Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei. Mapas P01 a P15 foram utilizados com a devida autorização da Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os Direitos Reservados. Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei.

9 a Edição - Abril /2007

Todos os direitos reser vados ao IBADEP


Diretorias CIEADEP Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr.

José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra Israel Sodré - Presidente José Anunciação dos Santos - I o Vice-Presidente Moisés Lacour - 2o Vice-Presidente Ival Theodoro da Silva - I o Secretário Samuel Azevedo dos Santos - 2o Secretário Simão Bilek - I o Tesoureiro Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro

A E A D E P A R - Co ns el h o D e l ib e ra t iv o Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr.

Israel Sodré - Presidente Ival Teodoro da Silva - Relator José Anunciação dos Santos - Membro Moisés Lacour - Membro Samuel Azevedo dos Santos - Membro Simão Bilek - Membro Mirislan Douglas Scheffel - Membro José Carlos Correia - Membro Perci Fontoura - Membro

AEADEPAR Pr. Pr. Pr. Pr. Pr. Pr.

-

Co ns el h o de A d m i n i s t r a ç ã o

José Polini - Presidente Robson José Brito - Vice-Presidente Moysés Ramos - I o Secretário Hercílio Tenório de Barros - 2o Secretário Edilson dos Santos Siqueira - I o Tesoureiro Luiz Carlos Firmino - 2o Tesoureiro

IBADEP Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro


Cremos 1)

Em um só Deus, e t er name nt e subsi st ent e em três pessoas: O Pai, Filho e o Espírito Santo. (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

2)

Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normati va para a vida e o carát er cristão (2Tm 3.14-17).

3)

Na concepção vi rginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).

4)

Na pecami nos id ade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o a rr ep end iment o e a fé na obra expiatória e redentora de J esus Cristo é que pode restaurálo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).

5)

Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para t orn ar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).

6)

No perdão dos pecados, na sal vação presente e perfeita e na eterna ju sti fi c aç ão da alma recebidos gra tu i ta me nt e de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).

7)

No batismo bíblico ef et uado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, confo rme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12).


8)

Na nec es si dad e e na possibi li dade que t em os de vi ver vida santa medi ante a obra expi at óri a e redentora de Jesus no Calvário, at ravés do poder regenerador, ins pi rador e s a n ti f i ca d or do Espírito Santo, que nos capacita a vi ver como fiéis t es t em u n h a s do poder de Cristo (Hb 9.14 e I Pe 1.15).

9)

No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus medi ante a i nt er cessão de Cristo, com a evidênci a inicial de falar em outras línguas, c on fo rme a sua vont ade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

10)

Na at ual i dade dos dons espi rituais di stri buídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, c onforme a sua soberana vont ade ( I C o 12 .1 ­ 12).

11)

Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira invisível ao mundo, para ar rebat ar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribul ação; segunda - visível e corporal, com sua Igreja gl orificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos ( l T s 4.16. 17; I Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).

12) Que todos os cristãos c om pa rec er ão ante o Tribunal de Cristo, para receber reco mp ensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10). 13) No juízo vi ndouro que recompens ará os fiéis e c ondenar á os infiéis (Ap 20.11-15). 14) E na vida eterna de gozo e f elici dade para os fiéis e de tristeza e t orment o para os infiéis (Mt 25.46).


Metodologia de Estudo Para obter um bom apr ove it ame nt o, o aluno deve estar con sc ient e do porquê da sua dedicação de t empo e esforço no afã de gal gar um degrau a mais em sua formação. L embre-se que você é o autor de sua história e que é necessário atuali zar-se. Desenvolva sua c apaci dade de raciocínio e de solução de probl emas, bem como se integre na problemática atual, para que possa vir a ser um el emento útil a si mesmo e à Igreja em que está inserido. Consciente desta realidade, não apenas acumul e conteúdos vi s ando preparar-se para provas ou t rabal hos por fazer. Tent e seguir o roteiro sugerido abaixo e compr ove os resultados: 1. Devocional : a) Faça uma oração de a gr adec imen to a Deus pela sua salvação e por propor cionar- lhe a op ort uni dade de e s tu d ar a sua Palavra, para assim ganhar almas para o Reino de Deus; b) Com a sua humi l dade e oração, Deus irá i luminar e di rec iona r suas f ac ul dades mentais através do Espírito Santo, des vend and o mistérios conti dos em sua Palavra; c) Para melhor apr ov e it a me n to do estudo, temos que ser organi zados, ler com precisão as lições, medi tar com at enção os conteúdos. 2. Local de estudo: Você precisa di spor de um lugar e st udar em casa. Ele deve ser:

próprio

para


a) Bem arej ado e com boa il umi nação (de preferência, que a luz venha da esquerda); b) Isolado da circul ação de pessoas; c) Longe de sons de rádio, televisão e conversas. 3. Di sposição: Tudo o que f azemos por opção alcança bons resultados. Por isso adquira o hábito de e st ud ar vo lunt ar i ame nt e, sem imposições. Cons c ie n ti z e- se da importância dos itens abaixo: a) Est abe lecer um horário de estudo extr aclasse, di vi di ndo -s e entre as di sci plinas do currí culo (dispense mais tempo às matérias em que tiver maior dificuldade); b) Reservar, di ari amente, algum t empo para descanso e lazer. Assim, quando estudar, estará desl igado de outras atividades; c) Conc en tr a r- se no que está fazendo; d) A do ta r uma correta mesa, tronco ereto), físico;

postura ( sent ar-se à para evitar o cansaço

e) Não passar para outra lição antes de do mi nar bem o que est iver estudando; f) Não abusar das c apac idades físicas e mentais. Quando perc eber que está cansado e o estudo não alcança mais um bom rendi ment o, faça uma pausa para descansar. 4. A p r o v e i t a m e n t o das aulas: Cada disciplina apresent a caract erí s ti cas próprias, env ol vendo di ferent es comp o rt am en to s, a saber: raciocínio, anal ogia, i nterpretação, apl i caç ão ou


s im pl es me nt e habilidades motoras. Todas, no entanto, exigem sua par ti ci pação ativa. Para a l can çar melhor apr ove it ame nt o, procure: a) C ol ab or ar para a manut en ção da disciplina na sala-de-aula; b) Parti cipar at iv ame nt e das aulas, dando cola boraçõ es es pont âne as e pergunt ando quando algo não lhe ficar bem claro; c ) Anot ar as ob se rv a çõ e s c o mp l em en ta re s monitor em caderno apropriado.

do

d) Anot ar datas trabalhos.

de

de

provas

ou

entrega

. Estudo e x t r a d a s s e : O bs erv ando as dicas dos itens 1 e 2, você deve: a) Fazer di ariament e as taref as propostas; b) Rever os conteúdos do dia; c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se c on st at ar alguma dúvida, anote-a, e apresenta ao monitor na aula seguinte. Procure não deixar suas dúvi das se acumul em. d) Materiais que poderão ajudá-lo: s

Mais que uma versão ou t radução da Bíblia Sagrada;

y Atlas Bíblico; s

Dicionári o Bíblico;

s

Enci clopédia Bíblica;

s

Livros de Histórias Gerais e Bíblicas;

s

Um bom dici onári o de Português;

s

Livros e apostilas assunto.

que

tratem

do

mesmo


e) Se o estudo for em grupo, tenha s em p r e em mente: v' A necessidade pessoal;

de

dar

a

sua

col aboraç ão

■ S O direito de todos os i nt egrant es opinarem. . A p r o v e i t a m e n t o nas a vali ações: a) Revise toda a matéria antes da avaliação; b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!); c) Concen tr e-s e no que está fazendo; d) Não tenha pressa; e) Leia a t ent am en te todas as questões; f) Resolva primeiro as quest ões mais acessíveis; g) Havendo tempo, revise tudo antes de e nt r egar a prova.

Bom D es e mp e nh o !


Abreviaturas a . C. ARA ARC AT BV BLH c. cap. cf. d . C. e.g. Fig. fig. gr. hb. i.e. IBB Km lit. LXX

antes de Cristo. Almei da Revista e Atuali zada Almeida Revista e Corrida Antigo T es t am ent o Bíblia Viva Bíblia na Linguagem de Hoje Cerca de, a pr o xi mad ament e, capítulo; caps. - capí tulos, confere, compare. depois de Cristo. por exemplo. Figurado. figurado; figuradament e, grego hebraico isto é. Imprensa Bíblica Brasileira Símbolo de qui lometro literal, literalmente. Sept uagint a (versão grega do AT)

m MSS NT NVI p. ref. ss.

Símbolo de metro. manuscri tos Novo Tes tament o Nova Versão I nternaci onal página. referência; refs. - ref erênci as e os seguintes (isto é, os versículos consec ut ivos de um capí tul o até o seu final. Por exemplo: IP e 2.1ss, significa I P e 2.1-25).

séc. v. vv. ver

sécul o (s). versículo; versículos, veja


índ ic e

Lição 1 - 0

Mundo B í b l i c o ........................................ 13

Lição 2 - Geografia Física daP a l e s t i n a .................... 39

Lição

3

- Geograf ia Econômica e Humana da P a l e s t i n a .................................................... 71

Lição 4 - Geografia Política daP a l e s t i n a ................. 95

Lição 5 - A Ásia Menor e as Viagens do Após tol o P a u l o .........................................................119

Referências B i b l i o g r á f i c a s ........................................ 141

Mapas Bíblicos .......................................................... 143



Lição 1 O Mundo Bíblico

O mundo bíblico sit ua- se no Médio e terras do c ontorno do Mar mais precisament e na Mesopot âmi a, entre os rios Tigres e Eufrates. É ele o humana. Na di spersão das raças após 10 e 11):

atual Oriente Medit errâneo, nas pl aní cies berço da raça o dilúvio (Gn

t

Sem povoou o s udoest e da Ásia;

t

Cão povoou Arábica;

í

Jafé povoou a Europa e parte da Ásia.

a

África,

Canaã

e

a

Península

O Fértil Crescente Se t raç armos uma linha curva parti ndo do Egito, passando pela Palestina e a Síria Medi terrânea, e, seguindo depois até ao Golfo Pérsico, teremos uma meia lua r a zoav el ment e perfeita. Há quatro mil anos, esse poderoso s emicírculo em redor do deserto da Arábia, denominado " Fért il C resc ent e" abrigava grande número de cultura e civilizações ligadas umas às outras como pérolas e um colar. Dela irradiou luz clara para toda humani dade. Ali foi o centro de civilizações desde a chamada "I dade da Pedra até a Idade do Ouro" da cultura greco-romana. 13


Como já vimos, a faixa de terra estreita que vai de Ur, no sul da antiga Caldéia, até as proxi mi dades do Nilo, é chamado então de Fértil Crescente. Em algum ponto dessa imensa região, a h uman idad e teve o seu berço, antes e depois do dilúvio. Ci vil izações importantes, tais como a Suméria, a Acádia e a Aramita, deram inicio ao progresso e os l evaram para outras partes da terra. Tigre e Eufrates, no Oriente e no Ocidente, l igavam-se por estradas reais, que passavam por Harã, Alepo, Damasco, Jerusalém e al cançavam o Egito. Caldéia, Assíria e Egito se tornaram potências. Essas potências di sput avam em campo de batalha o domínio do mundo. Canaã estava no centro dessas potências entre a Mesopot âmia e o Nilo. A terra de Canaã era uma passagem obrigatória para assírios, caldeus e egípcios. Sendo assim, Canaã se tornou o centro do Fértil Crescente, terras di sput adas pelas potências do Mundo Antigo. Por isto, o Velho T es t am ent o registra muitas vezes Israel sendo ameaçad o pelos assírios e caldeus, rec orrendo ao poder militar do Egito e vi ce-versa. Quando Napolassar, auxi liado por Ciaxiares, rei dos persas, destruiu Nínive e sepultou ogrande Império Assírio e lançou as bases do Império Caldeu, com capital em Babilônia, todas estas potências persegui ram Israel e at acaram o Egito, e o Egito revidou t ambém com suas tropas. Do poder dos gregos, Judá não se livrou; os romanos subjugaram Israel e destruí ram J erusalém em 70 d.C. e só foi rest aurado o Estado Judaico em 1948 d.C. Desde que os ju d eu s se i mpl ant aram na Palestina, no meado do século passado, o mundo todo passou a se despert ar pelo Ori ente Médio, e até 14


mesmo os árabes, esq uec ido s por séculos, passaram a ocupar um lugar p r o e m i n e n t e 1 entre as nações. Os árabes se impõem pelo petróleo e os ju d eu s pelo valor espiritual. Israel retornou à terra que Deus deu a Abraão e à sua descendê nci a em poss ess ão perpétua, conduzido pelo braço do Senhor, porque lhe está reservado por profecias, papel i mpo rt ant e nos ac on t ec im en to s que precederão ao ar rebat ament o da Igreja, à Gna_ad_e T ri bul ação, à Volta de Cristo e o Milênio. Israel mais uma vez, ocupando o centro das atenções da terra e Jerusalém, sendo a coroa para todos os povos.

Limites do Mundo Bíblico Em termos gerais pode-se deli near a área do Mundo Antigo da segui nt e maneira: Ao norte: começa na Espanha, passa pelo norte da Itália e Mar Negro e vai até ao Mar Cáspio; ®

Ao leste: uma linha reta que parte do Mar Cáspio, e passando pelo Golfo Pérsico vai até o Mar Arábico;

(§ )

Ao sul: uma linha reta que, partindo do Mar Arábico, vai à direção oeste, passando pela Etiópia e termi nan do no deserto da Líbia, no c onti nente africano;

®

Ao oeste: uma linha reta que parte do sul do deserto da Líbia e t ermina na Espanha, abr angen do o Egito e as regiões do norte da África.

Em termos mais específ icos di rí amos que a referida área fica situada entre longitude 5 o oeste e 55° leste, e entre 10° e 45° latitude norte. 1 Q u e se a l t e i a a c i m a do q u e o c i r c u n d a ; q u e s o b r e s s a i .

15


A Extensão do Mundo Bíblico No Mundo Bíblico e n co n tr am -s e di versas regiões, áreas, países e aci dent es naturais. C it aremos apenas alguns casos, dado o limitado espaço que temos. Mes op ot âmi a (Gn 24.10; Dt 23.4; At 2.9). Berço da humanidade. Não é verdade o que muitos manuai s de História Geral declaram ser o Egito o berço da humanidade. A ve rdade está na Bíblia. Aqui existiu o Éden Adâmico. Na Mesopot âmia d est ac am- se dois países: s

B a b i l ô n i a , de capital do mesmo nome. Outros nomes antigos: Caldéia (Ez 11.24); Si near (Gn 14.1); Sumer. É o sul da Mesopotâmia.

•/ Assí ria (Gn 2.14; 10.11). É o norte da Mesopot âmi a. É hoje parte do Iraque. Capital: Nínive, destruída em 607 a.C. Ao oeste ficava o Reino de Mari. Os mitânios habi tavam em volta de Haran, ao Norte da A ssíria. Arábia. Capital: Petra (gr.) e Sela (hb.). Vai da foz do Nilo ao Golfo Pérsico. Local onde Israel peregrinou à procura de Canaã,. A parte da Península do Sinai era chamada Arábia Pétrea. A Lei foi dada nessa terra e o tabernáculo foi erigido pela primeira vez nesse lugar. A região de Ofir, f ornecedor a de ouro ficava pos si vel ment e na Arábia (1 Rs 9.28). Pérsia. Do cument os de sent er rad os nas últimas décadas revel am-nos existirem duas Pérsias. A Grande Pérsia, localizada no sudeste de Elã é 16


at ualmente o Irã e a P eq ue n a Pérsia l imitava-se, ao norte, pela Magna Média. Em um sentido amplo, o t erritório persa compr eendi a o Planalto do Irã, toda a região confinada pelo Golfo Pérsico, os vales do Ti gre e do Ciro, o Mar Cáspio e os rios Oxus, Jaxart es e Indo. No t empo de Assuero, marido de Ester, as possessões persas es te nd i am -s e da índ ia à Grécia, do Danúbio ao Mar Negro, e do Monte C á ucaso ao Mar Cáspio ao norte e atingia, ainda, o desert o da Arábia e Núbia. Elão. Região além do Tigre, ao ori ente da Babilônia, limitada ao norte pela Síria e pela Média; ao sul pelo Golfo Pérsico, ao oriente e ao sudeste, pela Pérsia. Hoje i ncorpor ado no Irã. Capital: Susã (Gn 14.1; At 2.9). Média. Esta região ficava ao norte de Elão, ao leste da Assíria, ao sul do Mar Cáspio e partes da Armênia, e ao oeste da Pártia. Há uma única menç ão dos partas na Bíblia, em Atos 2.9, onde se faz referência aos povos represent ados em Je rus al ém no dia de Pentecostes. ** Armênia. Em sua parte enco nt ra-s e o planalto c hamado ant ig ament e de Ararat e (Gn 8.4) que por sua vez, localiza-se na Ásia Ocidental. É o lugar das nascentes dos rios Eufrates, Tigre e Aras. Síria. Mesmo que Arã (Não c o nf undi r com Harã). Capital: Damasco (Is 7.8). Seu t erritório não é o mesmo da Síria moderna (At 11.26). 17


Nos dias de Jesus t orn ara-se sede da província romana, da qual fazia parte a Palestina (Lc 2.2). A capital dessa província era A n t i o a u i a . A Síria era na época governada por um le g a d o 1 r o m ano. Fenícia. A t ual ment e é o Líbano, em parte. Cidades principais: Tiro e Sidon. Os fenícios eram navegant es famosos e pri mi ti vos exploradores; fundaram Cartago, na África do Norte (hoje Túnis). Nosso alfabeto vem dos f ení cios cerca de 1500 a.C. ( I R s 9.26-28; Mt 11.22; 15.21). Egito. É o país mais citado na Bíblia depois da Palestina. Em hebraico seu nome é Mi.zraim (Gn 10.6). Teve várias capitais nos t empo s bíblicos. Parte do seu futuro, pro fet i cament e falando, está em Ezequiel 29.15. Fica ao norte da África. Etiópia. Fica ao sul do Egito. Segu ndo Gênesis 2.13, existia outra Etiópia na região norte da Mesopot âmia - a chamada Terra de Cush (hebraico). A profecia em Salmos 68.31 a respeito da Etiópia, teve seu c umpr i me nt o a partir de Atos 8 . 2 6 ­ 39, quando a fé cristã foi ali introduzida. É país de princípios cristãos até hoje. A Etiópia da Bíblia c ompr eend e hoje a Abissí nia e a Somália. Líbia. Extensa região da África do Norte. Simão, o que ajudou Jesus a levar a cruz, era natural de C i rene - cidade da Líbia (Mt 27.32). 1

Na

antiga

Roma,

comissário

do

Senado

fiscalizar a administração das províncias.

18

encarregado

de


I gual ment e, no dia de Pentecostes est avam cireneus em Jerusal ém (At 2.10). Ásia. A Ásia dos t empo s bíblicos não era como o atual conti nent e asi ático atual, era uma província romana situada na parte ocidental da c ham ad a Ásia Menor ou Anatól ia (At 6.9; 19.22; 27.2; I P e 1.1; Ap 1.4,11). Capital dessa província: Éfeso. Toda a região dessa antiga Ásia Menor compr eend e hoje o t erritório da Turquia. ■ ** Grécia ou Hélade (At 20.2). No Antigo Tes t am en to , em hebraico, é Java ou Iônia (Gn 10.4,5). A mai or parte da Grécia Anti ga era conhecida pelo nome de_Acaia_.(At 18.12); nome esse derivado dos aqueus - povo que a habitou. Na época do Novo T es t am en to a Grécia era consti tuída de estados i solados sob os romanos. Nesse tempo, sua capital política era Corinto, não Atenas. Em Corinto residia o procônsul romano. ** Macedôni a (At 19.21). Ficava ao norte da Grécia. A antiga Macedônia é hoje parte do t erritório de vários países, a saber: norte da Grécia^ sul da^ Bul gária, Iugoslávia e parte da Turquia. O ministério do apóst olo Paulo ocorreu na Ásia Menor, Grécia e Macedôni a, pri ncipal ment e. A capital da Macedônia era Pella. Ilírico (Rm 15.19). Região eur opéi a onde Paulo mi nistrou a Palavra de Deus. É hoje a Albânia e parte da Iugoslávia. A parte principal da I ugoslávia de hoje é a antiga Dalmácia de 2 Ti mót eo 4.10.

19


Itália (At 27.1; Hb 13.24). País banhado pelo Medit errâneo, situado ao sul da Europa. Em Roma, sua capital, foi f undado um di minut o reino em 753 a .C., que mais tarde viria a ser s enhor absoluto do mundo c onhec ido - O I mpéri o Romano. Para a Itália Paulo viajou e pregou o Evangel ho como prisioneiro. *■ Espanha (Rm 15.24,28). Paulo manif estou o propósi to de vi ajar para a Espanha. Segundo os est ud ios os da Bíblia, a cidade de Társis mencionada em Jonas 1.3; 4.2; ficava ao sul da Espanha., sendo no t empo de Jonas o extremo do mundo conhecido do povo comum. Foi a Espanha grande persegui dora dos cristãos durante a Idade Média, especi al ment e através dos tribunais da sinistra Inquisição. Palestina ou Canaã. Região banhada pelo Medit errâneo ao oeste, t endo ao norte a Fenícia ea Síria, e ao leste e sul da Arábia, sendo que ao sui t ambém fica parte do Egito. As suas carac terí sti cas serão estudadas d e ta l hada me nt e mais adiante neste livro. Ilhas dos Genti os ou Ilhas do Mar. É desi gnação aplicada na Bíblia às ilhas do Medit errâneo e Mar Egeu, das quais as principai s são: Creta, Chipre, Rodes, Patmos, Mitilene, S amotrácia e talvez Malta e Sicília, bem como de regiões mais r e m o t a s 1, pouco c on hec ida s nos tempos bíblicos.

1 M u i t o a f a s t a d o no e s p a ç o ; d i s t a n t e , d i s t a n c i a d o .

20


Montanhas Uma vez que vamos e st ud ar s e p a r ad am en te - na lição 2 deste livro - a Geografia da Palestina, t rataremos neste tópico das m on t a n h a s ex tr apalest ínicas do Mundo Ant igo r elacionadas com a história bíblica. Destas, as quatro mais importantes são as seguintes: ■*' Ararate. Fica no sudest e da Armênia; célebre pelo encalhe da a r ca de IMoé; tem cerca de 5.000 metros de altitude. Devemos notar, entretanto, que o texto bíblico em Gênesis 8.4 diz que a arca parou sobre "os mont es de Ararate". Portanto i gnora-se o local exato do pouso da arca, embora a tradi ção apont e a montanha mais alta da região como tal e cujo nome é Ararate.

Sinai ou Horebe. Local izado no extremo s udoest e da Ásia, na P e n í n s u l a 1 do Sinai, que tem forma t r i a n g u l a r e que é banhado por dois braços do Mar V er mel ho chamados Golfo de Suez e Golfo de Á caba, ficando este do lado oriental da penínsul a e aqu el e do lado ocidental. A península da sua natureza d i vi d e - s e em duas partes: s

Uma ao norte, pr edomi nant e, leves el evações;

s

Outra ao sul, na qual predominam a topograf ia mont anhosa, de elevações entre 1000 e 2000 metros de altitude cortada por val es de di mensões variadas, cobert as de alguma

1 Porção

de

terra

cercada

de

água

u m, p e l o q u a l se l i ga a o u t r a t e r r a .

21

por

de sert a

todos

os

e

lados,

com

menos


v e get ação em certas épocas do ano. É nesta região sul da penínsul a que se localiza o monte Sinai, também chamado Horebe. , No monte Sinai Moisés recebeu a Lei com a qual se firmou o pacto entre Deus e o povo de Israel, ori gi nando-se, assim, a nacional idade hebraica com seus aspect os religioso e civil. No mesmo monte, uns poucos anos antes, Moi sés teve a visão da sarça ardente - quando apa sc ent ava os rebanhos do seu sogro - e seis sécul os depois Elias, o profeta, teve a visão de Deus ( l R s 19) em que lhe foi revelado que, apesar da idolatria de Israel havia muitos jo e lho s em seu meio que não se haviam dobrado a Baal. Hoje o Sinai é conhecido pelo nome de J ebel -Mus a, que significa "m on te de Moisés". Líbanos. A c o r d i l he i r a 1 dos mont es Líbanos, que corre paralelament e à costa oriental do Mediterrâneo, fica na parte ocidental da Síria, ao norte da Palestina, e a pr esent a-se em duas divisões: Líbano e Antel íbano. Esta divisão não é conhecida nas Escrituras Sagradas, mas vem desde os t empo s da do mi nação grega e persiste até hoje. A cadeia de mont anhas que fica ao oeste é conhecida como Líbano e a que fica ao leste como A ntelíbano. A altitude de ambas as cadeias varia entre 1.900 e 3.300 metros. A sua extensão na direção norte-sul é de a p r o xi m ad a me nt e 180km e na direção oeste-leste varia entre 20 e 30 km em linha aérea. 1 Sistema

de

altas

montanhas

que

se

desenvolvem

em

e x t e n s ã o , g e r a l m e n t e p a r a l e l a s e p r ó x i m a s ao l i t o r a l , c ad e ia s de m o n ta n h a s se cu nd ár ia s.

22

grande

lançando


0 vale que separa as duas mont anhas toma nomes diferentes:

c ade ias

Leontes,

por

de

v'

Ao sul é chamado vale do corre o rio do mesmo nome;

onde

•/

Pouco mais para o norte é conhecido como o vale de Mispá. que se estende por ent re os contrafort es das duas cadeias;

■ s

E do centro para o norte toma o nome de vale do Orontes, pois serve de leito para o rio do mesmo nome.

No t empo de Josué o vale era con heci do si mpl es me nt e como vale do Líbano. Era f amos o pela sua fertilidade. Nas encost as dos Líbanos cresciam os f amosos cedros e as esbeltas faias, madei ras empre gad as na construção do templo de Salomão, cobertura de navios, palácios dos reis, i nst r ume nt os musicais, enfim, por serem de grande duração. Os montes Líbanos são f r e qü e nt em en te cit ados nas Escrituras. Seir. Na real idade Seir não é um monte isolado e sim uma serra de mont anhas que corre na di reção norte-sul na região de Edom, na Arábia Ocidental (durante a do mi nação romana denomi nad a Arábia Pétrea), entre o sul do Mar Morto e o es tremo norte do Golfo Ácaba, cuja altitude varia entre 300 e 2.000 metros na encosta leste. Um pouco afastado da serra, mas pertencendo ao mesmo sistema, fica o monte Hor, onde morreu Arão, irmão de Moisés, du rant e a peregrinação de Israel em d e m a n d a 1 à terra da promessa. Nas mont an has de Seir, p ro v av e lm en te na sua parte norte, habitava Esaú, na região central dos 1 E m b u s c a de; à p r o c u r a de.

23


montes Seir onde ficava a ci dade-f ort al ez a Petra, t ambém conhecida como Selá. posto militar guardião das f ront ei ras meridionais do Impéri o Romano.

Questionário f

Ass inal e com "X" as alt ernat ivas corretas

1. O Mundo Bíblico situa-se no atual: a)[H Continente Asiático e parte da Oceania b ) H Oriente Médio e terras do contorno do Mar Mediterrâneo c ) D Ocidente, precisamente no continente europeu e africano d ) D Oriente Próximo e terras do litoral do Golfo Ácaba 2. Na Mesopotámia, berço da humanidade, destacamse dois países: a ) D Fenícia e Egito b ) 0 Egito e Babilônia c)[3 Babilônia e Assíria d)D Espanha e Palestina 3. Célebre pelo encalhe sudeste da Armênia. a)EH Monte Seir b ) 0 Monte Sinai c ) D Monte Horebe d)Q3 Monte Ararate f

da

arca

de

Noé;

fica

no

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.ICI A faixa de terra estreita que vai de Ur, no sul da antiga Caldéia, até as proximidades do Nilo, é chamado então de Fértil Crescente 5 . 0 O Egito foi o procura de Canaã

local

24

onde

Israel

peregrinou

à


Rios Na vasta considerar quatro Eufrates e Jordão.

área do Mundo Antigo podemos rios importantes: Nilo, Tigre

Nilo. Com cerca de 6.500 km de compr i ment o, é 0 primeiro rio do conti nent e a f r i cano e o s eg u nd o do mundo, tendo suas nascentes na região dos grandes lagos da África Equatorial, por onde se est ende seus dois braços cha ma d os Nilo Branco e Nilo A z u l e seus afluentes. O Nilo corre na direção sul -norte at ravés do Egito, d e s aguan do no Medit errâneo através de um vasto e s t u á r i o 1 de 250 km de largura, f or mado pelo os três braços (que ant ig ament e eram sete), denomi nado delta. As chuvas produzidas pelas nuvens formadas sobre o Oceano Índico e levadas pelos ventos sobre as cordil hei ras da África Ori ental e Equatorial faziam t ra ns b or da r o Nilo e seus afluentes, levando para o Egito a a l u v i ã o 2 f ertili zante das vertentes das montanhas. O t ra ns b or da me n to do Nilo nas regiões áridas do Egito e c on seqüe nt es abu ndân ci a das colheitas, n o ta dament e na região do delta, era considerado pelos egípcios obras dos seus deuses. Carát er sagrado que o povo atribuía ao rio. A parte navegável ia até a Ilha Elefanti na, ant igament e c hamada Yeb, 1.145 km ao sul de Cairo, j unt o da primeira catarata. Há mais cinco 1 Tipo

de f o z

em

que

o curso

de á g u a

se a b r e

mais

e ar gi l a

que

forma

ou

menos

largamente. 2 Depósito margens alúvio.

de

cascalho,

ou à f o z d o s

areia

rios,

proveniente

25

se

junto

às

do t r a b a l h o d e e r o s ã o ;


outras cataratas no alto Nilo que não permitem a navegação. Além de ser o ponto final da rota comerci al, a Ilha Elefantina t ambém era o posto mil itar mais av ançado do go verno egípcio na di reção sul, pois as es cav ações nela efetuada mostram ve stí gios de fortificações que abr igavam guarnições militares. Provas iguais nos of erecem as ruínas da cidade de Siene (moderna Assuã), referida em Ezequiel 29.10, que fica em frente da ilha. Na mesma ilha ainda foram encont radas ruínas de colônias ju da ic as e d oc um ent os em papiro em grande qu ant idade que relatam acont ec iment os entre 400 e 525 a.C., of erec endo novos dados sobre a di spersão dos ju d eu s pelo mundo de então, sup lement and o, assim, a narrati va bíblica relativa ao assunto. ■*" Tigr e (gr.) ou Hidéquel (hb.). Este é o rio que nasce nas mont anhas da Armênia, corre na di reção sudeste banhando o lado oriental da Mesopot âmia até j unt ar -s e com o rio Eufrates, cerca de 160 km antes do Golfo Pérsico. Devido à mudança do leito do rio através dos tempos - pelos os meios naturais (i nundações), e artificiais (canali zação) - e também preferências de suas di versas nascentes, o percurso total do Tigre varia entre 1.780 e 2.300 km segundo os dados of erecidos pelos di versos autores. Nos t empos remotos ele desaguava di r et ament e no Golfo Pérsico, mas, devido ao aluvião f ormado na baixa Mesopot âmi a, hoje despeja as águas no Eufrates que daí para frente recebe o nome de Shat-el-Arab. Em sua margem esquerda, na altura de seu terço superior, ficam as ruínas da antiguíssima

26


cidade de Nínive, cuja história começa no t erceiro milênio a . C., e no seu terço inferior, na margem direita, fica a cidade de Bagdá. Fora os pri meiros capí tulos de Gênesis, pouquí ss imas são as referências bíblicas ao Tigre. Eufrates, o " Gr an de Rio". As suas nascent es acham-se no maciço mont anhoso da Armênia. De início, o rio corre para o ocidente, cheg and o a uma di stância de ape nas 93 km do Mediterrâneo. Depois toma a direção sudeste, at ravessando a célebre cidade de Babilônia a cerca de 140 km do seu estuário. O curso total deste rio também varia entre 2.880 e 3.330 km, segundo diversos autores. A p ar ent ement e esta diferença se explica pelas mesmas razões citadas com referência ao c ompr iment o do rio Tigre. Na época da maior glória do domínio hebreu o rio Eufrates era o seu limite nordeste. Também consti tuí a o limite ocidental da Mesopotâmia e x t r e ma me n t e fértil e sp e ci al me nt e na região sul, ou baixa - Mesopot âmia, também chamada Caldéia. Todos os anos os dois rios deposit am uma faixa de terra no f undo do Golfo Pérsico f azendo-o recuar. Calcula-se que desde os tempos de Abraão, quando a sua cidade (ür) era porto marítimo, o Golfo Pérsico tenha recuado cerca de 250 km. També m o Eufrates nos tempos antigos desaguava di ret ament e no Golfo Pérsico. Hoje, cerca de 160 km ao norte do referido Golfo j u n t a - s e com o Tigre e daí em diante é chamad o Shat-el-Arab. Jordão. Este é o rio da terra santa, i númeras vezes referido nas Escrituras Sagradas. É f or mado por 27


várias nascentes nas encos tas noroeste e oeste do monte Hermom - sendo quatro as principais: a Bareighit, Hasbani, Ledã e Bani as - e corre na di reção norte-sul. No seu percurso total, cerca de 340 km pelo leito s i n u o s o 1, atravessa dois lagos - o de Merom (atualmente c hamad o Hulé) e o da Galiléia d es ag ua n do no Mar Morto. A peculi ari dade do J ordão é que este é o único rio do mundo cujo leito é i nferi or ao nível do mar. A depressão começa desde 3 km ao sul das águas de Merom e conti nua cada vez mais acentuada até cheg ar a 426 metros no Mar Morto, cuja pr of undi dade chega a 400 metros. Portanto, trata-se de uma depressão de 826 metros sendo a mais profunda do globo terrestre. O Jordão nasce nas mont anhas do A nti líbano, ao oeste do monte Hermom, e é o principal rio da Palestina, ele corre na direção nortesul, di vidindo o estado ju d ai c o em duas partes difer ent es deixando na região leste a Tran sj ord âni a e na região oeste, a terra de Canaã. Seu nome significa " d e c ai m en t o" ou "aquele que desce"; e em vi rtude de sua grande s inuosi dade, tem sido apelidado de "serpent ina". No seu curso superior, ao norte, estão as frontei ras s írio-israel ense e. j o rd an o -i sr ae l en se . N a s c e n t e s : Esse rio inicia-se nos montes do Antilíbano, (es peci al men te o Hermom) em cujos picos a neve cai o ano todo; e quando esta sofre a alta t emperatura, t orna-s e líquida e vai se deslizando pela superf ície da terra, ou se i nfiltrando pelas brechas do solo até f or mar as nascentes do rio Jordão. 1 Que

apresenta

curvas

irregulares,

ondulante, tortuoso, flexuoso.

28

em

sentidos

diferentes;


O início do rio propriament e dito começa através do encont ro de quatro principais riachos: s

Hasbani. É um riacho com cerca de 40 km de extensão, que mana de uma grande fonte chamada "Ain Furar", onde a altitude é de cerca de 520 metros acima do nível do mar, com cerca de 300 metros de profundi dade.

s

Banias. Cujo nome significa "o deus da fertilidade". É o mais oriental de todos. Esse riacho nasce perto das ruínas de Banias - antiga Cesaréia de Filipe (Mt 16.13), no sopé do monte Hermom, onde a elevação é de 348 metros acima do nível do mar.

s

Ledã. Essa é a fonte central e mais vol umosa. Está a 157 metros acima do nível do mar. Iniciase perto de Tel-el -Cadi , a antiga Dã da Bíblia. Trat a- se de uma poderosa nascent e que brota do solo naquele ponto.

s

Bareighit. Esse riacho é mais oci dental e mais alto, ini ciando a 563 metros acima do nível do mar, e cujas fontes não se alimentam das torrent es do Hermom.

Primeiro se encont ram as vert ent es, Banias e Bareighit, e logo após Ledã, e um pouco mais ao sul, esses três se aj untam ao de Hasbani, e assim está formado o início do rio Jordão. Para um estudo mais detalhado, cost umase dividi r o curso do rio Jordão em três trechos, a saber: A Regi ão das Nascentes, o J o r dã o S u p e r i o r e o J ordão Inferior. s

Região das Nascentes. Essa região, é e xat ament e a que a cab amos de d e s c r ev er nos seus aspectos mais set ent ri onai s que se estende até o lago de Meron. Após a fusão das quatro nascentes já descritas, o Jordão atravessa uma

29


planície pantanosa numa ex te ns ão de 11 km e entra no lago de Meron. A sua largura varia muito nesse trecho, e a p r o f undi dade varia de 3 a 4 metros. s

J or dã o Superior. Trat a- se da parte que está entre o lago de Meron e o Mar da Galiléia, com uma extensão de 20 km. Esse trecho é quase reto, com uma caída de 225 metros, o suficiente para fazer com que as águas fiquem al tamente impetuosas, causando enormes erosões. A velocidade das águas nesse trecho é tão grande, a ponto de quase 20 km adentro do Mar da Galiléia ainda dá para perc eber a sua correnteza. A largura do rio nesse trecho varia entre 8 a 15 metros, onde o seu leito percorre um terreno rochoso entre uma veget ação média.

v'

J or dã o Inferior. É a região que fica entre o Mar da Galiléia e o Mar Morto. Esse trecho mede cerca de 117 km em linha reta, e cerca de 340 km pelo leito t ort uoso do rio, com uma largura que oscila entre 25 a 35 metros, indo 1 a 4 metros de prof undi dade. O declive desse trecho é de 200 metros, levando o rio a descer pr eci pi tadament e f ormando meandros1 e cascatas, alargando o vale até uma extensão de 15 km, como ocorre nas proxi mi dades de Jericó.

Há outros três grandes rios no Mundo Antigo, porém sem i mport ância para a geografiar bíblica, são eles: Leontes e O rontes na Síria - o primeiro correndo no seu último trecho pelo limite norte de Canaã e o segundo banhando a cidade de Antioquia - e Tibre na Itália, em cuja margem esquerda fica Roma. 1 Sinuosidade, etc.

rodeio,

volteio

de

30

curso

de

água,

de

caminho,


Desertos Na Bíblia enco nt ramos várias r ef erênci as a desertos, e isto em virtude das p eregri naç ões dos patriarcas e do povo de Israel bem como da formação de Moisés, o grande guia do povo de Deus, que se ef etuou esp ec ial ment e nos des ert os do êxodo. A idéia de deserto entre os ju deus abrangia três aspectos: ■s

Y eshimon: deserto absoluto, onde não possibili dade de sobrevi vênci a animal vegetal;

há ou

s

Heraboth: lugar devast ado, desértico, em c ons eqüênci a de destruição. É o caso da cidade destruída pela guerra;

s

Midbar ou Arabah: deserto com certas possibili dades de vida animal e vegetal que, na época chuvosa do ano t r a n s f or m av a - se em campo.

Os israelitas peregrinaram 40 anos em desertos destes aspectos. Aqui a b o rd ar e mo s os desertos extr apal est ínicos, deixando os pal est ínicos para mais adiante (lição 2). Os desert os extr apal est íni cos relaci onados com as narrativas bíblicas podem ser di vidi dos em dois grupos, t om and o- se a linha Mar Morto - Golfo de Ácaba como divisória: O grupo do oeste: s

Shur (Êx 15.22), que alguns identificam como o de Etam (Êx 13.20), est end e-s e pelo noroeste da Península do Sinai, ao largo da fronteira nordeste do Egito e costa oriental do Mar Vermel ho (Golfo de Suez) à altura do seu terço superior; 31


s

Sin, que é o pro lo ng a me nt o do ant eri or na direção sul da costa ori ental do mesmo mar, abrangen do o terço médio da mesma;

s

Sinai, que abrange toda a parte sul da península incl uindo o monte Sinai, bem como a parte oriental da mesma até o f undo do Golfo de Ácaba;

s

Parã, que cobre todo o centro desl ocand o-s e um pouco para mesma;

s

Cades, ou Ca d es - Ba rn é ia , pequena fica ao norte do Parã e leste de Shur;

s

Zim, fica ao leste de Cades. Estes dois últimos desertos consti tuíam o limite sul da Palestina, também conhecidos pelo nome de Negeb;

s

Berseba. Este é um pequeno deserto em torno da cidade de Berseba, o marco meridional da terra santa. A ex pres são "de Dã a Ber seba" era maneira de definir a exte nsão norte-sul do território palestínico.

da penínsul a, nordeste da área que

O grupo do leste: s

Idumeu, que fica ao s udeste do Mar Morto;

s

Moabe, ao nordeste do mesmo mar;

s

Qued emo te, ao norte de Moabe; Diblat e Beser, cuja l ocalização é desconhecida, são desertos de pouquíssima importância histórica.

Cidades O estudo das ci dades do Mundo Antigo requer que as di vi da mo s em dois grupos: ex tr apal est ín ic o e p a l est í ni co (este será est udado na lição 4). 32


*■ Ci dades principais do gru po ext ra pa les tí ni co . Destacam- se neste grupo, pela sua importância e relação com os hebreus e com o crist ianismo primitivo, as seguintes: 1. Ur. Situada no sul da Babilônia ou Caldéia, hoje chamada Mughei r (perto das esc av ações da antiga Ur). Cidade natural do patriarca Abraão; centro industrial, agrícola e comercial de grande importância; porto marítimo, segundo as descober tas arqueológicas (o Golfo Pérsico ant igament e ia até Ur); a n t e d i l u v i a n a . Nas escavações a r queol ógi cas de Ur temos as mais antigas evidências da cultura sumeriana. 2. Nínive. Segundo Gênesis 10.11 foi uma das antigas cidades da Assíria. T o r n ou - s e a capital do mundo no período áureo do Impéri o Assírio. Ficava a margem ori ental do Tigre Superior, 50 km ao norte da confluência do rio Zabe com o Tigre. Foi tomada pelos babilônios em 612 a .C., terminando assim a sua glória. Dois dos livros prof éti cos do Antigo Tes tament o têm Nínive por objetivo: Jonas e Naum. 3. Damasco. Segundo os hi st ori adores é "a mais antiga da terra", localizada ao sul planalto oriental do Antel íbano. Através dos sécul os tem sido Síria. Notável por se con sti tu ir centro para o comércio do Mundo Antigo, por

33

cidade viva da Síria, no a capital da estratégico t ratar-se de


um ponto de e n t r o n c a m e n t o 1 das est radas que c omun icavam Egito e Arábi a com Assíria, Babilônia e Roma (via Éfeso, na Ásia Menor). É citada f r eqü ent em ent e nas Escrit ur as Sagradas em que as ref erências vão desde os dias das pe regrinações de Abraão (Gn 14) até o t empo do apóstolo Paulo (Gl 1.17). 4. Mênfis. Os hebreus a conheciam pelo nome de Nofe (Is 19.13). A cidade mais import ant e do Egito setentri onal que, s egundo Heródoto, teria sido edificado por Menes, primeiro rei do Egito menc ionado na história, localizada na margem ocidental do Nilo, cerca de 20 km ao sul de Cairo, atual capital do Egito. As pirâmides egípcias mais f amosas ficam perto desta cidade. 5. Babilônia. A antiga e bela capital do f amoso Império Babilónico, notável pelos seus maravil hosos palácios, jardins suspensos, mural has quase i n e x p u g n á v e i s 2. Segundo Heródoto, hi storiador grego citado por J. D. Davis em seu Di cionário da Bíblia as muralhas que cercavam a "cidade m a rav il hos a" do Mundo Antigo eram duplas e tinham cerca de 28 metros de largura e até 112 metros de altura e 96 km de extensão, construí da de tijolos com a r g a m a s s a 3 de betume com 250 torres e 100 portões de cobre. 1 Ponto

de j u n ç ã o

de d o i s

ou

mais cam inh o s,

de d u a s

ou

mais

coisas. 2 Invencível, indestrutível, inabalável. 3 Mistura

de

um

aglutinante

com

ar ei a

e água,

empregada

no

a s s e n ta m e n t o de alve na ri a, tijolos, l a d r i l h o s , e t c . , da q u a l r e s u l t a u m a m a s s a de c o n s i s t ê n c i a m a i s ou m e n o s p l á s t i c a , q u e e n du r ec e com o tempo.

34


Esta cidade foi edifi cada sobre as duas margens do rio Eufrates, em torno do local da torre de Babel, cerca de 500 km ao noroeste do Golfo Pérsico (250 km no t empo de Abraão, pois Ur, cidade do patriarca, era cidade marítima conforme provam as escavações em suas ruínas que hoje ficam a cerca de 250 km do fundo do Golfo Pérsico). As suas ori gens pré-hi st ór ic as remontam aos dias de Ninrode (Gn 10.8-9). Foi na cidade de Babilônia que Alexandre, o grande, terminou seus dias em 323 a.C. 6. Harã. Poucos informes têm dessa cidade. Porém sabemos que ficava na região chamada Harã Naaraim, Padã-Arã, no pl analto setentri onal da Mesopotâmia, onde pe rma neceram por algum t empo Tera e seu filho depois de deixarem Ur.. Entretanto, pelo que se pode concluir de alguns dados arqueológicos, trat ava-s e de um i mportante centro militar e comerci al, ponto de convergênci a dos c aminhos da Assíria, Babilônia, Ásia Menor, Egito (via Palestina) e Síria. 7. Tiro. Cidade antiga e muito i mportante na Fenícia. Conf orme relatos de escritores e histori adores antigos (Heródot o e outros), sua fundação remonta a 2.750 anos a.C. De início, a cidade foi edificada sobre um pequeno p r o m o n t ó r i o 1,, t r ansf er in do- se mais tarde para uma ilha mais próxima a fim de resistir melhor aos constant es at aques dos inimigos. Mas, Alexandre, o Grande, t omou a Ilha de Tiro em 332 a.C., depois de sete meses de cerco, tendo 1 C a b o f o r m a d o de r o c h a s e l e v a d a s ou a l c a n t i s .

35


c onstruído um m o l h e 1 através do estreito que separava do conti nente. Foram os tírios navegant es e c om er ci ant es famosos que mant inham relações com as mais di stantes regiões. Foram eles que f undaram Cartago, na África setentri onal, no século IX a.C. Na época de Davi e Salomão, o rei de Tiro - Hirão - manteve estreita amizade com Israel, aj udando com sua madeira e artífice a construi r os pal ácios e o templo (2Cr 2.1-16). Foram as c idades fenícias: Tiro e Sidon, as únicas em t erritório est rangeiro que Jesus visitou durante o seu mini stéri o terreno (Mt 15.21-31). O nome moderno dessa cidade é Sur. 8. Sidon. Outra cidade import ant e e muita antiga da Fenícia, cerca de 30 km ao norte de Tiro, porto marítimo do Medit errâneo, é f r e qü ent em ent e referida na Bíblia. Foi arrasada, muitas vezes, pelos c onquist adores, e reconstruída. Hoje seu nome é Saida. A importância desta cidade foi tão grande que os historiadores da ant igüidade f re qü e nt em en te referia-se aos sidônios como sinônimo de fenícios. Um dos reis sidônios, Etbaal, era pai de Jezabel, a terrível mulher de Acabe, rei de Israel. 9. Atenas. Este é o nome da capital Ática, um dos estados da Grécia, f undada em 1156 a.C., que em 1834 t ornou-se a capi tal de todo o reino da Grécia. Está cerca de S km de di stância do mar Pireu., sendo seu porto comercial mais próximo Falero. 1 E s t r u t u r a m a r í t i m a e n r a i z a d a em t e r r a , e q u e p o d e q u e b r a - m a r (q. v. ) , g u i a - c o r r e n t e ou c a i s a c o s t á v e l .

36

s e r v i r de


At en as era célebre como centro da ciência, da literatura e das artes do Mundo Antigo, at raindo inúmeros es tud ant es de todas as regiões. As referênci as bíblicas a esta ci dade são todas elas relacionadas com a obra mi ssionária de PâliLo (At 17.15-18.1; l T s 3.1). 10. Éfeso. Cidade mais i mport ant e da costa ocidental da „Ásia Menor, cuja ori gem remonta o sécul o XI a.C., localizada na margem direita do rio Caister. cerca de 18 km da d e s em bo ca d ur a deste no Mar Egeu, na província,de Lídia. Era a um só t empo o porto mais importante do Egeu Oriental, a capital da Ásia proconsular e o ent ro n ca me nt o das duas estradas mais i mport ant es (l este-oeste e norte-sul) da grande península no t empo dos romanos. Seu magnífi co templ o cons agrad o à deusa Diana (Ártemi s dos gregos), levou 220 anos para ser construído e tinha 55 metros de largura por 112 metros de compr iment o. Seu teatro com capacidade para 25 mil pessoas a ssen tad as e seu hipódromo eram de famõ mundial. Paulo, r ec onhec en do a importância estratégica de Éfeso, ficou ali durant e dois anos e •rês meses (At 19.8-10) entre os anos 54 e 57 d . C., leal i zando o seu maior trabalho missionário. 11. Roma. Cidade das mais antigas da Península itálica, edificada sobre sete colinas, na margem osquerda do rio T i b re, a 24 km da de semboc ad ura deste no Mar Ti rreno, na costa ocidental da península. A data de sua fundação, uni versal ment e .)c ei t a, é 753 a .C. Famosa por ter sido a capital política e cultural do mundo por vários séculos. 37


No t empo do apóst olo Paulo a "c idade et erna" - como é c hamada - já possuía cerca de 1.000.000 (um milhão) de habitantes. Paulo esteve preso em Roma durante dois anos e dali escreveu quatro epístolas: E Filipenses, C ol oss ens es e Filemom.

Questionário f

Assinale com " X" as alt ernat ivas corretas

6. Quatro rios mais importantes do Mundo Antigo: a)[ZI Zabe, Eufrates, Jordão e Quisom b)CH Belus, Caister, Zabe e Banias c ) Q Nilo, Tigre Eufrates e Jordão d ) 0 Caister, Banias, Tigre e Nilo 7. Segundo os judeus, o deserto absoluto, onde não há possibilidade de sobrevivência animal ou vegetal é: a ) D O Midbar b ) D O Arabah c ) D O Heraboth d) EU O Yeshimon 8. Cidade natural do patriarca Abraão, de importância econômica nos tempos bíblicos a ) D Ur b)C] Damasco c ) D Sidon d ) D Nínive

grande

Marque "C" para Certo e "E" para Errado 9.|C I O rio Nilo tem comprimento e é o africano

cerca de 6.500 km de primeiro rio do continente

10.L y Paulo esteve preso em Roma durante dois anos e dali escreveu duas epístolas 38


Lição 2________________ Geografia Física da Palestina

O nome "P al est ina " d er iva- se do termo Filistia, ou seja, a terra habitada pelos filisteus. Na Bíblia este nome é dado a uma faixa de terra ao sudoeste de Canaã, ao largo do Mar Medit errâneo até ao Egito. Posteri ormente, figuras como Plínio e Josefo, passaram a c hamar por este nome toda a região de Canaã. E desde os t em po s do domínio romano até os dias que prec ederam a f undação do moderno Estado de Israel, Palestina era o nome mais usado. Outros nomes s ã o : v''

Canaã ou Terra de Canaã (Gn 13.12);

/

Terra dos Amorreus;

s

Terra dos Hebreus (Gn 40.15);

^

Terra de Israel ou Terra 13.19; 2Rs 5.2; Mt 2.20);

s

Terra de Judá ou Judéia (Ne 5.14; Is 26.1; Jo 3.22; At 10.39);

s

Terra da 11.9);

Promessa

ou

dos

Terra

I srael itas

Promet ida

✓ Terra Santa (Zc 2.12; SI 78.54 - ARA); ^

Terra Formosa (Dn 8.9);

s

Terra do Senhor (Os 9.3);

s

Terra Gloriosa (Dn 11.41). 39

(ISm

(Hb


Localizada no conti nente asiático, a 30° latitude norte, banhada pelo Mar Medit errâneo (extremo leste) em toda a extensão do seu limite ocidental, mais ou menos e q ü i d i s t a n t e 1 dos pontos principai s do Mundo Antigo, a Palestina consti tuía-se num centro de gravidade para o mundo e as civilizações da antiguidade. Do ponto de vista comercial ficava na rota obrigatória do tráfego entre o oriente e o ocidente, bem como entre o norte e o sul; e do ponto de vista político era passagem inevitável dos exércitos conquist adores das grandes potências ao seu redor, razão pela qual estas se interessavam por sua conquista e fortificação. Com isso, a Palestina sofreu d evas taçõe s em repetidas ocasiões durante a sua história. @

Limite sul: Cades -Barnéi a e o ribeiro el-Arish, na Arábia, el-Arish é o "rio do Egito" (Gn 15.18).

@

Limite norte: Síria e Fenícia.

Limite oeste: Mar Mediterrâneo. chamado de Mar Grande (Dn 7.2).

@

Limite leste: Síria e Arábia.

É

na

Bíblia

Nat uralmente estes são os limites médios ou prevalecentes da história política da Palestina, havendo épocas em que eles sofriam algumas modifi cações resul tantes das conquist as ou perdas nas guerras.

Topografia O termo " T o po g ra fi a" significa, literalmente, descrição de um lugar ou de uma região. A Palestina pode ser dividida em quatro seções, a saber: 1 Que dista ig ualmente.

40


s

Planície da costa do Medi terrâneo;

s

Região mont anhosa central;

s

Vale do Jordão;

■ s

Planalto Oriental, ou zona Gileade, na Transj ordânia.

mont anhosa

de

Planícies A palavra "planície" significa uma grande porção de t erreno plano, e nquant o que "p la na lt o " significa uma grande porção de t erreno plano sobre montes ou serras. Planície Costeira. Israel apossou- se das mont an has centrais, quando ocupou a terra prometida, e depois, fez tentativa esporádi ca de est end er seu domínio até o litoral. Mas esta região estava ocupada pela poderosa nação dos filisteus. Davi conseguiu controlá-la por um momento, mas durante a maior parte da história israelita foram os filisteus que, a partir das suas cinco cidades, fizeram pressão em direção às colinas. Naquela época o litoral não era região par ti c ul arment e atraente, e consistia em uma faixa de d u n a s 1, areia misturada com bosques e alguns pântanos. Ao sul do monte Carmelo não apr esent ava grandes pontos naturais. Os filisteus não eram navegadores. O primeiro grande porto nesta faixa costeira foi o porto oficial de Cesaréia, construída pelo rei Herodes, o grande, não muito t empo antes do nascimento de Jesus Cristo. 1 M o n t e de a r e i a m o v e d i ç a f o r m a d o p e l a a ç ã o do v e n t o .

41


Ao sul do monte Carmelo a área era chamada de Planície da Filistéia e Planície de Saron, ao norte do Carmelo Planície de Aser. Cont inuando para o norte a planície se restringe, mas em comp e ns aç ão oferece melhores portos naturais, a partir dos quais operavam os fenícios navegadores e comerci antes. Planície do Aco (ou Acre). A palavra Acre (hb. a k k o ) significa "areia quent e" (Jz 1.31), e os C r u z a d o s 1 lhe deram o nome de "São João de Acre". Esta pl anície está na região do extremo noroeste da costa palestínica, ao sul da Fenícia e se est endendo até o monte Carmelo. No norte ela é mais estreita, medi ndo apr oxi mad ament e 5 km, e vai se alargando pouco a pouco, até alcançar 17 km ao sul. É irrigada por dois pequenos rios, a saber: o rio Belus ao norte e o rio Quisom ao sul, ao pé do monte Carmelo. As terras do centro que rodeia os montes são f ertilíssimas, com exceção da parte praiana, onde as areias são muito quentes. Esta região coube por sorte a tribo de As er (Js 19.25-28) que não conseguiu expulsar os cananeus. ■*" Planície de Saron. A palavra " S ar o n" é semítica, e significa "zona de bosques". Essa planície está entre o sul do monte Carmel o e a cidade de Jope. Ela se alarga na direção das mont anhas da região central à medi da que avança para o sul, medi ndo 85 km no sentido norte-sul, com uma

1 Expedição

militar

de

caráter

religioso

M é d i a , c o n t r a h e r e g e s ou i n f i é i s .

42

que

se

fazia

na

Idade


largura que varia de 15 a 25 km, tendo a sua faixa mais estreita que se encontra nas pro xi mi dades do monte Carmelo. Esta planície t ornou-se famosa por causa das v ar iedad es de flores e lírios que ali m e d r a v a m 1 (Ct 2.1-2). Planície da Filistia. Essa planície compr eend e a faixa de terra habitada pelos filisteus, que fica entre Jope e Gaza, no sudeste da Palestina, medi ndo cerca de 75 km de c ompr iment o por 25 km de largura. As cinco cidades pri ncipai s dos filisteus, f ort ement e muradas, eram: Gaza, Ascalon, Azoto, Gate e Ecrom. As três primeiras eram marít imas e as duas últimas ficavam no interior. Tais c idades eram as f ortalezas da planície. Planície de Sefelá. A palavra Sefelá, l it eralmente significa "terras boas" ou "mais baixas". Essa região propriament e dita, é mais uma faixa de terra do que uma planície; t rat a-se de um altiplano rochoso que corre da costa, rumo sudeste, se est end end o até a fronteira da tribo de Judá (Dt 1.7; Js 10.40; 12.8; 15.33; 2Cr 26.10; 28.18). Na sua região norte ela limita-se com a Filistia, ao sul com o vale de Aijalom e Berseba, e ao leste com as mont anhas de Judá. Planície de Jezreel ou Esdrael on. O nome profético dessa região " Ar mage dom" . A p e sa r dessa região ser classificada como vale, pela sua extensão e aspecto do conjunto, preferimos qual ificá-la de planície.

1 Crescer, vegetando; desenvolver-se.

43

é


Esse local enc ont ra- se na confl uência de três vales, o mais i mport ant e é o de Jezreel, que está situado entre os montes da Galiléia e os de Samaria, al argando-se para o noroeste até as f r a l d a s 1 do monte Carmelo e sul dos montes Líbanos. Os três vales se formam ao leste da imensa planície separada pelo monte Gilboa e o pequeno Hermom. O do centro é o maior. É o Jezreel, que desce a br u pt a me nt e para o Jordão. A entrada do vale está na cidade de Jezreel que foi a capital do Reino do Norte. A planície é cortada pelo rio Quisom do leste para o oeste, com destino ao Mar Mediterrâneo. O termo "esdraelon", é grego e não aparece na Bíblia, e nquant o "Jez reel " aparece por 29 vezes no Antigo Tes tament o. Há quem pensa que Jezreel e Esdraelon não sejam o mesmo lugar. Em Josué 17.16 e 2Crôni cas 35.22 esse lugar é chamado de "Val e de Megido". Essa é a maior planície de todo o Israel, medi ndo 40 km de c ompr iment o por 20 km de largura. Essa região foi na verdade o celei ro de Israel, especialment e nos tempos da monarquia. Suas terras eram a b u n da n t em en t e férteis, regadas pelas constantes chuvas, pelo orvalho que caia do céu e pelos rios. Alguns int érpret es vêem na palavra "A r m ag e d o m " uma t rans li teração do hebraico Armegi do , que significa, colina ou montanha de Megido. Além dessas, existem outras planícies menores espalhadas pelo interior da Palestina, como a de Jericó, a de Dotam, a de Moabe, a de Genezaré etc.

1 A p a r t e i n f e r i o r , as a b a s , o s o p é ( de s e r r a , m o n t e , et c) .

44


Vales Ap es a r de ser a Palestina, terra de muitos vales conforme disse Moisés, c on te n te mo s em estudar apenas alguns dos mais i mport ant es (Dt 1 1 . 1 0 , 1 1 ):

1. Vale do Jordão. É uma depressão geológica; os lados seguem duas falhas paralelas da crosta t errestre até a depressão conhecida pelo nome de Arabá, t erminando no Golfo de Ácaba. As falhas são a causa que explica o c arát er í n g r e m e 1 do vale. As praias do Mar Morto enc o nt ra m- se 388 metros abaixo do nível do mar. A distância entre a linha do hori zonte das mont anhas de um lado para outro do vale é de 15 a 20 km. Nenhuma estrada i mportante percorre este vale, o que se explica pelo f undo difícil e c onti nuament e int errompido pelo rio e seus afl uentes e ainda pelas altas t emper at ur as e st i va is 2. Este é o maior vale de toda a Palestina, que inicia no s o p é 3 do monte Hermom (extremo norte) e desce em direção sul, até t ermi nar no Mar Morto. No seu ponto inicial esse vale é um tanto estreito medi ndo 100 metros; mas na medi da em que vai se alargando ele cresce pouco a pouco. E logo um pouco abaixo do Mar da Galiléia ele mede 3 km, na região de Jericó ele chega até 15 km, e depois começa a est reitar-se no vament e antes de chegar ao Mar Morto, seu ponto final. Por este grande vale corre o rio Jordão, do qual o seu nome deriva. 1 Di f í c i l

de

subir;

que

tem

forte

declive;

abrupto,

escarpado,

nlcantilado 1 R e f e r e n t e ao, ou p r ó p r i o d o e s t i o ; c a l m o s o , e s t i v o , e s t i o . ' Ba s e ( d e m o n t a n h a ) ; f a l d a .

45


Este é o mais prof undo vale de toda a face da terra, com 426 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, em uma distância de 215 km em linha reta desde o monte Hermom até ao Mar Morto. Grande parte desse vale é de f erti lidade exuberante, o que enriqueci a a agr icultura israelense. Este é o vale de mai or contraste geológico da face da terra. Como já vi mos, ele inicia no sopé do monte Hermom a 3.000 metros de altitude, e termina no Mar Morto com cerca de 426 metros abaixo do nível do mar, com a agr avant e deste ter a pr o xi mad am ent e 400 metros de profundi dade. Onde ele nasce, no monte Hermom, sua t emper atura climática é bastante fria, em virtude da neve, enquanto no seu término, no Mar Morto, a temper atura chega a 50° no verão. A natureza do terreno desse vale é das mais variadas que se pode imaginar. A sua veget ação não é muito diferente, produzi ndo até maçãs, pêras e uvas. 2. Vale Acor. A palavra " Ac or " significa "pert urbação". O nome desse vale deriva-se de Acã. Este vale fica entre as terras que pert enciam às tribos de Judá e Benjamim, ao sul de Jericó. Foi neste vale que ocorreu o triste episódio que envolveu a vida de Acã e sua família (Js 7.24-26). 3. Vale de Aijalom (Js 10.12). A palavra "A i j a l o m " significa "das gazelas". Este vale situa-se na região de Sefelá, 24 km ao noroeste de Jerusalém. Este vale tem uma extensão de 18 km de c om pr i me nt o na direção do Mediterrâneo, por 9 km de largura.

46


4. Vale de Escol (Nm 13.22-27). A palavra "Es co l" em hebraico significa "cacho". Este vale fica ao oeste de Hebrom, e é muito f amoso pela sua fertilidade e sp e ci al me nt e na plantação de uvas. 5. Vale de Hebrom. Esse vale fica cerca de 30 km a sudoest e de Jerusalém, onde foi edifi cada a cél ebre c idade de Hebrom, em cujas cercanias fixou-se por longo tempo a família de Abraão.

Planaltos A definição de planalto é: uma grande extensão de terras sobre mont anhas ou serras. A Palestina é ge ral ment e vista com dois pl analtos, a saber: s

O Pl anal to Central, que existe como a conti nuação dos montes Liba nos e se estende pelo centro do país na direção norte-sul; e

^

O Pl anal to Oriental, que pode ser c ons iderado como conti nuação do Anti líbano, andando na mesma rota do anterior.

Ambos variam 650 a 1.300 metros.

em

altitude,

medi ndo

de

*■ Pl analto Central. Esse pl analto é c om pr e en d id o pela região onde habitavam as tribos de: Naftali, Efraim e Judá. s

O Pl anal to de Naftali, c o rr es pon de à região da Galiléia ao norte;

^

O Pl anal to de Efraim c o rr es pon de à região de Samaria, ao centro; e

s

O Pl anal to de J udá situa-se ao sul, entre Betei e Hebrom. 47


Pl analt o Oriental. Esse pl analto si tua-se ao oriente do rio Jordão e também está subdivi dido em três partes di ferentes, a saber: Basã, Gíl eade e Moabe. ■ s

Planalto de Basã. També m conhecido como Auran, que se estende desde o sul do monte Hermom até o vale por onde corre o rio Iarmuque. A ferti lidade dessa região é mais apropriada para o plantio de trigo e pastagem para o gado.

•/

Planalto de Gileade. Que se situa entre o Iarmuque e o Hebrom, cortado pelo rio Jaboque; esta éuma região f e r t i l í s s i m a . Essas terras são f amosas pela abu ndan te produção do bálsamo, muito apr eci ado no período do AT (Jr 8.22). Essa região, é hoje chamada de Jordânia.

s

Planalto de Moabe. Localiza-se ao leste da última parte do curso do rio Jordão e do Mar Morto, indo até o rio Arnon. Esta região é um tanto rochosa ent re cort ado de prados e de lindas pastagens. Essa região levou esse nome em virtude de ter sido coloni zada pelo filho de Ló (Gn 19.37).

Montes da Palestina Canaã é uma terra mont anhosa por excelência; esta é a razão da Bíblia chamá-la de " terra de mont es e vales" (Dt 11.11). O núcleo central dos reinos enc ont ra-s e na região mont an hos a ao longo do di visor de águas, que de um lado desce para o litoral e do outro para o vale do Jordão. Estas alturas atingem acima de 1.000 metros no seu ponto culminante, próximo a Hebrom. 48


O declive de sapareceu há muito dando lugar a d e s c a l v a d o s 1 tabul ei ros de calcári o e terrenos pobres. A agricul tura é praticada em terraços e em c ampos de animais. Na ex tr e mi da d e set ent ri onal desta região certo números de coli nas isoladas voltam à vi zi nha planície de Jezreel, a cadeia mont anhosa retoma o seu caminho, avança na direção norte, ele v an d o- se gradat ivament e à medida que se aproxima dos altos montes do Líbano. É consti tuída de pat amares que g er al ment e se voltam para o sul ou sudoeste. Os mais baixos destes " degr au s de esc ada" eram e são uma espéci e de bacias férteis, s eparadas entre si por estérei s encostas de calcário. À medida que aumenta a altitude, as plataformas t or nam- se escal vadas e batidas pelo vento até consti tuí rem uma área desolada e estéril, destituída das f lorestas que cobrem as encost as das montanhas mais altas ao norte. Toda esta parte forma a região da Galiléia, c'ls vezes subdi vidida em alta e baixa Galiléia. Os limites meri dionai s e ori entais da região são claros. Mas ao norte a divisa se perde nas montanhas. Os montes da Palestina no rma lme nt e são divididos em dois grupos gerais, a saber: s

Mont es P alest ínicos, Jordão; e

que

s

Mont es Transj ordânicos, leste do Jordão.

ficam que

ao

oeste

do

se localizam

ao

I. Montes Palestínicos. i . l . Hermom. Este monte fica no extremo sul da cadeia dos montes Anti líbano, no limite sul da Síria e I al t a d e v e g e t a ç ã o ; á r i d o , e s t é r i l , c a l v o , e s c a l v a d o .

49

t empo,


ex tr emo norte da Palestina, t ambém, conheci do como monte Sirion e monte Senir. Devido à sua altitude que atinge pouco mais de 3.000 metros (os dados of ereci dos pelos vários autores di vergem c o n s id er av e lm en te quanto à altitude deste monte, oscilando entre 2.750 e 3.365 metros), há uma escassez de veget ação (exceto nas encos tas inferi ores onde a veget ação é ex tr e ma me n te rica). Sua c obertura é permanent e de neve e gelo. Este monte se reveste de uma i m p o n ê n c i a 1 majestosa, podendo ser avistado de muitas partes da Palestina, Síria, Arábia, Fenícia e Mediterrâneo. Durante o inverno o enorme véu de neve baixa até cerca de 1.500 metros. À medida que avança o verão a neve vai derret endo, formando fios de água e riachos que descem pelas encostas e regam as partes inferiores do monte e os vales, ficando no seu tríplice cume (f ormado por três el evações ou picos di spostos em t riângulo) uma calota de gelo que reflete os raios solares, como um espelho, a di stânci as enormes. Hermom tem um papel importante na f ormaç ão do clima da região, pri ncipal ment e da Palestina, como cat al isador das correntes de ar quente e úmido vindas do Medit errâneo e p r e c ip it ad o r2 das mesmas em forma do orvalho denso em áreas mais próximas e chuvas abundant es em regiões próxi mas e distantes. Isto, devido à baixa temper atura reinante em suas cul mi nâncias. 1.2. Monte Tabor. Em hebraico significa " p edr ei r a" ou si mpl es me nt e "montanha". Este monte está a 615 metros acima do nível do Mar Medit errâneo e tem 1 Que impõe admiração;

majestoso, magnificente.

2 Atirar, lançar, a r r e m e s s a r

50


120 metros de altitude, e fica t ot almente isolado. I stá localizado na Galiléia, na parte nordeste da exuberante Planície de Esdraelon, tem uma di stância ili' 10 km da cidade de Nazaré e 16 km do Mar da (i<11i Ié i a . 1.3. Monte Gilboa. É mais que um monte, parece ser mais uina pequena cordilhei ra. O monte Gilboa tem 13 km ili1 comprimento, com uma largura que varia entre 5 8 km; com cerca de 543 metros de altitude. Nele •hi■cultivam oliveiras, f igueiras e alguns cereais que ii.io necessitam de muita umidade. 1.4. Monte Carmelo. Não é pr opri ament e dito um monte, mas •.im uma pequena cordilhei ra, situada no Planalto i i Mitral na direção oeste, f ormando um promont óri o .ui sul da Planície do Acre, sendo a única parte da M.ilcstina que avança mar adentro, f ormando, ao imite, a baía do Acre onde está situada a atual i ui.ide de Haifa. Em seus f l a n c o s 1 existem várias cavernas, i|iii> pelos seus aspe ct os internos parecem que já Im em habitadas. A cadeia mont anhos a do Carmelo se ■ b l e n d e por cerca de 48 km, na di reção noroesteuil< ste, desde as margens do Mar Mediterrâneo, ao m i I da baía de Acre, até à Planície de Dotã. Em um sentido mais estrito, o monte i .li melo é o pico principal dessa curta cadeia nmiitanhosa, que alcança um máximo de 531 metros, i‘iii sua extr emi dade nordeste, e que fica cerca de 19 I m i distante da beira-mar.

r . u h : l a t e r a l de q u a l q u e r o b j e t o ; l a do .

51


1.5. Montes de Efraim. Trat a- se de uma região localizada no Planalto Central, onde se localiza a tribo de Efraim, meia tribo de Manassés e um pouco da tribo de Benjamim. Esta região é também conheci da como "m on te de NaftaIi", bem como norte de Israel e monte de Samaria (Js 20.7; Jr 31.5-6). Os mais i mport ant es desses montes são: Ebal e Gerizim, conhec ido s também como montes das bênçãos e monte das maldi ções (Dt 11.29; 27.1-13; Js 8.33). O monte Ebal tem 300 metros e est mais de 100 metros acima do nível do Mar Medi terrâneo. 1.6. Monte Sião. Alguns ent endem que significa " mon ta nha ereta", outros dizem que é " est ru tu ra", mas, não falta quem defende o significado "colina r e s s i c a d a 1 pelo sol". Este monte situa-se na região leste da cidade de Jerusalém, com a p r o xi m ad a me nt e 800 metros de altitude, sendo a mont anha mais alta da cidade sagrada. Ant igame nt e, nas proxi mi dades deste monte estava a fortaleza dos j e b us eu s (2Sm 5.17; I C r 11.5). 1.7. Monte Moriá. Segundo a tradi ção judai ca, este monte está localizado ao lado leste do monte Sião, medi ndo cerca de 800 metros de altitude. É de forma alongada, tendo na sua parte mais baixa o monte Ofel. A primeira vez que a palavra "Moriá" aparece na Bíblia é em Gênesis 22.2, e não se refere 1 T o r n a r resseco; resse qu ir, ressecar.

52


a um monte, mas, a uma região onde tem muitos montes; e foi em um destes montes o lugar em que Abraão iria sacri ficar Isaque por ordem de Deus. 1.8. Monte das Oli vei ras. Este monte está situado na região oriental da cidade de Jerusal ém, s eparado da ci dade pelo vale do Cedron. Ele faz parte de uma pequena cordilheira, com cerca de 3 km de compr iment o. A distância deste monte até o centro de Jerusalém era de 15 est ádios (Jo 11.18), cerca de 2.775 metros, "j o r n a d a de um s áb a d o " (At 1.12). Betfagé e Betânia es tavam neste monte, lietfagé significa "casa do figo", e Betânia, significa "casa da t âmara". Na encosta ocidental deste monte rstava o Jardim do Getsêmani . Nos tempo s do AT, essa região de muita lisrtilidade, era coberta por grandes oli veiras, vinhedos, figueiras e outras árvores f rut íf eras e ui namentais. A palavra " G e t s ê m a n i " (hb.) significa ''prensa de azeite". 1.9. Áreas ao pé dos montes. Entre o litoral e as al ti tudes mont an hosas r st ende-s e uma zona consti tuí da de coli nas baixas ,io pé das mont anhas, outrora cobert as de florestas i‘ s ic ô m o r o s 1. Hoje grande parte dessa região é i ultivada. 2 . Montes da T r a ns jo r dâ ni a .

Os montes da Tr an sj or dâni a são aqueles i|iie ficam ao lado oriental do rio Jordão, onde se i ".labeleceram as tribos de Rúberi, Gade e a meia iiibo de Manassés. i i í í n e r o de á r v o r e s da f a m í l i a d a s a r t o c á r p e a s , Ii(i ii Ai r a , de o i t o a q u i n z e m e t r o s de a l t u r a .

53

espécie

de


A Tran sj ord âni a é uma região mont an hos a s emel hant e à ocidental, porém mais elevada. A área é rica de água e fornece ótimas past ag ens para grandes rebanhos de ovinos e bovinos. As mont anhas sobem de 600 a 700 metros ao leste da Galiléia para quase 2.000 metros ao leste e ao sul do Mar Morto. Estas são cada vez mais c huvosas à medida que se elevam, c on st i tu indo uma faixa fértil entre o vale árido, de um lado, e o deserto arábico, do outro. 2.1. Montes de Basã. É uma região mont an hos a de muita f ertilidade, que está situada no Planalto Oriental. Ao norte faz divisa com o monte Hermom, ao leste, limita-se com o deserto da Síria e parte do deserto da Arábia, e ao sul com o vale do Iarmuq ue e ao oeste com o rio Jordão e o Mar da Galiléia. Este monte é referido no Salmo 68.15. 2.2. Monte de Gileade. Este é mais um conjunto mont an hoso, que vai do sul do rio I armuque e se es tende até o Mar Morto. Toda sua extensão era de 90 km de c ompr iment o, por 30 km de largura. O rio J aboque divide esta região montanhosa, de leste a oeste, em duas partes quase iguais; ficando ao norte a tribo de Gade e ao sul a tribo de Rúben. Nos tempos de Jesus, esta região era chamada de Peréia. O nome " Gi leade " tem ori gem no encontro de Jacó com Labão (Gn 31.46-48), e logo após com o Anjo do Senh or (Gn 32). 2.3. Monte Nebo ou Pisga. Com 800 metros de altitude, este monte localiza-se a cerca de 15 km ao leste da foz do rio 54


Jordão e por trás da Planície de Moabe, perto do Mar Morto. Al guns pal est inólogos ent en dem que o monte Pisga (Nm 21.20) é um ac ident e geográf ico do monte Abarim, que compr eendia toda a região mont anhosa, onde se localizava também o pico do monte Nebo. Calvário. Pequena el evação fora dos muros de Jerusalém. Fica ao norte, perto da Porta de Damasco (Lc 23.33). Calvário vem do latim " c a l v á r i a " - crânio. Em hebraico é Gólgota - crânio, caveira (Mt 27.33; Jo 19.17). No local acima, em 1885 o general inglês Charles George Gordon descobriu um túmulo, cujas pesquisas revelaram nunca ter sido o mesmo ocupado conti nuament e. Passou a ser tido como o de Cristo.

55


Questionário f

Assinale com " X" as alternativas c orretas

1. O termo "Topografia" significa, literalmente: a ) D Grande porção de terreno plano b)[ZI Descrição de um lugar ou de uma região c ) D Grande porção de terreno plano sobre montes ou serras d ) D Conjunto de estados da atmosfera próprios de um lugar 2. O mais profundo vale de toda a face da terra, com 426 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo: a ) Q Vale de Escol b ) 0 Vale do Jordão c ) D Vale de Aijalom d ) 0 Vale de Hebrom 3. A Palestina é geralmente vista com dois planaltos: a ) 0 O Planalto Oriental e o Planalto de Ur b ) 0 O Planalto de Ur e o Planalto de Basã c ) D O Planalto de Basã e o Planalto Central d ) 0 O Planalto Central e o Planalto Oriental

f

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.P=] A palavra "planalto" significa uma grande porção de terreno plano 5.C O Planalto Oriental está subdividido partes diferentes: Basã, Gileade e Moabe

56

em

três


Hidrografia 1 O sistema hidrográf ico da Palestina é talvez um dos mais pobres do mundo. Desde os tempos patri arcais vemos o quant o aquela terra tem sido castigada pela seca. Mesmo com toda eng enhari a desenvolvi da no atual Estado Israelense a terra ainda sofre com as terríveis secas, com exceção da orla marítima, onde as chuvas são mais f reqüentes. Apes ar de todas estas deficiências, a Palestina é chamada na Bíblia de "terra que mana leite e mel" (Êx 33.3); "j a r d i m regad o" (Gn 13.10; Is 58.11); " terras das c huvas" (Dt 11.11); a " terra da abundância" (Dt 28.11). A hidrografia da Palestina pode ser dividida i:m três partes, a saber: Mares, Lagoas e Rios.

Mares Mar Medit err âneo. Banha a Europa Meridional, a Ásia Ocidental, a África Setentrional e toda a costa ocidental da Palestina. Liga três conti nentes, Ásia, Africa e Europa e era o único mar navegado nos I( mpos bíblicos. A palavra "Me di t er rân eo" , não aparece na lUblia nenhuma vez, esse mar é mencionado na híblia com o nome de Mar Grande (Js 1.4); Mar ocident al (Dt 11.24); Mar dos Filisteus (Êx 23.31). Apesar de todos estes nomes, o termo mais usado na llíblia para se referir a este mar é "O Mar". 1 A

palavra

llldro"

Hidrografia

(água)

e

é

formada

"graphein”

por

dois

(descrever);

vocábulos sendo

H i d r o g r a f i a é a c i ê n c i a q u e e s t u d a as r e g i õ e s a q u á t i c a s .

57

gregos assim,


Os gregos o c ha ma v am de " Ma r Grande", e os romanos de " In te r nu m M a r é ” . Com uma extensão de 4.500 km, o Med it errâne o é o maior dos mares internos. Neste mar estão as ilhas de Chipre (At 4.36; 11.19; 13.4; 15.39; 27.4), Creta (At 2 7 . 7 , 1 2 ­ 13,21; Tt 1.5) e Malta (At 28.1). Para os j u deus , o Medi terrâneo consti tuía numa enorme defesa natural, em seu flanco ocidental, uma vez que na sua costa não havia nenhum porto exceto o da cidade de Jope. Mar Morto. Localiza-se no extremo sul do rio Jordão. Fica na foz do rio Jordão, entre as m ont an has de Judá e as mont anhas de Moabe, na região mais profunda do planeta. Não tem saída, mas produz uma imensa ev apor ação de a p r ox im ad a me nt e oito milhões de toneladas de água por dia, o suf iciente para c ontrol ar suas di mensões. No verão, a t emper atura chega até 50°. Está situado entre Israel e a Jordâni a, a uma di stância de 24 km ao leste de Jerusal ém. Tem cerca de 74 km de norte a sul e 16 km de leste a oeste, com um total de 930 km. O Mar Morto é prof undí ssimo, medi ndo cerca de 300 metros de profundidade. Seu ponto mais profundo tem 410 metros. Fica a quase 369 metros abaixo do nível do Mar Medi terrâneo, o que faz o mais baixo lençol de água do mundo. Ao longo da história, esse mar tem sido conhecido por di versos nomes; em al gumas passagens bíblicas ele é chamado de " Ma r S al gado" (Gn 14.3; Nm 34.12), " M ar do Arabá" (Dt 3.17; 4.49), " Ma r do Orient e" (Ez 47.18; Jl 2.20; Zc 14.8). O Mar Morto é um dos mais sal gados do planeta, sua água contém 25% de salinidade. 58


Além do sal, existem em abundância nas águas desse mar outros e le men tos químicos como magnésio, cloro, potássio, cálcio, bromo e enxofre.

■*' Mar da Galiléia. O Mar da Galiléia que não é propriament e um mar, mas um grande lago de água doce, está localizado ao lado norte da Palestina e é f ormado exclusivament e pelo alarg ament o do rio Jordão, num I recho do seu curso. Com uma forma o v a l a d a 1, nos lembra uma pêra. Este mar está a p r o xi m ad a me nt e a 18km ao sul do lago de Meron, e 96 km ao norte de Jerusal ém. I stá a 212 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo, medindo a p r o xi m ad a me nt e 18 km de • umpri mento e cerca de 14 km de largura. As suas margens que dão para o ori ente .íío mont anhosas, enquanto o seu lado ocidental e 11a parte noroeste e st end em- se pl anícies férteis com (Idades que foram muito impo rt ant es nos tempos bíblicos. Tem em média 45 metros de profundidade; ii sua parte mais rasa não chega menos de 4 metros (1(5 profundidade; e a sua parte mais funda não vai .ilém de 50 metros de profundi dade. Fica situado em uma grande bacia, ( .lusada por uma grande falha geológica. Com águas ivermelhadas e turvas, deságua exausto sobre este Uiande lago de água doce o rio Jordão. Apes ar disso, | t suas águas são r el ati vament e limpas. Além do rioJordão, ele recebe muitas Imites em suas margens. Entretanto, suas praias localizadas ao norte e ao leste são barrentas e i nchosas. O Mar da Galiléia nos t empos bíblicos í i p ir ec e com vários nomes, a saber: 1 Io r na d o oval.

59


✓ Quineret e (Dt 3.17; Js 13.27; 19.35; Nm 34.11). Esse vocábul o vem de " K i n n o r ", que significa "cítara", pelo fato de par ecer com este instrumento musical, que é ovalado, em forma de uma pêra. s

Lago de Gen e sa ré (Lc 5.1; Mc 6.53). Ganhou esse nome, pelo fato de estar localizado em uma planície no seu ângulo noroeste chamada "Genesaré". Este nome significa "Jardi m do príncipe".

s

T ib er í ad es (Jo 6.1,23; 21.1) recebeu esse nome, por causa da cidade de Tiberí ades, construída pelo rei Herodes Antipas, em homenagem ao impe rador Tibério César.

s

Mar da Galiléia (Mt 4.18). Esse nome lhe foi dado pelo fato de estar l ocalizado em uma divisão política do Império Romano na Palestina, chamada de "Galiléia".

Lagos

O único lago existente em todo o t e pal estínico é o Lago de Merom; menci onado apenas duas vezes no livro de Josué (Js 11.5,7) com o nome de "águas de Merom". O seu nome atual é "Lago de Hulé" (nome árabe). Esse lago mede cerca de 8 km de compr iment o por 6 km de largura, tendo 3 a 4 metros de profundi dade, está a 2 metros acima do nível do Mar Medit errâneo e a 280 metros acima do Mar da Galiléia, lugar aonde iam as águas que por ele passava. O seu nome significa li tera "superior", talvez pela sua posição geográfi ca, ao compará-lo com o Mar da Galiléia e o Mar Morto.

60


As suas águas eram doces e produziam muitos peixes. A sua parte norte era i n ó s p i t a 1, e icpleta de mosquito t rans mi ss or da malária. Ant i game nt e, nas margens desse lago vicejava2 o papiro. Esse lago não existe mais, porque foi t ot almente drenado pela engenharia de Israel, ioduzindo-o a uns pequenos açudes.

Rios Tod o s os cursos de água da Palestina (com exceção do Jordão) são de pouca expressão. A palavra "Ri o" no hebraico aparece em di versas lormas: s " W a d i " , Trata-se de uma r a v i na 3, ou de um leito seco onde só correm águas em seu leito no período do inverno ou de chuvas. S

" N ã h ã r " , é o vocábul o no rma lme nt e para designar um rio comum.

usado

Os rios da Palestina são di vidi dos em duas hiicias hidrográficas: B a c ia do M ed it er râne o e Bacia tio Jordão, l. Bacia do Medit errâneo. 1.1. Belus. Esse não é pro pri amen te dito um rio de .'i()uas perene, mas tão somente um "Wadi", que fica •,eco por quase dois terços do ano. T r ad ic iona lm ent e irm sido identificado com o rio Sior-Li bnate mencionado em Josué 19.26. Apes ar de não ser i dentificado a localidade deste rio, muitos autores dizem que ele deveria estar ao sul da tribo de Aser, onde corria um riacho. I [Ti q u e n ã o se p o d e v i v e r . I l r ot ar , p r o d u z i r , l a n ç a r . 1I s c a v a ç ã o p r o v o c a d a pela e n x u r r a d a ;

1

61

barranco.


O nome "Bel us" foi dado pelos gregos. Os j u de u s e os árabes o chamam hoje de "Nannã". 1.2. Qui som ou Kschon. Trat a-se de um rio profundo e de águas rápidas, em certos meses do ano quase não pode ser atravessado. Este é o maior rio da Bacia do Mediterrâneo, e o s eg undo de toda a Palestina, perdendo somente para o Jordão. Esse rio nasce nas pequenas correntes dos montes Gilboa e Tabor, e vai recebendo águas de outras pequenas vertentes; correndo na direção noroeste do monte Carmelo, ele passa pela planície de Esdraelon; e em fim, deságua no Mar Mediterrâneo, na parte sul da baía de Acre. Sem muita certeza, alguns autores dizem que o seu nome significa "turvo e tortuoso". Em Juizes 5.19 esse rio é chamad o de "águas de Megido". Em virtude do grande episódi o que envolveu o profeta Elias e os profetas de Baal ( l R s 18.40), é at ual ment e chamado de " Nah el Muk at ta" que significa "rio da matança". 1.3. Caná (Js 16.8; 17.9). Trata-se de um " Wad i" e não de um rio de águas perenes. Nascendo em Samaria, esse rio se estende pela planície de Saron irrigando suas terras em di reção ao mar Medit errâneo onde termina o seu curso. Tem esse nome, em virtude do seu leito correr nas proximidades da cidade de "Caná de Efraim". 1.4. Gaás (2Sm 23.30; l C r 11.32). Aqui temos um outro " Wa di ”, que atravessa o território de Saron na direção lesteoeste t ermi nando no Mar Medi terrâneo, nas proximi dades da antiga cidade de Jope. 62


1.5. S or eq ue (Jz 16.4). O nome " S or e qu e" si gnifica "vinha seleta". Este também não é um rio perene, porém, um "Wadi". A palavra Soreque, indicava tanto um ribeiro quanto um vale, entre Asquelom e Gaza, não muito longe da cidade de Zorá. Este rio nasce nas mont an has de Judá, ao sudoeste da cidade de Jerusalém, e anda em direção noroeste f indando o seu trecho no Mar Mediterrâneo entre Jope e Ascalom, na região setentri onal da l ilistia. 1.6. Besor ( I S m 30.9,21). A palavra " Be sor" no hebraico significa "Refrigério". Este é o maior " W ad i " da Palestina, localiza-se nas vi zi nhanças de Ziclague, na região sul de J u d á . Nasce no sul das mont anhas de Judá, iiassa pelo lado sul de Berseba e precipita-se no Mar Mediterrâneo cerca de 8km ao sul da cidade de Gaza. 2. Bacia do Jordão. C o mpr ee nde- s e como Bacia do Jordão, .111ue Ias fontes de água que des águam no leito do rio lordão, e elas estão tanto na parte leste como oeste ilo Jordão. Na lição 1 est udamos sobre o rio Jordão e Muatros principais riachos. Agora, con ti nuamos a ver mlros riachos importantes: 2.1. Querite. Aqui temos mais um dos muitos "Wadi" existentes na Palestina. Até hoje se discute a verdadeira localidade desse ribeiro de águas iiil o r mi t en te s 1. ' i,M11' a p r e s e n t a i n t e r r u p ç õ e s ou s u s p e n s õ e s ;

63

não contínuo.


Baseando em I Re is 17.5, onde diz que esse ribeiro está ao oriente do Jordão, alguns autores i dent if icam-no na margem oriental do Jordão. Porém, a maiori a dos autores diz que tal ribeiro situa-se na margem ocidental. Ent ende-se que esse "Wa d i" desce dos montes de Efraim e desemboca no Jordão, pela margem ocidental, um pouco ao norte de Jericó, depois de percorrer uma região agreste, povoada de corvos e águias. 2.2. Cedron (Jo 18.1). Trata-se t ambém de um " Wad i" e não de um rio perene. Não passa de apenas um riacho com regime de inverno, que atravessa o vale de Josafá. O termo é apl icado tanto ao riacho ao vale por meio do qual flui. O seu nome significa "turvo", " mel an cól ico " (no hebraico). Soment e nos tempos chuvosos é que produz águas impetuosas. Nasce a 2 km ao noroeste de Jerusalém e, correndo na direção sudeste, passa ao lado da cidade de Jerusalém, e deságua no Mar Morto, numa distância de 40 km, por um leito profundo e sinuoso (1 Rs 2.37; 15.13; 2Cr 15.16; Jr 31.40; 2Sm 15.23). 2.3. Iarmuque. Apesar de não ser menc ionado na Bíblia, este rio é o principal afluent e na região leste do rio Jordão. O seu corpo é formado por três braços, sendo que o mais setentri onal recebe abu ndan tement e águas das vertentes orientais e meridionais do monte Hermom. O seu encontro com o rio Jordão ocorre 6 km ao sul do Mar da Galiléia. 2.4. J ab oq ue (Gn 32. 22, 23). Este rio nasce no sul do monte Gil eade, a princípio corre para o leste, depois para o norte e noroeste, fazendo uma semi-elípse, até de spej ar 64


'.uas águas no Jordão entre o Mar da Galiléia e o Mar Morto, após um trajeto de 130 km. O seu nome significa "o que derrama". 2.5. Arnon (Is 16.2; Nm 21.13; Dt 2.24). O seu nome no hebraico "murmúrio". Nasce nas mont an has de Moabe e ao leste do Mar Morto termina o seu leito. Formado por dois braços esse rio percorre 80 km. P rimeirament e, esse rio separava os moabitas dos amorreus e depois os moabit as do lerritório israelita da Tran sj ord âni a. Em épocas de chuva é bastante volumoso, mas no rigor do verão ( hega a secar.

significa

Desertos Palestínicos Deserto da Judéia. As áreas localizadas do Leste dos montes de Judá ao rio Jordão e ao mar Morto formam o deserto da Judéia. S ubdi vi de-se este em vários desertos sem importância: Maon, Zife e En-Gedi. Nessa árida região, perambulou Davi quando era persegui do pelo rei Saul. Eis mais alguns desertos de Judá: Tecoa e Jeruel. Nesse território, o rei Josafá obteve estrondosa vitória sobre as forças moabitas e ,-irnonitas. Nessa mesma região, o profeta Amós exerceu o seu ministério e João Batista clamou i ontra seus reticentes c on temporâneos. Desertos de Jericó, Bete-Áven e Gabaom. O deserto de Jericó fica no território henjamita. Esse desolado t erritório forma, segundo descreve o pastor Tognini, um longo desfiladeiro i nchoso de cerca de 15 km que desce de Jerusalém a lericó. 65


Nessa área, há muitas cavernas, nas quais e sc on dem -s e mal feitores. Essa região serviu de cenário para a Parábola do Bom Samari tano, contada por Jesus Cristo. Bete-Áven e Gabaom são outros import ant es desertos de Jericó. Em Gabaom, por exemplo, obteve Josué i mportante vitória sobre os inimigos dos israelitas.

Clima da Terra Santa Israel, ge ograf i camen te, localiza-se na faixa subtropical. Explica-se, portanto, a variedade de seu clima. Generi cament e, contudo, apenas duas estações s obressaem na Terra Santa: a chuvosa e a seca. Ambas são ac om pa nha d as , r espect ivamente, com muito frio e calor. O clima nas mon tanhas . Um país mont anhoso, assim é Israel. Hebrom é o ponto mais elevado do t erritório israelita, com mais de mil metros. Jerusalém, por seu turno, enc ontra-se a 800 metros de altura. Nas montanhas, o clima é fresco e bastante ventilado. No verão, esse quadro altera-se um pouco, em conseqüência das corrent es de ar quente provenientes do Sul e do Ocidente. Na cidade santa, durante o inverno, a t emperatura chega a 6 graus positivos, com neves e f reqüentes geadas. No verão, os t ermômet ro s oscilam entre 14 e 29 graus. O clima no litoral. Encont rando-se ao ocidente do mar Mediterrâneo, Israel é bafejado por reconf ort adoras e constantes brisas, pri nci pal ment e à noite.

66


Durante o inverno, a t emper at ur a baixa para menos de 14° em Gaza e Jafa. No pico do verão, os t ermômetros chegam a registrar 3 4 o ! Em algumas localidades situadas mais ao norte, o inverno t o r n a ­ se insuportável. O clima no deserto. De uma maneira geral, nos desertos de Israel, as temper atu ras oscilam, no verão, entre 43°, 47° e 50°. Inclui-se, nessa classificação, o Vale do Jordão. Ventos. As correntes de ventos que varrem o Oriente Médio e nca rr egam- se da f ormação do clima da Terra Santa: As úmidas, do mar Mediterrâneo; As frias, dos montes do Norte; e As quentes, das regiões desérticas.

^

Eis como os hebreus cl assi ficavam os ventos: Safon, port ador de geadas;

s

Quadi m, faz crescer a vegetação;

s

O do Oeste enc arrega- se das chuvas; e

^

Darom é mensageiro do calor.

Há, t ambém, uma corrente de ar proveni ente da Arábia, c og nomi nada Sirô. Esses ventos são tão quentes que chegam a q uei mar a lavoura. Estações. De preen demos de al gumas passagens bíblicas (|ue, no Oriente Médio, havia s omente duas estações: inverno e verão. Diz o profeta Isaías: "E/es s erão dei xados luntos às aves dos m on te s e aos ani mai s da terra e •iobre eles ver anearão as aves de rapina, e todos os ,mimais da terra inv er nar ão s obre eles" (Is 18.6). 67


Começava o inverno em outubro e est endi a-se até o mês de março. Nessa época, os montes c obriam-se de neve. O verão tinha o seu início em abril e ia setembro. Os agr icultores apr ovei tavam bem essa estação para colher e preparar a terra.

Chuvas. Ao contrário do Egito, as chuvas em Israel são abundantes. As pri meiras chuvas começam em outubro e, c on st i tu em-s e em fortes aguaceiros, notadament e, no litoral. Nas montanhas, as precipitações são fracas e finas. No deserto não chove. Al guns estudi osos, porém, acreditam que, no t empo de Herodes, o Grande, as chuvas não eram escassas nas regiões desérticas. Isto porque, ele construiu uma f ortaleza em Massada com grandes cisternas, para c apt ar água proveniente das chuvas. Eis a média das precipitações pluviais: 1.090 mm por ano. O orvalho continua a cair na Terra Santa. A mesmo as áreas desérti cas recebem essa dádiva dos céus. O orvalho de Hermom, por exemplo, é proverbial.

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Questionário >’ Assinale com "X" as alt ernat ivas corretas 6. Quanto ao Mar Morto, é INCERTO afirmar que: a) EU É profundíssimo, medindo cerca de 300 metros b)[H Em algumas passagens bíblicas ele é chamado de "Mar Salgado" c ) Q É um dos mais salgados do planeta, sua água contém 25% de salinidade d ) 0 Os gregos o chamavam de "Mar Grande", e os romanos de " Internum Maré" /. O único lago existente palestínico é o Lago de: a)CU Ledã b|)KI Merom c ) D Orontes d ) Q Leontes

em

todo

o

território

H, Os rios da Palestina são divididos em duas bacias hidrográficas, a saber: a)CH Bacia da Galiléia e Bacia do Atlântico b ) 0 Bacia do Atlântico e Bacia do Mar Morto c)H. Bacia do Mediterrâneo e Bacia do Jordão d)EH Bacia do Jordão e Bacia do Golfo Pérsico ' Marque "C" para Certo e "E" para Errado '• £ j "Wadi", é o vocábulo hebraico normalmente usado para designar um rio comum III-[«'_] O Mar da Galiléia não é propriamente um mar, mas um grande lago de água doce

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Lição 3________________ Geografia Econômica e Humana da Palestina

Devido a variedade do clima e do solo a Palestina oferece também abu ndant e va ri edad e de produtos nos três reinos da natureza: vegetal, < mimai e mineral.

Reino Vegetal No reino vegetal os produtos mais comuns <’ram o trigo, a oliva e a uva. Estes eram os elementos básicos da alimentação dos hebreus e lormavam o t rinômi o tão repetido na Bíblia - "pão, .i/eite, e vinho". També m era comum: cevada, lentilha, feijão, pepino, cebola, alho, mostarda, figo, melão e etc. Das plantas sil vestres podemos citar: o i *dro, o pinheiro, a faia, o carvalho, a acácia, a lul mei ra, a murta, o lírio do campo e a rosa de mon. Embora em maior ou menor proporção, 11 (i(Ie - se enco nt rar toda esta flora pela extensão total Hn território palestino. Convém notar aqui que: 11

Na Judéia são mais c omuns os olivais e vi nhedos, que prosperam mesmo em terrenos pedregosos;

71


■ /

Em Samaria, são os bosques de acácias, cedros e pinheiros;

■ s

Na Galiléia, os cereais, embora estes sejam também comuns nos vales e planícies de outras regiões.

Reino Animal Os animais

pal estínicos

mais

import ant es

eram: s

A vaca, a ovelha, a cabra, a mula, o camelo, o ju ment o, o cavalo e o cão, na ordem dos do mést icos que serviam tanto para o alimento como para o trabalho e transporte;

s

Corça, lebre, chacal, lobo, raposa, leopardo, leão, hiena, víbora, c amal eão e outros na ordem dos selvagens, dos quais somente uns poucos podiam servir para o consumo;

s

Perdiz, codorniz, pombo, galinha, avestruz, cegonha, rola, pelicano, corvo e tantas outras aves;

s

Abel has e gaf anhot os de várias moscas, mosquitos, formigas, etc., dos insetos; e

s

Uma abundante va ri edade de peixes (cerca de 43 espécies).

espécies, na ordem

Referência especial merece o gafanhoto que até hoje é c ons umi do como alimento, especialment e pela classe pobre, e do qual João Batista se alimentava. Arranc ando- lhe as asas e os pés, puxa-se a cabeça, compr imindo ao mesmo t empo o corpo, assim retirando-lhe os intestinos. Depois o corpo do gafanhoto é secado ao sol, tostado no fogo ou frito no azeite, e está pronto para o consumo.

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Reino Mineral Entre os metais o mais abu ndan te parece t<?r sido a prata ( l R s 10.27), depois cobre, estanho, i humbo, enxofre, betume1 e também ouro. i utretanto, a Bíblia não indica que estes minerais nos tempos antigos fossem extraídos do solo p.ilestino, com exceção de betume (Gn 14.10) na i rgião de Sodoma e Gomorra, ao sul do Mar Morto. Hoje, porém, há bastante mineração de carvão, '..ilgema, potassa, enxofre, ferro, cobre, etc. O comérci o nos tempos bíblicos variava i onforme as ci rc unst ânci as políticas em relação aos l>uses vizinhos. Assim, a Palestina c omerci ava os ■'.%us produtos com Síria, Arábia, Egito e in incipalmente com a Fenícia (Ez 27.17).

Os Habitantes Primitivos da Palestina Bem nos pri mórdi os da história étnica da i'|l«stina, antes da chegada de Abraão a terra então ■li.imada Canaã, a região era ocupada por di versas 11ihos conhecidas sob o nome geral de canan eus (Gn I ’ (>; 24.3-37); essas tribos eram dez, a princípio, i 'Mluzindo-se para sete no t empo da conquista (Gn i 18-21; Dt 7.1). Pelo que nos informa Moisés em Gênesis ui i 5 20, quase todos os povos da região da Terra 'Li Promessa eram da e s ti r p e2 camita, pois eram cndent es do filho mais moço de Cão, chamad o 1.-ui,|ã. As cidades desses povos eram muradas e i"i i II Içadas, cada uma tendo o seu próprio rei, l .lllO.

*11 1111' m , t r o n c o , l i n h a g e m , r a ç a , a s c e n d ê n c i a , c e p a .

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exceto umas poucas que eram de natureza mais nômade. Esses reinos eram, geral mente, indepen den te s e bastante b e l i c o s o s 1 para alcançar a s upremaci a. Alguns desses reinos, e em certas épocas quase todos eles, eram sub ordi nado s ao Egito. Os mais i mport ant es deles são os seguintes: @

Cananeus. Ainda que esta des ignação seja, aplicada, na linguagem bíblica, a todos os povos da Palestina primitiva, no sentido mais restrito se limitava aos d e s cende nt es de Canaã que habitavam na costa do Mediterrâneo, desde a baía do Acre até Jope, ao norte da Palestina, desde o Medit errâneo até o vale do Jordão, e ao longo do vale do Jordão até ao sul do Mar Morto. As provas arqueol ógi cas nos dão a idéia desta distribuição. @

Amorr eus . É outro povo de sc ende nt e de Canaã, filho de Cão, embora alguns historiadores, baseados em Deut eron ômi o 1.44, o c lassif iquem como cananeus. Parece, porém, mais razoável fazer uma distinção entre os dois povos parentes. Os amorreus ocupavam no t empo da conquista à região ao sul e leste de Jerusalém e a vasta região mont anhosa ao leste do Jordão, a Tran sj ord âni a (Nm 13.29). @

Heteus. Também estes são camitas, pois desc endem de Hete, filho de Canaã e neto de Cão (Gn 10.15). Hoje são conhec ido s como hiteus e hititas, nos registros históri cos e arqueológicos. 1 H a b i t u a d o à gu er ra.

74


Parece que no t empo de A braão era um povo que rivalizava com os c anan eus e os amorre us em poder e número. Pelo que já se conhece deste povo, as áreas por eles ocupadas, em di versas épocas de sua história, e st end iam- se desde a Ásia Menor, norte da Palestina, Síria, indo até o rio Eufrates. Abraão os encontrou t ambém em Hebrom (Gn 23). Heveus. Segu ndo Gênesis 10.15-17, este povo também era camita, pois descendi a da família de Canaã, filho mais novo de Cão. Pouco se sabe desua história. Parece que não era muito numeroso. Nos dias de Jacó uma colônia deles enc ont rava -se em Siquém. A área maior por eles ocupada, em mistura com algumas outras tribos, foi ao oeste de Hermom (Js 11.3; Jz 3.3). Jebuseus. Jebus ou Jerusal ém era o único lugar onde luibitava este pequeno povo, pois não é mencionada mitraárea ocupada por eles. Porém, ainda que pequeno, era um povo valente. Encast elado na sua ci dadela de Ofel (Sião?) resistiu aos ataques de Josué e seus exércitos, embora este lograsse apr isi ona r e mat ar a M'u rei (Js 10.23,24). 'f1 Perizeus. Este era um dos povos que habitavam na ivrra de Canaã e que parece evi dente não ter ori gem i .imita, pri meirament e, por não c on s ta r o seu nome ii.i lista dos filhos de Cão em Gênesis 10.15-20, e i.nnbém por não ter o cost ume de murar as suas i idades, uma vez que a sua ocupaç ão era a 75


agricultura, arqueológicas, di ferente.

como provam levando, portanto,

as es cav aç ões um tipo de vida

@

Refains. Também c on hec ido s como anaquins e emi ns (Js 11.21 e Dt 2.10-11). T ambém estes não parecem possuir qu al qu e r parentesco com os cananeus. Habitavam em algumas regiões de ambos os lados do Jordão e de Hebrom, pert encendo a uma raça a b o r í g e n e 1 de gigant es (Dt 2.10).

@

Gi rgazeus. Segundo Gênesis 10.16, eram camitas. São várias vezes menc io nado s na Bíblia, mas não se sabe em que parte da Palestina habitavam. Alguns admit em que tenham ocupado alguma área na margem ocidental do Jordão, ou ao oeste de Jericó.

Os Habitantes Vizinhos da Palestina nos Tempos da Conquista pelos Hebreus Devido a posição geográfica da Palestina, vários foram os povos que se limitavam com ela. A lguns desses povos vi zi nhos eram f ranc amen te hostis ao povo de Deus, outros apenas desconf iados, e só uns poucos - como os fenícios - de atitudes cordiais. @

Amal equi ta s. Freq üent eme nt e citados na Bíblia; s empre hostis ao povo de Deus; de origem muito incerta. Era um povo numer oso e poderoso, nômade, cujo

1 D i z - s e de h a b i t a n t e de r e g i ã o d e q u e é o r i g i n á r i o ; in dígena, nativo.

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autóctone,


U:rritório principal era de guerril has e p i l h a g e n s 1 e hcava entre o Mar Vermelho ao sul, Neguebe (área deserta entre o sul da Palestina e Egito) ao oeste e l dom ao leste (sul do Mar Morto), ( I S m 15.7). Durante vários sécul os antes do seu extermí nio2, Deus usou os amal equi tas como instrumentos para casti gar o seu povo rebelde (Jz 1.12-13; 6.3-5).

^ Edomi tas ou Idumeus. Estes são semitas, pois são parentes dos hebreus, d e sc ende nt es de Esaú, irmão de Jacó. O capí tulo 36 de Gênesis fala da numerosa descendência de Esaú que se est abel eceu na montanha de Seir, ou seja, na região entre o sul de Moabe e Mar Morto e o Golfo de Ácaba, que é um v.isto maciço mont anhoso de cerca de 180 km de extensão, c onqui st ado pelos abo rí ge nes horeus onde llnresceram cidades como Elath ( l R s 9.26), Ezion(..rber (Dt 2.8), Bosra (Gn 36.33) e Selá ou Petra (J Rs 14.7), que foi a capital. Herodes, o Grande, que governou cerca de 10 anos sobre os ju d eu s durante o domíni o romano, i*i.i idumeu. Moabitas. S egundo Gênesi s 19.37 os moabitas eram descendentes de Moabe, filho de Ló que era sobrinho di' Abraão. Portanto, também eles eram semitas. A pe sa r do parentesco, sempre foram Inimigos declarados dos hebreus, embora algumas v*ies demo nst rass em boa vontade para com alguns drlfts - como no caso de Davi e sua família quando P*1! seguidos por Saul ( I S m 22.3). i ui Lo p r a t i c a d o p e l a s t r o p a s q u e o c u p a m c i d a d e s c o n q u i s t a d a s ii i o m b a t e s ; s a q u e . .■nina t o t a l ; c h a c i n a , a s s o l a ç ã o , a n i q u i l a m e n t o .

77


Ocupavam o t erritório ao leste do Mar Morto e do Jordão até a altura do rio Jaboque. Como f izeram os edomitas, t ambém os moabitas recusaram a Israel passagem pelo seu t erritório quando este já se aproximava de Canaã. Moabe foi reduzido à ruína por Nabuc odonosor, para nunca mais se reerguer. Contudo, Deus honrou uma mulher moabita, Rute, e scol hendo-a para bi savó de Davi, integrando, portanto, a linhagem de Jesus. É o que ameniza a triste memória daquele povo. @

Midianitas. Eram semitas, pois descendi a de Midiã, filho de Abraão com Cetura (Quetura), (Gn 25.1-6). Antigas listas genealógicas árabes mencionam uma tribo por nome Ketura, dando como seu local de habitação as proximidades da cidade de Meca. Tudo faz crer que mais tarde se expandiram para oeste-norte, pois nos tempos de Moisés parece que a "terra de M i d i ã ”, para onde este fugira do Egito e onde se casara (Êx 2.15-22), ficava ao leste do Sinai. Nos dias do patriarca Jacó, seu filho José foi vendido a uma caravana de mercadores midianitas que o levaram ao Egito, onde o venderam como escravo ao capi tão da guarda de Faraó, Potifar (Gn 37.25,28,36). Parece, pois, t ratar-se de um povo nômade que f inal ment e desapareceu. @

Amonitas. I gualment e semitas, de sc endent es de Ló (Gn 19.38), viviam nômades na região da Transj ordânia, ao norte do rio Arnon, entre o Jordão e o deserto arábico. Foram muito cruéis e vi ngat ivos para com o povo de Israel, at acando e pi lhando muitas vezes por longos anos durante os períodos dos Juizes e do Reino. 78


@

Sírios. Ao nordeste e norte da Palestina fi cavam os domínios da Síria cujas relações com o povo de Deus foram ora fraternai s, ora hostis. Sabemos que os sírios (ou arameus) aos quais nos t empos do Reino Unido de Israel eram organizados em pequenos reinos independentes, sempre c onheci dos pelo nome de sua cidade principal, eram da estirpe semita. Três destes reinos sírios li mi tavam-s e com a Palestina e em diversas épocas guerreavam com esta; eram eles: ^

Damasco (ou Ar am -D ama sc o) , que foi poderoso e mais hostil para com Israel;

mais

s

Zobá (ou Aram-Zobá), situado ao oeste Damasco, indo até Hamate ( I S m 14.47); e

•/

Maaca (ou Aram-Maa ca), ao oeste de Zobá, indo até os limites da Fenícia ( l C r 19.7-19).

de

^ Fenícios. Este foi um grande povo que habitava na estreita faixa de terra ao norte da Palestina, entre os montes Líbanos e o Medi terrâneo, desenvo lven do, I><*Ia navegação e comérci o, uma vasta riqueza (Ez .>/). Este povo era camita (Gn 10.15-19), embora ■■na língua pert encesse ao grupo semita. As duas cidades que sobressaíam em 'Inerentes épocas eram Tiro e Sidon. As di vindades iMlncipais dos fenícios eram Baal e Astarote, cujo ' 111to se infiltrou em Israel e atingiu o auge no n i n a d o de Acabe que se casou com a princesa meia Jezabel. f ' Filisteus.

Este povo, cuja origem é desconhecida (umbora pela referência de Juizes 14.3, em que os lilrleus são c hamad os "i nci rc unc iso s", possa 79


conclui r-se que, não sendo semitas, deveriam ser camitas), ocu pava m uma área de terra no extremo sul da costa pal estínica e eram ex tr e ma me nt e belicosos, razão por que Deus não permi tiu que o seu povo por ocasi ão do êxodo seguisse o caminho mais curto para Canaã que passava pela terra dos filisteus (Êx 13.17). As cinco c idades fort if icadas dos f ilisteus represent avam os cinco estados independentes, mas c onfederados, e cujos nomes foram Asquelom, Gaza, Gat, Azdod e Ecrón. Na divisão da Terra da Promessa, a Filistia coube às tribos de Judá e Dã. Soment e depois da morte de Josué é que Judá atacou a Filistia e t omou Gaza, Asquelom e Ecrón (Jz 1.18). Nunca foi possível uma paz permanent e entre os filisteus e os hebreus. Estiveram em lutas c onstantes durante toda a história de Israel, isto é, durante os períodos dos Juizes, do Reino Unido, dos Dois Reinos e de Judá quando ficou sozinho na Palestina. Depois do cati vei ro de Judá, a Síria anexou a Filistia e só depois das c onqui st as de Alexandre, o Grande, que destruiu Gaza, a última cidade fortificada que resistiu, que os filisteus de sapareceram para sempre como povo. Além desses povos vi zi nhos mais próximos que apreciamos neste estudo, devemos menci onar os grandes povos mais di stantes dos limites da Palestina e com os quais Israel teve relações diplomáticas, ou belicosas. São eles: s

Os egípcios ao sul, e

s

Babilónicos e assí rios ao leste.

Não nos de te remos nos detalhes história dessas relações, uma vez que esta já abordada na parte ref erente ao Mundo Antigo.

80

da foi


Questionário y I.

Assinale com "X" as al ternativas corretas Elementos básicos da alimentação dos hebreus: a ) B O trigo, a oliva e a uva b ) d O mel, o feijão e a oliva c)CH O milho, o trigo e o arroz d ) D O arroz, o feijão e a mandioca Foi alimento de João Batista e até hoje consumido, especialmente pela classe pobre a ) 0 Chacal b)D Hiena c ) D Camaleão d ) 0 Gafanhoto

I.

é

Antes da chegada de Abraão à Canaã, a região era ocupada por diversas tribos conhecidas sob o nome geral de: a )ED Assírios b)El Cananeus c ) D Palestinos d ) D Filisteus Marque "C" para Certo e "E" para Errado

i

|l | Os amonitas e os moabitas são descendentes de i'có, neto de Abraão

I

I1 | Os refains também são conhecidos como anaquins f emins, e pertencem a uma raça aborígene de < i ic)a nte s

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Cidades Palestínicas Abraão, quando chegou à Terra da Promessa (Canaã), já enc ontrou muitas cidades, das quais algumas são m enc io nada s no livro de Gênesis. Geral mente as ci dades pal estíni cas antigas eram construí das sobre elevações ou mesmo montes, cercadas de muros defensi vos de altura e largura variadas, com portas pesadas providas de trancas seguras, com torres de vigia sobre os muros e ainda uma v a l a 1 circul ando-as por fora dos muros (Dt 3.5). Passemos em revista as principais cidades palestínicas: ®

Jericó. Segundo alguns pesquisadores, Jericó, se não é a cidade mais antiga do mundo, c ert ament e é a mais antiga de toda a Canaã. Fica localizada na parte inferior do vale do Jordão, a 8 km deste na direção oeste, a 12 km ao norte do Mar Morto e 24 km de Jerusalém na direção leste; e, ainda, a 272 metros abaixo do nível do Mediterrâneo, ju nt o à fonte de Elizeu ou Ain es-Sultan. No tempo da conquista de Canaã pelo povo de Israel, Jericó era uma cidade grande e bem fortificada, do mi nando a passagem do Jordão ao sudeste da Palestina à margem do caminho de Jerusal ém para a Transj ordâni a. ^

Hebrom. Situada ao sul das mont anhas de Judá, ao oeste do Mar Morto, a 32 km ao sul de Jerusal ém, figura t ambém entre "as ci dades mais antigas do mundo". 1 V a l a p r o f u n d a q u e s e r v e p a r a d e m a r c a r t e r r a s ou d o m í n i o s .

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Seu nome primitivo foi Quiriate-Arba (Gn 23.2; 35.27; Js 14.15; Jz 1.10). Hebrom não é mencionada no Novo Tes tament o. Existe até hoje, inm o nome de el-Khalil, habitada em sua grande maioria por maomet ano s que construíram sobre a ■i n ti g a cova de Macpela uma m e s q u i t a 1, onde é vodada2 a entrada de cristãos. Belém. Também é uma das mais antigas cidades dii Palestina. Situada a 10 km ao sul de Jerusalém, iid estrada que vai de Hebrom, numa colina de 700 metros de altitude nas mont an has de Judá, numa icgião sobremodo fértil. Seu nome bíblico é Bet hl ehem-Efrat a (que '.ignifica "casa de pão") ou Belém de Judá, para distinguir de outra cidade de igual nome existente na Planície de E s d r a e l o n . A primeira menção de Belém na Bíblia é i H at i va nos tempos patriarcais, na morte de Raquel, .1 amada de Jacó, que ocorreu pouco ao norte desta i idade por ocasião do nasciment o de Benjamim (Gn i s . 16-19). Também ali nasceu Davi, o notável rei de Ijrael, e Jesus o Filho de Deus e Salvador do mundo. ^ Jope (Jafa ou Yafa). É outra ci dade das mais antigas da l'. destina. Segundo al guns escri tores antigos lul est íni cos e romanos - é até ant ediluviana. Segundo os registros egípcios o seu nome |.i era conheci do nos dias de Faraó Tot mes III (1490I 'I i5 a.C.), bem como nos de Faraó A m enot ep e IV (( .irtas de Tel-EI-Amarna, 1370 a.C.). Situada cerca de 60 km ao noroeste de ii iusalém, na costa do Mediterrâneo, era o porto da I finplo maometano, impedida, proibida, interd itada.

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capital israelita. Jope sofreu muitos ataques e arrasamen tos dos exércit os inimigos através dos t empos, isto é, egípcios, assírios, gregos, romanos, turcos, cruzados e franceses. Porém, sempre voltou a prosperar, e hoje, junt o da velha Jope, do lado norte, ergue-se a moderna Tel-Aviv, o grande centro dos s i on i s t a s 1 judeus. Havia uma vila na Galiléia com o mesmo nome, Jafa, ou Jafia. 0

Si quém. Esta é mais uma das cidades antigas da Palestina, pois a sua história r e mo n ta 2 a mais de 2.000 anos a .C., nas peregri nações de Abraão. Fica situada entre os montes Ebal e Gerezim, na Samaria, bem no centro geográfico da Palestina, no fértil vale de Siquém e ali erigiu o seu primeiro altar na terra de Canaã após a aparição do S enhor que lhe declarou: "À tua s ement e darei esta terra" (Gn 12.6,7). Mais tarde, Jacó, ao voltar da Mesopotâmia, f ixou-se ali e levantou um altar ao Senh or (Gn 33.18-20). Nas cercanias de Siquém Jacó cavou um poço que se tornou célebre pelo encontro que se deu junto do mesmo entre Jesus e a mulher samari tana. Também ali foram enter rados os ossos de José trazidos do Egito (Js 24.32). Ainda em Siquém Roboão, filho de Salomão, foi coroado rei de Israel, mas, devido à sua imprudência e arrogânci a, o reino foi dividido, e Jeroboão, o rei das dez tribos revoltadas, fez de Siquém a capital do Reino do Norte ( l R s 12). Conf orme 2Reis 17.24 c ert ament e também Siquém 1 M o v i m e n t o p o l í t i c o e r e l i g i o s o j u d a i c o i n i c i a d o no s é c . X I X , q u e v i s a v a ao r e s t a b e l e c i m e n t o , na P a l e s t i n a , de u m E s t a d o j u d a i c o , e

que

se

tornou

vitorioso

em

p r o c l a m a d o o E s t a d o de I s r a e l . 2 C ons ert o, reforma, reparo.

84

maio

de

1948,

quando

foi


recebeu os colonos assírios que após a queda do Ueino do Norte e st ab el eceram-se nas ci dades de Samaria e de cuja mistura com os ju d eu s remanescentes resultou a raça samaritana. A cidade foi destruída e reconstruída várias vezes. M od er namen te é chamada Neblús. Samaria. Fundada em 921 a . C. por Onri, rei de Israel e pai de Acabe, esta cidade foi uma das mais Importantes e influentes na vida de Israel. Situada a 8 km ao noroeste de Siquém, num monte apr ox im ad a me nt e de 100 metros de ■ iltitude, rodeada de muralhas quase i n e x p u g n á v e i s 1 < ■foi capital do Reino do Norte durant e 200 anos. Caiu sob o poder da Assíria em 722 a . C., tlnpois de um prolongament o do cerco que começou no tempo de S al manas ar V e t erminou no de Sargão II. Hoje no local há uma pequena povoação por nome Sebustieh, rodeada de ruínas que estão sendo '■xploradas e est udadas por várias ent idades .li queológicas. Notávei s são os restos da chamada t ol unat a2 de Herodes", de dois qu il ômet ros de extensão, que apesar dos dois mil anos decorri dos lá <**.Lã o como t es t emunh as da antiga glória de .imaria. Nazaré. A 22 km do extremo sul do Mar da Galiléia, ii.i direção oeste fica a cidade de Nazaré onde ii.inscorreu a infância e a j u v e nt u d e de Jesus, razão IK-la qual Ele foi conhecido como Jesus de Nazaré, ilnje é a cidade palestina de mai or proporção de ustãos entre os seus habitantes. invencível, indes tru tí vel , in abalável. < ■r ie de c o l u n a s d i s p o s t a s s i m e t r i c a m e n t e .

85


@

Cesaréi a. Fica a 75 km ao noroeste de Jerusalém, entre Jope e o monte Carmelo, no litoral do Mediterrâneo. Foi c onstruída por Herodes, o Grande, no local da antiga cidadela dos filisteus chamada Torre de Strato, e c o g n o m i n a d a 1 Cesaréia em ho me nagem a César August o, imperador romano. Nos tempos do NT foi a cidade mais célebre da Palestina por trat ar-se de sua capital política. Lá estava a sede de administ ração civil e militar da província romana. Os grandes edifícios, o templo, o anfiteatro, o hipódromo, os teatros, ruas pavimentadas, i nstalações de água e esgoto, etc, fizeram a glória da cidade, embora por pouco tempo. Foi ali que nasceu o célebre Eusébio primeiro hi storiador da Igreja Cristã e o primeiro geógraf o da Palestina. @

Cesaréi a de Filipo. O tetrarca Filipe deu este nome à antiga vila fenícia de Baal -Gade em honra a Tibério César, seu protetor. E para di sti nguí -la da Cesaréia do Medit errâneo acres ce nt ou-l he o seu próprio nome. Ampliando e e mbe lez ando a cidade que se encontra ao sopé do monte Hermom; Filipe fê-la uma espécie de estância de veranei o para a aristocracia da época. @

Tiberí ades. Fica na margem ocidental do Mar da Galiléia (ou lago de Ti beríades) a 8 km de ex tr emi dades sul do referido mar. A cidade não é mencionada no AT e uma única vez seu nome aparece no NT (Jo 6.23). 1 D esigna r por cogn ome; apelidar, alcunha r, chamar.

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Depois da destruição de Jerusalém veio a ser o centro do ju da ís mo na Palestina. Para lá foi transferido o S i n é d r i o 1 e foram construídas muitas s i na g og a s2, f und an do - se a célebre academia rabínica que preparou o Mischná, o T al mud e Palestínico (também chamado T al mude de Jerusalém) que é uma coleção de tradi ções e int er pret ações do AT. @

Caf arnaum. Não há certeza absoluta do local exato de Cafarnaum. Sabemos, porém, que era cidade da costa noroeste do Mar da Galiléia, a principal entre outras tantas da região, posto militar rorriano (Mt 4.13; 8.5) e centro de recolhimento de impostos do império (Mt 9.9; 17.24). Mas o fato mais import ant e para os estudiosos da Bíblia é que Caf arnaum era a cidade residencial de Jesus, bem como do seu discípulo Pedro (Mt 9.1; 8.14-17). També m foi ali q ue o Salvador realizou o mai or número de mi|a g res e pronunciou os mais profundos ensinamentos. Jerusal ém. "L ug a r de paz", " habi tação segura". Entre í s cidades mais célebres do mundo encontramos lerusalém. E no que diz respeito à história bíblica »■la ocupa o primeiro lugar. Esta posição pri vilegiada de Jerusalém não i‘stá em sua extensão, nem em sua riqueza ou expressão cultural e artística, e sim em sua profunda r ampla relação com a revelação, ou seja, no seu •■rntido religioso. I nt r e os a n t i g o s j u d e u s , t r i b u n a l , em J e r u s a l é m , f ormado p o r i c e r d o t e s , a n c i ã o s e e s c r i b a s , o q u a l j u l g a v a as q u e s t õ e s i i i i n i n a i s ou a d m i n i s t r a t i v a s r e f e r e n t e s a u m a t r i bo 0u a Um a i hl,ide, o s c r i m e s p o l í t i c o s i m p o r t a n t e s , etc. A p a r t i r do e x í l i o b a b i l ó n i c o ( s é c . VI a . C . ) , l o c a l de reuni ão d o s i-.i . l el i tas, p a r a a l e i t u r a da B í b l i a e a p r e c e .

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Ela foi, de um modo especial, o cenário das m ani fest ações patentes e evi dentes do poder, da justi ça, da sabedoria, da bondade, da misericórdia, enfim, da grandeza de Deus. Por isto as alusões proféticas e apostól icas a apr esent am como o próprio símbolo do céu (Is 52.1-4; Ap 21). ■f

Nome. Durante a sua longa história, cerca de 4.000 anos, a cidade era conhecida por vários nomes, assim como: Urasal im, Salém, Jebus, J erusalém, Sião, Ci dade de Davi ou Cidade do Grande Rei, Cidade de Deus ou Cidade Santa, Cidade de Judá, Aelia Capitolina.

s

Local ização e T op og r af i a . Jerusal ém fica situada na parte sul da cordilhei ra central da Palestina, ou seja, nas mont anhas de Judá, na mesma latitude do extremo norte do Mar Morto, a 21 km ao oeste do mesmo e a 51 km ao leste do Mediterrâneo. Está edificada sobre um promontóri o a 800 metros de altitude, subdivi dido em uma série de montes ou elevações. Ao leste do promont óri o fica o vale de Josafá ou Cedron que separa a cidade do Monte das Oliveiras. Ao oeste e ao sul fica o vale de Hinon (gr. G e h e n a ) que em certa época da história foi o "vale da matança", assim chamado por causa dos sacrifícios das crianças em holocausto ao ídolo Mol oque (2Rs 23.10; Jr 7.31-34) e dos fogos que ardiam c ons tant ement e, c o n su mi nd o o lixo da cidade, os d e t r i to s1 dos hol ocaust os pagãos, etc. Daí, por analogia, a pal avra grega Gehena - que significa "vale de Hi nom" - veio a de si gnar o lugar de castigo eterno dos c ondenados, o inferno (Mt 13.42; Mc 9.43-48).

1 R e s í d u o d e u ma s u b s t â n c i a ; r e s t o s .

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Costumes Os habit ant es do Oriente Próxi mo, ou das terras bíblicas, s empre tiveram, como ainda têm, os seus estilos peculiares de vida, de expressão e de pensamento. Isto se deve às par ti cul ari dades geográficas, étnicas e reli giosas dos mesmos.

Família Hebraica Casamento. Os hebreus c onsideravam o cas ament o de origem divina e de importância básica para a vida individual, social e nacional (Gn 1.28; 2.18). S egundo o ideal divino, o c asament o havia de ser m o n o g â m i c o 1 (Mt 19.1-8); a poligamia era tolerada no Anti go Tes tament o, porém no Novo Testamento int ei rament e repudiada. A con cubi nagem era tolerada nos casos de esterilidade da mulher legítima, mas f r e qü e nt em en te l ambém fora desta condição, es peci al ment e entre os ricos, nobres e reis (Gn 16.2; 30.3,4,9; I S m 1.2; 2Sm 5.13; Jz 8.30; l R s 11.3). A posição da concubina sempre era de uma «■sposa secundária, pois geral ment e era uma serva (escrava) ou pri sioneira de guerra, e poderia ser despedida em qu al que r t empo e sem qu a lq ue r direito de amparo (Dt 21.10-14). Entretanto, a Bíblia não esconde os males da poligamia e da c onc ubi nagem. O casament o misto «•ra proibido em defesa da família, da tribo e da pureza da raça (Dt 7.1-4).

' R e g r a , c o s t u m e ou p r á t i c a s o c i a l m e n t e r e g u l a m e n t a d a s e g u n d o (|ual u m a p e s s o a n ã o p o d e t e r m a i s d e u m c ô n j u g e .

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Havia também o c as ament o por l e v i ra t o1, quando por morte do marido que não deixava filhos, o irmão deste deveria casar- se com a c un h a da ' v i ú v a para suscit ar de scendênci a ao seu irmão falecido (Dt 25.5). **" Cont rat o de c asamento. Este, geralmente, era feito por terceiros pai do noivo, seu irmão mais velho, tio, ou algum amigo muito chegado, e só e x c epc io nal ment e pela mãe (Gn 21.21; 24.38; 34.8). Em alguns casos o próprio filho fazia a sua escolha, ficando, porém, com t erceiros as negociações (Gn 34.4). Estas consistiam nas consult as quanto ao destino dos bens por força do enl ace - que não poderiam enf raquecer a tribo e nem expor a moça ao de samp aro (Nm 36); e nos acertos quanto ao dote que o noivo havia de pagar ao pai da moça (uma espécie de dádiva que c o mpe ns ava a perda da filha), geralment e oscilava entre 30 e 50 siclos e selava o c ontrato matrimoni al, mas que podia ser efetuado também em forma de trabalho, como no caso de Jacó (Gn 29.15-20; 34.12; Êx 22.17; I S m 18.25; Gn 24.25-53). O dote da c oncubina era o preço da compra (no caso de serva ou escrava). Os cas ament os con s an gü í ne os entre os hebreus eram proibidos (Lv 18.1-18), embora fossem comuns entre os caldeus (Gn 20.12), egípcios, persas e outras nações orientais. Noivado. Este era o "pri meiro ato" do casamento, porém tão i mportante que s omente a morte ou infidelidade podiam di ssolvê-lo. 1 P r á t i c a s o c i a l m e n t e i n s t i t u c i o n a l i z a d a d o c a s a m e n t o de u ma v i ú v a c o m o i r m ã o de s e u m a r i d o , ou a r e g r a m a t r i m o n i a l qu e p r e s c r e v e e s se tipo de c a s a m e n t o

90


Desde o momento em que o noivo entregava à noiva, ou ao rep res ent an te dela, na presença de t es t em un h as uma moeda com a inscrição "Seja consagrada (casada) a mim" - uma espécie de j u r am e n t o - o jovem casal era (Rt 4 . 9 ­ 11) consi derado casado, embora a sua vida conjugal se efet uasse só depois das núpcias (Mt 1.18) que, segundo o Tal mude, poderiam oc orrer um mês depois para as vi úvas e um ano depois para as virgens (no caso de Jacó duraram sete anos). Durante o noivado o homem era isento do serviço militar. Depois do exílio babilónico adot ou- se o c ostume de lavrar um com pr o mi ss o escrito. Núpcias. A festa de núpcias durava, geralment e, sete dias (Jz 14.12), p r o l ong and o- se excepci onalment e, até catorze dias. O noivo, sendo rico, di stribuía roupa nupcial aos c on vi dados (Mt 22.11). Sainée-^Tâ sua casa, ac om pa nh ad o de seus amigos e vestido de sua melhor roupa, ao som de música e de cânti cos ia à casa dos pais da noiva. Quando as núpcias^ eram real izadas à noite, as pessoas que ac om pa nh av a m o cortejo muniam-se de tochas (lâmpadas). Recebendo a esposa na casa dos pais desta, com rosto velado, acompanhada das bênçãos paternais, o esposo a conduzia, em cortejo ainda maior, para a casa de seus pais ou para a sua própria, onde se seguia o banquete depois o qual os noivos eram c on duz i do s à câmara nupcial (Mt 22.1-10; 25.1-13). Nos seis dias sub seqüe nt es , as festas continuavam, embora mais resumi das. A lua de mel legal era de um ano, durante a qual o marido estava Isento das ob rigações militares.


Di v ór ci o .

A dissolução dos laços mat rimoni ais entre os hebreus era permitida como uma " neces si dade calamitosa", porém não aprovada, e mesmo repudiada já na última parte do Antigo Test ament o (Dt 24.1; Ml 2.13-16). També m Jesus repudiou o d i v ór ci o , exceto no caso de adultério (Mt 19.3-9). 0 divórcio tinha que ser efetivado por um documento escrito, chamado "carta de di vórci o" que era entregue à mulher pelo marido (Dt 24.3; Mt 1 9 . 7 ) , para lhe dar direito a um novo casamento. Se p o r é m , viesse a di vorciar-se do seu segundo marido, ou mesmo se este viesse a morrer, já não poderia reconciliar-se com o primeiro, uma vez se encontrava contaminada pela coabi tação com outro h o m e m (Dt 24.4). O s filhos.

Estes eram c on si der ad os dádivas di vinas (SI 127.3-5), esp eci al ment e os do sexo masculino. Por issoa esterilidade era j ul gad a como uma falta do f avo r de Deus. A herança era di vidida s omente entre os f i l h o s do sexo masculino. As filhas solteiras eram sustentadas pelos irmãos até que se casassem. Seu casamento podia ocorrer somente com alguém de d e n t r o da mesma tribo. A primogenitura era honrada e respeitada e n t r e todos os povos ori entais. O pri mogêni to rece bia a porção dobrada dos bens paternos; com a m o r t e do pai, assumia a di reção da família e as f u n ç õ e s sacerdotais da mesma (na época ant eri or à d o a ç ã o da lei mosaica). Quanto à educação o pai era obrigado a ensinar-lhes desde cedo um ofício que lhe garantisse a subsistência (Nm 27; Dt 21.15-17). Áquila, Priscila e Paulosabiam fabri car t endas (At 18.1-3). 92


Questionário f

Assi nale com "X" as al ternativas corretas

6. É a cidade mais antiga de Canaã e segundo alguns pesquisadores pode ser a mais antiga do mundo a ) 0 Cafarnaum b)[H Samaria c ) D Nazaré d ) E l J e r ic ó 7.

Quanto à Jerusalém, é INCOERENTE dizer que a)[U Era conhecida por vários nomes, assim como: Jebus, Sião, Cidade de Davi, Cidade de Judá, etc b ) 0 Seu privilégio está em sua extensão, riqueza, expressão cultural e artística c ) Q No que diz respeito à história bíblica ocupa o primeiro lugar d ) d Está entre as cidades mais célebres do mundo

8. A festa de núpcias: a ) 0 Eram realizadas somente à tarde b)D Durava geralmente um mês, prolongando-se excepcionalmente, até dois meses c ) 0 O noivo, sendo rico, distribuía roupa nupcial aos convidados d ) d A lua de mel legal era de um mês e o marido estava isento até das obrigações militares

f

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

I

9.ÍF1 Na família hebraica, a herança era dividida entre os filhos sem distinção de sexo 10. C A cidade de Nazaré foi onde infância e a juventude de Jesus

93

transcorreu

a


A


Lição 4________________ Geografia Política da Palestina

Antes dos aspectos geográf icos relacionados com as fases pol ít ico-hist óricas, apr esent amos aqui um resumo do aspecto ético dos hebreus, no que diz respeito, parti cularment e, à sua origem.

Origem dos Hebreus Deus tomou um caldeu, Abraão, no sul da Babilônia, de origem semita, para nele consti tuir um povo seu que viesse benef iciar todas as demai s raças com a revelação que lhe daria do seu caráter, sua natureza e seu propósito (Gn 12.1-3). A data de nasciment o de Abraão não é possível de te rmi nar com precisão, mas a época geralmente aceita é o ano 2.000 a .C. Com 75 anos de idade o patriarca deixou a sua cidade natal, Ur dos caldeus, ambiente idólatra e po li t eí st a1, e emigrou em companhia de seu pai e seu sobrinho Ló para Harã, localizada ao noroeste da Mesopotâmia. Algum t empo depois, morrendo seu pai Tera, Abraão deixa Harã com sua mulher Sara e seu sobrinho Ló e parte para Canaã ou Palestina, ao sudoeste de Harã, terra que Deus havia promet ido 1 R e l i g i ã o e m q u e há p l u r a l i d a d e d e d e u s e s .

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ao patriarca e sua de scendência por herança perpétua (Gn 12.1-9). Não sabemos em que t empo também Naor, irmão de Abraão, fixou-se em Harã, mas tudo faz crer que foi ali que Abraão mandou buscar esposa para seu filho Isaque Filho da Promessa, enc ont rand o-a na pessoa de sua sobrinha-net a, Rebeca, ou seja, neta de seu irmão Naor. Mais tarde o neto de Abraão, Jacó, encontra na mesma parentela e no mesmo lugar as suas duas esposas - Lia e Raquel, filhas de Labão, irmão de Rebeca. Destas duas uniões e mais duas com as concubi nas, Bila e Zilpa, que eram servas das suas esposas, nasceram a Jacó doze filhos, cujas famílias deram origem às doze tribos de Israel. Depois de a p r ox im ad a me nt e 100 anos de peregri naç ão na Terra da Promessa, Abraão morreu aos 175 anos de idade. Seu filho Isaque, seu neto Jacó, e os doze bisnetos com as respect ivas famílias, habi taram na mesma terra, porém sem possuí-la, durante mais ou menos 215 anos, quando a tribo de Jacó desceu para o Egito onde já estava José, filho de Jacó, como primeiro ministro de Faraó. Nesta altura eram 70 os de sc ende nt es de Jacó em sua tribo. A área geográfica percorrida pelos três patri arcas durante as suas pe regrinações na Palestina ficava entre Siquém, Betei, Hebrom e Berseba; portanto, a parte central e a do sul, próximo ao Egito. Naquela época da f ormação pré-tribal dos hebreus, a Palestina estava ocupada por vários povos, uns maiores, outros menores, sendo que o pr edomi nant e era o cananeu. Durante a permanência dos israelitas (como são c hamados os filhos de Israel ou Jacó) no Egito - que durou 215 anos, segundo a Sept uagi nt a 96


(tradução grega do Antigo T es t am ent o) e 430 anos segundo Êxodo 12.40 - a_s^doze t ribos d e senvo lver am- se num grande povo que no t empo do Êxodo deve ter chegado a cerca de três milhões de pessoas, segundo os cálcul os dos entendidos. Este povo, que junto do Sinai foi consti tuí do em nação, entrou em Canaã pra ti came nt e com o mesmo número de almas (cf. Nm 1.46 e 26.51). A área c onqui st ada por Josué somada àquela que na T r a n s i ordânia já fora conqui stada por Moisés, j unt as não represent ava mais que uma sexta parte da área prometida por Deus a Abraão, que era desde o Egito até o rio Euf rates (Gn 15.18). Não foram conquist adas a Filistia, a Fenícia, as terras de Emate (Síria) e nem as partes de Edom e Moabe ao sul e leste do Mar Morto. Conf orme Atos 7.2-4, Abraão habitava em Ur dos caldeus quando Deus o chamou para uma terra desconhecida. Mas, de acordo com o que Moisés relata no capítulo 11 e 12 de Gênesis, a chamada dele só se deu em Harã, após a morte de seu pai. Alguns eruditos ent endem que Moi sés não narrou a chamada de Abraão em Ur porque o seu pai ainda vivia, visto que no regime patriarcal o filho não podia aparec er com proeminência enquant o o pai vivesse. Mas com a morte do seu pai em Harã, ele passa a assumir a chefia da expedição.

Divisão Política da Palestina No AT foi a Palestina di vidida entre as 12 tribos de Israel. Manassés (parcial ment e), ficaram ao leste do Jordão;

Gade

e

Rúben;

Aser, Manassés (em parte), Efraim, Dã parte) e Judá; ficaram na área litorânea; 97

(em


Naftali, Zebulom, Issacar e e s ta b el ec er am -s e na região central; Duas ficaram nas extremidades: Simeão (Sul).

Benjamim;

Dã (Norte), e

A divisão política da Palestina mudou com o correr dos tempos e dos governos.

A Palestina e Jerusalém A Palestina teve várias capitais, a saber: Gilgal, no t empo de Josué (Js 10.15); Siló, no t empo dos ju i ze s ( I S m 1.24); Gilbeá, no t empo do rei Saul ( I S m 15.34; 22.6); J e r u s a l é m , da época de Davi em diante (2Sm 5.6-9). Seu primitivo nome foi Salém (Gn 14.18), depois Jebus (Js 18.28) e por fim Jerusalém (Jz 19.10). Nos dias do Novo Te st am en to a capital política da Judéia era Cesaréia, não Jerusalém, como já mostramos. Mispá (Jr 40.8). Por pouco tempo durante o cativeiro babilónico.

foi

capital,

Tiberíades. Foi outra capital da Palestina, isso após a revolta de Bar-Cóchega, em 135 d.C. ■ *" J e rus al ém como capital da Palestina. Fundada pelos hititas (Nm 13.29; Ez 16.3). Fica a 21 km ao oeste do Mar Morto, e a 51 ao leste do Mar Mediterrâneo. Nos t empos bíblicos tinha cinco zonas ou bairros: Ofel, ao sudeste; Moriá, ao leste; Bezeta, ao norte; Acra, ao noroeste e Sião, ao sudeste. Na di stri buição da terra de Canaã, Jerusalém ficou situada no território de Benjamim (Js 18.28). Foi conquist ada em parte por Judá, mas pertencia de fato a Benjamim (Jz 1.8,21). Tinha

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povo de Judá e Benjamim (Js 15.63). É chamada Santa Cidade, em Neemias 11.1; Mateus 4.5. Jerusalém saindo do ju g o romano caiu em poder dos árabes em 637 d.C., e, salvo uns 100 anos durante as Cruzadas, daí sempre cidade muçulmana. Em 1518 os turcos con qui st aram- na. Em 1917, os britânicos assumiram o controle, ficando a Palestina depois sob seu mandato por delegação da então Liga das Nações. A partir de 1948 passou a ser cidade s oberana (isto é, o setor novo), porém, na Guerra dos Seis Dias em 1967, foi reconqui stada aos árabes, os quais dela tinham se assen horead o na guerra de 1948. Reedificada s empre sobre suas próprias ruínas, Jerusal ém permanece a Cidade Eterna do mundo, símbolo da Nova Je rusal ém que se há de e st abel ecer na con sumaç ão dos sécul os. Jerusalém será então metrópole mundial. Isso, durante o Milênio, quando estará vestida do seu prometido espl endor (Is 2.3; Jr 31.38; Zc 8.22). Nesse tempo Israel estará à testa das nações. Na Jerusalém de hoje nada pode ver-se da Jerusalém de Davi, de Salomão, de Ezequias, de Neemias e de Herodes. Tudo se acha s epul tado sob os escombros de muitos séculos, sob metros e metros de entulho. ^

Ci dades vi si ta da s por Jesus. Nazaré (Lc 4.16) Betânia (Jo 1.28) ®

Caná (Jo 2.1) Sicar (Jo 4.5)

®

Naim (Lc 7.11) Cafarnaum (Jo 6.59) 99


Betsaida (Lc 9.10) Corazim (Mt 11.21) Tiro e Sidom (Mt 15.21); Cesaréia de Fiiipe (Mt 16.13) Jericó (Lc 19.1) at> Emaús (Lc 24.13,14)

No Tempo da Conquista e dos Juizes Esse período tem sido datado entre 1400 a.C., o mais tardar. Se essa data po st eri or for aceita, isso já nos leva à chamada idade do ferro. Na época, os ganhos territoriais de Israel foram al t er nadament e desafi ados e confirmados, enquanto os israelitas procuravam do mi nar os povos por eles conquistados, mas que se rebelavam. A fé dos hebreus c onsol idou-se em torno da adoração a Jeová, embora com período de ap o s t a s i a 1. Emergiu daí uma notável fé monoteísta, que estava destinada a e xercer efeitos du rado uros sobre a espirit ualidade do mundo. Uma vez encerradas as ca mp an h as da conquista, Josué repartiu a terra entre as doze tribos da seguinte maneira: A tribo de Levi não teria herança, mas teria 48 cidades entre as demai s tribos por todo o t erritório c onqui st ado (Js 21.41). A parte de José, filho de Jacó, seria di vidida entre os seus dois filhos, Efraim e Manassés, perfazendo, assim, outra vez o número de 12 as heranças na terra conquistada. Para f acilitar a fixação da posição das 12 tribos na terra c onqui stada, di vidi mos a di stri bui ção 1 A b a n d o n o da fé d e u ma i g r e j a , e s p e c i a l m e n t e a c r i s t ã .

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delas em dois grandes agr upamen to s: Tribos Palestina Oriental, ou T r a n s j o r d â n i a , e Tribos Palestina O c i d e n t a l , ou Canaã p ro pr iamen te dita.

da da

1. Tribos da Palestina Oriental, ou Transjordânia. Estas são duas e meia: Rúben, logo ao norte de Moabe e ao leste do Jordão; Gade, ao norte de Rúben e ao leste do Jordão; Meia tribo de Manassés, ou Manassés Oriental, ao norte de Gade e ao leste do Jordão e do Mar da Galiléia. 2. Tribos da Palestina Ocidental, ou Canaã. Estas podem ser divididas em três grupos: Grupo do Norte - Naftali, Aser e Zebulom, entre Fenícia, Mediterrâneo e Jordão, ou Galiléia; Grupo do Centro - Issacar, Manassés Ocidental (meia tribo de Manassés), Efraim, Benjamim e Dã, ou mais tarde Samaria; ->• Grupo do Sul - Judá e Simeão, conhecida como Judéia.

posteriormente

Durante o período dos Juizes esta di visão permaneceu prati camente a mesma, porém com menos precisão devido às mi sturas dos el ement os das tribos pelo casament o e emi gração de áreas mais desertas para as mais propícias à agricultura e pecuária, como no caso da tribo de Simeão que se c onfundi u com a de Judá.

.Divisão Política no Período do Reino Unido Neste período a Palestina possuía a sua maior área em toda a sua história, ou seja, aquela que fora prometida por Deus a Abraão. Foi quando, devido às conquist as de Davi e Salomão, o t erritório hebreu est endeu- se desde Filistia, Berseba e o Golfo


de Ácaba (ou cidades de Ez ion -Geb er e Élate ao sul), até a Babilônia ao leste, a br angen do Edom, Moabe e Amon, até Hamate e Damasco, ou Síria ao norte (2Sm 8).

Os Reis de Israel O período dos Juizes terminou com o início da monarquia israelita, iniciada por Saul. A monarquia adquiriu maior ímpeto com o rei Davi, e atingiu seu ponto c ul mi nant e de glória com o rei Salomão, filho de Davi. A partir de então as datas podem ser f ixadas com exatidão. A era áurea de Sal omão fica entre 961 e 922 a.C. Nesse tempo, Israel atingiu o máximo de sua extensão territorial, e Sal omão desfrutou de um período pacífico.

Divisão Política no Período dos Dois Reinos Como sabemos, após a morte de Salomão o reino hebreu c i n d i u - s e 1 em dois: 1. Reino do Norte ou de Israel. Com a capital i ni cialmente em Siquém e depois em Samaria, integrado pelas áreas ocupadas por 10 tribos, a saber: Dã (no extremo norte, ao pé do Hermom, para onde havia emigrado do sul devido à pressão dos f ilisteus e cananeus nos dias dos Juizes), Aser, Naftali, Issacar, Zebulom, Manassés Ocidental (meia tribo), Efraim e uma parte de Benjamim, ao oeste do Jordão, e Manassés Oriental (meia tribo), Gade e Rúben ao leste do Jordão. Recorde-se que a tribo de Levi não recebeu herança territorial na divisão da terra conquist ada 1 Separar, dividir

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por ser tribo sacerdotal, mas 35 de suas 48 cidades que foram dadas aos levitas est avam localizadas na área do Reino do Norte. Com o culto idólatra est abelecido por J eroboão - primeiro rei do Reino do Norte - em Dã e Betei, muitos dos levitas ret irar am- se para Judá. E devido à i ncapacidade dos reis, às barreiras naturais - como o vale do Jordão e mont an has na vasti dão territorial - que i mpediam o d e senvo lvi men to de uma unidade política sólida, os reinos de Damasco, Hamate, Amon e Moabe sacudi ram o jugo hebreu e um após outro recuperaram a sua i ndependênci a. Assim os limites do território de Israel na parte norte voltaram ao que eram antes da época davídica. 2. Reino do Sul, ou Reino de Judá. Com a capital em Jerusalém, abrangen do o t erritório das tribos de Judá, Simeão e parte de Benjamim. Como se vê, a área deste reino era muito menor e mais pobre que a do norte. As partes ant eri orment e s ub jug adas por Davi, como algumas cidades dos filisteus e o reino de Edom, voltaram à sua i ndependência, reduzindose, assim, a extensão territorial da parte sul do antigo Reino Unido. Com a ascensão da Assíria, o Reino do Norte caiu nas mãos deste império e o povo foi levado em cativeiro em 722 a.C. ( l C r 5.26; 2Rs 17.6) para nunca mais vol tar às suas herdades. Em lugar do povo de Israel, os reis assírios c olocaram populações de outras áreas conqui st ad as do seu império (2Rs 17.21-41), es pec ial ment e em Samaria e seus arredores (áreas de Efraim e Manassés) de cuja mescla com os r emane scent es judeus ori ginou-se a raça dos samaritanos; raça esta que evoluiu para uma seita que adotava apenas o Pentateuco, com variant es samarit anas, e cujo 103


centro religioso era o templo construído no monte Gerizim, f ormando um s i n c r e t i s m o 1 religioso sempre hostilizado pelos j u d eu s (2Rs 17.33).

A Palestina no Período de Judá Sozinho Depois da queda do Reino do Norte, o Reino de Judá p er ma nec eu mais cerca de 135 anos em seu território, bast ant e reduzido, e como tributário da Assíria durant e maior parte desse período. Porém, com a as censão da Babilônia sobre a Assíria veio o cati vei ro de Judá pela Babilônia, ao templo de Nabucodonosor. A invasão ocorreu em 605 a.C., quando o rei de Judá era Joaqui m. Judá foi reduzido a um estado de vassal agem e a maioria dos habit ant es entre eles Daniel - foi levado em cativeiro para a Babilônia, de modo que aquela data assinala o começo dos 70 anos de cativeiro babilónico, embora a queda definitiva do reino só ocorresse em 587 a.C., com a destruição de Jerusalém. Em 2Crônicas 32-36, o estudant e pode encont rar um resumo dos acon teci ment os deste período e assim perceber as ci rc unst ânci as em que se deu o térmi no do es tado j udeu na Palestina.

1 T e n d ê n c i a à u n i f i c a ç ã o d e i d é i a s ou d e d o u t r i n a s d i v e r s i f i c a d a s e, p o r v e z e s , a t é m e s m o i n c o n c i l i á v e l .

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Questionário y

Assi nale com "X" as alt ernat ivas corretas

1. No Antigo Testamento foi a Palestina dividida em:

a)CH 2 tribos b)Q 7 tribos c)EI 12 tribos d)[H 14 tribos 2. Não possuía herança no Tempo das Conquistas: a)EH Tribo de Dã b) ® Tribo de Levi c)[H Tribo de Naftali d)[U Tribo de Zebulom 3. Período em que a Palestina possuía área em toda a sua história: a ) 0 Período dos Juizes b ) 0 Período do Reino Unido c ) D Período dos Dois Reinos d)EH Período de Judá Sozinho y

a sua

maior

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.1£-1 Logo após a morte de Saul o reino hebreu dividiuse em dois: Reino do Norte ou de Israel e Reino do Sul ou Reino de Judá 5.1 Q Alguns eruditos entendem que Moisés não narrou a chamada de Abraão em Ur porque o seu pai ainda vivia, pois no regime patriarcal o filho não podia aparecer com proeminência enquanto o pai vivesse

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Durante o Cativeiro e a Restauração Durante os 70 anos do cativeiro babilónico a Palestina como tal deixou de existir, senão como uma província da Babilônia subdivi dida em setores de influência de govern os f ant oches das áreas da Síria, Samaria e Judá. Os tri butos pesados i mpostos pela Babilônia e a insuportável influência das populações pagãs a l i e n í g e n a s 1 a mod if ic ar os cost umes j u dai co s e a pureza racial e n t r e os c o s t u m es j u dai co s e entre os r e m a n e s c e n t e s 2 (exceto na área de Judá no que diz respeito à mjj sogenaç ão3 das populações), f izeram com que muitos ju deus que ficaram na Palestina emigrassem mais tarde, como refugiados, para o Egito, pois t emos referências bíblicas e descober tas arq ueol ógi cas que indicam este fato (Tafnes, Migdol, Nofe ou Mênfis e Patros, referida em Jeremias 44.1, e Ilha Elefantina). O cativeiro babijônico cessou com a supremacia da Pérsia sobre o Mundo Antigo. Quando o rei persa, Ciro, s ubjugou o rei da Babilônia, decretou no mesmo ano uma lei pela qual foi dada permissão aos ju d eu s que qui sessem voltar para a sua terra, Judéia, r ec ons trui r o seu templo em Jerusalém e rest aurar o seu culto (2Cr 36.22,23). Isto aconteceu em 538 a.C., quando, então, começou o longo e penoso período da restauração do estado j udeu na Palestina, ou mais propriament e nos limites reduzi dos do antigo Reino de Judá. O panorama geográf ico da nova comunidade j udaica, restaurada sob a proteção persa e admi ni st rada por g over nador es no meados 1 Q u e ou q u e m é de o u t r o p aí s ; e s t r a n g e i r o . 2 Que remanesce; restante, reman en te . 3 C ruz a m e n to inter-racial; m e s ti ç a m e nto , c a ld ea m ent o.

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pela Pérsia - como foram Zorobabel e Neemias - era muito i ns ignificante. O seu limite setentri onal c omeçava na margem ocidental do rio Jordão pouco acima de Jericó, e passando ao norte de Betei findava em Jope, na costa do Mediterrâneo. O limite do flanco oeste partia di reção sudeste ia até H e b r o m .

de Jope e em

Ao sul o limite era uma linha entre Hebrom Mar Morto na direção leste. 4

e

E ao leste o seu limite era a costa ocidental da parte noroeste do Mar Morto e a margem ocidental do rio Jordão até um ponto pouco ao norte de Jericó.

Entretanto, o fator import ant e era a cidade de Jerusalém, a antiga capital, no centro desta área. A sua reconst rução (n ot adamen te o Templ o e os muros da cidade) requereu muito sacrifício, polarizando as futuras e sp er anç as pelo ressurgimento da vida nacional na Terra Santa.

A Palestina no Período Grego A dominação grega s e c u n d o u 1 os persas em 331 a.C. com a marcha de Alexandre, o Grande, sobre Jerusalém. Porém, a s ituação políticogeográfica da Palestina não se alterou muito. Com a morte do grande c on qui st ad or macedônio, as áreas con qui st ad as passaram às mãos dos seus quatro generais, dos quais, dois - Ptolomeu e__Se]euco, resp ec ti vamen te reis gregos do Egito e da Síria - passaram a d i sput ar a Palestina. Por 122 anos, isto é, de 320 a 198 a.C., a Palestina permaneceu sob os pt olomeus do Egito. Durante este 1 Auxiliar, a ju d a r (em funções); c oad ju va r.

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período, por força da política hel enizadora dos ptolomeus, os judeus aos poucos iam se fixando em outras áreas da Pajestina, como Gajjléia, Peréia (ou Tran sj ord âni a) , etc. Na guerra entre Egito e Síria em 198 a.C., Antíoco, o Grande, que era o 6 o rei selêucida da Síria, arrebatou a Palestina ao Egito. Porém a política de h el en i z aç ão dos selêucidas foi muito mais vi olenta que a aos ptol omeus, aliás, a dos ptolomeus era apenas persuasiva, ao passo que a dos selêucidas foi de uma vi olênci a cruel. Como resul tado da tirania s a c r í l e g a 1 dos greco-síri os e c lo di u2 a revolta dos macabeus, da família dos hasmoneus, que em 167 a.C. saiu vitorioso da luta. Seguiu-se, então, um período de i ndependência sob o governo dos reis-sacerdotes.. macabeus até 63 a.C., quando o general romano Pompeu tomou a cidade de Jerusal ém, permi tindo, porém, que os macabeus con ti nuas sem na posse do trono até 40 a.C. quando Herodes, o Grande, (um idumeu) foi nomeado, pelo senado romano, rei da Jjjdéja.. Nesta altura a Judéia já não era apenas a antiga área do Reino de Judá, mas Judéia, Samaria, Galiléia, Tr aconit es e Peréia.

Sob o Domínio dos Romanos - Divisão Política no Tempo do Novo Testamento A Palestina, s empre foi um lugar al tamente estratégico. As nações do passado, como, egípcios, assírios, caldeus, medo -pe rsas e gregos se valeram muito dessas vantagens; entretanto, quem mais aproveitou de tudo isto foram os romanos. 1 U s o p r o f a n o de p e s s o a , l u g a r ou o b j e t o s a g r a d o ; 2 V i r à luz; s u r g i r , a p a r e c e r .

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profanação.


" P o r s eus t erritórios p a s s a v a m as g ran des estradas, que l ev avam a todas as p a r t e s do mundo; s endo a ss im , p o s s u in d o os r o m a n o s a Palestina, tinham na mão a chave do Oriente Médio". No ano 63 a.C., o general romano Pompeu, entrou em Jerusalém e através de um tratado possuiu o Estado judaico. No t ocante a assuntos admi ni st rat ivos os romanos eram rígidos, mas, no t ocante à religião eles eram b e m f l e xíveis. Nos t empo s de Cristo, a Palestina era di vidida em cinco r e giões di ferent es que podemos c hamar de distrito ou província. Três dessas r eg i õ e s, ficavam ao l a d c P õ c í d e n t a l do rio Jordão, e duas ficavam ao lado oriental. As províncias ocident ais são: Galiléia, no extcemo norte, Samari a, na região central e Judéia, no extremo sul da Palestina. Galiléia. Essa província ficava na região onde antes pertencia as tribos de Zebulom, Aser, Naftali e grande parte de Issacar. Estava localizada no terreno m ont an hos o ao norte de Samaria, sendo a mais set ent ri onal de todas as proví ncias ao lado oeste da Palestina; o seu nome significa "rodar", ou "círculo". Limitava-se na parte sul com Sánrraria, ao leste com o rio Jordão, águas de Meron e com o mar que leva o seu nome; ao oeste, com o Mar Mediterrâneo e com a Fenícia. Essa província ficou f amosa em vi rtude da exuberante fertilidade exist ent e em suas terras, e das grandes vari edad es de pl antas que ali m e dr a va m1. Possui um clima c o m pl e t am en te Iropical. Essa região mede a p r o xi m ad a me nt e 50 km de largura, por 100 km de c ompr iment o. 1C r e s c e r , v e g e t a n d o ; d e s e n v o l v e r - s e .

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r$> Samari a.

Localizada na região central da Palestina, essa província sit uava-se entre a __Judéia e a cordilhei ra do Carmelo, a 60 km ao norte de Jerusalém. L imitando-se no seu lado leste com o rio Jordão, oeste com o Mar Medjterrâneo, norte com a Galiléia e ao sul a Judéia. Era nos seus t ermos que se encont rava a famosa Planície de Saron, que na época era ocupada quase ex cl usi vament e por gent_e pagã. Os s amari t ano s eram hostis para com os judeus. A origem dos habit ant es dessa região é descrita em 2 Reis 17.24-33. Tinham construído um t emplo igual ao de Jerusalém no monte Gerizim (Jo 4.20). Em I Re is 16.24, diz que Onri, rei de Israel, comprou um outeiro de um homem chamado Semer^ onde construiu a cidade de Samaria em honra ao antigo proprietário. @

Judéia. Era a maior província da Palestina. Essa região consistia ex at ament e no que antes eram os t erri tórios das t r ib os de Judá, Simeão, Dã e Benjamim. No decorrer da história houve muitas mudanças nos limites geográf icos, entretanto, podemos descrever mais ou menos esses limites da seguinte forma: iniciando ao extremo sul da Palestina até ao norte onde se limita com Samaria, ao leste com o rio Jordão e ao oeste com o Mar Morto. Nesta divisão política ficava o centro religioso do iudaLsmor a cidade de Jerusalém, onde foi construí do o templo (At 1.8; 2.9; 8.1; Gl 1.22; Jo 3.22; Lc 1.65, etc).

110


As provínci as orientais Decápol is, cujas di visões políticas leste do rio Jordão. ®

são: Peréia e se localizam ao

Peréia.

Essa di visão política (província) l imitava-se ao oeste do rio Jo rdão e uma porção nordeste do Mar Morto; ao sul com o rio Arnon. Sua capital era a çidiLd_e de Gadara, que não pode ser confundi da com a cidade homôni ma da província de Decápolis. Nos tempos antigos essa região pertencia à tribo de Rúben, Gade e a meia tribo de M a.nesses. A pal avra "Peréi.a" vem do grego e significa "Terra d° al ém- Jordão". A p es a r de não ser mencionada pelo nome em toda a Bíblia, essa divisão é descrita por inferência, referi ndo-a como "a outra banda do J o rd ã o " (Mt 3.5-6; 4.15-25; Mc 3.7-8; Jo 1.28; 3.26; 10.40). @

Decápolis.

Esta província era um distrito que começava na Planície de Esdraelon, e se abria para o vale do Jordão se e x pand indo para o lado do oriente. Era c ompos ta de dez cidades, como sugere o próprio nome. A palavra " De cá po l is " vem do grego " de ca" que significa "dez cidades". T ra t a v a - s e de uma conf ederação de dez cidades uni das em um só costume e uma só cultura, isto é, cultura grega. Essas dez c idades eram: Hipos, que ficava na margem oriental do Mar da Galiléia; +

Damasco, situada um pouco mais ao norte; Raf ana e Canata, que ficavam no ex tr e mo leste; Diom, Gadara e Citiópolis, que se l oca li zavam ao extremo oeste; Pela, Filadélfia extremo sul.

e

Gerasa,

111

situavam-se

ao


Do extremo norte ao extremo sul, a área cobria cerca de 190 km. Além dessas cidades, mais oito aldeias ao sul de Damasco foram ac resc ent adas por Ptolomeu, el evando o número total de dezoito cidades. Esta região é menc ionada em Mateus 4.25; Marcos 5.20; 7.31. Como sabemos, em 63 a.C. Pompeu tomou a cidade de Jerusalém. Com este feito a Judéia dos macabeus passou a ser uma província romana. Porém, só em 37 a.C., quando Herodes, o Grande, passou a g over nar a Judéia em nome de Roma, é que o domínio romano como tal se fez sentir. Herodes sup eri nt en di a toda a área da Palestina nesse tempo, inclusive aregião de Decápolis. Porém no ano 4 d.C., após a morte de Herodes, toda esta região foi dividida com os seus três sucessores, dando-se o nome de T et rarqui a a cada divisão territorial. Assim: A Herod es A rq ue l au - que levou o título de e t n a r c a 1 - foi dada a tetrarquia de Samaria, abrangen do as áreas de Samaria, Judéia e Iduméia; A Herod es Antipas, a t et rarquia c ompr ee nd e nd o a Galiléia e Peréia;

de

Galiléia,

A Herodes Filipe a região de Basã, dividida em cinco distritos: Gaulani tes, Batanea, Aurani tes, Ituréia e Traconites; e A Lisânias, que não era de scende nt e de Herodes, o Grande, coube a tetrarqui a de Abilene, localizada entre Líbano e Antelíbano, região pert encente à Palestina nos dias de Salomão. Entre 41 e 44 d.C. Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande, como o advento de Calígula 1 G o v e r n a d o r d e p r o v í n c i a , no B a i x o - I m p é r i o .

112


ao trono do Impéri o R o m a n o , g o v e r n o u sozinho sobre todo esse vasto t erritório das quatro tetrarquias, com sede em Cesaréia, onde morreu i g nomi ni osament e (At 12). Após a morte de Agripa I, a região recebeu uma nova divisão política, sendo dividida em duas províncias: Ao norte, a chamad a Quinta Província, que se compunha das t et rarquias de Filipe e de Lisânias, governada por Herodes Agripa II; e Província de Judéia, a br angen do Judéia, Samaria, Galiléia e Peréia, governada por procuradores romanos, com sede em Cesaréia. Ambas pe rma nec eram até o ano 70 d.C., quando a revolta dos ju d eu s sufocada pelos romanos, sob o comand o geral de Tito, liquidou de novo o Estado judaico, ane xando-o à Síria.

Breve Cronologia da Palestina Depois do ano 70 da nossa era, destr uído o Templo e arrasada a cidade de Jerusalém, devastadas as cidades e po voações de toda a área da Judéia reduzidas à escravos f ugi ti vos ou cadáveres, a Palestina deixou de ter qu al que r i mportância política. Só depois do ano 323 d . C., quando o I mperador Cons tant in o abraçou o Cristianismo, porém, cessaram as pe rs egui ções aos ju d eu s e cristãos e a Palestina gozou de alguma importância, mas com a decadênci a do Império Romano (476 d.C.) a Palestina foi relegada a um longo es quec iment o até quase o fim da Primeira Guerra Mundial, quando os aliados invadiram e libertaram a Palestina do Império Ot omano abrindo em seguida, com a famosa Proc lamação de Bal four (1917), as portas do país à i migração judai ca em ampla escala.


Desde a queda do Império Romano Ocidental até os dias atuais a Palestina esteve sob as mais variadas inf luências políticas, cujo quadro cronológico segue abaixo: 2

De 476 a 634: A Palestina é uma província | longínqua e insignificante do Império Romano j Oriental como sede em Constantinopla.

_____________ _______ _____________________ ________________ )

2 De 634 a 750: É governada pelos califas I (soberanos muçulmanos) do reino de Damasco, i conquistados pelos árabes. 1

De 750 a 960: Torna-se parte do governo sírio [ dos domínios árabes. .

E De 960 a 1095:

A

Palestina

califado egípcio.

é dominada

pelo • ,

--------------------------------------------------------------------------- 4 2

De 1095 a 1187: Período das Cruzadas parai libertar a Terra Santa das mãos dos muçulmanos. j

'£ De 1187 a 1250: A Palestina torna-se do Império Muçulmano, sob a chefia de Saladino. S De 1250 a 1517: Governam a Palestina os ■ mamelucos egípcios (forças militares egípcias: formadas pelos escravos).

---------------------------------------------------------------------------^ 2

De 1517 a 1914: A Palestina faz parte do Império ; Otomano, estabelecido pelo sultão Selim I.

______________________ ____________________________________________________________________________ J

1

i

De 1914 a 1918: Após a invasão da Palestina | pelos aliados, a Inglaterra, emite uma declaração j oficial em 2 de novembro de 1917, pelo Secretário; _ do Exterior Lord Balfour, apoiando a criaçao, nas < aspirações do movimento sionista em toda a ! Palestina, de um lar para o povo judeu e que l envidará o máximo esforço para a conquista desse i objetivo", declaração esta que passou a ser! 114


conhecida como a D e c l a r a ç ã o de B a l f o u r . Já em 1918 incrementou-se consideravelmente a■ imigração dos judeus para a Palestina. j1

De 1918 a 1948: Por delegação da Liga das Nações, a Inglaterra assume, em 1922, o Mandato da Palestina, cujo conteúdo responsabiliza "a Potência Mandatária por colocar o país em condições políticas, administrativas e econômicas que garantam a instalação do lar nacional judeu e o desenvolvimento de instituições a ut ônomas". No mesmo mandamento foram delimitadas as fronteiras do país, excluindo a Transjordânia da Palestina. O mandato terminou em 15 de maio de 1948, com a retirada da administração britânica que o cumpriu procurando restaurar o país com a colaboração da Agência Judaica, que foi a própria organização sionista.

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I

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De 1948 a 1949: Em 29 de novembro de 1947 a I Assembléia das Nações Unidas, sob a presidência j do eminente brasileiro Oswaldo Aranha, votou a ] resolução que recomendava o estabelecimento, na ; Palestina, de um Estado Judeu e de um Estado 1 Árabe. Os árabes palestinianos, não conformados] com a partilha, logo deram início a uma série de i hostilidades contra a população judaica que j resistiu heroicamente, liquidando, em poucos , meses, a provocação. Em 14 de maio de 1948 foi proclamado o Estado de Israel com a estrutura de ; república democrática, o primeiro governo j autônomo judaico em mais de 2.000 anos. No dia i seguinte, exatamente quando terminaram oj mandato inglês na Palestina, os Estados da Liga ( Árabe - Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, Egito e > Arábia Saudita - invadiram o território do Estado : de Israel com o propósito de liquidá-lo. Estava j deflagrada a Guerra Israelense de Independência, | que só terminou em 1949 com a assinatura de | 115


armistícios1, em separado, com Egito, Jordânia, Líbano e Síria, depois de varridas as forças atacantes nas três frentes, resultando em uma "ampliação da área do Estado além das fronteiras propostas pelas Nações Unidas" na chamada R e s o l u ç ã o da P a r t i l h a .

; ■ ! \ í j

S De 1 94 9 a 1967: Já em 1955 voltaram a ; registrar-se incursões de bandos armados egípcios' no território israelense, saqueando bens e matando i centenas de judeus, provocação que resultou na j invasão da Península do Sinai por Israel em ; outubro de 1956, terminando por vencer o inimigo ■ e destruir suas bases de penetração. Porém, as | Nações Unidas constrangeram as forças israelenses i a se retirarem às suas fronteiras anteriores, sob í promessa de levantar o bloqueio egípcio à entrada j do Golfo de Ácaba, que impedia a navegação com o; porto de Eilat no extremo sul do país, e guarnecer, , com força internacional neutra, a fronteira com 1 Egito para fazer cessar as incursões provocadoras. I Terminou, assim, a chamada Guerra do Sinai. De j fato as promessas foram cumpridas, mas dez anos; depois, a pedido do Egito, (aliado da Síria, ; provocadora da tensão) as forças internacionais ! foram retiradas da fronteira israelense e em 5 de \ junho de 1967 Israel foi invadido pelos quatro ! países árabes simultaneamente - Síria, Jordânia, j Egito e Argélia, arrastando consigo mais 8 Estados j árabes. Israel enfrentou os inimigos em três ; frentes - Síria, Jordânia e Egito - destruindo o 1 poder beligerante dos mesmos em cerca de 100 \ horas e ocupando todas as áreas ao ocidente do i Jordão e quase toda a Península do Sinai. Mediante j a um apelo das Nações Unidas, no sentido de ; 1 S u s p e n s ã o das hostilidad es entre be li g eran te s co m o resultado de

u ma

convenção,

sem

contudo

S u s p e n s ã o de g u e r r a .

116

pôr

fim

à

guerra;

trégua.


cessar fogo, a luta terminou com grandes . vantagens para Israel que, sozinho, derrotou uma aliança de 12 nações. Por proposta da União Soviética a ONU apelou para que as forças israelenses voltassem às posições anteriores ao ; início do conflito, mas Israel respondeu que só aceitaria quaisquer discussões de condições de paz definitiva, direta e separadamente com seus vizinhos.

Questionário y

Assinale com "X" as alt ernat ivas corretas

6.

Rei que subjugou o rei da Babilônia e decretou uma lei que dava permissão aos judeus voltar a sua terra a ) S Ciro b ) D Faraó c ) D Joaquim d ) Q Nabucodonosor

7. Nos tempos de Cristo era a maior província Palestina e lá estava a cidade de Jerusalém a)CH Samaria b ) U Galiléia c ) S Judéia d ) Q Peréia

da

8. A declaração: "a criação, nas aspirações do movimento sionista em toda a Palestina, de um lar para o povo judeu e que envidará o máximo esforço para a conquista desse objetivo", é conhecida como a ) ® Declaração de Balfour b ) d Declaração de Belfort c)[H Declaração de Baalate d ) 0 Declaração de Balaque

117


4> Marque "C" para Certo e "E" para Errado 9.1 fr| A Peréia era uma confederação de dez cidades unidas em um só costume e uma só cultura

10. C

Em 14 de maio de 1948 foi proclamado o Estado de Israel com a estrutura de república democrática

118


Lição 5_________________ A Ásia Menor e as Viagens do Apóstolo Paulo

Os aspect os bíblicos r elacionados com a Ásia Menor são os da e xpansão missionária do Cristianismo no pri meiro século da nossa era. Para se ent en de r melhor esta expansão t orna-se necessário apreciar, prel imi narmente, a extensão dessa região, seu aspecto físico, bem como econômico e t ambém político.

Situação e Extensão Ásia Menor, ou seja, a enorme península do extremo ocidental do conti nent e asiático, fica entre o Medit errâneo ao sul, o Mar Egeu ao oeste, o Mar Negro ao norte e os montes Taurus, que a limitam com Síria, Mes opot âmia e Armênia ao leste. Toda esta vastí ssi ma região, cerca de 520.000 K m 2, foi palco das muitas at ividades missionári as do apóstolo Paulo e seus c ompanheiros: Barnabé, Timóteo, Lucas, Silas e Tito. É muito provável que João, o mais j ovem dos doze que andaram com Jesus, quando já em avançada idade, tenha t ermi nado o seu ministério em Éfeso e que as sete igrejas da Ásia (Ásia, na concepção do Apocalipse de João, abr ange a província romana com os antigos distritos de Mísia, Lídia, Frigia e Cária) tenham estado por algum t empo sob os seus cuidados. 119


Aspecto Físico É um planalto pedregoso, s emeado de lagos de água doce e salgada, rodeado de cadeias de mont anhas e de costa acidentada. Os rios navegávei s são poucos, devido à natureza lacustre da pení nsul a, e quase todos eles de curso r elati vament e pequeno. O maior deles é o Halis que percorre uma vasta área ao leste da península para finalmente d es aguar no Mar Negro. Ao sul, despej ando suas águas no Mediterrâneo, temos, na di reção do leste para oeste, os seguintes: Píramo, Saros e Sidno. Às margens deste último ficava a célebre cidade de Tarso, terra natal de Paulo, o apóstolo, e um dos três maiores centros intel ectuais do Mundo Antigo, sendo os outros dois - At enas e Alexandri a. Ao oeste, d e se mb oc an d o no Mar Egeu, há quatro rios dignos de referência: s

Meandro, em cuja parte s up er ior enc ont ra-se o t ributário Licos, nas margens do qual ficavam as cidades de Colossos e Laodicéia;

s

Caister, que banha já célebre cidade de Éfeso;

s

Hermo, cujo t ributário Pactolo banha as cidades de Filadélfia e Sardes; e

v'

Caico, em cuja margem direita, distando 20 km do Mar Egeu, ficava a antiga Pérgamo, capital de um antigo reino do mesmo nome e depois capital da província romana da Ásia, mais tarde s uplant ada por Éfeso.

quase

na

sua

foz

a

O clima da região é de grandes variedades, dadas as di ferenças de altitude, os ventos do mi nant es e a conf ig uraç ão física. Entretanto, consi derando apenas de um modo geral os fatores

120


temper atura e umidade, o clima na região norte, nas proximidades do Mar Negro, é frio e úmido, ao passo que nas partes sul e oeste é seco e tropical. Na parte cent ral -lest e pre domi nam as chuvas e a temperatura amena. As est radas da Ásia Menor, desde as mais remotas épocas, obedeci am a dois rumos f undament ai s com ramif icaç ões na direção nordeste, a saber: 1. Oest e-lest e: parti ndo de Éfeso e passando por Laodicéia, C o los so s e Apaméa, bi furc ava- se para o nordeste rumo a Anatól ia e Capadóci a, e para sudeste, na di reção de Ant ioquia da Pisídia, Icônio, Listra, Derbe e Tarso, penet rand o na Síria onde se ent roncava com as vias m es op ot âmi cas e pal est ino-egípcias; 2. Sul-norte: ac om p a n h a n d o a costa do Mar Egeu desde Éfeso at rav és de Esmirna, Pérgamo e Adramitio, indo uma das ramif icações para os portos de Tr ôa de e Tróia, emb ar c ad ou r os para Macedônia e Grécia, e outra para as regiões de Bitínia e Ponto, na costa do Mar Negro. Inúmeras outras ramif icações ligavam esses dois rumos fund ament ai s, como aqueles segui dos por Paulo na sua s egunda vi agem missionária quando de Listra di rigiu-se para a Bitínia, porém foi levado, por direção divina, rumo oeste, para Trôade.

Aspecto Econômico s

A região é rica em minéri os como carvão, ferro, zinco, cobre, níquel e prata; sendo esta cobiçada pelos anti gos assírios, p r ovo cando até guerras.

121


•/

A pecuária é muito de senvol vi da, desde a ant iguidade, na parte central da penínsul a, p ri ncipal ment e a criação de ovelhas e cabras.

s

A agricultura vem em terceiro lugar, devido à natureza do terreno que é extr emame nt e pedregoso.

Aspecto Político Até onde a história permite est udar o aspecto político da Ásia Menor, verif ica-se que lá pelo sécul o XX a.C. grupos de tribos i ndo-européias penetraram na região central, ou Anatólia, algumas das quais eram conhecidas por nome de Hati. As chamadas " T a b ui n h as Capadócias", d es cober tas em Kanish, refere-se a 10 pequenos pri ncipados existentes naquela região pelos idos de 1900 a.C. Cerca de 200 anos depois já havia um forte Reino Hitita na Ásia Menor que estendeu o seu domínio até a Mesopotâmia e que perdurou influente e d o mi n an te me nt e sob a f orma de Impéri o Hitita, com sua capital Carquemi s, até o século VIII a.C., quando os assírios o derrotaram. Durante o domínio assírio, e depois babilónico e persa, pouco ou nada se sabe da longínqua península. Já no tempo das con qui st as dos gregos, que et ni cament e consti tuí ram desde longa data o elemento principal da população ocidental da península, a região (de origem j afét ica) foi dividida em várias províncias para melhor administração, di visão esta que post eri ormente foi modificada em algumas áreas pelos romanos de modo que no tempo do apóstol o Paulo, ou da e x pansão do cristianismo da Palestina para o ocidente, os r omanos já haviam feito os seus reajustes políticos na admi ni st raç ão da

122


vasta região, reunindo várias das antigas províncias gregas e dando novos nomes a outras. Assim, por exemplo, Cária, Lídia, Mísia e partes da Frigia, eram c hamadas s i mpl esme nt e "Ásia", e outras partes da Frigia, como Pisídia e Licaônia, foram a ne xada s à Galácia.

Expansão do Cristianismo para o Ocidente Este estudo deve ser precedido de um rápido preâmbulo de atividades apost ólicas na di reção do ocidente de Jerusalém, antes da passagem dos mi ssionários da equipe de Paulo para a Ásia Menor. Depois da ascensão de Cristo, o primeiro impulso ev angelí st ico para fora de Jerusalém na di reção dos gentios foi a viagem de Filipe - um dos sete di áconos da Igreja de Jerusalém, de origem grega - para a Samaria, onde obteve um notável êxito. Assim, os samari t ano s serviram de ponte entre os ju d eu s e os gentios para a ev ange li zaç ão do mundo, pois, a dmi t in do- se crentes dessa raça mista na igreja cristã, a porta estava aberta para a admissão dos gentios t ambém. De Samaria, Filipe foi c onduzido pelo Espírito Santo a um ponto de uma estrada que ia de Jerusalém para Gaza, ao sudoest e daquela, perto do Mediterrâneo. Foi ali que ele enc ontrou o ilustre Ministro da Fazenda da rainha de Candace, dos etíopes. C onvertido, o etíope é logo batizado e leva o Evangel ho para a sua terra no conti nent e africano. Dali, via Azoto, Filipe viaja para Cesaréia, onde fixa residência e evangeliza j u n t a m en t e com suas filhas (At 21.8,9). També m o apóstol o Pedro fez uma vi agem curta, mas muito importante, porque assinalou a queda do muro de s eparação entre ju d eu s e gentios. 123


Segundo Atos 9.32 notamos que o apóstolo passou em muitos lugares para f inal ment e cheg ar a Lida, situada poucos qui lômet ros ao sudeste de Jope, onde curou o paralítico Enéas e levou à conversão " todos que hab it avam" naquela cidade e a vizinha localidade de Sarona (At 9.35). De Lida, a chamada de uma comissão enviada de Jope a propósito do fal ec imento da j ovem Tabita ou Dorcas, Pedro vai a Jope, consola os que choram a perda sentida e ressuscita a jovem; e t ambém ali " muitos creram no S en h or " (At 9.42). Em Jope Pedro ho speda -s e na casa de um crente por nome Simão, j unto à praia, e numa hora de oração no terraço tem uma visão que o autoriza ir a Cesaréia, à casa de Cornélio, um gentio - pois era oficial do exército romano de ocu paç ão da Palestina - e ali pregar o Evangelho. Pedro obedece e pela graça de Deus opera maravil has naquele local, resul tando o seu t rabalho em vários batismos que foram os primeiros entre os gentios (fora o eunuco etíope batizado por Filipe, o di ácono, At 8). E assim estava o caminho aberto para a evangel iz ação dos gentios (At 11.1-18). Em seguida surge um outro movimento missionário por meio de uma persegui ção. Este, além de judeus , t ambém atinge os gregos em Anti oquia da Síria. De Jerusalém, a Igreja envia para lá o seu represent ante, Barnabé, que conclui pela aut ent ic idade evangélica do movi ment o (At 1 1. 19 ­ 24). L embre-se então que Saulo, servo do Senhor, estava em Tarso. Este, depois da sua conversão, havia se retirado para algum lugar da Arábia, vi sit ando novamente Damasco e Jerusal ém, para f inal ment e refugiar-se em Tarso, sua cidade natal, pois havia sido prevenido sobre um plano assassino dos gregos de Jerusal ém (At 9.29,30; Gl 1.21). 124


Traz en do Saulo para A nt ioqui a da Síria (At 11.25), Barnabé prestou o maior serviço à causa das missões. A mão de Deus esteve com os seus dois servos de tal maneira que dentro de apenas um ano já havia em A nt ioqui a uma notável igreja, p r e dom in ant em ent e gentílica, com uma c ompe tent e equipe de obreiros, de onde partiu o pri meiro movimento de missões estrangeiras. Desse mov iment o resultou o c él ebre apelido que passou a ser o qualif icat ivo s up remament e honroso dos crentes de todo o mundo - os seguidores de Cristo passaram a ser c hamad os de " C r is t ão s" (At 9.23; 13.1-3).

Primeira Viagem Missionária de Paulo Cons ol idad o o trabal ho evangél ico em Antioquia, a igreja local, ori entada pelo Espírito Santo, comissi ona Barnabé e Saulo para a pregação das Boas-Novas ao mundo gentílico. A c o m p a n h a - o s o jovem João Marcos, de Jerusalém (Ver descrição detalhada desta vi agem em Atos 13.4-14.27). De Ant ioquia, descendo a serra da costa, os missionári os c hegaram ao porto marítimo de: @

Selêuci a, na foz do rio Orontes, à Antioquia, de onde t omaram um navio de Chipre, à 85 km ao oeste da costa famosa pelas suas antigas minas d e sembar cand o em:

®

Sal amina, porto oriental da ilha, onde havia várias s inagogas dos ju d eu s nas quais os missionários pregaram o Evangel ho de Jesus Cristo. Dali, t om an d o o rumo leste-oeste, no sentido longitudinal da ilha, foram pregando por todas as povoações até cheg ar a:

125

25 km de para a Ilha da Síria, e de cobre,


0

Pafos, capital da ilha e sede do governo p r oc ons ul ar romano, di stante cerca de 160 km de Salamina. Ali os mi ssi onários enf rent aram um feiticeiro de nome Bar- Jesus ou Elimas, o qual estava t entando desviar do caminho da salvação o procônsul Sérgio Paulo, ev angel iz ado por eles. Porém, Paulo (este é o nome pelo qual Saulo é c onheci do daí por di ante) repreendeu o feiticeiro ferindo-o com cegueira por alguns dias. Diante deste fato, o procônsul rendeu-se ao Evangel ho. Daí os mensagei ros das Boas-Novas navegam para o norte, na di reção do conti nent e da Ásia Menor, aport ando em:

@

Perge, capital da província romana da Panfília, devota da deusa Ártemi s (a mesma que em Éfeso era conhecida como Diana). Para penet rar no conti nent e era necessário at rav es sar a perigosa cordilhei ra dos montes Taur us que se levantam logo atrás da cidade, i nf estados de salteadores, mas adiante dos quais habitavam populações nec essit adas do Evangel ho da Graça. Não consta que na ida tivessem os mi ssionários pregado o Evangel ho nesta cidade, porém, sabemos que o fizeram na volta. Parece que na ida foram pert urbados pela atitude de João Marcos que, não querendo prosseguir, voltou a Jerusalém, razão pela qual no início da s egunda vi agem missionária de Paulo este de forma alguma quis levar j unto a João Marcos, não obstante a insistência de Barnabé. Esta atitude de Paulo redundou em separação entre ele e Barnabé na obra missionária (At 15.35-39). De Perge os dois missionários partiram para:

@

A nti oqui a da Pisídia, centro comerci al e político daquela província. Paulo pregou por dois sábados na sinagoga local, des pert and o o interesse de 126


ju deus e gregos. No segundo sábado, porém, i mpressionados pela enorme aceitação que a palavra dos mi ssi onári os tivera entre os gentios, os judeus , i nci tando mul heres e aut oridades, moveram uma t remenda pe rsegui ção contra os pregadores, a ponto de os expul sar em da cidade. Porém ali ficou uma igreja de Cristo. Dali os valorosos pregoeiros da verdade parti ram para: @

Icônio, quase 100 km ao leste de Antioqui a, na estrada de Éfeso para Tarso e partes do Oriente. Depois de algum t empo de permanência e intensa at ividade evangel íst ica, também dali foram expulsos os mi ssionários. Então f oram para:

®

Listra, colônia romana, à 35 km ao leste de Icônio. Depois de uma cura milagrosa do coxo, os homens de Listra quiseram t ri bu tar culto aos pregadores, e só a muito custo foi que Paulo consegui u d i s s u a d i - l o s 1 de tal intento. Porém, logo depois um grupo de ju d eu s de Ant ioquia da Pisídia e de Icônio chegou a Listra e incitou o povo contra os missi onários, sendo estes a pedrej ados e Paulo arrastado para fora da cidade como morto. Mas os di scí pulos cuidaram de Paulo e o despedi ram, j u n t a m e n t e com Barnabé, para:

®

Derbe, à 32 km de Listra. Ali tiveram muita l iberdade de pregar o Evangelho. Sendo esta cidade o ponto final desta primeira vi agem missionária de Paulo. De Derbe poderiam volt ar para Tarso e A nt ioqui a da Síria com muito mais facilidade, porém Paulo, cheio de ent us iasmo pela obra do Evangel ho, preferiu volt ar pelo mesmo caminho por onde haviam passado na ida, talvez

1 T i r a r de um p r o p ó s i t o ; d e s p e r s u a d i r ; d e s a c o n s e l h a r .

127


es t abel ecendo mais outras igrejas das quais não t emos notícias, como em Perge, Atália, etc, e c onfi rmando os irmãos nos lugares onde havia deixado igrejas es tabelecidas, inclusive elegendo anciãos para as mesmas. De Perge, na Panfília, di rigiram-se para o porto de: 0

A t á l i a , de onde embar caram para a Antioquia da Síria, ponto inicial de sua vi agem. A igreja os recebeu com alegria e ouviu o relatório cheio de inspiração e gozo no S enh or pela operação patente do Espírito Santo na proclamação do Evangel ho aos gentios.

Esta vi agem ocorreu, segundo c ronol ogia, entre os anos 46 e 48 d . C.

128

a

melhor


Questionário y

Assinale com "X" as al ternativas c orretas

1. Enorme península continente asiático: a ) 0 Ásia Maior b ) ^ Ásia Menor c ) □ Oriente Médio d ) 0 Oriente Próximo 2.

do

extremo

ocidental

Local onde Filipe deu o primeiro evangelístico direcionado aos gentios: a ) 0 Perge b ) Q Judéia c ) 0 Peréia d ) H Samaria

do

impulso

3. Ali os missionários enfrentaram um feiticeiro de nome Bar-Jesus ou Elimas: a) CU Selêucia, na foz do rio Orontes, à 25km de Antioquia b)CU Perge, capital da província romana da Panfília, devota da deusa Ártemis c)IKl Pafos, capital da ilha de Chipre e sede do governo proconsular romano d)[H Salamina, porto oriental da ilha de Chipre, onde havia várias sinagogas dos judeus y

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.1 H O ponto final da primeira viagem missionária de Paulo foi em Antioquia da Psídia 5.1 Cl O aspecto

físico da Asia Menor é um planalto pedregoso, semeado de lagos de água doce e salgada, rodeado de cadeias de montanhas e de costa acidentada

129


Segunda Viagem Missionária de Paulo A narrativa desta vi agem enc ont ra-s e em Atos 15.36-18.22. Depois de a p r ox im ad a me nt e três anos de intervalo, durante os quais dois valorosos obreiros ficaram em Anti oquia pregando e ensi nando, com muitos outros, a Palavra do Senhor, Paulo teve a inspiração do alto para f azer uma segunda viagem missionária pela Ásia, c onfi rmando o t rabalho realizado na primeira incursão evangel ística naquela área. C ert ament e ele nem por sonho teria imagi nado o alcance desta viagem no que diz respeito à penetração do Evangel ho na Europa. As etapas desta vi agem podem ser di vidi das em três itinerários: 1. O da Á s i a ,_na ida; 2. O da Europa; 3. O da Ásia, na volta. 1. O i t i n e r á r i o da Á s i a na i d a . Ao preparar a s egunda viagem, Paulo não c oncordou com Barnabé em levar de novo com eles João Marcos, pois este os havia deixado no meio da viagem pela sua inconstância. Isto trouxe uma contenda entre os dois obreiros, resultando a s eparação em duas equipes uma composta de Barnabé e João Marcos, que se dirigiu para Chipre, e outra de Paulo e Silas, jovem da Igreja de Jerusalém, que estava em Antioquia. De Antioquia, Paulo e Silas tomaram rumo ao norte, viajando por terra, para: ®

Síria, isto é, vi sitando os f ormados na região norte passaram ,pa ra:

130

grupos de crentes da Síria, de onde


0

Cilicia, cuja capi tal era Tarso. Lucas não menciona os nomes das l ocalidades desta província, at ingidas pelos missionários, entretanto, fácil é perceber que por lá já havia igrejas es tab el eci das ant eri orment e, e por certo, o foram pelo próprio apóstolo durant e a sua permanência em Tarso, antes da partida para Antioquia a convit e de Barnabé. A t ra v e s s a n d o os montes Taurus, chegaram a:

@

Derbe e Listra, que foram os pontos finais da primeira viagem. Em Listra Paulo encont rou o j ovem T imót eo, que lhe pareceu apto para o trabalho missionário e o convidou para int egrar a sua equipe. Partindo dali, depois de c o n fi r ma r na fé os irmãos, f oram passando pelas regiões da Frigia e da Galácia, talvez pr et enden do vi sitar as igrejas de Icônio, Anti oquia da Pisídia e outras, entretant o foram i mpedidos de alguma forma pelo Espírito Santo que os enca mi nhou para a Mísia. Dali j ul ga ra m conveni ent e ir e a n u nc ia r o Evangel ho no extremo norte, isto é, província de Bitínia. Mas no vament e o Espírito do Senh or lhes impediu o intento e eles desceram para a cidade marítima da Mísia, chamada:

® Trôade, na costa do Egeu. Foi ali que Paulo teve uma visão de um homem da Macedônia (parte da Europa que fica defronte da Mísia), pedindo que passasse aquela região e ali a nu nci as se o Evangelho. Assim os missionários chegaram c o nhecer a vont ade de Deus e partiram para Europa, penet rando no Mundo Ocidental com a mensagem gloriosa de salvação dos pecadores. Nesta altura nota-se que o autor do livro de Atos - Lucas - passa ao uso do pronome pessoal na primeira pessoa do plural - "nós", o que leva a crer que foi em Tr ôa de que ele j u n t ou - s e aos três mi ssionários a aj udá-los na obra. 131


2. O i t i n e r á r i o da E u r o p a . De Trôade (na Ásia) navegaram para: @

Samotrácia, que é uma ilha à 33 km da costa. Ali não demoraram, c ert ament e pela pressa do navio, prossegui ndo para:

0

Neápolis, cidade marítima do conti nent e europeu, porto que servia a import ant e cidade de Filipos, colônia romana. T ambé m em Neápolis os missi onários não demoraram, mas di rigiram-se i medi at ament e para:

@

Filipos, ponto inicial de Paulo na evange li zação da Europa, onde os missi onári os obtiveram magnífi cos resultados em suas pregações manifestas na conversão de uma distinta senhora chamada Lídia, da j o vem adi vinhadora e do c arcereiro e toda a sua casa. Foi neste lugar que os pregadores das Boas -Novas sofreram as primeiras persegui ções na Europa por parte das aut oridades e dos prejudi cados devido à c onversão da adi vi nhadora, porém, Paulo e Silas foram presos. Mas, na providência de Deus, até a prisão teve resultados favorávei s para o Evangelho, pois o carcereiro veio a c onvert er- se com toda a sua família. Deixando, assim, o princípio de um t rabalho que foi o mais querido do grande apóstolo. Logo após foram para:

@

Tessalônica, tendo passado por A nf il ópolis e Apolônia, lugares em que não se deti veram por razões desconhecidas. Tes sal ôni ca era uma cidade histórica, grande centro comerci al e militar, portanto, ponto es trat égico para difusão do Evangel ho. Paulo est abeleceu ali uma igreja c omposta dos ju d eu s fanáticos. Os missionári os Paulo e Silas (parece que Lucas e Ti mót eo haviam 132


ficado em Filipos para seguiram, de noite, para:

c on ti n ua r

o

t rabalho)

Beréia, à 80 km de Tess al ôni ca, onde o Evangel ho foi muito bem aceito. Entretanto, os ju de us f anáticos de Tessalônica foram à Beréia e alvoroçaram o povo contra os missionários a ponto de Paulo ter necessidade de retirar-se via mar para Grécia, deixando os c om pa n he ir o s para trás, c hegando a: @ Atenas, a import ant e capital da cultura grega. Depois de uma rápida olhada pela cidade o apóstolo percebeu a idolatria dominante. Falando no a r e ó p a g o 1, fez uma extr aordi nária defesa do crist ianismo perante os filósofos gregos. Porém o orgulho e a corrupção dos at eni ens es não permiti am que estes aceit assem a mensagem do apóstolo. Dali o missionário di rigi u-se para: @

Corinto, met rópole comercial e política da Grécia naquele tempo, situada à 70 km de Atenas. Nesta cidade, que foi o ponto final da sua segunda viagem missionária na direção do ocidente, Paulo permanec eu 18 meses. T am bé m foi ali que o apóstolo conheceu o consagrad o casal Priscila e Áquila, com os quais iniciou o trabal ho em Corinto e depois também em Éfeso, tendo sofrido t remend as perseguições.

3. O i t i n e r á r i o da Á s i a na v o l t a . De volta para a Antioquia da Síria, Paulo embarcou no porto de Cencréia, à 13 km ao leste de Corinto, onde também já havia uma igreja, c ert ament e estabeleci da durant e a estada do apóstolo em Corinto. Dali navegou em di reção leste,

1 L u g a r de d i s c u s s õ e s p ú b l i c a s e de s e n t e n c i a r a s c a u s a s .

133


at ravessando o mar Egeu, em companhi a de Priscila e Áquila, p a r a : 0

Éfeso, capital da Ásia proconsular, ju nt o à foz do rio Caister, famosa pelo seu teatro, seu h i p ó d r o m o 1 e seu c o l o s s a l 2 templo cons agrad o à deusa Diana (ou Ártemis). Nesta cidade ficou o casal de auxiliares do apóstolo que o a comp anhou desde Corinto, ao qual, mais tarde, aj unt ou- se ao j ovem Apoi o f or ma nd o -s e um grupo que atuou ef ic ient ement e para pre parar o terreno para o trabalho de Paulo que bre vement e voltaria para lá. De Éfeso Paulo navegou di ret ament e para:

0

Cesaréia, na Palestina, de onde subiu para:

@

Jerusalém, saudando os irmãos da igreja e relatando-l hes as maravi lhas que o Senh or havia operado durante os quase três anos (51 a 53) gastos na segunda viagem. De Jerusalém dirigiuse p a r a :

0

Antioquia da Síria, todas as viagens.

seu

ponto

de

partida

para

Terceira Viagem Missionária de Paulo Depois de breve período de descanso, Paulo empreendeu uma terceira viagem missionária, descrita em Atos 18.23-21.8, partindo de: 0

A a t i o q u i a, novamente, Paulo di rige-se, através das províncias de Cilicia, Galácia e Frigia, c onfi rmando na fé todos os discípulos c onvert idos nos lugares ant eri orment e vi sitados, para:

@

Éfeso que é o ponto principal de suas atenções nesta viagem. Para ev ange li zar este centro da

1 L o c a l o n d e se r e a l i z a m c o r r i d a s d e c a v a l o s ; p r a d o . 2 Enorme, agigantado.

134


província e suas adjacênci as, durante os seus dois anos de at ividade nesta cidade, deve ter dado origem às chamadas "s et e igrejas da Á s i a ” referidas no Apocalipse (At 19.10). Ex c epc io nal ment e notável foi a atuação do apóstolo em Éfeso frente às persegui ções e o alvoroço que o seu t rabalho trouxe no seio daquela população. A c r e n d i c e 1 devotada à deusa Diana sofreu sérios abalos. A feitiçaria perdeu seu prestígio pela queima pública de livros dos muitos c onvert idos em Éfeso. Finalmente teve que se despedi r dos discí pulos, a pa r ent em ent e sob pressão de novas e mais vi olent as ameaças de persegui ção, dirigindo-se para: 0

Trôade, onde esperou o seu novo compa nhei ro de trabalho, Tito, que lhe t rouxe notícias de Corinto, passando dali para Macedônia, pro vav el ment e vi sitando os lugares em que na viagem ant eri or havia est abelecido igrejas. Dali desceu para:

0

Corinto, onde pôs em ordem as i rregulari dades oc orridas na igreja e de onde es creveu as duas i mport ant es epístolas aos Gál atas e Romanos, três meses depois de sua chegada, já os ju d eu s no vament e preparav am-l he ciladas para eliminálo do cenário, e, a fim de de spi st ar os seus a l g o z e s 2 voltou pela costa do mar Egeu, subindo até Filipos e dali talvez tinha ido ao Ilírico, província situada na costa do Mar Adri áti co da Macedôni a. De Filipos regressou a Trôade, na Ásia, depois passando a Assôs, di rigi u-se para Mitilene, capital da ilha mont anhos a do Egeu, e mais adi ante para Samos, também ilha do mesmo mar, t omand o rumo a Trojilo, promont óri o da

1 C r e n ç a p o p u l a r a b s u r d a e r idí cul a; c r e n d e i r i c e . 2 Algozar:

mart iri zar , torturar, supliciar;

135

praticar morticínio.


costa da Ásia, e depois para Mileto, de onde o apóstolo manda chamar os anciãos de Éfeso dos quais se despede para sempre. Cont inu ando , passou por Cós, Ilha de Rodes, Pátara, de onde navegou di r et ament e para Tiro, na costa da Fenícia, c on fort ando irmãos de uma igreja cuja origem não nos é conhecida. Prosseguindo, foi para Ptolemaida (ou Acra), visitando outro grupo de irmãos, e depois para o porto de Cesaréia, visitando o evangelista Filipe com as suas filhas, para chegar a Jerusalém, por ocasião da festa de Pentecostes., onde o amor dos irmãos o envol veu mas o ódio dos ju d eu s o descobriu par a. ti rar-l he a vida. .

Viagem de Paulo a Roma Ao c oncl ui r a sua terceira vi agem missionária Paulo chegou a Jerusalém por ocasi ão da Festa de Pentecostes. O ódio dos j u d eu s havia crescido diante dos sucessos do Evangel ho pregado por Paulo. Reconhecida a sua presença em Je rus al ém e par ti cularment e no Templ o, num acesso de cólera seus inimigos t entaram liquidá-lo. Se não fosse a pronta intervenção dos sol dados romanos, por certo, naquela ocasião Paulo teria perecido. O apóstolo, vendo a i mpossi bili dade de c ons eguir garantias na província, porque a t endênci a das aut ori dades romanas era não j u l ga r a Paulo por tratar-se de uma quest ão religiosa, apelou para César, e por isto foi envi ado a Roma na qu al idade de prisioneiro. Partindo de Jerusalém deu-se o início da sua última viagem para o ocidente. Diante do perigo de ser arrebatado pela t u r b a 1 enfurecida de ju d eu s 1 Mu ltidão em de so rd em .

136


fanáticos, o oficial da Torre de Antônia (parte da fortaleza de Birá ju nt o ao Templ o de Jerusalém) tomou a providência de conduz ir o apóst ol o de noite, sob forte guarda, até: 0

Anti pátride ou Antipatri s. Dali foi remetido para:

0

Cesaréia, onde permanec eu preso por dois anos, e depois partiu para Roma, tendo tido a o port uni dade de pregar o Evangel ho às aut oridades romanas: Félix, Festo e Agripa. Na viagem, Paulo foi a c om panhad o de seus amigos Lucas e Arist arco (de Tessalônica). De Cesaréia navegaram para:

0

Sidon, onde lhes foi permitido visitar os amigos crentes, partindo dali para:

0

Mirra, porto da província de Lícia, na Ásia Menor. Neste porto fizeram a b a l d e a ç ã o 1 para outro navio que, levado pelos ventos, foi até:

0

Bons Portos, na Ilha de Creta, onde es peraram mel horar o tempo. Navegando dali foram apa nhados por uma tremenda t empes tad e que durante 14 dias mant iveram eles entre a vida e a morte, naufra gando nas proxi mi dades da:

0

Ilha de Melita, ou Malta, que se encontra ao sul da Sicília, a grande ilha italiana. Depois de passarem alguns dias ali, tendo Paulo curado o pai do homem principal da localidade, Públio, e abas teci dos dos ví veres necessários à vi agem e mbar caram num navio alexandri no rumo à: Siracusa, na costa seguiram para:

0

oriental

Régio, já na Península Itálica, para:

da

Dali

de lá navegando

1 Pa ssar (m er c ad o r ia s ) de um para ou tro navio.

137

Sicília.


0

Potéoli, ponto final da vi agem marítima, onde acharam alguns crentes que solicitaram a sua permanênc ia, ficando ali sete dias. As duas últimas etapas, antes de c heg ar a Roma, foram:

0

Praça de Ápio e Três Vend as (At 2 8 . 1 5 ) , à 40 km ao s udoest e de Roma, aonde vários irmãos vieram da capital do Impéri o para receber o apóstolo e seus companheiros. Este gesto dos irmãos deu mais ânimo a Paulo, prevendo ele a vitória do Evangelho t ambém em Roma, apesar de suas cadeias. Final ment e chega Paulo a:

0

Roma, capital política e cultural do Império. Ali o apóstolo ficou preso durant e dois anos, morando em casa parti cul ar alugada perto do quartel pretoriano. Embora ac or rent ado a um soldado, a sua prisão foi bastante suave. Dali Paulo escreveu as seguint es epístolas: Efésios, Fili penses, C ol ossenses e Filemom. Depois de longa espera Paulo foi absol vi do e posto em liberdade.

Viagem de Paulo entre a sua Primeira e Segunda Prisão em Roma Há evidências claras, pelo que e nc ont r am os nas c hamadas "ep ís tol as pastorais", de que ele foi absolvido e que reassumi u o seu antigo t rabalho de visitar as igrejas já est abelecidas e organi zar outras novas, tendo sido preso novamente pouco depois. Este período entre a sua primeira prisão em Roma e a segunda, é coberto de incerteza quanto às suas at ividades e os lugares onde elas foram exercidas. De modo que o itinerário que segue uma conjectura.

138


0

Colossos teria sido o seu novo campo de trabalho, após a l ibertação da sua primeira prisão em Roma, s egundo se conclui de Filipenses 1.22. Era uma cidade da Frigia, Ásia Menor, às margens do rio Lico, na rota terrestre entre o oci dente e o oriente. Ali havia uma igreja que teria sido fundada pelo t r abal ho de Epafras e Arquipo.

0

Filipos teria sido outro lugar visi tado por Paulo nesse período (Fp 2.24).

0

Nicópolis, s eg undo Tito 3.12, teria sido mais outro lugar vi sitado pelo apóstolo, situado na região grega de Epiro, no litoral do Mar Adriático.

0

Mileto e Creta, lugares es calados na vi agem de Jerusal ém para Roma. Em Creta apa r en te me nt e Paulo desejava d e se nv o lv er t rabal hos amplos para adi ant ament o da obra do Evangel ho, mas teve que deixar os planos nas mãos de Tito. É o que se de preende de Tito 1.5 e 2Timóteo 4.20.

0

Trôade. Pelo que se lê em 2Timóteo 4.13, parece que Paulo teve que deixar apr es s ad am en te este lugar, pois pede ao seu j o vem c o mpa nhei ro que traga a Roma, onde está preso, a sua capa e os p e r g a m i n h o s 1 de ixados ali.

@

Éfeso. A suposição é que Paulo tenha sido preso em Trôade e levado para Éfeso para o interrogatóri o prévio, antes de ser remeti do a Roma.

O ministério de Paulo estava já no fim. Nero estava no trono do Impéri o naquel es dias, e no delírio de sua loucura incendiou a cidade de Roma, atribuindo a culpa aos cristãos, o que provocou a terrível persegui ção neroniana. C ert ament e o bravo soldado de Cristo pereceu na onda desta perseguição. 1 ( L a t i m p e r g a m in a ) . P e l e d e a n i m a l p r e p a r a d a p a r a se e s c r e v e r .

139


Questionário ^

Assinale com "X" as al ternat ivas corretas

6. As etapas da segunda viagem de Paulo podem ser divididas em três itinerários, a saber a)CU O da Europa na ida; da África e da Ásia b ) D O da Ásia; do Oriente Médio e da África c)(Xi O da Ásia na ida; da Europa e da Ásia na volta d ) 0 O da Europa na ida; da Ásia e da Europa na volta 7. Cidade que era o ponto de partida segunda e terceira viagem de Paulo a)EU Roma b ) D Atenas c ) D Jerusalém d)K] Antioquia da Síria

da

primeira,

8. Imperador romano que incendiou a cidade de Roma atribuindo culpa aos cristãos, usando de pretexto para perseguí-los. a ) Q Tito b)[X] Nero c ) D César d ) 0 Augusto Marque "C" para Certo e "E" para Errado 9.1 c I A cidade de Corinto foi o ponto inicial de Paulo na evangelização da Europa 10.[ç] Ao concluir a sua terceira viagem missionária Paulo chegou a Jerusalém por ocasião da festa de Pentecostes

140


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142

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Geografia Bíblica Mapas Bíblicos

Ma p a s T01 a T04 foram uti l izados com a devida a u tor i zaç ão da Editora Vida. Todos os di rei tos r eservados. Os i nf r at ores estarão s uj ei tos às penal id ad es da lei. Mapas P01 a P15 foram u t i l izados com a devida aut ori zaç ão da S oc iedad e Bíblica do Brasil. T o d os os Di reitos Reservados. Os i nf r at ores estarão s uj ei tos às p enal idades da lei.

índice O Ori ente Médio na Época dos P a t r i a r c a s ................. T01 O Êxodo e a Conqui st a de C a n a ................................. T02 Mapa Físico da Terra S a n t a ......................................... T03 J e r u sal ém Atual (Centro) ............................................T04 O Mundo Ant i go ........................................................... P01 Egito e Sinai ................................................................. P02 A Di vi são das Tri bos .................................................... P03 Os Reinos de Saul, Davi e Sal omã o .......................... P04 Os Reinos de Israel e Judá ......................................... P05 O Impér i o Assí ri o .......................................................... P06 Impér i os Babil ónico, Persa e G r e g o .......................... P07 O Impér i o Romano nos T e mp o s de C r i s t o .................. P08 Relevo da Palesti na ...................................................... P09 Palesti na nos T emp os de J e s u s ................................... PIO Pri mei ra Vi agem de P a u l o .............................................. P l l Segunda Vi agem de Paulo ........................................... P i l a Tercei ra Vi agem de P a u l o .............................................. P12 Vi agem de Paulo a R o m a .............................................. P12a J e r u s al ém do Vel ho T e s t a m e n t o .................................. P13 J e r u s al ém nos T e mp os de C r i s t o ................................ P14 Plantas do T emp l o descr i to no livro deE z e q u i e l ......... P15

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Mapa P 14


Mapa P 15

Plantas do Templo descrito no livro de Ezequiel Estas plantas se baseiam na visão de Ezequiel (capítulos 40 a 46) e não representam o templo de Salomão nem o segundo templo, construído depois do exílio. PLAN O G E R A L D O TEM PLO 1. Muralha exterior (40.5;42.15-20) 2. Porta oriental (40.5-16) 3. Porta norte (40.20-23) 4. Porta sul (40.24-27) 5. Átrio exterior (40.17) 6. Pavimento (40.17-18) 7. Átrio interior (40.28) 8. Porta sul do átrio interior (40.28-31) 9. Porta oriental do átrio interior (40.32-34) 10. Porta norte do átrio interior J40.35-37) 11. Sala para lavar os animais (40.38) 12. Sala para os sacerdotes (40.44-46) 13. Templo propriamente dito (ver planta abaixo) 14. Edifício ocidental (41.12) 15. Salas do norte (42.1-10) 16. Salas do sul (42.10-11) 17. Pátios (46.21-22) 18. Altar (40.47; 43.13-17)

'*■ O TEMPLO PROPRIAMENTE DITO (40.48-41.15) 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

Escada (40.49) Colunas (40.49) Pilares do vestíbulo (40.48) Vestíbulo (40.49) Pilares (41.1) Salão central (41.2) Pilares (41.3) Lugar Santissimo (Santidade das Santidades) (41.4) Sociedade!, Hihlk as Unidas I c)11"

9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.

Parede exterior (41.5) Câmaras anexas (41.5) Parede exterior das câmaras (41.9) Espaço livre (41.9) Muro (41.11) Edifício ocidental (41.12) Pátio fechado (41.12) Parte do pátio fechado que fica para o oriente (41.14)


Gráfica LEX Im presso s G ráficos, E d itoriais e Se rig rà ficos em geral, S in a liz a ç ã o p o r R eco rte E le trô n ic o de A desivos, A rte F ina l B rind es P rom o cio na is

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