A C,RUNA DO POTE
Irì
t{ F
t/ 1.,(
VITOR MOURA
^|lr
6RUPO BAMBUÍ PT PTSOUI5A5 E5PEtEOLÓC,ICAs ALEN ICE BAETA DE sETOR ARQUEOLOóIA DO AAHNJB/UFMC
i{
N
odos os espeleólogos do
as sombras quase não existem,
Bambuí
peÍece que escamos andando sobre uma frigideira de cabeça para baixo.
que
outros gÍupos participam das e de
expedições, já estão acostumados a urna
estranha e conhecida let. Ela. diz mais ou menos o seguinte: sernpre as melhores e mais inesperadas descohertas acontecetn nofinal ãe uma expediçã0, quase seÌnpre no úhlmo dia !!!
Mas na expedição Serra do Ramalho 2OOI as coisas começaram de outra forma-.. Estávamos no início da viagem,
uma equipe
foi
vasculhar a parte
superior do grande maciço onde está
a Gruna dos Peixes. Observando antes algumas fotos aéreas daquele lugar notamos uma grande reentrância no maciço, parecendo seÍ um pequeno cânion. ïhlvez este lugar guardesse umâ gruta ainda inexplorada, talvez ligada à própria Gruna dos Peixes. A equipe que procurava o tal lugar já estava sobre o rnaciço, um dos mais bonitos da região, na verdade um imenso campo de lapiás, Naquele estranho lugar a vegetação
E um lugar difícil para prospecção,
os lapiás são como
facas
afiadíssimas apontadas para o céu, uma pequena queda poderia câusar
um gÍâve acidente. Geralmente nessas áreas existem inúmeras fendas e buracos que não têm ligação com as grandes cavernas abaixo. Em uma prospecção não
damos muita atenção para estas pequenas cavidades, procurando sempre os grandes sumidouros ou ressurgências. Mas naquele dia, no início da expedição, a equipe parou para uma foto. Então o Ezio foi dar aquela "olhadinha" num buraco. A ârea extetna eÍa completamente
existe um escorrimento inativo, tendo abaixo um nicho. Chegando a este lugar entendemos 0 quânto esta pequena gruta é especial. No nicho, logo abaixo do escorrimento, está um vaso de cerâmica inteiro e dentro dele uma cuia, feita também de cerâmica. Parece que foi colocado ali ontem e que a Pessoa que usava esre Yaso, talvez para coletar ígua, vaí chegar e pegar água com a cuia cerâmica bebendo um pouco e enchendo outro recipiente para levar consigo. E facil imaginar o espeleotema gotejando em épocas mais úmidas, enchendo o vaso. Olhando pâra a tórrida paisagem externa imagino
também como devia ser valioso aquele pote cheio de água. Até hoje, com todos os avanços tecnológicos,
plana e o buraco, uma abrupta chaminé de uns 6 metros de
a água na Serra do Ramalho
profundidade. Nada poderia indicar esta entrada, nenhuma fenda está próxima, só poderíamos achá-lapor
continua a ser um bem precioso (ver o artigo "Gruna d"Ág"" do Quinca * A Busca pela sobrevivência" -
acaso.
A entrada circular
somente cerca de
tem I.5 m de diâmetro
e suas paredes rugosas permitem uma descida fácil em oposição.
Logo abaixo da chaminé
Vol tJ, N' r). Na área próxima ao pote foram observados vários fragmentos de Carste
tochas, com
as
pontas carbonizadas.
Ao que parece estas tochas eram feitas de caules de uma planta
mas as plantas sobre a rocha
o espaço já começa a se alargar e dá acesso a um conduto descendente com um desmoronamento. Na parte inferior o conduto se alarga e cria um salão relativamente amplo, onde
conseguem atrair pássaros, lagartos, pequenos roedores e outros animais. Suas cores vivas são um espetáculo àparte. Próximo ao meio dia, o calor na superfície do maciço é escaldante,
termina a pequena gruta. Alguns espeleotemas tiram amonotonia do conduto. Logo na parte mais baixa da galeria, próximo ao ponto onde termina, obstruída por sedimentos,
que queimam muito bem. Esta
de cactos, bromélias, barrigudas
outras plantas espinhentas
e
se
esgueira, procurando as fendas
e
algum traço de umidade para sobreviver. Quase não existe solo,
214
similar à canela-de-ema (Vellofu sp,). Fato interessante é que até hoje os caules destas plantas são usados para acender os fogões à lenha, já atividade tem, contudo, ameaçado raros espécimes de vegetação.
Este sítio arqueológico, como todos os outros. só tem yalor Ourueno/2002
científico relevance se for estudado por inteiro, sem nenhum de sess artefatos, sedimentos ou conjuntos pictóricos perturbados. A rcalização de pesquisas arqueológicas não autorizadas ou a retirada indevida de artefatos arqueológicos constitui
crime federal. Nós, espeleólogos, encontrarnos
muitas vezes sítios arqueológicos nas entradas de caverna" e, nos casos
mais raros, bem no interior de uma
galetia,
na z,or^a afótica,
É
importante ressalhr que o vaso e a
cuia foram deixados intâctos, esperando o estudo futuro de uma
Dados arqueológicos da Gruna do Pote Baseando-se nas observações
plásticos mais comuns utilizados em sua confeccão são as cinzas e
as
Um dos indícios mais antigos da Tradição Una são atualmente da Lapa do Gentio, região de Unaí- MG, identificados pelo Instituto de Arque ologia Brasileira- IAB, datados àe 3.49o BP. ( Prous, 1992)
preliminares sobre
características gerais dos dois vasilhames, suspeita-se que estes
possam pertencer à Tradição Cerâmica I"Jna, que tem como atributos principais a ausência de decoração plástica, paredes finas e escuÍas, formas globulares ou cônicas. A texcura da pasta, na maioria dos casos, apresenta-se compactada e a sua queima, excelente, Normalmente. os anti-
carvões.
Os relevos das chapadas foram,
no período pré-colonial, como também nos últimos séculos, amplamente ocupados pelos povos caçadores-coletores e,
equipe arqueológica.
O mais fantástico de tudo presenciar
é
un local intocado, tendo
que o temPo Pâfou e que os dias atuais se confundem com o passado distante. a sensação
Pote indígeno utilizodo poÍo
coptoçoo de oguo Foto: Vitor Mouro
GRUNA DO POTE Cârinhanha - BA Proj. Horiz.: 35 m DesnÍvel; 12 m TopÕ 4C BCRA
Grupo Bambui de Pesquisas Espeleológicas
ENTRADA
Groupe Spéléo Bâgnols Mârcoulê Junho/2001
PERFIL A- B
ti
li Ìio
iz
COLUNA
Coordenadas omitidâs.
Ga.anlia de protêção do siiio ârqueológico. o cA,FrsrE vor- 14 no
f
4
0 L_______i
10m 215
frì
t{
i
posteriormente,
pelos
horticultores ceramistas ali
estabelecidos em função N ã
( diversidade da caça e
da da
ô, fitoecologia, disponíveis tanto no cerrado quanto na caatinga. Os
N
fundos dos vales, onde
se
encontram os brejos e as veredas,
também foram locais
de
Referencias
Bibliográficas
BAETA, A ; MOURA
M.TT&LIMAM.
A
Diagnóstico
Arqueológico Jaíba Etapa II SEPLAN/
\rITAE, zooo. BAETA, A & Paula, F. L.
referência dos grupos indígenas,
de
em função desses ambientes esterem associados a cursos d'água, [undamentais para a sobrevivência dos grupos, principalmente rìos períodos
Indígena na Região
mais secos. (Baeta; Paula, 1999)
Abrigos e cavernas onde
se
encontram ressurgências ou
Mernória
de São Desidério-
BA, In O Carste, Voi. I r n. 4, Belo Horizonte,I999.
PROUS, Arqueologia Brasileira Ed. UNB,
Brasília, I992.
ambientes com gotejamentos de água eram, certâmente, pontos de
visita obrigatória de grupos humanos, como também de animais. Muitas vezes, nas proximidades destes tipos de fontes de captação de água se encontram alguns sítios arqueológicos de acampamentos provisórios. Local similar ao sítio Gruna do Pote foi também identificado na Serra Azul no município de Jaíba (Sítio Arqueológico Piscina do Cota). No entanto, o "pote de índios" jí,havìa sido retirado por moradores locais recentemente. No entanto, eles informaram que
ao lado de um poço de água, também se encontrava um antigo
vasilhame cerâmico. (Baeta; Moura; Alonso, 2OoO) Espera-se que o sítio Gruna do Pote possa seí preservado com
os seus elementos materiais componentes in loco, pois é raro encontrar objetos arqueológicos ainda intactos na superfície do
solo. Possivelmente tenham
se
conservado em função
da dificuldade de acesso. O registro fotográfico e a publicação deste tipo de informação vem trazendo importantes contribuições sobre o modo de vida dos mais antigos
exploradores das ceveÍnas fendas desta 216
região.
e
g
AspecÌo do locol onde Íoi encontrodo o pote. Observq-se escorimento
que "obostecio" o pote,
Foio: Jeon Fronçoi$ PerreÌ
La Çruna do
pboÍ*s afuiennes ãe
Pote
sl tnãraiÍ, tto*ts avions
remarquê ane pr*forc* saillie ça s#n ãw Yítar Mçwrs
mass.tJ
Crupo Bamktí dt
Ce
lin
f)
t A rch íolog
que
thúnr! hs spílnlagun ãu Bambaì, aiasi
quÌ ftux ãpparl(nant à à'aulrrs
grouprs
qui pafliripent aux expídirions, sont di1à habhuís à une loi ítrangt et bien rcnnur: btllss eí la píw mattrndues se Jonl prcsque ,ou1rr,r, don, les dtrn,ers ttmps,I'une expíútion, tt núme Its dirouvertes
íx pks
tús s*avtat h àwnler
qi
itait à la rechmlx d'un
tã rnÃrait itait ãiià àÍ'oeuvre swr k mass$ un les plws beaue & la rígion, wn immense
MÍ{NJB/L'fMC
'Toçs
un petit (an)1on,
abritrrait-il un{ gtotle inrore
I'iqutpe
Aíenirc Êaeta
du
Être
inuplorée tt rejoignanr ptwt-itrr la proyre Cnìna dos Prorr?
Pu,1i, uo, Es p ú eológiras
ípa rt rm en
qui paraissait
jtwr !!!
fu I'expíditiott Serra do Ramn{ho zoot, írs thoses dábuìrtnt rrp(ndnnl l-ors
flr.,tftfile?tt,..
-l/aus venions Ã'entamer
ftos
explorations, une iquipe sr rhargeait dt-t'atrr unc reronnaissanre dnns la pattie .çhpériMre
àe
lapiqen píntí. Dans
inhospitalière,
ronposíe dt
rartws, de bromílias, de "barrigudas" (esplres * baobabs) t! d'auÍrcs épinrux
s'ítiraim! à ln retherrfu desJarlles rt d'un pu+ à'lwnúdlti pawr pwvoir swl\)ivrc. La Íeffe ffit qwasirnení incxis{çnte m*is íes plantes aararhíes àla rorfu ariymt à nttirer 'des et
orsratx, des liqaràs, de pettts rcny(urs
d'autres espàru d'atrimnux. I-eurs rotleurs
enjorct un spe*atfu à part, ïrers k müjoumir, ta rhalwr règnant à ía swtfa* vives
*t
massif
est
prali(wnenl
ítaffina, absentes.
avant?r dans r'tnr poàle
ãu grarcá
wn
tsrrçin
Peixts.
lap
i
m*xif aì+ se troavr la Grunç Ãçs En obseruqnt a*rpfrrÉvúnt quel7ws
la vtigétation
cilte rigron
ll;s arnbres
en sanï
On rroirait alors la útr en bas. C'est
ffirlír powr la pnspwsion: les e4 ressernbl trt à ã es r r;r:::"T,:;;:
aiguisís s'ílançant ãans
,til,
Í.e
Une sxnplr
rhwt p*'urcnií s'avírr Íris dangrreust. üans ns p*ragts, il rxistt gíníraltt*ent rl'intt*r*lrabbsJailíes
* drs tun+s qui w
pr*l*ng*ú pas lwrs
gr*t'tdts mt lrnts dtr
stt
jt
petn'als faúíeme*t *nqtrrnãrc r**rbin rc.lt{ tëu yrcwúÍJit ãsyts ce FÕí rn,*it ãu itve prírieust, .Ët rutwe just:1tt'à deh*rs,
*tljowâ'lsw.i, t**!grí íú,r'íss lÈs çv*writs
s-s,r/, í.o.rs dc nas praspertiü?.r, r?$i{s
dtí* Sm"a ãa Ratnslh* r*fitinuc à itre ns bim yrírieux {vair
tt'ttrrorãtns çw'unt attta.tiçyt tninwrc à rcs prtitts cavitis, n*tre rthrrrfu étant toc(aurs
l'a*irlc: í-a grtma ãa ,Lgua r1* Quinra -I-* red:tytht âe f& suwie- {)arstt, r,çlt1, W
-ç*:r
(ril!rít sut
Íes
/,.' grn,r,1,s pr'ri15
ri*cgtwes, Ct
j**-là
p11
i1"-,
ho.hr po,,,
prrnd,c utre phato. I:;tt
*í*rs prafiÍí pmt.r jetur"url rí)up drwil'Í
en a
mt#ws
dans wrc-faille. l.rs abçytls
de
rslle-
ti itãiext rompíèt,uzrllrt plawes * le h*u ronsistait €tt ?tt ( r!:e*tiníe a&ruprr ãe ó rrràtt.ss & profend*.u'" Aurwt iyttlirt *'*trrttit pu notts inãiqztw son
que{çut
er*plxrmrenl, auruw faiífu n'exísianí ìì
praxiznití, r'tst fu hçsard stu! qzti l'
tt*+ts
* nit fait dir+ uvr ir, I-' e*trí*, *t'rula.ift
díp*sst guÈre les r,5 que
les
par*is
d csrt tú c
rt
fle
ár iliamìtre *lors aisit une
nt1uer4sts renilewt
rrr o1'po{i/rorr
I'i:syare düÍtlrrrc?nft sr.ty
dtla rh*nircfu, à s'il*tgir et ãíbçfirhr
tur rçnÃuit ãtscenil*#
un íbçulis,
ãv*ct
l,n avaÍ, b cçnãuit xf*il phts íntge et *íc uw snLle rrtfitivr'm*# x)âst( qtíi lrrmine ín püite 8{útt(, Qwel,lues nftsíríens lf issnt la trnnatotrit dtt ronduu. E-xar!cntctú art
frnã ilc ia gaírctu, ãçns sa ?ã1-ttu ld ?hts basse, xan loin &t paint uhime tbswwí par des sídiments, il existe Hw rculíc de caíútt qui a ítí actire avec plus bas t+ne nitht, E':t attrignnttl cts !iruy lols avatrs prís cansrienrc ãt la grande originaíüi áe rúte moãesít tcvití. I)ans iç nirhe, tattt dr suitt sous í'írculewtnf , se tr*u'ytait t*'t t,ase de círamique entir ãçns ltquel il
"mia"
(ãemi-calebasse,
j
at:ait wnt
de
espère
*.tilltr),
ígalnnmt rn rírawiqut, Qn *utrsit ríit qu'tllrvmait taut jwsu rl'j awh'íté dép*sír stait wí'habitu* d'utiliser €Ê ljÍtse, pwf-i*e pour I pwkr le I'ersw, allait reJnirr sottdain son nppaütioil rr et querrlui qui
rdtrrr
tau poru'la porttr
p*t,
ott
ú
çhse"",,í
lant
lts
c.rlrrnilís ítatttt rnrhattis,ts. A prrttriiri wtt, res tarrlses sç*t rçnstitwíts de liges d'u*t plante itler,tiEtte à ía "tünrí*-dt-ema" iw{l*$a sp.). ïl tst inté,ressa'sn; ãr nat*'que iusqu'à rc jawr les tiges utiíisies pour
ãe
*s
pí:+fttt€ sçnt
alhxwr íesf*rrs awxfwx
de
& Írur mnktstiwfn:ile. C c{t t *rtiuiti repríse*te xpm.d*rtt I*ï{ ffi*la.t( yot+r rcrt*tttrs npèrts rarx i.e t'i&[tçti*n. {)çnzntr ta+ts les sitts archí*l*giqwr.s, crlui-ci n'arqr*rrr* de ríslfu iilt*, sritutifiçue qwe le jour a* il sera ítuElii âans fu is
de
etr
rais*rz
it*ígralití., sans çw'*'.ttun ãe
s*
sídirnentt çu
pitt+trmtx
ne soinzt
dt
sts
sts
*bjets,
ttzsettzbÍes
dipla$s au mãn*nrzgís.
I.a ríalis*t ion,le fauiÍlrr *rrh íof*giçu ts
ãu!ütisies ow I'txtraüiçrs sawvage
,ltrers
ls
par
obirts
rct
autortt
ís
ronsrdírí
ntn
dt
ses
,o,n,rr",,,, ,r,,n,
fídíralrs.
l-'n lntú que ;pilíalogt,ts. nout sotnm(s s(triilttzt ammís à ãirçwt,yir ãss sites *rthírlogiqwa ãans les entrí* dt ffivern#
*
pl*ts târeftttnt ãxt dal,tít' ttrime ã',urzt galwie, dans la qne sonzhrc, íl * itnyartant âe sawligner que íe vnte rt la "ruis" *nÍ Íaissís intwts à
ía tsyasition d'wtefuture
en
po1.4r
x
reprise*er la
rculít. dt ralritt íaissant peder rewplissant lc aase penãant pltrìts. Sarhattt
ses
íff
gouttes
qurllt sírhrrts* iljaisnit
cA.RsrE vol 14
uo
4
tt
saissns ã"ts
au
ssttJçt!tott s$Ì!
l$ ,t4dfts ,t lt;
rhar,.,onr.
11r
bt
prcl4raes-uns tlesvestrys de
í
plus
s*rins
la lïaditiçn UrÍil st ttütt\)ffit a$weilwzent
lprt: ln ! npa d,' Cr,,trc.
,!a,rs
Ìn
rcgto,t
le
a* íti
iÃe.ir,fi{s par í' í,nstitut d',4rchíal*ga Brísilimne {l*fi},
j.4ga BÊ (Pr*ws, tçgz) rlu rwers ãe la yiri*le prê-coLani*le * dur,znt les derniers si?úes, les rtiitfs dx "rhapaãas" a*t ítí Lttgmnu orwpís p*r tles et sant d*tis
ãe
p*yul*tions Ãt thsssmrs et enwit* par
ã.ç mci\íeays et
d* hçrticwiíwrs rírat*isx:s ítablis
dans ln reurcn ert.!inrtion
ríe
la Jnysití du
Ìn phvtorrakpie. yrrstnts ausst hirrt ã*ns le "ret rais" (tígít*tion ilu ïz,pe s*tane) gthu,'et dr
qu* ilazts in "ca*tiugtr" lgigit*tion clu rype
ilrtlqrtis\ LrsJuds
des
t,nll,:rs oil
0!t
It'ot!\'(
dts narnis ü drs senltrrs;riÍ srn i f JD(.rr,5.çj
it*hlisstrnen ts p rivil êgiís ãtíx. Êrpupss inÃigènes en raison ãt lwrs *riíi*rx en liaisen
ã'
flurs d'eau, prfuwrÃia** p*+r
atuer íes
*tvie
k
suïíçtl! lers tles saisotts pÍus sèthu i&a*a; Pauk, ryqç). Ilu abris tl des cat,ernrs la,t, Ìcsquels rxtslrnt drs ães grvu1tes)
niilirr*
rísnrgmrcs ow
ã.,s
ígwatternmts ã'ea'u
ítaimt *üaincmmt
aveç
ães Ães
fus gr*upts bu*t*ins anixwux. Ott renrçnt# sÕil\)tnt
pass*ys ahligé.s tant 1t*ur p.+.r.
poar
les
qwúçtx
sites
pravisoires saurrrs de
{ln Pote a
arrhíaÍogiçtes àt t*tnpewmts
aux alentours rle
res gersres
it
ftyaríot.
sitt similcire r4y íitio Gntna dç
ítí parrilhnrcnr idmtiJid dnns ln Srra
euães.
Arqueaíógko listina do CotaS. To*ef*is,
I"'hnatiçrç ia plwforte sefait sentir au
o* I'ou yíttètrc àntzs wnlieu irtiolí, ce qu.í àonw la sszsation çue le tnwps a swspendu son v*l et qtte ks jaurs moment
d'a,t1onrd'hut :r ronfondcnt awr
un
passi
reculí.
l)onnís
nrrltiokgiqrrcs
*
ün ptrlt stttlpasff que ewx*ri ptdissent úFp*rtÊtxir à ta llratlitian Círamique {.ína dwtt
les
tarart íilstiqux prixcip*íes ffiftsist*xt
en l'alssenrt dr déroratrcrt
Jtnes
t
sornbres. en
plngrgtrc
Ie "pote áe pew
rlc
"f
aíba (Sitia
ínãi*s" *ualt ãí1à íti rttirí un
ph.s tôt par
lr,s
hnbitants âts envircns,
L'rttr-ri rni!ìrcnt
rrl.,rndant l'*risunct
*ndm
riramíqu*
ustensil* en
près
d
un
ã'un puits
{fratta; Mour*; ,4lans*, zaÕo), {)n espfue que k sitt Gyuna tÌo
Pore
pukxêtreyrísewí awc xs ííéruffits matírìek rcmïjostlt ts in situ tar il est rare ãe rcnrctt!rer drs objtts arrhíologiques tttrore
la
üruna rfu Ptte.
à sn bourht à
ríratniqwo
Lx1 s ãr+ns
lq
,44tÍ, ãans Ie distrì*
préiitninains t#n*steilt bs àet+x uítl'?$!lts,
"*ii&"
iyt s ln phtsfr'êq un*nz *t*twp
íqurpe fu arthíolcgurs íntíressis pttr {eurs
ãtltrc ríriltinrt ava*Í de l'nnporter. il n'est pas brsoin de fairc un gr*nd
stt
'gw*nã p i*st
iti
En çt l,nsnttt sur !es ob,trvaliotrs
át
tffart i'ìtn*ginãtíün
o
dzt
* #ffipltr
l'ç.íãr. sê?x
dc !
Í)ans l'a,irr t*isiw
plustrwrs Jrdgrnlrts dr ror,l:rs
son
Tbut de suitr. endrssoa.ç
pâtr sr pt'ísenft prmír u est exreiítute on la brüb. En gínír'zl, l* s*ri-
Unai (MÇ)" íls
r
í*wtlf*is, n'ut itttnt
qa'aw taul ãíbut ãe I'mpíãiti*n, í'í'1+*pe a
fnit urrr
terhnalagiqrus,í'rst;
ro*iqws Í)*ns lanmi*rití dx tas,latmtarr de lrt
en
p,trcis
Jorme, globul^tires au
intarts à la
nt{arr du
tl
sol àrsgalcrirs,
tst
poxiïfu qu'ils aient ãü íeur €lnstrcntiçn à
la àffintlté ã'asl* Lç photagr*phtu
pubÍiratio* tçntribr.te
à
*
la
ãe ce genre ã'inforwatiws
fitire *nn*ïtre lr
mçãe
âÍ
vie
fus plus Luttirns explorntntrs drs nvernes
x dtsfailks
de
nt*
rígí*'*.
g
217
".i
J" PARTE
iír;1r," :+i:'
:"i:, ",: *',.':'i
::+
t .i.li' :ì;
'
,*j
.' *
:,.
,
'1.
ï'H ilf'$, {.i,
:
ltu;í,j,
hj
ffi f
_,
t;Ë .,i'
.r
o StsTEAAA DO AAORRO FU RADO
E
O SETOR NORTE DA SERRA DO RAMALHO EZIO LUIZ RUBBIOLI 6RUPO BAMBUÍ DE PEsQUI5A5 E'PELEOLÓcICA5
povoado de Descoberto (município de Coribe BA) é o ponto de partida para as explorações na borda norte da Serra do Ramalho. O lugar é um verdadeiro buraco. Não no sentido pejorativo da palavra, mas sim na sua própria
Anjo não é o tipo de descoberta que se faz todo dia. Além disso, a dolina de abatimento com 25O metros de comprimento e mais de 6o de largura que abrigava a sua entrada era o sinal mais evidenre
abertura lateral do cânion, bem como a influência da cobertura na
da magnitude dos processos
campo,
definição. O pequeno âgrupamenro de casas fica bem no meio de uma
Anos mais rarde, o Augusto voltou à região para fazer novas prospecções. Ao sul da Gruna do
depressão cárstica, tendo como sumidouro uma grura localizada ao lado da rua principal (veja mapa
- Cruna àe Descoberto). Lógico que somente este cenário nesta edição
já justificaria a visita de todo
espeleólogo. Mas os encanros da rcgiío vão muito além dos limites urbanos.
ão
cársticos que atuaram na região.
Anjo ele descobriu um rio temporário que sumia numa grande caverna. Na época as explorações foram interrornpidas por um si{ão, depois de ter sido percorrido mais de I km. A então
beúzadaGruna
do
EnJurnaào (nome
local) era mais uma peça do
Voltemos ao ano de 1992.,, Uma pequena equipe do Bambuí (Augusto Auler e eu) já havia feito
quebra-cabeça que começaya â ser moncado-
uma série de descoberras na região de Feira da Mata (sul da Serra do
estudos geomorfológicos da região,
Ramalho) e agora procurava ampliar os horizontes na direção norce, no povoado de Descoberto.
Em poucos dias foram exploradas mais de um dezena de cavernas,
além de um vâsro aceryo
de
infrrmações que levariam a novas cavidades, Mas de rodas, uma delas se destacava. Com pórtico de
entrada de 73 merros de altura, estalagmites de 2O metros e salões cobertos de espeleotemas, a Gruna
o caRsre vol 14 r,lo 4
De 1995
a
96 foram realizados
sendo descobertas e exploradas uma série de grutas no cânion do Morro Furado- Pela proximidade com a Cruna ào Arcjo e mesmo com o EnJurnaã0, imediatamente leyanrou-
se a possibilidade de se tratar de um mesmo sistema, No artigo a seguir - Evolução morfológica do cânion do Morro Furado no contexto dos calcários carstificados do Grupo Bambuí
- Ana Luisa
Bitencourt e Joël Rodet formulam teorias sobre a evolução
do carste local. São identificadas as etapas de aprofundamento e
sua gradação evolutiva.
Em 2ool, em duas etapas de
o
Sistema do Morro Furado
seria alvo de
explorações
espeleológicas mais detalhadas. Na expedição franco-brasileira Bahia
2OOI (junho) as explorações seguiram a ordem inyersa da drenagem, sendo feitas a parrir da ressurgência. No artigo Gruna da
Mamona - A ressurgência do Sistema do Morro Farado, Lília Senna Horta levanta aspectos curiosos (e até mesmo engraçados) da expedição. ïbmas cotidianos de como as equipes eram organizadas
e mesmo as
diferenças
metodológicas enrre o espeleólogo francês e o brasileiro são rratados
de forma irreverente e bem humorada. Além disso, é descrita a Cruna ìla Manona e os rrabalhos que culminaram Íra sua exploração e topografia. No último dia da expedição uma equipe resolve investigar Gruna
do
a
Enfurnado- E para surpresa
de todos a grura contiÍruava.., Galerias e salões enormes foram explorados sem piedade e mais de I km de visadas foram somados numa única jornada. Oliyier Sawsse 215
I narra o episídio em Enfurnado; a ! cereja em cima do bolo. Um artigo f/ d"t.ottttaído que divide com o ] l"ito, as emoções da exploração de 6\ uma gruta - como diriam os - f."n."r=., - de dimensões brasileiras. ï^
Em setembro do mesmo ano, uma equlPe menos numerosa retorna à região, centrando stra
atenção especificamente no Sistema
A Cruna do Ánjo (descoberta em 1992), todas as cavidades dentro do próprio cânion
do Morro Fwrado.
e a ligação entre elas foram finalmente mapeadas de forma precisa e detalhada. Mas a grande descoberta da expedição foi o Boqueirão do Riacho àe Fora, Este é o verdadeiro ponto de captação da drenagem atual que, em seguida, percorre a Cruna do Anjo Il, I, Salão ão Morro Furailo, Gruna ã'Agua, Sumidouro ão Morro Furaão vindo, finalmente, a ressurgir na Mamona.
A exploração e as outras
Quando Joël Rodet deu por encerradas suas atividades do Morro Fwrailo, uma dica
ficsu bem claral
- A Gruta GZ continua.
Exploramos 5oo metros, mas ela deve ser muito grande. Vale a pena.'. Sem dúvida não é preciso andar
muito para perceber isso. O então batizado Sumidouro ão Morro Furado (ponto final da drenagem temporária que invade o cânion) possui, desde a entrada, galerias amplas, com um traçado meandrante e cobertas por grandes seixos que não deixam dúvidas guanto ao volume de água que é captado pela caverna. Depois dos primeiros 5oo metros
a
gâleria toma
dimensões ainda notáveis, chegando
a mais de 20 nretros de largura e altura. A ornamentação também merece destaque, variando desde os
colossa
is
travertinos
e
escorrimentos até às formas delicadas (como helictites e
particularidades que fazem desta caYerÍra uma feição notável estão no artigo O fantástico Cânion do Morro Furado. A história toda se passa durante a caminhada até o
canudos) nos condutos superiores
Morro Furaáo, quando o âtttor
25 metros de profundidade,
(E4o Rubbioli), narrando emfush-
acessava
fatos mais marcantes das explorações
back, rclernbra os
anteriores, desde a descoberta da Cruna do Anjo até a exploração do Riacho de Fora.
Em outro texto - A Gruta do Sorvetão e a insônia - Roberto Brandi revela mais uma gruta do Morro Furado - descoberta e parcialmente explorada por Joël Rodet e baúzada, posteri ormente, d,e Salao ão Morro Fwrado, A gruta
possui dois níveis bem distintos, tanto na altimetria como nas suas características. O superior é seco,
amplo e bem ornamentado, Um local aprazível e de incrível beleza. A rede'irrferior é formada pela rede ativa da gruta. Galerias inundadas, com muito barro e incrivelmente retas conferem à caverna um lado esportivo e ao mesmo temPo divertido. 220
Nesta primeira investida foram exploradas pouco mais de I km de galerias, sendo fixada a última visada na borda de uma abismo com
um salão.
que
Depois das explorações de 2OOl, pelo menos dois pontos permaneciam incógnitos: o final áa Cruna ão Enfurnado e áo Sumidowro do Morro Furado, representados, respectivamente, por umâ galeria con;, 25 metros de largura e um salão com mais
de 50 mefros de altura. Sem dúvida motiYos de sobra para retornaÍ à região. LJma nova viagem {oìorganizada emjulho de
2ooz. O Sumiãoura ào Morro Furaão, que jí, possuía galerias muito próximas da Mamona, náo teve grandes prosseguimentos. Um sifão impiedoso (e ao mesmo tempo previsível) barrou explorações. No Enfurnado
as as
coisas foram melhores. Embora as
explorações na galeria principal também tenham sido barradas por
um sifão, uma rede de gaierias ampliou s uDerl 0fes t consideravelmente o leque de possibilidades da caverna. No artigo "Enfurnado - Novas possibilidades no nível ìuperior", E4o Rubbioh narra as últimas explorações desta "noYa" grande caverne da Serra do
fumalho"
g
Morrc Fwraáa Sjstem anã $te I{artÍtern Sector of Serra do Ramalho J
Lçtateã
in
tlte muttiripnliry
ol C*rihe,
Babia Statt, the vill*ge of üesraberta is the he*quarÍer,s ,o
,orrr, ,*iloring útt nordtertr
íorãer *J Serra ã.* Ramalhç. Tfu small settlement Irts tn
a
swnllet
a
-
to{s:, two expeãitions we*, t0 Íht
'B*hia zorx'
is mefltíçfieà
in
tggz a.f Gruna das n rnvr wilh ,t 7j u, high cilrnntr,
in wa af tbe xext
Crun da Horta.
ail the rraves af the ranyon and ittir linâ.s. Eut the #rütt imporíatlt ãiscaverr o! tlte expeãirion was Boqueirão da Ríatha
àe
llara.
In
artirl,:s.
Mamonn
af Marrc Furcãa
ravr b1 the rnflL,r strr(t.
Tfu disroverl Anlos
harst àtprtssìott, having
In
regi+n. Tht Frmrh-l3ragliax exptditian
besrdes
-'fhe
Sjsterte,
Resurgenct
bj Lília
Smxa
drscribing Crutd da Mamonn
anJ rrs uplorat,on. dru!s with nfiusrng
The Fantastic Morca luraàa Çarge, E4o Rubbia[i ,lesrribtç thr most important
{arts o{ thr exuloration
''!:,^',í:',:,*"on
"'*
af
the
gorgc, iucluding
o"'l orhi' p'1'lïa'ities
ïn'i cruta
tfr
of
do sonrtào and
the
teútns were *rganiseã anã the ãifferentes
Insomnia, b3 Rabert* Bundi, tukes
the
reaãer to yet ãnotke{ ür\re oJ tht g*rge, Se!ão
at abou, thmJr*m tlse entranee by a sunrp,
Bra$íixn snã ?rench tavers. ín Ënfurnaãa: Thl Cherry ütty tlte Cab, *lin,ier Sar*sse shares wi.tb the rea&r
In t 89J,tnd r996, grcmorphologiral studies of tht nrea lerl to tfu drsrovrry o! sevrral ravrs
ditnensions": ax the last ã*y ol tbe expeàitian
za m high *alagmires axdfull *f speleathams
*
talíeà the *ttention oJ cavers ta the regiar.,
Afew years latu; Çrxna do Ênfwmaãt was distovereã,
*wt
thr.
rxploration
at Morvo Furaáa Corge, do EnJrnm,ìo nnd
orerT
Crunn
wrss stapped
near to Ç6ma
aspc*s a! the
a team detiãcd ta take a 4z+ick look at
kilorzetrs
Rilatiott to Crwpa Ba*çhu{ Kmstilied
single day.
rmeslorrcs.
Ana !.uísa Bítenrourt and
loil
R*d* prtstnt tbeçriw on the rvaluti*n of Morro fitrndo's
l<ars!.
way thr
tfu et*otion of explnring a cave of "Brafilian
ão l,nfurn*da nnã, ,on
rlos An1os.
swch as the
ístween
In tlte nrxr artirlr. Morphologirnl Evtlllria* af Morra Furnd* Çorgr irz I
*yeditian,
pl*r$
Çrsna
!ry thance,
tlisrarereà úsat it routinwú.... Ìlíore th*fi *sres
wrr
surveleá anà expÍord ín a
lo
àLarro l*raão.
l*itialfu
In \EÊnr
J*$
tu
Cru*ç
z.aaz, J)eí enotlter expeàitlan
rqion,fixãing an *pper ínü at ão Enfurnaã0, iztrrtasing the
tÍ)e
potmtial af the mve. Tlte
Izt Seprem.bw títe same year, c
srszailer
ttam rüttfirtd t* íbr area, ta explore anã with nrcye ãrtail Gruna ãos Anjos,
surveS
distwercã snd
pa*íaíly exploreà bj Jael *oìet, she cave bqs two dzsÍinrt lerels, n dry, amp!t and inrceãiblj ieautifal *j,pi" lrrrí, onã o nuããy,floaded anã very straight low* let'el,
aãvezrtures oJ this
last rxptditi*n
*n
EnJurn*ão
lVerp Pçssibilitiss
*
f^Jpper Lerel, by
fu founã in sbe ertide
*tt
the
[4a Rubbtoli,
Ao lqdo ospecÌo do Cônion do Morro Furodo ondê se concentÍom vorios dos mois espetoculores covernos do Seno do Rqmqlho. Aboixo o Buroço do Tonhum no Boqueiroo do Riqcho de Foro Foto: Ezio Rubbioli e Flóvio Choimowicz
$;fi;
,'tt
;{
t#;
t'
i;
,#ry ='#.
"
i,l
,i
h ï
:.L::ìta
Ê
VOL
:l Tt.Ê
,H.ri"
,,:
O C,/\RsTE
,iL-;q
i:' 4*;]
ïç* i "q
Lt s-vstìffic dt í/í.çrr* Íurad* # k strteunt*và ãt ía
frì
L l/
I\
I.;r.'
ô, a
ri*
1.rri4 Rrrúl'rcij
(,ruy, llanú:'i
ttwp*raire *r*i ifèsp*r*d.ssírit
une grande {ítvttt^rr" Á.
rl,
rx;:/*r*ti*ns íq.t{rie*í dü
les4sris * s Ëspú e*lógi ras
rrì
j]üxlr y entreprmdre
revr?xtÈ
tt.r
rzours*lts pr*sperÉlaxs. .{t't swâ & iç üruxa Ã* Ánj*, ìí *v,tit r!êir,xvert u*
.\srra Jo Rnntnli:o
rí
rd*ïÍ.ç
i'íp*qw, lts
ïi*
st+sp*ãws
à ta*st ã.'un
siyhon. utpris +tt'ttt rfu pirx d,'vt-* l*x. Í."ç çttt;!íí
l"a h*urgafu de Üesrabeïto {ra*t*n át {lçvibe- Ë,4} nwstitwt l*point fu díp*rt ol:Lrgí fu {*ute my{*r*{i*n a\cmt p*ur ol:prti;f {a $*r&tvr nauá rfu l* S'rva ão
p'r*p"ressian
Ramalh*.
itrr romyíítí. J)r: rçç5 à rççó J*s ítu.ëes g{*t*aryh*l*giEues I furtnt ríslisíes
* *lícg esz'san véritable trau
perdw. Cetw *ppeÍía#çn âe
lípréd*tiJ
r*Íís b
mi*x
n'rsis r'rst à sü ?rçf:re
tt"]6
pçLrtlflilt ri{ft.
la tlifiniti*tz çt'ti x*r*re
,
L*
petiít:
agl*nzír*tion át mais*ns Ewi Ítt nrxp*rt est situé{ su bwtt rnilicçt tl'une tÍipxssi*n k11r.ítr.lìtp
ct
yossiJe trúttrr ttne.
p(ttr
,7u!
{ofltitrlt i/eS:uls lars
ai*rs qu'wttt sírie de graítrs ,ltt rarry*x dw Mçrra I'itraáo fiareztí tlítçut:vtrs tt *yloríts. Ilr par s* prexirwttí *ver la.
(,rwr,,t rlo
rí qu'il et rnime systèrne ãevirzi wtrr Àn1o
ntrdc,rts loraltrrtr
sewï
'íJuxobutoi,
1
í{ *t ãail na'urce foís le diror pí*ntí, rcl*i-ri paurrait justirtcr à Íui s*ti l* ïisite ile t*ut spílíolagrc dlgw*
t
l.is trtrhanlrrrtents rÌr ,etlr rigtotr áípatsent ttprttãnnt rk i*in Íes liwftes Ãw dr
n,rtrr.
Íolrt J'nbor,;l r(t utotls
líBìrtwrnt rn arriìrc. írr lq!)". . CrtJr an*ie-là, une peÍitt ëquipt ãu Êawhuí {Angx.sta, Auíer et tztti-míwe) qui *vait díjàfúiI une sírit de dírç*vertes ãans íç
rígion de la de
I*
ldrç
í?rlisi 'l'L'4-t,t tt,,da, grauvait s'agir ã'w*
àfíit
pl*usríÍe à íat1w!ít í**sr ls ffiçndt st t*it aussilôt i+ yteuser.
pr*b*íirí t*ut
lla*s l'arüãe çui swit: {-'h:çlutiçrt morpl:olryiqw ãw tçwtan du Marr<t furÀãç ,taiu
Ír
f,srutcfft{ ães cak,:ire
karstifiis ,!u ürc*tltr Êa*z$wi, '4xtt Birendúttrt et l*ï! Radtt y sttl:ç s tn.t íwrs ïh í* ri s stt, l' i",, alutiirt
I-uis*
,,to,rdr wrlrntn.
.14rrrs
fi*?Ít ãe {ìvuna
r*rtwrnçrtit it
le senliwentr
ar.. altolds t,ttntídint, rlr la ,'t,r prtnrrpa!e r'oír /a tttt'!(: ( ,tlrìifl
sotu.ç Je
ã* l,rufurnaâ* {r*p*wwe í*raí} n*xs çvait *lïtrt wtte piìrc tlx puçfu qui
ç*nsistt {?t tttt{ 1v*tit ttxltÇ àinsettsiçns
&
da
M*t*
(àans ír sud
e
l*
ile
Ì*
rçttvr.vtui, *u ,rruri à,
,oi
írhull,
f
n 2oor. lrrr-r
tarã àe dircatrir ,]e *oçrvill* mt:itís,
tlu drainage, efi p#{t$fit & lü ptrte. Ilxns I'a*ide Çru** da Manzbnn-
'la
rtrtains
ãe sts
sttíks tapissíïs li.e c*nrvitiçns n'apVarttnait pas à I'hahitufu
de
rcs
mt,ilís çu'au
dítauvrit"tous
les jowrs,
pÍus,la âoíint d'$f*nãtewent de long swr pltts de ba
ãe
z5*
a
lle m
n dr Large qttt r,,
abritait l' entrêe pr*'uvaif largtrntnt *mplitudr des phin*nines harstiques qwi attaiertt m lísu dans ln rigi*n. t'
222
le
,qrç;rrt, srltr,
s
fum
&
try* p+seul
*íivitv
wte sexfu j*zr.rnfu"
ttrt
riaiisís
Sâ,4ss{
:l$.ffr
íitis*de r/i"ns {,*Jztrnar}ç' la rryise swr
g&te*+t, *ut
ttvtíiíe dircntrartí qui fait
pürt{âger ttt+ fu*er}r les {nztli*tzs 1trcyfts
à í'ìr*rstigttti** ã'uw Ël'ilttÉ, i*it1ftrt
dirai*t
lrs Jraxga.is,
dr aíiw*zsians
hr{stliennes.
En sepf*nbrt ãs la mi--tnt anrzíe, urtt iquipe píus vts|rcit::{ úinwstit à n*ut'{stt la rígic'rz m srf*ralisi'tlt t+xiqu*rxnl sur
/r Sysrlrrr ilu l\íorro Fi*'adç. í-* trwa ãe -ânja iãiw++vr'rtt eil tççz),fouf*s Jes tnuitís tiu #ulJ*?r ú la jrsstrtion rtttrt elÍr';-
lurent finaí**rnf rnrttgr*phiíts ilr twt+ttiirr prírisr * ã{taiíifu. üepu#**t t'* gralde ríí*w,tvtt tb *tt rxpíãiti*nfttt le Ê*quúrã* d* Ãi*rJrç ãr. Fçra. {)elut* est le virit*bk poírct & mptati*t &+ ãrai**gt ar**í qt+i tztsz,tilx par*urt kt Ç*an* ã* Antr* Ií, t,.la Snlb t*; M*rva ft',rcdç, k Çruna ã',{gwe,bs Iler* ãu Mo*o ji+trsáo, úl)twt de r$*ire s*n *pyariti*tt àçus l*
du yír.ts aãmir'sbies du íot 1iflrri "çLìr?t ãivçilíw ilans l'çrtirlt: I-e fa*t*sriç*e hisnirt
ruricux tt
ã*
se
Mçrro !:wraãa. Ta*tte cettt
ãiraufu &Í't
rüi.1rs áe
la wardst
d'app16çfis ron'lursattl aw ,\4orro
Ì
ttrndo.
L'nwÍets {.14o l{r,rá&ioii} ytatt unJíashltar* en se rerfl&ftçr*nt les fnits {es plu.s ffiãtqí,ttulte dnrts utt
ãu SystÀlr* de Ã'.çrrç Lilia Senna H*rta ríz'ile '
rêsttrgente
rlaivs#unt ã'n lüt la {}r+una ão Anja, qui,
71 m lt*uteuq ses *alagtxilrs /,e za ffi et
ut
intterse
Furaã*,
tle
tn
ies rxpí*raïiotrs st+ivivsnt í'çrãre
ârúfiesj tufic d|ítví:.t"t elles vessçrttiit
ã'f,tttie
trús
qwe
tntnp{tÊn(s
z*at,
dlre€ sçt7 ?úrth(
fitrmí
sttite...
mpl*r'ies aver atl:*rnetnenf al*rs
ürznyan
tetnps
*s
rivfla.it çt'*it"ttttt
o
ívoltttive.
lítaìlliesfiirtnt tiúlisies ãans le Sïstlrne dw hïorrt ?uraãa. Lors de I'expíáiti*n frant*-hrisiiiennr {Ë ahia too$ ã, 3rtn
rt#+eillies. Patrru! tçttlr,s
se
/ ), j c,lf'r',,' I 1,.. .16/lr,
partrcultrttìs qurfont dr rrtlt rai"rrnc unr
tlrÈ t ürd, awx t*pirans du vilíage ã.t frestoberta, Plws â'unt ãi41ziw dr
ítí
Í*us, iagr*íte
surStrise dr
& l'*ppr*ftnrlisstment et dr I'rwverturt latirafu tí*t ranTo* *insi qwe è'|.n$u*zre
b*el" íls 1 iãw*ifieut
ã' expl*r*tit,nt spêlí*í*gi qxts pí*s
rercrã,riors qtL'wn nombre très él*oé d' injorrn*rio*s, qui. pt*tettraittst plws
ïjt à Ia grar,àc
L'rsfurxaâ.ts.
Ì\í*w*nç. L'exploraïi** et l{s ú.uïrss
Swra do &ll'mal**S cherthçit *Iars
[ü1]ern$ âïâiefi! íté çittsi txplarães en urt
íqr.ripe
í*pes
i,H
lcavste
à rtp*usser les ho+'iprts en mütarct {t *zp
ü\rÉiÈ?x{
Le dn'nirr Saur & í'expíditi*''r, wne sr th*rgra ã'ixvestìt"{a Gr+t** dç
Qt;elçr.tts *.rcnies píus tnrã, Augusta
v ítait
&s
expíd;tlans prít{dentes,
par,í ítalí sur Hn \'üstc
rspLttp
ãe twnps qwi v* ril la. dircttvertt de ía Crtuta tlo Aryo à l'upleratìon dtt Rinrho d( I crâ. I),ens
r+?x
íurïrÊ Íexti., La ÇraUe ãa
nzi.rw rcntiçues
Sowetãç et l'Ílxso{r'tnit, R*berta Êrrrnãí
de I'ewíiítitn, eílt y rac*n* d'wtte ntanìr'c irrít,ír'rtttc eí Ì:utnor istìque !r
ilírrit utrt áxt.tri. Ëürtrfte àu Mçrro Fuvado dit*uvevte rt p*rtiãlmtntt rxploríe p*r J *ïl Raãet * çui fut ítaytisíe
aspeds
$tlstiiitn ãu grawpe, ln façarc dont bs l,es íqwipts ítaient arganxíes fi wêruze ã{Jírenrc s míthaãol*gi4uts txistant entrc les spilias p'ançais * Í,rísiíiens. LIb fl'eft *u$!ie p*s y*our aulant l* ãesrriptian ãe la Çrzt*a ãa Ì$*ntona et lrs tv*vaux q*ri armntpagnèrent s*n exploration {Í s{t l{?ü,
ãn n*w it Sala* áç Mçrvo Furaàç. Celíç-ú yossìãr à',ux nit'eaux
1tlws tarã
bien ê.istirris,
t*ú
tlarts so* aítiwítrie
gile peï sl,s târ^ít{tíristiqües, L'it*gt s'nytírit:wr e$t ser, vítstt. {, rithe tn çfireffiefitütiüns et sn beaztti ixtwïe enfnit
un
lir,
des
plws
ogrénblrs.
Lt ntvrau
Ourusnol2002
infírieur
est
wwpí par
le rissau
íí$if d(
Çette
prnníìre visite a pmwis ãe ri*liser
bour et d'une tnrra.yabÌe rectitwdr
lrrminíe par
à tetíe partie de la grotte un dspe(t sporti! tl tn même tettrps
got{frr ìe wnr sallc.
confrrtnt
Qrrattd Joì;l Rodlt 511,prndit ses attivil;s dans le Morro f urtlo, unt orienÍation ítal déià bien d.rfrnir: - La Cruta Cz nntìnut. Nous rtr aron; rnìJrrs msís ille dott itrc trìs
Íoo
grande. Ça vawt la peine
ll
n'rst
m dr proJondeur mcrtant
à
Jots lrs explorations ílt Ìo()r arheties, dtux tnrcnnues dentruraiení, à
Llnt
diuertrssant.
exp!ori
4
t
fun de topo e, s'tst ttnt vrsít att bord d'un
la çavitê,l)es gaieries ínoniíes plciws dt
uìr peu p{us de
sans
,..
doutt pas absolt,mrnt
nírcssairr de {aire beaurçutt de rhtmin
,rnir, ,o*p,r. l-, Sr,,r,àor"o fut drpuis rtttc
savotr: quelles surprises pouvarcnt bitn
rístrver
les
fins de la Crunn do
EnJuntado, atrr sa galerit de z5 ntìtres, et dn Sumidouro do Morro lurada avet sa snl!c d't,nr élívarrcn dr.5ts mitrcsÌ Les raisons ne rnanqunient donr pns pour
retovrn(í; rc qurfut
fait
en
I
juillrt zooz.
do Morro Frtrado, qui
Lr Sumiàotro do Morro Fwrado qui rrtdait fus galeries iès voistnes de la
épaquc dísigny' sorrs srs uorablrs (potnt
Mamona s'at,íra ne
pottr s'tn
pas
possidet'dr suites
rcuv(rtts de gros railloux qui prouvent
conséqutüt,'s: utr siphon sans pitii (t dans lr núnre trmps privisibLe) empôrha rowte progression. Hrurrusrment àans l'L.nfurnado /,rs rhos,s se pnssàrent
qur le volume d'eau qt,'illt pntt (dptrt
auttsfieH!. Bien qwe lrs txplorations du
Jinal du draitragt trrnporaire qui envahit le cnnyon) possìrlt, drpuís son entrír, de
larges galtrips ãu
trati sinutux
et
est tüs impo*Rn|" Lrs 5rsa preïfliets
mìtrts dr ia galrrie sont dí1à de drnrnsrctrs toÌtt à {ãit resprrlnblrs et atttt1tlcn! jusqu'à io,nìtr,s ansst hren erc
largr.wr çr.t'en ha#etn.
Sl,:s
p*rwres s*nt
,óut írt4tfint renear*wables. ellcs vari*nt en i*alwant ãrywis'ãx g*iwr rsfos$c;nx  âes kçwlenz*rts nr4x ferrues ãílirctes (r*wmt lcs mtmtriques * les fiswleuxs) obse'ruables
áafts
les
nniuits sapirieurs.
ronduit prinripal aient dtts auçsi s'inlrrromprt snr un siyhon, !'rxisìenre d'un ristau dr galents supériettrrs élargit considérnblemntt I'rventaiÍ drs oossibltis rlr la raverne. Dans I artrcle'EnJrn,a,lo -l.es nouvelles possiblitis au tltveau
supíritur Fqro iP..úbioli votts Jaít uivre Irs lautes dtrniè.rts r.xploratiotts eillrpprrs(s dans cettc "nouvelle'' grande cnpiti dt la Serra do Ramalho. q
GruÌq do Mono Furodo FoÌo: Ezio Rubbioli
Loc I cA Do Í cANroN Dc AAoRRo FURADo EVo H rn
LUçÃo
AAo
R Fo
NO CONTEXTO DOs CALCARIOS CARSTI FICADOS Do úRUPO BAMnUÍ (5ERRA DO RAAAALHO, BAH IA, BRASIL)
WÀI
INSTITUTO ANCHIETANO DT PEsQUI9A5, UISINO' RUA BRASr L, Di -(p )7i, 93oo1-97o sÃo LEopoLDo (Rs)
roËL
6RUpo BAMBUí
noprr
pr prsoursAs EtprlroLóctcni
& UMR
ó14] cNR5, LABoRAToTRE pr cÉoLo6rE, uNrve nsrrÉ DE RoutN,768)1
MoNT sAtNT At6NAN cÉprx, FRANçA JOE
L.
RODET@U N IV-ROU EN.
F
R
Grupo Bambuí corresponde
contexto morfogenético do carste.
apÍesenta um modelo cornplexo da
a uma grande unidade
No entanto,
geológica e morfológica, formada por sequências de
das formas cársticas superficiais, destacam-se os trabalhos fTlicart,
evolução cárstica [Bitencourt, 1998; Bitencourt e Rodet, 1998, 2ooo]. Tlabalhos realizados nos
rochas pelito -carbonáticas
em relação à evolução
t965; ticart e Silva, Í96I; al, rg62t Coutard
do Proterozóico superior. O Grupo
Campos
Bambuí (mais de loo.ooo km') situa-se entre Minas Gerais, o leste
aspectos arqueológicos iLaming-
de Goiás/Tocantins e o sudoeste da Bahia. Esta formação é marcada por
evoluções de diferentes formas
cársticas, que constituem as paisagens de vários sítios espeleológicos, paleontológicos e arqueológicos.
As pesquisas realizadâs no domínio cárstico do Grupo Bambuí, assim como nos sítios associados, são ainda dispersas e não
contextualizadas na evolução geral do carste do maciço carbonático. Várias cavernas foram exploradas e
topografadas.
As
pesquisas
realizadas em sítios paleontológicos
e arqueoiógicos, são, em geral,
pontuais, não abrangendo 224
o
et
et al.,
I978; Kohler, 1978, 19891; aos
sítios arqueológicos situados dentro
do cânion foram publicados por Schmitz et 61.11996, r997l. A posição geográfica do cânion
Emperai're et al., r9751 Prous,
no setor norte do domínio do
t99zl; aos relacionados à evolução geomorfológica de abrigos
Bambuí permite a comparação com
fJournaux, 1977), e
recentemente,
à gênese
lago com Patizzí
mais
ambiental do
* al. ltOO+).
Atualmente pesquisas estão sendo desenvolvidas em outros setores do Grupo Bambuíl o vale do rio Peruaçu, situado ao norte do estado de Minas Gerais [Piló e Kohler, r99I; Piló, 1997; Rodet e Rodet, 2OoI], e a região de São Domingos,
à
leste de Goiás fRodet,
ree61. O cânion do Morro Furado situa-se na Serra do Ramalho, a sudesfê do estado da Bahia. Ele
outros sítios no setor sul (Lagoa Sântâ e vale do Peruaçu) e no setor oeste (São Domingos). Esta situação permite trealização de uma primeira abordagem da evolução do carste dentro de diferentes serores
da
área,
I - O sítio e o rneio ambiente O cânion do Morro Furado desenvolve-se sobre a yertente oeste
44" 15' 44" L2'de longitude oeste e Ilo o8' e rJo o6' de latitude sul, no município de Coribe, sudoeste do esmdo (fig. t). da Serra do Ramalho, encre e
Ouruano/2002
Montalvâria
,i-:l-l--'--'--ir oi r" - *ì"^
*)l l( F\^ ./ l\.í1 i ì /1 t \í'l |.u' Ì?
A Serra do Ramalho
<tv
é
constituída por seqüências pelitocarbonáticas do Grupo Bambuí, que formam a bacia do Rio São
Francisco, "bacia de cobertura cratônica" do Proterozóico superior fBraun et al., t99o).Esta
cobertura evoluiu "em plataforma estável, entre 8OO Ma e 5OO Ma, depois da estabilização do cráton précambriano do São Francisco" fAlmeida e Hasui, 1984] , (ftg.z).
I.I-Oquadrogeológico do Grupo Bambuí A litoestratigrafia do Grupo Bambuí
é
bastante variada emrazão
da extensão territorial e
I s. lzt
|
Figuro 2l Ësquemo geológico e estroÌigúfico do
Figuro I: Locqlizoçóo do sítio.
Fsquisse
Locolisqtion du site.
milleu reglonol.
meio regionol.
O Grupo Bambuí é consrituído pelas Formações Jequitaí, Sete Lagoas, Serra de Santa Helena, Lagoa do ]acaré, Serra da Saudade A Formação Jequitaí representa a base da seqüência. No estado de Goiás, ela é formada por conglomerados de origem glaciária fDardenne, l978al. Ësta formação e Tiês Marias.
é descontínua, não
sendo
encontrada na Serra do Ramalho. As Formações Sete Lagoas, Serra de
Santa Helena, Lagoa do ]acaré e Serra da Saudade são reagrupadas dencro do SubGrupo Paraopeba,
géologique ef strsfigrqphique du
Santa Helena, os calcários pÍeros e da Formação Lagoa do Jacaré, assim como os pelitos da Formação Serra da Saudade. As Formações Jequitaí e Tlês Marias estão ausentes na região do cânion do Morro Furado.
oolíticos e os dolomitos
A
Bacia
do São Francisco foi
afetada pelos movimenros compressivos de direção SSENNW do ciclo tectônico Brasiliano, entre /OO M a e 45O Ma. Estes movimentos provocaÍem as
que representa umâ sedirnentação de
deformações e as dobras isoclinais da borda oeste da bacia, na região de São Domingos, à leste do estado
plataforma carbonática em meio
de Goiás. As deforrnações e
as
das variações laterais das f;ícies- Várias
litoral e marinho. A partir
colunas estratigráficas foram
rcalizada em meio deltáico, a sedimentação torna*se cada vez mais detrítica. A Formação TLês Marias possui sedimenração essencialmente detrítica, formada em meio fluvio-deltáico. As litologias de cada formação estão indicadas na figura l. Na Serra do Ramalho são observadas essencialmente as
bacia fDardenne, 1978a, I978b; Braun et aI., tggo). As redes de falhas normais de
litologias do SubGrupo Paraopeba:
direção NE-SW
os calcários e os dolomitos da Formação Sete Lagoas, os siltitos e as rochas folheadas da Formação
determinam, na Serra do Ramalho,
propostas nas dif-erentes regiões.
Nós utilizamos neste estudo os trabalhos de Dardenne ltg7ïa, 1978b] e de Braun et al. ltOVol. Nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, a base do Grupo Bambuí apresenta conrâros discordantes com litologias
diversas e complexas
do embasamento, compÍeendidas entre os períodos Arqueano e Prcterozóico inferior ïBrasn et al,, reeol. o ct\RsrE vol 14 r'ro 4
da
dobras suavizam-se em direção ao
Formação Serra da Saudade, esta
setor central. Na Serra do Ramalho, a bacia possui relevos monoclinais, com uma rede de falhas normais de
direção geral NE-SW e NW-SE.
No extremo norte do estado
da
Bahia as falhas mudam de direção
ENE*WS\M com dobramento em direção ao sul, limimndo assim
e
a
NW-SE
as principais direções do desenvolvimento da rede cársrica. 225
ITì
tN l.r
F{
Í ff\
Formations
Lithologies
FI
i,:. t !:*:.:.j 4'
siltites et roches feuilletées carbonatées de couleur veÉe
F,
siltites vertes et grisâtrcs lentilles d'arkoses
:EÏ
siltites et roches feuilletées grisâtres calcaires et dolomiês avec intraclastes oolithiques siltites êt roches feuilletées noires et orises siltites et roches feuilletées roches phyllitiques et
";=Ì.1
'.:*:
LitoestrotigroÍio
Serra da Saudadê
do
convergência intertropical
GÍupo Bqmbui
(ZCIT), no inverno (ulho)
{segundo Dordenne. r
'.'.:;4: ":'7?...,
Três MaÍiâs
As duas estações são controladas pelo deslocamento da
Figurq 3r
em verão
978),
direção à Amazônia, e no (aneiro) em direção às altitudes do planalto central (Goiás). O recuo áa ZCIT em direção ao norte, no inverno, provoca a gueda
Uthxlrotigradlte du çíouc€ Bombui ídoprès Dordenne,'1978),
Lagoã do Jacãré
da umidade e garante a penetração dos ventos quentes e secos de
direção noroeste ÍÌa região,
Serrã
permitindo
dê Sta, Helena
Íeuilletées lentilles de calcaires
seco.
:hlorite
rF I
ï:ç=íG lconglomefaüi
com precipitações inferiores a Io mm rÌos meses de junho, julho e agosto. O deslocamento da ZCYT em direção ao sul, no verão
Sête
Lãgoas
I
(novembro a março), permite
Jequlral
16o?s's/4/í9a'w-An.510m
-H
a
instalação do sistema perturbador de nordeste na região, provocando as fortes chuvas (superiores a I8o
socte cristallin
Januãíiã(MG)
instalação do período
seca se instala de maio a setembro,
ïarbrês avec quartz et :alcaires noirs et gris rvec laminations narbres avec quartz et chlorite dolomies et roches micacées
a
Na região do sítio, a estação
BâfisiÍâa(BttF
rz"os's/aaàssiw_Att.43sm _Tll
Figurü 4: Dlogromos climoÌico$ dos principqis zonos clo Grupo Bombui (Fonte
í/í0
mm) entre novembro e janeiro IProjeto RADAMBRASIL, I 982 ] .
As variações
de
temperaturas e de precipitações, de
RodomBrosil, 1982).
acordo com as altitudes
Diagrommes c/irnoüquês des prlncipoles zones du
de cada estação, são os fatores responsáveis pelas diferenças climáticas dentro do domínio do Grupo (fig.+).
Groupe Bombui.
ea
duração
I395'Si46019\á' - Att. 750m
? -Matetìal
e métodos A análise morfológica do cânion
do Morro Furado foi rcalízada a paÍtir das observações de campo, da análise de fotografias aéreas (escala de t: 6o.ooo) e de imagens TM Landsat, Foram realizadas duas campanhas de campo' uma
Um grande hiato separâ as seqüências do Grupo Bambuí das
formações areníticas do Cretáceo
(Formação Urucuia). Estas últimas cobrem uma grande extensão, especialmente na zonâ
central do domínio Bambuí (planalto da Serra Gera[), distribuindo-se de forma residual, em mofros testemunhos, nas zonas periféricas do planalto nos vales do São Francisco e ds Pananã- Os arenitos constituem a principal alimentação destas bacias. 226
I.2-Oquadroclimático
durante a estação seca (julho
A posição do sítio condiciona
sua situação de transição
climática entre o tropical subúmido dos setores sudoeste e centro-oeste (Minas Gerais e Goiás), e o tropical semi-árido do setor norte (Bahia). A região do cânion apresentâ um clima quente com duas estações bem marcadas: uma seca entre maio
e
setembro (inverno), outra chuvosa, entre Írovembro e março
(verão).
1995), outra no início da estação
de chuvas (novembro I996). Deste modo, foi observada a dinâmica do cânion e de seu entorÍro durante dois períodos distintos,
A topografia do cânion foi realizada pelo método de nivelamento altimétrico, utilizando nível de precisão, mira graduada,
bússola e GPS para
o de
posicionamento dos pontos referência. O cálculô dos dados Ourueno/2002
LiÍhologie F. S€rra da Saudadê
EJï're,n*
M0rphologle
[€].ru.n
lõ-l-r."pi",
|
| ü l' l-ïl-
| sunãcêst -
F. Lâgea do Jacaré
l_J'ouvertes
lffil-oo'o'n""
[Õ-]-c,cttes
[EÌ'""r""t*"
Fffl-
|
oeo*",on
Figurq 5d: Esquemo geolÓgico e geomorfológico do conion do MoÍro Furodo (segundo Bitencourt I gg8) Esqulse ge),c,gique el marphologique du canyon du Morra Furado, [d'oprès BÌfencourt 1998]. GÍotleìunnel
avôl
poÍygore
c N Y
o
FiguÍq 5b: Peúil
Proïìl
topogrofico reolizcdo por Bitencourt I 995 e 199ó, toqgraphique du conyon, réalise wr Bitencourl
topográficos e o esrâbelecimento do perfil foram realizados sobre Microsoft Excel.
Os dados dos sítios
et,lçqô,
3 - Descrição e interpretação morfogenética do cânion do Morro Furado
A análise do perfil do cânion evidencia vários elemenros
3.I - Os elemenros
morfológico, especificamente as distintas fases evolutivas. Quarro ele"mentos principais foram
de
comparação foram obtidos, por um lado, pelas observações de campo,
no quadro das
,1995
morfológicos
Expedições
Espeleológicas FÍaÍrco-Brasileiras a São Domingos, por outro.lado, a pârtir dos trabalhos de vários autores, em particulat Btasn et al,' [tolo] para a carta geológica do Gtupo Bambuí, Costard. et al,
fr978l; Kohler lr9z8, rl89l;
Paúzzi et al. ltOOzl para o sítio de Lagoa Santa, Piló e Kohler
[re9r]; Piló lÍ9921; Rodet e
Rodet lzoot] para o sítio do vale do rio Peruaçu, e Rodet [1996] para o sítio de São Domingos. o cARsrÊ vor- 14 ro 4
constitutiyos do conjunro
observados:
A incisão do cânion na vertenre oeste da Serra do Ramalho faz parte da bacia de alimencação do
- A Gruna do Morro Furado, responsável pela denominação do setoq é uma galeria-túnel de 16O m
córrego Santana, modesto afluente do Rio Formoso, resultado de uma
de desenvolvimento; ela corresponde
tírnida ressurgência do Córrego Mamona, situado na saída de uma
grande cavidade subterrânea, a Gruna da Mamona (G8), 6oo m a jusante do Morro Furado (fig. 5). O cânion é orientado segundo a direção do sistema de fraturas N 8oo do maciço.
ao elemento morfológico mais a jusante do cânion (fig. 6). Sua aldtude, em tomo de 54a m, a sirua acima das drenagens cársticas atuais;
ela representa um antigo nível de base. Pinturâs rupestres sobre as paredes da galeria marcam a passagem
de grupos pré-históricos lschmitz et
41.,I997f .
227
r:ì
it
- O polígono
corÍesponde
uma superfície irregular L t; aproximadamente N fl
I,5
a
de
A zona de incisão I, a mais profunda, chega a 46 m de
lçm', na em depressões paÍte modelado oeste, em direção à galeria-túnel, e ll( ^' a leste, a proximidade da saída do Este elemento situa-se m cânion. acima das drenagens cársticas atuais. A superfície do polígono é delimitada por paredes verticais de calcários, que foram desobstruídos lateralmente pelos recuos
desnivelamento em relação à saída do cânion. Sua vertente oeste é a
sucessivos 6g.Z). - O cânion constitui.rm entalhe áe I,Z Í<m dentro da vertente oeste
observados no cume deste desnível, na parede norte do cânion (fig' O). O segundo degrau desenvolve-se
do maciço calcário da Serra do Ramalho. Ele apresenta duas zonas de tantes tmDof t
atê. 542
desenvolvimento, que evoluíram
partir de diferentes fases
a
de aprofundamento, estâs provocadas por variações sucessivas do nível de base (fig. S).
mais abrupta e epresenta um desenvolvimento em degraus, que
mercam três etâpas
de
cevernas "Gruna da Água"
(Gl)
e
"sumidouro do Morro Furado" (Cz). Estas desenvolveram-se no eixo transversal do cânion, segundo a direção da rede de falhas
N
33
5" do maciço. A gruta
"Grune da Águn" situa-se dentro
desmoranamento. O primeiro degrau é constituído por uma
da parede sul do cânion e
pequena inclinação chegando a JJB
de
m de altitude.
Depósitos conglomeráticos residuais são
m, apresentando em sua
parte superior um abrigo sob rocha
com vestígios arqueológicos estudados por Schmitz et al' 1r996]. O terceiro degrau
o níve1 de base atual desta zona, a 5I4 rn d.e altitude, onde se localizam as
desenvolve-se até
apresenta uma entrada baixa (Z m
altura) de aproximadamente I5 m de largura, dando acesso a uma galeria de 4O m de comprimento' com teto baixo e água (fig. to). Aparentemente, o sumidouro é sifonado durante o período de chuvas, quando o nível do lago âumenta em algumas dezenas de centímetros fRodet, 1997). O "sumidouro do Morro Furado" abre-se na parede norte do cânion,
por
um
conduto
de
aproximadamente Jo m de altura, 20 m de largura e mais de IO0O m
FiguÍo ó {superior esgueÍdo}: Gslerio-tunel do Morro Furodo (Íoto Bitencouri)' Gqterle-funnel wat: Le Morro Furqdo [Phofo Bitencourt), Flgura 7 (oo lodo): Aspecïo dos poredes colcÓrios que limiÌom o poligono (Foto Ezio RubbioÌi), fopec/ des porols cqlcolres gui ilmttent le Wlygone, {Photo Ezio Rubbioli)'
Figuro
I
(supedor direilo):
Vìsto porciol do conion (Folo BitencourÌ). Vue partieile du canyon {Phofo BitencaurïJ.
Ourueno/2002
de desenvolvimento. Na entrada foram identificados pelo menos
dois períodos antigos
de
preenchimento conglomerático. Estes são marcados por grau elevado de litificação e por um aspecto residual dos depósitos que
recobrem alguns setores do teto e das paredes laterais da caverna (fig.
I I). Dentro da caverna, o conduto apresenta pÍeenchimentos de sei xos
e areias móveis, depositados ao longo do leico de um rio sazonal. A vertente leste da zon-a de incisão I é menos abrupra e atinge 575 m de altitude; o topo situa-se quase no mesmo nível da superfície rochosa da sera, servindo de limite entre as duas zonas de entalhe do
A zona de incisão II apresenta um desnível de I5 m em relação à saída do cânion. A análise deste
setor permite considerar pelo
menos duas fases
de
aprofundamento: a primeira, materialìzada pelo degrau que termina a aproximadamente 552 m (vertente oeste) I a segunda, pela superfície atual desta zona. Considerando o mergulho geral da vertenteJ supõe-se que o degrau áe 552 m (a montante) equivalha ao degrau de 542 rn da
;zorre
I (* jusante). Nós
consideramos que esta zona tenha
evoluído pelos recuos progressivos da incisão a
correspondente âo degrau da
montante do cânion, ligados à desestabilização e ao recuo da cobertura pelítica, causada pelas variações do nível de base. Dentro
vertente oDosta.
deste setor encontrâm-se as grutas
cânion, Nesta vertente encontrase um degrau (entorno de 542 m)
G3 (Gruna do Salão do Morro Furado), G4. (Gruna dos Mocós) e G7, todas estas dentro do eixo transversal do cânion, sobre
a
parede sul.
- A montante do cânion, a "Gruna da Ponte do Morro Furado" (G5), é também uma galeria-túnel (fig. I2) . Esta caverna nasce num Pequeno vale, no contato dos pelitos da Formação Serra da Saudade com os dolomitos da Formação Lagoa
do Jacaú. A l8o m a jusante,
a
galeria transforma-se em cânion, por desmoronâmento do teto. As águas da chuva correm dentro do vale, atravessam a gfuta e Param na saída, formando um lago; a
acumulação dos depósitos de argilas de decantação prova a dificuldade do escoamento das águas durante a estação das chuvas
Fìguro 9 {superior esquerdo}:
ur&+$],á:ïid
r;:,;:
ì !/.r,::
DeposiÌos residuois siiuodos no olÌo do primeiÍo rompo (Foio Biïencourt). Dépôts conglomerqtiques réslduels sur le haut de lq premiere p>enfe (Pho'tô Eitencouru. FiguÍu
I0 (oo lodo):
Aspecfo gerol do Gruno d'Aguo {Gl}. (Foto Bìtencouriì.
ÁspecÍ general de lo Gruna d'Aguo (G1). [Pholo BifêncouLtl.
Figuro
l1
(superior direito)r
Deposiios residuois sobre o porede do Sumidouro do MoÍro FuÍodo (G2), tes-iemunhos de umo dos foses ontigos de sedimentoçoo [FoÌo Bitencourt]. Défrls conglomérotique r,ésuduel sur le mur de le Sumidoura do Morro Furodo {GZJ. temoin d'une de$ phoses oncrênnes de rempllssoges {Photo Bitencourt]
229
(fig. I1). Este fenômeno é também observado dentro da tr iJ lr'ì fJl
Gruna da Ág.ta (Ci). N H Foram distinguidas ainda duas outras formas importantes ligadas FI ^, ao dinamismo do carste, e, em fn
conseqüência, à dinâmica da evolução do cânion. A Gruna da Mamona (G8) a jusante do Morro Furado, cortesponde ao nível de base atual, com as
J.2
-
Primeira abordagem da
evolução do conjunto morfológico do cânion
Os
elementos
acima apresentados constituem três
etapas de aprofundamento e abertura lateral do cânion (fig. 14)l Fase I - supõe-se que nesta etapa já existia uma superfície aberta, elaborada â pertií dos
ressurgências cársticas funcionais,
recuos laterais das
e o abismo (Gruna do Anlo)
calcárias dentro do setor onde se erÌcontra o atual polígono. A parte a montante do cânion ainda estava fechada sob a cobertura de pelitos-
situado a sudoeste da gruta (G6). As informações relativas a estas observações foram obtidas a partir
paredes
de fotografias
âéreâs, que informam sobre as etapas de
Na parte jusante (zona I), o cânion seria, provavelrnente,
alargamento do cânion.
subterrâneo (galeria-túnel). Os
depósitos conglomeráticos residuais, que se encontram
atualmente na parte superior do
primeiro degrau que marca
esta
fase, correspondem a testemunhos
de uma antiga sedimentação subterrânea. A posição do depósito indica também que o regime de circulação das águas cársticas se desenvolve dentro do eixo longitudinal do cânion (fig. l{). Em seguida, a coalescência
de abismos, resultantes da desestabilízação do teto do conduto subterrâneo, provocou
a
abertura do cânion, Esta fase pode ser ilustrada pelo abismo da
Gruna do Anjo, situado
a algumas
centenas de metros a sudoeste da gruta G6. Os desmoronamentos na pârte jusante do cânion foram
provavelmente provocados por desestabilizações a montante, favorecendo a formação de uma grutâ-túnel com abertura de um vale dentro da cobertura pelítica (fig. r+b).
Figuro 12: Aberturo do gruto-tunelo iuzonte do conion ' Gruno do Soloo do Mono Furodo (G5) (Foto Flóvio choimowicz).
Porche de lo grot'fes+unnel amanf Gruno do So/oo do Morro Furoda (G5) {Phoïo Flovio Cholmowlczj.
Figuro
l3:
DeposiÍos de decontoçóo {FoÌo Bitencourt). Dépôts de décantotion [Photo Eitencourt].
Owueno/2002
Fase
II
- um novo nível de base
se instala, provocando
a
desestruturação da superfície do polígono e a formação da galeria da Gruna do Morro Furado. Dentro do cânion, esta nova etaPa provocâ aprofundamentos nas zonas de incisão, marcados por degraus d,e 542 m (zona l) e 55?.
m (zona II),
assim como
o
alargamento das paredes do cânion. Nesta fase desenvolve-se uma nova rede no eixo transversal do cânion; âs grutâs ligadas a esta etape se
encontram hoje suspensas e fossilizadas (fig. I5). A formação do abrigo situado dentro da vertente oeste da zanal iniciou-se
dentro da cobertura pelítica
durante esta fase, A abertura a montante do cânion evoluiu com a formação e alargamento dos abismos e o recuo da gruta-túnel dentro da zona II, com o início da
A circulação horizontal das águas
incisão do vale dentro
vales sitqados no
dos
dolomitos (fig. tac-d). Fase III - umâ nova variação do nível de base permite a escavação e o desenvolvimento da Gruna da Água (Gr), do Sumidouro do Morro Furado (Gz) e da Gruna do Salão do Morro Furado (G1), no eixo transversal do cânion, A montante, encontfâ-se a Gruna da
Ponte do Morro Furado (G5), ligada à incisão do vale dentro dos dolomitos, estando mais acima,
(atualmente mais recuada a leste). encoÍrtra-se limitada e descontínua
entre o polígono e os pequenos interior das zonas I e II, ativadas somente nas estações de chuva. A captura das águas de chuva acontece no eixo transversal do cânion, onde se desenvolve a atual rede subterrânea. Não é possível afirmar que a fase III seja atual, pois existem ao menos dois estados de evolução do
antlgo, preenchimento do no Sumidouro notadamente Morro Furado (Gz) e na Gruna do Salão do Morro Furado íGl). Figuro llt: Esquemo evolullvo do cqnion, segundo BiÌencourÌ 1998. A) ÍormoçÕo e evoluçÕo
Nbg
dê um onïigo condulo ossociodo oo sisÌemo de circuloçoo de drenogem coÍslico oo longo do eixo longitrdinol do
cqnion; blfoÍmqçqo de "ovens" e de ofundomenïos do ìeïo do conduÍo o monlonte e recuo do cobertuÍo pelÍlico o juzonte; c) mudonço do nivel de bose,
controlodo pelo gqlerioìunel do Morro
Nb3
Furqdo;
d) formoçoo de
"ovens",
oÍundomenlos do teÌo dos condutos e olorgomento do conion; e) novo
Phase
I
oboixomenÌo do nÍvelde bose, controlqdo pelo soído dos óguos corsticos do gruto G8 (Gruno do Momono) e formoçÕo do rede corstico do fose otuÕl do conion' Schérno de t'anotttion du conyon, d oprès Bitencourf 1998. oJ Íormolion et évolution dun ancien çondurf qsocté qu sysfème de atrculqfion des eo(lx kqrsÍlques dons /'cxe tongttudinal du conyon. controlé par le nivwu du potygone: bJ formsfion d'ovens
el effondrements du toit du Çonduit wsl et dégogemenf de la caNerture péllflque en
Nbu!
omant; c) chongemenl du nfueou de bose, conirô/és pr:rr Ia gqlerle-tunnel du Morro
Furodo
el formalion d'ouÍres
réseoux
souÍenolns sur /'ct(e Íron$/erso/ du Çanyon; dJ formations d'wenl eflondrement du bff
des condulls ef e/orglssernent du conyon
ef e) nowel obolssemenÍ du niveou de bose, confrÔlé por la sorlle des eoux kors/iques de lq groÍle GB (Gruno do
Phase lll o cARsrE vol 14 Ho 4
Momono) ef fornrqllon du roseou karstlque proche de /ophose ocfuelle du cqnion. 231
Pode-se considerar que o perfil i.1 atual do cânion seja o testemunho da fase III e que a evolução atual é iy ',. lJl , ,ì marcada por sedimentos móveis no
f!
do eixo longitudinal do primeiro
degrau da zona I, e o desenvolvimento da rede subterrânea dentro do eixo
interior dos condu tos, pela transversal do cânion, a partir da -I formação atual de e segunda fase, apontam as "rpeleot.-a. '[ pelos desabamentos das paredes mudanças de regime preferencial de laterais do cânion (fig. tae).
3.1 - Discussão Dentro desta evolução, podem ser apontados os seguintes fatos : - o cânion apresenta ume evolução comple*à, marcada por uma sucessão de fases de formação de condutos subterrâneos seguidos por desmoÍonamentos de seus
tetos (fig. 16). O resultado é uma sucessão morfológica polif,ísica de idades e estados diferentes,
- as diferenças entre
a
disposição dos antigos depósitos conglomeráticos, situados dentro
circulação das águas cársticas. - a forma atual do cânion é, em realidade, uma forma fóssil da fase III, pois a evolução das cavidades subterrâneas, situadas ao fundo das zonas de incisão, marcam ao menos três fases de preenchimento: duas
fases antigas, com os depósitos
conglomeráticos bastante litificados e residuais; e uma fase mais recente, com a formação de depósitos móveis. A fase atual de evolução do cânion é marcada, interiormente, pela formação dos de pósitos móveis e pelos espeleotemas no interior das
cavefnas e, no extefrof, Pelos
depósitos de decantação em zonas favoráveis à formação de lagos; e finalmente, pelos desabamentos frescos que caem das paredes do cânion.
- atualmente, a circulação superficial das águas encontre-se desorganizada. A drenagem é ativada somente pelas águas de chuva, que corÍem nos pequenos vales secos no interior do cânion e que são, em seguida, capturados
pela atual rede transversal subterrânea. Durante a estação de
chuvas as águas de infiltração provenientes das fissuras e dos abismos entram no sistema de tran svers al, circulação acumulando-se dentro de certas cavidades, formando sifões /^ t í (Gruna da Agua - GI). Durante a estação seca o nível dos lagos
Figuro 15 (oo lodo): Coüdqde onïgo preenchido e suspenso (FoÌo Bitencourt).
Cwité onclenne cornb/ée ef susoendue fPhato Bitencourtl.
Ió {ò boixo): do Íose I do conion (Foto BiÌencourÌ).
Figuro Peúil
Profll de /o phose 1 du çonion. {Phola Bifencourt).
abaixa, às vezes atê totalmente, dando lugar
secâr
às argilas
de decantação. - as águas subterrâneas atuais de são posteriormente capturadas poÍ uma
circulação transyersal
outra rede, paralela ao eixo lesteoeste do cânion, dando origem, a
jusante do Morro Furado,
às
ressurgências que alimentam a bacia
do Rio Formoso (Gruna
da
4.I - Lagoa Santa Os estudos de Kohler 1t978, 1989] demonstrâÍn que o sítio de Lagoa Santa lCoutard et al., Í9781 evoluiu a pâítir da dissolução e dos desmoronamentos da rocha calcária, sob a cobertura pelítica (fig. ry). O
autor estima que a evolução morfogenética do sítio tenha acontecido no fim do Têrciário e início do Quaternário, quando
os
Mamona). Esta gruta repÍesente o
moyimentos tectônicos do Plioceno-
atual nível de base. - cada fase de desmoronanienro corresponde a um abaixamento do nível de base e a uma nova fase cárstica. Assim, provavelmente, o
Pleistoceno provocaram vários escarpamentos e reativações de antigas zonas de falhas. A base da depressão é constituída por rochas
polígono tenha correspondido ao nível de base da fase I, a grutâ-túnel da Grtrna do Morro Furado ao nível de base da fase II e a Gruna da Mamona (G8) aos níveis da fase
III
e atual.
- não existem elementos
cronológicos parâ situar as fases; podemos somente constataf sua evolução a partir da disposição espacial dos elementos descritos ac1lna.
{ - Correlação
e evolução dos
fenômenos cársticos dentro
do domínio Bambuí
A evolução morfológica
do
cânion do Morro Furado distinguese das dos sítios de Lagoa Santa, do vale do Rio Peruaçu São
e
Domingos.
!..2 - Petuaça Os trabalhos de Piló e Kohler f toOrl, Pll6 lr997l e Rodet e Rodet fzoot] apresentam alguns aspectos da evolução geomorfológica do sítio do vale do Rio Peruaçu (fig.
I8) - Este sítio se encontra no extremo norte do estado de Minas Gerais, onde o coÍrtexto da evolução
do carste é mais próximo ao do cânion do Morro Furado, situado aproximadamente I5o km de 1á. O sítio do Peruaçu é constituído por um fluviocarste, com formação de cânions. Nesta região as rochas calcárias são expostas, apresentando
argilosas impermeáveis que retêm um lago. Este é alimentado por águas de
relevos ruiniformes, com desenvolvimento de formas
chuva que coÍrem dos platôs vizinhos, e também pelo Rio
fundamentais como os rillenkarens e os kanens descritos por Bôgli I t 96o] . O fluviocarste é sustentado, de um lado, pelas águas do Rio Peruaçu, que nascem nas formações areníticas, o
Francisco Pereira, que corre no setor
SE do lago. Os estudos polínicos recentes, relizados por Parizzi et al, Ino prelo], indicam quâtro fases de
variações climáticas associadas à gênese do lago durante o Holoceno, entre 6 2oo BP e | 44o BP A fase I, antes de 6 2oo BP indicaumperíodo seco, com provavelmente um clima semi-árido; a fase II, entre 6 OOO BP e 4 6ClC BP sublinha um aumento de umidade, com um clima similar ao atual; a fase III, entre I OOO e I 600 BB marca um período de forte umidade, com diversificação da flora arbórea, e a fase
IV de 16oo BP até
o presente, rnarca â diminuição da umiúde até os valores atuais.
que asseguram sua perenidade, e por
outro lado, pelas águas que
se
infiltram no maciço. A morfogênese do sítio é ainda mal conhecida, mas apresenta inúmeras similaridades com o modelo proposto para o Morro Furado, principalmente as fases de formação dos condutos subterrâneos que acompanham o abaixamento do nível de base. Esta constâtação âpontâ para uma evolução guiada pelas condições regionais válidas para toda a pârte central da bacia do São Francisco lAuler 1999; Rodet e Rodet, 2ool ].
Figuro 17: PerÍil de Logoo Sonto (segundo Kôhler, ì 978) Proíll de
fogoo Son/o fd'oprès Kôhlec
1978J.
*+ 4+ *+*+ ++ Ì+4+ *+4+ *+*+ *+*+ ++*+ *+ =É--'Ta--+n +*+
1,5
F--f g cARsrE vor- 14 - 4 Ho
Couverture
3,0
pélitique
ill -
Catcaire
4,5
tr]
5,0 km
socle cristallin 233
Irì
fl
I996], os calcários foram liberados de suas coberturas
ilF{
pelíticas e areníticas. Dentro
tt,
das
galerias o percurso dos rios é fixado pelo embasamento
d
nl Ft
granítico-gnáissico, pouco solúvel, dentro dos quais foram formados
fô
pontualmente
cantons
subterrâneos. As drenagens são bascante hierarquizadas, mas elas
recebem poucos afluentes subterrâneos: o essencial das confluências realiza-se
â monEanre,
dentro da depressão subsequente, ou depois das ressurgências, antes de chegar ao Rio Paranã, nível de base regional.
Nos platôs da Serra do Calcário observam-se profundas dolinas alongadas, que resultam dos afundamentos da rocha sobre os rios subterrâneos, ï*\Ïo entanto, as raras pesquisas efetuadas no setoÍ
do conion do Peruoçu (Foio Piló, Ì 997). Vue qérienne du canyon du Peruoçu {Photo PÌló, 1947).
VisÌo oéreo
não permitiram evidenciar os vales suspensos ou as relíquias da antiga cobertura arenítica ou pelítica. As (m)
Serrã GeÍal de Goia$
outras formas de superfície são aquelas clássicas do carste tropical;
relevo ruiniforme colonizado
ffi ffi Serra do Calcaíio
pontualmente Por uma vegetação xerófila. Mais uma vez faltam as
referências cronológicas e
as
datações, mas as pesquisas no setor
25303544S55606570
Figuro 19:
estão em sua fase inicial. No entanto, dentro dos calcários observam-se vales de aspectos variados (fig. zo): existemcânions ptofundos e estreitos| dtenados, resultantes de afundamentos
Pêrfil E-W
do selor de Sóo Domingos.
recentes do teto das galerias-túneis
Profil E-W
du secfuer de Sdo Dornlngos,
(Lapa da Terra Ronca), assim como outros cânions muito mais abertos (a jusante da confluência
4.1 - São Domingos Rodet [t99e] demonstra que o cârste de São Domingos (fig. 19) se desenvolve a pertir da posição de barragem que a Serra do Calcário, esta dobrada segundo um eixo N-S, opõe-se à passagem das águas recebidas das formações areníticas da Serra Geral de Goiás
(a leste), em direção à bacia do
Paranã 234
(a oeste). Os
rios
caudalosos (de o,8 mrls a mais de 5 m'/s na estiagem), alimentados ao longo do ano pelo importante
reservatório da Serra Geral
IGuyot, 1996] atravessam subtÊrraneamente
(freqüentemente) a barragem calcâryn através de impressionantes
galerias-túneis (fig. 2o). Como a região está exposta âos processos de erosão já há algumas dezenas de
milhões de anos fMelo Filho,
da Lapa do São Bernardo e da Lapa
do Palmeiras). Estes podem apresentar sucessões de drenagem
superficial e de
drenagem
subterrânea.
De acordo com as análises hidrogeológicas IGuyot. et al., I996], estima-se que, caso as condições hidro-climáticas atuais
persistam, a Serra do Calcário desaparecerá entre 5 e 1o milhões de anos no futuro. Ouruano/2002
4.4 Discussão A apresentação dos contextos
de Minas Gerais e o sudoeste do estado da
morfológicos dos sítios permite afirmar que sues evoluções são distintas. O sítio de Lagoa Santa apesenta um carste sob cobertura que foi observado em outros sítios. Os esrudos polínicos confirmam
Bahia, entre Januária e a Serra do Ramalho, onde
a
evolução recente do lago, durante
o Holoceno. O carste do vale do Rio Peruaçu apresentâ uma evolução mais avançada que o de Lagoa Santa, à medida que o desenvolvimento do fluviocarsre
situam*se os sítios do vale do Peruaçu e do
cânion do Morro
Furado; o segundo, no setor leste do estado de Goiás, onde se encontra o sítio de São
Domingos. 'Outros afloramentos
mais limitados
tealiza dentro de rochas calcárias
são observados nas regiões
desnudas.
de Montes Claros
se
O sítio do Morro
Furado oferece uma evolução mais
e
Lagoa Santa, onde
complexa, com três fases bem marcadas que formam os relevos mais residuais- O sítio de São Domingos apresenta um contexto um pouco diferente: a Sera do
predominam
Calcário tem o papel de barragem,
Grupo Bambuí. Nota-se assim que as evoluções dos sítios se diferenciam
a exemplo da região "Grands Causses" (sul da França). Esta
situação é favorável
ao
desenvolvimento de cânions do
tipo "cluse", mas nenhum foi
observado que
âs
coberturas pelíticas. Esta dominação é também observada em toda
a
parte ocidental do
em função do grau de desnudação do maciço carbonático. As
atÍavesse completamente a serra. LJma outra situação particular
regiões onde predomina
São
a cobertura pelítica,
e distinta, no sítio de
Domingos, é o dobramento das camadas calcárias do Grupo Bambuí perpendicul"r*.rrte lo
evoluções cársticas mais recentes são situadas nas
como por
exemplo
Lagoa Santa.
eixo E-W de escoamento das águas
Conclusão
recebidas da Serra Geral de Goiás. que se opõe a seu escoamento. Esta
O cânion do Morro
situação não é observada nos outros sítios, onde sub-hotizontais.
as camadas são
No intuito de entender porque os sítios apresentam estados
evolutiyos diferenciados; foi realizedo o estudo da distribuição espacial das formações do Grupo Bambuí. A carta geológica de Braun e Francisconí, atuelízada em I988 ltg76 in Braun et ú1., rggo7, áá
indícios claros pâra a quesrão colocada (fig. zt). Verificamos que a predominância mais importanre
das rochas calcárias desnudas encontra-se dentro de dois setoresl o primeiro, entre o norte do estado
o cARsrE vol 14 ro 4
Furadoéoresultadode uma sucessão de fases
morfogenóticas
nâs
formações calcárias que
acompanham a erosão das coberturas pelíticas e areníticas. No entanto. pârece que â redução desta cobertura tem poÍ resultado a diminuição da alimentação em água do cânion, que não consegue mais manter sua atividade fluvial, e a dominância dos processos clásticos. As conseqüências são a irídigência de
Figuro 20: Plono do corste de SÕo Domingos
ì
)Angélico/Bezeno;
Vncenie,3)SÕo Moteus; 4)ïeÍro RoncolMolhqds et 5)SÕo Bernordo/Pqlmeiros. Plon du karst de SÕo Dornlngos, ,í)AngélicalBezerro; 2]Soo Vlncente,3jsoo Mofeus; A)Terro Roncal
2)SÕo
Malhoda eÍ 5lSoo Bernardol Palmeircs. 235
em geral temporárias (durante a estâção das chuvas), o
rïì circulações, t{
h
ilFI desmoronamento de tetos e de paredes de grandes cavernas cársticas, o preenchimento do ôl fq fundo do cânion sob importantes
clásticas colonizadas m acumulações pÇuco â pouco pela vegetação, além
de preencher o talvegue com depósitos de inundações (elementos de decantação e areias grossas).
cobertura (arenosa e pelítica) asseguÍa uma drenagem perene do carste, mas se opõe ao
desenvolvimento de grande s morfologias cársticas.
que possibilita a exposição
Podemos ainda definir três tipos de desenvolvimento cárstico paÍa as regiões calcárias do domínio Bambuí: - quando a cobertura é muito
diferenciada de calcários: erosão ou disposição da.cobertura pelítica? É PÍeclso examlnâr a geometfla dos
importante, ela se opõe
âo desenvolvimento espetacular de
A cbservação de diferentes sítios cársticos nos calcários Bambuí mostra importantes variações segundo os setores
cânions ou de galerias-túneis
estudados, Nota-se uma gradação
suficientemente o cafste Pafa que
de carstes, do menos evoluído
(Lagoa Santa)
;
- se a cobertura é muito reduzída , ela não alimenta e
le mantenha as formas
(Lagoa Santa), aos mais evoluídos
€spetaculaïes (Morro Furado)
(Morro Furado), passando por estados intermediários (São Domingos, Peruaçu). Assim,
- entre estas duas condições extremas, ume alimentação
acreditamos que exista uma relação entre a imporcância da cobertura e a conservação do carste, regulado
pela alimentação hídrica:
a
desmoronamento sobre as formas do fluviocarste (Peruaçu). Neste estado das pesquisas, é conveniente estudar o mecanismo
;
importante faz evoluir as formas fl úvio-cárscicas muito rapidamente (São Domingos), e umâ alimentação mais pobre permite a
predominância de formas
de
depósitos do domínio Bambuí,
a
homogeneidade de sua cobertura e o papel da tectônica,
Agradecimentos : A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela atribuição de uma bolsa d.e pesquisa, ao Instituto Anchietano de Pesquisas (São Leopoldo - RS), ao Instituto
Trópico Subúmido (GoiâniaGOì. a Marcus Vnícius Beber tl / \ a Iean-Pierre (arqueólogo). Bataillon (espeleólogo), por se,rs apoios e ajuda em câmpo, e a Maria Jacqueline Rodet, pela tradução em
g
Português. FiguÍo 2I:
Os sítios e o disÌribuiçôo liïologico das Íormoçóes do Grupo Bombui e o coberturo orenoso {modiíicodo de Broun eï ol, Ì 990). 1)
Mono Furodo, 2)Peruoçu, 3)Logoo Sonio,
5)Formoçoo Urucuiq, ó)F, ïrês Morios. 7) predominÔncìo de colco' peliios, 8) predominôncio de oÍloromenios 4) SÕo Domingos,
colcórios, 9) conclomeÍodos de bose, ì 0) escudo cristolino,
1
I ) folhos pos
folhqs onte Bombui,
Bqmbui, 1 2)
l3ì froturos
i 4 e Íios
e
íiochos,
le$ srïes et Io dist/builion lithologlque des farmçtions du Groupe Bambui el de /o coLtverfure géseuse [madifie de Braun et al, '1990). 1) Morro Furoda, 2JPerudÇu,
3]logoo Sanfo, 4) Soo
Domlngos.
SJiormation Urucuia, ó)F, Três Morios, 7)
prédaminonce de cqlco pélifes,
B)
prédominqnçe de off leuremenÍs colcotres.
9) concloméroÍs de bose. í0J soc/e crÌstallìn,
1
'l) foiiles posl Bombui. 12) faiiles
ante Bombul
131
fractures 14 ÍleLves e't
rtvières,
Ouruano/2002
Bibliografia/Biblio graphie ALMEIDA,
HASUI, Y. r98+. O tuêCambriano do Brasil Ed. Edgard F. e
A.
Editora da UNB, Brasília, 605 pp. PII-O L. B. 1997. Catacterizaçío regional
Brasil central, Anais do XXX
do carste do vale do fuo Peruaçu, O
Congresso Brasileiro de Geologia,
Blücher, São Paulo, 378 pp.
AULER,
DARDENNEM. A. I978L Síntese sobre a estratigrafia do Grupo Barnbuí no
1999. Karst epolution and
?; 597-610.
Recife,
carste,9,22-29.
PILO L. B. e KOHLER, H. C. r99r. Do
University of Bristol : 268 pp. BITENCOURI A. L. I998. Moryhogínèsq
DARDENNE M. A. I978b. Geologia do Grupo Bambuí no vale do rio Paranã (Goiás). Anais do XXX Congresso
quaternaire et archóologie en milieu
Brasileiro de Geologi4 Recife,2; 611-
Belo Horizonte, Roteiro de excursão,
karstique : Ie site ilu Morro Furaào, Serra
62r..
Imprensa da
pakeoclimate oJ Eastern Bra41l. Thesis,
do Ramalha (Babia),
Brisil. Thèse de
doctorat, Université de C aet, 212 pp,
BITENCOURI A. L. e RODET J. 1998. Conrôle tectonique et évolution du
I.
karst dans le secteur nord-ouest de la
Franco-Brésiliennes, Brasília, +j
Serra do Ramalho (Bahia, Brésil).
GUYOT J.-L., AULER, 4., OGA, D., OBSTANCIAS I. e APPAï J.-L. r996. Bilan hydro-géochimique. "Goiás 94-95 - Carste / karst de São Domingos, Goiás, Brasil",
.Han'98 - Tectonique, karsc
er
séismes', Han sur Lesse (Belgique),
9-12 mars 1998, Spílêotbronos, série l 192-196.
no
hors
BITENCOUK{ A. L. e RODET }.2ooo.
Premiers éléments d'évolution karstique sous contrôle tectonique
d'un massif calcaire l la Sera do Ramalho (Bahia, Brésil). Çeologica Belgim,
no prelo.
BOGLI, A, I960. Solurion of limestone
n formation, In: SWEETING M. M. (ed.). Karst
and
karre
geomorphologp Hutchinson Ross Publishing Company ; Benchmark papers in geolog;r / 56; 6+-go. BRAUN, O. P., MELLO, U. e DELLA-
PIAZZA., H.
Í99o.
Bacias
-
5
Expéditions Spéléologiques FrancoBrésiliennes, Brasília, 5 2-57. et préhistoire. Méchodologie pour une
carcographie de l'environnenent des
sites préhistoriques ; l'exemple de Lagoa Santa (Minas Gerais, Brésil). Norois,
KOHLER C. H. 1978. A
evolução
morfogenética da Lagoa Santa, MG.
XX
Congresso Brasileiro de
Geologia, Recife,
I; Í+7-I5t.
KOHLER C. H. 1989.
- }dG.
Têse de doutoramento. Universidade
Inr DE RAIA
LAMING -EMPERAIRE 4., PROUS, 4.,
GABAGLIA, G.P e MILANI, Ë.J. (coords.), Origem e evolução de
bacias sedimeÍrtaÍes,
II5-IlI,
PETROBRÁS.
CAMPOS A. 8., KOHLER, H. C,
C
FANTINEL, L.M. 1992. Infl uências
litoestruturais nos padrões de lapiezamento sobre rochas carbonácicas do Grtrpo Bambuí na região de ltacararnbi/
MG. Congresso
da ABEQUA, Belo Horizonte, Imprensa da UFMG, J; J-lz. couTARD J.-P., KOHLER, H. C. e JOURNAUX, A. 1978.Carte dukarst, rígion fu Pedro Leopolão - Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil. Centre de
Géomorphologie du CNRS, 5oo0o, Caen. cARsTË voL 14 No4
I/
III
PROJETO RADAMBRASIL r982. Levantamento de recursos naturais,
folha r/roooooo SD.zl - Brasília. Ministério de Minas e Energia, Rio delaneiro, 29,645 pp. RODET J. 1996. Repères karstologiques. "Goíâs g4-95 - Carste/karst de São
Domingos, Goiás,
Brasil",
Expédidons Spéléologiques FrancoBrésiliennes, Brasílíu 24-42.
RODET
1997. Observações sobre
l.
Furado, Coribe,
Búia. O Carste,
Morro 9;
70-
'71
RODET, j. e RODET M. J. 2oor. Evolution karstique et ressources lithiques archéologiques. Ile"'<emple du (Januária-Itacarambi,
Minas Gerais, Brésil). Actes du IIo Congrès National de Spéléologie, Genève (Suisse),
r5-I7
septembre
2oOI I rzg-Ii4.
Geomorfologia
cárstica na região áe Lagoa Santa
de São Paulo,
UFMG, J; 57-7J.
Rio Peruaçu
95bis; 319-136.
Anais do
viagem ao interior da terra, ]anuáriaItacarambi. Congresso da ABEQUA,
algumas grutas do cânion do
]OURNAUX A. 1977. Géomorphologie
proterozóicas brasileiras com perspectivâs exploratórias pârâ hidrocarbonetos.
o
GUYOT J.-L. 1996. Hydro-climacologie de la région. "Goiís 94-95 - Carste / karst de São Domingos, Goiás, Brasil", Expéditions Spéléologiques
vale do Peruaçu ao São Francisco : uma
pp.
VILHENA DE MORAIS, A"
C
BELIRÃO, M. r 975. Grotces et abris de la région de Lagoa Santa, Minas
SCHMITZ P. I., BARBOSA, A, S., MIRANDA,4., RIBEIRO, M, C BARBOSA, M. t996. Arqueologia nos cerrados do Brasil central, sudoeste da Bahia e leste de Goiás r o
Projeto Serra Geral. Pesquisas Antropologla,
52; I 98 pp.
Gerais, Brésil. Cúiers d'Archéologie
I., BARBOSA, O. M. e RIBEIRO, M. B. I997. As pinturas
d'Amérique du Sud, I, Ecole Pratique
do projeto Serra Geral : sudoeste da
des Hautes Etudes, Paris, 182 pp.
MELO FILHO L. S. 1996. Aspects "Goiás 94-95 - Carste / karst de São Domingos, Goiás, Brasil", Expéditions Spéléologiques géologiques.
Franco-Brésiliennes, Brasília, Zo-zj.
PAP.TZZI M. G., SALGADOLABOURIAU, M. L. e KOHLER, H.
SCHMITZ
P.
Bahit. Publicaçõx Atulsas, l?-;
Instituto Anchietano de
fi.6 pp,
Pesquisas,
São l.eopoldo.
TRICART i. 1956. O karst
das
vizinhanças setentrionais de Belo Horizonte (Minas Gerais), Relista Brasileira ile GeograJia, ano
XVIII,
4;
45r-468.
History of Lagoa Santa, Brazil. Rniew
TRICARI |. e CARDOSO DA SILVA, T, 196I. Un exemple d'évolution
oJ Palaeobotany and Palynologl (so,as
karstique en milieu tropical sec : [,e
presse).
morne de Bom Jesus da Lapa (Búia, Brésil). Z. Geomorpb. N.F., 4; 29-42.
C. 1997. Genesis and Environmental
PROUS
A.
1992. Arqueolagia brasileird.
237
ívçlutíon wo*Vhoíogirlw du du Moyrt Furaèo
trl
L'
h
Cnrryorc
pressr) sur
d*ns le ffiftr€xl{ ãff r$bteires karxiliís dw Çroupe í]arnítui ,5rrra da Ranrnlho, Bahta. Brisil)
N
/t ô, fYl
Rodet
Pe rqtt i sas
í)'autrrs
rwhertltes se ãit,el*ppmt arttre!!entrttl rlrins d nulrrs ,rrt :ri, d,, n
ogt
'
ì,
,r ! t.rrntple
í'est
ilr l'Ëtnt ãe üaiás,
r
J l,
Le
dans le caãrc des
I r !a4i .\p(l(ologtqu {! l t'aÍ1c0-
ãu Mçrvç Fwrada,
dr l'Etat ,,!t Bnhia,
sit+tí
; il *t f*nti. pur d* séquwrts ãe yorhts píLitt- rar{tonat{w ãu !}rotiro4gïqwe ensiow
tercitarialt
da Çr*ugse Bawbwí (pÍus ú Jüo üírír kw') âistúhuíe entrc h{inss Çerais, í'est
&
{}siás/T*tünti?ts tt ls suã-o*est Ãe rìl Iìahtn, ts! nrarquír par det ítoÌrrttctrs ãiffírenses ães formrc àcrstirlurs, qwi tÕnsltlupttf !rs pn;sages dt plttsieurs súts
prísttrte un modrlr
ronrp!rst d'ivolntian dtt k,trst, aflrtnr trn ras iníãit
#
u jour ã*rs {}roz+Ett fiansíu{
tttti1,xr jt+,squ'à
ls ãçrn*ins ilw
rgg9 ; .BfïfÃ/ü$LRï- gr âOlJË'ï, t17gf;, z{}oü}. f}ts trtírìG1,íH s'ur tlrs siïrs arrhíologiqttrs dnns lr !afi)'on ont írí publiís pa, SCttMITZ er d! . t().ttr el \Lt I.\t íT7. ct al. (trtg^ {BTTEN{:üURT,
'
L* prsiti*n giographiEur dv r*nyen ãws
r"r - .Lt mdre gí*k:giqw dn (lroufe Barnhttí Lú Íithüstríttigraphi.e iw {}rutpe B*nl&ui tËt trÈs va{iabíc à mttse de s*n r-\'fr4sr{,/,t
!ert tlarralt
de
'Ì
sts
vnrtariorts
latirales dt f*riès. llhasinçs t*lannes çtratErapltiqucs ont írd praposírs dnnt !es d {Jí re r t r e, r ígi o n s..\ c r,s,r/1crs srr r urr /rs tftivíitÈx. de
í].4RD"L&&Ë (rç78a x b)
et ãe frR.|üN et
'zl.
{ryg*}
pawr
prísentrr {.'fu*luti*n gíniy*le #u üroupe Ëamüwí 11ui rcnst:itwr le hassi.n du Sííç !\"íittcitc*.
rnrryon
dans lç 5*rrç ã* Ramalì-ro, au suà-çuest
Roue,t
árieur L* granàe wt
rt
]Jvísili*mes.
ras
Le ürawy Ratnbuí rcrrtsponã à une gr*nie unití g{olagiçue et m*rphal*giqwr
x+p
dr I'lÌ O
KOIJiËfi (t7rs,), í?íi-ü (19ç7) er Rül]Íï"er.RüI)[ï (z*ais nn Is sitt
Labçratçire de Ç íol*gir
{'niv,:rsrtí de
.
I
Croupr Banl,ttí.
Lxp{ ã !l
àe
Lsprlr o!
enuircnneynentrtlc ã*t
genèse
dr la vallíe /4 lçnraçw. k rtard Jr 'lans l'Etst ir Min*+s G*rais, er .Èí]l)Ëï (i,lCO) sttr Ie srtt de 5'io !)ontiuÊo", dans
Ãna l.*tisa YieïÍi Êitenrctrt Instrri,to Anthietarc dr Prsqttisns Joit {}rwpo franz*wí
la
lnr dr Lagoa 5artta.
l* sÌtt*.;n Mlté ãu ãnzweine çeyt ác fu rctnyaraisan et,tt les sites ãu
[)ntrs !rs Ltats dc ,\,4ittas Lrrars, la basr dtt Crattpr lìanúuí prisnür r{ts rontarts disrorlsrils Coiás et itahia.
$ nw
avrc ,ies ítthoíagies diterses
ãu rcrle rristaÍíirc, d'âys
Íews
archíen à
pr*tír*qoïqw iwférieur $|RA{ÍN
et nl.,
!gç{}i
h
Çr*wpt Barnbuí
Sr.rra de
t*nsilruí par
esÍ
lrc lcvrnstiçns l tqu,itai,
Sere Í-*goes,
Ssnt* Htlerza, L*goa âo "lamrí, ü TrÊs Marias. i-a
Serva ãe Seudadr
Forrnatia* leçwit*i reprísexte ía bsse ãu {ìrozrpt Banrbu{, notammtnt ians t'Et*t
rlr Ccrãs: rlle rst-fa,mú
''{r
ronglortrirats
arltst r*mtne S&o üwuingos, La
d'ortg,,te glnrinire /)l /{/)t \,\1, rç7 &ft). ()*tr formati*n ** ríisrrtntiwue ; ün fte la tr*uve pas àaw la Sryrs Ãç R*ntalho ni âans d'aatrts rigíons du
et
rotnpnraiiott dr l' íro!utrcn morphalogtqttr
dçrnairw" Les Fçy&qti*rrs Srte Lag**s,
S*r*
Plusitrtrs rapitís sçutwr*'i.nes *tlt
du r,tt5'on du Morrc l'urndo nt'rc rtllr d'atttres strs àtt darttaint pptltt! dt rialtrer r ,tr prnniìrr ayprotbe lr l'h,alurion Jtt
suilioloptaurs. nalíonto!oriau, s rt ì r rh í oloiiq,, r r. L, i r r r lr r r rh r r ri"n !
r
rr
*
I n u.,
p*irct
srcteur suã, ftïna'te çttix
h
ãomteinr ãw karx dw Çraupt Bambwí
x
et
ãans les sitrl assoriís
se{texçr
sorzt
entorc úisyers{*
iloìr ftp!{ìries ãatts Ir ror*txte gínirnl dr I'ivolutiott ãw *.ar* du massif rarb*natí.
iti
rxplories et e-xploití,s sc,,!c,ntrtt rlu potnt íl:s y$hertltes âaÍxs
dt. vue t*pagraphiqwe fes sites
p
*
*lía:'rt*lagiq nt s et *rth éat*giques
swú, Ìe pil+s stuttr.ttt ponrtuelíw, en rlthors
karst. Quelqr,ts !rnvattx ont
;ti
'íw renhsís
nu' l'itt*{uïian des f*rmes fuarsíiçues swpt$rielks à l'ewr*ple de ïÃJC)4"qï {1ufi}, rRrü4Jrï ü ïILVA {e6t} * C7^Íl'O.( et al. 'rlgt\. llszw te tçl'ttcxtÈt le sitt est-cÈÍui ãe
lt
ltltx ítuiií
Lagaa Santa {Mittas Çernis).
líusiewrs trül)ür,x çttt
ití
ríalisís
:
L'OIL1,4RD er n/. {rg7Bì, KO//lÉÀ
(ls:B (I rq(qç' srrl I'ivtlurtan
morph*giaítiçtar ãu sit': ; I.AMLNÇfrM#g&4íÃ,&' et al, {s7fi er PfifiLIS {,ç**) ssr íe rcníexte iwchitl*gique ; JO#,qff.{L,{ {,q;:} suv íc ffintext* gi*marph*k:giE'ae ãrs sites arrhí*l*gitg*rs et plus rêremwÊftï ÌIARLZZI et al, {sows 238
k,Lrst darts
les
dtffircnt, s({tnn s du Croupt
èe Síínta H{.!ena, Lago* ào J arr,ri,
Serra dr Snudndt sottf regrottpies
dnts lc
Jouç-Crcufr P,traopeba. qui nprísentr rar:e
sídine*taïi*n
d.e
plate^frrtne
#rbafiatíe en rnilieu ltttoral et *nr!n, Ls sitlitnmtatìatt d*tient * phs e* plws
Bçmb+tí.
ríalisíx
du cçntwte rrcryhoginítique
1^
$t Lagoa S*nt*
ãr la aaííie i"xt Peru*gw, et trlui ilu
t
- Ï-e sitr et le wiÍiw n*tt+rel rnrtyon ,ttr Mor,'o l'urnda sr dívilappt suv h vlrrsaut *r.wst ãe l* Ierut da Rarnalho, efttrt 44ü s5' et 44o tz' dr
à ys*r*ir fu ía Fçymation Serra Sarrdn-dr, q!!! ttpri5sTlgs t,ne siãimextatian w ynilieu deltaïçarc. Ln
!*rgituã*
síd.i*rcrstatiçtt
l.r
eÍ t3o o#' * ryú a{s' ãe latrtttle strd, dans Ìt t,tttrti'rpr fu t.ot'ibt, ffit swã-*çftst âe l'.Etat ãe lSahi'2, #rg. tj. ouest
La .\eryç. ã* knnmlk rrr'roïïri*ír par les sfçwwrcs pilita-rarb*n*tín âu Croupr lJanbrtl,
qut
Jorrrrrnt lr
bçssirt
Jr
Sãe FE'awist*. "&assin âs $uvcrf#l:e
rratvniqut" dw llr*tír*ryilqxi supíriet* i6Rlt'\ t aì.. tt19r'). Letïr rotrvrrtttrt
a ivo!ui "en plare-fo, trtc srablt, emrr Ba,t M8 {t ïüo Ma, apràs ía stebilkçti** àu ffãtêtx prítü*rbrim tfut Sãts Tï*ncisr*" iALMf.ÍI)jl et Í{,45{;I,rgS+), {ríig, 1,
ãitritiqw
da
Fprmati*n Tris Mayias p*ssèãe fo nnir t n ntt! tt t 'le
essenticllement t
fl
rtv ia
t
t!
r. I .e, I t t hol
rh*qwefonrzatiçn swst ìnàiquí*
ln -fryttrL
une
ãi.triti çue ogt er Ãa.ws
q.
bn,,, ln Strrn lo rtnrrn/Àc
scrrÍ
ln ltthol*gies dn llaratpelta, türtun{ I{s "ïo*rs*üra'ape rãlrqlrcs et fus dçlanzies & l* lo*tzatian *$scwêts tsserctidímztnr
Sete .Lagons,
feuille#w Ies
âe
Iw
sililtes
*t
ìss rathes
ls Íurmatiçn ïü:*te Ï"leíene,
rnlrcir*
ncirs et o*Íithiqwes et
les
t/*lç*tits ãe ltt F*rm*tillr Lag** d* J*rarí, *insi qr,rt Ies póliteí fu lc Ourueno/2002
Fçrnatíçn Sevr* d* Saudaáe.
Morro l-urado.
l-e {s*ssin rl*t Sãç ,Íïraxrix* a a;t'frrsí par
l*
ití
*oawemutts rantpressifs àt
dire#içn -ç58 fuÀffi/dxr
Ëyílr.{
Les deux srrisons saut r**trôÍ,ies par
Ll.s
forntrrtrons J,'quttíti ..l'Lrèi Mnrias sent absefltcs dans la rígior ã.u rcnjon èw
ttttúrrií:tue
b áipícr*ntt*t ãr la 4gw
de c*nwrgrttte int*rtrapie aí* (/"CIT), e* hivsr tçutïter) yrls i '.4,na<aruc, eí efi ílí tjnnvret ) vers
les latitwdes d*t
lfúvíttt.y de plt,srrr,rs aLll(!!vt, tn
Çaiás.
pürti$ílier : -üJÌ,4 [/]y' er aL {rygc} pour lq rçrte gé*ltgiqur ríw Çrwtpt ÍJnmbu|
pl*tmu rmtral, vrcs Le rs*ll ãe f* ZCI"ï t,ws b narã
en ltiyer
ljrçvüqu{ Ia dçute de í'humiã.iti
"Ìlrasiíiana", entre 7rs* &{a et 45a M*" Ces rnüwvsetrírts Õrlt prav*Eui des
et assttrí la S:íníwation ãe re#s thands et sers áe àére*i*n .r'arã-est i*tns ía ri6ian,
ãíf**nntiozrs et âts plis isotlinaux dans la bcrâwre ovest tlu bassin, ãans la rígi*n ãc Saa l)*rning*s, ãans t'Et*t de Coiãs. Lrs ãifarnwti*ns et íes ylis ilnienumí âe rr* plrts attênwis vers íe sert{ur píus 'çe*tr*l, tlans la Srvrre ds Rtm*lho, Ie
Í1€rrrrsttütlt l'ittstaílatiçn ãe Ía périaÃt sètfu. ilans la rígion ãn site, kt ssisou
bassin passàde ães
túi{s rnauodi,r,*wx,
úvtt r.ift rísta*t ãe Jaiíles n*nnaln d.e divrctie* ginir*le h:f-St4i et NW-58, üqns I'wrrâme *ord, darcs l'lsat de Bahi*, rí* failíes intrses ã.e divrctiott L.\t t-WSí4. aver rhtrnurhemn:- t'ers le srtd, lttttirent k ba,srn íIJll{l)f\ À I , rg78* * à; SËlLIÀI et erl,, ryEa). Les rismwx ãt failbs nçrmsles dt
ãírr.rti*ns &Ë-5ÍY {t NW-SE ãans la Serrn io Rnrtta!lto Jírtrnrittrnr les
Frinúpales,áirertions ãu ãir* rfuppement du réxau àarstí.que, Lln granã hi*ta;s siparr les siçwenres
àa {}rawpe l}anhuí des form*tians grísewws tlu Crit*#, ríuuirs dans la ïorvstatittt tÍt'uruia. Cts {arnatt*rcs fttouvrtttt un, grnnd, írettdur, no!úflmett ,lan, la qont certlrale du donrainc Bantbttí tplnreart
üereí),
&
*
plt'r"
& la
rísiiwellernent, sa*ísfürfftt
ks
qpnes
ãw ptateaw, d&ns les
t,*llëss
bwttts tó*aí.rts, dans
pirìphêriqa*
Serra
dw Stç Frcnrisro et ãtt Ftmanã. Elli:s tonstrturut Ìa ynnripnlr sor,rrr dt rts p{lSSe?|t,
r,z
La
-
raãre ãiwr.atiqwt pasiti*rz du si* ,latts k d*maine Í-e
Bçmbwi cowãìtiçnw sa situaíion ãc trsnsitiçu tl.ixttztiqur mtrs b trapiml s*b-hw*ide
ães
xcteurs sad'wt rt terstn-
Etats ãe Mixas Çerais er Çaíás, et le tropimÍ semi-*riãt ãu serteur narã, dans I'Etat ãt Raìtis. L* rigi*n *à sr lççsllse le mttj*n, prësmtt un climat ouest, ãcms
les
th*'url ,zvet ãeux saisçns bien marçwits
'
I'wue sêútt, entre nai tt scijtsfilbre (l'htuer), et l'*utve plt*iewse, enrce fiouení.àre et wars {'I'üi}, o cARsrE vol {4 uo 4
terrain, dnns le mãrc de l' Expíi.ition S p íl iolegi çxe Frarxrofrrísilienne à Saa üoming*s, $ ã'awlre pa*o à p*rtir ãe ía rorssultatian ães olçsetryçtions ãe
*
w*i
à srptemhrt ;les w*is juin, j'uilÍ,$ et **út, nvet les plus sers sowt sàrhe
ães
ííl,u ãr
pridpitations infírieur*s
à ta *m.
,líplatenrn: de tà Zt:ff v*s le sud en etí, perrtttr l'installarion du systìmr I-e
Íj(
C#{lï4Âfi
et aí. (tç78}, KO"Fdi..tà (1978 er rg$ç), PARIZZÍ ct al, (sous presse) p*er Ie sitr' át. Í-ü.güú Snttü, par
Ptl.O et ROtlt ÈR (tggÌ]. I'lt.O Gççl) et ROüË'l et RüIlliï (zr:r:)
p*u.r Ie sir{
ÃOllf
se
4i z - Matiúús L'
et mit*çães
*naiyse w*ry.ft*lagiqxe ãt+ rarcytn
jr -
d,
rcÌruís
ysnfu
(mviran tr :7rr:o). Ì!ççts drux
uzissiçvts sur le
avarcs
çuest de Ia Servrt dok,zmalha f,+it pa*ie àr+ lassin d'üliffientfltían du Correga , ruissenu) Santana, modcstt nlJÌurrt d, ía rivière f*rmosc., issu Ã'u*r ti*dã.e rísurgewr àu üarrega Ma*ona, situíe
ìil*
ríalisê
sàrhe ct
Lt vileví àu profzl t*payxphiqw du a íti. rí*lisi p*r ln with*ãe ãu ,tnrlltmmt altrmëtr t,1ut, en utilisnnt wn
tt4?rïo?,
l!-l/
fitve&l,t tí€ p{e€aíxon} ufte fi't#e â{üúxrgtt
?ín ÇFS St*ur {t
positíonnemefi du paint ttr rífírenrc- Le
ruírul
ã.es âennãts topogr*phiqws
*
l.'itçblissemen.t Ãu prafil ôNt êti ríalisis srtt'
Mi,roso|t
Exre!.
doni,ír,{r, siÍrs dr rotnynrarson ottt étí cl,Írirr,r-r, d'une parl, par dts Lts
taviti
sautew*zne,
,,r ava! du l\'lorra í-urndo f,U.:) l.'mtailr dt, rrttryon rs! ortentír selan la dirertion du systìmr de frnrtuts \Bo" !f
ilx.í 1'Ìtfr5s'tf,
I.'arzlalysu du praJil â.w tanyan du
Marvo Í+tvaà* rüft Ën íviãence plwsieurs
marphal*giqwe
Ã+u
mnyan
tst
quatre ilimett!s pnn(rpãux
t*tïstitkí
ã.t
:
I-* grattt-tunnú *z'aí {Çnrna ãa Ãl{.çrr* Fr+rado), est urce galtrie-nmnel tle z6a m ãe dívdappemm4 qtei a dowti Le nom ãe "Mürrç farado" {morw perti)
; úle torrtsy,urd à
hunride.
tt
sortie ã'unr gtanãe
ln Ctuttn da l\'lanrctta /GB), â 6í)ó n
rcatylto!*giqw dtt carcyon, nütírrftfirefit áes pìt*srs ëaaiwsivrs ãistinrtes, L' ensl*tzble
en
*tne ï*wss*le
tnct'pìtologiqttes
ilíments cúnstiïwtifs de í'tnsemhfe
terrnin, uzu pend*nt
r.n\'tronnontt ,i.ans lrs píriodrs
rlirttrnts
ães
jwtílrt tgg;, et !'autre au díb*rt ãe la s*is*n ãw pÍwies, en noçern*rc lçqó. Noras 6v61ç5 ç$ssní Ia dl,namiqut du ratryon et dr la rtígiort la saisçrc sìtht,
Ics
íthelb.
t*pagraphiquts et ãe I'xnaljse phot*gr*phín &írientzs à
s*t de São
L'enr*itle tlu *nyart dans ít \'{rsiln,
du Morrc Furatlo a ítê viaiisir à partir
d'ohstrva!icns tlr terrain,
fu
*wrpboginítiqwe ãu {âft}ali àu Ì\,íorrç Fwraãa
rcnfffiïreftt
prédpitatians, sçlon tes *ítituãr.s st {$ ã*lt ãt rheque s*isau, s*nl i* fa#eurs resp*ns*bles ilrc ãif!írmr es rliauti çztrs ãans le rípntaine dw Gr*upe Ìian$wí {fig.
(,çg6) p*ur
et
3 - l)esuipti*w et iníer'prétati*n
prot,òqíííut! lesfartts pluirs ,le ln saisan pl*nrkwse, La páriol,e pluvitr,tse a lieu ã.e
e*tte nâ\,{ltxbe * jenvitr, auet dts príripitatians iNil{tietrrls à t8r: rarr {PRüË'1-O Rll},{MËft/ 5íJ, rç 8:'), Lrs v*riatiçns d.# terftpírút*trts ü des
{4 vallie ãw Feru*gu,
ï)amitgos.
rturl'dttur d, nanl-orrsr ãans la ríg'o,t,
n*ve't*brt à rnars ; #s 'pluies
ï
i{
morpl:oíogiEut le phrs
{f,g. kt
*)
sitw
Í'ilíEnmt at;af ãu tâ?rjçn
San ahimàr. ã'n'svir*n
aw*ãessws ãrs
S4{}
r11
árainageskxrstiçwes
wtwels ; elte rtprísrnte un lnúen nivcíau dt hase. {)rs ptitttttrrs rupesrrcs sur !ts
ln gnltrir ffinïqïttnt le passage l'hwme príhistariçte (SCHMLTZ
mttrs de ãe
# *!,, rSgT). Le polyg*ne carrtsponi à wne swfare ã' appr*ximativ exzent ; &*', n'raãelôt en ãiprtssions éans la p*rtie
irrígu{iìrt
r
235
[] oacs*, vrr:s la gaíerie-t*nwel, * ãans la I p*rtir est,ïsrs íe dihüithí aval ãu, €enjüft. n1
átitl
tl
wt *wssí sii+ri au-d*sxs des Ãrninagts Rarsltque5 d{lt,tf ís. l.{t suJ,Ìt( frtí porïÊofie ert dtlrwrtft pnr l,ç Ít,ttoiç ttr!ir,rlrs dtt
i i Ltl - ralrairt etcaisran!. qui otrr rti ãígagíc, "* tatiralement par rrctsls surcess;fs $ig, 7) .
Lr rc*j*tt
tütxstitue wns m.tailfu ãt t,z ltnt dans lr ycrsart! aursl dtt m,trsrí
r,tltntrr dt ln Srrra do Rnmalha. ll
prísrnte deux itztp*rtantts qenes dt trÊtísÊínÊÌtt, qui *trt ívçlwi. à pnrtir ies diffírtrctt s phase s d' rffa*ãremmt, pt'úvÒqtrt(s par lcs vn rintiotrr srrrrrsirvc.ç ãw nit'eau êr bnse
S)
#rS La ryne át tteusentnt I, l* plz+s praf*nàe, attdnt 46 m le ãínit:elê p*r ríullyart au díbeurbí ata.f ãn mrcpon, Sazr vcrsürxl üuest
$l le plus abrupt
et
rtlrnstitt+íe 11ã.ï
xálxe
p$ite p{ntÊ jasçtlaux fft\livçns Ãe 558 m d' a.lti t u ãe. Íh s dípôt s tungl*rnér*ri qw s
"
Ces phases s*rzt m*rqz.tirs p*r le degrí íln í rle íithifiratiott et yar Í'asprct rísiduel tles
ãu
dípôx qui vÈrün\'f,*xt EutÍçt+rs srrrl:,+rs
*it ü ãss {wffs latërtn+x & lç çsvití
çlg. tt.:. Plxs {oin, le #xdüít prí.s*rtr
àrc ren+plissages rttilíauturx * sailll'wx ,,trr,blrs. qut sc dirpr'se,rl att lonX d urt
/ií,trÍlr',' !t ltÌ)cïã !'t'(rtttnl ls vers*nt est dr ia 4sne d.e fftxisÊr*€nt I til t,totrts rtí,rupt (! 6t!iltÌ! í^ j nr d'n!tttu,h :
!r
somntrt, sittti pr,sqrtr att
niuea!,t ãe írz stnf**
r*rheux
dza
m*ssif,
dt limite mtre les rlrux 4or':es ,fr tr{1.ísefi'ttt"tt d* tarci*n. Llnt mai'rhe rzwx
serÍ
erililols ãe lqz ir ir lrrÍívr'sHr ar ït:rsít?rtt irlttivcíant à *Ile du x]{rs&t'ít otsposí
situíe
l.ç
prêsente
un elivcl*ppeflxelxt {?t marrhes, q*ti w{rrtIr,ãefi{ trais ít*pes i'ffirzãrfixsnt. Lír prnrciìrt warsht *st
wt d ennu ãe rerupli ssage c*ngÍatnírati que
azt wzïme
4gne &
wivmu.
ir#ns{t?tfÌit LI prísettte
wn diniveÍi ãe 15 zn par rítp'pürt {iït ãià*çlthê aytel ãr+ ratry*n. L'an*ly* ãe rc ìr'rlrH t ÌJrrnrÌtl ra J'tnvisagt ï ttil rrtüt11ç drrtx phasrs de lrusrtncnl : Ìutrr rnãtírtâlisit Fnr la rnat'rl;r Ittt sr lt t'!trinp
r*
perffití de ronst$tsr ín ãrffitnltí de l'ícçu.lemmí dss eiltffi pend*"xt ln suis*n ães pluies #S. U). Cettr rliffi*lrí m xussi *$sewie d*ns t$ Çruna ãa.Ag**
{.Çt} au cíÊzax d,ta
trrçtfil,,nt
Jornt;r unt)trttÃìnis ltírc à la r!-vnarttiqtte du *.*rst, ttt y*v ronsíguení, à la
d'ipúuti*tt
ãyn*xúqz+t
Itarsti l1uts forcrtinnnelles,
,{Çnt*as ã* Anja}
&
l'ílargiss,.rrtrnï
í'*uïrt
et d' *wt: e rtt rye la
srlcn
* itã étudií par S{líMITl, et *1, {:çge). I.a vestigrs *rrhíal*giqwts,
gai
troisièrw mrzr#:t sr dáïel,spps jwsqu'*tt nivs*u ds bay attwsl ãe rilte qg*e, è 5t4
w
á'alrìr*tãe,
oi;r
se
lot*lis*tt lrs
uCnrna ão ,4g*oo
çattitrs
e* nsumiãwtr*
{Çi) Fural*o (Çz), tautrs rkwx ãit'ú*ppíes sur l'axt transztcrsül d!* rlç Morro
ta!rton, sclon ln dtrtrtron dt, ,iseat.t rlr,
1ftii1r. \3.5' du mo,s,f tarlsonatí La gt'*tte xÇrnnc ds Agt"ta, st situe dsns ls paroi su,l drt ranltort rr príscttte ttnr enlrit bassr (zm ãr lt*utrur) ã'enr,írotz t5 tn de largeur qui perwet tí'ar$der à
urce
gaÍwie
marrfu Ãt 542 w lx la
tprze
fu dr€ustm(nt
l,
erz rcnsiã{r*rct í'inúín*isrtz gircíraít dn t,rrsant . À oru porscn.s qu( r(!t( <an{ * ivohtí p*r reruls pr*grcssifs ã* la tite €ft n'Ínünt du ranjon, à pa*ir ãe ía
íléstqhillsíïti{n
* ã,u ren+l de la roruat'twrr
1tílitique, tüE*ís p(4r
niytr:trt
l*
y*riati*ns ãtt
dt basr, llatts
rer!t <otlr, se tv#av{nÍ lcs grattes ü-1 { G:rlan* ã* 5*íço ìla Mçrrt lur*á*), {}4 {{}rwn'z ã*s ,e{crcÇ $ ü7, *autw íl;s tr*is d**s I'axt tratçsversal àw ranStn, wr Í* p*rai md,
ãa
Lrl 8ïottt-trtnnr! nrttont. ctt '{,'rt,nn Pçnte ã* Msrr* Fwrada* (Ç5). rs*
aussi
tírNÊ
c*ny*n.
dr+
ãe í'{lup!*tiçn de I'msemhÍt r,,o7l:o/oqr4,rr dt, rnnla,t
la s'**rtl,e rfu 552 m de *tte ptìlt ïrtl l'íqwívaient *w*t* ãe !'ít'tpr dr t'!'(tíitnt{tu qtti ,t Jsrntí ln
le Ffi'sl.'ftt awesï, el
si41'
3,2 - Prenièrt approúe
zqile
âíveiopltt
542 n, prisrntant, d*ns sa partie swpíri.wre, o*n abri soars-ror*e, awr ,les
swr
av € n
sit:.i,i au sud-rst
ks ít*yes
si,q)püso?ts i14(
ü. Ln àwxiè'me m*rrite *
j+nq#è
SJZ
y'j
ãçnn*'tt ães rensrigÍttftxuttT
m *tçins
ãu rnujan (flg.
et
Elles n*us
ï{rs
noyà
I-es
íí&nmts àétrits ri-ãxsus prisenteni
les
trois itapts ã'ttpltr*!*ndissemenf t
ír al e ãu r,ttzy *n {f;g. 4'1, t
proyositions suíva*tts
:
lhar' !. - &'c,u.ç si,tpposotlÍ tlans rcttt ítay Ee'il mistait tlíjà uxt swrfa{t útrüt{lÊq
ílübwíe à 1:artir àcs rrculs tatérawx â* parais r*lmiret dans le stútwï {ü së lrÕtí1sr
I'actwl p*Íjgow, I"* p*rtie
&?nÕ#t âu
tânyún itait e*tort ferttzít sous la .D*ns Ia Ltnrtie au*I, ía qerce ãe mewserxerut L, s*t+terrain. i,rc iôVâts
tür,t\ìei'ïtü'e d:. 1tílites.
ã**s
ít se#esr &
le ra*3*n
it*it
ranglot'nír*tiqs.tx rísidNtls, çtli
ent
se trüu3)
*ujourê'htti ãa*s la pa*ie swpíriea*'e àr la
prrrniirc nrarchr qui tntlrqur rrtÍr phnrt,
.(0fll lrs lítnoìns rl'tt,te att(iín,tt sitliwzefitaÈioft stutrrt'aint.
La
pasitia* ãu
dípôt inãir1we nussi qut Lt rígiwt rirrulçti*n ãts m+tx karstiques
á'mu est blaq+tëe penãnnt l* pêriaãe ães p{wics, tlwanã íe nlvrau áu í*r
gaíerit-tunnel ã'appr*xinaeivsnzrnÊ .1&ü q1 Ãr áivrloppemmt (ftg. rzi. Llk riaÍisc la liaisorz *trr. fu rcnyon yropre*ewt ã.it et
ãuyrnffi*
lrt vaíÍfu
Ì),rtsans qt,r
de
4a ,n de langueur; re'rnplir ã'tau,
t*it
tvàs b'ts
$$" n).
Aypa.rr*unent,
at+
l*
perte
dt. quelqurs dìqai*es ãe r*'r.Íres,
stlçn Í'q$#ruation ãe
RüüET (rçg';).
La ptrt* <Suwiàoçr* Lç M*rrç Fur*ríço s cuur'í dans ln paroi nor,l drt ran-yon, pú{ r4?r rcrcãwit d'envirçn j* m ãe ha#m*, tç w ãe latgw et de plws áe tooü rÍ, fu ãhteloppen*rnt. üarss ie porrht ã'entrít, i! y n eu au m*ius ãeux phas* 240
au cçtlÍúrt
á*Íçwiss ds la l:*nnatiçn Lag*a da fatari nwr lrs pílltes ãeïa Íorffiatisw Sevrs da Sauã*ãc, sixt+íe
des
Ì.e, eattx tlc plttrc doir,rnt rartler dans ln ttçlií€, travers$ lx g*l*ie # s'arrêter ãau.s íra swrie
lws lc rawSan,ftnnanl wç lat.
Ctd nt úrifri par laJo*ration éx ã'aryiles çfu ãíusutatiou,
fa.it
ãÉpôts
qui nows
la
àt ta gr'*rrr $ìó). Lcs in;f*rn'rntistrs vã*tit'ss à. *s iíiwetçt* çn; íti çfuterzuts à pcrtir ãe !' *bssffiqiiçrt éts ph*t*graphies *ívimws,
par ía xzrfare srtuel',e ãe rette 4pw. Nous
paroi
:
dr.a tan);,çrz
Çruns ãa tç{atntra (Ç8) etz attal d+r .\4orro Iurçia. quì rot'ftspord à I'artuel nlzttau t* b*st, *v*r les résxrgrxtts
rí.siãt+rls sçnt oltstwis as sçrnmú dÉ rcttt la
drs
&r::as dlsting* íürcs et'ttçïr. ãeírc rsratvs
p{nft}
si.4r
ãt Í'awgmtntati*n
íar qwi st fvül{vsrxJ *.Íars bfuquêes.
ãe se
ãêvtí*ppnit d*ns l'*xe íorzgüuãinaí iw rllxluçtt {Jig.
la
t4a), F*r ix switt, roalesrcnre
nous
à'nvens,lormís
yar ia dist*bilisatiçn tlu rc* âu ronãuit sçw*srr*i*, a prottotln{ l'ouv*.rture dr; tútxÏçtrÌ à Í','xtntpb dr l'at,e* drs ürysss
'lo,4nj*
sit*i à
qwelqwrs rmtaínës áE n'útr€s
ãt4 snrl-flÍ+Êst dr.
Is gr*ttr C{t.
l-ts
tfJonãrements Ãarcs íi çartie av;,! ãu tflnlxn *nt prabrtbltment protaqwí. des Ouruenol2O02
{n &rÍtçrz!:, fat aris ant la Jtrtnattan d' unr gra!!r-trtnnt! nt,t r dést al:
ili s atiçus
l'çuvr.t-tt,':'x ã'une vçÍ.lie dans
yílísdqrm hL
l*
ffiurttrtatrï
ifig. qbS.
ì'l)üç{ I I
t
I íl nOÌ!\'tâtl t1t\'{iìr fl(
rt la lorntarion Jt la gaIrrtr dr In Crtuta '!)*ns ãç fuíçn'* fwrçâc. Ie €ü*yúl , tetts
ítapr u" pratoçr+i
*pprrfo*dissxn(.nts dnns Íes trtrèsfirl{rtrft m*rqt+is
jpz
le
b
pr*jil
lq rirrklatiçt, st trlltr,, bloquíe da*s par exemyle lrz {}rwnn da ,4gua iÇt), f*rmant àts siphans.
àr. Ía
phasr
Prnd*ns la saisçzt sèdse,lt xfutaw des lars
ÍIí u q*r l'it *ít+tiçn actuúh tst marqu.ít p,tr lrs siltmt,n!s ,,teubl,ts n I'tntír t,,t,
il niss e, patf*is jus qu' à {' assirh etnr:i,ï íoÍ*t,
Çrutt*l
l:ura& (Ç3).
Sniao d+ lul"*rra
'la
Àr*:rs paaran s tansiãirer
qw
wÍrail tht rütlyü?x tst un. ïéfttsitr
bsst s'ix.str,llt, pl'frrçqüírftt ía dístabltsuttrn lr la urJnrr,/rr po$gorrr nçttvelíe
Swnidowrc dç Mçrro {wraão (Çz) et la
p*r
I*
ães
nxãuiÍs, p*.r d.e
formati*n actwllt
{{ púr les ãbaulis
ães spáJíttitèmes
t*nzhmt
Ia
J. Ì -
ãt
ttú1ís plLí.ìafis
r(tndrqtt(t' !r Jnrrs sttitants
tlu rawj*tt. Ils#s rtÍrs ph*sc
ívoÍwion *snzpfuxe, nt*rqt+íe
qgne
552
s'esn
dí.vel*y1tí u?t txür4v{ít.tt yíswu ãans Í.'*xe trtznsversçl àu rarsS*n ; í*s gr*ttes
rette
ít*pt
Iií*
à
ttlttr{txt *uj*urà'lsui
se
s*spen&uts ttfossilisy'es (ítS. tü. !-e ã.íbur
ãe la for*rati*n ãe l'abri sitwí ã.*ws xret"i:tflt çttest ãt
í*
lt
reusnnent L $ r# lieu ã*t tçurs fu re*t phast, L'otne'riure en amatÈ ãr+ €q?íyütx *. iv*lwí, atter la írÌ rfiJ
4ont âe
* l'íí*rgissllrnerzl ãrs rrrul ,!e ln grottr- lrilt,te! dnn,
fannatìon
fi !;
- lr
can-ycn
rxarrlte rle {a epne ãe rreus#w*t L et le dhelopp*wnt ár,s ríse*wx sçutryrttins
àe
th**gerrtercís
íll
lhase à
y-d,
pertir ãtu* rrçuvtl+u
elle
a
fu*f*í
treusl,ment, sttitti
l)íir iutt nçutteík yarintíon &n nfuea*
b**,.*utr
!'axt
l.*
lratuvn'sal Ju rnnltar,. ú pattrr
ãe
fu àiveÍopp*rzeret ães {ln+es
ãn Agwa
Sran*i#ovv* tla fuL*ryç
iu
r.rtux &tzrstiquts.
ltt rans'an tst. rn fornr ri*lití, *wf*rtnefassile de ía phast III, - la
artttclle
tuv l' ív*íúiçtz situits aafan,i.
n?{trçnt au
ães
et rísirlwels, et
wne phasc phts
est
warEuie par fus fe*n*ti*ns àes díp#ts ,nrnble, tr dr spí!,;orhèttrrç à !'rntírtrttr
q+ú se !r*ue;t a$uúlem.ent pltcs
ãts çat'itát et, à
v*s
ã.e
I'rxtírirxq par {rs
ãípôts
M.çrr* Fetr&d*, ì.es font przrtit áw bassin áu.
f*
yfuiì:re
l***aso,
à
|exemple ãr ln rix,rcgnzçe G& {Çnrua d* Maznona), {tttt gr*trc rtpríseute I'a,!nrl ni,.ratr dr ba-r,. - rhaque pbcw ã'rffoniremtnt
tffi abaiss,lrfieftt áu *i\,r&w une yz*uvellt pltast k*rstiq.xe.
rorresponil ìi de b*se et ìi
tlinsí, proh*blun*t, le p*lygorce rcrresp*nãail au *ivurw & hasr & la pl:ase ï, la grattt-tu.ztnei ãt l* "Çrunç rlo M*rvc Fwrttd*" au níverül ãe base dc !a phast ! I n !n (,rttrta dn .\'l nrttorta ({ì8) au:t t'tive*ux de l* pì:ase lII et Jil !ril. . ii.r{.r rre ,/rsposorr, pns d'ili,nrnts thr*w*I*giqwes paur siÍuw tes yhaxs darzs Êt temlts, tt0ws pany*!ts seuisment Ëünstetet lewr fvçlailçzt à partir tfu la dtspastÍtctt spnttat drs i!írnertrs dirrits
ú-àrssus.
4 - C*rríl*tians et í.uoluti*n phÃ*unàws *.arstiqxr s ãans
rircnft,
phnrc ,trtuelk ã'ávah$iott ãw ranjan
qui
d'aliwttttrtticrn ãt
k
ayer La"f*rffiation ães ái1tôts raw*Íts. La
rerulíe
est-ül.tts'" ãu t*nSio*, *ìt se t I' u tt I rr s ríst n ux sFh í e r t nt tt s
rr
t"is'tugmr*
ãipâts rcng!*rnírcriçt+es très íithflls
pílitiçue
l'l,st " 1-ç rir'çultttion
i:'.ertsrr:s*ttt,
ph*ses tÍr. deux phas* **riennÊs, aver
âes
Í.* ar*t:n\,. a tu. Íieu íe de la Çrun* áa 'Ìívtl*ppernettt Pçete ãç Mtrrç ?uraã* {Ç5), avet l'yntaissswent dt l* ,'atlít ãors lts dclanirs. rt arrssi dntrs lo t. t!\'er!tttt
sü'ttte.-y&i't'i€s,
àe
nçins Írois
tvttttsvlrsx{ du m*yan.
rextplissuge,
mttírís
ães 4o,aes
{#rJ, {ü:j *r Cruna dp Salïp ãç M* rr* Fura â* (ü j) , rl*ns l'r-xe Furaãç
signale* lcs rígimt yrifirentiel ãr.
ãeux.iè?nt plrúse)
drcuÍ*tiott ães - .Phas rkeníe,
tt
sta,lct ìilJtrcnts. àiSirenr{s eft*'e La ãisp*siti*n ãrs **riens tiÉpôts nxglotnírntiques, situís tfa*s l'*xe l*ngitralinai sur ht prttnilrt
loÌotlis
r
#'Ì'tÊ
- í*
i* 4*nc ãe c1'e't4stfti*xt Il " nvet Íe tlib* dt l'rnraissrx*ent áe la ttsllis ilafts les ftg.
p#
unt
{rfig. ú:}.I} en ffi*àre*ersts Ãt íeuv í*it rísube +trtt swrressi*u m*rphal*giçwr
pohphnsir ,l'âgrs
rlÍ t't loype
ãann*nr, à I'sv*l
:
oó.rrlr yrisrntt
sucrrtsi*n tb ythaxs de fctrm*tlon ã* tond*its s*uterra.ircs s,uíttits p*r lts
tlatrs
- Íss r*ux ãe cirdatìçn ilanst;eysçle tt rísratt sottltrt'atfi arÍtre! ioqt portiritrtrentttrt ffipttìtií s pJy ttn tìt!!t-e r!
à L'axe
/)rsrlrisiorr
Í)&fis trtÍt ipoízttiçu,
lts ,naythw dt
íaiss**t píare à dts argiles ât díranr*#on.
rís{{ín àe drüaÍati*u l: ari ry*t*le, p,rrallàk
des
qones
w dt {a qpl,t 1.1, *itrsi tsnr I'il*rgissenmt tÍn p*rois nx ãe
qtsi
qt).
ia paroi ã.u mngot+ {fig.
rertaines myitis,
damninr lJamltní
J -' ivo!* io n,,, o, pho! o}tq u t I ãu M.*rr* Far*rl* * ãislingw
des sites âe
Prntaru
ãí.rar,tati*n, en rynes.f*vçrables à Ì*
des
q.r
tÌ
i"*go*
Santn,
ãt la
r
r r,r n.van
& #ll'"s Vtti!íe du
tlr S,ìo /)orrriirgos,
hari4anmk ãu mwx rr trü'H1)s litt*tíç et disrtnlinuc ctttre !e po$gofie (t !ts pitrrts
fo*rrnlt,str d, lars, (t pnt !ts ibortlrfrats
r*lÌirc situín à !'isttirimr ãts 4*ws it
* attwsllemenl, ln drrwlaüozt ães eaux sr /,drrur disorBnnrsíe, !r dratnngr csl nrtivi srulrnnrt par !rs par!\ tlr plutt.
Lts ítudes de Küil.LÊÂ {rç78, tgf'g) nroxÍrenf {lue k site fu Lngoa S*ntn {{}üUll:íftü et aÍ,, tg78} a ét'úzri à p*rtír ãe l* àissçluti*n et
*ulmt iíaxs írc pttit* aallies sèrhes n l'inÌírirtrr dn ranl'on rt sont rnsuilt
ã'tfJonãr*ntnts ãe ln yarhe ralc*ire, s*ws ln touutrtttrr pílitrqr* tJig ry\ lÌ tsttntt
dreilse?*t?x'r, ütti1têes seul#nsllt ãç.ns lrt
sais*n tÌes pÍwirs. !-a rc7tturc áes rc.ux ãe phtìe a liw dnns l'*xe transrwsaf ãw t&rwlrz) aìt se dívelaplx a*çretlewmt le ríseaw s*uxerrçin
rntius
Íll
es?
affirmtr
ailuelle, ffiy
ãrux
qtte la
i! #iste au
stadts ã'évçír.tëio* du
rnrrpltrsngt nrttiert, rtolantnretrÍ dans
o cARsrE vol
14
Ho
l* par*i ãu *nj*rc.
qaú
rã{Jturit\ pa, l'atttrtl úsratt transver,s!
.
Nous ne poc,tuütí pü.s
pha*e
qtai tantbent ãe
4
!c
la ssìsan des yluies les talata l'infilffati*n, pras]{nttftt ães
s*wterrain. Fercáant fissures
el
des
íc svstème ie
*vtns, e?xÍïení sttssi
drrzlati*tt
ílíí,fts
trawsvers*le, oìa
Lngaa Snnta
çw I'ivtluíi*n marphagínítigue ãw site a mlieu àl*Jin ir+Te.rtiaire * au ãíbut dtt
{)u$erttaire
!ors,1ue /rs rrrorrlrmrrÍs
t{Êt*riiçwes ãu {tíioúne-Pleistacène ant
prouoqtti
plttsitur, rs(çrppmtnts
eI
241
ll)
riattivatians ãrc arc*mnes rynw defaitbs,
ln t a basc dr la dépussiort cst ranstrtuft ptr '4 des rothts arg,leu*s tmprrmiahles qui
] retitnntrtr un lar. nlìrttetrti par Ies eaux 6\ /r p/r,ir qui raultnt de, hauttttrs !f urvLrcnfiâut(s rr rd rivièrr Iratrtsro d^}lertira
qwi rwb d.nns Íe se*tur SE ãu lar. Lcs itudts paÍliniquts rítentes, rãaiisíes ;tar ?,4-fi.í7*7-L et al. {sous presse),
penâanr I'Hol*úne, entrc.
r 44ü atts Bj). La yitase í, avçnt 6 zaa ans Bl inâiçue une píriaãr *vet pr*bahl*nent un dimçt serxiII. €ntrc 6 ílücl #ís 3I
aride ; la ph*se
Êt
4 óco *ns
"BP, sl7nale
tl'humiáiti,
$MËrilefttãïiê,t
avet un
un.e
rlimç.,
simil*irt à l'**we! : Ia ph*x ï11, entre I oüo e/ ï 6co *:rs ÌÌ,f, m'tlvqi,t{ une piri*à'e fu Jortc Ìtumiditi, aver ln divrrsiJírnttan _fltre arbçrée * la ph*se II & t BI vrrr le rirent, mnrçtrc la din,rinur ton d,r l'hunrrlttí jttsqt,'aux valturs artwrlLts.
&
tentrr'íe ãu b*ssin (,4.U
Ëa
6oa *ns
4.2 - Prrw*çt+
Sao Frandstç
LI:R, t9.99 ; J{ül}Í'ï tt
I.j -
l)omittgo" !.rs írudcs dr RioDL
fttütltrettt
(f;g.
çw
,ç)
fu
le h.*rst
I
Sãa
( tggtt',
I)*min6os
s'rst dheÍ*ppé. à partb ã'une
pasitiarc àe barrag* que la Serr* ãa plixi, ,eÍi.r i* axe Ìif -5, appast
"C*bária,
à l'érottlLnrrnt
des
ra,tt
tssrtrs drs
la Serra Cunl -forrtmtiorts gríseuses tlc áe Ççiás {à I'est}, *t èirection ir+bsssin
{à I'outst}. Les rivíères
áw Ítartsnã
puissantts iêe o,8 *j/s à plus & 5 nrjl s à l'ítiagrj , aíimeniiss t*ffie I'nnnk Ttar Í'aÍltr,avtúrct víssvair ãe !* Serra Çtrçl
{üLi
YOI
Íçgú}
trã1}erseftt
s{rtf errainemetrt .lt plu., sor,r,tnl .' , Ir barragr calrarr p*r tl' tmpressiottnantts galtrics-trtnrtils (fig. 2rì5. (.o,ttnte ln les pwrressus
à'irosiou depuis
l'ívolution
nançtue{lcmeilt des ra?# çns s{*$trveifls. t/
yitrs prorhe ãe rclle
ãu ranyt* ãu Mçrro ïurada,
à
approxit*ntluewwt n*rã, ã.*ns
í'ltat
tSa km ptws au
ãe Eaht*.
vallie àts Feruaçu
est
sitr.ri
Lt
sit{ áÊ líx
t*nstituí
lfl{
w?x
Cryend*nt, an çlsservl ã* vallí.rs ãans les tailnires, il'asprcts variís (fig. za)' il
y*
ães tíltxplvts profanãs et itrçits,
drainãs, rísilltatçt âe í'cSanãrement rírent
átr t+it
galeries-*nntls {Lapa ãa Terr* Rçnr*) czlars çerc d.'*tttres sçnt largernrnl crfuírts (tn nvnI dr la ães
L*pa ã* 5âa Êernarãa et L*y* Ã* Pttírneir*s) $ ptr.*rnt yriseeter
sçuterrainetnent {L*pa
tlintati4urs rzttu*Íles F i;rsist
lrc
&.arrens
ãírrits par
f:Oçff {ry6*'}. Lr fi*tuiolenrsr
pílitíque
peu soluble
átzrcs
et
griseuse. Ilarzs í{s
leq*el
lls
ant creusí
I.es ãrait+ages s*nI trls h,írçrchisís mais
l.r rite àt Lago&
urc h.nvst íaus tçL1?{rlure rz'*bserve
rígi*tr*!.
Sur
fss
plater.ux
all*ngies qui
i*nt
& Íç Serra dç
des
$fonãrm#xts s't4v sauterrsins. Cepmàant l*
Ies fornatians gríseu.ses, *sçwrnnt la
uoííix purrhírs sw ães tí*raìgrzages ãt !'anctenne tottvPrturt grisrusc ou pihtiç+e, Les wtrwf*nnrs àr su,$ate sant ceíles cíassitlt+es àes karsts tr*yitnux ;
pirt*rcití ãe Ia r*ièrt, et d'wtre parí, par les eaux d'infiltratian ãa massif, L* mmyhagwrèse ãw site reste wal í0wx1.t.{) mais prise*te ie ftomhreuses siwilitudes aver le rxçãìIe propasi pour le M.çrro
Furaão, nstamnirnt tes phasts ãe 242
ssrtí
ptíseilÍe
çut í'tn
pas áans les ar.ttves sites,
Les
i.tnáes pdlirzi qw s canfirment l' ívaluti*n
ríce*ts ãu lnc,
att
tçurs
ãt I'HçÍçrì,w.
I e l'arst dc la vallíe du Penaçt'Stríseute une írçitt ion pltts auancfu qw celle de I-ag*a Santa áarcs la mtsuve a+\ ie
dsí Mçrro F'&rado
swbséqt;et*te,
n'a p*s petznís de rnetlrc sfl Éviàewe ies
qt, prend sn
Súntín
il#rcnt, rtays ty t$lressi*n
:
sorrct dans
t,-ivÈre Peruaçu
tst
re'' silcç nous pcrmet
l'essentiel àes mnfluenres se rialise nz
pm d'ffirwts Í#us tffre
reçoivent
dr*ins rt*#ê ães rerherthffi ffirt*írt à re ju.v
p*r fus taux
tafitÈxteí
díveíopyewent du -fluvi*h.arsr * ríalise d*ns tes rçrhgs rakçires tlínuéies. I-e site
ils
áe Ia
sültte&il) Ã'ttrc p**-1,
dr
nn,phalagirlues
Calcária, çn *ilsv'te de pr*fonáes ãotines
fi
erzt.
4.4 - I)tsrusrton La pré.s*nrasiçn ãts
for*es Jond.*ment*Íes rçnme rillewkçreens
sr+p*firitl ait prícidi l* pbase
drntlathn sou*rraine. ï)'uprìs les analy set hj ãrryiol*giqucs rêalisies, {;UY*T et al^ {:çg#} *tíment qa'en 5 à :a &ín, la Se"ra ãa C*lúriç *ura disparu si Íes rçnã*ioxs bjdr*-
bien
les
l}eonsrãç
áe
rl'çtteinÃre te Rio Fqrçsã, nivtau ãe b*sr
farmati*n
São
intannptt, r:"tttis iI ser*bie qu'uxe phax ãi: trÊuserÍruxt
ï)ans rettt rígion, lx rorhts çalc*ires sottt mises à nu., pri.sentcrct ãts reílefs rwiniftrmes, nver iiuelappewent ãe
flwviol<*rst,
ia
III). La tnorpbogmìse ãu site rtste
rcmplexe,
de r*nj*rcs.
des
des sttrrrssirtts dr'!)artie tlrútní( sup*fiúe{Í*rtcstt {t dt pa*ìe tírsiníe
ou au-dslà dts ri.rurgentes.4vanl
avec
àatatisns &úilqafixt.,
ntfont qut tetnÌrÍfttttr',
àìstítrc;es,
eoentwture
est
les
{MELü FILHQ, 19ç6},les r*lmírcs ç* ití lt*rgement ãíg*g{s dt fuur gaIerics-tttnnrls. Irs ro,r,s d. tart rorIÍr:.ís par lr soubas.rtmrnt granilo-grtri<.tiqwr
karst
rt
rerherrb{s
ã'çbstrrttr qwe t'*urs ív*t+tti*r'ts
ia Prw*çw ffg. r8i, Cr sits st ,rotrve í!*ps I'exrrêvne ttori & tr'Etllt àe Min*s {)erais, çì+ le çantexte àt dte
lr
'plusieurs ãizgtines ãe milLi*ns ã'auniçs
asyrcts de l'ívalution m*ryhol*gi1gw Ãu
s/* ãe iavníIie
chrano{ogiquts
mais
rcnfluenrc
Sàa
rigi*n subit
PIIA d R()Hl-tR (rtltst). I'ILO (tg9t) tt R)DET rt RODfT tzoot) priscntertt qwelques lL,i lrat,at'x de
dn
R{}üË1, zrlrx).
gnìsr
6 zrso
ans BP ef sètlse,
rígi*n*tres talr;btx paxl{ tal.tt€ ln pnrtie
rntliq*mt qn&trí phcses ãt
vnrinrìcrts dtmã!tt1u.'s assortíts à Ia ãw lar
ffensefltt?lï ães tondwits soilteryãizxs M(ofttpflBtfiìtl Ì'.rtJortcrtrttnt du tnvratt dc hnsr, re qtrì permrt dr pe,,rl oìr unr ívaluticn gwiàfu p*r tlrs r*nd;ti*ns
les
rel;{s
ruinif*rmes
awt
*ffrt l'ívoÍwtiar Ia plws
trais phases ã'ívolution
marçr+ícs,ftrtn*nt les rtlieJs {w plus rísiduels. Le sitt & Saa Õo*ríngos
prísen* t4n r*ftt.e'xí{ un F{u ãffirrnï,' la Serra tl.s Calcáriç jo*ant lt r'ôle áe harrage,
à í'image fus Çr*nãs
Causçes
{á*nsle suâ fulalTanre). Cetft situation êe carcyorc utfav*rablr. *u 'lheÍappement ãe rypr "thlse", ttais aeatun fi'ts!. tü!tr?,i4, q'ni íraverse entiirtmeftt h rhainon ralrci*. Llnt ttutre siíuaïia.* p*rtiruíiìre et
ãísiln*, i&ns íe sits. ãe São lloewing*s,
rst
fu pííssement
ã.es
rçuá,es tebaires
ãt+
to!çnisís
Greupe Batnbu{ perpendimlairertt*! à
p*n#urllt*t(nt pçr unr uígétati*rs xéraphlb. í ci entore, les replres
l'*xc E-TT il'iffiuiement tles rawx issuts dt ln .\rrrn Grral dr Coias, qut s'opposp Ourueno/2002
à leur í$uleftterxt. CütE rcndiïian n'l;st pas absenie ã*ns les awtres sites, áont tes
Les sites c1t+i príseníent tes évalutions
cçwrhrs sont swbhari4gntal*,
írs úgians
Four rcrcprendrc pat+rq+*ai les p r is e n
te
n
t
des
s
ta drs
h'
o I
u r tfs d
sites
ktzrstiqwts
les pí*s
s*nt situis daws príãomine kt cçuuert+rye
ota
rirentes
pílitiqrrc, à í'er.empÍe de Lago* Santa.
anssi que
la totwerture pili';r,-griswx
línur au Morro {uratto, intrrmídiaires
ifJí r' c n r i s
grísewse
t
"l<arst
oÍrntt
et qwe l,,s modèÍ,:s
soit une Jotmation
impa*an* mais en arnaw ãu
dans h dotnainr du Çroupe Banhi, Ítaç.ls aïçlts ríaíisi I'ittide de la distrìhntton spGtidle lrs Jorntations r!u
Lr mnytn âu Mo*ç *uraãt ,;st le riswïat í'runr rrrrrrrsieft ãe phnses
Groupe Bambtai. La
m*rphagínêtiqtws qai nccatup*gtwnt le
rcilvprttrre
iigagemmt
par l'alimentationhjtlriqw
âRAUN
*
rar*
gíolagiçue tle
FR"4}'/CJSCO}{í $97ú in
#Âdf/ÀI et at., rygrs), aúuaíisir en rg*S, est clairy ct dçyrn.e la rípense {fig. 2t).rVorrs auons t,íriíií rlue la
C*nilusion
ãrs
Jarmatiorzs tatraiy{s
tle
est
la plus inryartaute à Laga* S*rcta,la pÍus
{Saa l}a*tingos}, sait wne rcwperture pílÉo-grisel,se nodíree (l'eruaçu), ll exrstt
donr une rrlalion entre l'rmportanrc le la
lt
I'entrcttm du karst, ríguli : l&
cçwveÍíure
leur ffitweytwrc piiito-grísewse.
lÍ sernbls la r{ã.wrtiçn àe re#r t*uurttur{ *iï ya,ur inildcftte ía
(grisruse et píltttqttr\
repenLant qwr
pircnne drt karst, nrais elle s'oppase nu d ívrl*ppemrnt âe grandes ncorpÍtolegirs
prídomtnanrr la phts inportante dc rorhe.; 'ralcaires dinrdis st trotlrr( datts deux
ã.inrinutiq& ãe I'eliment{4.teçn es sau âu
*.arstiqwes.
l'litat áe fuÍ,ínas {}ereis # le suã-o*rest ãe l'Ítat ãe Êahia, entre Januaria et ln Sewa dç
m*intesir
se{teurs
: I'un, entrr
tr,
n*rã
áe
Rnrrr*ihç aìt se trawttettt Iss sitrs ãs la vatlíc du hruaçw et dw €âttjçt2 ãu &Íçrc*
y*fi*e tlens íe se$i't+r çst ãe í'Etat ãe üpiás oit 5e tïütive _le sik àt Scrt Domingos, ï)' autrffi *fftewrements plws limitit sont çhse*:íes dans Íes rígions dr Mtnles Claros e! I agoa .Çattta, or\ príd.orniwnt le. rcuvrrtures pí!itiqurs.
Ixr*ã*,
et
Cette ãanrinçwe cst ewssi çbswvíe ã.ans
tçw* la partie
auiãe.rr,aíe
d# {)rowpe
I]amhwi, Àbus ponvons eircsi rcmarguet, çte les íwlutior*s Jss sites se ãffirentient
fonc!ton du degrí ãe clínudntrcn du rnnssiJ rarbonatí. I-es ívçlutions
en
karstt4ttcs les plus tt?lttfnnts
ff lrouvrnt, arlt iit rothe
Í*giquement, ãans les se$eurs carbon*tíe a
iti
txposíe
le
pl+u l*,gtrmps.
tüttjç?i qwi, à* cefnit, sen
ne
pawicnt plws
a*ivitifluvi*lr,
ãe* prwessus cf*stitlwts. I-ts canséqumres son,
I'indi#ilct
&s ph+ies), l'(#ãnÃre!nl*t
la
saisou
des çpf+tes et
les parois des granãts cauitis karstiqrrcs. l'etnpâtement du fond du canlton saus
importawtes arcttynul#ions cí*stiqttts rçlonisits peu à p*t p*r la t,ígitntion,
ã'
I'enrombrrmrnt du talwrg par de
ítuãlís. {}n
rlrs
dfJírrnts
sìtes
ní7*ui
nntrtr{
t nriatians selon i$
setteurs
obsewe wne gr*ãatian ães
ktrrsls, dts moins htoluís (l-agaa Santa),
vrrs
-si
dlt
la rctwnture
,:st
plus ívoluís {,\4orro furndol, en passanr par tìts stçdcs intern íãi*ír*s {Sãt í)on'tittgos, P*ntaçt), mais on ffinst&te
s'oppost au drvelopprnwnt spertnrulaire
-
ii la rcwvrrtxtye
u'alirnmk
fst
ty{p ridwitt, dfu
pÍas s*Sis*ewree$ie
k*rsï p*ur
qu'il puisse wainlenrr
sts formes sPtrtarulaires ( Marro Furado).
- efilrt t(s dtttx
rondtlions ex!rêmes,
aÍimfilÍíttiün i?lxltúrtú nte fait ív*iuer k s fo rw x filw a.ksrs r i q u e s írès r api ãern r nt I
{S#o Ì}orzrlngc'
S, *t wnc a[irueníatian plus
laibíe pnvntt la prídowiu*nx ãesfamzes
á.'Ponéreymt swr #lks
ã.u
ftuviakarst
(Peruaçu).
Á re srade fu la rcrlswhe, ì!
ronvtent
d'ítuãrc, le mérqnisnrc à Ì origine J'une rxposition àtlJírentielh des ralraires : irosiçn aw àlíp**tiatt ãe
':t-..+
.::
:
trop ttnportante,
ãts rn*g*ns ou dtsgall,,rirs^twune{s {Laga* Santa),
les
,,Ê
de
&ne
karstiJrís dts ralcatres à' inep*rtantrs
ãípôts
ainsi Ãífinir trois tlpes
uetruiyes riu d.çmaine &ambu.í
dirantation et snbtu
':,::::-!Jo""tts Êfaírt$s). L'obrrrrntron
des
drantage
dít'eíapptnrcnt È.arstiqur pour lrs rëgiorts
àrs cirrulationi, le plus
sÌr.tvutt Inüporatrcs tpendanf
-
tin lno,
à
pr*fit
au.
nrr*r, ,n
pilitryut
í*
ffiitl)ert#ye
Ilfartdrn uantitrcr la giomitrie des àípôts du damninr Bambuí, ?
l.'ltomogíníití àt sa cotrverturr et lr
role
dr
ía reiloniqu(.. Remernernenls ,4"
:
íü C"A?ï,S {üoaráenaçao ãt
,{perftiçoatntnta à.e Pessaal de Nível Suyriar) pour l' attributtan d' une bourse
dt
rcrherchr, I'lnstttulo Anrltittano
de
I)uquisas {Sao Leop*ído - j?5}, l'Ínstitwïa rla Trópiro Subúrrciãa {Coiâni* - ÇOi, Messieurs Martus
Yiniúus freàer {archíalogue} * Jranlieyre $ataillçn (spilialagwelt pÇur lur apptti tÈ I'side sc+r le Íffr#irr, $ à Mnria Jargueíine Rtáet pãa traã+rgã* púo
.o .o
=
púrt't *uês.
"F
u
O CIARSTE
VOL
g
(.RUNA DA AAAMONA
frì
Fi
t lr
il,
A RE55URC, ÊNCIR DO SISTEAAA DO
lr.i
AAORRO FU RADO
^,
rn
LíLIA sENNA I-]ORTA CRUPO BAMBUí DE PEsQUI5A5 ESPELEOLOóICAs
nuito tempo, o neme, ou melhor, a expressão "Cânion do esde há
Morro Furado" faz parte da nossa lista de dicas espeleológicas. Isto graças ao nosso arnigo francês Jõel Rodet, que andou pelo carste de Coribe
na época em gue orientava
a
geógrafa Ana Luísa Bitencourt, tendo feito um reconhecimento
e descrições das cavernas
da
região. Para cada entrada detectada Jóel fez um ponto no seu croquis (O Carste vol. 9, n"
3). Assim, havia
o Í, 2
3,
{.....números estes mais do que suficientes para aguçar nossa vontade de conferir cada um.
Como ocorÍera na expedição de
1999, desta vez (zoor) também estáyamos hospedados na Agrovila 23, na pensão do simpátic o Zé áe
Tim. As atividades concentravâmse até então nas proximidades da Agrovila, e eÍam divididas entre prospecções e novas investidas em gÍutas já conhecidas. Após 5 dias
nesta rotina, e como nada muito promissor havia sido descoberto, optamos por fazer um breve reconhecimento em um povoado situado na parte alta da serra do Ramalho, â cerca de loo km da Agrovila. Seu nome era bastante animadorr Descoberto, Tão animador que, neste dia, todo mundo foi para 1á.
Descoberto
já havia sido
visitado em outras duas viagens, tendo sido descobertas várias gÍutas. Dentre elas destacam-se a Gruna de Descoberto, situada praticamente dentro das ruas do povoado, a Gruna do Enfurnado e a Gruna do Anjo, famosa por sua gigantesca estalagmite d.e 2o metros de altura, ornamentada por belas pétalas. Somando a isso, havia o cânion do Morro Furado, que era
mais perto de Descoberto do que da Agrovila 23.
A estrada que leva ao povoado de Descoberto é de uma beleza singular. Apesar de não ser um tâpete, sobe pela serra calcária, atravessando um mâr de lapiás e uma verdadeira floresta de cactos de todas as formas, com espinhos de todos os tipos e tamanhos que
SISTEMA DO MORRO FURADO CORIBE - BAHIA
insistem em nos espetâr. Claro, não
resistimos e entramos nesse mar, para fotografar e fazer uma pequena prospecção em busca de
GRUNA DO MORRO
alguma entrada para o mundo subterrâneo. Encontramos também
vários cactos floridos, instalados sobre a rocha nua e írida. Difícil imaginar como sobrevivem nessas
GRUNADO MORRO FURADO
T GRUNA \ \.oorHlo GRUNA DO ANJO II
J {
condições.
Como em uma carfeata, chegamos finalmente em
I
Descoberto, cheios de esperança.
I
il g\
2M
qr
sì
*i
Ëì
BOOUEIRÁO DO RIACHO OE FORA
H
Logo na prâça, vm cattaz
e
decoração típica chamou a atenção
de todos; iria haver uma festa Ourueno/2002
à lewr íroulement, Cette rcndiilçn n'i:st íes awtres sites, doilt ks
I-es sites quí prísewre* les iyolutiçns
pas o&se'"l;í.e ãans
&"arstiqww
stnt satblstriqantal*, Four rcmprendrc pourqu*i les sitrs prísmtmï árs stotles ívolutifs ãiffír'enciís ãsns l+ ãçm*inr dw Çr*upe Êam&tlí, 11úas ilvans yiaiisí I'ituãe Ãe la
les rêg{ons
couch*s
ãistribution spãtifrle áes fornzatiatzs rht Cr*upr B*mbui" La rur* gioíogigtu ãe
ÊRâUN
et
ËA.4NCJSCüNí {ry76 irc
,BR/t{iN et nl,, rygrt), aetw*lis{e en 1988, e"rt daire $ ãçilftr la ripanse ifig, 21). ffçr+s avçns víriJií que la
prídominanre la p!us itnrorrante de rorhes
'calratrts
diurdirr
y t,'orw
ssiletí{s : í'un, {nÍre le ]tí..ittau
n*rl
dans det,,
les piçs
rí*ntes
sont
situís ã.üns
*à príãamíw la cçuverturt
pílitiqwe, à í'mernple
ãe
{-agoa Santa.
Csndusiotz Le ranyla dtt Morro f'ttrado rst Ie
rísutat
i r,n, ,,,rrrrsiort de phasrs
mtryhaginétiques q*ti arcornpagnerct lt d{gagewtnt ãts fotmations mlt*irts d.e Irur couvrrture pílto-gríseuse. Il sembÌs
qur la ríd.urtion de rettr rìuvrrturr att Ítour tnridrnce !a
repenrlanr
diminttron
I'alimentation rn rau du t{ux4çw quí, ã,e rcfnit, r* parvirnt plws à rle
a*ivitífluvieh,
l'Etat
ãe
rnúircte?tir sün
Ç*rais et le suá-ouest rll l'Í,tar
ãe
des prorrssus rlasliques. Lts consiqutnrcs
de
*w
pr*fit
BaÌtia, entue lana*ria et is S*rra do Rwutího oà se treztvent lcs sites dc la vallíe ãw lerwaçu et ãw €any#ft Ãu Mçwe
&s pfuies), l'effanãremext
Furaão. et I'autre ã*ns te srríewr est d.t
rles patots des grandes cavrtes karstiqucs,
I'l,tat de Ççiás *it st
l'rntpâtentent du fond du ranyon
S ãa
üomirzgas.
tì,atwe .b site âs
]j' awtrss
afJteurtwenïs
I'inãigrnre ã# úr&.ríatians, lt plws sfixleffÍ trtw1i*r*ires dpmãant la ,ìisçn
snnt
d'
inrpartant rs
ar
des vtittss et
curwuíatioru
sous
cí*.st íques
píus limités sont ohsen'fus ãans fus rigians
rclonisies peu à pew
de hlontes L'laros et Lâgott Santa,
I'enrombrement du tnlweg par dcs dípôts
oìt
rte
par la
v{gátation,
il
pridomincnt lts rcuvtrtwres pílitiqrtes.
de
Cette d*minaute est *t+ssi ç$ssrvfu â*ns
grosslrrsj.
tçwte la
L'obssrvatiorc àes Ãiffirents sdrss knrxiftís l.rs c*kaiyes B*wbu{ ffiüÍrtyt d'imp*rtantw vsriatians selan les seü$irs ítuãlâs. An abserve wxe graáation ães
pwtie oriãe*tals dü {}roapt
Bambuí, N*us pauvotts xinsi remargwer
ãffirmcient du degrí de dénudation àu fonrnon
çre en
tes iuotwtions dss sites st
çíléments de dírcntatiatr
lagiquement, áans les setteurs *ì+ t* r*tlte
pass*rct
carbanalíe s
íti
uposíefu
plets
bngtwtps,
par
ãarst
{5âo*crningos},
sait wne
dts stadl.s
intermiâiaircs {Sã*
Ilc*tinges, Peruage+), wais an {anstate
est
cçaysrture
ll
pí!ito-gríseuse modirfu r.Peruaçu). donr utre relatiort entre
eriste
I'inrportann dr ln
tüwerït4rc et I'efttretien Ãu h.nrst, rígulí par I' a{imtttation
Ãriqw : la cçuy wtwre (grisrusc et pílinque) dssure un drainage h3
pirennt du knrst, ttmis elk s'opplst au ã&teloppnnent
& gr*nd*
morphologies
karstiqurs.
ün pr*r ainsi difirzir trois types de áfueíappmunt *.arstique pour hs rígirns rairaires ãu àçmaine Bantbui : -sr la cotwerlufe i:sl trop tffiporlgnlel elle
s oppex au dá,rlopptn,t,ìt spertotrlairr
ães
ranj*ns
*u
rlrsgalerárvtutznels (Lngoa
Santa).
-
,i
Ío ,oorrrr$ye
íst trêp ridwiw, eílt n'alimmfe plus staffis*wmmÍ l* k*rst poar
qu'il sp
puisse mairuenrr
çes
Íôíwts
ertarulairt s (M*rro Fwr*áo),
- enÍtt
tes
deux ronáitians
une alrmentation imporìanta
karsts, dcs moins nolués (Iagoa Santa), pcrs les plu, ivoluís (l4orro furado), ut
se.
la rouvertwrt píli*gríseuse
intrnúdiairrs ofJrent soit une fonnatrcn gríseuse impartaxte mais *'t amo# ã.w
sabks
masstf rarbonatí. Les ívolutions yhx afiúffines trü1.íven.t,
*.arstlçwes fus
aussi que
l* píus itnpart*nte à Lagaa Sarct*, k plws tínue au Morro ïurado. eí qttr les modìles
I es
Jo rn rcs
f
uv ro-karst i que s
extrêrnes,
fait
ívalwer
très ra pi demr
nt
{Sao üomingas), rí une alirntntatiat plus farblr ptmrct La prídominanre des formcs d'rffondrement sur relles du fluvioltarst (
frruaçu).
r
la rrlttrchc. I rotwient d'ituãier le mímnis*te à I'o@ine à'une expositían àifférerctielle ãcs ralçaires :
A
stade de
írvsiçn ow ãííp*sitian
Ã.s
la $wrertwre
pílitiquc ? llfaudrn txaminer l*gí*tnítie ães ãipôts ia ãamsine *arnbtaí, l.'homogíniiti dr sa rcuver!ut'e t le rôle de la ttctoniqur. Remerdernen!s:
'4 Í* CAIIS {{oaráenaEão àe
,4perfeiçaamtnta áe Fessoal ãe Nível Supetior) paw I' attributi*n á'uw bouyse ãe rrtberçhe, l'Ínstítuto Auchietríno àe
Prsquisos (Sno Leapatdo - RS), t'.Lrcsíítwro ãa Trópirc Subúmiâo
(Gaiânia
- {:O},
Messieuys h{arçus
Yinkius Btber darrlsí*logue) x J*nnPierrs 8 *taiílon
{sp
ií{alague} t pawr
lwr
apput (t I'aide surlr ttrrain, rt à Maria lacquel.ine Rodet ptla tradttçao pt!o
õ oa
p*rtugaôs
.N
u O CARSTE
VOL
g
rTì
FI
tr t;
rl. H
(,RUNA DA AAAMONA A RE55URúÊNCIN DO 5ISTEAAA DO
ô,
!r.i
MORRO
FU RADO
m
LILIA 5ENNA HORTA CRUPO ER/,\gUí DE PE5QUI5A5 E5PTLTOLÓCICRS
esde há
muito tempo, o
nome, ou melhor, a expressão "Cânion do Morro Furado" faz parte da nossa lista de dicas espeleológicas. Isto graças ao nosso amigo francês Jóel Rodet, que andou pelo carste de Coribe na época em que orientava a geígtafa Ana Luísa Bitencourt, tendo feito um reconhecimento e descrições das cavernas da região. Para cada entrada detectada JóeI fez um ponto no seu croquis (O Carste vol. 9, n"
3). Assim, havia o í, 2 j,
4.....números estes mais do que suficientes para aguçar nossa vontade de conferir cada um.
Descoberto já havia sido visitado em outras duas viagens, tendo sido descobertas várias grutas. Dentre elas destacam-se a Gruna de Descoberto, situada praticamente dentro das ruas do povoado, a Gruna do Enfurnado e a Gruna do Anjo, famosa por sua gigantesca estalagmite de 20 metros de altura, ornamentada por
Como ocorrera rìa expedição de 1999, desta vez (zoor) também estáYamos hospedados na Agrovila 2J, na pensão do simpátic o Zê. de Tim. As atividades concenrÍaYamse até então nas proximidades da Agrovila, e eram divididas entre prospecções e novas investidas em grutas já conhecidas. Após 5 dias
nesta rotina, e como nada muito promissor havia sido descoberto, optamos pot fazer um breve reconhecimento em um povoado situado nâ parte alta da serra do Ramalho, a cerca de loo km da Agrovila. Seu nome era bastante animador; Descoberto. Tão animador que, neste dia, todo mundo foi para lá.
belas pétalas- Somando a isso, havia o cânion do Moro Furado, que era
mais perto de Descoberto do que da Agrovila 23.
A estrada que leva ao povoado de Descoberto é de uma beleza singular, Apesar de não ser um tapete, sobe pela serra calcária, atravessando um mar de lapiás e
SISïÊMA DO MORRO FURADO CORIBE - BAHIA
ì
uma verdadeira floresta de cactos de todas as formas, com espinhos de todos os tipos e tamanhos que insistem em nos espetâr. Claro, não
resístimos e entramos nesse mar,
GRUNA DO MORRO
PONÌF DO MORRO FURADO
para fotografar e fazer uma pequena prospecção em busca de
alguma entrada paÍa o mundo subterrâneo. Encontramos também GRUNÂDO MORRO FURADO
\- GRUN^ \ \.DoANJo 'r\ GRUNA DO ANJO II
J { Ì
vários cactos floridos, instalados sobte a rocha nua e árida. Difícil imaginar como sobrevivem nessas condições.
Como em uma carfeata" chegamos finalmente em Descoberto, cheios de esperança.
Logo na prâça, um cattaz
e
decoração típica chamou a atenção
de todosr iria haver urna festa Ouruenol2002
junina naquela noite. Alguns até ameaçâram ficar ali mesmo pela praça esperando pela festa, mas
melhor do que esperar era aproveitar o tempo e ir dar uma olhada na gruta mais próxima. Quem sabe aqtrela dentro do próprio povoado... E assim os grupos de espeleólogos iam se formando e se dispersando para o reconhecimento. Para os menos afoitos, e como
de prâxe,
precisávamos
de
informações. Rumamos para o bar de perguntâr e procurâr quem pudesse nos levar às grutas, Aos poucos as equipes iam sumindo na poeira da
mais próximo e tratamos
caatinga. Parti naquela que ia ao Morro Furado. Nosso guia sabia chegar no cânion, mas também
falou de uma ressurgência no caminho. conhecida como Mamona. - Sim, vamos 1á também. Depois de 17 Km de estrada de
terra, partindo de Descoberto,
-cÀcoÊ cÉRÀMrcos
deixamos o carro e seguimos
poÍ uma trilha não muito fechada
em meto a uma matlnna,
Reconhecimento feito, voltamos ao carro e partimos por outra trilha, seguindo o qlre parecia ser uma
Chegamos na margem de um
drenagem secar pâre a segunda parte:
córrego e o nosso guia disse que
coúecer o caminho para o Cânion do Morro Furado. Um pouco mais longe, vegetação bem mais seca e chegamos na porta de entrada do cânion. E que portal Também uma alusão ao Peruaçui um enorme túnel, com 3o m de altura e 25 m
era o
rio que
saía da caverna.
a pé
Mais
aiguns passos e 1á estava
o
imponente pórtico da entrada da Mamona, que nos fez lembrar as grutâs do Peruaçu. Andamos
rapidamente atê sua
base.
Lanternas ecesas, pé na água. Pés, pernas, cirìtura, pescoço, nós já nadando e a galeria, sempre alta, fazia :url'a cuÍvâ parâ a direita e ia embora. Após 2oo metros, chega
de largura, e praticamente plano, já
foi
usado pelos moradores como
passagem para as câffoças e cavalos
para as fazendas, no passado. Um vento refrescante nos amenizava o
por ora. A grura continua
e
promete, mas era necessária
a
exploração com bóias. Por entre
a
calor enquanto adentrávamos aquele ambiente familiar. No fim do túnel, enfim avistamos o cânion. Sim, era
vegetação, foi possível também visualizar uma entrada superior e
ali, Enquanto admirávamos várias pinturas rupestres, imaginávamos
alguns espeleotemas. Tâlvez outra gruta? Mas um desnível a ser superado para chegar realmente na entrada e a necessidade de ainda
ir
ao cânion nos fez deixar esta
exploração para outro dia.
que gfutas estariam nos esperando.
Mas era tarde, hora de voltar. Havíamos combinado de encontrar todos em Descoberto para retornar
à Agrovila. Um longo caminho ainda.
cAcos cÊRÂMtcos
GRUNA DA MAMONA Localização UTM 231 X= 581.785 Y- 8.494.391 Proj" Horiz.: 590 m
Desnível:
I
m
Tôpo 4C BCRA - junho/2001
Grupo Bambuí de PesquÌsas Espeléológicàs Groupe Spéléo Begnols Mârcóule
GRUNA DA MAMONINHA Localizâçáo UïM 231 GRUNA DO MORRO FURADO
X= 581.777 Y= 8.494.350 Praj. Horiz.: 60 m
Localizàção UTM 23L
tq iz
Desnível: 10 m
X=582.113 Y=8.494.165
Topo 4C BCRÂ - junho/2001
Proj. Horiz.: 160 m Dêsnível: 7 m
Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas Groupe Spéléo Bãgnols Marõoulê
o cARsrE vol 14 uo 4
0
l=:::rã-J
100m
Topo 4C BCRA - iunho/2001
crupo Bambuí dê Pesquisas EspelêÕlógicãs
245
Chegando em Descoberto, o f.i povoado tinha se transformado: if a Festa Junina. Quase tínhamos ] nor esquecido dela. Metade do {* grupo de espeleólogos já rondava õ.1" alameda de barib,.ri enfeirada | ã" ba.rd"irinhas coloridas e com
til
vários botecos cheios
de
caipirinha, cerveja e petiscos.
*Vamos ficar só
um pouquinho.... De pouquinho em pouquinho, começou a quadrilha. Primeiro as crianças, depois os adultos, e por fim o casamento na roça" Lá peLas tantas. finalmente resolvemos voltar, Ainda bem que ainda festavam alguns que sabiam o caminho de volta e ainda bem que não era uma estrada moyimentada. Por unanimidade, quatro dias depois mudamos de mala e cuia para Descoberto. Com um pouco de pesar despedimo-nos do Zé e
da Maria, cujos olhares
e
expressões não escondiam a tristeza desta partida antecipada. Já em Descoberto, a primeira dificuldade foi a acomodação. No único hotel existente não caberia nem a metade do pessoal, e muito
menos a quantidade de equipamentos, que a cada dia parecia duplicar de tamanho.
Como
segunda
opção
equipe, respondi, sem muito
poderíamos alugar algumas casas
enruslasmo.
que estivessem vazias, mas
Mas ao olhar o quadro me deparei com o "Mâmona".
a
separação do grupo não era muito agradâv eI. Felizmente lembramo nos da possibilidade de conseguir algurna escola que já estivesse de férias. E assim foi, só que era exatâmente o último dia de aulas e ia ter ainda uma festa na escola. Enquanto isso, o jeito foi esperar
no bar... Até a hora da festa, mesmo cansados, foi divertido. Finalmente depois desta pequena
maratona instalamo-nos na escola, grande o suficiente para todos e respectivas tralhas. A rotina era semelhante à da Agrovila, com algumas adaptações; banheiro e refeições eram no bar do Gildeon, a cerca de 2OO metros da escola. No meio do caminho ficava o posto telefônico. Todas as manhãs aproveitávamos o quadro-negro da sala para montar as equipes. O famoso "planning": 4 ott 5 opções de locais erarn escritos e cada qual se encaixava "democraticamente" naquele em que tinha maior interesse. - Onde você vai hoje? Alguém me Pefguntou. - Não sei, onde estiverem precisando de completar alguma
Rapidamente coloquei meu nome e oulros Íromes cambém foram aparecendol Vitinho, Jean Loup,
Gilles e Orlando. Macacão de nylon (quem diria?). Mas era Llma boa idéia, jí que poderíamos passar muito te mpo dentro d'âgua. Bóias cheias, lanche no bidon e olhos brilhando, lá fomos nós para a gruta. Debaixo do grande pórtico da entrada, dividimos as funções e começamos a topografia, não sem ârìtes Pequenos acertos de linguagem, ou seja, quem fala em que língua para quem.
- Opr, Jean Loup, você precisa falar as medidas em francês, pois é o Gilles que está anotando. Vitinho também convence todos a fazer bases nas laterais da entrada, para ficar bem
marcado. croqursra..,
Jí que ele é
o
A galeria da Mamona é algo I5 metros de altura por 15 m de que realmente impressiona, de
largura. Iamos tranqüilos na bóia
o tempo todo, pois era fundo, sem ilhas, nem bancos de areia e nem pedras no caminho...e nem
uma pontinha de nada
nas
paredes para o apoio. Târefa nada
fácil para quem lia a bússola (no caso, eu). Esticar a trena atê tbâ-
la de dentro d'água sem
ser
puxada, tirar o capacete, iluminar a
bússola, descobrir qual luzinha
lá na frente era a outra
base,
manter a bússola seca, na base fixa e,.-invariavelmente e sutil corÍenteza ou mesmo uma marola de alguém que tinha acabado de passar deslocava devagar e sempre a bóia para longe da parede. Tiido
que nos {ez tir bastante, e sob Ílossos argumentos de que não era necessário e que poderia acabar perdendo a tÍena toda, ele então tÍocou por uma bem meÍÌor. Assim conseguimos traçar uma seção do fundo da galeria medindo a profundidade em vários pontos junto ao sifão. A média foi de I metros. A água limpa e as dimensões da galeria indicam um bom potencial para espeleomergulho,
Demos meia volta
e
tinha que ser muito rápido para poder dar certo, ou quase. Numa das puxadas, e trena arrebentou e eu ganhei um belo corte tipo faca nos dedos. Mas tudo bem, naquele grutão isso era o de
retornamos à entrada, não sem ântes explorar o conduto lateral, que infelizmente era bem peqúeno: apenas 25 metros. Como ainda era cedo, fomos para
menos.
inexplorada) batrzada então de Mamoninha. Após uma rampa íngreme na lateral direita da Mamona e uma pequena escalada, chega-se à
Após alguns
meandros
avistamos um conduto lateral à direita. marcamos sua entrada e prosseguimos eÍrtusiasmados no
principal. A galeria continuava totalmente alagada, funda e ampla. Mas eis que sem aviso, já a 5OO metÍos da entrada, surge 0
implacável sifão. Jean Loup
adianta para medir
se a
profundidade, amarrando uma pedra na ponta da trena. Até hoje
não sei o por quê, mas
ele escolheu uma pedra tão grande
a entrada superior (ainda
alguns tão grandes e próximos uns dos orltros que dava para perceber o formato e o tamanho de toda a peça. Devido à proximidade, havia
boas possibilidades
de
comunicação com a Mamonan mas não achamos nenhuma ligação entre elas. Ao todo, a Mamoninha somou 60 metros de galeria única, sempre secâ, e uma pequena rampa descendente no
final. Fim do dia, material na mochila e caminho de volta para a cidade. Mas não poderia deixar de mencionar as boas horas que passei com esta equipe neste dia. Não sei se pelo bom humor constante, descontração, ou pela caverna, mas foi um dia diferente, daqueles que
deixam
saudades.
g
entrada bastante ornamentada da
Mamoninha, cuja visão para o horizonte é magn íf ica. Novamente fizemos bases nas laterais (mantivemos as mesmas funções na equipe). Realmente toda esta beleza e proximidade de um curso d'6'gua não poderia dar em outra; achamos uma enorme quantidade de cacos cerâmicos,
A esquerdo o quodro-
negroeo"plonning"dos equipes, Ao lodo o enÌrodo dq Grunq do
Momono Fotosl
Jocgues Sonnq e Vitor Mourq
O CARSTE
üvwza tt* M.aatutn
hì
^
Ríswrge.l'n
h
& t*ut{s sl?ies et ãt í*utes l*
ípiws
dtr Systèn* du Mty"ro ?w'*ã*
yti
d'*w pru plws près"
(r/
4
I í!tn S,ntt,t i Íç,rn
tt tllus
ü*qa
p()rtt
^,
í'cr,,rlrsnr
í{*nzín{
I yel
Ãe
eo!ógira,
le
très
* **r*,,*t*
l*ugtnxys
i' repressian " {)**ry*n il* ;\íeyrç
partk
rÍe
F
plutôt
urada";t'xit
n*tre listt ã'inãir*í.iotzs Lr rtú grârt à n*t',:r nmi
spílído,giçwx.
frntçnx'f*fÌ. Ë.*rlrt çti 't
si{lçtiní
b
ftarst de
C*ri$r à í'êp*çw *ir il wiez*air ía gê*gr*gtht ís,zis llitszrourt q*í f*tsait al*rs d.rs rnhrrrítts lü rígi*n. üriuí<i tflertua 'lans un rtltírcgt ãrzas ía q*ne rt.fit Ía ãrsniptlon
An*
,4 thaqwe *xríe détrctít, il -{it ro|esp*fidre utz p*ittt .{r.rí "Eü?1 nrçux" {{-}
Ã*s rtzynxes.
C ars t t:. lbí.ts, rr 3],
l
t,z,j,4.,,trtte sír*
de
f
r:s1 il 1 nu ait lt s p ai
n*nbres
zw+s
n
ts
s'tffisail
riíià arnpír:i*mt falu, üi&ttistr n*trc cppítit
à tírfier
thúr:,4* ã)$ü:1"s tr'';x'.
Ç*nns
*t
r*urs de í'mpíãitiçn de y;çg, rc.ttejais mr*rr (t"rsrx) n*us çlíir'ns êt* hélrt Ëit rì,,{g:T":uilc 27, âans I'z pensi*n tle l"zim*ltb l.í &. !:yn. L-es
**lttirís sr
sürit t*1,ít
awx,ahorás d'Agvwíla,
r*lre
I*
d'*lx:d
et eLlts
rpnrffitrí{s
díjà nnnwes. Áprìs 5 j*urs d'artít:itís rozatiniires, et #r*|?Ít rim èe vrai*ttrtl pr*bnnt n'*v*iï *nrarc
*urs
ití
pris la didsi** &
Ãit*r.x'tt'!, nçus
f*irr
unt
Í'rì.s,e
reffinn*issailrs tlrl?tï u?t viLí,t6r sinrí ,{tzns Ítt
vrorls sçrirftÍfi mJ*nús
.\'.í"tIt{
d*ns
ret
*tiçrz
fcrír'frr tt,t',ttt,titt\ ïjtxtt ittt ,tflt
dí.' p1'arcr rí
witrísant
au **trÁt. s*utsvtzitç.
,Í'0i ?i fi{ /',trrnri('.,, .f6 v6;,-
,1;1.ic1
ra*us mjlm.ns
*rr
sc
ã"í1:|ry*nt
Ï,i**s
p/,,.ir,,,'.
{'e rçri:r *u,:
rwi*. í.1est bfu ãtfìriÍr le sat'*iÍ'{úrì!!n#lt ils pewent scr?ìr'*'r i*+t niliru & tellss
et
rurdüiat's.
]d$t'e rarçvane t*tstptsir t#. p[*sitwrs íhkuÍrs ìÃtttiânit finãletnwt t ï) ts r*b**t* e t n*us ititns twtt písin ã'esy,*í+: lJrls :rottr
l*
ítí
phal*s íJ
serait
ãr
bertztx
Canuo* &tWu'r* fur*á* hien çu # delwit!
st ti*r.wâs pl** prìs & ürc:oberto qnr rlAgrawla
4.
Ltt r*utu qui
ntàne
à Descobffi*
l:sl
ã'títtÊ
et
f,,rïlz+.{raxrl:ir wn ãiuit'e!í, l-}t pirts, # {,**ytx **'us atteud*it, ?lür,ís tlt)*?ts ê*tzt renzis ctftt
entloratnrt i1 11n ;3lti 1out.
{ ,i, Jar. ,r tn,t.'ntl it
,'err}nnfit.rsnttt,
t$trhtí, n*us at,*ns rej*inf ta witrtrc ü rz*rs r*z ãrafuu*ge à
tie
d.'eutrt
t**s
pLutt,:s i,r
rnntatèrcx. mtrcre
ik
resti':-
nr 6!It!Ìiãtrt L díhrtt dtsJesti, ttio.
Mtús rtous açi*ns w*mx àJtairrp*tryr*{iter
iltr/rr\ílr r,
4ir
ã' *eil d*ns la ptzs
l*us
rc{tr.
!01''
twití
/r
tt'tty:' 1,ttt tftt fut!1
la phes
tl 1wux3erci
pr*i:t.
qui sr !.r*ws*it jusle*tmt á*ns
b. vilíage'. .Eí t'cíí *insi Eut ks gr*upx 'ì"e sprl,b/,gr,." sr ftutì,,ns v1 5, /t,p,rsìrtitÌ.
F*rrr ir* ffiti*s
tt
ttütJscieç,$
tçrfiftze
G
l'att*wtumfu, ÍffiíJs JÍ1jiüÍ?s $r.r*iff de Cron"ç lrrydiry. Àcrt, ryn,, s.,rrurr,:. dirrfrs ,', r'ç lr ba,'
lr
pr*ttx
*
ú$çtis íwsi dts çr.t*sti*w itux Ê{tzs m sl;srckrt'tçt rlutiiye un ryti pwtttait stt+ts r,atãuirr jus{íil1ë-uãgrctrts. futit à p*ttt, Íts
ltkts
r'tëLls
íqwipx ãap*raissaieni ãçnsl*pouxière dt
ía *tatit",g*.. ilw*e ã'*'stts elks atait yris la direrri*x ãu M*n'* !Lraã*. Netrc gwidr
i;,tfitttnl
teptrnìrr /,
n,,lÏi,'. ll
s,,n
çtt
twus par!,,
sr tr*uxait st4f, txotl'{ r*t'rte"
-üb,
allans l'*rs*zir,er *ussi!
llxrtltdo, irü'ns íi.1jo,r.t t,íhntlr.btrtirr laissi le trou, pÍ Ì1oríi il0ils s(tntìt$ rngagís sttr ìr't s(trlrt r pss ttap ilrort utt mitrtt d' ,,,t boìs .\díri dr'olíj #rítírIr' jttsqtt'att {,ord d un ca!,r, d'ttu, ílltt trctft pm*siíreuse &1t*is
d$t"*ne n*ws ã#rivit t*r*nrc iía*t # na qwi d, ln rnv..t-,tc. Qttrlqtrs
par dr
7.!ts tt
rrcrr; ltorrui0ri:,tdtrtrrrr l' intprs.ra,n porrht ã'en*"íe ,h la Msnott* ryli nu.ts fit pmser
nttx muitis dtt Prrunçrt. À'cris iiorr súuutt(.< ha*s dc not,s tnyprorhrr dr sa basr. l'nfin
toujau* l:*utr,faisaiï
les
nous nagians mainten*nt ã*ns la galrk qui, wne
$r*&e suy la
d+
*ite
xr,y*ur
ía
*.aíre rx*trsiçtr qui éw*rt
?túté.t; ,'tlt?rt1" att {arry*n rfo .M*nc Ittr*ç"t tn* Ft:[tt rff*,,'t *vant ãt rz*us rtttÍ:lrn# $u rniliw ã\anettÊít*tiw*rien píus sirfu guìfi*ìt yarw++s ã&'dÍr fu p*nív à'*tíríe
rürr
f*is
lt'ttrtzrl*"
da ra*ry*n. Lt qurl yariht! lint'tre un p*i,nt tü?t7tttl,ít1 t*,er ít Fmw€jt wn tunnsÍ &wrmt tir
"4*
rn ,le l:aut *+r z5 de Í*tgr, a* sd
praiit1ltt*w*t píat. ntryr'*ntí fe
p*r
ies
*
,narranrarzt
ll
av*it díjà
í:ahit*ttts
ítí
jadis
çxi í'utríisrlirnt *r
ãilgmte wt ìi thw*'l p*ur
sz
rtn&z dqns #s;f*rycdx" {-!nef*is ãans wh't iií*wtt. iln vsnt t*íy*ïdtissa*t adwttit trs+Ss*t fu rlt*.Íew'rígwtrt"tt. Au
ltitn {ui!
i'unwl, u*us
qtw n*us ítiçtts
l1r'$iftxtnt pn
I
aurai.s-
itnagiwr çur lesgtottrs *lí*ìrnt
rt*us tt[ttxãre? N*w, il se.fak*it t!'aiüern"s tar ã, í'he*re de rcgng'ur
t
ít*it
ryr íyaisr
tit'tt phaimmpe*,tturrs tt+pe.strts,
rl' adn
Jt
,4,1*rs
írçwt tÍ+t.
rw*it'k mwl*n. üwi,
Swli*tzs rztfrn astt+
l'íià
n*s pítwsts twaít saurzí.
retçur s',ttmorLrlri rs\rìl0Ed íÍ rlor'i rri,icilj
fi
JLxt
Après avair dfrft.rtt{I t7 &ttz ãe pistt
*tlait
sçwwres
I
Jorrt dr rarlus dr 248
rntrfu
ârasilnn Ttart#
. Çutains
saiyfu
-{r*ntaks alÍwnirs, l* ptds }ans !'e*u, puts *Ès +,itt lrs jn*b*, lt r*u et wiíà qut
e;pìrr:... Aver d,s
haw"t une
ïeut-'itt't ií71t ílutït gr*tttt i#*is pw+r f'atÍúuãrt, ií nçus anvtx,ìt
qxúques rcwrít!*ns,
$a! itaít pntgr'enwni p*zw l*
fuautí si*g+tliìve Maígri f'i*ronf*rt ãt sox reyÊtement, ií gr*uit I* s*rs caímiyt en t,ír1'prïr?r,t u,ç ,,rcr dt lttpíeryl urtr vintablt totúes
át r*pírvr píus
p*ssl$fe
unt tzuÍrc frís!:t ttt sufuant
ivn'rsti içrs ãt
ã** dy *jantr axssi lt
s'íErcipazrt d"'ww b*u.ít. ",ks i:e*u miliew. r* la t'í{ítatí*u nethir+ntr, r! n*us _fct ígi*twl,t
être
ãeax awtres 1,$JítgsqÌ
stala7*zitr àe za *útrrs, tmíe
m<nn*tl. La
su.r
qu.i
É phtsinars ffiïfftuts *v$ient íti iãa#i;fiírs. Panti dks-ri, hs plrx n*tab!çs í,taient la {}n.ma de.l r',stohl.+t* qui st tr*t*tait pratiíïíffiwt'tt lçns lts ,*u ãi io l,ot,r6ndr, l,t Crt,,rn da LnfurnnJo n la Cru,m lo ,ln1o rí!ìlw pcrff rd tr1ant$qut
k
grt)ttt t*tltiftHait ü protnútail, *ite.is il s'at,érp-it uítessairr d.'',! rú*uwur *s
*Fcrtis
or prit lr
avait áijàt
ísair rtssrqp*wy
rc tlui p*rtissait
*ussi ã'wze risurg*ve d,u nçrn iëe híamantx
-De.çcorirefo
ioiru. C"srr
N*trt
i.'horiEon"
ïÍxltn"*t?tSstíE zrtts ntil'rcs pit,ts
ltu
pr*grtssi*tr
pfwe, *tre *;t'jìtirc * les ã.ír*rçt i*ns xtis *i n.es n*its avertirmt t|u' w
*vrivír. sw
p,tr!r ltttÌc lr Ìt serrn dc Ra,t,alha, a y,r,; ãt lnrs hrn dt noÍre liru ãe víWinnzn, S*n n.*rn ítnit tlrs y[w ptwrlttïít ts: ï]$/,rlhnt*. 5i pïçt?Íttlew qwr t j*ur-là, tout Iç m*ndr rltr,,,,t,
p*ur enxdtr se pwdn à
v
ítaitns éinsfes
prospmions tt les utspnti*ns ãt gr*ltts
'lu.xitôt
dit, n+estitôtfaü"
trrsi* quì nmts àfu*iíxlít
ercfu í.*
{hpt+is
tni#es
ã*wtàrenï srtïie ã'*.ÍJs'ks ç'bsr*t,w
u*r.ts
tcril lr rtrcnd, f),'sroÀriIc
de rníliernerct
(Ìtnttv p(i,il
ffitflfiï ãt &#rÉir tm;s msrnbh
rrr; lgtn'lçr. Êr"t *trhatz!.ì .í)r-trclr*to, la lrusgaãr iini{ dwtnur: wírcnnaiss*blr.. La fitr, rlut bana* sçtt p!ãn, l'at"'ait tr*nsf*t*ríc, Níx.ts aui*ns f*iíli l'*uhlier. La nwitii du growy âe sptlía: díatnbulatt dqà li lonq d, Ì nllh dr bamhçus a*#r âe p*its drnpenux roÍorís ü
parsenu{e
&
ltwvtttes rrpltxs âe mipirinhas,
çfu &;àrss et tl'arnt+sr^gtu'ltís dxt,ers,
-
Ëntons jrus:t uu
Prw à
ptu,
rcrnmmrèrtnl à
pm
!,,.
lrs gr*r;pcs
se
ãt
r*rnp*sís ã.'enfa*x, p*ds d'aãwítrs,
iinir
aw
*m
ã'znst
-üut d'ailard fa*wr.
tt
ljçi.rr
Ãrciï à vn nwriagr rlsampttrc.
E,rjn, n poirt d'Ì:rttrr, iloïr( rrors i0rìlïrrs Ouruexoj2002
résçlzts à.
a*nnd*nuer í*#í re bïaat ffi*tilfu,
*Ieilrrfiseçlttttí que *rl*i*s aw:"ierzl
ã'*tïft naus {n€çt'{. i{s ii{y'rs assq rlci*'es ú yt'ils
Füxlttitnt tí#w rcc*wa?írtÍa*tute dw ìewut' pnr, !:.tnrr'. n'r',tir yn, :ri, Júyrttri,.
qtti.
.i4
ïwrallixútí, ilfut tiítiãí ry+arrrj**-s
pius tarã
& rra*sff.rr
tlt(
Ç'rs! âont
xtti
n,.tregttr: rì fJe-çcoleeo.
ji{14
ãt
ít:isïesse
rÍx^rt
H#*s
M*rì* rhnt
'avçnsfait n*s ç'lin+x à f*í rs à
Jfoi+s ,rvlc'rr"ç eu
la ltçrmt íàfu de x*'*ts
(* wl! * prk:i$*n ,frs fong-r r?türfi#rts tltít Ítütts au.rì*trs ii prl.isrr d$#s !'Êazt, {,rs b*xí* gorrdir.r à hlor l, rryos l,,,ts la g,ttnrÌlr ;r !,s íquipn-tfu *znírinais*ns e* tytÍrn
,\
.yen:; brìtr\*nts, ?lüttr #çLrs sorwxes dirigis ";rs íts gr*tïr, {.tre1íu*rs s**s !* gruld partf:e
ãtenírít, |iúus nüt1t
ífrth*,
.ço:nff?r-{: ripartis lrs ufit x.vítqir,t t*"xfusi*n tlzd*nt *'ttpl*Ví, ii stl*ir: qui Ãis*it çewi,
sa"cs
ãw*nt n*us utr
sigth*n itnlÃemhb.
r, atttah*nt
pr$*uã.erlr
Jmn-
at**tí your '*stsurtr l*
[,oup s'rs*
ír?Ê
pi#{e
l}#ut 'âx4
xt
ãu r!íratrzÈtrt. t'usçw'à aujowrâ'Ínai, i!
ãtffidír ãr s*,to*ir p**x"E*t*i wais
il
rhçisit
'ww
lri*vr rí grcssr qxír ríll,,ts tr'avotts ptas tutltids*'* rire abt's qx.t u*u,s íui lír tl*íts
# n'ííatt
ttlisit.tns qxs
vr*i*rcnl níci.ssaive
pr+s
d'rrz wtiliser urx{ íl'!,nxt: r*iíieparú\fu, ct que
ú y*tfr,, tout íe Ãíraxltitre.
lrs
regards eÍ fus wtit'xiques trnhisstzi*zt ux
au
#el
Ã*gri*
delxzüt
à. ,j'l.i es, dans qwíle langu.e, al*rs Ê+rt la
l! m é**c
dwf*is
r*nàw
pr*niìre cíffirxlti ,pte i?r'u.{ drrorï-ç r?!l **ntr:ie-ftet & st lrüu1ttr" tw íilra çà rrirr-*er l*-t n;aífs. f,r sr:rri
t*pt vtr*ait
úcrrlLai*t.rrrl n'at rnft lttit:;r pas ptt ild,ntÌl!tr l* zn*itií dw grut'pr., et srff*rc m*iws la ç;*utiti tl'{ç*ipetneris quí thaqzte j*ur
{}ilks qui
qw ?rür4s :\üï*íttts íir"riv'ês à ir"iltír unt strti*n ãryztis le Sorzd * la. gaíetir *t en tlt{.Íl.írünt ía pr*3**dt*r l}{tï rtipy*rt {Ixt siph*n à /.it,tys enãsoits. La woy*nr était âe tr*is rnì.trts. l-'tau ltwpiâe * íts ditnercsiçns ãt in galerk ínàí,r1ttait un *on
s
ie ãëpxr"t ant,irì7ti. à [Ì..l,sr*lN*ç,
la
Íi
setull-rlaií l"çublE ìfu tnfu*trt" rert:t;it lsint ytw wssii'ilití: í*!*mtirm ãt rste&yzrs waiscns qtti ít:ximt ttlütit;pírx, littlis {{t!{ s*luti*tt trt
s
rr*us sat/sJ*isail q+*'ìt tx*itíí rrzr ãaus n*ws ttut"ians ttil. ,'tü1.ts tt#r.rs
hrc
il
trts
nçw sils*rr, Far that.tt,
-{ürir}iss aian rapydís ilxl{ ptxntxrait p*ssibíe ,ír l*uer unr iççle
na.+s
dar:l ir"ç élhtes ítaierut â.íià.
m
vatanxs. Ln
atttz",tlant d't*ttüN,w{t Íl/r(r nç;ts çt
x* íta*li
tmtltstr*ir*nrnt nts çuartitrs dnns
urs
tst*rniuet,' J uqr{ à í' b*çe ãt la_{t!tt, et rtêwe Satìguís, * fut ãivrctissant, ,4u b*ut ãrt
nnytt,
izprìs twttzs tts
píripítks,
tÌffi.rs {lvúfts
qutr.nãmhnefi*i St*r'rhtxir à nçus installir dnns tt,tt froL.
ar,r; ì'árÍf frltrr {JlIl{ììtï lotrt
not*fow*i,
lartg*ge
à çttute dr díautr.r, Llí, J*sn-.í..i:,wp, ter ã*:t'ais phrtôt
-
#n {n *zz.ítz dr zt*íl'r. í4tinh* aussi iwssit à m**in*e tmtt k *tanãt qu'ií ftil*ü f*ive ãrs visées ãaxs ks gal,,t"irs l*tirales * í'rwïríe ajfu qw lrs +
r'ittút lxi
Erei itait au
Ì.,t gn!,rtr dr In '\!u,nortn tít ür'firikn! qtt,lrlr,r rÀo.r d i,,rp|rssíc,rnntt! rfi,r'r çr: /Í mètt'es
tit hanr
il*it s*nbkbí*
ã
*llr
qut:?túí!s
lta*
ks r'rya.s
t5 w ãe /*rgr. Àic:rs
a*+xpr*lontí*.*s &
wr
n*s h*uies grârc
í'taulibx
d'ïlx, rhltan*
fu ,ah!, t! dr ptrrts... cJ Jíì/ri rÍi,r nspi,ttt qtrrlrut,lue ,rrr 1,i rrirr,s pcrrr P()l'r'orr r'ì'
{ r qttt tlítni pa, dr !a ,Lgrladr par.ri trís+i quì s'i;*t*ait à à{rhffrtr le rasiran fu k l:*zrssaie (enl'wrzarren*,wçij: la tkhr r**sisÍ*lí à s'ítirer 7u.s,1u'à *ttrlnàrr ìe üpfi!!.\'!r'
ãernultrt patar
'lr
fu
vetirtr ãr I'ml,, s*ns ptrr{re
ôtn s*tz tzsç;'e, {.rkirer
la ltmass*fu., ãcviner à qwrlb
íe
y*itt
máv*n luxtiÈre
tabfusfi zwir
dt l,t sil!t pottrJa,nterlrs rqtt'pes. ltfanerx
spilicnauft, ífuign*it à thaçxe ftis it*t*nent
*
lrs
t*ttrzt * ìi Agr*ttll* , xtis
sttv
r!íri'vi*rrs tra*r1uiÍlrweni
*tf*re p**waìr Ítir.n *rwsy*nãre lt p*itt"s topa sutt:*nt, prísettw ilr &*wss*lr. tír í'!:u:niiití sr,r lr: poirrÍs tcporftrrs ,7 ..r71vsïinblst,rtrt wn líg:r rôurtrnt, ut nzixrc *rw tagutlettt bnlay*nt *: xeS** àla *dtt du passag* ã'r+n
,,Lt'ir:rzs
d*urltx qw n.*tts
à
ltrezrions ãans
h h*r
*
{ìi!Ãew ãkra:tt ãt zrfi de !.'ír*Í*" l-t 'it: tiliphaee st tvoz*v*it à *rüdtutb .lõlls lss nzatitts, nons no*ls
sfi"r.'rnn.ç ãàr"
7tl*;wing' çírâtrt üu ti*q
d'r*plirrctiarus íttrirnt inssites
ÃfpòsdÌl Jímorr,r!iqnnrtfil .rn
àc
rúk ry.ti l*i
It
$
úFtiütls (húrítll
trctìt
J
etríntt
sstnl)lait 1trísenter fu ylrns
a tfiítfe{.
- O;ì t{rs*ta #xrjütérd.'htui?
Ms
,itrnúnt ln bctú dr l,r yarat l,rtulo;r-rÉotrctÌontrít', lout det'ntl trnts
{*ffttt*wr
auee
Ir nr sais ltíts in(rtt. ! n oü urte iqtnpt *wrr: htsçitr ry,/o* la tontptì.tr, aíjr riyonãu
r'ilnrÌ
Jaiblr
b *hlrcw, j'*i eu wn !n 'Mn,r,ana" l'.1' at t'úr ittsrnr
nr
1'ort,
çbsentant
m*n ntm et â'*x4t1"es rwftrs
?t(
íarãèrenl
pas
à
apparnitrc: Iritinba, lmn-íowp, Gilks u ()rlnurto.
o cARsrs vol 14 no 4
rn
r'ri
l*tíyal
tt
ft:Lit ãmú-t*wr
**n
/tütts
saus atsoir
wãuit l"ttíral çui, úvíl*it biffi ffiçi!.#ts: t*nnz'u il ítait mr*re
prí*lr;blernrnt expl*rí ít rnalheureraswwtzt, se
ìi
peiut zy nzèfrcs.
tôt, natts sürfilfits a.lÍís inspttttt: I'mtríe s#lliti#rt (jtxryr'aía*s inmpl*riì) qxe **vs a van
s
pt
lsu
i;ì
.14 4 1, 1,t7
47'ris ni'oí,
1 1
r
th n
Jrnn,li ufii tãr!ìPr Ls(,tt'Ì)ir
ã**s íì wrãnit lntiral drcit ãe k Marnarç
suit'i d'uttr ptíi'r es*l*ãt, i'erttrfu birtt
*r*rrwtííe dt ww
wr
tlt la M*,nysninhç dçrzt
Í' lswi4*n
&c
â iros rcgo'.rdr.
us
est
nagn{iEue
s'
Ie
*t
p*ixs *fferte
*tons repris la npa dans
gakriu latirales {r* ".n*:intmanf Ìts rnimes sâtitx y:ur tlt*ntn|.'ïçüt #te bea*tí {t li
íes
t'oiiiirrigi d trn rctrrs ,!'eat, ur pt1!t\'6ú qt!e fairc *pp*rait*sfir{-{ $rs}nLr * ne trèsgrande qwazrtiií
&
âiíy'ls /,t rírnnúqw, çrtttìns si
g'nnãs rt si prorhes qra'iÍ nous ítait p*Niltle
dt dn,trvr leJort,nr ,r la tail!, d, !
ür. par
rtrstni,!r.
{tur yr*xinrirí, ií
ílevúit
dotrr
Mamatvt, *tais naws
*Iluú,
tn ,,nrttdre tna!. (.)trr!qttts ra,,rbe, p!,r" l0tri, ,lcus ar'0nr
agzwçu+m renãt+it
Iy'cr.r-ç l;rrons
cert*inemtnt mister tles rçrtwtíiçns aper la
ãt srs wuznüeuvres,le i"fua*nltre tttrtix ríãt+ tt j' enfus rluitte paur tnr brÍfu r*w,yare ttw ãazgt, dt; gtnrt ãr rúíts qtat lcs rcuteat*t p{t4vt:ttí masn: Maìs ã*ns ttns tatitó ttlh qwr
Mais
p*ttnsieí p**n' la ylangee-spilél.
Pcttr
rapitìiti. Tbutef*is, í*rs il'une
dnnandn-!-an.
srütt fiÌILotÍstãsrtrt.
aircsi
s$'trçi$s'relournís à !'*ztrít.
cr*quis.."
pttite, {.-'est
pris "ane ltsm pivx
n
Ssaixts ttp* "fnssttz! itittz çisiôJes puisque
l'íquìliÍw,
Li+routirrc
fr*nçtis rr,t' {'t.s!
ínÃtqw.s Jrs rilE.ç*r*s m
risqui*ns
n*t,ts
swrla droite. I'i*us
olri tnrtr4ilí I tnlrir n|ant
de
tlttmin Ia dans galerir printiyale. Celle-ti se pt:wrsr.riurt *t; et *rïltw.siasnze. nçtvr.
prd*ngait m ítant íçtalenze.l,t inanãie, praf*nde * l*tgt. lí vaid sçaâain qur swrgit
su*m.e.
6ç
il'#i
F-tt*?ls
tr***tí*
tout,la híaw*uinha s'iïerztl sur
.Ë.n
n'útrcs dans w*,
g*lerit unrqr4e, t*x#Êt4ts
à ser et quí s'ílàs,r líglretnent stir fqíin"
I n punr;c tertrltntü à ,nfitt.lr tnaríriel dans lrs snrs à dcs, ttlüs ey$?is repris le
rh*nitr çtrs
rtt Eur
ltns vous
j'ai
lrç
Il rc'ëtait
f,ilr( pflrt
Vassés
jt
t'i!íe.
avrc
inzpoxil:le de
tÌts hans tìtortrllís
*tte ítluipt FendsnÍ
rette
f*s bien ltourqwoi, peutitt'c itait-çt à u+ust át ía baflns hutzeur iawtrie,
{onslatrlr
bi*la wil ãt
?t{
qtti
seis
rrgrttttl. ln
lírantrxtrcn
ou
rct enrc,*ais rcJut un jonr ãiffírerzt:, seux Eni l*issent
"sauã*des".
g
249
ENFURNADO
rïì FI
litì
fr/
tll
A CEREJA EAA CIAAA DO
Í
BOLO
n!
rn
OLIVIER sAU55E 6ROUPE 5PÉLÉO BA6NOL5 A^ARCOULE
esta manhã do dia T7 de junho de 2ool os membros da expedição BAHIA zoor se levantam um após o outro Pafa romar, como semPfe, o café da manhã no bar do Gildeón. Sentados diante de um bom café
(sem açúcar), as discussões a respeito dos planos para o dia começam- Ezio exclama: "várias opções são possíveis"" Este dia é, sem dúvida, um dia particular porque é o último dia de exploração na BAHIA. De volta à escola, nosso lugar de acampamentor gentilmente ernprestado pela diretora, as equipes se formaram no quadro-negro de uma das salas de aula. Marc me informou de seu desejo
ir dar uma olhada na Gruta do Enfurnado. Tratava-se de um sumidouro que nosso amigo de
"Bento das boas dicas", é quem possui o dom para sentir as boas oportunidades, e decidiu juntar-se a nós,
E então nossa pequena equipe pôde começar a camiúada rumo a urrr:r nova aventural 45 minutos de estrada e I5 minutos a pé nos
da entrada do Enfurnado, formada por uma bela separavam
boca de apenâs
lom
de altura e
lom
de largura. LJma vez lá, equipamo-
nos e com nossas
bóias
dependuradas em nossas mochilas atâcamos a topografia dessa rede subterrâneaLogo na entrada ficamos muito
sufPfesos ao sentir uma forte coÍrente de ar! Muito estranho para uma galeria que termine em um sifão! Este fato estimulou ainda mais a nossa curiosidade.
Após alguns metros
progressão desembocamos em uma galeria fóssil cobera de restos de
tempo e de meios, ele não tinha topografado. Segundo uma vaga descrição, existiria Ikm de galerias com rio que terminava em um lago
madeira. Durante Zo0m ela se alargou (zom de largura x r5m de altura) e depois encontrou com outra galeria superior. O lugar era magníficol Que boa idéia nós
vir! Ainda mais
Após o grande cânion da gruta Baiana e da rede Baiana, decidi
tivemos de
seguir Marc. Jean-Loup decidiu igualmente participar desta descoberta. Os brasileiros não pareciam muito animados para nos
continuamos nossa exploração.
acompanhar, mas precisávamos de uma quârta pessoa para conseguir fazer umaboa topografia da gruta. Finalmente, Benolt, chamado de 250
abelha que o picou no topo da cabeça, logo ele que é alérgico.
Chegou até nós um pouco preocupado, e explicou que se ele começasse a inchar como um balão precisaria utihzar medicamentos que estaYam dentro de sua mochila.
À4"r.
Benoït não ficaram muito
" "entusiesmados" pata fa,zet
a
injeção. Caso houvesse necessidade, me propus a fazë-Ia.
Depois disso, decidimos
continuar nossa progressão, mas um pouco preocupados- Topogrúmos
5oom da rede fóssil. Deixamos algumas entradas laterais para
âs
próximas equipes. jean-Loup parecia em ótima forma e a picada
de abelha
não , parecia tê-lo
prejudicado. de
brasileiro Augusto tinha explorado há uns Io anos. Mas por falta de
sifonado!
O que será que ele descobriu? Oh, nadal Foi só uma atenção.
determinados do que nuncâ, Ësta nova entrada se dividiu em duas partes. Jean-Loup, especialista
da trena, se adiantou com muito entusiasmo até a superfície pelo primeiro caminho e não demorou muito até ouvirmos um pequeno grito que logo chamou nossa
Após uma curta pausa pâra almoçar, chegamos, enfim, às galerias inferiores. Tínhamos reencontrado toda nossa energia. O trabalho andava muito depressa, com visadas de 4o, 4,5, 5om. JeanLoup se desdobrou por todos os recantos. Benoit recolhia inúmeros dados que tinha que tÍanscrever no seu caderno. Marc berravâ para nos obrigar a andar mais devagar porque
o croquis estava longe de
evidente, Um
ser
verdadeiro formigueiro trabalhandol Esta galeria era muito grande, com formas muito variadas, seções em rio e um imenso salão onde foram necessárias quatro visadas de Ourusno/2002
5Om para medí-lo. Em seguida, o
Lá,
a
alguns metros, estava Jean-
teto se abaixou e chegamos num
Loup, deitado no
lago de água estagnada. Não tinha
resmungando: "pr"ta... merd... explodi o meu rosto quando
dúvida nenhuma, estávamos no ponto em que o Augusto tinha
chão,
Aproximei-me rapidamente, temendo que o pior tivesse
caminho, rumo à saída, ainda mais no último dia da exploração. Para
de
carbureto sob pressão; por onde
Bento, que tinha acabado de calcular as distâncias no seu
passou meu parafuso da água?
Ikm desde a entrada, e a continueção não era muito
acontecido: "me mostra seu rosco. dói?" Um cheiro de "porco assado"
animadora. O cheiro de vegetais em a presença de
tinha efetiyamente invadido
decomposição,
galeria. Felizmente, somente â sua
grandes peixes brancos e a ausência
barba sofreu queimaduras. um minuto depois Jean-Loup reencontrou seu parafuso na beira da água. A exploração da rede do
de corrente de ar não deixavam muita esperança pelo futuro..- O sifão não devia estar muito longel Mesmo assim, Jean-Loup foi o primeiro a subir na suâ bóia e as visadas se sucediam nessa galeria baixa, que se parecia com esgoto... Mas, estranhâmente, após 2o0m
de exploração
ai
nda
não
encontráramos o sifão! O que isso significava? Será que havia alguma
a
Enfurnado podia continuar seguindo o mesmo ritmo elevado e sempre com bom humor. As horas passaram e os metros de "première" âmontoaram-se Íro
caderno de notas de Benoït. A equipe era solidária, muito atiya, e ninguém
tiúa
realmente vontade de
continuação? E, então, de repente, o teto subia
p"tãr. Í"*o, de descoberta em descoberta, cada uma mais
de novo e a galeria continuava lá bem no fundo. Nosso espanto não demorou muito. O encanranenro e a alegria da descoberta tomaram rapidamente conta de nós. Era o
surpreendente que a outra. Depois
ambiente dos grandes diasl Mas, precisava retomar depressa o trabalho e a trena se deslocava por todos os lados com entusiasmo. Entretanto, ]ean-Loup teve que {azer :uma pequena parada de IO segundos para encher sua lanterna
de água. E foi neste momento preciso que uma grande explosão nos fez sobressaltar. "O que podia
ter acontecido?"
Golerios iniciqis do Grunq do EnÍurnodo FoÌo: Jeon Froneois PerreÌ
o cARsrE vol
14 xo 4
do mesmo dia.
Finalmente, conseguimos reeÍÌcontraÍ o rio que sai de um sifão room rio acima, numa galeria lateral. Já eru tarde e decidimos então parar. O lugar era magnífico e foi um verdadeiro
coloquei minha lanterna
parado.
caderno, confirmou. Hayia cerca de
encontfo com uma charmosa moça montada no seu cavalo na maúã
de termos parado num sifão, continuâmos
a
exploração na galeria
lateral do mesmo (dimensão; f 5x20m). Esta galeria comou proporções gigancescas, chegando a
medir até I2Om de largura e 25rn de altura. Batizamo-l* "Galeria da Bela Amazona" Dor causa do nosso
suplício ter que retbmâr
o
resumir, um de
nossos companheiros (cujo nome não
citarei), convenceu-nos de rminar a exploração com
te
argumentos valiosos (pelo menos naquele momento)...
Uma hora e meia mais tarde estávamos, de novo, na estrada que nos levou até Descoberto, onde os
outros rnembros da expedição BAHIA 2OOI esravam, com ceÍteza, nos esPefândo com uma
gostosa caipirinha. Esta descoberta foi uma das mais belas desta expedição. Foi igualmente uma experiência única que tínhamos vivido. Tínhamos topografado I,o km de galerias em
t
horas.
Para a continuação
da
exploração, deixamos "a tocha" para nossos amigos espeleólogos brasileiros, deseiando-lhes boas descobertas.
g
iÍl
h N f.i nl fô
l.a
rcrisc sur
ülivir
lr
suryrisc ãe vesse*íiv t*.n
gàteau
d'arr! 7rì| ítçnnant laur terftúnan: sur sipís*tt !
Sawsse
Çrowpr Spiíío Bagnals Mnrc,nie Evt
n
ln
I)ès Í'entrír, q+teltr n'est ltãs nçtre
Enfwrn*da
matìtt du t7
lttin
.
zaat,
fort utr
ftr4{ti.ltt
rí'(at!
sr
C** ditawsts
stimtde êlt{ürc pl&s wstrc
ruila*ití.
Après çwelquts *ú!rcs
Ies
ËAí'IIA z**s * !ìz,ewt Íes uns *pús lw aut.rts Fëur ailer prmdrtt tçtnfl,tt d'babituãt, Íew, Fetit ìlijruner au itar úr Çtlãío*" Ilevl;nt un bon cafÉ (rton swri) s'$wcartent lts $is*tssions sur Ie plannircg de l* .i*wr*ie. E{a s'i,wlamt : "plttsín*s flftions s+nt possibles". En eff*, *ttr. journfu src p*rtimlière wr ce sera Ie ãer*ir jaar d'exptoration sur membres ãc I'expéáüion
dt
{fet, rttte galerk wt
trìs grnnde,
at,rr iesftrtrtes rrìs variits, des sertiçns
rrt riuièrr eí ft*r itnftttu.st sç.ile ã*nt qttütr( ui;ir: dr lrt tttìtrrs ottt ití uiress*ires paur en faire Ìe tatrr. Puis, Ir plaJond sr rabai.r.e rt t10rí5 nttpìÊtrcns
progrtssia*, upr.ts ãíboaútçus sur u.tx{ gel*trie fass'ilr j*nthée áe ãíbris ãr bús. Sur ercviron zrx) wètrrs, tÍIr s'agrandit
ux t*c i't,+u
lzotn de la.rgc srtr t;n dr hawtl ptt,r;
distanres silr soft {ür'fiet, n*us le lrrnftrzne. 1l y a etn,iran r Km ãrywis !'entrdr tt !n sutlt l'eslgi,ir',^ ut1a1(t1nl, I.'*ãwr d"e vígií*t+x en iir*mpasiti*n,
est
rrnupít p# uil{
a*'ttre perte du
plütffiu, í,'etttlrait tst superfu! Q*tStr b**ne iéíe fl.at4Í ür)etls eue de vrr,ir fttirt 'ía t*ra'j
y
Aurun i.*ute !
sttt811í4flt€.
Nçus sçtn*rrs tnd term.inzrs ã',4ugtasto.
ISenta,
qui rienÍ âe mlrulw
Íes
.
I* prísrrct fu gr*s pcissons ifianrs n,
à
" Et ,nìorr píws àíternìnis qwt I'tndrc,t oir rtous nous !rattvôtrs, jan*is, nons tçntinuors rc*trÊ ! absenrt dc rar,ran! t!'ntr nr nous mplwati*rt, ('ettc nortt'tllr errlrìt .e,ïír'rsr rrt
laisse*t gtaère d'*pair p*ur Ia suitr.. .Le
Nianmrsins, Jeau-L*wp se l*we le prrmier stír sít bçuíe et \rs tisfus
dt san mpit i'alltr jrter un sii à í.* grette i'Lwfurnado. Íí s'agit Ã'une períe-que
J e*tr-!."o*r.p, spítialisrt du ãícamltre * pr*pr+ls* à {* su+fwe p*r la prrm,ìrr !.rr,tnth, úvr( tln (rrlnrn *rtïain" Pt+is n**ts ne íartlarc.s pas à iltttnàtt ttn ptI it t ri qüi atïir( \ ttt 4clt( ãttÊntian, Üu'n-t-il dínttt:vt? ült! Rirn, sinaïqt+'uw a$sille vifnt tüNrt
*çtrt atti brfsilisn Áug'usta a uplorér.,
í*n*exrent dì
ula
il 1. a unt dtqahtt d',.t,tnírs. Mais faute ã.e tewlts et de **yens, it n'avaif pas w
qw'il
la BAï1L4" Ils ret*wr à I'ir*h, *otre lieu ãt rísiãrnre prÊtí gentiment p*r lt viÍlage, lts íquipes
*formmt sw-Íe
fu liwn-e der-sall* it
M*rc
me
Mlsleau
n*ir
cl*sse,
Jcit part
la tapatr,I)'apràs tme a*g+te dtscription, il I awrait t4.tt hilçmètre Ãe galtrie *t'et ripièrt * terffiitxrls silr *rn í*e siphorcn,znt ! Aprìs Ie yand danSon Ãt gnrÍ* Eaiarza et le riçeau Bxicna, jt ãícih ãe suitre M*rç, Jt*n-L*up rct íg*leme*t p#rtã?rt. Lcs búsiliercs n'ant pas I'air très rmballís. Mais iI naws f*xt la posslbií*i
de
cryrudatrt nn quatriìnre !arron si nous vo,,!0,,s topogra_pl:irc cotwrnablemtní et tffiratemenf íe ríssaa. Fin*fument, Bençït ãit "Ilenta, i* bons tu5ìa'ux", tt 4u4 a fc i.an fu flairer les b*ns t*ups, àéilãe de sr jaindre à 7ro1ís.
Et :..oiíà I -Ffsrre peilrs íquiyÊ pewr danr st ftrrtt{e en roettc laut vfte nouvelle nvrnlurt .'Qunranle rtnq minu.tes de pistt et t5
núnutrs dr marrht
n0us sont niressaires portr rrjoindrc I' ott v t rt tr re d' !:ttJ, rn a tl o, Jo nnit pa r 1úl
ieux.
esr
Ie
p;qutr tr'tr
te sârce et
alíergiqwe.
ll
naus rtj*int àaw 4uelqwe peu souciüqx êt t:.ous explìqw qut s'il túÍnfitsfit€ à g*nffur totfitlrÊ t+n ball*n, í! Jatrdua uttlisrr les sért,m, adrquat, 6ui sant ians son su, Marc ü bençïï rce
iorr, po, tris "rítattds" partr fnirt l'inje*ian; cn cas de nícessíti, jr me prãyost de l* lui -faire.
'
^Pwis
,ror,, ,íiriáons de rantinucr
no!rc pr\Eressíon, un àe
mtnrr.
sní Íoo
í:
p(u tnqutrI t0Ìrt
ristaufossile
mètves
laisií quelqws
est
t*pagraphtí
tnvirsr*, .Nças
Ãëparts
prochartrcs íquipes.
*r,or*s
latirawx paur
Jran-l ottp rst
Les
en
n'a pleine Jonnr ct la prqürt 'l'abrille pas l'air tl'çuair ãe ri*iliçtt,
Après tuìe (ourte pat,se pou, lr déiertnrr, not$ nous jrtons rnfin darts lrs gaÌe-rits nunJ. Àtcus nvou.í rplrouvi nôtre Jougu(.
rapifu*rtttt 5ts mètr*s.
La lopo"
aveç
avnnct
très
àcs úsótt "ie 4o, 4j,
Je*tz-I-*up sr díçhatìn* dans
t*us tes remius. frmçït retueillt
une
siplto*t
*e tí*it pas iee íaíx
soewb*ïrcent da*s rettu galerk bns* quí
à trtt igout ...
rrssrmlrlr
Jr
M*is, biqnrretrzmt, après zçsa mè,tres yrogrtsstort, n(1 tí.ç ttr tfottrofls
touJotrrt
pas
tlr siphon .' Qtt'ett-re qut
signifie? Se peut-il,
suttt{ f.t puts, d'un seu!
q{il3
rowp,
lr
't'it
ttrte
plaJoud
sr rclève et Ía g*lerir rcntittut à ye*r Ã'ítlaírage. Natrt íilahisse*trt n'*t qt+t ât murte ãurfu. ïímerveillem.ml * Ía loie le la dírcur,rctt Íui swàãmt très "rapiÃement, C'est !'mtbianrc drsgranás jüü.{s ! Aáais ilfaut s( teÍ1'tettte r*piáement ttu tr*pait * k ãiffinxìtre fuse ãt for+s tôlis aver entrain. Níanfiçins, ."ieanLsap àoit faitÊ ,tw pÈite b'alte ãe rc strcnàes pçr,w rer*píir
i'tau
sçrt üríãne.
El
c'tst à ,, *o*rrrt là qu'une granáe àíïon*tittt naus f*it ,üíis sil{süuter, "()trr pettt.,l lrtcrt se passer?"
Là, à qutlques rnètres, Jmn-Laap, all*ngí sur le scl., ssl Ê11 trüi?r ãe
bawg*nn* , '' pÌtt....rnrrd...,1'rtre suts fait sauter la gueuk en m$tsnt ftfi ralbünbs sor+s pressiott ; tt ar\ est ?$ssí ffi$n p*inteau
?
"
J r rn'*ppr*rhe r*pid*t'tetxt {n
h*ut
muítituãe ãe ãtnníu qu'il àait
cr*igtsant íe pirt, "fais
et fu 3rs mètres Ãe large. Naw nous pripalens, et mwnis ãe nos bau6es a*rçclties à nos hits, n*us *lïaqwons la
rctrtefisrrire silt s*?x ternet. Mart ltxrle pçttrxox,ts obllger à relmtir tqv le ãessin est lçin ãïêtrc hiàsnt, Lrne çrai Jawrmilièr* ail ttírtrãil!
g* ilrâle?". Une oàeur ãe 'tçthsn bviltí'
joíi
parthe
tl'à
prine
Ia
rnìtres
*
topographie de re rêseaw saatr"rçin! 252
*vnit tffeüiutme*t Mais
wir t*n
ercvrrhi la galerie.
heççre+tsenunt, seule
touclsie.
rtisa1r-,
sç b$rbe eil
{Jnt mirwte pÍus tttrd, JennOurueno/2002
Loup retrowvt
son
pointÊítu aw barà de
I'eau. Ltexploratian du
ríseau
ìl'Eryfuraaão peat continuer sur Ie mâme rythme'soutenu et toujours dans Ia bpnne humear. Les heures pãs$nt et les màtres áe première s'amoncelleü sur Ie nrnet de
'nates
de Benoït. L'équipe
est
soudée, très
n'a praiment
ãctipe et personne
enyíe
s'arrêter, Nous allons de Ãircsvertrc en découvertes, toutes plus surytenaïrtes les unes que les auLros. Apràs ayob bwti de
C)
sur Éfi siphon, ntus ronliauons l'exploration daas le SHLI}.JT fu celaict (dimqnsiw 15 x zo) . Ceítt gatcrie
prenà fus proportions gigantesques, jusqu'à rzô mètrts dc lwge et zj mètres dt haut. Nous la baptisons , ''la galerie ãe la belJe amfl4tne", saite à notrc renrcfilr€ ãvet une cltarmante awtothfune
sur
son cher.al.
Ic ntatin
même.
Noqs arrivons Jinaleryent à retrouver la rivière qui ãéboucbe d'un siphon rco rnètri,i en amant ìln*s une galerie laÉrale .Il rcmmenrc à se faire tard ü iI va Jalloir se ãédãer à nous
GRUNA DO ENFURNADO Localizaçâo UTM 23L X= 586.312 Y= 8.491.286
arrêter iri. L'enãroü est superbe et t'tst un urai sapplire ãe rtprendre le rhemin de
la
Proj. Horiz.: 3.050 m
,
Desnível: 70 {48, +22) m Topo 4C BCRA
sortie, à'autant plus que c'rct Ie
àernier
joar d'explo. Pour la
Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas
petite
sn de nos íquipiers (ãvnt je nt üterai pas le nom) naus a soumis I'idíe de s'irrâter at,ec des argnffietrts
Groupe Spéléo Bagnols Marcoule
hlstoì,ire,
ï:u::.ï"*' Un, hrun
(du
Junho/2001
tnoins à ce mowent
i\
+ ?È:*
et d,ernie plus
urd,
0 ffi
nous
l&h
r
'4'ry'
lg
la pisïe fficnâftf à Descoberto oà les autris tnembres àe l'expéãition BAHIA zoot nous attendrflt rejoignons
Cet* dércuverte est I'une des plus bellu de rette upéàition; r'est une expírienrc unique qwe flous avsns vicw, En effct, nous avons topotí j,o
ígalement
km àe galarie en g
heures
C> ü
Quant à tn suite, rous passans "Ie flambtau" à nos àters amis spilèos brísiliens et nous lcur souhaiÌans bonne
áíçowvçrte.
o cARsrE
vor- 14 xo
E
4
*{
253
iTl Fi
f, i,
N FN
n ôì ri
ffl
O FANTASTICO
"Pessoal,
CANlCN DO
Entramos topografando
AAORRO
na Gruna do Ventilador, provavelmente
IL,J RADO
a
ressurgência do sistema.
Deixamos para trás uma LZ_I-C-R_U_ B3_iO_Ll
entrada de 40 metros de
úRUPO BAA/'BUÍ DT PE5QUI5A5 [SPILECLCúI(A5
trarguta por 5o de altura sem
explorar, e um sumidouro de
Io
metros de largura por
IJ
de altura que andamos JOO
m e paramos por pena de vocês. Há outras
entradas, outra gruna com água correndo entre 2 sifões
(+/- í5o m) e um sítio cheio de pinturasVenham correndoll! Tlagam água, carbureto
e
os sandubas. A água com gás está âtrás do banco. Marque N
.:() E õ
E L
o caminho com o GPS. Ass. A turma da
vantagem," Ourueno/2002
al tínhamos tirado
o
capacete da cabeça quando
vimos
o
Dailson
'retornado. Ele havia levado
Engrunado. S"* Foto, aéreas ou mapas detalhados, seguíamos somence o rumo das indicações.
2
a ouf ra equlPe Parâ conhecer umas "grunas" e agora voltava sozinho. -Bom sinal, pensei...
semanas tínhamos nos deoarado com três cavernas por dia, em média. No final da uirg"*, as descobertas
Chegou perto de nós e, sem dizer uma palavra, enttegou um papel amassado com umâ mensagem e um desenho meio confuso. Na verdade era o croquis de um cânion, cheio de indicações de cavernas. Nossos corpos, que começaYam esercfazer do cansaço da primeira etapa de explorações e da caminhada sob um sol
haviam se tornado uma rotina, sendo difícil encontrâr alguma coisa que realmente elevasse o
escaldante, recuPeraram as energias
imediatamente. Começamos
â
organìzar as mochilas, sabendo que
tínhamos uma corrida contra o tempo. O sol já começava sua descida para o oeste, não nos deixando com muitas horas de luz. -Está bom de água. Eles também devem ter alguma coisa...
Pega só mais um pouco de Mochilas carregadas, cancis abastecidos, era hora de retomar o caminho. Dailson, nosso guia, nos deu duas opções para chegar aos nossos amigos. -... um caminho maior e mais
fâcíl e outro curco e difícil. - Lógico, vâmos pelo atalho. Não temos tempo a perder. O calor ainda estava intenso
quando deixamos
o carro
e
tomâmos uma trilha parcialmente tomada por .r*" u.g.áção rasteira.
Mas a nossâ história
de
explorações na região (setor norte
da Serre do Ramalho) havia começado muitos ârÌos ânt€s.;.
A
descoberta da Gruna do Anjo
Em 1992 Augusto e
eu
fazíamos prospecções na região. Era a segunda viagem à Serra do Ramalho e as promessas de descobertas já se traduziam em duas grutas com mais de 3 km
o cARsrE vor- Í4 xo 4
Durante mais de
nosso entusiasmo. Mas, sem querer
abusar do trocadilho, a grande descoberta seria Descoberto. O estranho nome do povoado, locatrizado no município de Coribe, era umâ alusão ao local onde, no passado,
foi encontrada
- Fica lí
água.
onde foi
"descoberto" ígua. - Ê te no" "descoberto",... deveriam dizer os antigos habitantes. E acabou ficando Descoberto. Diga-se de passagem, a tal água foi
encontrada dentro de uma gruta., sítuada praticamente dentro da área urbana. O povoado não passava de duas praças cercada de casas, tendo
carbureto.
r
Boca da tr-apa e a Gruna do
*
a
uma escola e uma igreia como destaques. No horizonte podia-se distinguir vários afloramentos calcários a até mesmo algumas entradas de cavernas. Realmente urn bom lugar para se fazer uma prospecção.
Mas naquela rnanhã, os nossos conceitos espeleológicos deveriarn
ser revistos... Seguíamos dois moradores que nos guiavam até uma gruta que, segundo eles, dnha
tlrna entrada enorme. O relevo aplainado, com poucas elevações não nos dava motivos parâ acreditar na informação, Mas... - Quern sabe, pelo menos não é uma gruta interessânte. Depois de r hora de caminhada ,ro *.io de uma trilha rorçuosa e pouco marcada, deparávamo-nos com uma imensa dolina. Uma visão inesquecível. O buraco que se abria
de extensão, A parede oposta da que havíamos chegado alcançava quase Io0 metÍos de altura e uma gigantesca entrada contrâstâva com o paredão avermelhado. Que o sobsolo da Bahia estãva recheado de cavernas eÍa uma certeza. Que muitas delas poderiam ser grandes
também não era dúvida para ninguém. Mas, uma entrâda como aquela ter ficado anônima até o final do século XX era uma coisa surpreendente.
Igualrnente surPÍesos ficamos ao veí como era o acesso ao
fundo
da dolina. A borda sul, onde acabávamos de chegar, era o ponto
mais raso. Contudo as paredes eram coÍnpletamente verticais e com mais de 2o metros de altura. Fazendo uso de pequenos
e
das rtízes de gameleiras, nossos guias descerarn com tanta facilidade que deixararn nossas cordas e blocantes con,
patamares
complexo de inferioridade. A vegetação do fundo camuflava a entrada, que deveria ter mais de 50 metros de altura. Aos poucos foi se descortinando uma galeria enorüÌe, tepleta de espeleoternas e pilhas de blocos abatidos. A grande abertura que deixávamos para trás
permitia que a lsz nâtural Penetrasse centenas de metros, delineando os contornos grotescos de colossais forrnações rochosas. Um pouco mais adiante um grande
desmoronamento se elevava quase até a altura do teto, criando uma área de penumbra, Subimos sem dificuldades e nos deparamos cotïr a segunda grande surp(esa do diaAliás, uma enorme surpresa... O piso da galeria despencava dezenas de meCros enquanto o teto e as paredes se perdiam na escuridão, Nossas pupilas, ainda retraídas, não permitiam que nossos olhos enxergassem muito além. Alguns momentos de adaptação e ,.. - Olha o tamanho daquela
diante dos nosso pés cinha um
coluna!11
formato alongado, com cerca de 5o metros de largura e mais de 20O
É
-
,r*"
Nãolll Não é uma
coluna.
estalagmite. 25õ
frì Um conjunto de espeleotemas f.{ Lr tomava conta de uma grande área
t: do salão, culminando com uma N f-t série de estalagmites que
GRUNA DO ANJO
superâvam facilmente os 2o metros F{ ^: de altura. Com menos de 2 metros
í!
rn
de diâmetro na base, pareciam
Localização UTM 23L
;-Ã-r
X5 584.476 Y= 8.493.684
iú'*Jj
Desnívêl: 68 m
Proj. Horìz-: 920 m Topo 4C BCRA
precariamente equilibradas. Vários
destes "monstros" dominavam
Setembro/2001
Gtupo Bâínbuí dê
a
paisagem, destacando-se pelo
Pesquisas Espeleológicãs
meÍÌos seis, que chegavam perto do
nível do teto, Ao longo de toda sua
altura alças de calcita ("pétalas") cresciam radialmente, chegando a
mais de I,5 metÍos
de
comprimentoContornamos o salão em busca de possíveis continuações em meio
a uma floresta de espeleotemas. Mas tudo parecia fechado. Agruta, conhecida pelos moradores pelo nome de Gruna do Anjo, deveria
ter
uma extensão
í
'i\
de
ie
aproximadamente 8oo metros.
Contudo, suâ entrada
e
ornamentâção eram notáveis, até mesmo quando comparadas comas maiores e mais amplas cavidades
o
tl-J
100h
GRUNA DO ANJO II Locãlizâção UTM 23L
X= 584.589 Y* 8.493.463
SISüMAOO MORRO FUMDO CORISË. BÂBÌÀ
-
baianas. Voltamos delirando com a descoberta. A Serra do Ramalho ainda tinha muitas surpresas para
--- ----^
Proj. Horiz.:400 m --1 I
Desnívei: 43 m Topo 4C BCRA Setembro/200'Í Grupo Bambui de
revelar...
Pesquisas Espeleológicas
A trilha, até então f;ícil e bem marcada, seguia na direção de um pequeno afloramento lapiezado. Finalmente o caminho comeEava a {azer jus à fama ãe " difícil" , Equilibrando precariamente sobre afiadas pontas de calcário, tentávamos nos desviar dos cactos e urtigas. O ritmo da caminhada ficou mais lento e começamos a perceber que seria impossível fazer o mesmo traietQ na volta, mesmo marcando vários pontos no GPS.
Depois de
lo
minutos driblando
uma vegetação espinhosa
e
ressecada, finalmente descemos ao
cânion.
A visão era estupendal As
,Ëinl e\
i-i
que havíamos
O Boqueirão do Riacho de Fora
direcionados nossa atenção logo no começo da expedição. A equipe era
e
formada por Flávio Chaimowicz,
menos no Pensâmento
organização. E não havia passado dois meses da expedição franco-
Rafael Carreio (Venezuela),
brasileira (junho de 2ool) à Serra do Ramalho e já sentíamos a falta
eu (o Adrian Boller e a
do calor do sertão baiano
completar o "time").
e,
principalmente, das cayerÍrâs.
de 5o metros, sendo visíveis várias
Alguns pontos tinham ficado "em aberto", aguçando â n0ssa curiosidade ern voltar à região" Um destes era um enorme sumidouro
256
ncontrado
Uma viagem começa geralmente quando estamos desarrumando a mochila da última jornada. Pelo
paredes verticais se elevavam a mais
entradas debruçadas nas escarpasSeguimos para montante, à procura "da equipe da vantagem".
e
casualmente âo tentar voltar à Gruna do Anjo. E foi para lá que
Roberto Brandi, Urandi Corrêa
e
Paula chegariam alguns dias depois para Descemos
profundo
por um vale pouco
e com paredes levemente
inclinadas. No centro, um leito seco de cascalho atestava a presença
de um rio
temporá"?rï:rJ;#
uma vazão consideráyel. Depois
de 4O minutos de caminhada encontramos um paredão com cerca de 3o metros de altura formando um semicírculo e impondo uma barreira natural à
drenagem. O piso descia
bruscamente de encontro
ao
afloramento, onde se acumulava uma grande quantidâde de galhos
e trorìcos de árvores. Num
primeiro momento pensamos que poderia não haver uma entrada. - Olha lá no fundo que eu you ver deste lado.
-
Pode
virl Achei um conduto,
Mesmo antes de remover alguns galhos para facilimr a passagem já era possível sentir o vento forte que
vinha do interior da gruta.
Ëntramos esticando a trena numa galeria baixa e cheia de areia. Mas
Poucos metfos adiante a gfuta começou a revelar a sua verdadeira cara. O teto, sustentado por paredes verticais entalhadas num calcário
escuro, se elevou a mais de
Io
metros acima das nossas cabeças- O caminho passou a seguir um traçado sinuoso e o piso ostentava uma série
de travertinos parcialmente destruídos pela passagem da água.
A topografia seguia a "passos largos" e eram freqüentes com mais de 30 metros. - Estica a treria.
as visadas
- Ôpalll O conduto fechou. Pelo menos momenEaneamenre.
Uma parede de sedimento
e
espeleocemas impunha uma barreira ao nosso caminho. No alto, a mais de 2o metros, ainda era possível distinguir um patamar e, quem sabe, uma continueção num níyel superior. Sem cordas ou equipamento de escalada, aquele obstáculo deveria ser deixado para depois. Seguimos nume galeria
lateral onde, aparentemente, â drenagem sucumbia. Era uma região labiríntica, formada por condutos baixos e largos. Um local desprezível para terminar um dia
que começou de forma tão espetaculaf. Parecia que a soÍte o cARsrE vor- Í4 No 4
DeÌolhes do Boqueiroo do Riocho de Foro. Ao lqdo o solÕo que foi exposlo no
oboÌimenïo ocorÍido em dezembro de 1999. Aboixo o entrodo principol: o sumidouro, FoÌos: Ezio Rubbioli
e
Flóvio Choimowicz No pé do pqgino, o solÕo
prlncipol do Gruno do Anjo,
com estolsgmites que qlconçom 20m de olturo, Fotor Ezio Rubbioli,
lõô^r rêc qôônô â
wvvvvvu
VÌior Mouro
t{r'ì I
L tl
estava a rÌosso favor, Poucos metros
adiante conseguimos subir por um
desmoronamento e atingir um N FI
salãozinho superior muito as Mas oínamentaoo, I
F(
^l possibilidades da caverna continuar não eram boas. Grandes blocos m
cobertos de barro tomavam toda a lateral da galeria, deixando poucas
possibilidades de avançaÍ. Seguimos em meio a um abatimento caótico, impulsionados por uma leve brisa. Com certeza,
se não fosse este indicador, teríamos rapidamente desistido. Tira umas pedras daqui... mais um quebra-corpo ali e... empurra esse espeleotema panlâ,.. - Tem luzlt! Tem uma entradal I I E não era só uma entrada. Era um enorme salão com mais de loo
metros de diâmetro, literalmente forrado de espeleotemas. A luz vinha de uma abertura ÍÌo ceÍÌtro do salão, sob a qual se formava uma
clarabóia circular. Mas algo não
estava normal. O grande abatimento do teto da caverna
Uma exploração e topografia mais detalhadas confirmâíam que a gruta terminava no salão. algumas Descobrimos continuações pequenas e até uma
conhecida como Lapa do Morro
nova conexão com o nível principal
não deixavam dúvidas. Restava agota saber qtrais grutas já eram
(lembra-se do cottduto superior
que contiÍruava 20
metros
acima..?)- E não precisava de mais nada. O Boqueirão do Riacho de
Fora
estava à
altura das mais
fantásticas e intefessanres cavernas da Serra do Ramalho.
À pto.,rt" "da equipe da vantagem" Mesmo sabendo que a região era pouco visitada, comecei a desconfiar que aquele deveria ser o cânion do Morro Furado, alvo
das pesquisas da Ana Luisa Bitencourt em 1996
entusiasmo
e
descrito com
pelo colega
e
espeleólogo francês ]oë1 Rodet. Tâmbém não havia dúvida de que
o âcesso utilizado precursores havia sido outro. Segundo Joël o sistemâ começavâ numa grute ampla e curta, pelos nossos
Furado. Depois eles haviam explorado um longo cânion com várias cavidades nas laterais. A descrição
e
proximidade geográfica
conhecidas. E como não tínhamos o seu artigo (publicado na edição d'O Carste vol.g n" 3) em mãos, aincertezade estarmos pisando em
solo virgem nos acompanharia durante vários dias. Chegamos a um grande pórtico que marcava a possível origem da drenagem que penetrava no cânion. A "equipe da vantagem" podia ser vista ao longe esticando a trena em longas visadas novazío. O som das
leituras ecoava nas
paredes, vozes.
amplificando suas
ImediatameÍrte nos iuntamos, formando uma só equipe numerosa.
A gruta possuía uma grande galeria (mais de 5o metros de largura) com o piso coberto por pilhas de blocos abatidos que se elevavam na direção da parede
parecia assustadoramente recente.
Blocos normes e
estavam
precariamente equilibrados. Pedras
com mais de
Ioo kg haviam sido
arremessadas a dezenas de metros, deixando úm rastro de destruição.
No centro do abatimento, a prova finalr uma âworc dependurada no vazio (ainda ostentando folhas verdesì e uma cerca de aÍame .t . f | | farpado havia sido dragada para dentro da abertura- Algo realmente impressionante e que nunca havíamos presenciado tão de perto. No mesmo dia conversamos com os moradores mais próximos, que confirmeram que o buraco havia surgido em dezembro de 1999. - Tava numa época de muita
BOOUEIRÃO DO RIACHO DE FORA Localizâção UTM 231 Sumidouro: X= 584.376 Y= 8.492.741 Buraco do Tonhum: X=
584.ff3
DesnÍv€l: ô8 m Topo 4C BCRA - Setembro/20o1 Grupo BambuÍ de Pesquisas Espêleológicas
chuva.
- Ér Chuvia muito
e
escutamos um barulão como um trovão. Depois descobrimos que o
chão tinha afundado levando cerca e tudo. 258
Y= 8.492.959
Proi. Horiz.: 1.460 m
a SIFÂO
Ourueno/2íX!2
O sol
acabava de se pôr, banhando de dourado a borda-dos afloramentos. Os paredões, que chegavam a IOO metros de altura,
Anjo e o Boqueirão do Riacho de
penetravam na caverna. IJm potrco
debruçavam sobre o vazio como
Fora?
mais adiante uma nova entrada finalizava o trecho subterrâneo, que não chegava a JOO metros de extensão. Mas não estáyamos
procurassem sinais da nossa presença. O cenário era incrível e
sozinhos... fjma enorme colméia dominava o centro da galeria. A
explicava quais grutas haviam
direita. Do lado esquerdo, marcas da passagem daáguae galhos secos acumulados indicavam âs
enchentes temporárias
que
se
encontrado,
-
Aqui fica o sumidouro onde andamos 3OO metros. Do outro
incomoãar com a nossa presença
lado tem a Gruna da Águr e *t pinturas rupestres. Mesmo tendo a certez;a de que boa parte (ou todas) as grutas já eram conhecidas, o entusiasmo pela (re)descoberta envolvia a todos. Encontramos o Dailson (que havia feito o caminho da sua casa até o Morro Furado pela terceira vez nâquela dia) no começo do cânion. A noite havia chegado e somente era possível distinguir as silhuetas das paredes que nos cercavam. Têntávamos entender a relação entre todas aquelas grutas. Um quebra*cabeças
se
perto para descobrir se esta hipótese era verdadeira. Seguimos
em silêncio, tentando
não
perturbar a tranqüilidade dos insetos. De vez em ouando uma
abelha mais "crl'rios^"
se
aproximava, tocando delicadamente nossas fouPâs ou âté mesmo a trena, Se elas resolvessem atacat, seria uma
tragédia. As opções de fuga eram acesso. Felizmente nossa rápida presença passou despercebida e saímos da gruta ilesos e aliviados,
distantes e de áifícil
l1 >t
í1 .T IJ
0 :
o cARsrE vol
14
r,ro
4
g
grandioso. Enquanto percorríamos o cânion a "equipe da vantagem"
equipe se dividiu entre aqueles que achavam que as abelhas não iriam
e aqueles que não queriam estar
com Yarlas Peças que começava1D a se encaixar. Existiria uma relação entre o Morro Furado, a Gruna do
100m
Ao lodo, visÌo externo
do BuÍroco do Tonhum: dolida de oboiimento que enlrou em colópso em dezembro de 1999, FoÌo: Ezio Rubbioli
frl
f.e
fant*stíçtte Ca*yon áa
tr t;
Morro ïurndo
i
L4o
U
nef*is
#
chargís
ëes sars
Ies g*urées
pltrnts. nôut ror./J soìnn!rs ftrn$ tn rofite.
rejoinárt n*s c'mís, frains*n, ztotre gu'ide, n*ws Íaissa le #tçix enÍre deux apti*ns: un itiníraire plt+s lang et pLus faúíe *u wn r*entin rcurt rnais âffiúle. ^ íl est itçratik ãe tetgiuerstr, nozts n'azsons pas t*te nzinn* à {erãre. Pren*ns l?riwr
N \l
Rulthia[i
Cntpo Bartúui
nl FT
de
Pesqtt i sn, Lsp elt o
lÍ\
"-
Ê,*zúe<.un
lóg u
pw
s
lrs g*rs!
ün est entrê ãans ilz Çntn* ãt íftrctiIçáar t.t otx & pr*b*bie rne*f ropograpl:ti la résutgettre du s;srìrne. Orr a íaissi ãerriàrc fioíts i.ítts entríe ãe 4o ftàtres ãe la*gr sar _5* Ãt hauteur s*ns
tt
unI Ftrt( dr ro rnìtre, rle l*rge sur ry & hauteur qu'ul * parrcxrue I'rxplortr,
dt
rebrours,r srtt- .3/,O wìtres at,nnt cbmún" l,t tçut {ü pçrff ne pas vausfairt nop de ptirre! Il y a tl
arrsst
à arttrrs (ntríts,
urff úatre gtwta retti*nÍ u.n rcwrs ã'esu
ffttÊ àH4x siltho*s {.de +iutt Elr,úte rnnpll rh peiutz+rts. títlrAy en ffiutürt !!!
q*+i s'icowle t5a m} {!
!r rarrottrti ! La rhnltu, itni! tttrare ítoulJnrtte
irole et unt ígíist. A í'ítcriqan,;l ítnit possible d'5 nputtz,*ir plusítars affíeurewents ulmires s, xtêffie gwefques entríes de tãtffrxes.
Ï"e
çvcit i'air
cain
d'itre proyirr attx prosprrrions. kutefois, €e tftGtin-làt fios {anrspts
spílíaf*giqat-s E_Htant
dtl
rívis 6s...ï) et tx autwh t tnes ilaas
fu
ticírarcts jusqu'à r+nt
s
ïíre
era ç.i
mviti tlui,
e*t
selon
quanã rcous avorcs a&andoilftí ht vçit#re
leurs ãlres. pçssiãait wrce mtrit ínçnw. Lr relrrf opLnui, ne rccelan! qw pru de
et
hauteçtrs nous
sçtnrwi engagês s'ttr tttt sewtier cn pnz"tie envaki p*r *ne espècl' ãt ma$*is. Mais nos tvtnÍïlres çlans $tte ,ígïan auaitwt dibwtá biw langtemps rxúrás t'tütts
tlttpRt{&ìã'Íx!,,.
C'itait le àeuxièmt
uoj*ge áans
Í*
Ssrrrí
ão llamalba et bs pronzesxs tk áíw4vertes
tradnisaient á$à tn terrws rcurets Fúr ãeax rcvitís *raíisant plus cle j km, íc
áe lews
affirnmtions. Mnts...
- Sait*w jaxesis ? Pe,l't-ïtre s'agitií wnimmí d'wrce grctte intêrrssante. Aprèr ttnt hrurr dr rnndannic au rczilietr
La ãicauywte & la gmna d* dnj* En tggz, "4ugr,tsto et tnai effertuions aíors des prospeftions àant íe rigi*n.
fais*it dçwtr
d'un thentin tqttLt{ux.
*
ãffitile
*rfi* *bau.ti à 14?18 intmense tíslins. {J ne vue i,rotúltnble .'La brìrhe qttr s'otn'rnit
à iãmtifie,r,
ftar;s {íven*
nous as;ait wnrfarmt allorzgíe, sa largtur íta* fu 5t mìtrts eíars qw'elle s'ít*çãail sxtr 2.()a. L 'ííívsttçn de la par*i *ppasíc qwi nous faisait Jere
ãetant
de I'tar.t, t,os l*ntsrws et dts s*nâwirhsl teau rxiniraie gúqq\se íe ítúxtre àcrriìirr lc bant. Ìd'a++híieqltcs dr rryírer v*trc p*sition
se
Ne possídwtt nípl:ofos *{rienncs, nt rartes
sombtt rnwqtrdftt I'wz'tpla*ment ã'*tne
av*
dËtail!íes, nüíí.s Ên ítiafls riãçrits à recweillir ães tupaux. í)uraní utz pru píus
tntráe gig*ntÊsque c#fiIrastttit tuet l'tmmltst rerhe ratgtâln. ,\oit, sd?ì'rc'fts diià qra b sçu.s-sol fu ïJ*hía ítait rithe etr ttlvt!ís, ,lolr.t Sauictt: attssi qut
lmparteqúi;Et
le
A;ÕLís
{}PS !
5igní: !,t bande drs vrrux tennrds.'
Born da
àe
z
I aya tt !a.(,rttnn
do
t rgntntdo.
semnines, trstrs st't itians
Npus t,eniont tout juste dt rstirer fits
utrc ntoynrn(
dt
t&sqilss çu*nà nüus tãvans âlerqu
yar jmt"" Ã
Ia
arritsis à
troi, MvtrfiLs dítouvtrles
fin
de notre sijanr, tes
av*isinnit
t rt*ines ã'
Jes
lço
entrt - úÍes
mltres
por.w
tt la rcche
aient aíteineÍve
ll a+,ait *rcampagni unÊ ítiLtt{ éqttipe p*ur íNi n'tlÍttrÊr ítr"te "grvn*" gt mcìntmaftt il
ái$uvertes ítaimt ãntrnues *tnt rçutine
et iÌ. ítlit ,zlçrs birn ttffir;te rÍe torxber sur queÍçue th*sr qui pa+t.rs*ìt tnwr.
qu'u.w entri.e pareille, d'unc tailie f;avs
rtrtlrrtt! srttl. - ü'esf bor signe, ai-jt pensí,.. [! et pnssí pris dt uout sans dirt un
riellefficrtt t'tçits rfithoilsíasmer. Cep*ãant, sï s{Ít s vu'tlçir fsire de tììfiuttíns 1et,x lr t,tols, la grnnàt
I'anct1'mat le plus romplet lttsqu'à I'arúe
ü ain son qwi rtvsns.it.
ntot
tt il
rrotrs
ã
rttrtis uu tn?ssn1r pt un
dessin plwtüt ronfus.
l,nfait, ií s'agissait ran.Tail truJJí
du tr()quts d'u n
d'índimtians ée grottes. ÀIos r*rps 4ul rcmwengaient smlwtent à
l* f*tig+u c*usfu
p*r ta
# retnetttv àe
prerníère ph*se
d'r;*ploratiens et ls. nzarthe s*$s wn salsii
*
pl*ntb r*e tarãèwwt
1t*s
à se r::',i1*rer.
Nous attotrs raú de switt nmmewi à príparrr Jrs snc.; à dos rn sathant qu uìI{ tüïrrse íünttÊ s'cnjdgo: A
I
ostrnsibkffisnt à qwe
- ()n í
d'ratt. Lrrx
altssi
ort a !rctn'í dc !'rnt,.
vígitr ã*ns
Ãw troisième milliuairs apparuissrzit ramntp tur( rhos, drs pltts trot'tb!arrtts.
Notrt Tur?ris." ne s'*rritait d'aillnrvs t1frus ttçus tt'oxr\tiülrs sur la bardnrc suã, au paint fu plws plat
- Ë,t grt sÊ ti'çÈ+\jt là çü an a
o'Ãimuvert"
?1ç1.ís
avans obsgrt,i nos guides dtsrenãre avec
í'*u.
rncfa:ilití
rÌíronffrtâi'ttp Ir ícngdr parois
"ãestçberlo"..," ont rcrt*inemeet ãü iíire
rçútewses tle zr; mètrrs ãe haur qui tçwbçiewt à pk a*_fand de la doiine, en w s)aiãarc, qwe áe petits palirrs et ães
lrs habitnttts de jndis.
rarints
ãcs "gamekitâstt,
ma*qna
pos
ãe
- Et t'est à tet mtlrail,
dans
le
Ê,t le açtabls a fiui par êtrr aàa1ttí
qusstis!â grotte
*çait
ití
tttt'
ílf*ut
Ë6tt
repêrie
dçnt
a*
{*rclisír pratiqwtmnxt
bien ie
il *t
sein tl'utrt
ânrzs
le tisstt
ã*itttstt en a:toir wte revtaine guantití... Prençns jr4stê u.n Tseu & mrbarr. et te
urbafu. L'agíomira*ia.r ne n**stait qr,'t,r derr., f!Ítr,'s tntow'í(s tlr mntso,t:
sers ban,
el ne p*sséãant eN Íoxit st púMr ta'ut qx'une
260
à
áu mass$ ã nçtre gtÊfid itçfifterft{ltt
lint oi
àire ar,t Í)üssúSe)
drsÉ{
nntinutv
d'ahavà relwi tí'w* vill,l,ge sitwí dnns ir tatztan ie Corifu qui àail s*n n*xr à un
diclirca lte ftüus
qutlçws bttu'es ãe rlat"tí ãeta*ï naus.
núr$res avait pu
pas Íà. Alars que
de rettu expiãitiotz
p*ur ãísignerla b*urgnde.
laissntr.t
dixzensi*ns plws qt+t resprtab#s, wais
çtÌaít itvr étrn*ge telt*?xjrrr {st t*ut Íles*;ltevta, Cet áirauvrctt
la montrt venait dt !r salri! rontmrtrqait
aut-st.
des
i"'i:firl.trlti al tirn
te qui *e
ãr nw* ãanner dts romplmes
aïd{
nü.ç
r*rães
ü
tü'í4t tt#tre
il.
La vigítatia* iufanà rcmaufüür lt parche qwi tlwait ltiex mtsurer 5a wètres
h*wt. Pel.l- à pew, I'arriìre plan se ãív*ií*!t à nos Seux rrçus rëpíJant une iwmetzse galerie ,ültte rt[ütíïette ãe de
Ourusno/2002
cü,+ffítiúfts et d'aatas áe bí*u
ffinãrís.
Le tbtmin jxsqu'aÍars *isi et
hien
L'ëtwv*te tro*r bêant qtte n*us"iaissi*ns
b*lisi st p*t*tt+ivait en âiryúion d'int
tyt#ifiteilüflt Ãerrière nuts íntitait lç íetwièrc ãw jaur à y perter !'*Ítsu.*iti sttt'
petit *fft*lrtvlrsttt ãe Íayiq
trtw tmtainu àe mèftes, enfais*r'tí'rtss*rtir les rçntçut's grçÍtsqçiës dt f*rmatl*ns rarÌrrttses
ro/otra/is. l,'rt yeu yltts Ioin. un
intpasant íltortIetttrtrl s( FroJdrut pfttque
jusqu'au phfanã terotiltl"flnt de s*n affilìre u?t vaÍrÊ
espr.zte,
Nü1ts ë'*vçns
grirnpi sú'nr Êlãnd$ àiffin#tís et ç'csÍ alars qzar fiaúts &1'ans eu í* ãruxième granãc surprise du jaxr. Et quelle sarptrise !... Le sqí tle Ia galnie itait ffindri s$r xitr{ ãiqaine lr rcàtrss elars que íts pl*f*rcãs et
ll,s
p*,rois
perdeienr
se
ãans ta y&zo*tbrt, Nas yupilles gui
enmrc dilsties w
pe*neti*itnt
itaimt
Ìjíts
à *üs
pnwr pÍ*ts lain rí*ns le nçir loiÍrt ãon, pr*tittrtet çur.lqtrcs nìüil!trs aIttil! qrrt,rc.ç jpt{.{ fir s'aãaptassutt wfin ìt !'ohsnrití * ... - Rúuqwe utr. pc+r ía ta;lk de #ltc tolannr !.' ! - ffi*, rc il'{sl lfls 14ne d*twt ! regarãs ãe
Ii
C
nrw,
Pst
Ìtne stalagmite
le
orcxpait uwaaste ryw áekt
ttne sívie
dt
de
z wìtrts
"rltìtrss,
sntÍeçnent
r$
b
tlçtsircaiw,
*t
"{pris seirc
3*
ftúffie *v,..t I'aifu ãç+ GPS.
rnin.u{es passíts à. slçlorner au
de pen"er
-
d'une vígítaticn ipineuse et ãessitfiée,
ixflíís rí1,sri"í fin*!emmt entrepris la drsrrnlc d,ttts !r (uttr-\'(n. La rue itait rcagnzfiqwe. íes par*is vevtiraies se dressai*rt ã plw
fu
5rs tuàÍrts et
"intlinigs
Ií ,orhu, Nou, oronr pcursun'i ttor rr pirtp!r *t pr'(nnttl en á*n,
*rtrç*t à la rrchsrr'fu àe "{'içtipe
ães
uitw.r rrtr,trds".
il
rr'.y
avait pas
Jrttq ttn (oup d ocr! au Jond
pendant qttr j'íttsytrte dr rc côtí - vous poirì,r{ rnppltqner
'
J'ai
traupi un rouduit.
il ítçit
p*ssibb ãe ãistlttgtaer píwsirurs erclríes
qne peut-être
d'rl,,trír,
-{ttnnt même ds ãégagr Íe srs
br*nr{tes,
Ir
il
ít*it àí3à
rol4r#nt
passage
dr
possible fu senrir
d'*ir
'1trat,enút"rt ãís fart rnrrnillrs de !n grotlr. \'ous nuons pínírri
ãnuç I'antre
m dirowlant le Éítnrnetre
àans uw galerie bnsse et pleirce
r*
sable.
"líprìs *nc pragressiou dr qwelqnts tnètr*,
s*rs du prí.$áent vüÏír1e. T*r.tt ttu rwçins en rc
diaçnètre
qui rcfi€{r*Ê s* planífintiaft * sÕn argarsisatiou. {'est einsi qu'à ptirzt
sútres *u-*lessus de nas titrs;. La galer;e se nxettait à serpenter et [e terr*èn wbihait
lewr
ãe*rx ntçis s'ítaient itoulís ãrpuis
une sírie de gours ett przrtie ãítrwits par
I'
expítlir iou fraxn-fu isilirrunt fu iuin 2"{}{}t à la s*"r* ão Ramaihç 4ue àëià le
f'érçulcrntnt de í'eau. La topo
tlitrytlltèt ãe ln rhafuur dt4 sefi{t; ,1, lioìr;o
pourntiztttil "à grancis yas" tt Íes z,isíes dc 3o mìtrrs n'itaient pãs rúfts.
I}'wr à ta
*x
#tluï
íriyant
salle
!ras,..
"?l'tçsxsíì,gstt, plu.siertrs
payscgt
imp*ssíble d.'emprwn*r íe mime rhernin $xr
u, rrr r'ísí?gr. !r plaJond qui repo"ni! st,r irs parais terÍ.!rctes tailíies ãans un cafmire sçmíre s'i.íevait à píus de rc
íqwilibre para.issait ies pius prfuaires.
Farmi tuts
serait
rancrítiçns
statagnites qu.i áip*ss*ient
ais{xent les a*
à naus renãre mmp* qu'iÍ n*us
Boqttttrào ,lo Riarho dt Ftra Tout voS'agt Jibute rn printipe ,yttatil r?cÌfs ronrírí.ç f t1.f í'p (n train dt víder nas
.'
Tottt rtrt tnstnrhlc
La *nfin à rcnzrne*çait ;rlogrrssrcn t*irt ls*xneur à sx ríputation ãe "diffidle", En É7uiliírc príruire sur ães sailíits ât c*lraire taupllnt, vtçws rlturhiçns à ittitcv les çrtrtus à {ri ortirr. Le rythxte ãt la narú:t s rsltrztit tt /ta11s ,í,nnrr*çâ.*r,
t1ui. áoit *t'oir *rc iibit rcnsiãíriehk. Apris 4a mi*utes de m*rìhe, ftot'ts sÕiÌtr,xes t*mhís sï'-r xate íflrwsns{ p*r*i fu pr;'s dr 3o n'Ètres ãe havt st díplojant cn #rrle eu foruz*nt 'a* hinziryilr rottstit.l.a.r,i un bxrrage *alçtrel cu àrain*Êt. Le sal s'indinait brusSuement lã'squ'ií reirignait l'*ffíeuremerct oà s' arcuntuLaient un grnttd nombrr dr brantl:es rt dr troncs ã'aràres" N*tre 1sr*nière rénttiçn a íté
rl'urt rio
l'entre-eux
flittaimt f#sqtíe aver lt ylafanà. T*ut *u lorcg & íeur ilívatian, des rcwrftians de rnlnte dc près d't.so nt
Jr
long,
I
r
la raviti t*mznengait à
-
p*s à stfaire sentir, Sans ptzilet' r*vu'nçs... Çuelquts poixts t€stãre?xt
ne tarda ães
"efi
íxsspens'o et stoen
aíguimímt
qwe
notre ruriçsití, wotr* r*lantí d'j rrt*tírnrr. Uu &s paircts restaet à
rívilr
sçu
se
Allongc le dírnmìtre.'
ZutÍ Le
C'e tr'était
ylus
rzaus
passage est abstr+;í.
qut
pLlrttP remtse. L n
salle à la
êcf*irdr ronrcrn*it un* pertt ínarme que
le wzcritiçns tíüt4s b*rr*it ía rw#e. En heut, à plus de za mìtrcs, ii italt ftltç'.Í possibtr. ãe
recltercht áe suitts é$entlaelbs, a'w miliew
nçus avians rrpirír par lsasartl íors ãe
tli*inguer un paíier renàant prut-être
fartt minirale. M.nis trttrt semíslttit
nútft tentãtivs à riinvestir la {Jruns do An1o. [-t c'rst dcnc vtrs rcllr-ri qnt se Joraliserait rnrliaÌtntrnt !oute notre çftentían. ,4u rcars ãc rctte e,xpiãitian,
partie xrpiri*t+rs.
à
sembiables
áts
"pôt*lt{'
st dívelappaient
en les eelaçant,
Ìtiçus at;ans rc*tçurní.
çbstntí, La grottt qne ernirons dísigncnt sous
ãa
l*
habitants i.es Lc tronr dr Crt,tra les
dnja áevaií çuair wze exte&siçn ãe Ile plus, sçn euíríe et s{s
Sots nútyes,
orntmtrtía!iorts ítntertt en tcuts potnts
rtznarqueblts Èt nulltment granães
*
La
rrt sauffraitnt
rcmTtaraison aver
tes
\es
líus
yl+rs va,rÍes t$1)itâs d{
tSahia.
Ct jrur-Ià, nçus rttütát'n{risns tíll*ge ãa*s l'en{housissrte
La Srrra do
fu plu*
a*t
fou.
Ra'nalho avni! snrorr bw,ur*up áe surprises à rívilm*
o cARsrE
vor- 14
r'ro
4
l'iquipt itait tamptsi* ãe Flfuio Chaiw*r'sir4, Rafail C*vveús (ïlne4rd,t), Àaôe*ç Brancíi, tirarcãi {)orrê* ct
àe moi-miÍïre"
Áárian
í}çll'r
et Fawía ãevniffit naus rejointlre plzts tard p*ur e*wpííter Ít "tsttrtir""
l{*us s*mnss
ãesrendus çt6r unë v*ílie peu pr*fatzdr. au:* p*rcis lígì:remmt ináinãss. ,4u *nïre, *n tit àt w tapissi de raiílçux attestt ta prisen* ípis*ãique
m+tr áe síâiwents et
nossiâle I';:.istffics
d'*ns s*'rilt dans la
ltat#
alçrs Ãêntvtnis
ãe carãts rt tl'içwipernrws Êrcd*+,14
r*
çbstailt d.evait ëtrc l*issá paur plus t*td.
Ìv*ss auo*s alors pris wnt g*lwie latiralt dnns Ìaquelle appnrrtnrntnt le drainage nr pout'aìt nlb,'trìs !oin.
C'itait dt
rín( <ott( labl'nnthryue Jonrtir
rondttits bas tt !argts, un !ietr dircvant
ptur finir Ía jo*arníe *pris
lts
i"ítn+verrts du jour qwi avnimt ãíbqties sows les ftzeillswrs baspires. $n *wrait
ã* rcpmáent q'ut la tha*rc ítait eftcçre ãe natre útit EueÍques màtres plus bin, 261
[] /
ruoras sôtltti"tts
ííoulr*tent
y' ritht
ei
yarvsrcus à uralc.ãw un ntteirzãre une peíií* saíle
à
ëtt #nne$'te?rts. Mais
ks
passil..;litês
) a, tn tfivernt tonttnuairn! tnr,1o,,r, à n, pas itre des nreillturest depras hlors rotwtrts rt F rt _
de bottt bott{bãr(nl lír prcsqtft t0tâItlc df
"*ía g*lrie
Í*tíraÍe, w'offranï guÈ psa
iiÊ
poxibilttis à n*t* pr*gressiçn. "h'ci.rs *r*ns Ãi4 p*ursuivr* ári miiieu ã'wn tffondretnerct thxotiqw, rwigorís par la puttpti*n d'omt &rise Íégèrc. Si * souf!.r fvünwtÍ{ur ne ftaws *vait pas tfikuri, nous a:trions sanr (Mt
tn!(t'( ((tt( reísÊtrínttïtt
.ttn
doute !rìç r,ile rtnortrí.
prrrre de !à...Lrtrorr
ic
n
tfui-là
IJ
grotte nbautissl,if ã*ns í* s*Jíe"
Notu"ç
apous dítçw*ert q*rc{gues s'nites minçrtres et mÊwe wnt n*ur,illt jonrtion aver lr rzires* printipnl {uatts Íor.ívtneíilu mnàwit supírieur qr.:i pr*la*gait za mètres plws h***t.,.),
1)ôtís
v ÃÍ
tottt ça suffisnit ampte***Í à notre bo*htur. l-t B*preirã* do Riath* át fwa. au.ra üi à la hawtewr du mvitis
Its plus irctívrssattts et les plws f**tastiques fu ía Ssra àç Ratnslh*.
3 a úr la ïwwiì.re per
ià !!!
y a wne en*ie !!! Ln {Jet, mais rt tt'írait
I$ re#terúsc
Mbne en sarh*nt çae i* rígion av*it itë pru visitít, j'ai rctnrnenú à me fairt
à l'idíe que rc que j'avsrs soas les yeux âwait êtry te tan,,Jan ã* Marra Fwraáa
ã.e to{} mètres ãr ãiamètrt,
quí atait ítí auparavatrt rxplori yar
tittêrtelemtttt envahit àe eencritions. La
i,na Lttisa Brttwourt rn tq()b et dírrit $.*et {ftthoçrsiíisiïle ftítr s*r,r. t*llègw et
pl*pnã ir lo ,orír, paraiss*ií trìs très rí*vtt et {w ítait alarmant. Iles ltlors ínçywes sc rtraintensient en íqwilibrc prémír"e. ï)es rothrs de plws
de rrto hilos avaient s'ítaierct
ítí
projetís
et
írssís ã*ns ttt r*you de sa
*t
ilt*prlrt
áe
ãestraúions. ?tur prewve: au rcntre
ãe
rnètres
Íaissç.nt wn
{t Í* X1r*ximiti
l* vi&, ainsi rltt'nne dôture ár fll ãe fir b*rbelí qwi *vait ití arcacltír *vant ãe finir sü railrs{ à I'intírieur ãe rc triu bíant. C$te visiçn áantesqwe ítait des plus impressionnÊfttes (l rtrotls ït'ariçtts l'út ínnrc e*+ Itoppartuniti
qwelles
tel
phinomènr
jour rnêmt, nous
Ãe
si
pràs.
drainagr qut s'enJorrcait dnrrs !c tí1nlon. Il nous itatt mainlenan! possúlt d'apurtvoir "l'iqrtipr des
- Ct
vieux rtnards ' cn !ratn d'allonyr Ienr rlícamìtrc rn longuts visies dan, lc ridr. Lt son dr le*rs ronbs vcrales devenait
tà. awssi il pkuvaír rt taut à rcup arz a enttnãw un fratas rcrrible qru ressrmblait au bruit du
jowr.là
tonntrr( on s'cst aptrtus tns\ttf qus lc so! s'était oïr\ttrl en emportanÌ Ia clôt$ye et túat le yestt, 262
-$rrr
putr r$oindrt la parai Ir , òtí gaurhe. dts trnrrs
laissées ptzr b pa.ssagt ãt I'tau eÍ une ntrumulattion ãt brn*rhts sèrhes inãíqttaieret l* tnise en ch*rge ãe ía
títrt{rl* Iars ãe ía pru plus
seison tbs plwies, Lín
une ntwvelle entrie trt;nçon souttrrain tlui
et't üvãrxÍ1
ttrwivutií
lt
n'att*rgnaií pns ks
j*o
*ètres
dans
s*?t txte?tçion. &{-*iç nçus u'ítia.|ts pas
. Lne rurlsr ínormt
lr0uat! fitt Ia galrrie. !.'íqutpe sr srinda
*Í.çrs entft rm+x qt+i ptttsüieftt quc l*s *búlles ne serai*zí pas dirangêes pxr
qwclqwes 1ours. À/eus rryons
nnfirmìrent que *t *bïrne avait n ãínwbrc rgçg. - ÍI n pÍu be*ut*up tetïe çnnÉc-
nous
swrgi
sol
le ntaga{ttr O' Carst,'. l'ol.g n" j), I'inrtrtimde de Joulrr des terres tie.rges nou.s tt arromyagni rntort pendartt
ârteint ilfi Èrdnã porrhr ãn*s íequd pauvait avair tsw k jow, íe
aver lss hsbitants ãrs nleutturs
rlwi s'ilnaíent
dt draitt.
*w
piles áe blws ã'tffonilrewcnt
grottes *vnient dêjà íti intttsties. Srulewmt mtnfi# nçHs n'*ïiüns píts soïx artkle en mains {rcíui-ri est pant daz:s
qtci
aa*ns bararãí
fu
giographiqwe
nïnriãaient" Le tls,ntr n'itait píws pen*is. 11 ne vestait plvs q'*'à savair
Le
jonthé
spiíiologvr Jo'e'|" R*ãer. íl nt faisait auturz ãç#r rcon plots qttc íe paiw âe ãipart ãe ì*urs reãttrrhes uvqít íti ãiffírrnr dv nôtrc. S'il faut en noirr. J*"r|, le sjstèmr se ãíplayait à p*rtir d'wne groÍte {zurt( et í*rgt ta*tzue saus lr nam ãe L*pa do Mçrro Furaã*. Lnsuite, ils svçimt txpÍ*rí wrc ta*g Milj#n rctampllÍí. & ph.rsimrs mvitás Ír.rr $rs parais íaúrales. La ieseripti*n
l'effanáremen.t, un arbr* aSawt gardi x4irt psttis âe soafeuillnge pcntíait dans
ã'approthr *tn
gra.nãe galerie
{i'e plws ãe 5ts *èves de largÇ
rertÌrt de
ãe
pn: qtt'utrt mtrie, r'ítait ilne snlle immense ãe pkts
luwiìve pratenait ã'unr çüverrays {tu tentrr di la salir qwi fannait Hn ãpett cirrulaire. TowteJais, qwelqwe those rce clotiait pas. I-t grand ibwlis ãu
La grotte vefflsit uw
sruls.
Á
"Í'íquipr des vieux ytztãrds"
rcncríti.çrcs de là,.. ï.í
I*
un
rettr
et",Áégage
Une irzvestig*ïion st ufie tap* plws
ditaíllies ronfimzèrent píus tarã qur
audible grâce aux parois qui nmplftnient lturs uotx. lJnr Jors sur yla*, naus çpçns wní ntsforcts p,aur totzstitwer vne íqwípe nowbreuss. Ourueno/2002
RIO DO
ODA lvÂNtA
t^l
'.--___]_*,1
SUMIDOUBO DO MORRO FURADO Localização UïM 23L X= 583.02ô Y= 8.494.038
Prd. Horiz.: 1390 m
ESPELEOTEMA LADO DO ÊAGRÊ 4
otlros
Desnívêl:52 m Topo 4C BCRA Sêlêmbro/2001 - Julho/2002 Grupo Bâmbuí dê Pesguisas Espêlêológicas
ffiÏ';
o
cARsTE rÍol- 14
No
4
263
A (RUTA DO
Irl
if
fit;
N FI
SORVETAO
f{ ^' (!
fn
E
A IN50NIA
ROBERTO BRANDI 6RUPO BAMBUí DE PEsQUI5A5 ESPELEOLÓC,ICAs
á é noite. Meu corpo está
as crianças do vilarejo, têm aquele
cansado
sorriso imaculado que somente a inocência da infância é capaz áe
e um
pouco
dolorido, mas acho que é a idade . Não creio, simplesmente foi um dia cheio de âventuras. Mesmo assim não consigo dormir, {az calor e invejo o sono profundo de meus
pÍomoveÍ, a simplicidade do povo e antdeza da terra e clima estão nos rostos desas pessoâs que nos olham com curiosidade- Parece rudo tão puro, tão belo. Com certeza é meu
amigos, alguns até roncâm, Ao meu lado, percebo que lJrandi se sente incomodado com o calor, Sob a tela
estado de espírito que estará camuflando, aos meus olhos, a realidade pobre deste pequeno
que me Protege Procuro encontfar
vilarejo, Talvez deveria me peíguntâr porque, mesmo após longos anos e inúmeras expedições nessas regiões,
alguma fresta pela qual
os
mosquitos poderiam entrar, Tirdo ok. Os minutos passam, talvez já,
ainda me emocioÍro como um
grande, daqueles que a gente nunca sabe se vai topografar contornado as paredes ou ftzet radiais. Bem, como eu era o bússola e o Adrian erâ o ponta de trena, não hesitei em insistir na radiação, afinal o Adrian
estavâ mesmo precisando de um exercício. Após uma longa espera pelos inúmeros deslocamentos do ponta de trenE a moleza acabou para
mim. O salão projetava
seu desenvolvimento para uma galeria
que ficava alguns bons metros abaixo. Ainda iluminada pela luz da entrada, podia-se ver, nitidamente
rcúam ultrapassado as horas, enÊm me rendo à insônia, ligo minha lanterna e começo â escreyef-te. Você deve estar se perguntando se eu não estou ficando maluco, mas não, tudo está bem, apenas estou
novaco de primeira viagem" Bem, na verdade não sei ao certo, rnas acho que são os rostos das crianças, não há como não comparar a vida de
com saudades. As noites de insônia
são as melhores horas pare a reflexão. Meu corpo clama por
mesmo, com tamanhos contrastes, posso ver em seus olhos o mesmo brilho dos olhos de nossos filhos,
decomposição. Fora isto, posso lhe afirmar que eu teria bebido daquela água.sem o menor problenra. Não
descanso, mas meu coração mantém
que saudade.
Preclso nem menclonaf qrre o
minha mente ocupada, nela meus pensamentos se yoltam para você e as crianças. Q.te saudadel Para engânar meu coração, resolvi lhe escÍever e contar-lhe sobre os dias que passei com meus amigos na Serra do Ramalho.
Como havia lhe dito, estava muito curioso em conhecer o povoado de Descoberto, que é uma pequena vila, típica da caatinga.
Tenho ceÍteza de que você iria gostar muito. Só existe um telefone e as filas são desanimadoras,
público 264
nossos filhos .à* ", destes sorridentes baianinhos. Assim
Mas como dizia, fomos
(infelizmente), que o piso da galeria era totalmente coberto por um espelho d'água, digamos assim, um pouco podre, mal cheiroso, lamacento e com alguns pequenos
corpos não identificados
em
olhe para mim, o nome fui idéia do Flávio. O Sorverão, por assim dizer, é uma enorrne estalagmite, com quase 3O m, que se projeta no meio
Flávio, o Adrian e eu teríamos ido embora naquele instante, afinal de coÍrtas a galeria não prometia muita coisa mesmol Mas, como sempre, o câreca, digo o sargento, correção, o Ezio pulou na água ou melhor,
de um gigantesco salão. Este é totalmente iluminado por uma
nossa
à
caYerna: a Gruta do Sorvetão. Não
entrada tão espetaculâr quanto todo o conjunto em si, um espetáculo e tanto; você não vai acreditarl E tão bonito, que o Ezio, conseguiu parar por quase 2 minutos para apreciar a belezar inacreditávell () salão era
naquela solução aquosa e, apesar da inútil torcida contra, a galeria
continuava. Mesmo
assim.
teimosos, pedimos pâra o Ezìo ìr dar uma olhadinha, quem sabe não acabava logo ali e estnríamos salvos. Mas que nada, era chegada a hora
dos bravos. E cofno frangas Ourueno/2002
assusbdas e noientas âdentramos na solução aquosa. Arrgghhhtt t
Como sempre o bom humor sobre eleva-se às dificuldades e, por que não dizet, asurpresa de ver que aquela galeria nojenta começâva a ganhar charme e metros. Ela seguia
forte e sonoro eco teimava em repetir em frente e, curiosamente, um
nossas piadas e medições. Com uma largura médi a de j a 4metÍos e uma altura variável de I a 6 metros, esta galeúa, desprovida de espeleotemas,
seguia com seu leito de lama profunda e líquido aquoso pela canela, cintura, peito, pescoço, glub
glub. Mais à frente, a galeria bifurcava. Porém as características das duas
ramificações eram idênticas e únicas, o que aumentou nosso marcírio, pois estávamos háum bom tempo andando com lama até quase os joelhos. Era um esforço enorme para andar. Num misto de eco e lama surgiu o nome da Galeria do
Ecolama. Apesar de tudo, estávamos nos divertindo muito e a irreverent€ e inusitada galeria nos presenteava com sua morfologia peculiar até que, enfim, no seu indesejado final encontramos a responta do eco; um enorÍne etalvez único espeleotema
bloqueava roda a galeria- Sem obstáculos as ondas sonoras viajavam pela galeria batendo no espeleotema e retornando à sua origem, Fantásticol Nunca havia visto algo igual. O mais incdvel é que o mesmo fenômeno acontecia na outra galeria deixada para trás na bifurcação. Esta seguiu mais alguns metros tendo o seu final limitado por um sifão. Porém ainda não seria o fim da exploração. Avançarmos uns 2O metros em uÍul passagem de onde ressurgia uma pequenâ drenagem. Porém, o bom senso nos fez regressar. A gruta era muito maior do que esperávamos,
carbureto tinham acabado aconselhável.
Decidimos, sem delongas, sair rapidamente. Decisão catastrófica,
pois, se andar na lama era ruim imagina coÍrer. Não preciso nem dizer que além de nossas pernas, atolamos também a língua.
No final, por sorte,
consegulmos aquecer nossos corPos
topografava o cânion exterrro e ainda fomos explorar outra grutâ antes de anoitecer. Mas isso é outra história... Eu conto quando chegar. Obs. A Gruta do Sorvetão já havia sido
parcialmente explorado pelo Joël Rodet (salão principal e galerias secas) que a noüleou como Gruta 9
N"
la de Gruna do
o previsto, nossos suprimentos de
(veja mapa na próxima
FoÌos: Flóvio Chaimowicz
I
( O Carste vol.
n" 3). Posteriormente decidimos chamá.Salão do Morro Furado
havíamos gâsto muitas horas do que
Fuíodo (oboixo)
VOL
ainda
no sol da caatinga. Tivemos tempo Paf a encontrâr a tuf ma que
AspecÌo do $olÕo do $orvelóo (oo lodo) e o "soluçÕo oquoso" que inundo ïodo o rede inÍerior do Gíuno do Solóo do Morro
O CARSTE
e
teríamos que seguir com Írossas luzes de emergência, o que não era
página). g
ITI
La gratte dst S*ry$aa
f, t/ N !.1
Itins*stnie
^,
Fe s quí
fattgwe , m*is msn tsar rce veut rie* satt*ir ú mrs pensírs scnl lofit,.s tournáes vers tot
et
Rçbrrt*
Branii
Çrwpo Barnhwí s
Í#
enÍãnts" Qwelle "s*uãait"! Four tro?npff ffiün tdur, j'ni ãirlâê de t'irrire
et
I
ris*ge ães enfãnts.
et àe
ãe
ns E sp eÍeoíógi c *s
ulle de
te cçntrlrs j*urníes yw j'ai pa*sírs Ía Sertu àt llamslha"
tn'est possibíe
l'aì dé1à dt.1'ítais rrìs ruricux àe tonnnìtre le village dt
Ilf*;t
ãéià tmiÍ.
et ïín Fext. cassí, mais rYor, er: fatt
M*n
rarps
wtfaÍiguê
je rois que
rnest l'âge.
je n'tn
suií pas rertain,
seulemrnt ln jou,tnêe íNeftíflres, pas
Ir
a ítê rithe
f,t mêtw *mme
en
ça, je n'arri*te
à tn'endonnir, I Jatt chaud n 1'envie sotnnteil proJoni de mes amts dont
rcrtains mirne ronJí*fi.
Á
rôtí ãe moi, je
wt rwãs carnpte qwe lç rhsíwr $mbiants ãír*ng Urandi at+ssi. Sous l* toíle qui ne proïàge, je víriftu qu'il n'y *it bien tL14t14ïtt üu\,ertr.lre par la4uelle hs moustiy.tes pourrdiffit st introãui*, Tow,t
ot ,n írdrì.
Les
minutes
pflçsír1t. peNlt-
âtre tftime t6 bmves,, t insornnitfiút par avç* Ie (kffiier tnat, j'*íIwme ffiú l*ntffn.e etiewenüs à t'írire.Tu ãou ts àsmefiãer si je ne swis pas en tr*in ãe perãre Ie úte, n:nis pas ãu touí,jr vais tràs bi*t, je ressuts iuste wn tses àe "sauãaie". Les nuiÍs "d inro*ni, sont l(s plus plopires à la ríflexion. Mon corps n'(n p(Ht plus de
regnrdenr aver ruriosrti. Toul
Ií
pírnit
l'idí, n( rìtent
$ilí
t0N4t
Í'cnsembk. {Jn
ríritablr
sptcÍd{lp en soi, trt ne vfi\ pas rn
r*ire
yewx ! C'*t si
tes
rn ttdmirer
si Pttr,
braw 4u'
F,$t
a
twtr
Ia bmutí, inrroltabk.' La
salle ítait granrle, de rrl|e.' r1u'on ne sait
lantais si on dott
les topogrophie, en
tofitotrrnanÌ les parois ou en faìsaú drs radianx. Bien. ttant donní qur c'ítait moi
mônt nprrs dr lonpues années et
qwi tennit la bçussçit et qu'-üàrien était batat ãw ãícamètre, je ne pot:ais phts
*u
ces
La
saltt prilo*ge*it san díveloppentent dans ttne gnlerir qui se
thômrc,
rígons, 1r ronlinue à nlímouvoir comme
premier
la Çrutq dr
réusn à s'arrêter pendnn, 2 núnules paur
rwtaitz qile r'$t mçn it*t ã'esprit qui me rnasgue k ríal*í misirabtt ãe rc petit viílage. Peut-itre q*u je áwr*is me poser ln question de savoir pourquoi,
son
âaws a?xf Ëave{fte:
syeüantlaire
r:st
un níophltte lars de
le^âisais, ttç'tls süft.vnes
ã'ww salk g,ignntxque, Celte-ri est enÍièrs$íent iclairie püt nnt mtrfu aussi
nous
d'ittnom'brablts erpíãitrons dans
i,
p*wr aìnsi ãire, esí une ënçftile stalagmite de prcsque jo m qui se ãíplaie *t: milieu
pur & tewx gue sml l'innaten# ie l'enfan* est tapabl* de prorliguer L* slmpl*ítí de l* papwlafion ü l* rüesse rle la terre et du ãiftwt se
si brau.
Ã'aptrmaír
pas áe nr*i mais de Flcpiç, Le Sawetão,
som ãlrcur*grantes, les rnfants
qui
il iansÍewrs ju,x
SorvrÍao, .\,!t dis rieu, non,
allis
orrt urr. sourire
refèrcnt àans le visage dr resgens
bahianats çouriants. Mi,tre
Mais mmire
Desrcberto Eti est 'ufie petit{ bawrgade typiqw ãu "rcrrado". Je suis certnin que tu çírnernis beaurcup. I)*ns le úlí*ge, íí n'3 a e* tçut eí füMt tútlt qa'wt smí Éliphatee pwbí* ír bs {Ìxíru.tí pour pruaoir
l'utilisr
res petìts
ie rúme l*ewr gue ceÍle gui ârilb lans ks yeux de tros rnÍants. qtelle "saudad/'.'
L)owntr ye te
fí\
ixtpossibíe de ne
ainsi, et malgrííes rcnt*stesfrapp*nts,
Êvet ?nes nmis ãans
F
Il st
p#s toít1pítrrr la s,fu ie nos wfants avet
rto.yage.
Bicn, rn vintí,le n'en rontrais pas la raison
trouvail à qtrelqws bonnes encnbíurts
mçis íl *w sextble qw t'e* à
cçntrrbss, Towjaurs *lairêe per lalumière
cnuse â*t
en
GRUNA
-.t;. ,'at,
(nom€ Localiza
',_',1-..
,,
X= 583.99
:
..''/.
..:
Proj. h Des
,
Localizêção UÍM 23L X= 5$3.701 Y= 8.494.070 PÍqj, Hork.: 1.330 m
Sete 6Nô.0ó
Grupo
PMOSO
Pesquisãs
Dêsnivel:36 m Topo 4C BCRA S€têmbrol2001 Grupo Sambul dè
:,
Pèsquisãs Espeleológicâs
r;t
':.
@!oilw6ws
cm.mÊcM |)@.mEcw 266
Ourueno/2002
pr}vffiít?# de l'm#ie, on pouvait ãistingwrc ftetteftlent
(ltilasl) qw
fu
s*í ãu *nfuait
était efitiàrffi'twtt reftxávert pãr u?x plixtl d'eatt. Cotrrm(nt dire, un tau uu pt!í pürírrie r yïúxír i âbçnd.e, boweurc il p*rs wnée fu ,1+trÍquts türps fton idmtifiís en rÍêrowp*siti.*n. ,4 part ça, jt t'en rÍ*rznr wts pwole, j'en. aurais hzt s*ns faire d'hiçoirts. lr n'm mintr pas lxsarn dc tr ãirt çwt s'ilu'avãit írftH qurãnaus,Flávia,
Add*n $'rnoi-tnhxr, detttander
tntrc
íloignis nussi
rcsl(
ttous n'auriwzs pas
(t
trcus nrus striont
sst d.e rcs
pr*ïrx€tt{r,rs. Çw'à ^ãtawte,
íimtx sì
peu
ula fie tienne!
est
qwi Í'encaurage$i{nt viaeffit# à l*isser tçnhw , ín galrit contìnwnit".. Ne rsn{n$rnt nulíewent à **trc iàít prmzièrc, nsws lt4i atans çlçys ãernarcdí ãj irtu utt
caup ã'o*ií, histçire ãe v*iy si àw fais íih ue s'arrêtçit pds tçrzt net quilqnes mètrrs plus loin, {çffitw te çn awraií ítí sawvís" M*is nçn! Il n*wsfallat ãanr n*,t+s glisser à n*t't tçur ãavts rctte farcge *mmt dts p*wíe nztuitlíts *t d6goútíes. frrce*qqwe! F" tureustmtnt Ëiffime towjours la bonn, hums+tr privalwr, les diffidtís
llÍe
ítí
ntavçis eurore j*mais
tí'mtirc d'une
parúlle. Le plus iwrayabíe cst Eue le mtme phínotwèrce se reproduisait dans ít rls*st
ítazttn+r 4 tt 6 rnitres, relte galerie 7
r*náw* laixi deryièrt'irúus 6x4 ffçisemcnt, Ce ãu'nirr rc prol*ngeait swr q*elqwes ruètres *vant dt s'a.yriter s*r un sipÌtan, *nais í'rxplaratitn w prers*it pasfin pwr atúdnl..Vorrs auons parroilt'u eüvtrotr zo mètrts ácnç wn passage oìt un petit
dipaun,tre dr conrrítion sp pot,rsui\)ntt t1\'(t
dra,ttage rcfnísait sutJare. Cependntt, le
pr.tissawf
et
b{agues
# nls
ffiaÏíft't r tontprise
anrytitude.
wfwe $ fi.trinis{*ii:nÍ,wn sawçre
ãe
à
3 #$tr.
sr
icha
s'íveytwait à rëpiter nos
nlesr4ï{s. mètres
I}'une largtur ú ã'uut
lit ã: ltout proJonìr et,*n Íiqutde
bon sens fiÕt4s rcfi,llt$iíendçit ãe yebra*tsstr
âqu(us. Jurqil au.x Senot$.. ã lfi filnf ure.
rlternin. La grottc ítaít bim pÍws \lítste qnf
à ía p*itrine, ntt {otl, glot+, gl*+t,
flçüs nÈ k pensicns, x*ws
son
(ryendant
rtr
Jnrt la galcrir
p *tti*ns
qw
heaucoap pfuts tle twnps
re
passís
qu'il *uait
biJwrqtnit. Or lrs carartíristiqurs drs deux rantiJrralrons ít ntrnt idrntiqttts fi unrqn{s,
iti prívu,
re qui nt
pourswitre I'wpíwatian fn tÈtilisiln.t
fít
qu'*ugtrctntet nltrc mãytjr
Vwisqae ft&4s nütís trçuriozts ïà ãepnis un "ban tnovnent yragrusant ai milieu
iíjà,
ãe
la
nçs ríser,,es
Ínrnpes dc
síruriti,
ítí ríluits à
qui n'st j*rzais
txos
très
pris la elidsíçn tle
t. Ct qui s'at,íra s'il itüit ãijà ãrfficile ãe mnrrher ã.sns la baw, y raurir !'fu*ir
s*rtir
۟t#strcphique
& I'icha íe wow de Í.a gahrir rttrgtt: Calrria do Lcolarna. Malgii tout
ylus ent*rc.
rcous nüris ãivl.:.tissions be*uroup, et
tí
re
l,loas *vcrs èow
tlew*né*it àrc eff*rts inçnftss, ,4u rniliete
l'iyri*êrenrieuss
M#iure itaitnt
{eíútwt'ttltxú,t.
jusqu'aux gtfloetï, Çh*ryt pds nails ãe irt b*ue et
ã"e
ípuisíes Êt nous en a*+tions
mílasss quí nows ïtêÕtltüit presqttë
quí,
rapids$lst
t*r
je u'ai yas iles*in
nt plrx dr
nos
d'a;lowur
j**zbes, nas
lang'taes
eurtnt ãrçit aa bwillm. .Mais pa*r finir, par chante nous
ittsülitt galer4c narx
awssi
àivçiÍait sa worphoí.*gie partiúiàre jwsqw'à rc qut, Ãans siat inclisir*bÍe Jin,
â\)ons
naas trçwviçns Ía ríponsr au pourçtai dt
rorËs .çsiri
ltíclsçt an inçrtnr {t pexdt^ëtre u.*íqur
ars*s eu le textps Ée renrc'ntry le &rü.rpe qwi top*graphia# le mnlon ãu
spíÍiathèrne bloçwait taçil ls ronílwb, Sar*
DOS MOCOS I
w
,horrrrc et gügnúit pt-ol*ngeait
Le
i, vrãdlrc b srrgerct, Í:<;ja quai, j et í. à I' ear; ilans t* qw' il ranvimãt cit dc nanttrrrr plutòt une saltnion oqtítuie et, walgrí laf*ü e *ppasit i*n de s supparí * s s'
s'aplanirent et naus avçtrs nlars ew la swrprise ãe nnstatw qwt la rép*g+antt galtrte (otnnrcilçut à at,oir wn crrlain
provisório)
!)u quanã
b
môme richauffer wos
s*íeil ãt
í*
"ra*ïittg*",
.Nbas
et
ãehars
?rürÃs
Ítt tvnfis
niê$# ptorttí
ção UTM 231
rcsffintrc{ i* mçircãye
paur visittr ,irce eíítrë gratte at*nt la
0
obstacle, Íes çnães sofiarts voSagwient
tçxtbfu
ãans la gaíerie
sffai
Y= 8.493.961
loriz.: 140 m nivel:
I
m
4C BCFÁ
r..
mbrô/2001
i"''
. *.ï. ;,.:Ï
et
& lç n*rir. Maís
b
Iewrs mr*rs'"E éans
Espeleológicas
spélíoútìmt {lt
b*rnzg th rcbitt) qwi les
PONTE DO MORRO FURADO
it
rtwryait ã'çà elles
iteimr lürtits, Fantastiqw! jr
Oh,. La
1t*ttit
C,tra do Santno auit dtji íti
txytíarfu par
Proj. Horiz.: 380 m Desnível: 50 m Topo 4C BCRA - Sêtêmbro/2001 Grupo Bambuí d6 Pesquisâs Espeleológicas
0
j\
7 sfte ttRÁ&lNrs
íjoir la afie
r.ro
4
lo S*!ão
âans rette
iW|oso imruF&
Y-
1@n
if!!1.!f!.tïr*;i.aii F F|ffiËtoM
cA,RsrE vol 14
salle
en
prinripate
(O Carsty vol, g, n" ji. Flns tarà, ilJwt áí#ãí
d* la brtpriser Çn*a
&U€IRÀO
o
lo'il koã* $a
* Ies g*lwi* sèrhes) Eri I'at'ait ilísignic Çr+rÍa no
j
X=584.051 Y=8.494.050
coNa
une &utts
rüour,
Locâlização UTM 23L
4r\J
est
veftãrÊnl t{fffiírx€r
Bambuí de
..
ieçi
histaire.,. Je te Ie rannteyai 4ua*à ie
àç M.orr* Fxraão
iãttton).
g
HC,RUNA DO TNFURNADO *NoVAs it
POSSIBILIDADES NO NíVrT SUPERIOR TZ1O_À1J33J*Q-L-L
ft1
6RUPO gN/ú'gUÍ DT PEsQUI5A5 ESPELWOLOúICAs
ulho de ?oo2 - Um sifãolll Maldito sifãol A galeria estava totalmente
tomada por uma lago
A. Cruna do Enfurnado foi descoberta pelo Augusto numa rápida viagem a Serra do Ramaiho, em julho de Í995 Na ocasião ele explorou, a partir do sumidouro de
alguma obstrução da drenagem. Do
uma grande drenagem, cerca de r,8 km de galerias amplas e com várias ramificações, parando somente em
outro lado uma "praia" de barro
um conduto baixo e alagado.
ainda deixava alguma esperança de continuação em um nível superior.
Aparentemente um sifão. Alguns anos depois, ]oë1 Rodet descobriu várias grutas no cânion do Morro Furaão - MF, situado ao norte do sumidouro do Enfurnaào e que poderia ter alguma relação com o sistema. No meio disso tudo ainda existia a Gruna ão Anjo (descoberta em 1992 e descrita no ãrtigo desta edição) e várias outrâs cavidades secas. Um quebra-cabeças que começava a se formar, mas já dava
coberto de troncos, galhos
e
folhas.
Um sinal típico de que existia
Mas o teto
mergulhava formando uma parede bruscamente sólida que não permitia uma segunda opiniãor era o fim, pelo menos da parte aérea (que se apÍesentem os espeleo-
mergulhadores). Depois de um ano alimentando a esperança de explorar quilômetros de galerias e descobrir o destino das águas da Gruna ão EnJurnado, o desfecho não poderia ter sido mais crueh - ... um maldito sifãol
No final da Expedição Bahia 2ool, ninguém falava em outra coisa a não ser "a galerìa áe 25 metros que continuaYa.,." fJma única equipe havia topografado mais de I km só parando por falta de tempo. Mas, como era o último dia da expedição, o Enfurnaáo terìa que esperar para revelar os seus segredos. Mas antes, vamos voltar um pouco no tempo, rentando
resgatar toda a história da exploração desta fantástica cavidade. 268
pistas da existência de grandes cavidades.
Em junho de 2ool,
a
expedição
franco-brasileira dedicou alguns dias de atividade no setor norte da Serra do Ramalho, principalmente no&nfumado enaMamona. Mas, foi somente depois da expedição de setembro do mesmo ano, quando topografamos várias grutas da região, que começamos a entender melhor o sistema e a relação entre
âs suas cavidades.
Duas
todo o A outra sistema. possibilidade era a existência de dois sistemas
Mamona a ressurgência de
independentes.
O
primeiro
comegâvâ na Boqweirão do Riacbo de Fora, passava pelo Anjo, Sumidowro ão Morro Furado e teria a Mamona como ressurgência. Nesta hipótese o EnJurnado formaria um sistema
independente sendo ainda incógnita
a sua
íessurgência- Apesar
das duas teorias serem opostas, ambas consideravam uma prenrissa:
a Enfurnado deveria ser uma gruta grande. Muito grande..E foi com esta expectativa que um pequeno grupo (Augusto Auler,
Alt, Vitor Moura, Luiz Coelho Brinco, Leonardo Rocha,
Luciana
Marck Maio eu) encheu
as
mochilas com muitos quilos de carbureto e entusiasmo e encarou a viagem de 9oo km de Belo Horizonte a Descoberto - Coribe/ BA (soma-se 6oo km na viagem do Luiz que veio de São Paulo). Logo no primeiro dia o destino não poderia ser outroi o Enfurnado. E.como ninguém queria ficar fora, o relto sefla montar uma equlPe com 7 pessoas. Funções paÍa tanta gente é que não faltavam. Decidimos usar
duas tfenas; uma para medir
a
possibilidades pareciam ser mais plausíveis. A primeira (e mais
distância entre as bases e outra para as laterais, Isto já ocuparia pelo
otimista) apostava na idéia de gue a drenagem do MF ere um afluente do Enfurnalo sendo a Cruna ãa
menos três. Um croquista, um anotador e um instrumentista completariam a equipe. Ouruenol2002
- Epâl Tô sobrando. Tirdo bem, podemos dar um jeito nisto.,. Acabávamos de criar
acontece na época das chuvas, de
novembro a janeiro. Na seca
a
primeiro
a dezenas de metros de altura. Realmente impressionante... Novamente a galeria volta a se estreitar (só 18 metros) e o rio ressurge, vindo de uma galeria
existência de grandes salões laterais e um nível superior que leva a uma saída secundária. Depois, o teto do
lateral. Estávamos no ponto final da topografia de 2,ool. A gaieria plana não impunha dificuldade ao avanço do
topografia- Suas tarefas iam desde
drenagem se resume a um pequeno fiozinho de água que ora corre com dificuldade em meio aos grandes
ajudar a posicionar as bases,
seixos, sumindo e reaparecendo
verificar urna galeria lateral, até
periodicamente
a função de palpiteiro
da
contâÍ piadas para entreter o resto dos colegas.
O Enfurnado tem "pose"
de
caverna grande desde a entrada,
Um amplo abrigo
. O
quilômetro é marcado pela
captura
conduto baixa bruscamente
impiedosamente a drenagem que
chegando a ficar a menos de um metro acima do nível da água - na realidade um lago estagnado com muita matéria orgânica. Felizmente o lodo pegajoso que se depositou
despenca poÍ uma série de cascatâs
até atingir o leito do rio.
]unto
entrada, uma seqüência
à
de
travertinos e escorrimenEos merece alguma atenção, mas não chega a ser um grande problema para se atingir o leito do conduto principal A partir deste ponto, a galeria segue praticamente plana e ampla tendo
como único obstáculo o barro escorregadio que cobre o piso em
alguns trechos.
A
passagem principal é facilmente identificada pelas marcas da água que invade periodicamente, e com vioiência a cavernâ. Troncos de até Io metros de comprimento podem ser encontrâdos
a
vários metros âcima
do leito do rio. Felizmente isso só
Equipe rLlmo oo [nfuÍnodo. Bóios e mqcoçóo dê nylon em Pleno cootingo. FoÌo: Ezio Rubbioli
o cARsrE vol 14 tto 4
franceses). O conduto chega a 6O metros de largura e o teto se eleva
no fundo turvâ a água facilmente, não permitindo que os que vêm atrás vejam os morcegos mortos boiando. Mas esta "refrescante" passagem não dura mais que 6oo metros. Deoois de um salão com teto em forma de cúpula a galeria se divide. À direita segue-se a drenagem principal, qlre encontra um sifão 2OO metros à frente. Do outro lado, uma galeria seca leva ao tÍecho mais impressionante da grutai a Galeria da Bela Amazona (não me pergunte o porque deste rìome, mas isso é coisa dos
"batalhão" de topografia. Nem mesmo as piadas do palpiteiro conseguiam desviar â âtenção de equipe, As visadas se sucediam num ritmo acelerado sendo limitadas someÍrte pelo tamanho da trena. Os
números enchiam a planilha de anotação e.-,
-
Um maldito sifãotlt
E bla, bla, bla; bla, bla, bla; bla, bla, bla.-. O resto da história você
já
sabe.
Os 7oo metÍos de topografia
não foram suficientes para satisfazer o nosso desejo de exploração- O jeito seria fazer meia volta e buscar alguma passagem
lateral que "ocupasse" o resto do nosso dia- Com sorte ainda poderíamos sair da gruta com o mapeamento concluído.
Voltamos topografando
lrì
}{
algumas galerias pequenas que tr tl não acrescentâvam muito no ì/ lú.( desenvolvimento da caverna. Mas, poucos metros antes do Í teto baixo, um conduto superior à esquerda mudaria a história m daquele dia. Uma ramificação
logo nos primeiros metros permitiu .que nos dividíssemos em duas equipes. Augusto, Marck
e eu seguimos para a direita, teoricamente na direção da saída,
enquanto a outrã equipe seguia numa ampla galeria (3 x l metros) na direção oposca,
C*
apostando que tinham escolhido a melhor opção, Mas a nossa equipe estava com sorte. Não foi
preciso mais que uma dúzia de visadas parâ nos yermos em uma
ampla galeria meandrante e com algumas passagens laterais. Na
tão grande pare ser digna
de destaque numa gruta baiana, mas
#
o suficiente pâra mostrar que dificilmente terminaríamos a topografia naquela jornada. Um pouco mais adiante o conduto fez uma cufva acentuada pafâ a esquerda, um degrau abrupto e,., - Que condutaço!!l
*
l{ I
I \
t.
do Boqueirão. Seguimos entusiasmados num conduto com 7 metÍos da largura e 5 áe altura. Sua forma e dimensões mãntinhem-se rigorosamente uniforme e formavam urn traçado com cuÍvas suaves. Deixamos uma grande passagem lateral à esquerda e seguimos serP€nteando o interior do ËNFURNADÔ Nivel Srpêrior
Seguimos mais de 5OO metros
nenhum
obstáculo. A direção preferencial
sul indicava que estávamos paralelo com o conduto do rio, embora em um nível superior. Como o nosso tempo estava
contado, voltamos deixando várias passagens inexploradas. 270
.
\li
galerias superiores
sem encontrar
. .._.,* ri
\ri
Até parecia que estávamos rÌas
maciço, sempre procurando evitar os condutos menores.
l;í i ':{t,i{
Ouruano/2002
GRUNA DO ENFURNADO
GRUNA DO DËSENFURNADO
Localização UTM 23L
Localização UTM 23L
X= 586.312 Y* 8.491.286
X= 586.389 Y=8.491.247
Proj. Horiz.; 5.840 m Desnível: 70 (-48, +22) m
Proj. Horiz.: 78O m
Topo 4C BCRA
ïopo 4C BCRA
Grupo BambuÍ de Pesquisas Espeleológies
Grupo Bambul de Fesquisas Espeteolôgicas
Groupe Spéléo Bagnols Marcoulê
Groupê Spéléo Bagnols Marcoule
Junho/2001 - Julho/2002
Junho/2001
\-t,
DesnÍvçl:
I
m
qï
:*r_"J o cARsrE vol í4
no
4
271
A outra equipe também teve Depois de um começo numa sorte. [.1 modesta e com dois rrechos galeria i/
U
] bai*os, eles haviam atingido um 6\ conduto amplo com 5 metros de - alt,,rr" . Ia.glr" que seguia direto ',n para norte. Na volta aindaftzer*m uma descoberta
-
que poderíamos
dizer * no mínimo emociouanre. ï.Jma reentrância da galeria na
altura do piso inãicaua a possibilidade de uma continuação. Mas era preciso entrar em um teto baixo para t"et ceÍteza. E foi o que
para sul, no que parecia ser
a
passagem principal. Mas, poucos metros à frente fomos barrados por uma parede de espeleotemas.
-
Não tem problema, ainda
restam muitas opções. A nossa sorte começâvâ â ser posta à prova... E uma a uma, todas as galerias foram fechando, ou eram
muito estreitas ou
estavam
Espero que a outrâ equipe
esteja com mais sorte... Depois de unla série de galerias
fízeram a Lu e o Leandro. Já rastejando, a luz do Leandro apagou. Enquanto a Lu se
retilíneas e amplas, sempre na direção norte - nordeste, â "outra equipe" havia chegado num salão
aproximava para ajudáJo percebeu que ele estava à beira do "yazio", sentado sobre um piso inclinado e cheio de barro. O pËrigo pareceu rão próximo que os dois trataram de
grande e bem ornamentado. De imediato eles perceberam que
sair rapidamente do local sem ao merios ver aonde levava o abismo. Seria a galeria principah Saímos da gruta por vola das Io hora da noite sujos e molhados, mas com a certeza de que ainda teríamos muito trabalho pela frente
Dois dias depois voltamos ao Enfurnado. A idéia era continuar a topo nas galerias superiores. Mas antes resolvemos checar o abismo que a Lu e o Leandro haviam encontrado. Augusto seguiu na galeria do rio para verificar se havia
uma ligação entre os dois níveis enquanto o resto da equipe subiu
para a rede superior. E não deu outra... Saímos no rero do saião. a mais de 2o metros de altura, onde o rio se divide. Aquele com o tero abobadado do começo do artigo, lembra-se? Incrível é que quando se passa em baixo fica impossível perceber qualquer sinal da galeria superior. lJma vez satisfeita a curiosidade de todos. dividimos as equipes e cada uma tomou o seu destino.
Havíamos parado em uma te
galeria larga
com várias
ramificações menoÍes. Seguimos 272
progressivamente o teto do conduto foi abaixando, abaixando e...
-
Fechô! Está entupido.
Apesar de decepcionados com o desfecho do dia, deixamos a cayerna
com um sentimento de que havia grande galeria que descobrimos no final do dia continuava para o sul,
tão grande quanro o lado que
exploramos. Embora
esteja
seguindo na direção de outras passâgens conhecidas, nunca se sabe
o que pode acontecer nessas caverÍìas da Serra do Ramalho,
poderiam estar noyamente em cima
da galeria principal, na região da Galeria da Bela Amazona. Mas o salão não passavâ disso... Todas
as
continuações eram pequenas e obstruídas por espeleocernas. Mesmo assim a complexidade do local exigiu uma topografia detalhada, consumindo rapidamente as horas
úteis sue restavam. havíamos
Enquanto isso,
no Enfumado.
que poderia até mesmo ocultar alguma continuação. Mas,
bons motivos para retôrnar. A
entupidas.
-
yista ao chegar junto das paredes, formando uma longa reentrância
voltado duzentos metros buscando a última ramificação inexplorada. Uma grande passagem
se
Em tempo... A "ourra equipe" terminou a topografia do salão e ainda descobriu, no caminho de volta, uma galeria "escondida" atrás de uma passagem estreita. Segundo eles, a continuação é grande. Pelo menos esta foi a desculpa apresentada para justifi car o atraso de quase trma hora além do horário marcado para chegar ao q ponto de encontro.
abria para
leste enquanto a galeria principal
fazia uma curya acentuada
ne
direção oposta. Mas o que chamava a atenção era a marca do meandro estampada no teto da galeria.. Tirdo
indicava que ela vinha da galeria desconhecida- E não deu outrar logo nas primeiras visadas nos vimos no meio de um grande conduto. Suas
dimensões estayam parcialmente camufladas por uma pilha de blocos abatidos, mas seguremente sua largura superava uma dezena de metros. E o melhor; a passâgem
coÍrtinuava nas duas direções. Seguimos parâ norte num ritmo acelerado. ]á era o final da tarde e deveríamos encontrar com a outfa equipe às 8 horas. A galeria mantinha a forma original traçando um meandro com curvas suaves. O teto era bem plano e se perdia de Ouruano/2002
La Çvuna da f"rfurn*ão Ile *çrnvelles possibilitis 'tu
vraisew&lsnce, wn siphm. Quelques anníts pÍus tarâ, Ja'ií Rçãsr ãiE*?avvit
nrvratt supírittrr
plwsiwrs grottrs ãa*s le ffin!üt:t iwMarry
Iç*
l*r-*dç-Ml sìíuí ax nçrã ãe l* perte ãe I'l"nfurnaãr et qrai paruairnt passíãer ál"s r*nncrti*ws at,et íe systàme, lawr
ltaf:ã;*lr
L,ryo Ilambwí dt Pu çu
i s tz
mmpí{ttr fu tabbaw, ií f*uí enc*rc ritrr l* prisewt u, ,r, liirr*'ãc ta Çruna ãos
s E sp el e o lógi r as
Jui!!n toot -{l* siphcn!!! Maudit sipl:on! L* g*lrrit italt entifuetzrrr"t tnvaitir per
il?xc
ítendue ã'eaq
*utstrk ãt lranss,
dt hranchrs et lcJeuillrs: utt stÊnp íviàtnt
qu il devaít extsl(r rtne qttclronqut ob#rttr! ton du drninagt. ! )r !'atttrt rôti. unt "pt*gt" de trre glaiu affrait pe*tt^ itre unt pctssihtliti d.e suitt au nitEau s
t,p í rr
r' t t
r.
Lt
p I afo n
d pl o ilÊ,'tl t I
t tp (
t I
dn
il t
enf*rmant mt y*roi saliãe
btwsqzarwent
qui nr perftrttíüft píus dt se fuire d'illwsiçxs, r'ítah í*firr, áans í* p*r"tie
,4ujos {rléra*vert{ {tl tggz et dicrite dans utr aúìclt de la prís'rtrr íditrcr), ainsi que de nan,hrtus(s ítuÌr(s
'I*wt
ravt!is
sìrhrs,
*df*rnt*it
un víritabír. pwq$e tlui rcìnftrcniãtt à prrndte fonrte. mats qttt ãêjà laissait
prisngtr l'rxisÍewlx ãr gr*ndes
m,sitis,
Ltt jttin zoot, !'rxpídtiton Jrtrrtro' hrisilienne toil(tnlra pendant qtttlqurs ses
arlit'itis
lt
i{arcs
lowrs 'la Serra da R"ane*llso,
et
wfut
dr
plws prítisíznent
I*
M*ns*nrs.
q"t+'apràs
l'*xpiditian
ãans I'Enfwrn*áç el .ïba*1í*ís, te
seçtewr 'n*rd
*
tlnr *nnír p*ssfu à
septnrbre ãe la rntmr antrée, /,, to;,s tlJrrtuir dnns plus,twrs g,árc à grottes ãt l* rigian, q*e í'ou rotwnença à
aÍirnenter l'rcp*ir à'un ípiÍague plus
atirux rcntprcndrt íe rystlrne et le rapp*rt
aírirntçt
tüNíl
4íí xtains {q*ar viewzefll
spê{íos plongewrs!}.
ltrurrux, à uplarw àx kiíarrrètvts cwrlw it s p*ur
í* s'
eaux
s' ap er t ev
*ir fin*le
m
íes
ãe
etzt qtte
le ürunn ã* EnJut'uaão nt
ã.e
í rcwlaient plets, It dinowew€?lt rïj ilut'tri*
ptzs
pu ôt*
ph+s
rmil:
-.""un w,xr;tlit sipl:*n ! 4
lafin
de
! es:pidrtrcn
Bahia zont,
p(rsenne nr parlait d aulre rhose qwt de "la gnlerie dr t5 rttelres qut tôtütnuaÌt...'
d.vt mois
exist*ní mtre les leux mviïis. í)ns possròi/rt,ts s'aviraíent nlors les plrrs
Aussit&t arrivês, notre toiltt Pver|xiàre àestittçtÍiçr't nt t;oavaií ïtre awïre q*te
í'l,nfwr**ãa. .Et tçszrtr p'trsúnne !'te vçu.l*ii tííter í'{}tËüsiün, la set+k sol*içn rcnsistü à farmer u*e íquipe de 7 persütxtrÊs. Et mïmc lraw' *wtant ã.e
IÍ
rzonãe, íe lçbeur *e manquerait pas.
f* ilídàí ãe se serpir àe dewx ãímmàtres, í'un p*ur yrenire íes westrts efltres \es priwts t*p*s, ú l'autrt paur les tonãuits lstíraux. Cette íârhe dwail *tru.per *u m*ins trois ]setssnnes, Tt'ais *wtrts, *u (! 0qtLtí. nu (nIntl et Àil totttPLts rornpliterairrrt le groupr. - El aíars, ct *zai dans Pa:
túNrí
{a
?
rlr problìne, .' L)n prut roujot!t's
st*rr*agn,. Pour i* dt'totsstantt, ttcus veniçns ã.e. rrí* l,+ fan*iot't d'atrontpngnatrur de ln rapa. I a tarhr tle rehti*ri rcnsíttryait à aiâer írs nun'ts à positionnrr {ot'rtttunntl lts poiìttr t0P0, ,\ virlfin unt gnlrt ir latíral,. n rnâme à
f*iw
de
s bleguts poxr ãçrc*.er ãu rcwr
à
í'a'tnr*gt üxí r$te du gr*upe. üàs I'rntríe,l'f.nfumado ít "ítrfi
áe taverne irnpasantt.
íi*
üir"
vaste çbvi
Mawçna r*ttstitwa# la ríisurgr*te Ãr lont
Mptuí( inexorabknrrnl I' drntnng, qtti ãivçk le terrain eg fçrmstzt uw sívie ãe rnsrades atant drJinir s{ì roLirs( dans le lit da rio, Près ãe l'l*Êrit, raw sfuie ãe Êaurs (r d'irottlen,tnts trtírtíent ttne útI eÍxliúr"r p arti ntlièr t, &?xt paç,ff Gil, er.t
tsurrc áuezttr+üÍ*í *wsiàírai: !'existente ãe àa,* systètnes inãépená*nts:
reprísenter wn çbstaãc powr arcítler nu Irt ãa mnãuit yrínrip*i. Ã partir rle íà,
ir premier àibuterait d*ns
plit*siúles. L* premièrr {la píws üpíiffiístÊ) pariait sur I'ìãie çt+t le ãrainage d.u M ítait u* afflve* de Í'Ewfurnaáa, aÍ*rs qrrc !* ürun* ãç le
système.
s
ürunc
galeúe rçutin,ae ?rÊsç,.;'e plant, íarg, et ne prísente rornmt stuÍe dëffirultê q+tt
d*s "4njos, nntircuerait Ttar l* perte ãu Marra F*vaão et awrait ía Mam*rca p*wr
la boue glissante yui m rercuttre h sal par enâraits. I-e passagr pril'dpal rct
rít*trgeuce. Si #tte hypothèse s'avírtrit ln
facilemenr
ttz&{ques laissíes
v*t+sfaire revi\tre tous lesJ*its les plus !fiGtqtiú?rts ãt I'expl*r*ti*n ãr tette
f*rtnerait un sj sÍìtne rysterítit tnrçrt lcs Ãrux thÉçries frierc à dimu+'rir" q*e st*tlÍass*nt *pposíes, tawtts rÌtux ilzãiqtiüi{?x, une r}tase' l'Enfwmado d*tait être wnt granãe grettÈ! très grcnãe
fantasíiqw tavití,
grotte...
{.itçe seule
et unique í.t1uípe av*it dr3 fun et n'au*ít vni-
t*pographiê pht"s
fin à son tr*vaíl que p*rf*t'ttt. ãe tetnps. Et rontttzc m plus r'íta# lt ãernier jrur rlr Í' íquiyêe, I'Enfurnada de',tait *ttunárc evant àe ríví\ff sss st#'rts. ,\'lnt., avnnt de le rtf rauvt{ Jc uolr.ç
tçt|* à i\ft tflutt itç?ã*t úír#s?ett{
aJin
de
í.a Çru*a d* Enfurnaão fut
áirauvcrïe par ,4*gwsto lars ã'wn rapide
séjawr dans
la
Ssrríi tío Ramalbo
(fi t<)g.í. A rettr crmsion, i! cxplora prìs ãr s,B kfi ás uastes g*leríes çux ramiJir*tians nombre*sts tfi JjartevÉ áe la perte ã'un import*nt ãuínag. Il ne ressd $És *rtiviti.s qw'en ãibourha$ d*ns
un rcnãuit bas * inondi, s{lon o cARsrE vor- 14 ro 4
to&te
dç Riçrl:s
ãe
l*ra,
íc Ê*qzreirão
passerait par ta
boune, I' Lnfurnaào
ináipextia*
Lt
àt* Iaprtt
rrtír ptl'ipt(ttvr qu'un í)elit Êrüilpe {'Lugust*, t4uler, Lwian* Ak, titar &ípura, í,uiq{oellt* Brizuc, Lewarrla Rotha, Martl Maiç e, r*aimirczN fit le pleizt dt tarburc avant â'*ntreprentlre m 7t6ripíe ãe g*rs fun au dípart ãe íLtio Horí4pntt, dxtinrrti*n r'rst danç
Corihrlb&, atars São
qwe
Í,wi4qui v*nalt
ãe
Paalç dut pawawrir {tçr: l;rn m plus,
ta
idmtifi*bk à
rçuse
pírioáiqu.munt lsar
rq'ux turnuÍtw&tsÊíì dL, rftaftz**
'fr*s
ài-s
ãi,s
les
dlueí"
tròncs, #ttti1nútlt pnrfois urze
í!rr vus mètres raw-àtssus &t lft ãe ía
longuertr de di-,: mèíres. pru\,et:l
à
plwsicurs
riaiire. Heurewsetrrefit que ce gsftéu*núne w se proãuit qw'à la s*isau des pluies, de n*t,embre à j*nvitr. Qu*:tã il est à sec, le tlrainage sr risusne à wn *rinx filrt tl'eat+ qui s'írçule p*rfais aurr áffircÍtí *u miliew & gros reillowx, et áispar*ït
* ríapparait pi.riadiçue*ent, Lt kilomìtre itziüa! se caraüírise
prismtt
áe
p*r
la
graniles s*líes íçtírnles et un
nivtaw sr+pirirur çtci mène à une sarlie sennãaire, Ënswite,
b
plafoad âw nndwit 273
[i I 'f
s'*ôalsse hrusquunetrt iusqu'à ne lnisser qtt"nn mètrr a,,t-dessus dtt nitea* ãts
l* cavewe. SwÃain, à gt+elqxes mètres srulenrrnt du plaford ltas, I'npynntion
enu,x. C,ellcs-r,r.ne tcnsf ifrtant en rí.aíit.i
d'un conduir swpírirur. ,ur la droirt, *l!*it rhttngl'r ln phjsiot'rçntis ãe I'expl+rati*n &t jout'. í)às les prentiers
étartg d'ratt s!âgnnrìt(
QTrt',,n. rrrnriirr,
tr]
-
díporíc
rtnplir
ãe
orgrniquts. La vase callantt
atr fond,
rt
qrti Iroublatt I't,.tu
à
'"^ rhacu* ãe nas pas xnpichaít he*'{useftrcnt
"'
ç*, ,rro*
qu-i sttit,aiett
ee voiçnt
tes
chauves-swrit mortÊs qwi fl*ttr;ient ici et !à. Ce "afraïrhssant' pnssagt ilr se praíozr1r taatefiis qÉe sut {irsç mètres. tiprìs wne saífu *u plafaud en roup*le,ia galerie n
ãivise. I-e ãr*ieage prinripal potrrsuit sa rcr.ttst sur la ãroitt et se 'terrnint p(+r trft siphon zars xtì:trts plws
üu côtí *pposí, une gaktie sèche rejairr an ães ïtonçüns Íes píws Lr:èn"
de
çu'on peut qualif?4 azr ntinimwn, àe rrmarqu*bíe. Un reztfonc***et clr la galwir *w nivwrl ilu sol renãait p*ssible l'exislenrt â'u*t suite. lçwr le úrifiui nírr:satre dr i tnÊãgcr soHs un
il ítait
tnàfrrs, une ratrifiralic* permit au ârçl,tpt rh se sdnãry en d*ax . Ãugttsta, Marçk et mai s.vons pris sr.rr la ãrçite le
plcfonè bas, l..u et I-eonarãa
rht,ttin qttt. thíortqurnnrr, dn,ait
Q*anã Lu s'aypratha ãt l+ti paur
trous
cçtrtluivt vers l* sortb, *lors 1tu t'autre pnrtte du Erct!pr s'itnit rtgagíe du rí:ti 'oppo:i, '., * ,!tr,r" ,n, ,orr, ,a
gílíi,
*ìtrrc),
l* l*nttrnt í'niá*",
il
fúxt{ ftoLts relreutet' ãans une
galerit prinripak?
anzple
at\
st traxvait vraimtnt
b **vail !'
ig*lw m m6ríte une
grotte baÌtíane, mais
qrc l, plaJond s'é!ìt't n unr drqninr dc rnètres dt+ sol. Le sprrt*ck est try'*iwent impressionrc*nt.., Puis, ia galeri* se rítrácit à nçuue*w (rlle ne rcnpïe plus qw 18 wètres) et la ri,-ière rcsurgit en
(trt6tntment pas re jottr-là. L n ptu plws Iotn /Lrvant. lc rondwil dessirtait une ftuvbt sxrr la pnuthe. Nous atons rIü fratthir *n, n n rh, abruptr et,..
reftírftt íÌjtfficgçlerielatirnb, ì-à se trot+vt
P*uv utz pel.t) nçüs n*us s*tions
dfficuÍti à í'arancis du "ltataillçn"
ãe
topograpltes, Mtme lrc pÍaisanteries ãe
"!'arcornpagnattur'' il! lsawrttaient à dicon*ntrer
ses
dlègurs.
pas
Les visies
se
-
Quel rcndrrt !!!
dans Ìes 6nlrries supírrtures du Baqutit'âo. I"* pragressian
áans t'mthausiasn+e gínír*l ãans t+tr $nãu* fu 7 *útres àe l*rge paw S ãt hattt. LnJorme ci d entr u ra
t
rt
les
dtnrrn:ions de rtltri-
tnt r tgo tn t u s(ut cttr u niJorntes
fu
swrcidaient à wn rythme end;ablí et rct
et
s'intrrrowpaitnt brilvernenr qu'ttr rnrson
avons
dc !n Iongttewt' dtt díramì,trr. Ì.es rhiffres |aãditionnaient en í.çnÊ.aes files sur le rantrt jusqtr'à re qtte...
sÊrp{nt(utí dmrs Iss entrailles
-
{}n
nzawãit siphan
!!Ì
l*
ãessinaient
l,t blã bl* b{e, bla bla bla, bí* bla ï.es Tars mètres de topa ttt nüus avair'nt nuilmtent rassasiës. Il ne naas restait p!tts qu'à Jairr detni-tour à la rrrhtrrlte d'un parsage lntírnl qut "ottu,pât" le restant & ía j*urníe, Si la rhanrr. ít*it $.e rcoftt côti, notts paurri*ns quitttr la gratte etx fljür,t mmí à bien l'rnsernblt fu l* cartagraphit.
quitt{ un granà 'p*ssage latirnt swr g**trht et evafis pçfirsuivi en
tal4t-en veiílant
qtuíques
n les tapagraphiant, lesquelles, itsnt & moinãre impartante, gateries
n'ajoutaient 274
qxte
à
}u
rowjours
massif,
ít'irn
les
poursttivit sans sÍt€çffibre sxtÍ'5ao mètres, Nçtre rhnnineseftt d.ivtrtiçn ãa wã ',rx
inãiqwait que núus naus lr*ç+vians ã*ns
un rcndtrit parallìlr à nlui du rrc. múÌs à un *fueaw síNpëriefit. Coffiil"te naírl' lnttps itat! ratrrptí, nor,ts at,ons latssi p t usr( fi
fs pdssttg( s t nex ptor(
Fil+ au àívelappenmt
s.
íiautre iquipe aussi pr'tt €üttxpter la titawe. Après avair
dans wtr
g*luie
rÍeuxpassagr.s
p*r
lígères r*ar'àes. -ld-açs
ronduits pl*ts petits, Nçtrc pro1rtssion st
bla.,.. I-ç suite, vous la c*nnnisselãí!à.
Ìl/çus sçmmes repassis
pox.tl'suiïit
sÊ
b*s,
rnt*rni
leur
sx#'
píriple
r$*ãeste rcm\rmârct ils
*túâèrent àun vaste
to
hrttrrs
du
L,tf
t
r na
{{stú?tt à arc*mplir ã*ns I t st Lt tt rtl ponl nt.
do
t
].e srtr!endttnaut,
naus itians dt rtlottr darrs l'LnJurnada. .Vorrs auroirs
!'intention ãt poursui^sre ía toya dans n*ws que
t
sttpírieures, mais axparavant
oulions voir fu plus pr"ès
L*
le
gou$re
et I-eonarã.ç rívt1ie:rxt ãéc*uvert.
Augu;tc ítart alli vértJtrr dans la gclerte ã* riç si rlne jonríion sxistüiì ensre ll.s
ãçux ruit,rarrx ç+lars que {ts t4ïttres rnernbrcs
de l'iqurye ntotìÈrrnt jusqu'att
nheaw Till)ítieìúr.
arrivtr *ryiva... sur
le
Et
rr.
,íevait
çui
ly'çr.ls ar.,orus iébourhi
ylafond àe la srtlle, sr.tplombaut
l'enâr*it çà l* riviive se ã*nt il a íté qucstian au díbut dr rrt anir!r, rillr don lc plaJand
ã.e zçt *èIres
ãiviss.
n
L*
salle
Jerrne d'trne roupalt, ì'olÍç uorís rl? souvene€ Ce qu'il1; a ãe plus itonn*nt, r'rst qrrr vtr d'cn bas. íl rt impos,tble de ãistittgtur le m*inãre inãirc rívílant la prísrnre de la galcrìe supirttttrc. Unr fais la Hrilsití ãe çhqçun s*tisf*i*, les \çwipes stfor*tèrtnt: ü s'*t a{tèvr,nt t,ers leur destin. !a
Naus
*vitns interrçm7u
nçtre
pregression daes une galerie Íarge
*ux
muÍsipies ratnifiutions rnineuyes. Nous
avons prts
la dirrrliort dt,
st,d.
rcnÃuìt daw Ie pl*J*ná s'ííev*it à 5
suivãnt u{t€ gãlr:i€ qui.s*nbÍait être
mètres, Íarge ãe
pãssítge
ãiplryflit
5 rnèt*s, et qui
se
rers Ie nçrã. Suy lc rhstnìn ãa
retowr, ils fire*t wte ar+ïre dícçHvcrte
{&
çorr, salrs et
maui{lís, mçis en aynnt la {ertitltde ílae
les gaÍerits
trii
l'ítbiffie.
Irí*ws r'tous sêffirnes exttãits íÌe grofte \'[ì's lrs
ri*Íisi*tts que lã tapç ne s'*rhì.vcrait
point rdtime ãe Ia toyo de zoor. La galerie plarce n'affrait au*+ne
*u lrard
ttrc#ifi írcúini
I)'aíLíeurs, rce s'*gissait-il p*s là áe la
tn*intmçnt
h
xír1.
ntt pÌtts t,itt de ret endrat! snns sat,air
suffisemznent to:lil âe ruhtte pofir qx're nous
Íarge aLars
sur
et pkin de úoue. Le d*nger leur pnn# si ítuineut qu'its rísof+trent ãe s'il.oigrcer
yowrq*tai elle parte tc nolrr, seuls les Fr*rcgnis le sapmt, Le rcnduit útttint l.es 6rs mètres ár.
assis
d'*voirJ*# le bçn çhoix. ln fait, lítait norre íçripe çwi aílait ttrc la plus dtavrm+st, ilas piws I'une doupint dr t,rsíts nous ntflrrrnl en {.!*ttt sürs
ãt l$ tavití: lç galerie galerie mênndreuse possáda*t quilques Í\ila ,4waqo*a, Nt we ãerna*âe4 pnssü&ff la#reux. Pas a'ussi gr*trfu paur
pas
ãe l-to*arièo s'íteignit.
s',zp*gut q'u'iÍ ítrzit
Ãu "vide",
intprrssionnants ãe ía
s'en
tknrgirent, rnais penãaxt teur repíation,
prinripaí, *ais aprìis
en ie
qtwique
mètres settlem!Ízt, 1.uÍ tnur ile rçnrritiorcs
trttts empirha ãe tontìnuev. Ourueao/2002
-
Qr'à ctln ne liennr, il
non rxpíorée, Ltn grand pa.ssagÊ sp laissatt entr(voir prrs í'rsi alors que la
awrait pu tout aussi bien dissimulrr une
nous
galerie prinripale faisait une grande
progressivement. le plafond s'abaissait,
les gnleries
rourbe dans la direaìon opposíe. Ce qui
s'abaissait t!...
seferrnèrerú quand eltrs n'iraient pas touí
se àégageait de t'rnsentblt, r'ítait I'enryreinte du miandre estanryillí au plaJond de la galerit Tout stmblair md;Erer qu? tltíe dernière provmtttt de ln galrrie intonnue, Nous en efimes
nous restr
ertrorc de nombreusts options.
La rltance semblait abandonner...íJne à une, toutrs
simplement trop étroites ow obstnrérs.
-
J'1spère que
, , plus de th{|tlce...
I'autrr íqurye aura
Après une surctssitn àe gaíeries re(tilignes et larges, rt st dirryeanÌ
des premiìres visíes, nous aperçüwts
íqnipe" avait fini par rejotndrc une graude sa{le bten orntrnentíe. lls se rendirent rcffiptc rolít de suite au'ils
dle-ri aw milieu d'tm grand ronduir. Ses víritables dimrnsions ítaient
pendant
dilfiriks à évaluer, la gaÌene írant en partie dissifluláe pnr une pih de blocs eJfondrís. EIle dípassait pourtani tertúitrÊmtilt Ies dix mèlres, E.t rn plus, le passage rontinuait tn suivant dtux
suites se rit,ílèrcnt
direnions distinrtrc. Nous avans opte pour
birn, un, fois rnrore, se retrünïer au-ãcssws àe la galerie priwipale, dans ta rigion dr la Btla pouuaicnt
At naqo n a. Leu rs déçus... Toutes
po i rs Ju
es
ks
ren!
re
la voir trcrd tn artálírant
Toutefois, Ìa romp!exití àes lieux
I'aprìs-midi ü nous avions rendrlvous avec le rtsre drt groupe à zo heurts. La galet ie ronstrvaif sa forme
uw topographie dítaillie, re qui arltna de (onsfimff les hrures utiks qui lcur restaient. Pendant re tenps-íà, nohs, notts avions rebroussá rhemtn sur too mì;.ts à la rcchrrrhe de la
ãi
tu
.!! ()"
õ Y C
o
q)
lcrnìrt
rumtJiration
déjà
Iafn
Le
pas.
de
initinlc rn su?eiltant
Ceprndant,
- C'rsf baurhi! Le passage est obstruí.
Malgrí
no
nous Gpans
*(
d é.s a p po
tnt em e nt
ft n al,
quittí la caverfle sur
une
note d'optimisme rn rcnsidírant que les
raisons ne manquníent pas pour j retoilrn(r. La grandt gaLerir que nous avions dírouvcrte nt sr
Jin d'apràs-midi
polongeait vtrs le sud rn rcnsilnãnt
ses proportions, ãrtssi grandes que dans Ia partit qu( uous auions ,.xplorá.e . Et
bien que
rellrd
se
?üss{tÊes €ühnïís} qwi peut se passer
dirigr
t,ers d'autres
*a w salt jantais * dnns
cts
cavilís àe la
do
Jtt Serra ì4 Áv t\attttuLtÌv. Ramalho.
C'ítait
rcHilrs et obilruées par drc ronrrillions. exrgàrent
iii g
bretrtôt la rorrlirnntton quand, au cours
"l'autrt
towlours direction nord, nord-cst,
strite quelronque.
en tourbes lìgìres.
úait bien plat et se perdair de vue qunnd il.rejoignat les parois, Le plafond
rianl ainsi un long renJonrentettt
qui
Á- te*rps,,, í"'ttrutye iquipt" termina la topo ãe ts s*Ile et sut #ritïre le ttmps & ãkaw"stir wne gal*ir "r*dtíe" ãerrière wn ítrcit ?ãssa1.ej sur le dternin
àu retour. D'apris cux, la suift
est
granàr. EnJ,n, rittt explration justtltait
lrur retard de
près
d'une
heure. E
Encontramos nossos amigos
Cronologia da expedição F'ranco-brasileira
I"
Parte Bahia
2ool
se misturar,
O objetivo
dessa equipe era
brasileiros nâ casa do Yan e começemos
a
delimitar a faixa sul do carste que
sepârar com cuidado o mateÍiâl e
â
em contâto com a laterira.
está
preparar as mochilas para o dia seguinte, Depois disto nos deu um branco entre
Gilles Boutin Groupe Spéléo Bagnols Marcoule
14 e
Z)
QUARTA E QUINTA.FEIRA
às
06 E 07 DE ]UNHO:
horas (agradecimentos ao nosso
anfitrião Yan e a todos aqueles que o
Boqueirão. Já conhecíamos umâ pârte desta gruta desde a expedição de 1999,
ajudaram).
Participantes:
GSBM: |ean-François Perret, ]acques Sanna, Nelly F{azard, Olivier Sausse, Jean-Loup Guyot, Guy Demars, Marc
SEGUNDA.FËIRA
mas pensávamos que ainda havia
04 DE IUNHO: Partida de nosso apartamento às 6
ser desccberto.
horas para encontfarmos com o pessoal
na casa do Yan a
fim de
cârregar os
Faverion, ]oë1 Rambourg, Benolt Le
veículos. Às oito horas se deu a grande
Falheç Valérie Tournayre, Gilles Boutin.
saída para a Agrovila às
Decidimos passar dois dias dentro do
21. Chegaremos lá
2 horas. só que no di,r seguinte. A estrada foi longa e cheia de subidas
muito
a
Depois de termos arrumado as mochilas e preparado a comida, começamos primeiro a andar de Kombi
e
depois continuâmos a pé (foi uma boa caminhada). As equipes se prepârâíâm e o rrabalho começou:
-
BAMBUÍ: Augusto Auler, Carlos Frrederico Lott, Christian Viana, Daniel
e descidas, basíante rsim no início
e
Exploramos uma galeria, a pertiÍ dos pontos de topografia U65 e UI16,
Viana, Ezio Rubbiol, Flávio Chaimowicz,
péssima no fim. Fizemos várias paradas
uns trinta metros "de première", seguido
Leandro ]onathas, Leandro Maciel, Lilia Senna Horta, Pedro Lobo e Vitor Moura,
notadamente para comer, abastecer, consertâr uma das Kombis que tinha
de um pequeno poço de
-
perclido um parafuso de fixação de um dos
BONITO/MS: Alladin Chaves de Oliveira, Gtrilherme Vieira, Orlando
amortecedores e, para concluiE
a
travessia
Zé, fiel
à sua
legendária hospitalidade,
estâva espeíândo nossa chegada com
Obs, Todos os dias eram formadas várias equipes que âtuavam em objetivos e grútâs diferente.
A seguir
a
a
cornida píonta, apesar da hora avançada
de dez Íxetros quc nos permitiu interceptar uma galeria com continuações em duas direções,
-
da noite.
Á partir do ponto Q3
t
equiparnos
pequenos desníveis, Exploramos
sinopse das
principais atividades, sem distinção de
TERçA.FEIRA 05 DE JUNHO:
equipes.
Para nos
foi um dia de
prospecção para todo mundor
-
Partida de Nlmes para Paris, onde
e
topografamos cerca de 4oom. A equipe
familiadzarmos e reconhecer
os lugares, este dia
sÁnaoo oz DE juNHo:
Do ponto de ropografia Q2l, 28
visadas permitiram a ligação eté o ponto
U4, Do ponto F4 descenros um abismo
do rio São Ërancisco de balsa.
Jacques e Regina Bonomini.
I m que
desemboca eln ume galeria obstruída,
acompanhada pelo "nosso" cineasta que nuncâ se sepaíou de sua câmeral
foi
Neste dia ele precisou de crês pessoas para
Em direção à Cruta Ág,ra d"
ajudáJo a filmar a grande galeria.
horas
Quinca, fizemos a exploração da Gruna da Fazenda, onde uma barganha foi
- A parrir do ponto N42 uma galeria com Yerìto foi explorada e
de vôo), e chegamos enfim a Belo
efetuada com Seu Quinca: trocamos uma
Horizonte, onde fomos recebidos por
edição d 'O Carste por dois mamões.
Próximo à Lapa do Peixe foi
topografada âté o ponto U14 permitindo 2oom "de première". - Saindo do ponto XI t4, situado
administrativos como o extravio de uma
encontrado, dentro de uma cavidade com
próximo a entrada da Boqueirinha,
bagagem e o aluguel dos dois veículos para
um pequeno desnível, um pôte ântigo (leia nesta edição: A Gruta do Pote). Depois exploramos uma dolina, com umr
conseguimos 45om de topografia dentro de uma rede labiríntica até um poço de
num epâftamento colocado à nossa
gruta que possui uma galeria de um metro
disposiçâo. Terminamos a noitc com uma
dc alrura, desenvoluendo-se por mais ou menos 2OO metros. Chegamos numa galeria de 5 x
DOMINGO 03 DEJUNHOT
Io m com um pequeno cúrso de água, Como já era tarde, decidimos
descobrimos sm belo salão com um "disco" muito bonito. - Fizemos a prospecção de um afluente do cânion numa distância de
Depois de um grande café da manhã,
então retoÍírar,
Joom com várias pequenas saídas que não iam muito longe,
encontíâmos Joë1
no
aeíoporto.
Prosseguimos para São Paulo
(It
-
Ezio. Resolvemos alguns problemas
a expedição,
De lá saímos para colocar
as
bagagens (para aqueles que as possuíam)
pequenâ recepção.
-
5m com água estagnada. Nesta rede
Durante esses dois dias, fomos por um urubu-rei, que
fizemos algumas comprâs no mercado central, onde alguns de nós puderam
no percurso fizemos uma parada para ver
acompanhados
provar a primeira cefl'ejâ brâsileira. Mas
a
entada da Água Clara. Uma vez no lugar, entÍamos em simbiose com a PoPulação
ficava na entrada da gruta.
não demoramos muito, pois éramos esperados.
local graças
276
Atrás do maciço da Lapa do Peixer
a
Jacques, que não demorou
a
No crepúsculo, voltamos paíâ
â
Agrovila 23. Ourueso/2002
SEXTA-FEIRÀ 08 DE JUNHO:
Dia de prospecção, exploração
e
-
Conseguimos passar o sifão, seguindo por um conduto superior. Depois de 7oo m,
Concinuamos a exploração e a topografia da galeria suPerior do
superior
Boqueirão, com um abismo de junção com
divide em dttas partes:
topografia próximo e na Lapa do Peixe.
a
- Visitamos, tiramos fotos da caverna e das pintures ruPestres.
atinge o exterior e a inferior continua
a rede inferior e, em
inexplorada,
desequipamos totalmente
se
a
-
Depois de muita conveísâ com os moradores, um deles nos levou ãté uma
Exploramos e topografamos a Gruna Cacimbão (3zom). A galeria que começâva pequcna - I,2Om a I,4Om de
a
seguida,
cavidade (leia
nestr ediçãor Boqueirão: a última esperança).
magnífica ressurgência. Percorremos por 2oom a nado e a batizamos de Mamona
Iargura com 2ocrn de água no fundo chega a ter um trecho muito volumoso,
TË,RÇA-FEIRA r2 DE JUNHO: A maior parte das equipes foi para o setor dâ Baiana.
Fizemos a topografia de uma
(leia nesta edição: Gruna da Mamona - A Ressurgência do Sistema do Morro Furado) Conseguimos ver também
Lapa dos Peixes somando
alguns poços e ressurgências sem grande
partir de Descoberto, seguindo uma dica
possibilidade.
dos moraclores.
terrninando num sifão.
-
gruta
entrada fóssil
c{a
76 visaáas até a junção na reile já
-
Buscamos Llm acesso pelo alto,
-
conhecida. Descobrimos uma galeria de
a
Exploramos e toPografamos
através de um desmoronãmento da beira
Voltamos na írea da Lapa do Peixe.
6oóm "de première" nâ gruna Baiana' Paramos numâ represa de travertino
do maciço.
-
Fizemos primeiro um filme aquático, seguido de uma primeira
gigantesca de 8m de alcura. Exploramos
topografia de 55om, que nos permitiu
chamada Baianina. Pararnos a topografia
interessante, um sumidouro impenetrável
descobrir mais uma eattada'
em uüÌ teto baixo (leia nesta edição:
e duas cavidades (uma de Zom e a outÍa
Explorações na Fazenda Baiana
dolinas vistas nas
- Exploramos e topografamos 57om de uma rede lnexa, muito
fotos aéreas de 2o a 4om de diâmetro,
labiríntica e recobetta de .rma grande
Gruta Baianinha).
I 5m de profundidade, mas sem encontrâr
quantidade de guano, que nos obrigou
- Fizemos tentâtivas para fihnar a exploração e a topografia "en première",
5 x 4m saindo do outro lado do
-
Prospectamos o lado norte-oeste
do maciço que não
de
DOMINGO ro DEJUNHO;
vale
4on). Exploramos
nenhuma saída.
as
te
rn nada
dc
No caminho de volta,
topografanros umâ ca\erne cont'272m áe
a
passâr em oposição.
-
Exploramos e topografamos 55o
também
lglnl
em uma pequena cavidade,
- Gruna e Baiana Gruta Baiana, da Grande
mas parecia que a filmagem não escava
produtiva por causâ da efetvescência da
extensão e várias pinturas ruPescÍes ne
m em úmâ das redes suPeriores
entrada.
cavidade com várias junções a locais conhecidos (leia nesta edição: "Estória senr fundamento ou conto medieval-
equipe.
delirante"),
labiríntica na Lapa dos Peixes.
-
Visitarnos um círculo de 6om de diâmetro e r5m de profundidade no
unt segundo co''l âs mesmâs dimensões. Chegamos num ponto de convergência da drenagem das águas do cârste. Descobrimos uma sudesce, seguida de
cavidade, sem continuidade, que nosso cineasta, de sempre, estava filmando sem
Expl,:ração, topografia e prospecção a
topografia de I 9 5m do
sumidouro de Descoberto, da rede
a
montànte e ;I jusante terminando nos siÍões. Percebemos
â
presença de poluição,
provavelmente devido a uma moto-bomba de captação â montanre da redc.
- No setoÍ do
QUARTA.FEIRA I ] DE JUNHO:
DEJUNHO:
Tivemos vários objetivos indo a vários
Após consenso, decidimos mudar da Agrovila 21 para Descoberto a fim de aproximarmos do setor da Baiana. Fbmos
locais.
Têrminamos a exploração e
a
pequeoo poço de I5m (96m
hospedados na escola do povoado.
Enfumado
-
QUINTA-FEIRA 14 DE JUNHO: Diversos objetivos em volta do
de
Descoberto.
topografia).
ao redor de Descoberto:
Fizemos
II
das
galerias laterais numa rede muito
topografia de um abismo no Boqueirão do ponto G33 atê o ponto D2 com um
sÁBADo oe DE JUNHO:
-
- Topografamos I lo0m
SEGUNDA.FEIRA
-
perder nenhuma cena'
da
- Fizemos â
Fizcmos fotos dos lapiás da LaPa
do Peixe, e depois acabamos a topografia de uma galerìa lateral descoberta no dia anterior.
exPloração
e
a
topografia da Gruta da Mamona com bóias, após 5Jom chegamos a um sifão. Na volta fizemos o mesmo com o abrigo
Baiana. Fizemos uma bela caminhada de
Mamoninha, 8om de copografia de galerias fósseis onde há rnuitos cacos
2okm, nem sempÍe fácil por causa
cerâmicos.
-
Prospectámos na área áa fazenda da
cla
- Exploramos e toPografamos 4oom da Gruta do Leandro e
encontramos várias entradas no cânion'
vegecação, mas que nos Permitiu
Uma delas, que chamamos
de
encontrar várias entradas, assim corno
Desenfumado, foi topografada, somando
uma ressurgência. Voltamos cansados,
descobrimos, nâ pârte aquática, um peixe
mes muito f elizes com
branco de 6cm, sem olhos'
77
5rr'. A gruta é uma
Pequena
ressurgência, tendo alguns trechos fundos e
um sifão logo nos primeitos loo metÍos,
O CARSTE
VOL
14
NO
4
nossâs
descobettas (leia nesta ediçãol Baiana:
o mosaico),
-
Continuação da exploração da
Baiana: utilizamos diversos equipamenros
277
pare sltrapassafmos os obstáculos
IOOm
constituídos por urne sucessão de represas
bóia. Fizemos a exploração e a topografia
de travertino sempre giganrescas.
de 58om da Gruta do Frzendeiro. De faro,
-
Do lado de fora subimos o vale em
a
nado antes de desistir por
fala
de
busca do sumidouro. Encontramos duas
constituiu o sumidouro de um cânion, Ela atravessa uma parte do
clarabóias estimadas em 6om
esta cavidade
Para o clla segurnte e pfossegulmos topogtafia do cânion do lado de fora.
-
Fizemos
a
filmagem de Descoberto
e de seus arredores.
de
maciço e sai dentro do cânion da Baiana.
profundidade, no meio de uma paisagem magnífica e grandiosa (leia nesra edição:
Em cima dela, Zoom de uma gruta fóssil
foi topografada (leia nesta edição: Minha
para Brasília, na véspera. Fbmos para
Pela Cores da Dama Baiana).
Primeira, Verdadeira "Première").
grande clarabóia.
SEXIA-FEIRA
J DE JUNHO: De novo e sempre a Baiana, o grande T
destaque da expedição.
QUINTA.FEIRA ZT DE JUNHO: ]ean-Loup e Jacques foram embora a
Exploramos e topografamos uÍÌüÌ
galeria ampla e curtâ que se liga à Baiana,
próxima a entrada da clarabóia, Prosseguimos numa re ssurgência
- Subimos o cânion a moncanre e fizemos a prospecção; conseguimos
dimensões médias totalizando óoom de
descobrir quatro belas bocas sinalizadas a
topogrúa
fim de poder reencontrá-las, - Descemos o cânion a jusanre. equipamos a segunda clarabóia, Exploramos e topografamos as galerias descobertas atravessando o que era â primeira clarabóia. Não falaremos dos equipamentos e das práticas,
na Beiana).
magníficas galerias e salões imensos (alguns com IOOm de largura). A
expressamente não recomendadas pela EFS
topografia totalizou J,okm sendo
temporária
-
a
-
Gruna do Atalho
(zlOO na
Gruna do Atalho
-
de
e 2OO
SEXTA-FEIRA 22 DE JUNHO: Deslocamento de toda a equipe de Descoberto (Búia) para São Domingos (Goiás). Normalmente
a
viagem leva mais
ou menos 4:JO horas. Mas com a parada para almoço e a falta de combusrível em uma das Kombis, gastamos 8:3O horas.
Voltamos à Gruna do Enfurnado,
2i
passando pelo local onde o Augusto havia
sÁBADo
interrompido a exploração. E para nossa surpresa à grutâ conriÍruâva, possuindo
Fizemos uma caminhada atravessando a
DE JUNHoT
Angélica. Esta gruta
é
muito bonita, com
grandes volumes e um belo rio. Passamos a
noite numa festa no vilareio.
(ex: lançamento de dardo, descida numa
interrompida em ume enorÍne galeria, por
chave de boca...), Por falta de material,
falta de tempolll (leia nesta
ediçãor
DOMINGO z4 DEIUNHO: Saímos de São Domingos para
paramos em cima de uma grunde represa
Enfurnado: a Cereja em Cima do Bolo).
Brasília e andamos durante seis horas,
de travertino (leia nesta ediçãor Exploração do Cânion Grande da
-
Topografia da dolina e da entrada
da Gruna do Anjo.
Baiana).
-
Exploramos e topografamos
Grua Baianina passando
SEGUNDA-FEIRA
a
para outío, engatinhando e engarinhendo
sÁBADo 16 DEJLTNHo:
-
Equipamos a represe de travertino
da véspera e continuamos a topografia até
o ponto de junção que estâve muiro
onde ficamos hospedados.
18 DEJUNHO:
de um teto baixo
novamente, consegui4do assim, J5Om de topografia que parou aum sifão.
fbdos
os brasileiros
foram embora nos
deixando a nosso triste destino! Passamos a parte da maúã a planejar os dois dias
sifão. Desequipamos este trecho loom galeria fóssil
-
colmatada.
Sessão de fotos na Gruna do
horas de viagem, pontuados de algumas
TERçA-FEIRA re DE ]UNHO: Saímos todos juntos com dois objetivosl
- Filmar, fotografar e e
Idempara
as represâs de
travenino
o rio de Desenfumado... Sim. só issoll!
DOMTNGO i7 DEIUNHO: Dia muito proveitoso pela expedição. Exploramos o cânion da Baiana. Descobrimos três novas cavidades, exploramos e topografamos 2oom da Gruta José Bonfim, na qual percoffemos 278
QUARTA-FEIRA zo DE )UNHOT
-
paradinhas para comer e para fazer xixi.,,
Durante uma das
paradas,
encontrâmos com Ezio, enquânro trocávamos uma roda da Kombi pela enésima vez. De iá ele nos levou até nosso
alojamento provisório e depois, fomos jantar num pequeno restaurarrte italiano,
efetuar
algumas medidas de água na enuada da Mamona,
Ado.
-
Saímos de Brasília para Belo
- A filrnagem do povoado e de seu sumidouro, a entrevista de Oilando e a fotograâa das pinturas rupestres. - As fotos da Gruta do Fazendeiro.
da
cavidade e depois, na volta, topografamos
25 DEJUNHO:
Horizonte, aonde chegamos após 9:30
à
topografia da parte inferior da Baiana, numa distância de I JOm e paremos num
SEGUNDA.FEIRA
seguintes,
próximo. Desequipamos a clarabóia.
- Fizemos a exploração e
fazendo uma única parada para almoçar. Em Brasília nos encontrârnos com Jacques e Nelly, nâ casa de amigos do Jean-Loup,
(...) Continua na próxima edição d'O Carste com â etâpa da expedição francobrasileira no Pico do Inficionado. Catas
Alms
-
Minas Gerais
Este relatório é a cronologie muito
Atravessamos a Baiana. da entrada
condensada da expedição Bahia 2oOI. A
até a saída, pelo sumidouro e desequipamos
versão original está contida num caderno
a cavidade
Zlx 29,7 de
3O
-
não foi fácil
resumi-la
por completo, Equipamos a clarabóia de 6om
páginas, frence e verso,
g Ouruenol2002
e
GRUNA DE
GRUNA DA CACIMBINHA
DESCOBERTÕ ll e lll
CoÍibe - BA
LocalhaÉo UTM 231
Cotibe - ÊA
X= 583.443 Y= 8-484.0&l
Locâlização UTtil 23L
PÍoj. Horiz.: 300 m
X= 584.093 Y= 8.479.190
Dêsnívêl: 2 m
ïopo 4C BCRA
Descoberto ll
Grupo Bambul de
Proj. Horiz.: 110 m
Pèsquisâs Espêleológicâs
Desnível: 2 ín
Junho/2002
Dêscoberto lll Proj. Horiz.: 160 m Desniv€l: 12 m Topo 4C BCRA Grupo BambuÍ de Pesquisas Espêleológicas Groupe Spéléo Bagnols Marcóule Junho/2001
ì"ì
-'ì
01oásh
lsr*#l
Ì"1"
i
0
l0
20
30m
!:=È:rl'l::.::={
"rlo
'i.\
ì'-':
ì
gxpromrcì'* SEM ÌOPO...
GFìUNA DO CACIMBAO
ç
Cârinhânhâ - BA Localização UTM 23L X= 612.404 Y= 8.472.998 Proi. HoÍìz.: 320 m {+ 70 m explorados) Desnível:7 m
I
Topo 4C BCRA
x.x
Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas
tÀE lffi I
Groupe Spóléo Bagnols Marcoule Junh0/2001
Í'_-'r:--i
0 6 1218 24 O CARSTE
VOL
14
NO
4
30m
279
Chro**logir l.e l'*xpiditi*n Ëahia zrsrst
pleitt
ptlfiir ãu pr*xi* point c Fttií luirs ãe ïnt dibçuãta*t sur ír?ft gaíerit rcínaííe drs drux 761{5 1t p,trrtr dtt d,nxìrttr. - t1 p*rtir dx paixt rap$ Q4, atï visírs ont p(rturs dr ltotttle" lu tapo
d'erstt,rt, repartr rtn de, ronúi, qui nvatt
jusrlx'au poial r*po LI4. Au paint F4,
sil tv fln Í,
I.*
rozttr jmt !.*ngue er v*ll.tntzíe, nsse4
mauyaise a+t è,ibut er #às ma**:çise à la
lin. !íoxs
{}illw B*utin Çraupt Spílio
av,sus tfJrcrnri
trctfififi(rìl : prut
lÌegsoJ.s M*rc*wlt
plwsir.u*
rn(tnget-,
fatrt le
arrâts
d ttn yrtits de tr,
Ç 5BM: J tazt-fzanç*is ljerr$, J atçurs Súrtna, Nil!v ll arat,l. ()livir, .\aussr,
unr ttis ãefixati*tt á'un arl,trtisseur te**irrty {a ír*tersfu &.t ri* Sã* Jir*nrisn p*r le hw.
{}uj ürmars, Mart
hospitntití.
- A pattit du poirtt rcpo íNr
aì!rnttnt! a rr!le bture nvatrrít dr !,t n*us armdliir tt nous fai*
riíqwiprwettt tÍes petits restauts. Nçws p*ursubat'ts I'mplorati*x rlu ristaw nt írlnipant fl ilt tri)Õgr"Bfhr(. ìrt ü1! Jur rt à
lean^Laup tlujot,
perà"u
Jesr,,ttr
ü.
nouí Ptrnttllü,tt
púHt
lí, fidìlr ìt sa lígertd,,irr
fr*oït fu F*!het;
norrs
Vnlirir 7 otlntyre, C illts Bau! ttt. BÁ1,íBLì Í' Awgusto tl.uíer, Cnrlos
rtttit
.fa"*erj**,foi[ R*n'rbourg,
Í'rtàerir* Lttt,
Chrtstin..l' íÍiana,
lla*iel
Vinna, Eea Rnhb;ol, llávìo Chnim*witqr
LrattJro lottathas. Leandro Murit!. ltlin Flarta, Ftdr* I-abo e Vit*r"Ma'ura.
Smr"te
l-O/ÌVI5' Allndìtr C!:nvts
BON'!
de
úlipeirs, GuiÌíerme Vitira, üríanào
' SAMÊIilr:;J{/lN, àe Nïwes
at\ tt+lts
rírupírons Joi! à !'aírapott. Pttis,lt Paris
à Sá* PswIç (tt htures
à'ayion,)
Bel* Horiqnnte, ori novs
"sorn
rt
enfin
attuúllis
par h4a. htous rfulons qzzrlqwes y:robllrxn admizzisrr*ifs rd çxe Í* p*tr d't+n bag*ge et la rí*pfu*tiçn rfus tkux çíhinÉts Í*uís
p*wr l'expíàitipzs. fie !à, lípascr
Í*
bagages
nous ?ârt*ns
{pour *wx qwi
las
+xt)
latts un appnrrrn,ettt mts à ttotrt disposirion..Àorrs,ílrrrcns Ia satrít y,tr
. A
n,L\*4"h,'ú:f-íË a3 J{,lJÀ
p''ìt tt,t
I
üort pettt
;
líicnntr, ,,aut
effe#aons quáqws r*arsts a,z.s *wrtltí oìi rcrtains jìrxí{r#flt dí.gusser !*sr pwrnière
bièft brísiliínne. Mais, rlot!í t { t',útts attarda*s ytts trap cfit nous sütfttnes attt ndus.
kcgs rrtrur*l'ozts ttçs tzutis ilrisilii:l,s rhrqfan (t (on!luutço4s à trirr Ie ntntinr!
tt ptiffirtr lrs .*rs paur' Ìr !t,,rlrntntn. par Ía sz+iít z+n tysu dt
ìfo:as suçn: mítna,re Ìsôte
I
tttrt
Izh
,
t zjb/mrrri Inn nottr
et tças rcux çui
-
Í"Uh,ií)I
fiíp*rt
l'**
*q JUIN
aiãíi" :
nçtre appãrtittlÊü à úh pclir iloÍis rttrül:1r{r the1 Yan afi* ãt
Huií *eur* /est le pcrrr ,"l1ror,i/r-r /3. ÀrìilJ ar'ri\terwts sür pltítt à e h mais ãu jour
.p"ãìtJ lípat 280
l
MÁÃtlf o5./{Jíl/ ; ?o*r nous m#trt daxs Ie ÚÊin et rerçttnaitre les lieux, rc jour Íut ufte j*u.rnít prospetsi*n Faur tüut ìe m*nãr : - Pr*spertion rers la gyatte agwa dt
ãt]c rls f rt
-
:
P{1Pã.yLs.
1?r*spertio?, tís,ttilür tíe lape át
at'n!
Iüt
h
t1o'.ts
nt rn díçrsrnladr.
rctoultfi' !tn( 3;tlFrit
ropog, upltirr.
ïragr{ss*ïts, saií
e?1\,iÍ"ott
40ú nt dr loPc.
- l)cptrts qt!f trouÍ satttrnts
noírt ilníasl:t nc v sípare pns
!
Ce
j*ur-!à, il
j
a
ãe
yarlis
s* r*wára
p*s*nnl.s p*wr I'*iãer
à film,t ln .q,n1/s .gnlrrrr
lusqrr',tu
I
Iítrqltttoìv.
- A p,trr,r du poittt ropr À;.2 Êxplovarian ú tepü1r{ípí}i{ d'une gnl*ìe
vrrrltlit jttsqu'ntr paìnt ( t+ pt{rne!r{rnt ailtsi ttn baurlnge el ì.t)D nl dt
prçy111srr,
fut tr*utsí, ìlats Hste ffivití ater urr petit fpi.rririf. !rn( J,.tr{t d, !ipoqt,,
T*p*gr*p|:i* at.ssi dr quelques gaíetits
in,lierne. Lnsttttt.'tot,s txploro,tt,,',e
-
ãoÍirr çt,tt wn áíp*rr de gakrir tle r ffi de húat üu díhut swr z*e m enyìr*n. Ntus
p{.ÌrrÍ
Fúxe oà
nri'rtans sÌ!!. tt,!e gatert, ,!r Í tr x. !o Ìn üvet ì,tn yetit it*nímrml ã'rât+, va I'lseurc tarditte ls rttour rç didâi.
-
lrcspertia,:
dtrrúrr L
ttmsstJ dt
fu suite en sjttzitiose at'et í.a papuítüi*n grâce à. Jarqwes #'Ès roflle$r íwc.!e, L'*biettiJ âr teírc iqwipt itait rfu àililtúter ìa b*ráu* suá ãu harst ãw ,úntúü attcr la latíritr,
çttarc, nous saftufles
. MltRüRf/Jí r:6 -flï !Ê,UüIc7JUïN; C't* ãítirÍí, naíts Íjfiríüns
pwtÍant
j*xrs à lì*queirã*, rt t'iseã'u tst rn pnrti ftnftn deytuis l'wpiditillr. * tggg
mait nüws ptilssns tlu'ií restt. enr*re btnur*mS: à
en r*rcbi yts.ris ì; í-es {gwipes
{*n1$l('sttt
s*ts, t'tr!à;arti d'ablrd
ãímwvrit'. Fr,ípnration
rt
nans
ães
picà {íonnr'pttitr *tllítãú,
st t?'tÊtïtnt
tzs p{.ate
* le Íral*ìl
I)ípart & I'e*trír
íôlo Xrt4
llaqr.rcirirsha du
risenu !nbS'rinthiqtte
mais quanã, *ztme 4.5a ra ãe topa en pl*s.
Arrgl
ãi*ut,s[
l nt attt dr !'rau rístÊtt, naus *vans
plrü.\ dr
t117 tt,r
stügtxíutt{. f}ans
rt
trne belfu saÍle a\,,et *ttt tràs besu
ãisque.
- Prospertirs ã'un *fflutnr títrxJ)üfi sxlr
dipartt
ytr
Jo{} rn atw pÍ,usieurs
ãw
petzts
d*nnans pas granã rh*se.
Ptnr!,t,tt tts drrtx joilrs. t!ails nvons tôta);í utx Unrhu rei (rh*rogxarã nair rt
blanr ile grande enuergrN'r). Retaur à dgravila zq à la
wit
t*wzbit.
t/frv"l}R"rüI o8J{,rfÀr : aurttie prr: ïr(ttçtr, ,.xploratrott r! J rcpopraphlT autÒur t! dntts !apa dr fuí.tr.
^
-
/: vploliltic tt Jr lo galertr ,\ pntlr Ãts p*ittts ttp*grayl:iç.tes Li6"5 et {irtú,
ãr wìtrts ár ytrtmiìrt
à
*
ruviti açw mpl* tt Í*pa Ãe gruna L,,rtltltrla stlr JJç ffi '.prtilt !fi|(úe ls t,2o fr ìt+() rn dt,ltnntèrrt nvt{ lo (nl Visitr
photo ãe Ia
rirsÍrdrs indir*s, pwis
d entt nt Jot,d . úrrirír.ç!rrrrÍ?gios r'o/Ilrnr
sur 7a ffir *rrât sur siphon,
-
7{t
:
u.ne trtntaine
Rltnt\e'
.
rle'ux
,!r !a rtotrrrttutt
çfu
rharger lts píl:imles.
'
lnpa âe Peirc, rzrrlt sür :e pãyr*x4rs ftüt4r uo# I'etttrír ,l'agna üÍat'a, Áryit,is sur
petitt réteptiox,
uTrf
rïIÈsl4tt
Quinca, rx íc$*nge d'u* {}'rurst4 n*as
pnxr P*ris
nrrs
r*4n*tf"
Quinra et *ipl*resiozt & la gntna áe la f*rynda. {Jzz *ot fut opl"rí sur plart *t,tr
taryurs t. Regina B*nomini.
l)íp*rt
po++r
í1ìnoìn
dr
Topo rí'wne s*rtie{*+\ etztrít$ossile,
visies avtr
janfiion a* risraet misïa*ï.
Üíççuvrytc ã'une galerit & 5 x 4 tüf,tailt ilt I'autrt rtté áu *nllan par un
rfondretnrnt
ìu
bord du n,n,siJ. Ouruenol2002
-
Prosptttion cotí nord ouest àu rien d'impressionnant, ufie prrtt
massiJ,
impinótrable er z ravités(une
za m et l'autre ãe 40 ,n).Ë,xploratnn drs iolints r)uts snr les phorcs aírimnes zo à 40 Ìn dt diamètre, t5m àt proJonâear mars awun ãápart dírouvert. Au rttour. naus à.e
une traversíe sttt z7z ffi ar)e( un porche rouvert ãc pcintures indiennts. Sur rt site, nous íHons pu apenevoir un Buggio (sìngt rcux). - Visits d'un cìrqut de 6a m dt à;amètrc ú tjffi àe proJanàeur *u sud cst, suivi d'un deuxième Ãux rhimes ropograpíions
ilimensions, Nous sommes convÈrgente de ãrain age
d.es
au
point
de
eaux du harst
sol unc grande quantití obligeant à passrr
LUNDI rt JUIn" : Diters ob ject if s àans diverscs
Exploralion, toro et prosperlion nurcur de DcstobtrÌo
-
Jgj m fu Ia pt.ne f)estoberto, ríseau amont et aval Topo sur
nvet
- Après de grande
I'un d'eux nous amène, après 17 km ãe pistt, à une avec les villageois
magntfrque y'eswrgencr rtffinnüe stlr zoa
nag. Nous l'appellerons Mnmona.
Nous avons
tt
pu toir
aussi quelques puits
rísurgenus sans granàt poxibilttí.
.
Prosptüion sur
le
srtleur d( Ia
DIMANCTIE
ro JLILN
Nous rttournons dans
Peixc
le
dt galrrits tessons de
-
raritís
-
revenus
-
de
poisson blant
6 cm, àans la partit
i'cst à dire
Conrinuation áe l'cxnlo
* &
MÁRDI NJIJIN grosse
pafiie
:
ães lr:oupes est allie
serleur de Baiana,
- Rerhcrcht d'un artàs par le ha* à pa.rút de I)tsrcúetta, sur indirction des
- A l'utírieur,
remontíe ã.u vallon
pronJonàeur. Paysage nragniJiqrte
tt
grandiose.
.
VTNDIU,DI ry JIJTN
rt
Toujours
:
entor( Baiana,
-
le
gros
Rr*ortí, du ranlon
aftlont ct
prospertion. ìüou.ç avorrs pu dírcuvrir 4 beaux porchts, paintís aJin fu pouvoir revenir,
aual, iqwipemmt de la deuxième rlarabaie ü ãesrente. Expla et topo âes galeries àicouuertes en tral)lrsaflt rt gui itait la première rlaraboie. Noas nr parlerons pas àes
íqwipements non-EFS (ex , lanter de
m&rteatdr àesunte sttr rtnÊ clef de
villsgeois.
-
u* ,rrnrrio, ãe gours toujours
- D,.stttitÊ àu tanlon
La plus
Ie
ãivers
pour reclterther la perte. Ìrlous avons *ouvi z tlaraboiu cstimil;s à environ 6a m de
la
Iagalvrit supírieure ã) Boqueirão, avp( un puits dE ionction autc le ríseau inftrieur. Désíqu,pr**, total de la muití.
su,
avr
morceâu dt I' expídítion.
topo dc
.
Poursuite à.e Baiana,
gigantesqucs.
Jatiguis mais trìs
lxplo
rt
lopo dc
grüna dc Baiana,
6o6 m de topo m pnmiìre. Árrât sur un
ry...).
Nous sommis arrêtís par manque matáriel en haut à'an"granã gour.
-
ãe
ha*, Topo m tune petite mvití sar rgt m nommít Baianina, arrêt sur voâte
quãlre Pat.tEs silr quatrc Pa|tes rnars 35O
mouìllane.
m àe topo, arrêt sur siphon.
gour gigantesqw dt E m de redescenàant
-
Essais pour leJilm de
en prentièrc.
ívihn -
I! paraïtrait
que
re n'tst
.
pas
-
vu I'efervesrcnte de l'íquipe.
sur Itoo
Topo àugaleries latírales
MERCfU,DI tjJIlLN
F.xplo
el
topo de
gruta Baianina,
voúte mouillante sur voüte mouillantt,
l'ewlo et topo
sAMEDt Á JrJtN : Eqrtiptmmt àu gour de la veillt
et lopo jwsqu'au
point dt jonrtion qui était
très prothe. Dísiquípement de la darabaie.
:
Nous ditidans, après ronccrtatiory
Ê.xnlo er tono de Faval de baiana
ut t1o * )rrêt sur- s iphon. D ísl quip tm mt dt re tronEon Ãt Ia cavití puis au retour, s
de
topo
dt Ia
coltnatíe.
tt dírcuverte à'une tntríe supplímentairr. Nous sommes lopís à l'irclc àu uillape, nous - Explo et topo d'un,ìrrn, onnrw prendrons no,,rpn, ct Ia dourhc oi bo, à, sur jJo m, très labyrinthiquc et avr,c a.u rc mirne village cbeqGilf,íon.
une
4
Jassiles aver d'irouvtrte
pottrit.
sans ouïe, de
ainsi qw'une rísurgenrc.
Film aquatiqur dans un premicr àímínager à'Agrovìla zJ à Devob*to, afin de première topographifu áe nous rapprorhu àu sectrur de Baiana.
vor- 14 xo
sur 55o m arrêr sur siphon,
Explo et topo degrwta Ltand.ro sur
ternps puis Jjo m
o cARsrE
gruna Mamona
4oo m, Dircuverte d'un
dt
topo dt
l'ahrigo da Marnoninha, topo sur 80 m
:
sertenr
ü
auer àes bouírs,
Elfu nous a permis fu àllouvrir plusieurs
m, risrcu très labyrinthiqw.
lapa de
-
t1 m fu rcpo). ^-(gO le lapiaq fu lapa dt
heareux de nos áímuv,:,tes.
discussion
Explo
I)t rüour, nous fuisons dt môme aver
d.e
PËotos sur
Púxe, puis finir la topo d'une galerie latírale wr Ia vtíIle.
- Dans lt sectcur á'EnJurnado, àirouverte dr plusiturs entríes dans lc
m à la
un pttit puits
-
se
cãnyon, L'une d'ellts, or, !',o.n, appellera DisenJurnaàl, est topograpr)t.e suí 7JJ m, Petite laisst d'eau dís l'entrít puis rertains Fassagrs * Jont à Ia nage, arrât sur un siphaa. Celui-ri swa Jtanchit par un psssage supiriewr, le rísux st stinàe en dtux,l'amnnt reloiu l'wtíritur, l'aval nrrât sur ritn.
-
íquirltments Dour frantltir les obsrailcs
líous sornncs
réseau,
:
- Finir l'u;plo * Ia topo ã'un shunt de Boqueirinba du point Cu au point Dz,
àe
terminant par des siphons, Prásence de pollwíon à'hldrora rbure rert ai nemrnt dâ à une motopompt de captay m amont du
JUIN
âqilÃtiquf.
entríes de
:
14
d irerr íons.
Jazpnãa Baiiono. R+lle ranàonníe de zo kru, pas toujours-fadit avec Ia vígítatian.
;
JEUDI
Divers objertiJs awtour àe Destobtfio.
.
SAÌ,,IEDI 09 JLTIN
.
gwano nous
Explo fi :opo d'tn àes réseaux supirirurs dt la cavìtí., avet àes JoÌtilions multiphs(1Jo ffi dc ropo). - Pour lt compte rendu ãe rette íquipt, rrporrt+uous à L'Histoire sans fonìlrment, Ãans.ettte mêmt rnue.
filner.
.
d-e
opposltiotl.
-
.
Dircuverte d'unc ratití sans rcntinuití ct toujours notre riniasrt (n train àÊ rctíl
tn
-
grotle Jossilr
Lxpto et típo
fugwm
str too m, ào
Anjo,
aver
grosse séanrc photos.
281
Hfi
Ë EË ËËË Ë ËË iËFËËË Ë gH gËg gË F;eËIE E
ã
6
ï Ë ë EÉ - N FËE
ËË
ËË"*i
o
tf tf, +rg
Èï
;ã
Õ(f
{f
ct F.c|
ns qc F(9
É h h
cr v
Rq X't lth
gs ooSc:çl
fifrã4Ë Ú}-õhfl (f
$fi o & q
d d do ü ü ü ü* fr
Ê
ü
??8"??
{|l
ddri Irüü ??1t d
ÍJ
o o d d ü Ê u rio o ü ü ü o o o ü í,o o o o o o tl o tt u
o
üüüfr [ïffi ü fl üfi süüfl ü üü ü fi üüilüü üü üüfi üü lt tt ? i5'!9 ÌF ra ? ï :D ? ? ? 1o ? ? ? ï rE :D ï ìl ? T ? 3 ? ? ? ? ? ooo{toüüt}t}
üflt] flüüüüü
TTD???????
rÉ1 rt] 00 {l {t l\ (f cl F.ìürú|0Õc>rlr€
Õ. Èq Õr
qqq':qqccqqqqq htrfl€{€00€eú€€€ tfl d € 4 ú S tí, ltt ú)
f{
ürO{tf tf Cfcfc}Ëï\t tvjCI€ oNs €0O+*È+çôo€É ïqq'::':ï": Ìqq gÚlst í) S-rglO*f fl!f4* +S*!útrt hh€ShhhÈÌ\hmOOOO \t É ÉÉ ÉÉ \tÉ\tÌtrÌrt rtrt\t si údüfttüdsqimro di{o ssd Ê {3!0srfrcrtfâ(tÍ}(.1$ú Õ*n sr Ìr€-o'o"Õo. o.o. çtÊ, iOÍí?c(r, q0cqqcqqccqq,6?.dìc1 toìúrtlsÌÍ ïtrt 0l \t É ú € íflÈ {ô (oë!0(ü6Co€0{0ú {ü{o Con000 rtt{ftd}rt}r'1(|lf)rtlr{ì ÉÌrf) tt}4}rt} ra
{ì.
c?
6, $ taaaaqcqccqcq mümüsssBsü0{o0 rO rÍX
olvìtrtìií
ss€80s*4D F'
ü \i {f (r: íí, fi} s'} o? Í) qqcqq*lç!:\\\\\ * fl fl
flflflrt\t\t0\trt\t\Ì\tÉ @ficocococ0h+s+oÊo ur É, ç, €! rí' çt g) É) d} 4Ì '6t 'Í?
EEãE
{f
tú!
0?$sG0ô{$ OÊçrÉ(ttü ôS'lJ çlr$ÍtClÉÉ ++O{OÈÈhhh rrrtËvÌtt qt em6.oü
LU
U U U U É U U U U U
í€-
rÌ\trü smq; n ÉÕ Ìrcf - {o€ ll f](}ül{'f,}€ ü{?g} Eqn t\\:qq \t É €(Y'!n F(f è oìfì ít \t s ÉF tYl(o,Ér 6€S€
۟
888F8888388 888888eeeF8 8$888888888 83383saÉ$fi lU
-ü{n qcïq
qqqfÌqaì
€€
$
e
sõ$
U U U ll, l! U ú U U U U U U U p e * U p U U F U u
l++eRËEEsiïi ïïseHïHEsiEiiiHFHignHËssefls;i c-90
?
E tuEr
õ
Ë 9e -= os õ É'€ -o.s ,p .{ÍE EE
0
T
P -=
,;=5Heee #€€€
l T üÈ c
-==*>F*
'8 s
tr
s:######Ë sIË r sËË s PiË€ËfiiE";ãEËt-{aËïi'
il
ËË$güÈÈÊ ã:3 E iËËãËf lg ggAeeFEFEE üïE63sE E ^r ËË$ËtrsË:.rl* o?? oFtr80000 g HËoo ooo 138?ï:O?r? E-B * € € € g -g -g + { € € € .g € gü,ï,ü + * e 3 € E
" úE??E??E?soo n o B o o o o o o PPE 0gnogoIB ccccEcÊc
Ë'Ë
q$ss
:tr3:33: õfsP ÊEEET:E::!qE $(j(j(r(r(ju(} õu(io$o$uu('dd qt ..0 - fl (! rt ç ú h
0ü cF
Õ - fl tí) \'
Ï ïXoooootrooB g oooo-oooooo oul:* tr"o C O É g C C C Ë C tr C tr tr C E tr Ë C-ts c C C C C C C:ls f f :t:l f f f f f :l q 9. f Õf = f :l f f f f f, 3 f, f :tf (.9 J u à (9 (, (' (, ú (} (i Lr rj (j (j (i (, $ u (, $ g (, (9 (9 (' õ -: -g
:s
h ú (ts lf - fl (Y} tü r4l .{f h 6 iF {f - fl Í} \t ç € rt {S * tf - s il} Ìt ríJ S h !O Õ {f - fl Ê Ê s{ +r Õr fl cy rr +l fl ff fl to $ f: Íq $ tfJ fl1 {YJ (r} {f} \t !ü ç tt :ú ït ìt tt rt \t t6} tÍ} g} Ourueno/2002
Ítr
I
{9
Í
í)
o €
tL
fi $*
cltf(fmtüOY Àv.ÍJs
h
sl
It
#xEE3H;g
rnËËËï
çt
;
glE o] f0
ÌÍ {
3
r',
€ (Ìl
ü s
*
.Jì
ro ioon,oo-cl1a<r{Jtrd<lüd I
Ís*ãR$Hs8-gg.g**${
tr
0.
ü tr tr 5
h
ú
Íì h
l{ 1,
ü F
(fb\ Cl{J C{!: q € ü(f,ËçfrJ tï fl)fl+ \t) E\t D +€h € R.Õ.ãFiú
ç}$í{ ÍlrÉü
tuÌf-Clrí)ük rlOÌ*rí]€c\t€
EEhhh 9É|ÉÉ\t
€€ct!ao(DclË€€h Ìt\f!üÍ\tççrt\tìú
- O0 h€€ ìÍìt!ü
fl.S€€€€€hhhh E€€€€€€€€€€ ctshÊtsÊcl !úü.rt\tttÌt1ú c}co È!t$Tlrtçìt:úttìtË
hF.c{Õr* Nfl!üOg, 9 q flì q,6? ÈìNh(ï)01 €€S€ü -
çtr{rrft0l É{l{FúrQrü flflflrO+O(l}flO Êl !q 0q c q c? c \ 0q q .4 El9O-Sú'ç!tfgCO ÉOflfi)flfl(9FEú€ú€€€€€€€
{fÉrú qlflS \ : q fl(q0l *SS
ÊÌaïq:q \ hÈr(flhìÌçïq,q\ rt rtÉflfl €SÉrCF4ìófi!OhOl 6.ossd úrisff$tddiüi{i&i$i
qqc
hFuü{.!flÕrfl{t}ç}rú}fl
cts.ËÕtÈ€0d'{0Õr€.4'!0 qndïqq{|'É1h \\q 4fï{ïÈ?.:qa FflÌt ÍtúOfÍ
IItUIUUUUU
tshFts
&.( ty};
0oÚ0h00€€óc|(}Õ.o. tttìtËritt:ürütüÌl
rlE o.Õ Ë!i
cqqrïqq.ìqqqq Íf,Éf(Ì)ttCOÀflÉ0]rt(Y,
QF
Éoe{o €oü{omdüfti üiüs{oütorooi Bsm üdsi$iddsimsmcd ds rtrÊÕ Õçlgtr\tr:F {1 (f}Ìt.o-{frtl(}"{1 6(0Olh-ÕG q n t \ a !q {ì CrrtOflNrOSÉ(t]\tq q st o? q q q c q q c! €fl--fld)O sflCf,cfOcitf,c>ôÕ+ OOCOÉD{OÈC0 -OOcfOOOOêO(} q,$fiÉr41 firÉ1 €€ú€üS€çrí?6)t{t
44q4q 44 444.4dddd{ 4q440oÕOÕoÕ{ç4444.44444 iJ (J ü U U U (] {.' U U U ü U U U (J ü (J U U ü (J U ç $ ü U {J {J U U (J U (J U u *üe-
rt€{fhhrtt - tf-õË tqrt}S-cFhrüh.4r|;}Ír
h xUU>tsFÊFUU
(J
(J
.{1{ Ìütftf|1\-Cl€*Êf*o. fâÉDc|hh14JhCtÊtsrOCì q q c c q aq {! \ q q q flq E (4o fl(4stO(EÊ0Ìt(r)(Í)ìt(O {O6"6O+OCOOffi0 @d (r.{t}d $rü:{çrúlrOrí}$'á}rt
<Oq<ÕOÕOOoC () (J (J (J U
UU
p UU-FtsbF
tsUrFFhts
UU
rJ pp*p
C
*ü N
B i3ï[Hfie$HnFïïiiiifeSE$HsEïïfi $X iüEfËïExBn#*:nserïg t\\t c'{
g sr
_=
Ëg"r;ËË
Ëe
ËË
gi ggnt i
Ë
ãË Ë ;
ËË
=ã
ËËË
ËË
gË
ËË
{
ãËË
Ë
*Ë ï
Ë
*
Ë
iag
ËËËãËËËË
$;
Ë* r r
vor-
í4
r,ro
4
€
i I rr *
guË
E
Ë' Ë *Ë i
tr o g o
r
;Ë Ë Ë Ë Ë Ë Ë Ë ;Ë Ë Ë Ë ËË ËË Ë Ë i r
rí)€hm Í)tt.ÍÌ.cÈ S + (5Fç\IÍ!E cb(f-fltslrúrCÌ€ht0 ó l3F{rrü}rü€}.ohm$ â{íl'É}r{trççdr€€€*.{]ú.,o{..(tr.{iFahFrFr!\l\Í.r}r!\|\.ü{000Sü{0!Õ006S(},(l$OÕ{|l}*+(|Íf{3ÕC
o cARsrE
Ë'Ï {
o o
ËËË ËË
?
1g
g,
rut,Ëi
I*r
=
1r
g -
É *$r{Y}Ìtrt}€
n\üôü-
dfl
283
'
"
i}{M,{}/Cï-ÍÍ ry JUíN:
Grasse
jauntíe dìmt n"èt grasse
jturtíe
paur I'expiditi*n. - lxplaratían ãu tarryan ãe #ai,:uta. Trçis rzottutlíts raai.tís diratntrtt':s. Lx-Flü
ny
àe
ía grortr Jrsf eoa
d*n
rst
nage
arrâf sur fttãftqx4e ãe hçuit. Expla
tapo
& la pre#e du -fÉryflrlcr* swr .5Bo rn.
et
(üte ÊrattÈ tst mJaítt iÉ períe à'ür"r ffitwün. Élk traatrss uttc púl ilt êil nrassif et s*rt ã*xs
le tazry*n tfu Eaiana
& relle-ri srr zoç
,
"4u-ãëstus t*pograplt!íe
t ítí
unr grottef*ssik
^
E"xpl* et t*po drune Fúite Er#tte à proximit| & Ê*ian*,rãI*ci retanbe à l'e*Êril Baiana. }:xpla
lemporaire
*
d'unt rêsrtrgmrt
ïopa
d, di,,trnsíon moytttnr'.{"tn lt & to1sa.
large). Bilan prwr tüte íquipe &*rs nt
-
terrnínus íi'"{Wust*, ãe très be*u.x
volt*nes, àts
w&
ln grcttc,!'L,{wr,,ada
Explo et topo dc
le
après
sclles
int*rmses(çtar exenpb. rsrt
l*rge), Soir3,tÀnr dt t*pa x,u errit sur
de tttnps! .'.'
rten, Jaute
í6ir
arrtclt dnt,,
n?,nt rrvw Ezrfl*rz:çãa: I-a rcri* sur
ãe
et
por+r llrcsilia"
la
Topa tle
grwna
*
áoline
b
rttr,
!ac$u{s
granÃr úcraboie"
-
ru b*s, t*usfont
l*'il
se
írs *ríetn's
laissanÍ à notre
[tt'urçurl( dt
"
I/ÉÀ{}ftf.l)t tz Jtil!{:
la
üêp*rt & í*us
1,cs
üesc*barr* (B,4Hf.Ã)
ví,4Rf)l r9
t.
,,!!,,gr
à
rort
gâ*aw.
prrss*ns
I\
:
Filnt e, pfrútls à I'm*'ie le *ítttvzona
cinsi que qtalçr.tts fircst#'$ tl'e*u Jaite par Jmtt-'[.oup.
z.
rtviin
Fihn {t yrútus drsganrs ainsi qur la de !)tsrttJunr,t,la.
iut
Iuçí; {rt.r!.'
.,4'lË1{CXfl}1 :cJ{Jí-&;
-
[rnt'rrsíc dr lJntana de l'entrie, n la
süt"tíe 1sa{ Ìa
y*t* * áísí4uipnfiatt nmpÍtt
dr
ravrti
-
Lqutpt,ttrttr dt
p,n*ítlenrl*naizz
lt
et suite
tl,trabatr dt ht} nI
Jela
rcp* ãu
r,ttty*n
h l'c:títicur
- Íilm -v*'üexçbrrta tÍ 284
srs
alet'ttçt+rs.
enrttort
.\A.\4LDt z"3l( lÀ': Ptiltc $aksdr, ft$:ás dl'cttxs efJtxwí la treswsíe ã'AngeÍim, 'Irès belle mrití awr ãt gros v*lwmrs, urc belfu riviìre" gra*ãiost qw*i. I-* s*iríe lcst yassi Éarts uw fitr au
N*us parÍoxs Ítus ettst*thÍe aver àfit:' újrcrtJs
áe
ãe Srasllin
pa*r Ecla-flariqantt,
ftrÀttj t&rjüNírs aurc çuãçuts perits arrìts pctrn rriÌrrgrt' rt pour !,t y,tust prpt. . ãe
.
Sxr
plau,
ÍÍ*zts
s$ïilm$ r$*irüs p*r
!i{a
ptnãa*t q*t !'on rhang*;tit pour Í'húìwt:-fais
De là, Ltü
.
dr la grrrtr dtt frt4ndrra
/{
q hja
São^Ilnwing*s
faut
airssi
.Vr/lv.
prlt.'isairt et nstts irans snanger exsr,wble à
ttípestrts indimnts.
la
p*ur
plarc rhqàcs
\oir." rslroruorrr
. ttl{*J ^rsJ{tltu
tapo dtr u,tr'ç,,.
rnewíres rest*nts
nar
fu repes
dv$ns rri,ç Sl:3r:. -l.f.*ir', tt*us s*rnmes arviuís.
- !:iln ãw vill*ge rt ãe sa pertt, ,r,r,r',* l'{)rlnuda, lrrst dr t'ur des ptinluuts
.
Jntqrus rt
ur I) rasilia,
t!?lt yçut"
d'unl!Í
lthatos
dt lran-lottp
po
F{tik ha*e 1tu,rr
4.hjo * ro&te tneis *vec Í'arrfi poÍ4r ffi4trrgÊr * ía pax*e à'esstzzcç ã,'*vz ães rclnbis, noas
à
.
atnts
l)ípart
fairr h pÌannitg des àtt'x lowrs à rnir; m*is uw {ertaint ltctxsir m prí*supe ph,rs
ãíjà
{i!me.
dw yarrht ã'tntt'íe
tristu sürt I tVoas
sant
p*wr bJilnz, wâmt
'
. tl/À'ilI r8/{/íN: nççts
6 h àe rot+tr úFrc une
du mítli. i\**as .çet'ors lagís
üexaiw dextuâmt ã'antrw
"f*us lts lïúsilims wnl wpartis cheEetrx !a nntrníe
p*ur la
${&{,4À''CJ'ft uç JUff{:
I) ípart át $Â*-/)om!ngos
súnt rq}ürtis Leli'eillt
Àiou.s, :ro:rs píntons
A*j*.
ìio
'
J{!íti:
1COI.457. \orutnlrmtnr, i!
fn
&
Jmn-|"*up
*
taçm à la
JI:UDI u
Gruno de Descoberïo FoÌo: Vitor Moufo
ll
nous arnhr
à
notre logement
ptttt ïerla,urânt italint.
Ceri ssr ln thron*íogit très ççnãtnsíe ãe Ì'upi,íition t*,|H1Ã z.üç1, I{i t)ersiln originah
rst
un ulsiet' r.rxzg)]
re.fo vr'iJ. I n rírÌuirt à
ítí
thase
fatilc.
-
ílë
lô
ytpet \
ptiÊ{s
ú paÍ
H
: