O Carste 2002 outubro 2_2

Page 1

A C,RUNA DO POTE

Irì

t{ F

t/ 1.,(

VITOR MOURA

^|lr

6RUPO BAMBUÍ PT PTSOUI5A5 E5PEtEOLÓC,ICAs ALEN ICE BAETA DE sETOR ARQUEOLOóIA DO AAHNJB/UFMC

i{

N

odos os espeleólogos do

as sombras quase não existem,

Bambuí

peÍece que escamos andando sobre uma frigideira de cabeça para baixo.

que

outros gÍupos participam das e de

expedições, já estão acostumados a urna

estranha e conhecida let. Ela. diz mais ou menos o seguinte: sernpre as melhores e mais inesperadas descohertas acontecetn nofinal ãe uma expediçã0, quase seÌnpre no úhlmo dia !!!

Mas na expedição Serra do Ramalho 2OOI as coisas começaram de outra forma-.. Estávamos no início da viagem,

uma equipe

foi

vasculhar a parte

superior do grande maciço onde está

a Gruna dos Peixes. Observando antes algumas fotos aéreas daquele lugar notamos uma grande reentrância no maciço, parecendo seÍ um pequeno cânion. ïhlvez este lugar guardesse umâ gruta ainda inexplorada, talvez ligada à própria Gruna dos Peixes. A equipe que procurava o tal lugar já estava sobre o rnaciço, um dos mais bonitos da região, na verdade um imenso campo de lapiás, Naquele estranho lugar a vegetação

E um lugar difícil para prospecção,

os lapiás são como

facas

afiadíssimas apontadas para o céu, uma pequena queda poderia câusar

um gÍâve acidente. Geralmente nessas áreas existem inúmeras fendas e buracos que não têm ligação com as grandes cavernas abaixo. Em uma prospecção não

damos muita atenção para estas pequenas cavidades, procurando sempre os grandes sumidouros ou ressurgências. Mas naquele dia, no início da expedição, a equipe parou para uma foto. Então o Ezio foi dar aquela "olhadinha" num buraco. A ârea extetna eÍa completamente

existe um escorrimento inativo, tendo abaixo um nicho. Chegando a este lugar entendemos 0 quânto esta pequena gruta é especial. No nicho, logo abaixo do escorrimento, está um vaso de cerâmica inteiro e dentro dele uma cuia, feita também de cerâmica. Parece que foi colocado ali ontem e que a Pessoa que usava esre Yaso, talvez para coletar ígua, vaí chegar e pegar água com a cuia cerâmica bebendo um pouco e enchendo outro recipiente para levar consigo. E facil imaginar o espeleotema gotejando em épocas mais úmidas, enchendo o vaso. Olhando pâra a tórrida paisagem externa imagino

também como devia ser valioso aquele pote cheio de água. Até hoje, com todos os avanços tecnológicos,

plana e o buraco, uma abrupta chaminé de uns 6 metros de

a água na Serra do Ramalho

profundidade. Nada poderia indicar esta entrada, nenhuma fenda está próxima, só poderíamos achá-lapor

continua a ser um bem precioso (ver o artigo "Gruna d"Ág"" do Quinca * A Busca pela sobrevivência" -

acaso.

A entrada circular

somente cerca de

tem I.5 m de diâmetro

e suas paredes rugosas permitem uma descida fácil em oposição.

Logo abaixo da chaminé

Vol tJ, N' r). Na área próxima ao pote foram observados vários fragmentos de Carste

tochas, com

as

pontas carbonizadas.

Ao que parece estas tochas eram feitas de caules de uma planta

mas as plantas sobre a rocha

o espaço já começa a se alargar e dá acesso a um conduto descendente com um desmoronamento. Na parte inferior o conduto se alarga e cria um salão relativamente amplo, onde

conseguem atrair pássaros, lagartos, pequenos roedores e outros animais. Suas cores vivas são um espetáculo àparte. Próximo ao meio dia, o calor na superfície do maciço é escaldante,

termina a pequena gruta. Alguns espeleotemas tiram amonotonia do conduto. Logo na parte mais baixa da galeria, próximo ao ponto onde termina, obstruída por sedimentos,

que queimam muito bem. Esta

de cactos, bromélias, barrigudas

outras plantas espinhentas

e

se

esgueira, procurando as fendas

e

algum traço de umidade para sobreviver. Quase não existe solo,

214

similar à canela-de-ema (Vellofu sp,). Fato interessante é que até hoje os caules destas plantas são usados para acender os fogões à lenha, já atividade tem, contudo, ameaçado raros espécimes de vegetação.

Este sítio arqueológico, como todos os outros. só tem yalor Ourueno/2002


científico relevance se for estudado por inteiro, sem nenhum de sess artefatos, sedimentos ou conjuntos pictóricos perturbados. A rcalização de pesquisas arqueológicas não autorizadas ou a retirada indevida de artefatos arqueológicos constitui

crime federal. Nós, espeleólogos, encontrarnos

muitas vezes sítios arqueológicos nas entradas de caverna" e, nos casos

mais raros, bem no interior de uma

galetia,

na z,or^a afótica,

É

importante ressalhr que o vaso e a

cuia foram deixados intâctos, esperando o estudo futuro de uma

Dados arqueológicos da Gruna do Pote Baseando-se nas observações

plásticos mais comuns utilizados em sua confeccão são as cinzas e

as

Um dos indícios mais antigos da Tradição Una são atualmente da Lapa do Gentio, região de Unaí- MG, identificados pelo Instituto de Arque ologia Brasileira- IAB, datados àe 3.49o BP. ( Prous, 1992)

preliminares sobre

características gerais dos dois vasilhames, suspeita-se que estes

possam pertencer à Tradição Cerâmica I"Jna, que tem como atributos principais a ausência de decoração plástica, paredes finas e escuÍas, formas globulares ou cônicas. A texcura da pasta, na maioria dos casos, apresenta-se compactada e a sua queima, excelente, Normalmente. os anti-

carvões.

Os relevos das chapadas foram,

no período pré-colonial, como também nos últimos séculos, amplamente ocupados pelos povos caçadores-coletores e,

equipe arqueológica.

O mais fantástico de tudo presenciar

é

un local intocado, tendo

que o temPo Pâfou e que os dias atuais se confundem com o passado distante. a sensação

Pote indígeno utilizodo poÍo

coptoçoo de oguo Foto: Vitor Mouro

GRUNA DO POTE Cârinhanha - BA Proj. Horiz.: 35 m DesnÍvel; 12 m TopÕ 4C BCRA

Grupo Bambui de Pesquisas Espeleológicas

ENTRADA

Groupe Spéléo Bâgnols Mârcoulê Junho/2001

PERFIL A- B

ti

li Ìio

iz

COLUNA

Coordenadas omitidâs.

Ga.anlia de protêção do siiio ârqueológico. o cA,FrsrE vor- 14 no

f

4

0 L_______i

10m 215


frì

t{

i

posteriormente,

pelos

horticultores ceramistas ali

estabelecidos em função N ã

( diversidade da caça e

da da

ô, fitoecologia, disponíveis tanto no cerrado quanto na caatinga. Os

N

fundos dos vales, onde

se

encontram os brejos e as veredas,

também foram locais

de

Referencias

Bibliográficas

BAETA, A ; MOURA

M.TT&LIMAM.

A

Diagnóstico

Arqueológico Jaíba Etapa II SEPLAN/

\rITAE, zooo. BAETA, A & Paula, F. L.

referência dos grupos indígenas,

de

em função desses ambientes esterem associados a cursos d'água, [undamentais para a sobrevivência dos grupos, principalmente rìos períodos

Indígena na Região

mais secos. (Baeta; Paula, 1999)

Abrigos e cavernas onde

se

encontram ressurgências ou

Mernória

de São Desidério-

BA, In O Carste, Voi. I r n. 4, Belo Horizonte,I999.

PROUS, Arqueologia Brasileira Ed. UNB,

Brasília, I992.

ambientes com gotejamentos de água eram, certâmente, pontos de

visita obrigatória de grupos humanos, como também de animais. Muitas vezes, nas proximidades destes tipos de fontes de captação de água se encontram alguns sítios arqueológicos de acampamentos provisórios. Local similar ao sítio Gruna do Pote foi também identificado na Serra Azul no município de Jaíba (Sítio Arqueológico Piscina do Cota). No entanto, o "pote de índios" jí,havìa sido retirado por moradores locais recentemente. No entanto, eles informaram que

ao lado de um poço de água, também se encontrava um antigo

vasilhame cerâmico. (Baeta; Moura; Alonso, 2OoO) Espera-se que o sítio Gruna do Pote possa seí preservado com

os seus elementos materiais componentes in loco, pois é raro encontrar objetos arqueológicos ainda intactos na superfície do

solo. Possivelmente tenham

se

conservado em função

da dificuldade de acesso. O registro fotográfico e a publicação deste tipo de informação vem trazendo importantes contribuições sobre o modo de vida dos mais antigos

exploradores das ceveÍnas fendas desta 216

região.

e

g

AspecÌo do locol onde Íoi encontrodo o pote. Observq-se escorimento

que "obostecio" o pote,

Foio: Jeon Fronçoi$ PerreÌ

La Çruna do

pboÍ*s afuiennes ãe

Pote

sl tnãraiÍ, tto*ts avions

remarquê ane pr*forc* saillie ça s#n ãw Yítar Mçwrs

mass.tJ

Crupo Bamktí dt

Ce

lin

f)

t A rch íolog

que

thúnr! hs spílnlagun ãu Bambaì, aiasi

quÌ ftux ãpparl(nant à à'aulrrs

grouprs

qui pafliripent aux expídirions, sont di1à habhuís à une loi ítrangt et bien rcnnur: btllss eí la píw mattrndues se Jonl prcsque ,ou1rr,r, don, les dtrn,ers ttmps,I'une expíútion, tt núme Its dirouvertes

íx pks

tús s*avtat h àwnler

qi

itait à la rechmlx d'un

tã rnÃrait itait ãiià àÍ'oeuvre swr k mass$ un les plws beaue & la rígion, wn immense

MÍ{NJB/L'fMC

'Toçs

un petit (an)1on,

abritrrait-il un{ gtotle inrore

I'iqutpe

Aíenirc Êaeta

du

Être

inuplorée tt rejoignanr ptwt-itrr la proyre Cnìna dos Prorr?

Pu,1i, uo, Es p ú eológiras

ípa rt rm en

qui paraissait

jtwr !!!

fu I'expíditiott Serra do Ramn{ho zoot, írs thoses dábuìrtnt rrp(ndnnl l-ors

flr.,tftfile?tt,..

-l/aus venions Ã'entamer

ftos

explorations, une iquipe sr rhargeait dt-t'atrr unc reronnaissanre dnns la pattie .çhpériMre

àe

lapiqen píntí. Dans

inhospitalière,

ronposíe dt

rartws, de bromílias, de "barrigudas" (esplres * baobabs) t! d'auÍrcs épinrux

s'ítiraim! à ln retherrfu desJarlles rt d'un pu+ à'lwnúdlti pawr pwvoir swl\)ivrc. La Íeffe ffit qwasirnení incxis{çnte m*is íes plantes aararhíes àla rorfu ariymt à nttirer 'des et

orsratx, des liqaràs, de pettts rcny(urs

d'autres espàru d'atrimnux. I-eurs rotleurs

enjorct un spe*atfu à part, ïrers k müjoumir, ta rhalwr règnant à ía swtfa* vives

*t

massif

est

prali(wnenl

ítaffina, absentes.

avant?r dans r'tnr poàle

ãu grarcá

wn

tsrrçin

Peixts.

lap

i

m*xif aì+ se troavr la Grunç Ãçs En obseruqnt a*rpfrrÉvúnt quel7ws

la vtigétation

cilte rigron

ll;s arnbres

en sanï

On rroirait alors la útr en bas. C'est

ffirlír powr la pnspwsion: les e4 ressernbl trt à ã es r r;r:::"T,:;;:


aiguisís s'ílançant ãans

,til,

Í.e

Une sxnplr

rhwt p*'urcnií s'avírr Íris dangrreust. üans ns p*ragts, il rxistt gíníraltt*ent rl'intt*r*lrabbsJailíes

* drs tun+s qui w

pr*l*ng*ú pas lwrs

gr*t'tdts mt lrnts dtr

stt

jt

petn'als faúíeme*t *nqtrrnãrc r**rbin rc.lt{ tëu yrcwúÍJit ãsyts ce FÕí rn,*it ãu itve prírieust, .Ët rutwe just:1tt'à deh*rs,

*tljowâ'lsw.i, t**!grí íú,r'íss lÈs çv*writs

s-s,r/, í.o.rs dc nas praspertiü?.r, r?$i{s

dtí* Sm"a ãa Ratnslh* r*fitinuc à itre ns bim yrírieux {vair

tt'ttrrorãtns çw'unt attta.tiçyt tninwrc à rcs prtitts cavitis, n*tre rthrrrfu étant toc(aurs

l'a*irlc: í-a grtma ãa ,Lgua r1* Quinra -I-* red:tytht âe f& suwie- {)arstt, r,çlt1, W

-ç*:r

(ril!rít sut

Íes

/,.' grn,r,1,s pr'ri15

ri*cgtwes, Ct

j**-là

p11

i1"-,

ho.hr po,,,

prrnd,c utre phato. I:;tt

*í*rs prafiÍí pmt.r jetur"url rí)up drwil'Í

en a

mt#ws

dans wrc-faille. l.rs abçytls

de

rslle-

ti itãiext rompíèt,uzrllrt plawes * le h*u ronsistait €tt ?tt ( r!:e*tiníe a&ruprr ãe ó rrràtt.ss & profend*.u'" Aurwt iyttlirt *'*trrttit pu notts inãiqztw son

que{çut

er*plxrmrenl, auruw faiífu n'exísianí ìì

praxiznití, r'tst fu hçsard stu! qzti l'

tt*+ts

* nit fait dir+ uvr ir, I-' e*trí*, *t'rula.ift

díp*sst guÈre les r,5 que

les

par*is

d csrt tú c

rt

fle

ár iliamìtre *lors aisit une

nt1uer4sts renilewt

rrr o1'po{i/rorr

I'i:syare düÍtlrrrc?nft sr.ty

dtla rh*nircfu, à s'il*tgir et ãíbçfirhr

tur rçnÃuit ãtscenil*#

un íbçulis,

ãv*ct

l,n avaÍ, b cçnãuit xf*il phts íntge et *íc uw snLle rrtfitivr'm*# x)âst( qtíi lrrmine ín püite 8{útt(, Qwel,lues nftsíríens lf issnt la trnnatotrit dtt ronduu. E-xar!cntctú art

frnã ilc ia gaírctu, ãçns sa ?ã1-ttu ld ?hts basse, xan loin &t paint uhime tbswwí par des sídiments, il existe Hw rculíc de caíútt qui a ítí actire avec plus bas t+ne nitht, E':t attrignnttl cts !iruy lols avatrs prís cansrienrc ãt la grande originaíüi áe rúte moãesít tcvití. I)ans iç nirhe, tattt dr suitt sous í'írculewtnf , se tr*u'ytait t*'t t,ase de círamique entir ãçns ltquel il

"mia"

(ãemi-calebasse,

j

at:ait wnt

de

espère

*.tilltr),

ígalnnmt rn rírawiqut, Qn *utrsit ríit qu'tllrvmait taut jwsu rl'j awh'íté dép*sír stait wí'habitu* d'utiliser €Ê ljÍtse, pwf-i*e pour I pwkr le I'ersw, allait reJnirr sottdain son nppaütioil rr et querrlui qui

rdtrrr

tau poru'la porttr

p*t,

ott

ú

çhse"",,í

lant

lts

c.rlrrnilís ítatttt rnrhattis,ts. A prrttriiri wtt, res tarrlses sç*t rçnstitwíts de liges d'u*t plante itler,tiEtte à ía "tünrí*-dt-ema" iw{l*$a sp.). ïl tst inté,ressa'sn; ãr nat*'que iusqu'à rc jawr les tiges utiíisies pour

ãe

*s

pí:+fttt€ sçnt

alhxwr íesf*rrs awxfwx

de

& Írur mnktstiwfn:ile. C c{t t *rtiuiti repríse*te xpm.d*rtt I*ï{ ffi*la.t( yot+r rcrt*tttrs npèrts rarx i.e t'i&[tçti*n. {)çnzntr ta+ts les sitts archí*l*giqwr.s, crlui-ci n'arqr*rrr* de ríslfu iilt*, sritutifiçue qwe le jour a* il sera ítuElii âans fu is

de

etr

rais*rz

it*ígralití., sans çw'*'.ttun ãe

s*

sídirnentt çu

pitt+trmtx

ne soinzt

dt

sts

sts

*bjets,

ttzsettzbÍes

dipla$s au mãn*nrzgís.

I.a ríalis*t ion,le fauiÍlrr *rrh íof*giçu ts

ãu!ütisies ow I'txtraüiçrs sawvage

,ltrers

ls

par

obirts

rct

autortt

ís

ronsrdírí

ntn

dt

ses

,o,n,rr",,,, ,r,,n,

fídíralrs.

l-'n lntú que ;pilíalogt,ts. nout sotnm(s s(triilttzt ammís à ãirçwt,yir ãss sites *rthírlogiqwa ãans les entrí* dt ffivern#

*

pl*ts târeftttnt ãxt dal,tít' ttrime ã',urzt galwie, dans la qne sonzhrc, íl * itnyartant âe sawligner que íe vnte rt la "ruis" *nÍ Íaissís intwts à

ía tsyasition d'wtefuture

en

po1.4r

x

reprise*er la

rculít. dt ralritt íaissant peder rewplissant lc aase penãant pltrìts. Sarhattt

ses

íff

gouttes

qurllt sírhrrts* iljaisnit

cA.RsrE vol 14

uo

4

tt

saissns ã"ts

au

ssttJçt!tott s$Ì!

l$ ,t4dfts ,t lt;

rhar,.,onr.

11r

bt

prcl4raes-uns tlesvestrys de

í

plus

s*rins

la lïaditiçn UrÍil st ttütt\)ffit a$weilwzent

lprt: ln ! npa d,' Cr,,trc.

,!a,rs

Ìn

rcgto,t

le

a* íti

iÃe.ir,fi{s par í' í,nstitut d',4rchíal*ga Brísilimne {l*fi},

j.4ga BÊ (Pr*ws, tçgz) rlu rwers ãe la yiri*le prê-coLani*le * dur,znt les derniers si?úes, les rtiitfs dx "rhapaãas" a*t ítí Lttgmnu orwpís p*r tles et sant d*tis

ãe

p*yul*tions Ãt thsssmrs et enwit* par

ã.ç mci\íeays et

d* hçrticwiíwrs rírat*isx:s ítablis

dans ln reurcn ert.!inrtion

ríe

la Jnysití du

Ìn phvtorrakpie. yrrstnts ausst hirrt ã*ns le "ret rais" (tígít*tion ilu ïz,pe s*tane) gthu,'et dr

qu* ilazts in "ca*tiugtr" lgigit*tion clu rype

ilrtlqrtis\ LrsJuds

des

t,nll,:rs oil

0!t

It'ot!\'(

dts narnis ü drs senltrrs;riÍ srn i f JD(.rr,5.çj

it*hlisstrnen ts p rivil êgiís ãtíx. Êrpupss inÃigènes en raison ãt lwrs *riíi*rx en liaisen

ã'

flurs d'eau, prfuwrÃia** p*+r

atuer íes

*tvie

k

suïíçtl! lers tles saisotts pÍus sèthu i&a*a; Pauk, ryqç). Ilu abris tl des cat,ernrs la,t, Ìcsquels rxtslrnt drs ães grvu1tes)

niilirr*

rísnrgmrcs ow

ã.,s

ígwatternmts ã'ea'u

ítaimt *üaincmmt

aveç

ães Ães

fus gr*upts bu*t*ins anixwux. Ott renrçnt# sÕil\)tnt

pass*ys ahligé.s tant 1t*ur p.+.r.

poar

les

qwúçtx

sites

pravisoires saurrrs de

{ln Pote a

arrhíaÍogiçtes àt t*tnpewmts

aux alentours rle

res gersres

it

ftyaríot.

sitt similcire r4y íitio Gntna dç

ítí parrilhnrcnr idmtiJid dnns ln Srra

euães.

Arqueaíógko listina do CotaS. To*ef*is,

I"'hnatiçrç ia plwforte sefait sentir au

o* I'ou yíttètrc àntzs wnlieu irtiolí, ce qu.í àonw la sszsation çue le tnwps a swspendu son v*l et qtte ks jaurs moment

d'a,t1onrd'hut :r ronfondcnt awr

un

passi

reculí.

l)onnís

nrrltiokgiqrrcs

*

ün ptrlt stttlpasff que ewx*ri ptdissent úFp*rtÊtxir à ta llratlitian Círamique {.ína dwtt

les

tarart íilstiqux prixcip*íes ffiftsist*xt

en l'alssenrt dr déroratrcrt

Jtnes

t

sornbres. en

plngrgtrc

Ie "pote áe pew

rlc

"f

aíba (Sitia

ínãi*s" *ualt ãí1à íti rttirí un

ph.s tôt par

lr,s

hnbitants âts envircns,

L'rttr-ri rni!ìrcnt

rrl.,rndant l'*risunct

*ndm

riramíqu*

ustensil* en

près

d

un

ã'un puits

{fratta; Mour*; ,4lans*, zaÕo), {)n espfue que k sitt Gyuna tÌo

Pore

pukxêtreyrísewí awc xs ííéruffits matírìek rcmïjostlt ts in situ tar il est rare ãe rcnrctt!rer drs objtts arrhíologiques tttrore

la

üruna rfu Ptte.

à sn bourht à

ríratniqwo

Lx1 s ãr+ns

lq

,44tÍ, ãans Ie distrì*

préiitninains t#n*steilt bs àet+x uítl'?$!lts,

"*ii&"

iyt s ln phtsfr'êq un*nz *t*twp

íqurpe fu arthíolcgurs íntíressis pttr {eurs

ãtltrc ríriltinrt ava*Í de l'nnporter. il n'est pas brsoin de fairc un gr*nd

stt

'gw*nã p i*st

iti

En çt l,nsnttt sur !es ob,trvaliotrs

át

tffart i'ìtn*ginãtíün

o

dzt

* #ffipltr

l'ç.íãr. sê?x

dc !

Í)ans l'a,irr t*isiw

plustrwrs Jrdgrnlrts dr ror,l:rs

son

Tbut de suitr. endrssoa.ç

pâtr sr pt'ísenft prmír u est exreiítute on la brüb. En gínír'zl, l* s*ri-

Unai (MÇ)" íls

r

í*wtlf*is, n'ut itttnt

qa'aw taul ãíbut ãe I'mpíãiti*n, í'í'1+*pe a

fnit urrr

terhnalagiqrus,í'rst;

ro*iqws Í)*ns lanmi*rití dx tas,latmtarr de lrt

en

p,trcis

Jorme, globul^tires au

intarts à la

nt{arr du

tl

sol àrsgalcrirs,

tst

poxiïfu qu'ils aient ãü íeur €lnstrcntiçn à

la àffintlté ã'asl* Lç photagr*phtu

pubÍiratio* tçntribr.te

à

*

la

ãe ce genre ã'inforwatiws

fitire *nn*ïtre lr

mçãe

âÍ

vie

fus plus Luttirns explorntntrs drs nvernes

x dtsfailks

de

nt*

rígí*'*.

g

217


".i

J" PARTE

iír;1r," :+i:'

:"i:, ",: *',.':'i

::+

t .i.li' :ì;

'

,*j

.' *

:,.

,

'1.

ï'H ilf'$, {.i,

:

ltu;í,j,

hj

ffi f

_,

t;Ë .,i'

.r


o StsTEAAA DO AAORRO FU RADO

E

O SETOR NORTE DA SERRA DO RAMALHO EZIO LUIZ RUBBIOLI 6RUPO BAMBUÍ DE PEsQUI5A5 E'PELEOLÓcICA5

povoado de Descoberto (município de Coribe BA) é o ponto de partida para as explorações na borda norte da Serra do Ramalho. O lugar é um verdadeiro buraco. Não no sentido pejorativo da palavra, mas sim na sua própria

Anjo não é o tipo de descoberta que se faz todo dia. Além disso, a dolina de abatimento com 25O metros de comprimento e mais de 6o de largura que abrigava a sua entrada era o sinal mais evidenre

abertura lateral do cânion, bem como a influência da cobertura na

da magnitude dos processos

campo,

definição. O pequeno âgrupamenro de casas fica bem no meio de uma

Anos mais rarde, o Augusto voltou à região para fazer novas prospecções. Ao sul da Gruna do

depressão cárstica, tendo como sumidouro uma grura localizada ao lado da rua principal (veja mapa

- Cruna àe Descoberto). Lógico que somente este cenário nesta edição

já justificaria a visita de todo

espeleólogo. Mas os encanros da rcgiío vão muito além dos limites urbanos.

ão

cársticos que atuaram na região.

Anjo ele descobriu um rio temporário que sumia numa grande caverna. Na época as explorações foram interrornpidas por um si{ão, depois de ter sido percorrido mais de I km. A então

beúzadaGruna

do

EnJurnaào (nome

local) era mais uma peça do

Voltemos ao ano de 1992.,, Uma pequena equipe do Bambuí (Augusto Auler e eu) já havia feito

quebra-cabeça que começaya â ser moncado-

uma série de descoberras na região de Feira da Mata (sul da Serra do

estudos geomorfológicos da região,

Ramalho) e agora procurava ampliar os horizontes na direção norce, no povoado de Descoberto.

Em poucos dias foram exploradas mais de um dezena de cavernas,

além de um vâsro aceryo

de

infrrmações que levariam a novas cavidades, Mas de rodas, uma delas se destacava. Com pórtico de

entrada de 73 merros de altura, estalagmites de 2O metros e salões cobertos de espeleotemas, a Gruna

o caRsre vol 14 r,lo 4

De 1995

a

96 foram realizados

sendo descobertas e exploradas uma série de grutas no cânion do Morro Furado- Pela proximidade com a Cruna ào Arcjo e mesmo com o EnJurnaã0, imediatamente leyanrou-

se a possibilidade de se tratar de um mesmo sistema, No artigo a seguir - Evolução morfológica do cânion do Morro Furado no contexto dos calcários carstificados do Grupo Bambuí

- Ana Luisa

Bitencourt e Joël Rodet formulam teorias sobre a evolução

do carste local. São identificadas as etapas de aprofundamento e

sua gradação evolutiva.

Em 2ool, em duas etapas de

o

Sistema do Morro Furado

seria alvo de

explorações

espeleológicas mais detalhadas. Na expedição franco-brasileira Bahia

2OOI (junho) as explorações seguiram a ordem inyersa da drenagem, sendo feitas a parrir da ressurgência. No artigo Gruna da

Mamona - A ressurgência do Sistema do Morro Farado, Lília Senna Horta levanta aspectos curiosos (e até mesmo engraçados) da expedição. ïbmas cotidianos de como as equipes eram organizadas

e mesmo as

diferenças

metodológicas enrre o espeleólogo francês e o brasileiro são rratados

de forma irreverente e bem humorada. Além disso, é descrita a Cruna ìla Manona e os rrabalhos que culminaram Íra sua exploração e topografia. No último dia da expedição uma equipe resolve investigar Gruna

do

a

Enfurnado- E para surpresa

de todos a grura contiÍruava.., Galerias e salões enormes foram explorados sem piedade e mais de I km de visadas foram somados numa única jornada. Oliyier Sawsse 215


I narra o episídio em Enfurnado; a ! cereja em cima do bolo. Um artigo f/ d"t.ottttaído que divide com o ] l"ito, as emoções da exploração de 6\ uma gruta - como diriam os - f."n."r=., - de dimensões brasileiras. ï^

Em setembro do mesmo ano, uma equlPe menos numerosa retorna à região, centrando stra

atenção especificamente no Sistema

A Cruna do Ánjo (descoberta em 1992), todas as cavidades dentro do próprio cânion

do Morro Fwrado.

e a ligação entre elas foram finalmente mapeadas de forma precisa e detalhada. Mas a grande descoberta da expedição foi o Boqueirão do Riacho àe Fora, Este é o verdadeiro ponto de captação da drenagem atual que, em seguida, percorre a Cruna do Anjo Il, I, Salão ão Morro Furailo, Gruna ã'Agua, Sumidouro ão Morro Furaão vindo, finalmente, a ressurgir na Mamona.

A exploração e as outras

Quando Joël Rodet deu por encerradas suas atividades do Morro Fwrailo, uma dica

ficsu bem claral

- A Gruta GZ continua.

Exploramos 5oo metros, mas ela deve ser muito grande. Vale a pena.'. Sem dúvida não é preciso andar

muito para perceber isso. O então batizado Sumidouro ão Morro Furado (ponto final da drenagem temporária que invade o cânion) possui, desde a entrada, galerias amplas, com um traçado meandrante e cobertas por grandes seixos que não deixam dúvidas guanto ao volume de água que é captado pela caverna. Depois dos primeiros 5oo metros

a

gâleria toma

dimensões ainda notáveis, chegando

a mais de 20 nretros de largura e altura. A ornamentação também merece destaque, variando desde os

colossa

is

travertinos

e

escorrimentos até às formas delicadas (como helictites e

particularidades que fazem desta caYerÍra uma feição notável estão no artigo O fantástico Cânion do Morro Furado. A história toda se passa durante a caminhada até o

canudos) nos condutos superiores

Morro Furaáo, quando o âtttor

25 metros de profundidade,

(E4o Rubbioli), narrando emfush-

acessava

fatos mais marcantes das explorações

back, rclernbra os

anteriores, desde a descoberta da Cruna do Anjo até a exploração do Riacho de Fora.

Em outro texto - A Gruta do Sorvetão e a insônia - Roberto Brandi revela mais uma gruta do Morro Furado - descoberta e parcialmente explorada por Joël Rodet e baúzada, posteri ormente, d,e Salao ão Morro Fwrado, A gruta

possui dois níveis bem distintos, tanto na altimetria como nas suas características. O superior é seco,

amplo e bem ornamentado, Um local aprazível e de incrível beleza. A rede'irrferior é formada pela rede ativa da gruta. Galerias inundadas, com muito barro e incrivelmente retas conferem à caverna um lado esportivo e ao mesmo temPo divertido. 220

Nesta primeira investida foram exploradas pouco mais de I km de galerias, sendo fixada a última visada na borda de uma abismo com

um salão.

que

Depois das explorações de 2OOl, pelo menos dois pontos permaneciam incógnitos: o final áa Cruna ão Enfurnado e áo Sumidowro do Morro Furado, representados, respectivamente, por umâ galeria con;, 25 metros de largura e um salão com mais

de 50 mefros de altura. Sem dúvida motiYos de sobra para retornaÍ à região. LJma nova viagem {oìorganizada emjulho de

2ooz. O Sumiãoura ào Morro Furaão, que jí, possuía galerias muito próximas da Mamona, náo teve grandes prosseguimentos. Um sifão impiedoso (e ao mesmo tempo previsível) barrou explorações. No Enfurnado

as as

coisas foram melhores. Embora as

explorações na galeria principal também tenham sido barradas por

um sifão, uma rede de gaierias ampliou s uDerl 0fes t consideravelmente o leque de possibilidades da caverna. No artigo "Enfurnado - Novas possibilidades no nível ìuperior", E4o Rubbioh narra as últimas explorações desta "noYa" grande caverne da Serra do

fumalho"

g


Morrc Fwraáa Sjstem anã $te I{artÍtern Sector of Serra do Ramalho J

Lçtateã

in

tlte muttiripnliry

ol C*rihe,

Babia Statt, the vill*ge of üesraberta is the he*quarÍer,s ,o

,orrr, ,*iloring útt nordtertr

íorãer *J Serra ã.* Ramalhç. Tfu small settlement Irts tn

a

swnllet

a

-

to{s:, two expeãitions we*, t0 Íht

'B*hia zorx'

is mefltíçfieà

in

tggz a.f Gruna das n rnvr wilh ,t 7j u, high cilrnntr,

in wa af tbe xext

Crun da Horta.

ail the rraves af the ranyon and ittir linâ.s. Eut the #rütt imporíatlt ãiscaverr o! tlte expeãirion was Boqueirão da Ríatha

àe

llara.

In

artirl,:s.

Mamonn

af Marrc Furcãa

ravr b1 the rnflL,r strr(t.

Tfu disroverl Anlos

harst àtprtssìott, having

In

regi+n. Tht Frmrh-l3ragliax exptditian

besrdes

-'fhe

Sjsterte,

Resurgenct

bj Lília

Smxa

drscribing Crutd da Mamonn

anJ rrs uplorat,on. dru!s with nfiusrng

The Fantastic Morca luraàa Çarge, E4o Rubbia[i ,lesrribtç thr most important

{arts o{ thr exuloration

''!:,^',í:',:,*"on

"'*

af

the

gorgc, iucluding

o"'l orhi' p'1'lïa'ities

ïn'i cruta

tfr

of

do sonrtào and

the

teútns were *rganiseã anã the ãifferentes

Insomnia, b3 Rabert* Bundi, tukes

the

reaãer to yet ãnotke{ ür\re oJ tht g*rge, Se!ão

at abou, thmJr*m tlse entranee by a sunrp,

Bra$íixn snã ?rench tavers. ín Ënfurnaãa: Thl Cherry ütty tlte Cab, *lin,ier Sar*sse shares wi.tb the rea&r

In t 89J,tnd r996, grcmorphologiral studies of tht nrea lerl to tfu drsrovrry o! sevrral ravrs

ditnensions": ax the last ã*y ol tbe expeàitian

za m high *alagmires axdfull *f speleathams

*

talíeà the *ttention oJ cavers ta the regiar.,

Afew years latu; Çrxna do Ênfwmaãt was distovereã,

*wt

thr.

rxploration

at Morvo Furaáa Corge, do EnJrnm,ìo nnd

orerT

Crunn

wrss stapped

near to Ç6ma

aspc*s a! the

a team detiãcd ta take a 4z+ick look at

kilorzetrs

Rilatiott to Crwpa Ba*çhu{ Kmstilied

single day.

rmeslorrcs.

Ana !.uísa Bítenrourt and

loil

R*d* prtstnt tbeçriw on the rvaluti*n of Morro fitrndo's

l<ars!.

way thr

tfu et*otion of explnring a cave of "Brafilian

ão l,nfurn*da nnã, ,on

rlos An1os.

swch as the

ístween

In tlte nrxr artirlr. Morphologirnl Evtlllria* af Morra Furnd* Çorgr irz I

*yeditian,

pl*r$

Çrsna

!ry thance,

tlisrarereà úsat it routinwú.... Ìlíore th*fi *sres

wrr

surveleá anà expÍord ín a

lo

àLarro l*raão.

l*itialfu

In \EÊnr

J*$

tu

Cru*ç

z.aaz, J)eí enotlter expeàitlan

rqion,fixãing an *pper ínü at ão Enfurnaã0, iztrrtasing the

tÍ)e

potmtial af the mve. Tlte

Izt Seprem.bw títe same year, c

srszailer

ttam rüttfirtd t* íbr area, ta explore anã with nrcye ãrtail Gruna ãos Anjos,

surveS

distwercã snd

pa*íaíly exploreà bj Jael *oìet, she cave bqs two dzsÍinrt lerels, n dry, amp!t and inrceãiblj ieautifal *j,pi" lrrrí, onã o nuããy,floaded anã very straight low* let'el,

aãvezrtures oJ this

last rxptditi*n

*n

EnJurn*ão

lVerp Pçssibilitiss

*

f^Jpper Lerel, by

fu founã in sbe ertide

*tt

the

[4a Rubbtoli,

Ao lqdo ospecÌo do Cônion do Morro Furodo ondê se concentÍom vorios dos mois espetoculores covernos do Seno do Rqmqlho. Aboixo o Buroço do Tonhum no Boqueiroo do Riqcho de Foro Foto: Ezio Rubbioli e Flóvio Choimowicz

$;fi;

,'tt

;{

t#;

t'

i;

,#ry ='#.

"

i,l

,i

h ï

:.L::ìta

Ê

VOL

:l Tt.Ê

,H.ri"

,,:

O C,/\RsTE

,iL-;q

i:' 4*;]

ïç* i "q


Lt s-vstìffic dt í/í.çrr* Íurad* # k strteunt*và ãt ía

frì

L l/

I\

I.;r.'

ô, a

ri*

1.rri4 Rrrúl'rcij

(,ruy, llanú:'i

ttwp*raire *r*i ifèsp*r*d.ssírit

une grande {ítvttt^rr" Á.

rl,

rx;:/*r*ti*ns íq.t{rie*í dü

les4sris * s Ëspú e*lógi ras

rrì

j]üxlr y entreprmdre

revr?xtÈ

tt.r

rzours*lts pr*sperÉlaxs. .{t't swâ & iç üruxa Ã* Ánj*, ìí *v,tit r!êir,xvert u*

.\srra Jo Rnntnli:o

rd*ïÍ.ç

i'íp*qw, lts

ïi*

st+sp*ãws

à ta*st ã.'un

siyhon. utpris +tt'ttt rfu pirx d,'vt-* l*x. Í."ç çttt;!íí

l"a h*urgafu de Üesrabeïto {ra*t*n át {lçvibe- Ë,4} nwstitwt l*point fu díp*rt ol:Lrgí fu {*ute my{*r*{i*n a\cmt p*ur ol:prti;f {a $*r&tvr nauá rfu l* S'rva ão

p'r*p"ressian

Ramalh*.

itrr romyíítí. J)r: rçç5 à rççó J*s ítu.ëes g{*t*aryh*l*giEues I furtnt ríslisíes

* *lícg esz'san véritable trau

perdw. Cetw *ppeÍía#çn âe

lípréd*tiJ

r*Íís b

mi*x

n'rsis r'rst à sü ?rçf:re

tt"]6

pçLrtlflilt ri{ft.

la tlifiniti*tz çt'ti x*r*re

,

L*

petiít:

agl*nzír*tion át mais*ns Ewi Ítt nrxp*rt est situé{ su bwtt rnilicçt tl'une tÍipxssi*n k11r.ítr.lìtp

ct

yossiJe trúttrr ttne.

p(ttr

,7u!

{ofltitrlt i/eS:uls lars

ai*rs qu'wttt sírie de graítrs ,ltt rarry*x dw Mçrra I'itraáo fiareztí tlítçut:vtrs tt *yloríts. Ilr par s* prexirwttí *ver la.

(,rwr,,t rlo

rí qu'il et rnime systèrne ãevirzi wtrr Àn1o

ntrdc,rts loraltrrtr

sewï

'íJuxobutoi,

1

í{ *t ãail na'urce foís le diror pí*ntí, rcl*i-ri paurrait justirtcr à Íui s*ti l* ïisite ile t*ut spílíolagrc dlgw*

t

l.is trtrhanlrrrtents rÌr ,etlr rigtotr áípatsent ttprttãnnt rk i*in Íes liwftes Ãw dr

n,rtrr.

Íolrt J'nbor,;l r(t utotls

líBìrtwrnt rn arriìrc. írr lq!)". . CrtJr an*ie-là, une peÍitt ëquipt ãu Êawhuí {Angx.sta, Auíer et tztti-míwe) qui *vait díjàfúiI une sírit de dírç*vertes ãans íç

rígion de la de

I*

ldrç

í?rlisi 'l'L'4-t,t tt,,da, grauvait s'agir ã'w*

àfíit

pl*usríÍe à íat1w!ít í**sr ls ffiçndt st t*it aussilôt i+ yteuser.

pr*b*íirí t*ut

lla*s l'arüãe çui swit: {-'h:çlutiçrt morpl:olryiqw ãw tçwtan du Marr<t furÀãç ,taiu

Ír

f,srutcfft{ ães cak,:ire

karstifiis ,!u ürc*tltr Êa*z$wi, '4xtt Birendúttrt et l*ï! Radtt y sttl:ç s tn.t íwrs ïh í* ri s stt, l' i",, alutiirt

I-uis*

,,to,rdr wrlrntn.

.14rrrs

fi*?Ít ãe {ìvuna

r*rtwrnçrtit it

le senliwentr

ar.. altolds t,ttntídint, rlr la ,'t,r prtnrrpa!e r'oír /a tttt'!(: ( ,tlrìifl

sotu.ç Je

ã* l,rufurnaâ* {r*p*wwe í*raí} n*xs çvait *lïtrt wtte piìrc tlx puçfu qui

ç*nsistt {?t tttt{ 1v*tit ttxltÇ àinsettsiçns

&

da

M*t*

(àans ír sud

e

l*

ile

Ì*

rçttvr.vtui, *u ,rruri à,

,oi

írhull,

f

n 2oor. lrrr-r

tarã àe dircatrir ,]e *oçrvill* mt:itís,

tlu drainage, efi p#{t$fit & lü ptrte. Ilxns I'a*ide Çru** da Manzbnn-

'la

rtrtains

ãe sts

sttíks tapissíïs li.e c*nrvitiçns n'apVarttnait pas à I'hahitufu

de

rcs

mt,ilís çu'au

dítauvrit"tous

les jowrs,

pÍus,la âoíint d'$f*nãtewent de long swr pltts de ba

ãe

z5*

a

lle m

n dr Large qttt r,,

abritait l' entrêe pr*'uvaif largtrntnt *mplitudr des phin*nines harstiques qwi attaiertt m lísu dans ln rigi*n. t'

222

le

,qrç;rrt, srltr,

s

fum

&

try* p+seul

*íivitv

wte sexfu j*zr.rnfu"

ttrt

riaiisís

Sâ,4ss{

:l$.ffr

íitis*de r/i"ns {,*Jztrnar}ç' la rryise swr

g&te*+t, *ut

ttvtíiíe dircntrartí qui fait

pürt{âger ttt+ fu*er}r les {nztli*tzs 1trcyfts

à í'ìr*rstigttti** ã'uw Ël'ilttÉ, i*it1ftrt

dirai*t

lrs Jraxga.is,

dr aíiw*zsians

hr{stliennes.

En sepf*nbrt ãs la mi--tnt anrzíe, urtt iquipe píus vts|rcit::{ úinwstit à n*ut'{stt la rígic'rz m srf*ralisi'tlt t+xiqu*rxnl sur

/r Sysrlrrr ilu l\íorro Fi*'adç. í-* trwa ãe -ânja iãiw++vr'rtt eil tççz),fouf*s Jes tnuitís tiu #ulJ*?r ú la jrsstrtion rtttrt elÍr';-

lurent finaí**rnf rnrttgr*phiíts ilr twt+ttiirr prírisr * ã{taiíifu. üepu#**t t'* gralde ríí*w,tvtt tb *tt rxpíãiti*nfttt le Ê*quúrã* d* Ãi*rJrç ãr. Fçra. {)elut* est le virit*bk poírct & mptati*t &+ ãrai**gt ar**í qt+i tztsz,tilx par*urt kt Ç*an* ã* Antr* Ií, t,.la Snlb t*; M*rva ft',rcdç, k Çruna ã',{gwe,bs Iler* ãu Mo*o ji+trsáo, úl)twt de r$*ire s*n *pyariti*tt àçus l*

du yír.ts aãmir'sbies du íot 1iflrri "çLìr?t ãivçilíw ilans l'çrtirlt: I-e fa*t*sriç*e hisnirt

ruricux tt

ã*

se

Mçrro !:wraãa. Ta*tte cettt

ãiraufu &Í't

rüi.1rs áe

la wardst

d'app16çfis ron'lursattl aw ,\4orro

Ì

ttrndo.

L'nwÍets {.14o l{r,rá&ioii} ytatt unJíashltar* en se rerfl&ftçr*nt les fnits {es plu.s ffiãtqí,ttulte dnrts utt

ãu SystÀlr* de Ã'.çrrç Lilia Senna H*rta ríz'ile '

rêsttrgente

rlaivs#unt ã'n lüt la {}r+una ão Anja, qui,

71 m lt*uteuq ses *alagtxilrs /,e za ffi et

ut

intterse

Furaã*,

tle

tn

ies rxpí*raïiotrs st+ivivsnt í'çrãre

ârúfiesj tufic d|ítví:.t"t elles vessçrttiit

ã'f,tttie

trús

qwe

tntnp{tÊn(s

z*at,

dlre€ sçt7 ?úrth(

fitrmí

sttite...

mpl*r'ies aver atl:*rnetnenf al*rs

ürznyan

tetnps

*s

rivfla.it çt'*it"ttttt

o

ívoltttive.

lítaìlliesfiirtnt tiúlisies ãans le Sïstlrne dw hïorrt ?uraãa. Lors de I'expíáiti*n frant*-hrisiiiennr {Ë ahia too$ ã, 3rtn

rt#+eillies. Patrru! tçttlr,s

se

/ ), j c,lf'r',,' I 1,.. .16/lr,

partrcultrttìs qurfont dr rrtlt rai"rrnc unr

tlrÈ t ürd, awx t*pirans du vilíage ã.t frestoberta, Plws â'unt ãi41ziw dr

ítí

Í*us, iagr*íte

surStrise dr

& l'*ppr*ftnrlisstment et dr I'rwverturt latirafu tí*t ranTo* *insi qwe è'|.n$u*zre

b*el" íls 1 iãw*ifieut

ã' expl*r*tit,nt spêlí*í*gi qxts pí*s

rercrã,riors qtL'wn nombre très él*oé d' injorrn*rio*s, qui. pt*tettraittst plws

ïjt à Ia grar,àc

L'rsfurxaâ.ts.

Ì\í*w*nç. L'exploraïi** et l{s ú.uïrss

Swra do &ll'mal**S cherthçit *Iars

[ü1]ern$ âïâiefi! íté çittsi txplarães en urt

íqr.ripe

í*pes

i,H

lcavste

à rtp*usser les ho+'iprts en mütarct {t *zp

ü\rÉiÈ?x{

Le dn'nirr Saur & í'expíditi*''r, wne sr th*rgra ã'ixvestìt"{a Gr+t** dç

Qt;elçr.tts *.rcnies píus tnrã, Augusta

v ítait

&s

expíd;tlans prít{dentes,

par,í ítalí sur Hn \'üstc

rspLttp

ãe twnps qwi v* ril la. dircttvertt de ía Crtuta tlo Aryo à l'upleratìon dtt Rinrho d( I crâ. I),ens

r+?x

íurïrÊ Íexti., La ÇraUe ãa

nzi.rw rcntiçues

Sowetãç et l'Ílxso{r'tnit, R*berta Êrrrnãí

de I'ewíiítitn, eílt y rac*n* d'wtte ntanìr'c irrít,ír'rtttc eí Ì:utnor istìque !r

ilírrit utrt áxt.tri. Ëürtrfte àu Mçrro Fuvado dit*uvevte rt p*rtiãlmtntt rxploríe p*r J *ïl Raãet * çui fut ítaytisíe

aspeds

$tlstiiitn ãu grawpe, ln façarc dont bs l,es íqwipts ítaient arganxíes fi wêruze ã{Jírenrc s míthaãol*gi4uts txistant entrc les spilias p'ançais * Í,rísiíiens. LIb fl'eft *u$!ie p*s y*our aulant l* ãesrriptian ãe la Çrzt*a ãa Ì$*ntona et lrs tv*vaux q*ri armntpagnèrent s*n exploration {Í s{t l{?ü,

ãn n*w it Sala* áç Mçrvo Furaàç. Celíç-ú yossìãr à',ux nit'eaux

1tlws tarã

bien ê.istirris,

t*ú

tlarts so* aítiwítrie

gile peï sl,s târ^ít{tíristiqües, L'it*gt s'nytírit:wr e$t ser, vítstt. {, rithe tn çfireffiefitütiüns et sn beaztti ixtwïe enfnit

un

lir,

des

plws

ogrénblrs.

Lt ntvrau

Ourusnol2002


infírieur

est

wwpí par

le rissau

íí$if d(

Çette

prnníìre visite a pmwis ãe ri*liser

bour et d'une tnrra.yabÌe rectitwdr

lrrminíe par

à tetíe partie de la grotte un dspe(t sporti! tl tn même tettrps

got{frr ìe wnr sallc.

confrrtnt

Qrrattd Joì;l Rodlt 511,prndit ses attivil;s dans le Morro f urtlo, unt orienÍation ítal déià bien d.rfrnir: - La Cruta Cz nntìnut. Nous rtr aron; rnìJrrs msís ille dott itrc trìs

Íoo

grande. Ça vawt la peine

ll

n'rst

m dr proJondeur mcrtant

à

Jots lrs explorations ílt Ìo()r arheties, dtux tnrcnnues dentruraiení, à

Llnt

diuertrssant.

exp!ori

4

t

fun de topo e, s'tst ttnt vrsít att bord d'un

la çavitê,l)es gaieries ínoniíes plciws dt

uìr peu p{us de

sans

,..

doutt pas absolt,mrnt

nírcssairr de {aire beaurçutt de rhtmin

,rnir, ,o*p,r. l-, Sr,,r,àor"o fut drpuis rtttc

savotr: quelles surprises pouvarcnt bitn

rístrver

les

fins de la Crunn do

EnJuntado, atrr sa galerit de z5 ntìtres, et dn Sumidouro do Morro lurada avet sa snl!c d't,nr élívarrcn dr.5ts mitrcsÌ Les raisons ne rnanqunient donr pns pour

retovrn(í; rc qurfut

fait

en

I

juillrt zooz.

do Morro Frtrado, qui

Lr Sumiàotro do Morro Fwrado qui rrtdait fus galeries iès voistnes de la

épaquc dísigny' sorrs srs uorablrs (potnt

Mamona s'at,íra ne

pottr s'tn

pas

possidet'dr suites

rcuv(rtts de gros railloux qui prouvent

conséqutüt,'s: utr siphon sans pitii (t dans lr núnre trmps privisibLe) empôrha rowte progression. Hrurrusrment àans l'L.nfurnado /,rs rhos,s se pnssàrent

qur le volume d'eau qt,'illt pntt (dptrt

auttsfieH!. Bien qwe lrs txplorations du

Jinal du draitragt trrnporaire qui envahit le cnnyon) possìrlt, drpuís son entrír, de

larges galtrips ãu

trati sinutux

et

est tüs impo*Rn|" Lrs 5rsa preïfliets

mìtrts dr ia galrrie sont dí1à de drnrnsrctrs toÌtt à {ãit resprrlnblrs et atttt1tlcn! jusqu'à io,nìtr,s ansst hren erc

largr.wr çr.t'en ha#etn.

Sl,:s

p*rwres s*nt

,óut írt4tfint renear*wables. ellcs vari*nt en i*alwant ãrywis'ãx g*iwr rsfos$c;nx  âes kçwlenz*rts nr4x ferrues ãílirctes (r*wmt lcs mtmtriques * les fiswleuxs) obse'ruables

áafts

les

nniuits sapirieurs.

ronduit prinripal aient dtts auçsi s'inlrrromprt snr un siyhon, !'rxisìenre d'un ristau dr galents supériettrrs élargit considérnblemntt I'rventaiÍ drs oossibltis rlr la raverne. Dans I artrcle'EnJrn,a,lo -l.es nouvelles possiblitis au tltveau

supíritur Fqro iP..úbioli votts Jaít uivre Irs lautes dtrniè.rts r.xploratiotts eillrpprrs(s dans cettc "nouvelle'' grande cnpiti dt la Serra do Ramalho. q

GruÌq do Mono Furodo FoÌo: Ezio Rubbioli


Loc I cA Do Í cANroN Dc AAoRRo FURADo EVo H rn

LUçÃo

AAo

R Fo

NO CONTEXTO DOs CALCARIOS CARSTI FICADOS Do úRUPO BAMnUÍ (5ERRA DO RAAAALHO, BAH IA, BRASIL)

WÀI

INSTITUTO ANCHIETANO DT PEsQUI9A5, UISINO' RUA BRASr L, Di -(p )7i, 93oo1-97o sÃo LEopoLDo (Rs)

roËL

6RUpo BAMBUí

noprr

pr prsoursAs EtprlroLóctcni

& UMR

ó14] cNR5, LABoRAToTRE pr cÉoLo6rE, uNrve nsrrÉ DE RoutN,768)1

MoNT sAtNT At6NAN cÉprx, FRANçA JOE

L.

RODET@U N IV-ROU EN.

F

R

Grupo Bambuí corresponde

contexto morfogenético do carste.

apÍesenta um modelo cornplexo da

a uma grande unidade

No entanto,

geológica e morfológica, formada por sequências de

das formas cársticas superficiais, destacam-se os trabalhos fTlicart,

evolução cárstica [Bitencourt, 1998; Bitencourt e Rodet, 1998, 2ooo]. Tlabalhos realizados nos

rochas pelito -carbonáticas

em relação à evolução

t965; ticart e Silva, Í96I; al, rg62t Coutard

do Proterozóico superior. O Grupo

Campos

Bambuí (mais de loo.ooo km') situa-se entre Minas Gerais, o leste

aspectos arqueológicos iLaming-

de Goiás/Tocantins e o sudoeste da Bahia. Esta formação é marcada por

evoluções de diferentes formas

cársticas, que constituem as paisagens de vários sítios espeleológicos, paleontológicos e arqueológicos.

As pesquisas realizadâs no domínio cárstico do Grupo Bambuí, assim como nos sítios associados, são ainda dispersas e não

contextualizadas na evolução geral do carste do maciço carbonático. Várias cavernas foram exploradas e

topografadas.

As

pesquisas

realizadas em sítios paleontológicos

e arqueoiógicos, são, em geral,

pontuais, não abrangendo 224

o

et

et al.,

I978; Kohler, 1978, 19891; aos

sítios arqueológicos situados dentro

do cânion foram publicados por Schmitz et 61.11996, r997l. A posição geográfica do cânion

Emperai're et al., r9751 Prous,

no setor norte do domínio do

t99zl; aos relacionados à evolução geomorfológica de abrigos

Bambuí permite a comparação com

fJournaux, 1977), e

recentemente,

à gênese

lago com Patizzí

mais

ambiental do

* al. ltOO+).

Atualmente pesquisas estão sendo desenvolvidas em outros setores do Grupo Bambuíl o vale do rio Peruaçu, situado ao norte do estado de Minas Gerais [Piló e Kohler, r99I; Piló, 1997; Rodet e Rodet, 2OoI], e a região de São Domingos,

à

leste de Goiás fRodet,

ree61. O cânion do Morro Furado situa-se na Serra do Ramalho, a sudesfê do estado da Bahia. Ele

outros sítios no setor sul (Lagoa Sântâ e vale do Peruaçu) e no setor oeste (São Domingos). Esta situação permite trealização de uma primeira abordagem da evolução do carste dentro de diferentes serores

da

área,

I - O sítio e o rneio ambiente O cânion do Morro Furado desenvolve-se sobre a yertente oeste

44" 15' 44" L2'de longitude oeste e Ilo o8' e rJo o6' de latitude sul, no município de Coribe, sudoeste do esmdo (fig. t). da Serra do Ramalho, encre e

Ouruano/2002


Montalvâria

,i-:l-l--'--'--ir oi r" - *ì"^

*)l l( F\^ ./ l\.í1 i ì /1 t \í'l |.u' Ì?

A Serra do Ramalho

<tv

é

constituída por seqüências pelitocarbonáticas do Grupo Bambuí, que formam a bacia do Rio São

Francisco, "bacia de cobertura cratônica" do Proterozóico superior fBraun et al., t99o).Esta

cobertura evoluiu "em plataforma estável, entre 8OO Ma e 5OO Ma, depois da estabilização do cráton précambriano do São Francisco" fAlmeida e Hasui, 1984] , (ftg.z).

I.I-Oquadrogeológico do Grupo Bambuí A litoestratigrafia do Grupo Bambuí

é

bastante variada emrazão

da extensão territorial e

I s. lzt

|

Figuro 2l Ësquemo geológico e estroÌigúfico do

Figuro I: Locqlizoçóo do sítio.

Fsquisse

Locolisqtion du site.

milleu reglonol.

meio regionol.

O Grupo Bambuí é consrituído pelas Formações Jequitaí, Sete Lagoas, Serra de Santa Helena, Lagoa do ]acaré, Serra da Saudade A Formação Jequitaí representa a base da seqüência. No estado de Goiás, ela é formada por conglomerados de origem glaciária fDardenne, l978al. Ësta formação e Tiês Marias.

é descontínua, não

sendo

encontrada na Serra do Ramalho. As Formações Sete Lagoas, Serra de

Santa Helena, Lagoa do ]acaré e Serra da Saudade são reagrupadas dencro do SubGrupo Paraopeba,

géologique ef strsfigrqphique du

Santa Helena, os calcários pÍeros e da Formação Lagoa do Jacaré, assim como os pelitos da Formação Serra da Saudade. As Formações Jequitaí e Tlês Marias estão ausentes na região do cânion do Morro Furado.

oolíticos e os dolomitos

A

Bacia

do São Francisco foi

afetada pelos movimenros compressivos de direção SSENNW do ciclo tectônico Brasiliano, entre /OO M a e 45O Ma. Estes movimentos provocaÍem as

que representa umâ sedirnentação de

deformações e as dobras isoclinais da borda oeste da bacia, na região de São Domingos, à leste do estado

plataforma carbonática em meio

de Goiás. As deforrnações e

as

das variações laterais das f;ícies- Várias

litoral e marinho. A partir

colunas estratigráficas foram

rcalizada em meio deltáico, a sedimentação torna*se cada vez mais detrítica. A Formação TLês Marias possui sedimenração essencialmente detrítica, formada em meio fluvio-deltáico. As litologias de cada formação estão indicadas na figura l. Na Serra do Ramalho são observadas essencialmente as

bacia fDardenne, 1978a, I978b; Braun et aI., tggo). As redes de falhas normais de

litologias do SubGrupo Paraopeba:

direção NE-SW

os calcários e os dolomitos da Formação Sete Lagoas, os siltitos e as rochas folheadas da Formação

determinam, na Serra do Ramalho,

propostas nas dif-erentes regiões.

Nós utilizamos neste estudo os trabalhos de Dardenne ltg7ïa, 1978b] e de Braun et al. ltOVol. Nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, a base do Grupo Bambuí apresenta conrâros discordantes com litologias

diversas e complexas

do embasamento, compÍeendidas entre os períodos Arqueano e Prcterozóico inferior ïBrasn et al,, reeol. o ct\RsrE vol 14 r'ro 4

da

dobras suavizam-se em direção ao

Formação Serra da Saudade, esta

setor central. Na Serra do Ramalho, a bacia possui relevos monoclinais, com uma rede de falhas normais de

direção geral NE-SW e NW-SE.

No extremo norte do estado

da

Bahia as falhas mudam de direção

ENE*WS\M com dobramento em direção ao sul, limimndo assim

e

a

NW-SE

as principais direções do desenvolvimento da rede cársrica. 225


ITì

tN l.r

F{

Í ff\

Formations

Lithologies

FI

i,:. t !:*:.:.j 4'

siltites et roches feuilletées carbonatées de couleur veÉe

F,

siltites vertes et grisâtrcs lentilles d'arkoses

:EÏ

siltites et roches feuilletées grisâtres calcaires et dolomiês avec intraclastes oolithiques siltites êt roches feuilletées noires et orises siltites et roches feuilletées roches phyllitiques et

";=Ì.1

'.:*:

LitoestrotigroÍio

Serra da Saudadê

do

convergência intertropical

GÍupo Bqmbui

(ZCIT), no inverno (ulho)

{segundo Dordenne. r

'.'.:;4: ":'7?...,

Três MaÍiâs

As duas estações são controladas pelo deslocamento da

Figurq 3r

em verão

978),

direção à Amazônia, e no (aneiro) em direção às altitudes do planalto central (Goiás). O recuo áa ZCIT em direção ao norte, no inverno, provoca a gueda

Uthxlrotigradlte du çíouc€ Bombui ídoprès Dordenne,'1978),

Lagoã do Jacãré

da umidade e garante a penetração dos ventos quentes e secos de

direção noroeste ÍÌa região,

Serrã

permitindo

dê Sta, Helena

Íeuilletées lentilles de calcaires

seco.

:hlorite

rF I

ï:ç=íG lconglomefaüi

com precipitações inferiores a Io mm rÌos meses de junho, julho e agosto. O deslocamento da ZCYT em direção ao sul, no verão

Sête

Lãgoas

I

(novembro a março), permite

Jequlral

16o?s's/4/í9a'w-An.510m

-H

a

instalação do sistema perturbador de nordeste na região, provocando as fortes chuvas (superiores a I8o

socte cristallin

Januãíiã(MG)

instalação do período

seca se instala de maio a setembro,

ïarbrês avec quartz et :alcaires noirs et gris rvec laminations narbres avec quartz et chlorite dolomies et roches micacées

a

Na região do sítio, a estação

BâfisiÍâa(BttF

rz"os's/aaàssiw_Att.43sm _Tll

Figurü 4: Dlogromos climoÌico$ dos principqis zonos clo Grupo Bombui (Fonte

í/í0

mm) entre novembro e janeiro IProjeto RADAMBRASIL, I 982 ] .

As variações

de

temperaturas e de precipitações, de

RodomBrosil, 1982).

acordo com as altitudes

Diagrommes c/irnoüquês des prlncipoles zones du

de cada estação, são os fatores responsáveis pelas diferenças climáticas dentro do domínio do Grupo (fig.+).

Groupe Bombui.

ea

duração

I395'Si46019\á' - Att. 750m

? -Matetìal

e métodos A análise morfológica do cânion

do Morro Furado foi rcalízada a paÍtir das observações de campo, da análise de fotografias aéreas (escala de t: 6o.ooo) e de imagens TM Landsat, Foram realizadas duas campanhas de campo' uma

Um grande hiato separâ as seqüências do Grupo Bambuí das

formações areníticas do Cretáceo

(Formação Urucuia). Estas últimas cobrem uma grande extensão, especialmente na zonâ

central do domínio Bambuí (planalto da Serra Gera[), distribuindo-se de forma residual, em mofros testemunhos, nas zonas periféricas do planalto nos vales do São Francisco e ds Pananã- Os arenitos constituem a principal alimentação destas bacias. 226

I.2-Oquadroclimático

durante a estação seca (julho

A posição do sítio condiciona

sua situação de transição

climática entre o tropical subúmido dos setores sudoeste e centro-oeste (Minas Gerais e Goiás), e o tropical semi-árido do setor norte (Bahia). A região do cânion apresentâ um clima quente com duas estações bem marcadas: uma seca entre maio

e

setembro (inverno), outra chuvosa, entre Írovembro e março

(verão).

1995), outra no início da estação

de chuvas (novembro I996). Deste modo, foi observada a dinâmica do cânion e de seu entorÍro durante dois períodos distintos,

A topografia do cânion foi realizada pelo método de nivelamento altimétrico, utilizando nível de precisão, mira graduada,

bússola e GPS para

o de

posicionamento dos pontos referência. O cálculô dos dados Ourueno/2002


LiÍhologie F. S€rra da Saudadê

EJï're,n*

M0rphologle

[€].ru.n

lõ-l-r."pi",

|

| ü l' l-ïl-

| sunãcêst -

F. Lâgea do Jacaré

l_J'ouvertes

lffil-oo'o'n""

[Õ-]-c,cttes

[EÌ'""r""t*"

Fffl-

|

oeo*",on

Figurq 5d: Esquemo geolÓgico e geomorfológico do conion do MoÍro Furodo (segundo Bitencourt I gg8) Esqulse ge),c,gique el marphologique du canyon du Morra Furado, [d'oprès BÌfencourt 1998]. GÍotleìunnel

avôl

poÍygore

c N Y

o

FiguÍq 5b: Peúil

Proïìl

topogrofico reolizcdo por Bitencourt I 995 e 199ó, toqgraphique du conyon, réalise wr Bitencourl

topográficos e o esrâbelecimento do perfil foram realizados sobre Microsoft Excel.

Os dados dos sítios

et,lçqô,

3 - Descrição e interpretação morfogenética do cânion do Morro Furado

A análise do perfil do cânion evidencia vários elemenros

3.I - Os elemenros

morfológico, especificamente as distintas fases evolutivas. Quarro ele"mentos principais foram

de

comparação foram obtidos, por um lado, pelas observações de campo,

no quadro das

,1995

morfológicos

Expedições

Espeleológicas FÍaÍrco-Brasileiras a São Domingos, por outro.lado, a pârtir dos trabalhos de vários autores, em particulat Btasn et al,' [tolo] para a carta geológica do Gtupo Bambuí, Costard. et al,

fr978l; Kohler lr9z8, rl89l;

Paúzzi et al. ltOOzl para o sítio de Lagoa Santa, Piló e Kohler

[re9r]; Piló lÍ9921; Rodet e

Rodet lzoot] para o sítio do vale do rio Peruaçu, e Rodet [1996] para o sítio de São Domingos. o cARsrÊ vor- 14 ro 4

constitutiyos do conjunro

observados:

A incisão do cânion na vertenre oeste da Serra do Ramalho faz parte da bacia de alimencação do

- A Gruna do Morro Furado, responsável pela denominação do setoq é uma galeria-túnel de 16O m

córrego Santana, modesto afluente do Rio Formoso, resultado de uma

de desenvolvimento; ela corresponde

tírnida ressurgência do Córrego Mamona, situado na saída de uma

grande cavidade subterrânea, a Gruna da Mamona (G8), 6oo m a jusante do Morro Furado (fig. 5). O cânion é orientado segundo a direção do sistema de fraturas N 8oo do maciço.

ao elemento morfológico mais a jusante do cânion (fig. 6). Sua aldtude, em tomo de 54a m, a sirua acima das drenagens cársticas atuais;

ela representa um antigo nível de base. Pinturâs rupestres sobre as paredes da galeria marcam a passagem

de grupos pré-históricos lschmitz et

41.,I997f .

227


r:ì

it

- O polígono

corÍesponde

uma superfície irregular L t; aproximadamente N fl

I,5

a

de

A zona de incisão I, a mais profunda, chega a 46 m de

lçm', na em depressões paÍte modelado oeste, em direção à galeria-túnel, e ll( ^' a leste, a proximidade da saída do Este elemento situa-se m cânion. acima das drenagens cársticas atuais. A superfície do polígono é delimitada por paredes verticais de calcários, que foram desobstruídos lateralmente pelos recuos

desnivelamento em relação à saída do cânion. Sua vertente oeste é a

sucessivos 6g.Z). - O cânion constitui.rm entalhe áe I,Z Í<m dentro da vertente oeste

observados no cume deste desnível, na parede norte do cânion (fig' O). O segundo degrau desenvolve-se

do maciço calcário da Serra do Ramalho. Ele apresenta duas zonas de tantes tmDof t

atê. 542

desenvolvimento, que evoluíram

partir de diferentes fases

a

de aprofundamento, estâs provocadas por variações sucessivas do nível de base (fig. S).

mais abrupta e epresenta um desenvolvimento em degraus, que

mercam três etâpas

de

cevernas "Gruna da Água"

(Gl)

e

"sumidouro do Morro Furado" (Cz). Estas desenvolveram-se no eixo transversal do cânion, segundo a direção da rede de falhas

N

33

5" do maciço. A gruta

"Grune da Águn" situa-se dentro

desmoranamento. O primeiro degrau é constituído por uma

da parede sul do cânion e

pequena inclinação chegando a JJB

de

m de altitude.

Depósitos conglomeráticos residuais são

m, apresentando em sua

parte superior um abrigo sob rocha

com vestígios arqueológicos estudados por Schmitz et al' 1r996]. O terceiro degrau

o níve1 de base atual desta zona, a 5I4 rn d.e altitude, onde se localizam as

desenvolve-se até

apresenta uma entrada baixa (Z m

altura) de aproximadamente I5 m de largura, dando acesso a uma galeria de 4O m de comprimento' com teto baixo e água (fig. to). Aparentemente, o sumidouro é sifonado durante o período de chuvas, quando o nível do lago âumenta em algumas dezenas de centímetros fRodet, 1997). O "sumidouro do Morro Furado" abre-se na parede norte do cânion,

por

um

conduto

de

aproximadamente Jo m de altura, 20 m de largura e mais de IO0O m

FiguÍo ó {superior esgueÍdo}: Gslerio-tunel do Morro Furodo (Íoto Bitencouri)' Gqterle-funnel wat: Le Morro Furqdo [Phofo Bitencourt), Flgura 7 (oo lodo): Aspecïo dos poredes colcÓrios que limiÌom o poligono (Foto Ezio RubbioÌi), fopec/ des porols cqlcolres gui ilmttent le Wlygone, {Photo Ezio Rubbioli)'

Figuro

I

(supedor direilo):

Vìsto porciol do conion (Folo BitencourÌ). Vue partieile du canyon {Phofo BitencaurïJ.

Ourueno/2002


de desenvolvimento. Na entrada foram identificados pelo menos

dois períodos antigos

de

preenchimento conglomerático. Estes são marcados por grau elevado de litificação e por um aspecto residual dos depósitos que

recobrem alguns setores do teto e das paredes laterais da caverna (fig.

I I). Dentro da caverna, o conduto apresenta pÍeenchimentos de sei xos

e areias móveis, depositados ao longo do leico de um rio sazonal. A vertente leste da zon-a de incisão I é menos abrupra e atinge 575 m de altitude; o topo situa-se quase no mesmo nível da superfície rochosa da sera, servindo de limite entre as duas zonas de entalhe do

A zona de incisão II apresenta um desnível de I5 m em relação à saída do cânion. A análise deste

setor permite considerar pelo

menos duas fases

de

aprofundamento: a primeira, materialìzada pelo degrau que termina a aproximadamente 552 m (vertente oeste) I a segunda, pela superfície atual desta zona. Considerando o mergulho geral da vertenteJ supõe-se que o degrau áe 552 m (a montante) equivalha ao degrau de 542 rn da

;zorre

I (* jusante). Nós

consideramos que esta zona tenha

evoluído pelos recuos progressivos da incisão a

correspondente âo degrau da

montante do cânion, ligados à desestabilização e ao recuo da cobertura pelítica, causada pelas variações do nível de base. Dentro

vertente oDosta.

deste setor encontrâm-se as grutas

cânion, Nesta vertente encontrase um degrau (entorno de 542 m)

G3 (Gruna do Salão do Morro Furado), G4. (Gruna dos Mocós) e G7, todas estas dentro do eixo transversal do cânion, sobre

a

parede sul.

- A montante do cânion, a "Gruna da Ponte do Morro Furado" (G5), é também uma galeria-túnel (fig. I2) . Esta caverna nasce num Pequeno vale, no contato dos pelitos da Formação Serra da Saudade com os dolomitos da Formação Lagoa

do Jacaú. A l8o m a jusante,

a

galeria transforma-se em cânion, por desmoronâmento do teto. As águas da chuva correm dentro do vale, atravessam a gfuta e Param na saída, formando um lago; a

acumulação dos depósitos de argilas de decantação prova a dificuldade do escoamento das águas durante a estação das chuvas

Fìguro 9 {superior esquerdo}:

ur&+$],á:ïid

r;:,;:

ì !/.r,::

DeposiÌos residuois siiuodos no olÌo do primeiÍo rompo (Foio Biïencourt). Dépôts conglomerqtiques réslduels sur le haut de lq premiere p>enfe (Pho'tô Eitencouru. FiguÍu

I0 (oo lodo):

Aspecfo gerol do Gruno d'Aguo {Gl}. (Foto Bìtencouriì.

ÁspecÍ general de lo Gruna d'Aguo (G1). [Pholo BifêncouLtl.

Figuro

l1

(superior direito)r

Deposiios residuois sobre o porede do Sumidouro do MoÍro FuÍodo (G2), tes-iemunhos de umo dos foses ontigos de sedimentoçoo [FoÌo Bitencourt]. Défrls conglomérotique r,ésuduel sur le mur de le Sumidoura do Morro Furodo {GZJ. temoin d'une de$ phoses oncrênnes de rempllssoges {Photo Bitencourt]

229


(fig. I1). Este fenômeno é também observado dentro da tr iJ lr'ì fJl

Gruna da Ág.ta (Ci). N H Foram distinguidas ainda duas outras formas importantes ligadas FI ^, ao dinamismo do carste, e, em fn

conseqüência, à dinâmica da evolução do cânion. A Gruna da Mamona (G8) a jusante do Morro Furado, cortesponde ao nível de base atual, com as

J.2

-

Primeira abordagem da

evolução do conjunto morfológico do cânion

Os

elementos

acima apresentados constituem três

etapas de aprofundamento e abertura lateral do cânion (fig. 14)l Fase I - supõe-se que nesta etapa já existia uma superfície aberta, elaborada â pertií dos

ressurgências cársticas funcionais,

recuos laterais das

e o abismo (Gruna do Anlo)

calcárias dentro do setor onde se erÌcontra o atual polígono. A parte a montante do cânion ainda estava fechada sob a cobertura de pelitos-

situado a sudoeste da gruta (G6). As informações relativas a estas observações foram obtidas a partir

paredes

de fotografias

âéreâs, que informam sobre as etapas de

Na parte jusante (zona I), o cânion seria, provavelrnente,

alargamento do cânion.

subterrâneo (galeria-túnel). Os

depósitos conglomeráticos residuais, que se encontram

atualmente na parte superior do

primeiro degrau que marca

esta

fase, correspondem a testemunhos

de uma antiga sedimentação subterrânea. A posição do depósito indica também que o regime de circulação das águas cársticas se desenvolve dentro do eixo longitudinal do cânion (fig. l{). Em seguida, a coalescência

de abismos, resultantes da desestabilízação do teto do conduto subterrâneo, provocou

a

abertura do cânion, Esta fase pode ser ilustrada pelo abismo da

Gruna do Anjo, situado

a algumas

centenas de metros a sudoeste da gruta G6. Os desmoronamentos na pârte jusante do cânion foram

provavelmente provocados por desestabilizações a montante, favorecendo a formação de uma grutâ-túnel com abertura de um vale dentro da cobertura pelítica (fig. r+b).

Figuro 12: Aberturo do gruto-tunelo iuzonte do conion ' Gruno do Soloo do Mono Furodo (G5) (Foto Flóvio choimowicz).

Porche de lo grot'fes+unnel amanf Gruno do So/oo do Morro Furoda (G5) {Phoïo Flovio Cholmowlczj.

Figuro

l3:

DeposiÍos de decontoçóo {FoÌo Bitencourt). Dépôts de décantotion [Photo Eitencourt].

Owueno/2002


Fase

II

- um novo nível de base

se instala, provocando

a

desestruturação da superfície do polígono e a formação da galeria da Gruna do Morro Furado. Dentro do cânion, esta nova etaPa provocâ aprofundamentos nas zonas de incisão, marcados por degraus d,e 542 m (zona l) e 55?.

m (zona II),

assim como

o

alargamento das paredes do cânion. Nesta fase desenvolve-se uma nova rede no eixo transversal do cânion; âs grutâs ligadas a esta etape se

encontram hoje suspensas e fossilizadas (fig. I5). A formação do abrigo situado dentro da vertente oeste da zanal iniciou-se

dentro da cobertura pelítica

durante esta fase, A abertura a montante do cânion evoluiu com a formação e alargamento dos abismos e o recuo da gruta-túnel dentro da zona II, com o início da

A circulação horizontal das águas

incisão do vale dentro

vales sitqados no

dos

dolomitos (fig. tac-d). Fase III - umâ nova variação do nível de base permite a escavação e o desenvolvimento da Gruna da Água (Gr), do Sumidouro do Morro Furado (Gz) e da Gruna do Salão do Morro Furado (G1), no eixo transversal do cânion, A montante, encontfâ-se a Gruna da

Ponte do Morro Furado (G5), ligada à incisão do vale dentro dos dolomitos, estando mais acima,

(atualmente mais recuada a leste). encoÍrtra-se limitada e descontínua

entre o polígono e os pequenos interior das zonas I e II, ativadas somente nas estações de chuva. A captura das águas de chuva acontece no eixo transversal do cânion, onde se desenvolve a atual rede subterrânea. Não é possível afirmar que a fase III seja atual, pois existem ao menos dois estados de evolução do

antlgo, preenchimento do no Sumidouro notadamente Morro Furado (Gz) e na Gruna do Salão do Morro Furado íGl). Figuro llt: Esquemo evolullvo do cqnion, segundo BiÌencourÌ 1998. A) ÍormoçÕo e evoluçÕo

Nbg

dê um onïigo condulo ossociodo oo sisÌemo de circuloçoo de drenogem coÍslico oo longo do eixo longitrdinol do

cqnion; blfoÍmqçqo de "ovens" e de ofundomenïos do ìeïo do conduÍo o monlonte e recuo do cobertuÍo pelÍlico o juzonte; c) mudonço do nivel de bose,

controlodo pelo gqlerioìunel do Morro

Nb3

Furqdo;

d) formoçoo de

"ovens",

oÍundomenlos do teÌo dos condutos e olorgomento do conion; e) novo

Phase

I

oboixomenÌo do nÍvelde bose, controlqdo pelo soído dos óguos corsticos do gruto G8 (Gruno do Momono) e formoçÕo do rede corstico do fose otuÕl do conion' Schérno de t'anotttion du conyon, d oprès Bitencourf 1998. oJ Íormolion et évolution dun ancien çondurf qsocté qu sysfème de atrculqfion des eo(lx kqrsÍlques dons /'cxe tongttudinal du conyon. controlé par le nivwu du potygone: bJ formsfion d'ovens

el effondrements du toit du Çonduit wsl et dégogemenf de la caNerture péllflque en

Nbu!

omant; c) chongemenl du nfueou de bose, conirô/és pr:rr Ia gqlerle-tunnel du Morro

Furodo

el formalion d'ouÍres

réseoux

souÍenolns sur /'ct(e Íron$/erso/ du Çanyon; dJ formations d'wenl eflondrement du bff

des condulls ef e/orglssernent du conyon

ef e) nowel obolssemenÍ du niveou de bose, confrÔlé por la sorlle des eoux kors/iques de lq groÍle GB (Gruno do

Phase lll o cARsrE vol 14 Ho 4

Momono) ef fornrqllon du roseou karstlque proche de /ophose ocfuelle du cqnion. 231


Pode-se considerar que o perfil i.1 atual do cânion seja o testemunho da fase III e que a evolução atual é iy ',. lJl , ,ì marcada por sedimentos móveis no

f!

do eixo longitudinal do primeiro

degrau da zona I, e o desenvolvimento da rede subterrânea dentro do eixo

interior dos condu tos, pela transversal do cânion, a partir da -I formação atual de e segunda fase, apontam as "rpeleot.-a. '[ pelos desabamentos das paredes mudanças de regime preferencial de laterais do cânion (fig. tae).

3.1 - Discussão Dentro desta evolução, podem ser apontados os seguintes fatos : - o cânion apresenta ume evolução comple*à, marcada por uma sucessão de fases de formação de condutos subterrâneos seguidos por desmoÍonamentos de seus

tetos (fig. 16). O resultado é uma sucessão morfológica polif,ísica de idades e estados diferentes,

- as diferenças entre

a

disposição dos antigos depósitos conglomeráticos, situados dentro

circulação das águas cársticas. - a forma atual do cânion é, em realidade, uma forma fóssil da fase III, pois a evolução das cavidades subterrâneas, situadas ao fundo das zonas de incisão, marcam ao menos três fases de preenchimento: duas

fases antigas, com os depósitos

conglomeráticos bastante litificados e residuais; e uma fase mais recente, com a formação de depósitos móveis. A fase atual de evolução do cânion é marcada, interiormente, pela formação dos de pósitos móveis e pelos espeleotemas no interior das

cavefnas e, no extefrof, Pelos

depósitos de decantação em zonas favoráveis à formação de lagos; e finalmente, pelos desabamentos frescos que caem das paredes do cânion.

- atualmente, a circulação superficial das águas encontre-se desorganizada. A drenagem é ativada somente pelas águas de chuva, que corÍem nos pequenos vales secos no interior do cânion e que são, em seguida, capturados

pela atual rede transversal subterrânea. Durante a estação de

chuvas as águas de infiltração provenientes das fissuras e dos abismos entram no sistema de tran svers al, circulação acumulando-se dentro de certas cavidades, formando sifões /^ t í (Gruna da Agua - GI). Durante a estação seca o nível dos lagos

Figuro 15 (oo lodo): Coüdqde onïgo preenchido e suspenso (FoÌo Bitencourt).

Cwité onclenne cornb/ée ef susoendue fPhato Bitencourtl.

Ió {ò boixo): do Íose I do conion (Foto BiÌencourÌ).

Figuro Peúil

Profll de /o phose 1 du çonion. {Phola Bifencourt).


abaixa, às vezes atê totalmente, dando lugar

secâr

às argilas

de decantação. - as águas subterrâneas atuais de são posteriormente capturadas poÍ uma

circulação transyersal

outra rede, paralela ao eixo lesteoeste do cânion, dando origem, a

jusante do Morro Furado,

às

ressurgências que alimentam a bacia

do Rio Formoso (Gruna

da

4.I - Lagoa Santa Os estudos de Kohler 1t978, 1989] demonstrâÍn que o sítio de Lagoa Santa lCoutard et al., Í9781 evoluiu a pâítir da dissolução e dos desmoronamentos da rocha calcária, sob a cobertura pelítica (fig. ry). O

autor estima que a evolução morfogenética do sítio tenha acontecido no fim do Têrciário e início do Quaternário, quando

os

Mamona). Esta gruta repÍesente o

moyimentos tectônicos do Plioceno-

atual nível de base. - cada fase de desmoronanienro corresponde a um abaixamento do nível de base e a uma nova fase cárstica. Assim, provavelmente, o

Pleistoceno provocaram vários escarpamentos e reativações de antigas zonas de falhas. A base da depressão é constituída por rochas

polígono tenha correspondido ao nível de base da fase I, a grutâ-túnel da Grtrna do Morro Furado ao nível de base da fase II e a Gruna da Mamona (G8) aos níveis da fase

III

e atual.

- não existem elementos

cronológicos parâ situar as fases; podemos somente constataf sua evolução a partir da disposição espacial dos elementos descritos ac1lna.

{ - Correlação

e evolução dos

fenômenos cársticos dentro

do domínio Bambuí

A evolução morfológica

do

cânion do Morro Furado distinguese das dos sítios de Lagoa Santa, do vale do Rio Peruaçu São

e

Domingos.

!..2 - Petuaça Os trabalhos de Piló e Kohler f toOrl, Pll6 lr997l e Rodet e Rodet fzoot] apresentam alguns aspectos da evolução geomorfológica do sítio do vale do Rio Peruaçu (fig.

I8) - Este sítio se encontra no extremo norte do estado de Minas Gerais, onde o coÍrtexto da evolução

do carste é mais próximo ao do cânion do Morro Furado, situado aproximadamente I5o km de 1á. O sítio do Peruaçu é constituído por um fluviocarste, com formação de cânions. Nesta região as rochas calcárias são expostas, apresentando

argilosas impermeáveis que retêm um lago. Este é alimentado por águas de

relevos ruiniformes, com desenvolvimento de formas

chuva que coÍrem dos platôs vizinhos, e também pelo Rio

fundamentais como os rillenkarens e os kanens descritos por Bôgli I t 96o] . O fluviocarste é sustentado, de um lado, pelas águas do Rio Peruaçu, que nascem nas formações areníticas, o

Francisco Pereira, que corre no setor

SE do lago. Os estudos polínicos recentes, relizados por Parizzi et al, Ino prelo], indicam quâtro fases de

variações climáticas associadas à gênese do lago durante o Holoceno, entre 6 2oo BP e | 44o BP A fase I, antes de 6 2oo BP indicaumperíodo seco, com provavelmente um clima semi-árido; a fase II, entre 6 OOO BP e 4 6ClC BP sublinha um aumento de umidade, com um clima similar ao atual; a fase III, entre I OOO e I 600 BB marca um período de forte umidade, com diversificação da flora arbórea, e a fase

IV de 16oo BP até

o presente, rnarca â diminuição da umiúde até os valores atuais.

que asseguram sua perenidade, e por

outro lado, pelas águas que

se

infiltram no maciço. A morfogênese do sítio é ainda mal conhecida, mas apresenta inúmeras similaridades com o modelo proposto para o Morro Furado, principalmente as fases de formação dos condutos subterrâneos que acompanham o abaixamento do nível de base. Esta constâtação âpontâ para uma evolução guiada pelas condições regionais válidas para toda a pârte central da bacia do São Francisco lAuler 1999; Rodet e Rodet, 2ool ].

Figuro 17: PerÍil de Logoo Sonto (segundo Kôhler, ì 978) Proíll de

fogoo Son/o fd'oprès Kôhlec

1978J.

*+ 4+ *+*+ ++ Ì+4+ *+4+ *+*+ *+*+ ++*+ *+ =É--'Ta--+n +*+

1,5

F--f g cARsrE vor- 14 - 4 Ho

Couverture

3,0

pélitique

ill -

Catcaire

4,5

tr]

5,0 km

socle cristallin 233


Irì

fl

I996], os calcários foram liberados de suas coberturas

ilF{

pelíticas e areníticas. Dentro

tt,

das

galerias o percurso dos rios é fixado pelo embasamento

d

nl Ft

granítico-gnáissico, pouco solúvel, dentro dos quais foram formados

pontualmente

cantons

subterrâneos. As drenagens são bascante hierarquizadas, mas elas

recebem poucos afluentes subterrâneos: o essencial das confluências realiza-se

â monEanre,

dentro da depressão subsequente, ou depois das ressurgências, antes de chegar ao Rio Paranã, nível de base regional.

Nos platôs da Serra do Calcário observam-se profundas dolinas alongadas, que resultam dos afundamentos da rocha sobre os rios subterrâneos, ï*\Ïo entanto, as raras pesquisas efetuadas no setoÍ

do conion do Peruoçu (Foio Piló, Ì 997). Vue qérienne du canyon du Peruoçu {Photo PÌló, 1947).

VisÌo oéreo

não permitiram evidenciar os vales suspensos ou as relíquias da antiga cobertura arenítica ou pelítica. As (m)

Serrã GeÍal de Goia$

outras formas de superfície são aquelas clássicas do carste tropical;

relevo ruiniforme colonizado

ffi ffi Serra do Calcaíio

pontualmente Por uma vegetação xerófila. Mais uma vez faltam as

referências cronológicas e

as

datações, mas as pesquisas no setor

25303544S55606570

Figuro 19:

estão em sua fase inicial. No entanto, dentro dos calcários observam-se vales de aspectos variados (fig. zo): existemcânions ptofundos e estreitos| dtenados, resultantes de afundamentos

Pêrfil E-W

do selor de Sóo Domingos.

recentes do teto das galerias-túneis

Profil E-W

du secfuer de Sdo Dornlngos,

(Lapa da Terra Ronca), assim como outros cânions muito mais abertos (a jusante da confluência

4.1 - São Domingos Rodet [t99e] demonstra que o cârste de São Domingos (fig. 19) se desenvolve a pertir da posição de barragem que a Serra do Calcário, esta dobrada segundo um eixo N-S, opõe-se à passagem das águas recebidas das formações areníticas da Serra Geral de Goiás

(a leste), em direção à bacia do

Paranã 234

(a oeste). Os

rios

caudalosos (de o,8 mrls a mais de 5 m'/s na estiagem), alimentados ao longo do ano pelo importante

reservatório da Serra Geral

IGuyot, 1996] atravessam subtÊrraneamente

(freqüentemente) a barragem calcâryn através de impressionantes

galerias-túneis (fig. 2o). Como a região está exposta âos processos de erosão já há algumas dezenas de

milhões de anos fMelo Filho,

da Lapa do São Bernardo e da Lapa

do Palmeiras). Estes podem apresentar sucessões de drenagem

superficial e de

drenagem

subterrânea.

De acordo com as análises hidrogeológicas IGuyot. et al., I996], estima-se que, caso as condições hidro-climáticas atuais

persistam, a Serra do Calcário desaparecerá entre 5 e 1o milhões de anos no futuro. Ouruano/2002


4.4 Discussão A apresentação dos contextos

de Minas Gerais e o sudoeste do estado da

morfológicos dos sítios permite afirmar que sues evoluções são distintas. O sítio de Lagoa Santa apesenta um carste sob cobertura que foi observado em outros sítios. Os esrudos polínicos confirmam

Bahia, entre Januária e a Serra do Ramalho, onde

a

evolução recente do lago, durante

o Holoceno. O carste do vale do Rio Peruaçu apresentâ uma evolução mais avançada que o de Lagoa Santa, à medida que o desenvolvimento do fluviocarsre

situam*se os sítios do vale do Peruaçu e do

cânion do Morro

Furado; o segundo, no setor leste do estado de Goiás, onde se encontra o sítio de São

Domingos. 'Outros afloramentos

mais limitados

tealiza dentro de rochas calcárias

são observados nas regiões

desnudas.

de Montes Claros

se

O sítio do Morro

Furado oferece uma evolução mais

e

Lagoa Santa, onde

complexa, com três fases bem marcadas que formam os relevos mais residuais- O sítio de São Domingos apresenta um contexto um pouco diferente: a Sera do

predominam

Calcário tem o papel de barragem,

Grupo Bambuí. Nota-se assim que as evoluções dos sítios se diferenciam

a exemplo da região "Grands Causses" (sul da França). Esta

situação é favorável

ao

desenvolvimento de cânions do

tipo "cluse", mas nenhum foi

observado que

âs

coberturas pelíticas. Esta dominação é também observada em toda

a

parte ocidental do

em função do grau de desnudação do maciço carbonático. As

atÍavesse completamente a serra. LJma outra situação particular

regiões onde predomina

São

a cobertura pelítica,

e distinta, no sítio de

Domingos, é o dobramento das camadas calcárias do Grupo Bambuí perpendicul"r*.rrte lo

evoluções cársticas mais recentes são situadas nas

como por

exemplo

Lagoa Santa.

eixo E-W de escoamento das águas

Conclusão

recebidas da Serra Geral de Goiás. que se opõe a seu escoamento. Esta

O cânion do Morro

situação não é observada nos outros sítios, onde sub-hotizontais.

as camadas são

No intuito de entender porque os sítios apresentam estados

evolutiyos diferenciados; foi realizedo o estudo da distribuição espacial das formações do Grupo Bambuí. A carta geológica de Braun e Francisconí, atuelízada em I988 ltg76 in Braun et ú1., rggo7, áá

indícios claros pâra a quesrão colocada (fig. zt). Verificamos que a predominância mais importanre

das rochas calcárias desnudas encontra-se dentro de dois setoresl o primeiro, entre o norte do estado

o cARsrE vol 14 ro 4

Furadoéoresultadode uma sucessão de fases

morfogenóticas

nâs

formações calcárias que

acompanham a erosão das coberturas pelíticas e areníticas. No entanto. pârece que â redução desta cobertura tem poÍ resultado a diminuição da alimentação em água do cânion, que não consegue mais manter sua atividade fluvial, e a dominância dos processos clásticos. As conseqüências são a irídigência de

Figuro 20: Plono do corste de SÕo Domingos

ì

)Angélico/Bezeno;

Vncenie,3)SÕo Moteus; 4)ïeÍro RoncolMolhqds et 5)SÕo Bernordo/Pqlmeiros. Plon du karst de SÕo Dornlngos, ,í)AngélicalBezerro; 2]Soo Vlncente,3jsoo Mofeus; A)Terro Roncal

2)SÕo

Malhoda eÍ 5lSoo Bernardol Palmeircs. 235


em geral temporárias (durante a estâção das chuvas), o

rïì circulações, t{

h

ilFI desmoronamento de tetos e de paredes de grandes cavernas cársticas, o preenchimento do ôl fq fundo do cânion sob importantes

clásticas colonizadas m acumulações pÇuco â pouco pela vegetação, além

de preencher o talvegue com depósitos de inundações (elementos de decantação e areias grossas).

cobertura (arenosa e pelítica) asseguÍa uma drenagem perene do carste, mas se opõe ao

desenvolvimento de grande s morfologias cársticas.

que possibilita a exposição

Podemos ainda definir três tipos de desenvolvimento cárstico paÍa as regiões calcárias do domínio Bambuí: - quando a cobertura é muito

diferenciada de calcários: erosão ou disposição da.cobertura pelítica? É PÍeclso examlnâr a geometfla dos

importante, ela se opõe

âo desenvolvimento espetacular de

A cbservação de diferentes sítios cársticos nos calcários Bambuí mostra importantes variações segundo os setores

cânions ou de galerias-túneis

estudados, Nota-se uma gradação

suficientemente o cafste Pafa que

de carstes, do menos evoluído

(Lagoa Santa)

;

- se a cobertura é muito reduzída , ela não alimenta e

le mantenha as formas

(Lagoa Santa), aos mais evoluídos

€spetaculaïes (Morro Furado)

(Morro Furado), passando por estados intermediários (São Domingos, Peruaçu). Assim,

- entre estas duas condições extremas, ume alimentação

acreditamos que exista uma relação entre a imporcância da cobertura e a conservação do carste, regulado

pela alimentação hídrica:

a

desmoronamento sobre as formas do fluviocarste (Peruaçu). Neste estado das pesquisas, é conveniente estudar o mecanismo

;

importante faz evoluir as formas fl úvio-cárscicas muito rapidamente (São Domingos), e umâ alimentação mais pobre permite a

predominância de formas

de

depósitos do domínio Bambuí,

a

homogeneidade de sua cobertura e o papel da tectônica,

Agradecimentos : A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pela atribuição de uma bolsa d.e pesquisa, ao Instituto Anchietano de Pesquisas (São Leopoldo - RS), ao Instituto

Trópico Subúmido (GoiâniaGOì. a Marcus Vnícius Beber tl / \ a Iean-Pierre (arqueólogo). Bataillon (espeleólogo), por se,rs apoios e ajuda em câmpo, e a Maria Jacqueline Rodet, pela tradução em

g

Português. FiguÍo 2I:

Os sítios e o disÌribuiçôo liïologico das Íormoçóes do Grupo Bombui e o coberturo orenoso {modiíicodo de Broun eï ol, Ì 990). 1)

Mono Furodo, 2)Peruoçu, 3)Logoo Sonio,

5)Formoçoo Urucuiq, ó)F, ïrês Morios. 7) predominÔncìo de colco' peliios, 8) predominôncio de oÍloromenios 4) SÕo Domingos,

colcórios, 9) conclomeÍodos de bose, ì 0) escudo cristolino,

1

I ) folhos pos

folhqs onte Bombui,

Bqmbui, 1 2)

l3ì froturos

i 4 e Íios

e

íiochos,

le$ srïes et Io dist/builion lithologlque des farmçtions du Groupe Bambui el de /o coLtverfure géseuse [madifie de Braun et al, '1990). 1) Morro Furoda, 2JPerudÇu,

3]logoo Sanfo, 4) Soo

Domlngos.

SJiormation Urucuia, ó)F, Três Morios, 7)

prédaminonce de cqlco pélifes,

B)

prédominqnçe de off leuremenÍs colcotres.

9) concloméroÍs de bose. í0J soc/e crÌstallìn,

1

'l) foiiles posl Bombui. 12) faiiles

ante Bombul

131

fractures 14 ÍleLves e't

rtvières,

Ouruano/2002


Bibliografia/Biblio graphie ALMEIDA,

HASUI, Y. r98+. O tuêCambriano do Brasil Ed. Edgard F. e

A.

Editora da UNB, Brasília, 605 pp. PII-O L. B. 1997. Catacterizaçío regional

Brasil central, Anais do XXX

do carste do vale do fuo Peruaçu, O

Congresso Brasileiro de Geologia,

Blücher, São Paulo, 378 pp.

AULER,

DARDENNEM. A. I978L Síntese sobre a estratigrafia do Grupo Barnbuí no

1999. Karst epolution and

?; 597-610.

Recife,

carste,9,22-29.

PILO L. B. e KOHLER, H. C. r99r. Do

University of Bristol : 268 pp. BITENCOURI A. L. I998. Moryhogínèsq

DARDENNE M. A. I978b. Geologia do Grupo Bambuí no vale do rio Paranã (Goiás). Anais do XXX Congresso

quaternaire et archóologie en milieu

Brasileiro de Geologi4 Recife,2; 611-

Belo Horizonte, Roteiro de excursão,

karstique : Ie site ilu Morro Furaào, Serra

62r..

Imprensa da

pakeoclimate oJ Eastern Bra41l. Thesis,

do Ramalha (Babia),

Brisil. Thèse de

doctorat, Université de C aet, 212 pp,

BITENCOURI A. L. e RODET J. 1998. Conrôle tectonique et évolution du

I.

karst dans le secteur nord-ouest de la

Franco-Brésiliennes, Brasília, +j

Serra do Ramalho (Bahia, Brésil).

GUYOT J.-L., AULER, 4., OGA, D., OBSTANCIAS I. e APPAï J.-L. r996. Bilan hydro-géochimique. "Goiás 94-95 - Carste / karst de São Domingos, Goiás, Brasil",

.Han'98 - Tectonique, karsc

er

séismes', Han sur Lesse (Belgique),

9-12 mars 1998, Spílêotbronos, série l 192-196.

no

hors

BITENCOUK{ A. L. e RODET }.2ooo.

Premiers éléments d'évolution karstique sous contrôle tectonique

d'un massif calcaire l la Sera do Ramalho (Bahia, Brésil). Çeologica Belgim,

no prelo.

BOGLI, A, I960. Solurion of limestone

n formation, In: SWEETING M. M. (ed.). Karst

and

karre

geomorphologp Hutchinson Ross Publishing Company ; Benchmark papers in geolog;r / 56; 6+-go. BRAUN, O. P., MELLO, U. e DELLA-

PIAZZA., H.

Í99o.

Bacias

-

5

Expéditions Spéléologiques FrancoBrésiliennes, Brasília, 5 2-57. et préhistoire. Méchodologie pour une

carcographie de l'environnenent des

sites préhistoriques ; l'exemple de Lagoa Santa (Minas Gerais, Brésil). Norois,

KOHLER C. H. 1978. A

evolução

morfogenética da Lagoa Santa, MG.

XX

Congresso Brasileiro de

Geologia, Recife,

I; Í+7-I5t.

KOHLER C. H. 1989.

- }dG.

Têse de doutoramento. Universidade

Inr DE RAIA

LAMING -EMPERAIRE 4., PROUS, 4.,

GABAGLIA, G.P e MILANI, Ë.J. (coords.), Origem e evolução de

bacias sedimeÍrtaÍes,

II5-IlI,

PETROBRÁS.

CAMPOS A. 8., KOHLER, H. C,

C

FANTINEL, L.M. 1992. Infl uências

litoestruturais nos padrões de lapiezamento sobre rochas carbonácicas do Grtrpo Bambuí na região de ltacararnbi/

MG. Congresso

da ABEQUA, Belo Horizonte, Imprensa da UFMG, J; J-lz. couTARD J.-P., KOHLER, H. C. e JOURNAUX, A. 1978.Carte dukarst, rígion fu Pedro Leopolão - Lagoa Santa, Minas Gerais, Brasil. Centre de

Géomorphologie du CNRS, 5oo0o, Caen. cARsTË voL 14 No4

I/

III

PROJETO RADAMBRASIL r982. Levantamento de recursos naturais,

folha r/roooooo SD.zl - Brasília. Ministério de Minas e Energia, Rio delaneiro, 29,645 pp. RODET J. 1996. Repères karstologiques. "Goíâs g4-95 - Carste/karst de São

Domingos, Goiás,

Brasil",

Expédidons Spéléologiques FrancoBrésiliennes, Brasílíu 24-42.

RODET

1997. Observações sobre

l.

Furado, Coribe,

Búia. O Carste,

Morro 9;

70-

'71

RODET, j. e RODET M. J. 2oor. Evolution karstique et ressources lithiques archéologiques. Ile"'<emple du (Januária-Itacarambi,

Minas Gerais, Brésil). Actes du IIo Congrès National de Spéléologie, Genève (Suisse),

r5-I7

septembre

2oOI I rzg-Ii4.

Geomorfologia

cárstica na região áe Lagoa Santa

de São Paulo,

UFMG, J; 57-7J.

Rio Peruaçu

95bis; 319-136.

Anais do

viagem ao interior da terra, ]anuáriaItacarambi. Congresso da ABEQUA,

algumas grutas do cânion do

]OURNAUX A. 1977. Géomorphologie

proterozóicas brasileiras com perspectivâs exploratórias pârâ hidrocarbonetos.

o

GUYOT J.-L. 1996. Hydro-climacologie de la région. "Goiís 94-95 - Carste / karst de São Domingos, Goiás, Brasil", Expéditions Spéléologiques

vale do Peruaçu ao São Francisco : uma

pp.

VILHENA DE MORAIS, A"

C

BELIRÃO, M. r 975. Grotces et abris de la région de Lagoa Santa, Minas

SCHMITZ P. I., BARBOSA, A, S., MIRANDA,4., RIBEIRO, M, C BARBOSA, M. t996. Arqueologia nos cerrados do Brasil central, sudoeste da Bahia e leste de Goiás r o

Projeto Serra Geral. Pesquisas Antropologla,

52; I 98 pp.

Gerais, Brésil. Cúiers d'Archéologie

I., BARBOSA, O. M. e RIBEIRO, M. B. I997. As pinturas

d'Amérique du Sud, I, Ecole Pratique

do projeto Serra Geral : sudoeste da

des Hautes Etudes, Paris, 182 pp.

MELO FILHO L. S. 1996. Aspects "Goiás 94-95 - Carste / karst de São Domingos, Goiás, Brasil", Expéditions Spéléologiques géologiques.

Franco-Brésiliennes, Brasília, Zo-zj.

PAP.TZZI M. G., SALGADOLABOURIAU, M. L. e KOHLER, H.

SCHMITZ

P.

Bahit. Publicaçõx Atulsas, l?-;

Instituto Anchietano de

fi.6 pp,

Pesquisas,

São l.eopoldo.

TRICART i. 1956. O karst

das

vizinhanças setentrionais de Belo Horizonte (Minas Gerais), Relista Brasileira ile GeograJia, ano

XVIII,

4;

45r-468.

History of Lagoa Santa, Brazil. Rniew

TRICARI |. e CARDOSO DA SILVA, T, 196I. Un exemple d'évolution

oJ Palaeobotany and Palynologl (so,as

karstique en milieu tropical sec : [,e

presse).

morne de Bom Jesus da Lapa (Búia, Brésil). Z. Geomorpb. N.F., 4; 29-42.

C. 1997. Genesis and Environmental

PROUS

A.

1992. Arqueolagia brasileird.

237


ívçlutíon wo*Vhoíogirlw du du Moyrt Furaèo

trl

L'

h

Cnrryorc

pressr) sur

d*ns le ffiftr€xl{ ãff r$bteires karxiliís dw Çroupe í]arnítui ,5rrra da Ranrnlho, Bahta. Brisil)

N

/t ô, fYl

Rodet

Pe rqtt i sas

í)'autrrs

rwhertltes se ãit,el*ppmt arttre!!entrttl rlrins d nulrrs ,rrt :ri, d,, n

ogt

'

ì,

,r ! t.rrntple

í'est

ilr l'Ëtnt ãe üaiás,

r

J l,

Le

dans le caãrc des

I r !a4i .\p(l(ologtqu {! l t'aÍ1c0-

ãu Mçrvç Fwrada,

dr l'Etat ,,!t Bnhia,

sit+tí

; il *t f*nti. pur d* séquwrts ãe yorhts píLitt- rar{tonat{w ãu !}rotiro4gïqwe ensiow

tercitarialt

da Çr*ugse Bawbwí (pÍus ú Jüo üírír kw') âistúhuíe entrc h{inss Çerais, í'est

&

{}siás/T*tünti?ts tt ls suã-o*est Ãe rìl Iìahtn, ts! nrarquír par det ítoÌrrttctrs ãiffírenses ães formrc àcrstirlurs, qwi tÕnsltlupttf !rs pn;sages dt plttsieurs súts

prísttrte un modrlr

ronrp!rst d'ivolntian dtt k,trst, aflrtnr trn ras iníãit

#

u jour ã*rs {}roz+Ett fiansíu{

tttti1,xr jt+,squ'à

ls ãçrn*ins ilw

rgg9 ; .BfïfÃ/ü$LRï- gr âOlJË'ï, t17gf;, z{}oü}. f}ts trtírìG1,íH s'ur tlrs siïrs arrhíologiqttrs dnns lr !afi)'on ont írí publiís pa, SCttMITZ er d! . t().ttr el \Lt I.\t íT7. ct al. (trtg^ {BTTEN{:üURT,

'

L* prsiti*n giographiEur dv r*nyen ãws

r"r - .Lt mdre gí*k:giqw dn (lroufe Barnhttí Lú Íithüstríttigraphi.e iw {}rutpe B*nl&ui tËt trÈs va{iabíc à mttse de s*n r-\'fr4sr{,/,t

!ert tlarralt

de

'Ì

sts

vnrtariorts

latirales dt f*riès. llhasinçs t*lannes çtratErapltiqucs ont írd praposírs dnnt !es d {Jí re r t r e, r ígi o n s..\ c r,s,r/1crs srr r urr /rs tftivíitÈx. de

í].4RD"L&&Ë (rç78a x b)

et ãe frR.|üN et

'zl.

{ryg*}

pawr

prísentrr {.'fu*luti*n gíniy*le #u üroupe Ëamüwí 11ui rcnst:itwr le hassi.n du Sííç !\"íittcitc*.

rnrryon

dans lç 5*rrç ã* Ramalì-ro, au suà-çuest

Roue,t

árieur L* granàe wt

rt

]Jvísili*mes.

ras

Le ürawy Ratnbuí rcrrtsponã à une gr*nie unití g{olagiçue et m*rphal*giqwr

x+p

dr I'lÌ O

KOIJiËfi (t7rs,), í?íi-ü (19ç7) er Rül]Íï"er.RüI)[ï (z*ais nn Is sitt

Labçratçire de Ç íol*gir

{'niv,:rsrtí de

.

I

Croupr Banl,ttí.

Lxp{ ã !l

àe

Lsprlr o!

enuircnneynentrtlc ã*t

genèse

dr la vallíe /4 lçnraçw. k rtard Jr 'lans l'Etst ir Min*+s G*rais, er .Èí]l)Ëï (i,lCO) sttr Ie srtt de 5'io !)ontiuÊo", dans

Ãna l.*tisa YieïÍi Êitenrctrt Instrri,to Anthietarc dr Prsqttisns Joit {}rwpo franz*wí

la

lnr dr Lagoa 5artta.

l* sÌtt*.;n Mlté ãu ãnzweine çeyt ác fu rctnyaraisan et,tt les sites ãu

[)ntrs !rs Ltats dc ,\,4ittas Lrrars, la basr dtt Crattpr lìanúuí prisnür r{ts rontarts disrorlsrils Coiás et itahia.

$ nw

avrc ,ies ítthoíagies diterses

ãu rcrle rristaÍíirc, d'âys

Íews

archíen à

pr*tír*qoïqw iwférieur $|RA{ÍN

et nl.,

!gç{}i

h

Çr*wpt Barnbuí

Sr.rra de

t*nsilruí par

esÍ

lrc lcvrnstiçns l tqu,itai,

Sere Í-*goes,

Ssnt* Htlerza, L*goa âo "lamrí, ü TrÊs Marias. i-a

Serva ãe Seudadr

Forrnatia* leçwit*i reprísexte ía bsse ãu {ìrozrpt Banrbu{, notammtnt ians t'Et*t

rlr Ccrãs: rlle rst-fa,mú

''{r

ronglortrirats

arltst r*mtne S&o üwuingos, La

d'ortg,,te glnrinire /)l /{/)t \,\1, rç7 &ft). ()*tr formati*n ** ríisrrtntiwue ; ün fte la tr*uve pas àaw la Sryrs Ãç R*ntalho ni âans d'aatrts rigíons du

et

rotnpnraiiott dr l' íro!utrcn morphalogtqttr

dçrnairw" Les Fçy&qti*rrs Srte Lag**s,

S*r*

Plusitrtrs rapitís sçutwr*'i.nes *tlt

du r,tt5'on du Morrc l'urndo nt'rc rtllr d'atttres strs àtt darttaint pptltt! dt rialtrer r ,tr prnniìrr ayprotbe lr l'h,alurion Jtt

suilioloptaurs. nalíonto!oriau, s rt ì r rh í oloiiq,, r r. L, i r r r lr r r rh r r ri"n !

r

rr

*

I n u.,

p*irct

srcteur suã, ftïna'te çttix

h

ãomteinr ãw karx dw Çraupt Bambwí

x

et

ãans les sitrl assoriís

se{texçr

sorzt

entorc úisyers{*

iloìr ftp!{ìries ãatts Ir ror*txte gínirnl dr I'ivolutiott ãw *.ar* du massif rarb*natí.

iti

rxplories et e-xploití,s sc,,!c,ntrtt rlu potnt íl:s y$hertltes âaÍxs

dt. vue t*pagraphiqwe fes sites

p

*

*lía:'rt*lagiq nt s et *rth éat*giques

swú, Ìe pil+s stuttr.ttt ponrtuelíw, en rlthors

karst. Quelqr,ts !rnvattx ont

;ti

'íw renhsís

nu' l'itt*{uïian des f*rmes fuarsíiçues swpt$rielks à l'ewr*ple de ïÃJC)4"qï {1ufi}, rRrü4Jrï ü ïILVA {e6t} * C7^Íl'O.( et al. 'rlgt\. llszw te tçl'ttcxtÈt le sitt est-cÈÍui ãe

lt

ltltx ítuiií

Lagaa Santa {Mittas Çernis).

líusiewrs trül)ür,x çttt

ití

ríalisís

:

L'OIL1,4RD er n/. {rg7Bì, KO//lÉÀ

(ls:B (I rq(qç' srrl I'ivtlurtan

morph*giaítiçtar ãu sit': ; I.AMLNÇfrM#g&4íÃ,&' et al, {s7fi er PfifiLIS {,ç**) ssr íe rcníexte iwchitl*gique ; JO#,qff.{L,{ {,q;:} suv íc ffintext* gi*marph*k:giE'ae ãrs sites arrhí*l*gitg*rs et plus rêremwÊftï ÌIARLZZI et al, {sows 238

k,Lrst darts

les

dtffircnt, s({tnn s du Croupt

èe Síínta H{.!ena, Lago* ào J arr,ri,

Serra dr Snudndt sottf regrottpies

dnts lc

Jouç-Crcufr P,traopeba. qui nprísentr rar:e

sídine*taïi*n

d.e

plate^frrtne

#rbafiatíe en rnilieu ltttoral et *nr!n, Ls sitlitnmtatìatt d*tient * phs e* plws

Bçmb+tí.

ríalisíx

du cçntwte rrcryhoginítique

1^

$t Lagoa S*nt*

ãr la aaííie i"xt Peru*gw, et trlui ilu

t

- Ï-e sitr et le wiÍiw n*tt+rel rnrtyon ,ttr Mor,'o l'urnda sr dívilappt suv h vlrrsaut *r.wst ãe l* Ierut da Rarnalho, efttrt 44ü s5' et 44o tz' dr

à ys*r*ir fu ía Fçymation Serra Sarrdn-dr, q!!! ttpri5sTlgs t,ne siãimextatian w ynilieu deltaïçarc. Ln

!*rgituã*

síd.i*rcrstatiçtt

l.r

eÍ t3o o#' * ryú a{s' ãe latrtttle strd, dans Ìt t,tttrti'rpr fu t.ot'ibt, ffit swã-*çftst âe l'.Etat ãe lSahi'2, #rg. tj. ouest

La .\eryç. ã* knnmlk rrr'roïïri*ír par les sfçwwrcs pilita-rarb*n*tín âu Croupr lJanbrtl,

qut

Jorrrrrnt lr

bçssirt

Jr

Sãe FE'awist*. "&assin âs $uvcrf#l:e

rratvniqut" dw llr*tír*ryilqxi supíriet* i6Rlt'\ t aì.. tt19r'). Letïr rotrvrrtttrt

a ivo!ui "en plare-fo, trtc srablt, emrr Ba,t M8 {t ïüo Ma, apràs ía stebilkçti** àu ffãtêtx prítü*rbrim tfut Sãts Tï*ncisr*" iALMf.ÍI)jl et Í{,45{;I,rgS+), {ríig, 1,

ãitritiqw

da

Fprmati*n Tris Mayias p*ssèãe fo nnir t n ntt! tt t 'le

essenticllement t

fl

rtv ia

t

t!

r. I .e, I t t hol

rh*qwefonrzatiçn swst ìnàiquí*

ln -fryttrL

une

ãi.triti çue ogt er Ãa.ws

q.

bn,,, ln Strrn lo rtnrrn/Àc

scrrÍ

ln ltthol*gies dn llaratpelta, türtun{ I{s "ïo*rs*üra'ape rãlrqlrcs et fus dçlanzies & l* lo*tzatian *$scwêts tsserctidímztnr

Sete .Lagons,

feuille#w Ies

âe

Iw

sililtes

*t

ìss rathes

ls Íurmatiçn ïü:*te Ï"leíene,

rnlrcir*

ncirs et o*Íithiqwes et

les

t/*lç*tits ãe ltt F*rm*tillr Lag** d* J*rarí, *insi qr,rt Ies póliteí fu lc Ourueno/2002


Fçrnatíçn Sevr* d* Saudaáe.

Morro l-urado.

l-e {s*ssin rl*t Sãç ,Íïraxrix* a a;t'frrsí par

l*

ití

*oawemutts rantpressifs àt

dire#içn -ç58 fuÀffi/dxr

Ëyílr.{

Les deux srrisons saut r**trôÍ,ies par

Ll.s

forntrrtrons J,'quttíti ..l'Lrèi Mnrias sent absefltcs dans la rígior ã.u rcnjon èw

ttttúrrií:tue

b áipícr*ntt*t ãr la 4gw

de c*nwrgrttte int*rtrapie aí* (/"CIT), e* hivsr tçutïter) yrls i '.4,na<aruc, eí efi ílí tjnnvret ) vers

les latitwdes d*t

lfúvíttt.y de plt,srrr,rs aLll(!!vt, tn

Çaiás.

pürti$ílier : -üJÌ,4 [/]y' er aL {rygc} pour lq rçrte gé*ltgiqur ríw Çrwtpt ÍJnmbu|

pl*tmu rmtral, vrcs Le rs*ll ãe f* ZCI"ï t,ws b narã

en ltiyer

ljrçvüqu{ Ia dçute de í'humiã.iti

"Ìlrasiíiana", entre 7rs* &{a et 45a M*" Ces rnüwvsetrírts Õrlt prav*Eui des

et assttrí la S:íníwation ãe re#s thands et sers áe àére*i*n .r'arã-est i*tns ía ri6ian,

ãíf**nntiozrs et âts plis isotlinaux dans la bcrâwre ovest tlu bassin, ãans la rígi*n ãc Saa l)*rning*s, ãans t'Et*t de Coiãs. Lrs ãifarnwti*ns et íes ylis ilnienumí âe rr* plrts attênwis vers íe sert{ur píus 'çe*tr*l, tlans la Srvrre ds Rtm*lho, Ie

Í1€rrrrsttütlt l'ittstaílatiçn ãe Ía périaÃt sètfu. ilans la rígion ãn site, kt ssisou

bassin passàde ães

túi{s rnauodi,r,*wx,

úvtt r.ift rísta*t ãe Jaiíles n*nnaln d.e divrctie* ginir*le h:f-St4i et NW-58, üqns I'wrrâme *ord, darcs l'lsat de Bahi*, rí* failíes intrses ã.e divrctiott L.\t t-WSí4. aver rhtrnurhemn:- t'ers le srtd, lttttirent k ba,srn íIJll{l)f\ À I , rg78* * à; SËlLIÀI et erl,, ryEa). Les rismwx ãt failbs nçrmsles dt

ãírr.rti*ns &Ë-5ÍY {t NW-SE ãans la Serrn io Rnrtta!lto Jírtrnrittrnr les

Frinúpales,áirertions ãu ãir* rfuppement du réxau àarstí.que, Lln granã hi*ta;s siparr les siçwenres

àa {}rawpe l}anhuí des form*tians grísewws tlu Crit*#, ríuuirs dans la ïorvstatittt tÍt'uruia. Cts {arnatt*rcs fttouvrtttt un, grnnd, írettdur, no!úflmett ,lan, la qont certlrale du donrainc Bantbttí tplnreart

üereí),

&

*

plt'r"

& la

rísiiwellernent, sa*ísfürfftt

ks

qpnes

ãw ptateaw, d&ns les

t,*llëss

bwttts tó*aí.rts, dans

pirìphêriqa*

Serra

dw Stç Frcnrisro et ãtt Ftmanã. Elli:s tonstrturut Ìa ynnripnlr sor,rrr dt rts p{lSSe?|t,

r,z

La

-

raãre ãiwr.atiqwt pasiti*rz du si* ,latts k d*maine Í-e

Bçmbwi cowãìtiçnw sa situaíion ãc trsnsitiçu tl.ixttztiqur mtrs b trapiml s*b-hw*ide

ães

xcteurs sad'wt rt terstn-

Etats ãe Mixas Çerais er Çaíás, et le tropimÍ semi-*riãt ãu serteur narã, dans I'Etat ãt Raìtis. L* rigi*n *à sr lççsllse le mttj*n, prësmtt un climat ouest, ãcms

les

th*'url ,zvet ãeux saisçns bien marçwits

'

I'wue sêútt, entre nai tt scijtsfilbre (l'htuer), et l'*utve plt*iewse, enrce fiouení.àre et wars {'I'üi}, o cARsrE vol {4 uo 4

terrain, dnns le mãrc de l' Expíi.ition S p íl iolegi çxe Frarxrofrrísilienne à Saa üoming*s, $ ã'awlre pa*o à p*rtir ãe ía rorssultatian ães olçsetryçtions ãe

*

w*i

à srptemhrt ;les w*is juin, j'uilÍ,$ et **út, nvet les plus sers sowt sàrhe

ães

ííl,u ãr

pridpitations infírieur*s

à ta *m.

,líplatenrn: de tà Zt:ff v*s le sud en etí, perrtttr l'installarion du systìmr I-e

Íj(

C#{lï4Âfi

et aí. (tç78}, KO"Fdi..tà (1978 er rg$ç), PARIZZÍ ct al, (sous presse) p*er Ie sitr' át. Í-ü.güú Snttü, par

Ptl.O et ROtlt ÈR (tggÌ]. I'lt.O Gççl) et ROüË'l et RüIlliï (zr:r:)

p*u.r Ie sir{

ÃOllf

se

4i z - Matiúús L'

et mit*çães

*naiyse w*ry.ft*lagiqxe ãt+ rarcytn

jr -

d,

rcÌruís

ysnfu

(mviran tr :7rr:o). Ì!ççts drux

uzissiçvts sur le

avarcs

çuest de Ia Servrt dok,zmalha f,+it pa*ie àr+ lassin d'üliffientfltían du Correga , ruissenu) Santana, modcstt nlJÌurrt d, ía rivière f*rmosc., issu Ã'u*r ti*dã.e rísurgewr àu üarrega Ma*ona, situíe

ìil*

ríalisê

sàrhe ct

Lt vileví àu profzl t*payxphiqw du a íti. rí*lisi p*r ln with*ãe ãu ,tnrlltmmt altrmëtr t,1ut, en utilisnnt wn

tt4?rïo?,

l!-l/

fitve&l,t tí€ p{e€aíxon} ufte fi't#e â{üúxrgtt

?ín ÇFS St*ur {t

positíonnemefi du paint ttr rífírenrc- Le

ruírul

ã.es âennãts topogr*phiqws

*

l.'itçblissemen.t Ãu prafil ôNt êti ríalisis srtt'

Mi,roso|t

Exre!.

doni,ír,{r, siÍrs dr rotnynrarson ottt étí cl,Írirr,r-r, d'une parl, par dts Lts

taviti

sautew*zne,

,,r ava! du l\'lorra í-urndo f,U.:) l.'mtailr dt, rrttryon rs! ortentír selan la dirertion du systìmr de frnrtuts \Bo" !f

ilx.í 1'Ìtfr5s'tf,

I.'arzlalysu du praJil â.w tanyan du

Marvo Í+tvaà* rüft Ën íviãence plwsieurs

marphal*giqwe

Ã+u

mnyan

tst

quatre ilimett!s pnn(rpãux

t*tïstitkí

ã.t

:

I-* grattt-tunnú *z'aí {Çnrna ãa Ãl{.çrr* Fr+rado), est urce galtrie-nmnel tle z6a m ãe dívdappemm4 qtei a dowti Le nom ãe "Mürrç farado" {morw perti)

; úle torrtsy,urd à

hunride.

tt

sortie ã'unr gtanãe

ln Ctuttn da l\'lanrctta /GB), â 6í)ó n

rcatylto!*giqw dtt carcyon, nütírrftfirefit áes pìt*srs ëaaiwsivrs ãistinrtes, L' ensl*tzble

en

*tne ï*wss*le

tnct'pìtologiqttes

ilíments cúnstiïwtifs de í'tnsemhfe

terrnin, uzu pend*nt

r.n\'tronnontt ,i.ans lrs píriodrs

rlirttrnts

ães

jwtílrt tgg;, et !'autre au díb*rt ãe la s*is*n ãw pÍwies, en noçern*rc lçqó. Noras 6v61ç5 ç$ssní Ia dl,namiqut du ratryon et dr la rtígiort la saisçrc sìtht,

Ics

íthelb.

t*pagraphiquts et ãe I'xnaljse phot*gr*phín &írientzs à

s*t de São

L'enr*itle tlu *nyart dans ít \'{rsiln,

du Morrc Furatlo a ítê viaiisir à partir

d'ohstrva!icns tlr terrain,

fu

*wrpboginítiqwe ãu {âft}ali àu Ì\,íorrç Fwraãa

rcnfffiïreftt

prédpitatians, sçlon tes *ítituãr.s st {$ ã*lt ãt rheque s*isau, s*nl i* fa#eurs resp*ns*bles ilrc ãif!írmr es rliauti çztrs ãans le rípntaine dw Gr*upe Ìian$wí {fig.

(,çg6) p*ur

et

3 - l)esuipti*w et iníer'prétati*n

prot,òqíííut! lesfartts pluirs ,le ln saisan pl*nrkwse, La páriol,e pluvitr,tse a lieu ã.e

e*tte nâ\,{ltxbe * jenvitr, auet dts príripitatians iNil{tietrrls à t8r: rarr {PRüË'1-O Rll},{MËft/ 5íJ, rç 8:'), Lrs v*riatiçns d.# terftpírút*trts ü des

{4 vallie ãw Feru*gu,

ï)amitgos.

rturl'dttur d, nanl-orrsr ãans la ríg'o,t,

n*ve't*brt à rnars ; #s 'pluies

ï

i{

morpl:oíogiEut le phrs

{f,g. kt

*)

sitw

Í'ilíEnmt at;af ãu tâ?rjçn

San ahimàr. ã'n'svir*n

aw*ãessws ãrs

S4{}

r11

árainageskxrstiçwes

wtwels ; elte rtprísrnte un lnúen nivcíau dt hase. {)rs ptitttttrrs rupesrrcs sur !ts

ln gnltrir ffinïqïttnt le passage l'hwme príhistariçte (SCHMLTZ

mttrs de ãe

# *!,, rSgT). Le polyg*ne carrtsponi à wne swfare ã' appr*ximativ exzent ; &*', n'raãelôt en ãiprtssions éans la p*rtie

irrígu{iìrt

r

235


[] oacs*, vrr:s la gaíerie-t*nwel, * ãans la I p*rtir est,ïsrs íe dihüithí aval ãu, €enjüft. n1

átitl

tl

wt *wssí sii+ri au-d*sxs des Ãrninagts Rarsltque5 d{lt,tf ís. l.{t suJ,Ìt( frtí porïÊofie ert dtlrwrtft pnr l,ç Ít,ttoiç ttr!ir,rlrs dtt

i i Ltl - ralrairt etcaisran!. qui otrr rti ãígagíc, "* tatiralement par rrctsls surcess;fs $ig, 7) .

Lr rc*j*tt

tütxstitue wns m.tailfu ãt t,z ltnt dans lr ycrsart! aursl dtt m,trsrí

r,tltntrr dt ln Srrra do Rnmalha. ll

prísrnte deux itztp*rtantts qenes dt trÊtísÊínÊÌtt, qui *trt ívçlwi. à pnrtir ies diffírtrctt s phase s d' rffa*ãremmt, pt'úvÒqtrt(s par lcs vn rintiotrr srrrrrsirvc.ç ãw nit'eau êr bnse

S)

#rS La ryne át tteusentnt I, l* plz+s praf*nàe, attdnt 46 m le ãínit:elê p*r ríullyart au díbeurbí ata.f ãn mrcpon, Sazr vcrsürxl üuest

$l le plus abrupt

et

rtlrnstitt+íe 11ã.ï

xálxe

p$ite p{ntÊ jasçtlaux fft\livçns Ãe 558 m d' a.lti t u ãe. Íh s dípôt s tungl*rnér*ri qw s

"

Ces phases s*rzt m*rqz.tirs p*r le degrí íln í rle íithifiratiott et yar Í'asprct rísiduel tles

ãu

dípôx qui vÈrün\'f,*xt EutÍçt+rs srrrl:,+rs

*it ü ãss {wffs latërtn+x & lç çsvití

çlg. tt.:. Plxs {oin, le #xdüít prí.s*rtr

àrc ren+plissages rttilíauturx * sailll'wx ,,trr,blrs. qut sc dirpr'se,rl att lonX d urt

/ií,trÍlr',' !t ltÌ)cïã !'t'(rtttnl ls vers*nt est dr ia 4sne d.e fftxisÊr*€nt I til t,totrts rtí,rupt (! 6t!iltÌ! í^ j nr d'n!tttu,h :

!r

somntrt, sittti pr,sqrtr att

niuea!,t ãe írz stnf**

r*rheux

dza

m*ssif,

dt limite mtre les rlrux 4or':es ,fr tr{1.ísefi'ttt"tt d* tarci*n. Llnt mai'rhe rzwx

serÍ

erililols ãe lqz ir ir lrrÍívr'sHr ar ït:rsít?rtt irlttivcíant à *Ile du x]{rs&t'ít otsposí

situíe

l.ç

prêsente

un elivcl*ppeflxelxt {?t marrhes, q*ti w{rrtIr,ãefi{ trais ít*pes i'ffirzãrfixsnt. Lír prnrciìrt warsht *st

wt d ennu ãe rerupli ssage c*ngÍatnírati que

azt wzïme

4gne &

wivmu.

ir#ns{t?tfÌit LI prísettte

wn diniveÍi ãe 15 zn par rítp'pürt {iït ãià*çlthê aytel ãr+ ratry*n. L'an*ly* ãe rc ìr'rlrH t ÌJrrnrÌtl ra J'tnvisagt ï ttil rrtüt11ç drrtx phasrs de lrusrtncnl : Ìutrr rnãtírtâlisit Fnr la rnat'rl;r Ittt sr lt t'!trinp

r*

perffití de ronst$tsr ín ãrffitnltí de l'ícçu.lemmí dss eiltffi pend*"xt ln suis*n ães pluies #S. U). Cettr rliffi*lrí m xussi *$sewie d*ns t$ Çruna ãa.Ag**

{.Çt} au cíÊzax d,ta

trrçtfil,,nt

Jornt;r unt)trttÃìnis ltírc à la r!-vnarttiqtte du *.*rst, ttt y*v ronsíguení, à la

d'ipúuti*tt

ãyn*xúqz+t

Itarsti l1uts forcrtinnnelles,

,{Çnt*as ã* Anja}

&

l'ílargiss,.rrtrnï

í'*uïrt

et d' *wt: e rtt rye la

srlcn

* itã étudií par S{líMITl, et *1, {:çge). I.a vestigrs *rrhíal*giqwts,

gai

troisièrw mrzr#:t sr dáïel,spps jwsqu'*tt nivs*u ds bay attwsl ãe rilte qg*e, è 5t4

w

á'alrìr*tãe,

oi;r

se

lot*lis*tt lrs

uCnrna ão ,4g*oo

çattitrs

e* nsumiãwtr*

{Çi) Fural*o (Çz), tautrs rkwx ãit'ú*ppíes sur l'axt transztcrsül d!* rlç Morro

ta!rton, sclon ln dtrtrtron dt, ,iseat.t rlr,

1ftii1r. \3.5' du mo,s,f tarlsonatí La gt'*tte xÇrnnc ds Agt"ta, st situe dsns ls paroi su,l drt ranltort rr príscttte ttnr enlrit bassr (zm ãr lt*utrur) ã'enr,írotz t5 tn de largeur qui perwet tí'ar$der à

urce

gaÍwie

marrfu Ãt 542 w lx la

tprze

fu dr€ustm(nt

l,

erz rcnsiã{r*rct í'inúín*isrtz gircíraít dn t,rrsant . À oru porscn.s qu( r(!t( <an{ * ivohtí p*r reruls pr*grcssifs ã* la tite €ft n'Ínünt du ranjon, à pa*ir ãe ía

íléstqhillsíïti{n

* ã,u ren+l de la roruat'twrr

1tílitique, tüE*ís p(4r

niytr:trt

l*

y*riati*ns ãtt

dt basr, llatts

rer!t <otlr, se tv#av{nÍ lcs grattes ü-1 { G:rlan* ã* 5*íço ìla Mçrrt lur*á*), {}4 {{}rwn'z ã*s ,e{crcÇ $ ü7, *autw íl;s tr*is d**s I'axt tratçsversal àw ranStn, wr Í* p*rai md,

ãa

Lrl 8ïottt-trtnnr! nrttont. ctt '{,'rt,nn Pçnte ã* Msrr* Fwrada* (Ç5). rs*

aussi

tírNÊ

c*ny*n.

dr+

ãe í'{lup!*tiçn de I'msemhÍt r,,o7l:o/oqr4,rr dt, rnnla,t

la s'**rtl,e rfu 552 m de *tte ptìlt ïrtl l'íqwívaient *w*t* ãe !'ít'tpr dr t'!'(tíitnt{tu qtti ,t Jsrntí ln

le Ffi'sl.'ftt awesï, el

si41'

3,2 - Prenièrt approúe

zqile

âíveiopltt

542 n, prisrntant, d*ns sa partie swpíri.wre, o*n abri soars-ror*e, awr ,les

swr

av € n

sit:.i,i au sud-rst

ks ít*yes

si,q)püso?ts i14(

ü. Ln àwxiè'me m*rrite *

j+nq#è

SJZ

y'j

ãçnn*'tt ães rensrigÍttftxuttT

m *tçins

ãu rnujan (flg.

et

Elles n*us

ï{rs

noyà

I-es

íí&nmts àétrits ri-ãxsus prisenteni

les

trois itapts ã'ttpltr*!*ndissemenf t

ír al e ãu r,ttzy *n {f;g. 4'1, t

proyositions suíva*tts

:

lhar' !. - &'c,u.ç si,tpposotlÍ tlans rcttt ítay Ee'il mistait tlíjà uxt swrfa{t útrüt{lÊq

ílübwíe à 1:artir àcs rrculs tatérawx â* parais r*lmiret dans le stútwï {ü së lrÕtí1sr

I'actwl p*Íjgow, I"* p*rtie

&?nÕ#t âu

tânyún itait e*tort ferttzít sous la .D*ns Ia Ltnrtie au*I, ía qerce ãe mewserxerut L, s*t+terrain. i,rc iôVâts

tür,t\ìei'ïtü'e d:. 1tílites.

ã**s

ít se#esr &

le ra*3*n

it*it

ranglot'nír*tiqs.tx rísidNtls, çtli

ent

se trüu3)

*ujourê'htti ãa*s la pa*ie swpíriea*'e àr la

prrrniirc nrarchr qui tntlrqur rrtÍr phnrt,

.(0fll lrs lítnoìns rl'tt,te att(iín,tt sitliwzefitaÈioft stutrrt'aint.

La

pasitia* ãu

dípôt inãir1we nussi qut Lt rígiwt rirrulçti*n ãts m+tx karstiques

á'mu est blaq+tëe penãnnt l* pêriaãe ães p{wics, tlwanã íe nlvrau áu í*r

gaíerit-tunnel ã'appr*xinaeivsnzrnÊ .1&ü q1 Ãr áivrloppemmt (ftg. rzi. Llk riaÍisc la liaisorz *trr. fu rcnyon yropre*ewt ã.it et

ãuyrnffi*

lrt vaíÍfu

Ì),rtsans qt,r

de

4a ,n de langueur; re'rnplir ã'tau,

t*it

tvàs b'ts

$$" n).

Aypa.rr*unent,

at+

l*

perte

dt. quelqurs dìqai*es ãe r*'r.Íres,

stlçn Í'q$#ruation ãe

RüüET (rçg';).

La ptrt* <Suwiàoçr* Lç M*rrç Fur*ríço s cuur'í dans ln paroi nor,l drt ran-yon, pú{ r4?r rcrcãwit d'envirçn j* m ãe ha#m*, tç w ãe latgw et de plws áe tooü rÍ, fu ãhteloppen*rnt. üarss ie porrht ã'entrít, i! y n eu au m*ius ãeux phas* 240

au cçtlÍúrt

á*Íçwiss ds la l:*nnatiçn Lag*a da fatari nwr lrs pílltes ãeïa Íorffiatisw Sevrs da Sauã*ãc, sixt+íe

des

Ì.e, eattx tlc plttrc doir,rnt rartler dans ln ttçlií€, travers$ lx g*l*ie # s'arrêter ãau.s íra swrie

lws lc rawSan,ftnnanl wç lat.

Ctd nt úrifri par laJo*ration éx ã'aryiles çfu ãíusutatiou,

fa.it

ãÉpôts

qui nows

la

àt ta gr'*rrr $ìó). Lcs in;f*rn'rntistrs vã*tit'ss à. *s iíiwetçt* çn; íti çfuterzuts à pcrtir ãe !' *bssffiqiiçrt éts ph*t*graphies *ívimws,

par ía xzrfare srtuel',e ãe rette 4pw. Nous

paroi

:

dr.a tan);,çrz

Çruns ãa tç{atntra (Ç8) etz attal d+r .\4orro Iurçia. quì rot'ftspord à I'artuel nlzttau t* b*st, *v*r les résxrgrxtts

rí.siãt+rls sçnt oltstwis as sçrnmú dÉ rcttt la

drs

&r::as dlsting* íürcs et'ttçïr. ãeírc rsratvs

p{nft}

si.4r

ãt Í'awgmtntati*n

íar qwi st fvül{vsrxJ *.Íars bfuquêes.

ãe se

ãêvtí*ppnit d*ns l'*xe íorzgüuãinaí iw rllxluçtt {Jig.

la

t4a), F*r ix switt, roalesrcnre

nous

à'nvens,lormís

yar ia dist*bilisatiçn tlu rc* âu ronãuit sçw*srr*i*, a prottotln{ l'ouv*.rture dr; tútxÏçtrÌ à Í','xtntpb dr l'at,e* drs ürysss

'lo,4nj*

sit*i à

qwelqwrs rmtaínës áE n'útr€s

ãt4 snrl-flÍ+Êst dr.

Is gr*ttr C{t.

l-ts

tfJonãrements Ãarcs íi çartie av;,! ãu tflnlxn *nt prabrtbltment protaqwí. des Ouruenol2O02


{n &rÍtçrz!:, fat aris ant la Jtrtnattan d' unr gra!!r-trtnnt! nt,t r dést al:

ili s atiçus

l'çuvr.t-tt,':'x ã'une vçÍ.lie dans

yílísdqrm hL

l*

ffiurttrtatrï

ifig. qbS.

ì'l)üç{ I I

t

I íl nOÌ!\'tâtl t1t\'{iìr fl(

rt la lorntarion Jt la gaIrrtr dr In Crtuta '!)*ns ãç fuíçn'* fwrçâc. Ie €ü*yúl , tetts

ítapr u" pratoçr+i

*pprrfo*dissxn(.nts dnns Íes trtrèsfirl{rtrft m*rqt+is

jpz

le

b

pr*jil

lq rirrklatiçt, st trlltr,, bloquíe da*s par exemyle lrz {}rwnn da ,4gua iÇt), f*rmant àts siphans.

àr. Ía

phasr

Prnd*ns la saisçzt sèdse,lt xfutaw des lars

ÍIí u q*r l'it *ít+tiçn actuúh tst marqu.ít p,tr lrs siltmt,n!s ,,teubl,ts n I'tntír t,,t,

il niss e, patf*is jus qu' à {' assirh etnr:i,ï íoÍ*t,

Çrutt*l

l:ura& (Ç3).

Sniao d+ lul"*rra

'la

Àr*:rs paaran s tansiãirer

qw

wÍrail tht rütlyü?x tst un. ïéfttsitr

bsst s'ix.str,llt, pl'frrçqüírftt ía dístabltsuttrn lr la urJnrr,/rr po$gorrr nçttvelíe

Swnidowrc dç Mçrro {wraão (Çz) et la

p*r

I*

ães

nxãuiÍs, p*.r d.e

formati*n actwllt

{{ púr les ãbaulis

ães spáJíttitèmes

t*nzhmt

Ia

J. Ì -

ãt

ttú1ís plLí.ìafis

r(tndrqtt(t' !r Jnrrs sttitants

tlu rawj*tt. Ils#s rtÍrs ph*sc

ívoÍwion *snzpfuxe, nt*rqt+íe

qgne

552

s'esn

dí.vel*y1tí u?t txür4v{ít.tt yíswu ãans Í.'*xe trtznsversçl àu rarsS*n ; í*s gr*ttes

rette

ít*pt

Iií*

à

ttlttr{txt *uj*urà'lsui

se

s*spen&uts ttfossilisy'es (ítS. tü. !-e ã.íbur

ãe la for*rati*n ãe l'abri sitwí ã.*ws xret"i:tflt çttest ãt

í*

lt

reusnnent L $ r# lieu ã*t tçurs fu re*t phast, L'otne'riure en amatÈ ãr+ €q?íyütx *. iv*lwí, atter la írÌ rfiJ

4ont âe

* l'íí*rgissllrnerzl ãrs rrrul ,!e ln grottr- lrilt,te! dnn,

fannatìon

fi !;

- lr

can-ycn

rxarrlte rle {a epne ãe rreus#w*t L et le dhelopp*wnt ár,s ríse*wx sçutryrttins

àe

th**gerrtercís

íll

lhase à

y-d,

pertir ãtu* rrçuvtl+u

elle

a

fu*f*í

treusl,ment, sttitti

l)íir iutt nçutteík yarintíon &n nfuea*

b**,.*utr

!'axt

l.*

lratuvn'sal Ju rnnltar,. ú pattrr

ãe

fu àiveÍopp*rzeret ães {ln+es

ãn Agwa

Sran*i#ovv* tla fuL*ryç

iu

r.rtux &tzrstiquts.

ltt rans'an tst. rn fornr ri*lití, *wf*rtnefassile de ía phast III, - la

artttclle

tuv l' ív*íúiçtz situits aafan,i.

n?{trçnt au

ães

et rísirlwels, et

wne phasc phts

est

warEuie par fus fe*n*ti*ns àes díp#ts ,nrnble, tr dr spí!,;orhèttrrç à !'rntírtrttr

q+ú se !r*ue;t a$uúlem.ent pltcs

ãts çat'itát et, à

v*s

ã.e

I'rxtírirxq par {rs

ãípôts

M.çrr* Fetr&d*, ì.es font przrtit áw bassin áu.

f*

yfuiì:re

l***aso,

à

|exemple ãr ln rix,rcgnzçe G& {Çnrua d* Maznona), {tttt gr*trc rtpríseute I'a,!nrl ni,.ratr dr ba-r,. - rhaque pbcw ã'rffoniremtnt

tffi abaiss,lrfieftt áu *i\,r&w une yz*uvellt pltast k*rstiq.xe.

rorresponil ìi de b*se et ìi

tlinsí, proh*blun*t, le p*lygorce rcrresp*nãail au *ivurw & hasr & la pl:ase ï, la grattt-tu.ztnei ãt l* "Çrunç rlo M*rvc Fwrttd*" au níverül ãe base dc !a phast ! I n !n (,rttrta dn .\'l nrttorta ({ì8) au:t t'tive*ux de l* pì:ase lII et Jil !ril. . ii.r{.r rre ,/rsposorr, pns d'ili,nrnts thr*w*I*giqwes paur siÍuw tes yhaxs darzs Êt temlts, tt0ws pany*!ts seuisment Ëünstetet lewr fvçlailçzt à partir tfu la dtspastÍtctt spnttat drs i!írnertrs dirrits

ú-àrssus.

4 - C*rríl*tians et í.uoluti*n phÃ*unàws *.arstiqxr s ãans

rircnft,

phnrc ,trtuelk ã'ávah$iott ãw ranjan

qui

d'aliwttttrtticrn ãt

k

ayer La"f*rffiation ães ái1tôts raw*Íts. La

rerulíe

est-ül.tts'" ãu t*nSio*, *ìt se t I' u tt I rr s ríst n ux sFh í e r t nt tt s

rr

t"is'tugmr*

ãipâts rcng!*rnírcriçt+es très íithflls

pílitiçue

l'l,st " 1-ç rir'çultttion

i:'.ertsrr:s*ttt,

ph*ses tÍr. deux phas* **riennÊs, aver

âes

Í.* ar*t:n\,. a tu. Íieu íe de la Çrun* áa 'Ìívtl*ppernettt Pçete ãç Mtrrç ?uraã* {Ç5), avet l'yntaissswent dt l* ,'atlít ãors lts dclanirs. rt arrssi dntrs lo t. t!\'er!tttt

sü'ttte.-y&i't'i€s,

àe

nçins Írois

tvttttsvlrsx{ du m*yan.

rextplissuge,

mttírís

ães 4o,aes

{#rJ, {ü:j *r Cruna dp Salïp ãç M* rr* Fura â* (ü j) , rl*ns l'r-xe Furaãç

signale* lcs rígimt yrifirentiel ãr.

ãeux.iè?nt plrúse)

drcuÍ*tiott ães - .Phas rkeníe,

tt

sta,lct ìilJtrcnts. àiSirenr{s eft*'e La ãisp*siti*n ãrs **riens tiÉpôts nxglotnírntiques, situís tfa*s l'*xe l*ngitralinai sur ht prttnilrt

loÌotlis

r

#'Ì'tÊ

- í*

i* 4*nc ãe c1'e't4stfti*xt Il " nvet Íe tlib* dt l'rnraissrx*ent áe la ttsllis ilafts les ftg.

p#

unt

{rfig. ú:}.I} en ffi*àre*ersts Ãt íeuv í*it rísube +trtt swrressi*u m*rphal*giçwr

pohphnsir ,l'âgrs

rlÍ t't loype

ãann*nr, à I'sv*l

:

oó.rrlr yrisrntt

sucrrtsi*n tb ythaxs de fctrm*tlon ã* tond*its s*uterra.ircs s,uíttits p*r lts

tlatrs

- Íss r*ux ãe cirdatìçn ilanst;eysçle tt rísratt sottltrt'atfi arÍtre! ioqt portiritrtrentttrt ffipttìtií s pJy ttn tìt!!t-e r!

à L'axe

/)rsrlrisiorr

Í)&fis trtÍt ipoízttiçu,

lts ,naythw dt

íaiss**t píare à dts argiles ât díranr*#on.

rís{{ín àe drüaÍati*u l: ari ry*t*le, p,rrallàk

des

qones

w dt {a qpl,t 1.1, *itrsi tsnr I'il*rgissenmt tÍn p*rois nx ãe

qtsi

qt).

ia paroi ã.u mngot+ {fig.

rertaines myitis,

damninr lJamltní

J -' ivo!* io n,,, o, pho! o}tq u t I ãu M.*rr* Far*rl* * ãislingw

des sites âe

Prntaru

ãí.rar,tati*n, en rynes.f*vçrables à Ì*

des

q.r

i"*go*

Santn,

ãt la

r

r r,r n.van

& #ll'"s Vtti!íe du

tlr S,ìo /)orrriirgos,

hari4anmk ãu mwx rr trü'H1)s litt*tíç et disrtnlinuc ctttre !e po$gofie (t !ts pitrrts

fo*rrnlt,str d, lars, (t pnt !ts ibortlrfrats

r*lÌirc situín à !'isttirimr ãts 4*ws it

* attwsllemenl, ln drrwlaüozt ães eaux sr /,drrur disorBnnrsíe, !r dratnngr csl nrtivi srulrnnrt par !rs par!\ tlr plutt.

Lts ítudes de Küil.LÊÂ {rç78, tgf'g) nroxÍrenf {lue k site fu Lngoa S*ntn {{}üUll:íftü et aÍ,, tg78} a ét'úzri à p*rtír ãe l* àissçluti*n et

*ulmt iíaxs írc pttit* aallies sèrhes n l'inÌírirtrr dn ranl'on rt sont rnsuilt

ã'tfJonãr*ntnts ãe ln yarhe ralc*ire, s*ws ln touutrtttrr pílitrqr* tJig ry\ lÌ tsttntt

dreilse?*t?x'r, ütti1têes seul#nsllt ãç.ns lrt

sais*n tÌes pÍwirs. !-a rc7tturc áes rc.ux ãe phtìe a liw dnns l'*xe transrwsaf ãw t&rwlrz) aìt se dívelaplx a*çretlewmt le ríseaw s*uxerrçin

rntius

Íll

es?

affirmtr

ailuelle, ffiy

ãrux

qtte la

i! #iste au

stadts ã'évçír.tëio* du

rnrrpltrsngt nrttiert, rtolantnretrÍ dans

o cARsrE vol

14

Ho

l* par*i ãu *nj*rc.

qaú

rã{Jturit\ pa, l'atttrtl úsratt transver,s!

.

Nous ne poc,tuütí pü.s

pha*e

qtai tantbent ãe

4

!c

la ssìsan des yluies les talata l'infilffati*n, pras]{nttftt ães

s*wterrain. Fercáant fissures

el

des

íc svstème ie

*vtns, e?xÍïení sttssi

drrzlati*tt

ílíí,fts

trawsvers*le, oìa

Lngaa Snnta

çw I'ivtluíi*n marphagínítigue ãw site a mlieu àl*Jin ir+Te.rtiaire * au ãíbut dtt

{)u$erttaire

!ors,1ue /rs rrrorrlrmrrÍs

t{Êt*riiçwes ãu {tíioúne-Pleistacène ant

prouoqtti

plttsitur, rs(çrppmtnts

eI

241


ll)

riattivatians ãrc arc*mnes rynw defaitbs,

ln t a basc dr la dépussiort cst ranstrtuft ptr '4 des rothts arg,leu*s tmprrmiahles qui

] retitnntrtr un lar. nlìrttetrti par Ies eaux 6\ /r p/r,ir qui raultnt de, hauttttrs !f urvLrcnfiâut(s rr rd rivièrr Iratrtsro d^}lertira

qwi rwb d.nns Íe se*tur SE ãu lar. Lcs itudts paÍliniquts rítentes, rãaiisíes ;tar ?,4-fi.í7*7-L et al. {sous presse),

penâanr I'Hol*úne, entrc.

r 44ü atts Bj). La yitase í, avçnt 6 zaa ans Bl inâiçue une píriaãr *vet pr*bahl*nent un dimçt serxiII. €ntrc 6 ílücl #ís 3I

aride ; la ph*se

Êt

4 óco *ns

"BP, sl7nale

tl'humiáiti,

$MËrilefttãïiê,t

avet un

un.e

rlimç.,

simil*irt à l'**we! : Ia ph*x ï11, entre I oüo e/ ï 6co *:rs ÌÌ,f, m'tlvqi,t{ une piri*à'e fu Jortc Ìtumiditi, aver ln divrrsiJírnttan _fltre arbçrée * la ph*se II & t BI vrrr le rirent, mnrçtrc la din,rinur ton d,r l'hunrrlttí jttsqt,'aux valturs artwrlLts.

&

tentrr'íe ãu b*ssin (,4.U

Ëa

6oa *ns

4.2 - Prrw*çt+

Sao Frandstç

LI:R, t9.99 ; J{ül}Í'ï tt

I.j -

l)omittgo" !.rs írudcs dr RioDL

fttütltrettt

(f;g.

çw

,ç)

fu

le h.*rst

I

Sãa

( tggtt',

I)*min6os

s'rst dheÍ*ppé. à partb ã'une

pasitiarc àe barrag* que la Serr* ãa plixi, ,eÍi.r i* axe Ìif -5, appast

"C*bária,

à l'érottlLnrrnt

des

ra,tt

tssrtrs drs

la Serra Cunl -forrtmtiorts gríseuses tlc áe Ççiás {à I'est}, *t èirection ir+bsssin

{à I'outst}. Les rivíères

áw Ítartsnã

puissantts iêe o,8 *j/s à plus & 5 nrjl s à l'ítiagrj , aíimeniiss t*ffie I'nnnk Ttar Í'aÍltr,avtúrct víssvair ãe !* Serra Çtrçl

{üLi

YOI

Íçgú}

trã1}erseftt

s{rtf errainemetrt .lt plu., sor,r,tnl .' , Ir barragr calrarr p*r tl' tmpressiottnantts galtrics-trtnrtils (fig. 2rì5. (.o,ttnte ln les pwrressus

à'irosiou depuis

l'ívolution

nançtue{lcmeilt des ra?# çns s{*$trveifls. t/

yitrs prorhe ãe rclle

ãu ranyt* ãu Mçrro ïurada,

à

approxit*ntluewwt n*rã, ã.*ns

í'ltat

tSa km ptws au

ãe Eaht*.

vallie àts Feruaçu

est

sitr.ri

Lt

sit{ áÊ líx

t*nstituí

lfl{

w?x

Cryend*nt, an çlsservl ã* vallí.rs ãans les tailnires, il'asprcts variís (fig. za)' il

y*

ães tíltxplvts profanãs et itrçits,

drainãs, rísilltatçt âe í'cSanãrement rírent

átr t+it

galeries-*nntls {Lapa ãa Terr* Rçnr*) czlars çerc d.'*tttres sçnt largernrnl crfuírts (tn nvnI dr la ães

L*pa ã* 5âa Êernarãa et L*y* Ã* Pttírneir*s) $ ptr.*rnt yriseeter

sçuterrainetnent {L*pa

tlintati4urs rzttu*Íles F i;rsist

lrc

&.arrens

ãírrits par

f:Oçff {ry6*'}. Lr fi*tuiolenrsr

pílitíque

peu soluble

átzrcs

et

griseuse. Ilarzs í{s

leq*el

lls

ant creusí

I.es ãrait+ages s*nI trls h,írçrchisís mais

l.r rite àt Lago&

urc h.nvst íaus tçL1?{rlure rz'*bserve

rígi*tr*!.

Sur

fss

plater.ux

all*ngies qui

i*nt

& Íç Serra dç

des

$fonãrm#xts s't4v sauterrsins. Cepmàant l*

Ies fornatians gríseu.ses, *sçwrnnt la

uoííix purrhírs sw ães tí*raìgrzages ãt !'anctenne tottvPrturt grisrusc ou pihtiç+e, Les wtrwf*nnrs àr su,$ate sant ceíles cíassitlt+es àes karsts tr*yitnux ;

pirt*rcití ãe Ia r*ièrt, et d'wtre parí, par les eaux d'infiltratian ãa massif, L* mmyhagwrèse ãw site reste wal í0wx1.t.{) mais prise*te ie ftomhreuses siwilitudes aver le rxçãìIe propasi pour le M.çrro

Furaão, nstamnirnt tes phasts ãe 242

ssrtí

ptíseilÍe

çut í'tn

pas áans les ar.ttves sites,

Les

i.tnáes pdlirzi qw s canfirment l' ívaluti*n

ríce*ts ãu lnc,

att

tçurs

ãt I'HçÍçrì,w.

I e l'arst dc la vallíe du Penaçt'Stríseute une írçitt ion pltts auancfu qw celle de I-ag*a Santa áarcs la mtsuve a+\ ie

dsí Mçrro F'&rado

swbséqt;et*te,

n'a p*s petznís de rnetlrc sfl Éviàewe ies

qt, prend sn

Súntín

il#rcnt, rtays ty t$lressi*n

:

sorrct dans

t,-ivÈre Peruaçu

tst

re'' silcç nous pcrmet

l'essentiel àes mnfluenres se rialise nz

pm d'ffirwts Í#us tffre

reçoivent

dr*ins rt*#ê ães rerherthffi ffirt*írt à re ju.v

p*r fus taux

tafitÈxteí

díveíopyewent du -fluvi*h.arsr * ríalise d*ns tes rçrhgs rakçires tlínuéies. I-e site

ils

áe Ia

sültte&il) Ã'ttrc p**-1,

dr

nn,phalagirlues

Calcária, çn *ilsv'te de pr*fonáes ãotines

fi

erzt.

4.4 - I)tsrusrton La pré.s*nrasiçn ãts

for*es Jond.*ment*Íes rçnme rillewkçreens

sr+p*firitl ait prícidi l* pbase

drntlathn sou*rraine. ï)'uprìs les analy set hj ãrryiol*giqucs rêalisies, {;UY*T et al^ {:çg#} *tíment qa'en 5 à :a &ín, la Se"ra ãa C*lúriç *ura disparu si Íes rçnã*ioxs bjdr*-

bien

les

l}eonsrãç

áe

rl'çtteinÃre te Rio Fqrçsã, nivtau ãe b*sr

farmati*n

São

intannptt, r:"tttis iI ser*bie qu'uxe phax ãi: trÊuserÍruxt

ï)ans rettt rígion, lx rorhts çalc*ires sottt mises à nu., pri.sentcrct ãts reílefs rwiniftrmes, nver iiuelappewent ãe

flwviol<*rst,

ia

III). La tnorpbogmìse ãu site rtste

rcmplexe,

de r*nj*rcs.

des

des sttrrrssirtts dr'!)artie tlrútní( sup*fiúe{Í*rtcstt {t dt pa*ìe tírsiníe

ou au-dslà dts ri.rurgentes.4vanl

avec

àatatisns &úilqafixt.,

ntfont qut tetnÌrÍfttttr',

àìstítrc;es,

eoentwture

est

les

{MELü FILHQ, 19ç6},les r*lmírcs ç* ití lt*rgement ãíg*g{s dt fuur gaIerics-tttnnrls. Irs ro,r,s d. tart rorIÍr:.ís par lr soubas.rtmrnt granilo-grtri<.tiqwr

karst

rt

rerherrb{s

ã'çbstrrttr qwe t'*urs ív*t+tti*r'ts

ia Prw*çw ffg. r8i, Cr sits st ,rotrve í!*ps I'exrrêvne ttori & tr'Etllt àe Min*s {)erais, çì+ le çantexte àt dte

lr

'plusieurs ãizgtines ãe milLi*ns ã'auniçs

asyrcts de l'ívalution m*ryhol*gi1gw Ãu

s/* ãe iavníIie

chrano{ogiquts

mais

rcnfluenrc

Sàa

rigi*n subit

PIIA d R()Hl-tR (rtltst). I'ILO (tg9t) tt R)DET rt RODfT tzoot) priscntertt qwelques lL,i lrat,at'x de

dn

R{}üË1, zrlrx).

gnìsr

6 zrso

ans BP ef sètlse,

rígi*n*tres talr;btx paxl{ tal.tt€ ln pnrtie

rntliq*mt qn&trí phcses ãt

vnrinrìcrts dtmã!tt1u.'s assortíts à Ia ãw lar

ffensefltt?lï ães tondwits soilteryãizxs M(ofttpflBtfiìtl Ì'.rtJortcrtrttnt du tnvratt dc hnsr, re qtrì permrt dr pe,,rl oìr unr ívaluticn gwiàfu p*r tlrs r*nd;ti*ns

les

rel;{s

ruinif*rmes

awt

*ffrt l'ívoÍwtiar Ia plws

trais phases ã'ívolution

marçr+ícs,ftrtn*nt les rtlieJs {w plus rísiduels. Le sitt & Saa Õo*ríngos

prísen* t4n r*ftt.e'xí{ un F{u ãffirrnï,' la Serra tl.s Calcáriç jo*ant lt r'ôle áe harrage,

à í'image fus Çr*nãs

Causçes

{á*nsle suâ fulalTanre). Cetft situation êe carcyorc utfav*rablr. *u 'lheÍappement ãe rypr "thlse", ttais aeatun fi'ts!. tü!tr?,i4, q'ni íraverse entiirtmeftt h rhainon ralrci*. Llnt ttutre siíuaïia.* p*rtiruíiìre et

ãísiln*, i&ns íe sits. ãe São lloewing*s,

rst

fu pííssement

ã.es

rçuá,es tebaires

ãt+

to!çnisís

Greupe Batnbu{ perpendimlairertt*! à

p*n#urllt*t(nt pçr unr uígétati*rs xéraphlb. í ci entore, les replres

l'*xc E-TT il'iffiuiement tles rawx issuts dt ln .\rrrn Grral dr Coias, qut s'opposp Ourueno/2002


à leur í$uleftterxt. CütE rcndiïian n'l;st pas absenie ã*ns les awtres sites, áont tes

Les sites c1t+i príseníent tes évalutions

cçwrhrs sont swbhari4gntal*,

írs úgians

Four rcrcprendrc pat+rq+*ai les p r is e n

te

n

t

des

s

ta drs

h'

o I

u r tfs d

sites

ktzrstiqwts

les pí*s

s*nt situis daws príãomine kt cçuuert+rye

ota

rirentes

pílitiqrrc, à í'er.empÍe de Lago* Santa.

anssi que

la totwerture pili';r,-griswx

línur au Morro {uratto, intrrmídiaires

ifJí r' c n r i s

grísewse

t

"l<arst

oÍrntt

et qwe l,,s modèÍ,:s

soit une Jotmation

impa*an* mais en arnaw ãu

dans h dotnainr du Çroupe Banhi, Ítaç.ls aïçlts ríaíisi I'ittide de la distrìhntton spGtidle lrs Jorntations r!u

Lr mnytn âu Mo*ç *uraãt ,;st le riswïat í'runr rrrrrrrsieft ãe phnses

Groupe Bambtai. La

m*rphagínêtiqtws qai nccatup*gtwnt le

rcilvprttrre

iigagemmt

par l'alimentationhjtlriqw

âRAUN

*

rar*

gíolagiçue tle

FR"4}'/CJSCO}{í $97ú in

#Âdf/ÀI et at., rygrs), aúuaíisir en rg*S, est clairy ct dçyrn.e la rípense {fig. 2t).rVorrs auons t,íriíií rlue la

C*nilusion

ãrs

Jarmatiorzs tatraiy{s

tle

est

la plus inryartaute à Laga* S*rcta,la pÍus

{Saa l}a*tingos}, sait wne rcwperture pílÉo-grisel,se nodíree (l'eruaçu), ll exrstt

donr une rrlalion entre l'rmportanrc le la

lt

I'entrcttm du karst, ríguli : l&

cçwveÍíure

leur ffitweytwrc piiito-grísewse.

lÍ sernbls la r{ã.wrtiçn àe re#r t*uurttur{ *iï ya,ur inildcftte ía

(grisruse et píltttqttr\

repenLant qwr

pircnne drt karst, nrais elle s'oppase nu d ívrl*ppemrnt âe grandes ncorpÍtolegirs

prídomtnanrr la phts inportante dc rorhe.; 'ralcaires dinrdis st trotlrr( datts deux

ã.inrinutiq& ãe I'eliment{4.teçn es sau âu

*.arstiqwes.

l'litat áe fuÍ,ínas {}ereis # le suã-o*rest ãe l'Ítat ãe Êahia, entre Januaria et ln Sewa dç

m*intesir

se{teurs

: I'un, entrr

tr,

n*rã

áe

Rnrrr*ihç aìt se trawttettt Iss sitrs ãs la vatlíc du hruaçw et dw €âttjçt2 ãu &Íçrc*

y*fi*e tlens íe se$i't+r çst ãe í'Etat ãe üpiás oit 5e tïütive _le sik àt Scrt Domingos, ï)' autrffi *fftewrements plws limitit sont çhse*:íes dans Íes rígions dr Mtnles Claros e! I agoa .Çattta, or\ príd.orniwnt le. rcuvrrtures pí!itiqurs.

Ixr*ã*,

et

Cette ãanrinçwe cst ewssi çbswvíe ã.ans

tçw* la partie

auiãe.rr,aíe

d# {)rowpe

I]amhwi, Àbus ponvons eircsi rcmarguet, çte les íwlutior*s Jss sites se ãffirentient

fonc!ton du degrí ãe clínudntrcn du rnnssiJ rarbonatí. I-es ívçlutions

en

karstt4ttcs les plus tt?lttfnnts

ff lrouvrnt, arlt iit rothe

Í*giquement, ãans les se$eurs carbon*tíe a

iti

txposíe

le

pl+u l*,gtrmps.

tüttjç?i qwi, à* cefnit, sen

ne

pawicnt plws

a*ivitifluvi*lr,

ãe* prwessus cf*stitlwts. I-ts canséqumres son,

I'indi#ilct

&s ph+ies), l'(#ãnÃre!nl*t

la

saisou

des çpf+tes et

les parois des granãts cauitis karstiqrrcs. l'etnpâtement du fond du canlton saus

importawtes arcttynul#ions cí*stiqttts rçlonisits peu à p*t p*r la t,ígitntion,

ã'

I'enrombrrmrnt du talwrg par de

ítuãlís. {}n

rlrs

dfJírrnts

sìtes

ní7*ui

nntrtr{

t nriatians selon i$

setteurs

obsewe wne gr*ãatian ães

ktrrsls, dts moins htoluís (l-agaa Santa),

vrrs

-si

dlt

la rctwnture

,:st

plus ívoluís {,\4orro furndol, en passanr par tìts stçdcs intern íãi*ír*s {Sãt í)on'tittgos, P*ntaçt), mais on ffinst&te

s'oppost au drvelopprnwnt spertnrulaire

-

ii la rcwvrrtxtye

u'alirnmk

fst

ty{p ridwitt, dfu

pÍas s*Sis*ewree$ie

k*rsï p*ur

qu'il puisse wainlenrr

sts formes sPtrtarulaires ( Marro Furado).

- efilrt t(s dtttx

rondtlions ex!rêmes,

aÍimfilÍíttiün i?lxltúrtú nte fait ív*iuer k s fo rw x filw a.ksrs r i q u e s írès r api ãern r nt I

{S#o Ì}orzrlngc'

S, *t wnc a[irueníatian plus

laibíe pnvntt la prídowiu*nx ãesfamzes

á.'Ponéreymt swr #lks

ã.u

ftuviakarst

(Peruaçu).

Á re srade fu la rcrlswhe, ì!

ronvtent

d'ítuãrc, le mérqnisnrc à Ì origine J'une rxposition àtlJírentielh des ralraires : irosiçn aw àlíp**tiatt ãe

':t-..+

.::

:

trop ttnportante,

ãts rn*g*ns ou dtsgall,,rirs^twune{s {Laga* Santa),

les

,,Ê

de

&ne

karstiJrís dts ralcatres à' inep*rtantrs

ãípôts

ainsi Ãífinir trois tlpes

uetruiyes riu d.çmaine &ambu.í

dirantation et snbtu

':,::::-!Jo""tts Êfaírt$s). L'obrrrrntron

des

drantage

dít'eíapptnrcnt È.arstiqur pour lrs rëgiorts

àrs cirrulationi, le plus

sÌr.tvutt Inüporatrcs tpendanf

-

tin lno,

à

pr*fit

au.

nrr*r, ,n

pilitryut

í*

ffiitl)ert#ye

Ilfartdrn uantitrcr la giomitrie des àípôts du damninr Bambuí, ?

l.'ltomogíníití àt sa cotrverturr et lr

role

dr

ía reiloniqu(.. Remernernenls ,4"

:

íü C"A?ï,S {üoaráenaçao ãt

,{perftiçoatntnta à.e Pessaal de Nível Suyriar) pour l' attributtan d' une bourse

dt

rcrherchr, I'lnstttulo Anrltittano

de

I)uquisas {Sao Leop*ído - j?5}, l'Ínstitwïa rla Trópiro Subúrrciãa {Coiâni* - ÇOi, Messieurs Martus

Yiniúus freàer {archíalogue} * Jranlieyre $ataillçn (spilialagwelt pÇur lur apptti tÈ I'side sc+r le Íffr#irr, $ à Mnria Jargueíine Rtáet pãa traã+rgã* púo

.o .o

=

púrt't *uês.

"F

u

O CIARSTE

VOL

g


(.RUNA DA AAAMONA

frì

Fi

t lr

il,

A RE55URC, ÊNCIR DO SISTEAAA DO

lr.i

AAORRO FU RADO

^,

rn

LíLIA sENNA I-]ORTA CRUPO BAMBUí DE PEsQUI5A5 ESPELEOLOóICAs

nuito tempo, o neme, ou melhor, a expressão "Cânion do esde há

Morro Furado" faz parte da nossa lista de dicas espeleológicas. Isto graças ao nosso arnigo francês Jõel Rodet, que andou pelo carste de Coribe

na época em gue orientava

a

geógrafa Ana Luísa Bitencourt, tendo feito um reconhecimento

e descrições das cavernas

da

região. Para cada entrada detectada Jóel fez um ponto no seu croquis (O Carste vol. 9, n"

3). Assim, havia

o Í, 2

3,

{.....números estes mais do que suficientes para aguçar nossa vontade de conferir cada um.

Como ocorÍera na expedição de

1999, desta vez (zoor) também estáyamos hospedados na Agrovila 23, na pensão do simpátic o Zé áe

Tim. As atividades concentravâmse até então nas proximidades da Agrovila, e eÍam divididas entre prospecções e novas investidas em gÍutas já conhecidas. Após 5 dias

nesta rotina, e como nada muito promissor havia sido descoberto, optamos por fazer um breve reconhecimento em um povoado situado na parte alta da serra do Ramalho, â cerca de loo km da Agrovila. Seu nome era bastante animadorr Descoberto, Tão animador que, neste dia, todo mundo foi para 1á.

Descoberto

já havia sido

visitado em outras duas viagens, tendo sido descobertas várias gÍutas. Dentre elas destacam-se a Gruna de Descoberto, situada praticamente dentro das ruas do povoado, a Gruna do Enfurnado e a Gruna do Anjo, famosa por sua gigantesca estalagmite d.e 2o metros de altura, ornamentada por belas pétalas. Somando a isso, havia o cânion do Morro Furado, que era

mais perto de Descoberto do que da Agrovila 23.

A estrada que leva ao povoado de Descoberto é de uma beleza singular. Apesar de não ser um tâpete, sobe pela serra calcária, atravessando um mâr de lapiás e uma verdadeira floresta de cactos de todas as formas, com espinhos de todos os tipos e tamanhos que

SISTEMA DO MORRO FURADO CORIBE - BAHIA

insistem em nos espetâr. Claro, não

resistimos e entramos nesse mar, para fotografar e fazer uma pequena prospecção em busca de

GRUNA DO MORRO

alguma entrada para o mundo subterrâneo. Encontramos também

vários cactos floridos, instalados sobre a rocha nua e írida. Difícil imaginar como sobrevivem nessas

GRUNADO MORRO FURADO

T GRUNA \ \.oorHlo GRUNA DO ANJO II

J {

condições.

Como em uma carfeata, chegamos finalmente em

I

Descoberto, cheios de esperança.

I

il g\

2M

qr

*i

Ëì

BOOUEIRÁO DO RIACHO OE FORA

H

Logo na prâça, vm cattaz

e

decoração típica chamou a atenção

de todos; iria haver uma festa Ourueno/2002


à lewr íroulement, Cette rcndiilçn n'i:st íes awtres sites, doilt ks

I-es sites quí prísewre* les iyolutiçns

pas o&se'"l;í.e ãans

&"arstiqww

stnt satblstriqantal*, Four rcmprendrc pourqu*i les sitrs prísmtmï árs stotles ívolutifs ãiffír'enciís ãsns l+ ãçm*inr dw Çr*upe Êam&tlí, 11úas ilvans yiaiisí I'ituãe Ãe la

les rêg{ons

couch*s

ãistribution spãtifrle áes fornzatiatzs rht Cr*upr B*mbui" La rur* gioíogigtu ãe

ÊRâUN

et

ËA.4NCJSCüNí {ry76 irc

,BR/t{iN et nl,, rygrt), aetw*lis{e en 1988, e"rt daire $ ãçilftr la ripanse ifig, 21). ffçr+s avçns víriJií que la

prídominanre la p!us itnrorrante de rorhes

'calratrts

diurdirr

y t,'orw

ssiletí{s : í'un, {nÍre le ]tí..ittau

n*rl

dans det,,

les piçs

rí*ntes

sont

situís ã.üns

*à príãamíw la cçuverturt

pílitiqwe, à í'mernple

ãe

{-agoa Santa.

Csndusiotz Le ranyla dtt Morro f'ttrado rst Ie

rísutat

i r,n, ,,,rrrrsiort de phasrs

mtryhaginétiques q*ti arcornpagnerct lt d{gagewtnt ãts fotmations mlt*irts d.e Irur couvrrture pílto-gríseuse. Il sembÌs

qur la ríd.urtion de rettr rìuvrrturr att Ítour tnridrnce !a

repenrlanr

diminttron

I'alimentation rn rau du t{ux4çw quí, ã,e rcfnit, r* parvirnt plws à rle

a*ivitífluvieh,

l'Etat

ãe

rnúircte?tir sün

Ç*rais et le suá-ouest rll l'Í,tar

ãe

des prorrssus rlasliques. Lts consiqutnrcs

de

*w

pr*fit

BaÌtia, entue lana*ria et is S*rra do Rwutího oà se treztvent lcs sites dc la vallíe ãw lerwaçu et ãw €any#ft Ãu Mçwe

&s pfuies), l'effanãremext

Furaão. et I'autre ã*ns te srríewr est d.t

rles patots des grandes cavrtes karstiqucs,

I'l,tat de Ççiás *it st

l'rntpâtentent du fond du ranyon

S ãa

üomirzgas.

tì,atwe .b site âs

]j' awtrss

afJteurtwenïs

I'inãigrnre ã# úr&.ríatians, lt plws sfixleffÍ trtw1i*r*ires dpmãant la ,ìisçn

snnt

d'

inrpartant rs

ar

des vtittss et

curwuíatioru

sous

cí*.st íques

píus limités sont ohsen'fus ãans fus rigians

rclonisies peu à pew

de hlontes L'laros et Lâgott Santa,

I'enrombrement du tnlweg par dcs dípôts

oìt

rte

par la

v{gátation,

il

pridomincnt lts rcuvtrtwres pílitiqrtes.

de

Cette d*minaute est *t+ssi ç$ssrvfu â*ns

grosslrrsj.

tçwte la

L'obssrvatiorc àes Ãiffirents sdrss knrxiftís l.rs c*kaiyes B*wbu{ ffiüÍrtyt d'imp*rtantw vsriatians selan les seü$irs ítuãlâs. An abserve wxe graáation ães

pwtie oriãe*tals dü {}roapt

Bambuí, N*us pauvotts xinsi remargwer

ãffirmcient du degrí de dénudation àu fonrnon

çre en

tes iuotwtions dss sites st

çíléments de dírcntatiatr

lagiquement, áans les setteurs *ì+ t* r*tlte

pass*rct

carbanalíe s

íti

uposíefu

plets

bngtwtps,

par

ãarst

{5âo*crningos},

sait wne

dts stadl.s

intermiâiaircs {Sã*

Ilc*tinges, Peruage+), wais an {anstate

est

cçaysrture

ll

pí!ito-gríseuse modirfu r.Peruaçu). donr utre relatiort entre

eriste

I'inrportann dr ln

tüwerït4rc et I'efttretien Ãu h.nrst, rígulí par I' a{imtttation

Ãriqw : la cçuy wtwre (grisrusc et pílinque) dssure un drainage h3

pirennt du knrst, ttmis elk s'opplst au ã&teloppnnent

& gr*nd*

morphologies

karstiqurs.

ün pr*r ainsi difirzir trois types de áfueíappmunt *.arstique pour hs rígirns rairaires ãu àçmaine Bantbui : -sr la cotwerlufe i:sl trop tffiporlgnlel elle

s oppex au dá,rlopptn,t,ìt spertotrlairr

ães

ranj*ns

*u

rlrsgalerárvtutznels (Lngoa

Santa).

-

,i

Ío ,oorrrr$ye

íst trêp ridwiw, eílt n'alimmfe plus staffis*wmmÍ l* k*rst poar

qu'il sp

puisse mairuenrr

çes

Íôíwts

ertarulairt s (M*rro Fwr*áo),

- enÍtt

tes

deux ronáitians

une alrmentation imporìanta

karsts, dcs moins nolués (Iagoa Santa), pcrs les plu, ivoluís (l4orro furado), ut

se.

la rouvertwrt píli*gríseuse

intrnúdiairrs ofJrent soit une fonnatrcn gríseuse impartaxte mais *'t amo# ã.w

sabks

masstf rarbonatí. Les ívolutions yhx afiúffines trü1.íven.t,

*.arstlçwes fus

aussi que

l* píus itnpart*nte à Lagaa Sarct*, k plws tínue au Morro ïurado. eí qttr les modìles

I es

Jo rn rcs

f

uv ro-karst i que s

extrêrnes,

fait

ívalwer

très ra pi demr

nt

{Sao üomingas), rí une alirntntatiat plus farblr ptmrct La prídominanre des formcs d'rffondrement sur relles du fluvioltarst (

frruaçu).

r

la rrlttrchc. I rotwient d'ituãier le mímnis*te à I'o@ine à'une expositían àifférerctielle ãcs ralçaires :

A

stade de

írvsiçn ow ãííp*sitian

Ã.s

la $wrertwre

pílitiquc ? llfaudrn txaminer l*gí*tnítie ães ãipôts ia ãamsine *arnbtaí, l.'homogíniiti dr sa rcuver!ut'e t le rôle de la ttctoniqur. Remerdernen!s:

'4 Í* CAIIS {{oaráenaEão àe

,4perfeiçaamtnta áe Fessoal ãe Nível Supetior) paw I' attributi*n á'uw bouyse ãe rrtberçhe, l'Ínstítuto Auchietríno àe

Prsquisos (Sno Leapatdo - RS), t'.Lrcsíítwro ãa Trópirc Subúmiâo

(Gaiânia

- {:O},

Messieuys h{arçus

Yinkius Btber darrlsí*logue) x J*nnPierrs 8 *taiílon

{sp

ií{alague} t pawr

lwr

apput (t I'aide surlr ttrrain, rt à Maria lacquel.ine Rodet ptla tradttçao pt!o

õ oa

p*rtugaôs

.N

u O CARSTE

VOL

g


rTì

FI

tr t;

rl. H

(,RUNA DA AAAMONA A RE55URúÊNCIN DO 5ISTEAAA DO

ô,

!r.i

MORRO

FU RADO

m

LILIA 5ENNA HORTA CRUPO ER/,\gUí DE PE5QUI5A5 E5PTLTOLÓCICRS

esde há

muito tempo, o

nome, ou melhor, a expressão "Cânion do Morro Furado" faz parte da nossa lista de dicas espeleológicas. Isto graças ao nosso amigo francês Jóel Rodet, que andou pelo carste de Coribe na época em que orientava a geígtafa Ana Luísa Bitencourt, tendo feito um reconhecimento e descrições das cavernas da região. Para cada entrada detectada JóeI fez um ponto no seu croquis (O Carste vol. 9, n"

3). Assim, havia o í, 2 j,

4.....números estes mais do que suficientes para aguçar nossa vontade de conferir cada um.

Descoberto já havia sido visitado em outras duas viagens, tendo sido descobertas várias grutas. Dentre elas destacam-se a Gruna de Descoberto, situada praticamente dentro das ruas do povoado, a Gruna do Enfurnado e a Gruna do Anjo, famosa por sua gigantesca estalagmite de 20 metros de altura, ornamentada por

Como ocorrera rìa expedição de 1999, desta vez (zoor) também estáYamos hospedados na Agrovila 2J, na pensão do simpátic o Zê. de Tim. As atividades concenrÍaYamse até então nas proximidades da Agrovila, e eram divididas entre prospecções e novas investidas em grutas já conhecidas. Após 5 dias

nesta rotina, e como nada muito promissor havia sido descoberto, optamos pot fazer um breve reconhecimento em um povoado situado nâ parte alta da serra do Ramalho, a cerca de loo km da Agrovila. Seu nome era bastante animador; Descoberto. Tão animador que, neste dia, todo mundo foi para lá.

belas pétalas- Somando a isso, havia o cânion do Moro Furado, que era

mais perto de Descoberto do que da Agrovila 23.

A estrada que leva ao povoado de Descoberto é de uma beleza singular, Apesar de não ser um tapete, sobe pela serra calcária, atravessando um mar de lapiás e

SISïÊMA DO MORRO FURADO CORIBE - BAHIA

ì

uma verdadeira floresta de cactos de todas as formas, com espinhos de todos os tipos e tamanhos que insistem em nos espetâr. Claro, não

resístimos e entramos nesse mar,

GRUNA DO MORRO

PONÌF DO MORRO FURADO

para fotografar e fazer uma pequena prospecção em busca de

alguma entrada paÍa o mundo subterrâneo. Encontramos também GRUNÂDO MORRO FURADO

\- GRUN^ \ \.DoANJo 'r\ GRUNA DO ANJO II

J { Ì

vários cactos floridos, instalados sobte a rocha nua e árida. Difícil imaginar como sobrevivem nessas condições.

Como em uma carfeata" chegamos finalmente em Descoberto, cheios de esperança.

Logo na prâça, um cattaz

e

decoração típica chamou a atenção

de todosr iria haver urna festa Ouruenol2002


junina naquela noite. Alguns até ameaçâram ficar ali mesmo pela praça esperando pela festa, mas

melhor do que esperar era aproveitar o tempo e ir dar uma olhada na gruta mais próxima. Quem sabe aqtrela dentro do próprio povoado... E assim os grupos de espeleólogos iam se formando e se dispersando para o reconhecimento. Para os menos afoitos, e como

de prâxe,

precisávamos

de

informações. Rumamos para o bar de perguntâr e procurâr quem pudesse nos levar às grutas, Aos poucos as equipes iam sumindo na poeira da

mais próximo e tratamos

caatinga. Parti naquela que ia ao Morro Furado. Nosso guia sabia chegar no cânion, mas também

falou de uma ressurgência no caminho. conhecida como Mamona. - Sim, vamos 1á também. Depois de 17 Km de estrada de

terra, partindo de Descoberto,

-cÀcoÊ cÉRÀMrcos

deixamos o carro e seguimos

poÍ uma trilha não muito fechada

em meto a uma matlnna,

Reconhecimento feito, voltamos ao carro e partimos por outra trilha, seguindo o qlre parecia ser uma

Chegamos na margem de um

drenagem secar pâre a segunda parte:

córrego e o nosso guia disse que

coúecer o caminho para o Cânion do Morro Furado. Um pouco mais longe, vegetação bem mais seca e chegamos na porta de entrada do cânion. E que portal Também uma alusão ao Peruaçui um enorme túnel, com 3o m de altura e 25 m

era o

rio que

saía da caverna.

a pé

Mais

aiguns passos e 1á estava

o

imponente pórtico da entrada da Mamona, que nos fez lembrar as grutâs do Peruaçu. Andamos

rapidamente atê sua

base.

Lanternas ecesas, pé na água. Pés, pernas, cirìtura, pescoço, nós já nadando e a galeria, sempre alta, fazia :url'a cuÍvâ parâ a direita e ia embora. Após 2oo metros, chega

de largura, e praticamente plano, já

foi

usado pelos moradores como

passagem para as câffoças e cavalos

para as fazendas, no passado. Um vento refrescante nos amenizava o

por ora. A grura continua

e

promete, mas era necessária

a

exploração com bóias. Por entre

a

calor enquanto adentrávamos aquele ambiente familiar. No fim do túnel, enfim avistamos o cânion. Sim, era

vegetação, foi possível também visualizar uma entrada superior e

ali, Enquanto admirávamos várias pinturas rupestres, imaginávamos

alguns espeleotemas. Tâlvez outra gruta? Mas um desnível a ser superado para chegar realmente na entrada e a necessidade de ainda

ir

ao cânion nos fez deixar esta

exploração para outro dia.

que gfutas estariam nos esperando.

Mas era tarde, hora de voltar. Havíamos combinado de encontrar todos em Descoberto para retornar

à Agrovila. Um longo caminho ainda.

cAcos cÊRÂMtcos

GRUNA DA MAMONA Localização UTM 231 X= 581.785 Y- 8.494.391 Proj" Horiz.: 590 m

Desnível:

I

m

Tôpo 4C BCRA - junho/2001

Grupo Bambuí de PesquÌsas Espeléológicàs Groupe Spéléo Begnols Mârcóule

GRUNA DA MAMONINHA Localizâçáo UïM 231 GRUNA DO MORRO FURADO

X= 581.777 Y= 8.494.350 Praj. Horiz.: 60 m

Localizàção UTM 23L

tq iz

Desnível: 10 m

X=582.113 Y=8.494.165

Topo 4C BCRÂ - junho/2001

Proj. Horiz.: 160 m Dêsnível: 7 m

Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas Groupe Spéléo Bãgnols Marõoulê

o cARsrE vol 14 uo 4

0

l=:::rã-J

100m

Topo 4C BCRA - iunho/2001

crupo Bambuí dê Pesquisas EspelêÕlógicãs

245


Chegando em Descoberto, o f.i povoado tinha se transformado: if a Festa Junina. Quase tínhamos ] nor esquecido dela. Metade do {* grupo de espeleólogos já rondava õ.1" alameda de barib,.ri enfeirada | ã" ba.rd"irinhas coloridas e com

til

vários botecos cheios

de

caipirinha, cerveja e petiscos.

*Vamos ficar só

um pouquinho.... De pouquinho em pouquinho, começou a quadrilha. Primeiro as crianças, depois os adultos, e por fim o casamento na roça" Lá peLas tantas. finalmente resolvemos voltar, Ainda bem que ainda festavam alguns que sabiam o caminho de volta e ainda bem que não era uma estrada moyimentada. Por unanimidade, quatro dias depois mudamos de mala e cuia para Descoberto. Com um pouco de pesar despedimo-nos do Zé e

da Maria, cujos olhares

e

expressões não escondiam a tristeza desta partida antecipada. Já em Descoberto, a primeira dificuldade foi a acomodação. No único hotel existente não caberia nem a metade do pessoal, e muito

menos a quantidade de equipamentos, que a cada dia parecia duplicar de tamanho.

Como

segunda

opção

equipe, respondi, sem muito

poderíamos alugar algumas casas

enruslasmo.

que estivessem vazias, mas

Mas ao olhar o quadro me deparei com o "Mâmona".

a

separação do grupo não era muito agradâv eI. Felizmente lembramo nos da possibilidade de conseguir algurna escola que já estivesse de férias. E assim foi, só que era exatâmente o último dia de aulas e ia ter ainda uma festa na escola. Enquanto isso, o jeito foi esperar

no bar... Até a hora da festa, mesmo cansados, foi divertido. Finalmente depois desta pequena

maratona instalamo-nos na escola, grande o suficiente para todos e respectivas tralhas. A rotina era semelhante à da Agrovila, com algumas adaptações; banheiro e refeições eram no bar do Gildeon, a cerca de 2OO metros da escola. No meio do caminho ficava o posto telefônico. Todas as manhãs aproveitávamos o quadro-negro da sala para montar as equipes. O famoso "planning": 4 ott 5 opções de locais erarn escritos e cada qual se encaixava "democraticamente" naquele em que tinha maior interesse. - Onde você vai hoje? Alguém me Pefguntou. - Não sei, onde estiverem precisando de completar alguma

Rapidamente coloquei meu nome e oulros Íromes cambém foram aparecendol Vitinho, Jean Loup,

Gilles e Orlando. Macacão de nylon (quem diria?). Mas era Llma boa idéia, jí que poderíamos passar muito te mpo dentro d'âgua. Bóias cheias, lanche no bidon e olhos brilhando, lá fomos nós para a gruta. Debaixo do grande pórtico da entrada, dividimos as funções e começamos a topografia, não sem ârìtes Pequenos acertos de linguagem, ou seja, quem fala em que língua para quem.

- Opr, Jean Loup, você precisa falar as medidas em francês, pois é o Gilles que está anotando. Vitinho também convence todos a fazer bases nas laterais da entrada, para ficar bem

marcado. croqursra..,

Jí que ele é

o

A galeria da Mamona é algo I5 metros de altura por 15 m de que realmente impressiona, de

largura. Iamos tranqüilos na bóia

o tempo todo, pois era fundo, sem ilhas, nem bancos de areia e nem pedras no caminho...e nem


uma pontinha de nada

nas

paredes para o apoio. Târefa nada

fácil para quem lia a bússola (no caso, eu). Esticar a trena atê tbâ-

la de dentro d'água sem

ser

puxada, tirar o capacete, iluminar a

bússola, descobrir qual luzinha

lá na frente era a outra

base,

manter a bússola seca, na base fixa e,.-invariavelmente e sutil corÍenteza ou mesmo uma marola de alguém que tinha acabado de passar deslocava devagar e sempre a bóia para longe da parede. Tiido

que nos {ez tir bastante, e sob Ílossos argumentos de que não era necessário e que poderia acabar perdendo a tÍena toda, ele então tÍocou por uma bem meÍÌor. Assim conseguimos traçar uma seção do fundo da galeria medindo a profundidade em vários pontos junto ao sifão. A média foi de I metros. A água limpa e as dimensões da galeria indicam um bom potencial para espeleomergulho,

Demos meia volta

e

tinha que ser muito rápido para poder dar certo, ou quase. Numa das puxadas, e trena arrebentou e eu ganhei um belo corte tipo faca nos dedos. Mas tudo bem, naquele grutão isso era o de

retornamos à entrada, não sem ântes explorar o conduto lateral, que infelizmente era bem peqúeno: apenas 25 metros. Como ainda era cedo, fomos para

menos.

inexplorada) batrzada então de Mamoninha. Após uma rampa íngreme na lateral direita da Mamona e uma pequena escalada, chega-se à

Após alguns

meandros

avistamos um conduto lateral à direita. marcamos sua entrada e prosseguimos eÍrtusiasmados no

principal. A galeria continuava totalmente alagada, funda e ampla. Mas eis que sem aviso, já a 5OO metÍos da entrada, surge 0

implacável sifão. Jean Loup

adianta para medir

se a

profundidade, amarrando uma pedra na ponta da trena. Até hoje

não sei o por quê, mas

ele escolheu uma pedra tão grande

a entrada superior (ainda

alguns tão grandes e próximos uns dos orltros que dava para perceber o formato e o tamanho de toda a peça. Devido à proximidade, havia

boas possibilidades

de

comunicação com a Mamonan mas não achamos nenhuma ligação entre elas. Ao todo, a Mamoninha somou 60 metros de galeria única, sempre secâ, e uma pequena rampa descendente no

final. Fim do dia, material na mochila e caminho de volta para a cidade. Mas não poderia deixar de mencionar as boas horas que passei com esta equipe neste dia. Não sei se pelo bom humor constante, descontração, ou pela caverna, mas foi um dia diferente, daqueles que

deixam

saudades.

g

entrada bastante ornamentada da

Mamoninha, cuja visão para o horizonte é magn íf ica. Novamente fizemos bases nas laterais (mantivemos as mesmas funções na equipe). Realmente toda esta beleza e proximidade de um curso d'6'gua não poderia dar em outra; achamos uma enorme quantidade de cacos cerâmicos,

A esquerdo o quodro-

negroeo"plonning"dos equipes, Ao lodo o enÌrodo dq Grunq do

Momono Fotosl

Jocgues Sonnq e Vitor Mourq

O CARSTE


üvwza tt* M.aatutn

^

Ríswrge.l'n

h

& t*ut{s sl?ies et ãt í*utes l*

ípiws

dtr Systèn* du Mty"ro ?w'*ã*

yti

d'*w pru plws près"

(r/

4

I í!tn S,ntt,t i Íç,rn

tt tllus

ü*qa

p()rtt

^,

í'cr,,rlrsnr

í{*nzín{

I yel

Ãe

eo!ógira,

le

très

* **r*,,*t*

l*ugtnxys

i' repressian " {)**ry*n il* ;\íeyrç

partk

rÍe

F

plutôt

urada";t'xit

n*tre listt ã'inãir*í.iotzs Lr rtú grârt à n*t',:r nmi

spílído,giçwx.

frntçnx'f*fÌ. Ë.*rlrt çti 't

si{lçtiní

b

ftarst de

C*ri$r à í'êp*çw *ir il wiez*air ía gê*gr*gtht ís,zis llitszrourt q*í f*tsait al*rs d.rs rnhrrrítts lü rígi*n. üriuí<i tflertua 'lans un rtltírcgt ãrzas ía q*ne rt.fit Ía ãrsniptlon

An*

,4 thaqwe *xríe détrctít, il -{it ro|esp*fidre utz p*ittt .{r.rí "Eü?1 nrçux" {{-}

Ã*s rtzynxes.

C ars t t:. lbí.ts, rr 3],

l

t,z,j,4.,,trtte sír*

de

f

r:s1 il 1 nu ait lt s p ai

n*nbres

zw+s

n

ts

s'tffisail

riíià arnpír:i*mt falu, üi&ttistr n*trc cppítit

à tírfier

thúr:,4* ã)$ü:1"s tr'';x'.

Ç*nns

*t

r*urs de í'mpíãitiçn de y;çg, rc.ttejais mr*rr (t"rsrx) n*us çlíir'ns êt* hélrt Ëit rì,,{g:T":uilc 27, âans I'z pensi*n tle l"zim*ltb l.í &. !:yn. L-es

**lttirís sr

sürit t*1,ít

awx,ahorás d'Agvwíla,

r*lre

I*

d'*lx:d

et eLlts

rpnrffitrí{s

díjà nnnwes. Áprìs 5 j*urs d'artít:itís rozatiniires, et #r*|?Ít rim èe vrai*ttrtl pr*bnnt n'*v*iï *nrarc

*urs

ití

pris la didsi** &

Ãit*r.x'tt'!, nçus

f*irr

unt

Í'rì.s,e

reffinn*issailrs tlrl?tï u?t viLí,t6r sinrí ,{tzns Ítt

vrorls sçrirftÍfi mJ*nús

.\'.í"tIt{

d*ns

ret

*tiçrz

fcrír'frr tt,t',ttt,titt\ ïjtxtt ittt ,tflt

dí.' p1'arcr rí

witrísant

au **trÁt. s*utsvtzitç.

,Í'0i ?i fi{ /',trrnri('.,, .f6 v6;,-

,1;1.ic1

ra*us mjlm.ns

*rr

sc

ã"í1:|ry*nt

Ï,i**s

p/,,.ir,,,'.

{'e rçri:r *u,:

rwi*. í.1est bfu ãtfìriÍr le sat'*iÍ'{úrì!!n#lt ils pewent scr?ìr'*'r i*+t niliru & tellss

et

rurdüiat's.

]d$t'e rarçvane t*tstptsir t#. p[*sitwrs íhkuÍrs ìÃtttiânit finãletnwt t ï) ts r*b**t* e t n*us ititns twtt písin ã'esy,*í+: lJrls :rottr

l*

ítí

phal*s íJ

serait

ãr

bertztx

Canuo* &tWu'r* fur*á* hien çu # delwit!

st ti*r.wâs pl** prìs & ürc:oberto qnr rlAgrawla

4.

Ltt r*utu qui

ntàne

à Descobffi*

l:sl

ã'títtÊ

et

f,,rïlz+.{raxrl:ir wn ãiuit'e!í, l-}t pirts, # {,**ytx **'us atteud*it, ?lür,ís tlt)*?ts ê*tzt renzis ctftt

entloratnrt i1 11n ;3lti 1out.

{ ,i, Jar. ,r tn,t.'ntl it

,'err}nnfit.rsnttt,

t$trhtí, n*us at,*ns rej*inf ta witrtrc ü rz*rs r*z ãrafuu*ge à

tie

d.'eutrt

t**s

pLutt,:s i,r

rnntatèrcx. mtrcre

ik

resti':-

nr 6!It!Ìiãtrt L díhrtt dtsJesti, ttio.

Mtús rtous açi*ns w*mx àJtairrp*tryr*{iter

iltr/rr\ílr r,

4ir

ã' *eil d*ns la ptzs

l*us

rc{tr.

!01''

twití

/r

tt'tty:' 1,ttt tftt fut!1

la phes

tl 1wux3erci

pr*i:t.

qui sr !.r*ws*it jusle*tmt á*ns

b. vilíage'. .Eí t'cíí *insi Eut ks gr*upx 'ì"e sprl,b/,gr,." sr ftutì,,ns v1 5, /t,p,rsìrtitÌ.

F*rrr ir* ffiti*s

tt

ttütJscieç,$

tçrfiftze

G

l'att*wtumfu, ÍffiíJs JÍ1jiüÍ?s $r.r*iff de Cron"ç lrrydiry. Àcrt, ryn,, s.,rrurr,:. dirrfrs ,', r'ç lr ba,'

lr

pr*ttx

*

ú$çtis íwsi dts çr.t*sti*w itux Ê{tzs m sl;srckrt'tçt rlutiiye un ryti pwtttait stt+ts r,atãuirr jus{íil1ë-uãgrctrts. futit à p*ttt, Íts

ltkts

r'tëLls

íqwipx ãap*raissaieni ãçnsl*pouxière dt

ía *tatit",g*.. ilw*e ã'*'stts elks atait yris la direrri*x ãu M*n'* !Lraã*. Netrc gwidr

i;,tfitttnl

teptrnìrr /,

n,,lÏi,'. ll

s,,n

çtt

twus par!,,

sr tr*uxait st4f, txotl'{ r*t'rte"

-üb,

allans l'*rs*zir,er *ussi!

llxrtltdo, irü'ns íi.1jo,r.t t,íhntlr.btrtirr laissi le trou, pÍ Ì1oríi il0ils s(tntìt$ rngagís sttr ìr't s(trlrt r pss ttap ilrort utt mitrtt d' ,,,t boìs .\díri dr'olíj #rítírIr' jttsqtt'att {,ord d un ca!,r, d'ttu, ílltt trctft pm*siíreuse &1t*is

d$t"*ne n*ws ã#rivit t*r*nrc iía*t # na qwi d, ln rnv..t-,tc. Qttrlqtrs

par dr

7.!ts tt

rrcrr; ltorrui0ri:,tdtrtrrrr l' intprs.ra,n porrht ã'en*"íe ,h la Msnott* ryli nu.ts fit pmser

nttx muitis dtt Prrunçrt. À'cris iiorr súuutt(.< ha*s dc not,s tnyprorhrr dr sa basr. l'nfin

toujau* l:*utr,faisaiï

les

nous nagians mainten*nt ã*ns la galrk qui, wne

$r*&e suy la

d+

*ite

xr,y*ur

ía

*.aíre rx*trsiçtr qui éw*rt

?túté.t; ,'tlt?rt1" att {arry*n rfo .M*nc Ittr*ç"t tn* Ft:[tt rff*,,'t *vant ãt rz*us rtttÍ:lrn# $u rniliw ã\anettÊít*tiw*rien píus sirfu guìfi*ìt yarw++s ã&'dÍr fu p*nív à'*tíríe

rürr

f*is

lt'ttrtzrl*"

da ra*ry*n. Lt qurl yariht! lint'tre un p*i,nt tü?t7tttl,ít1 t*,er ít Fmw€jt wn tunnsÍ &wrmt tir

"4*

rn ,le l:aut *+r z5 de Í*tgr, a* sd

praiit1ltt*w*t píat. ntryr'*ntí fe

p*r

ies

*

,narranrarzt

ll

av*it díjà

í:ahit*ttts

ítí

jadis

çxi í'utríisrlirnt *r

ãilgmte wt ìi thw*'l p*ur

sz

rtn&z dqns #s;f*rycdx" {-!nef*is ãans wh't iií*wtt. iln vsnt t*íy*ïdtissa*t adwttit trs+Ss*t fu rlt*.Íew'rígwtrt"tt. Au

ltitn {ui!

i'unwl, u*us

qtw n*us ítiçtts

l1r'$iftxtnt pn

I

aurai.s-

itnagiwr çur lesgtottrs *lí*ìrnt

rt*us tt[ttxãre? N*w, il se.fak*it t!'aiüern"s tar ã, í'he*re de rcgng'ur

t

ít*it

ryr íyaisr

tit'tt phaimmpe*,tturrs tt+pe.strts,

rl' adn

Jt

,4,1*rs

írçwt tÍ+t.

rw*it'k mwl*n. üwi,

Swli*tzs rztfrn astt+

l'íià

n*s pítwsts twaít saurzí.

retçur s',ttmorLrlri rs\rìl0Ed íÍ rlor'i rri,icilj

fi

JLxt

Après avair dfrft.rtt{I t7 &ttz ãe pistt

*tlait

sçwwres

I

Jorrt dr rarlus dr 248

rntrfu

ârasilnn Ttart#

. Çutains

saiyfu

-{r*ntaks alÍwnirs, l* ptds }ans !'e*u, puts *Ès +,itt lrs jn*b*, lt r*u et wiíà qut

e;pìrr:... Aver d,s

haw"t une

ïeut-'itt't ií71t ílutït gr*tttt i#*is pw+r f'atÍúuãrt, ií nçus anvtx,ìt

qxúques rcwrít!*ns,

$a! itaít pntgr'enwni p*zw l*

fuautí si*g+tliìve Maígri f'i*ronf*rt ãt sox reyÊtement, ií gr*uit I* s*rs caímiyt en t,ír1'prïr?r,t u,ç ,,rcr dt lttpíeryl urtr vintablt totúes

át r*pírvr píus

p*ssl$fe

unt tzuÍrc frís!:t ttt sufuant

ivn'rsti içrs ãt

ã** dy *jantr axssi lt

s'íErcipazrt d"'ww b*u.ít. ",ks i:e*u miliew. r* la t'í{ítatí*u nethir+ntr, r! n*us _fct ígi*twl,t

être

ãeax awtres 1,$JítgsqÌ

stala7*zitr àe za *útrrs, tmíe

m<nn*tl. La

su.r

qu.i

É phtsinars ffiïfftuts *v$ient íti iãa#i;fiírs. Panti dks-ri, hs plrx n*tab!çs í,taient la {}n.ma de.l r',stohl.+t* qui st tr*t*tait pratiíïíffiwt'tt lçns lts ,*u ãi io l,ot,r6ndr, l,t Crt,,rn da LnfurnnJo n la Cru,m lo ,ln1o rí!ìlw pcrff rd tr1ant$qut

k

grt)ttt t*tltiftHait ü protnútail, *ite.is il s'at,érp-it uítessairr d.'',! rú*uwur *s

*Fcrtis

or prit lr

avait áijàt

ísair rtssrqp*wy

rc tlui p*rtissait

*ussi ã'wze risurg*ve d,u nçrn iëe híamantx

-De.çcorirefo

ioiru. C"srr

N*trt

i.'horiEon"

ïÍxltn"*t?tSstíE zrtts ntil'rcs pit,ts

ltu

pr*grtssi*tr

pfwe, *tre *;t'jìtirc * les ã.ír*rçt i*ns xtis *i n.es n*its avertirmt t|u' w

*vrivír. sw

p,tr!r ltttÌc lr Ìt serrn dc Ra,t,alha, a y,r,; ãt lnrs hrn dt noÍre liru ãe víWinnzn, S*n n.*rn ítnit tlrs y[w ptwrlttïít ts: ï]$/,rlhnt*. 5i pïçt?Íttlew qwr t j*ur-là, tout Iç m*ndr rltr,,,,t,

p*ur enxdtr se pwdn à

v

ítaitns éinsfes

prospmions tt les utspnti*ns ãt gr*ltts

'lu.xitôt

dit, n+estitôtfaü"

trrsi* quì nmts àfu*iíxlít

ercfu í.*

{hpt+is

tni#es

ã*wtàrenï srtïie ã'*.ÍJs'ks ç'bsr*t,w

u*r.ts

tcril lr rtrcnd, f),'sroÀriIc

de rníliernerct

(Ìtnttv p(i,il

ffitflfiï ãt &#rÉir tm;s msrnbh

rrr; lgtn'lçr. Êr"t *trhatz!.ì .í)r-trclr*to, la lrusgaãr iini{ dwtnur: wírcnnaiss*blr.. La fitr, rlut bana* sçtt p!ãn, l'at"'ait tr*nsf*t*ríc, Níx.ts aui*ns f*iíli l'*uhlier. La nwitii du growy âe sptlía: díatnbulatt dqà li lonq d, Ì nllh dr bamhçus a*#r âe p*its drnpenux roÍorís ü

parsenu{e

&

ltwvtttes rrpltxs âe mipirinhas,

çfu &;àrss et tl'arnt+sr^gtu'ltís dxt,ers,

-

Ëntons jrus:t uu

Prw à

ptu,

rcrnmmrèrtnl à

pm

!,,.

lrs gr*r;pcs

se

ãt

r*rnp*sís ã.'enfa*x, p*ds d'aãwítrs,

iinir

aw

*m

ã'znst

-üut d'ailard fa*wr.

tt

ljçi.rr

Ãrciï à vn nwriagr rlsampttrc.

E,rjn, n poirt d'Ì:rttrr, iloïr( rrors i0rìlïrrs Ouruexoj2002


résçlzts à.

a*nnd*nuer í*#í re bïaat ffi*tilfu,

*Ieilrrfiseçlttttí que *rl*i*s aw:"ierzl

ã'*tïft naus {n€çt'{. i{s ii{y'rs assq rlci*'es ú yt'ils

Füxlttitnt tí#w rcc*wa?írtÍa*tute dw ìewut' pnr, !:.tnrr'. n'r',tir yn, :ri, Júyrttri,.

qtti.

.i4

ïwrallixútí, ilfut tiítiãí ry+arrrj**-s

pius tarã

& rra*sff.rr

tlt(

Ç'rs! âont

xtti

n,.tregttr: rì fJe-çcoleeo.

ji{14

ãt

ít:isïesse

rÍx^rt

H#*s

M*rì* rhnt

'avçnsfait n*s ç'lin+x à f*í rs à

Jfoi+s ,rvlc'rr"ç eu

la ltçrmt íàfu de x*'*ts

(* wl! * prk:i$*n ,frs fong-r r?türfi#rts tltít Ítütts au.rì*trs ii prl.isrr d$#s !'Êazt, {,rs b*xí* gorrdir.r à hlor l, rryos l,,,ts la g,ttnrÌlr ;r !,s íquipn-tfu *znírinais*ns e* tytÍrn

,\

.yen:; brìtr\*nts, ?lüttr #çLrs sorwxes dirigis ";rs íts gr*tïr, {.tre1íu*rs s**s !* gruld partf:e

ãtenírít, |iúus nüt1t

ífrth*,

.ço:nff?r-{: ripartis lrs ufit x.vítqir,t t*"xfusi*n tlzd*nt *'ttpl*Ví, ii stl*ir: qui Ãis*it çewi,

sa"cs

ãw*nt n*us utr

sigth*n itnlÃemhb.

r, atttah*nt

pr$*uã.erlr

Jmn-

at**tí your '*stsurtr l*

[,oup s'rs*

ír?Ê

pi#{e

l}#ut 'âx4

xt

ãu r!íratrzÈtrt. t'usçw'à aujowrâ'Ínai, i!

ãtffidír ãr s*,to*ir p**x"E*t*i wais

il

rhçisit

'ww

lri*vr rí grcssr qxír ríll,,ts tr'avotts ptas tutltids*'* rire abt's qx.t u*u,s íui lír tl*íts

# n'ííatt

ttlisit.tns qxs

vr*i*rcnl níci.ssaive

pr+s

d'rrz wtiliser urx{ íl'!,nxt: r*iíieparú\fu, ct que

ú y*tfr,, tout íe Ãíraxltitre.

lrs

regards eÍ fus wtit'xiques trnhisstzi*zt ux

au

#el

Ã*gri*

delxzüt

à. ,j'l.i es, dans qwíle langu.e, al*rs Ê+rt la

l! m é**c

dwf*is

r*nàw

pr*niìre cíffirxlti ,pte i?r'u.{ drrorï-ç r?!l **ntr:ie-ftet & st lrüu1ttr" tw íilra çà rrirr-*er l*-t n;aífs. f,r sr:rri

t*pt vtr*ait

úcrrlLai*t.rrrl n'at rnft lttit:;r pas ptt ild,ntÌl!tr l* zn*itií dw grut'pr., et srff*rc m*iws la ç;*utiti tl'{ç*ipetneris quí thaqzte j*ur

{}ilks qui

qw ?rür4s :\üï*íttts íir"riv'ês à ir"iltír unt strti*n ãryztis le Sorzd * la. gaíetir *t en tlt{.Íl.írünt ía pr*3**dt*r l}{tï rtipy*rt {Ixt siph*n à /.it,tys enãsoits. La woy*nr était âe tr*is rnì.trts. l-'tau ltwpiâe * íts ditnercsiçns ãt in galerk ínàí,r1ttait un *on

s

ie ãëpxr"t ant,irì7ti. à [Ì..l,sr*lN*ç,

la

Íi

setull-rlaií l"çublE ìfu tnfu*trt" rert:t;it lsint ytw wssii'ilití: í*!*mtirm ãt rste&yzrs waiscns qtti ít:ximt ttlütit;pírx, littlis {{t!{ s*luti*tt trt

s

rr*us sat/sJ*isail q+*'ìt tx*itíí rrzr ãaus n*ws ttut"ians ttil. ,'tü1.ts tt#r.rs

hrc

il

trts

nçw sils*rr, Far that.tt,

-{ürir}iss aian rapydís ilxl{ ptxntxrait p*ssibíe ,ír l*uer unr iççle

na.+s

dar:l ir"ç élhtes ítaierut â.íià.

m

vatanxs. Ln

atttz",tlant d't*ttüN,w{t Íl/r(r nç;ts çt

x* íta*li

tmtltstr*ir*nrnt nts çuartitrs dnns

urs

tst*rniuet,' J uqr{ à í' b*çe ãt la_{t!tt, et rtêwe Satìguís, * fut ãivrctissant, ,4u b*ut ãrt

nnytt,

izprìs twttzs tts

píripítks,

tÌffi.rs {lvúfts

qutr.nãmhnefi*i St*r'rhtxir à nçus installir dnns tt,tt froL.

ar,r; ì'árÍf frltrr {JlIl{ììtï lotrt

not*fow*i,

lartg*ge

à çttute dr díautr.r, Llí, J*sn-.í..i:,wp, ter ã*:t'ais phrtôt

-

#n {n *zz.ítz dr zt*íl'r. í4tinh* aussi iwssit à m**in*e tmtt k *tanãt qu'ií ftil*ü f*ive ãrs visées ãaxs ks gal,,t"irs l*tirales * í'rwïríe ajfu qw lrs +

r'ittút lxi

Erei itait au

Ì.,t gn!,rtr dr In '\!u,nortn tít ür'firikn! qtt,lrlr,r rÀo.r d i,,rp|rssíc,rnntt! rfi,r'r çr: /Í mètt'es

tit hanr

il*it s*nbkbí*

ã

*llr

qut:?túí!s

lta*

ks r'rya.s

t5 w ãe /*rgr. Àic:rs

a*+xpr*lontí*.*s &

wr

n*s h*uies grârc

í'taulibx

d'ïlx, rhltan*

fu ,ah!, t! dr ptrrts... cJ Jíì/ri rÍi,r nspi,ttt qtrrlrut,lue ,rrr 1,i rrirr,s pcrrr P()l'r'orr r'ì'

{ r qttt tlítni pa, dr !a ,Lgrladr par.ri trís+i quì s'i;*t*ait à à{rhffrtr le rasiran fu k l:*zrssaie (enl'wrzarren*,wçij: la tkhr r**sisÍ*lí à s'ítirer 7u.s,1u'à *ttrlnàrr ìe üpfi!!.\'!r'

ãernultrt patar

'lr

fu

vetirtr ãr I'ml,, s*ns ptrr{re

ôtn s*tz tzsç;'e, {.rkirer

la ltmass*fu., ãcviner à qwrlb

íe

y*itt

máv*n luxtiÈre

tabfusfi zwir

dt l,t sil!t pottrJa,nterlrs rqtt'pes. ltfanerx

spilicnauft, ífuign*it à thaçxe ftis it*t*nent

*

lrs

t*ttrzt * ìi Agr*ttll* , xtis

sttv

r!íri'vi*rrs tra*r1uiÍlrweni

*tf*re p**waìr Ítir.n *rwsy*nãre lt p*itt"s topa sutt:*nt, prísettw ilr &*wss*lr. tír í'!:u:niiití sr,r lr: poirrÍs tcporftrrs ,7 ..r71vsïinblst,rtrt wn líg:r rôurtrnt, ut nzixrc *rw tagutlettt bnlay*nt *: xeS** àla *dtt du passag* ã'r+n

,,Lt'ir:rzs

d*urltx qw n.*tts

à

ltrezrions ãans

h h*r

*

{ìi!Ãew ãkra:tt ãt zrfi de !.'ír*Í*" l-t 'it: tiliphaee st tvoz*v*it à *rüdtutb .lõlls lss nzatitts, nons no*ls

sfi"r.'rnn.ç ãàr"

7tl*;wing' çírâtrt üu ti*q

d'r*plirrctiarus íttrirnt inssites

ÃfpòsdÌl Jímorr,r!iqnnrtfil .rn

àc

rúk ry.ti l*i

It

$

úFtiütls (húrítll

trctìt

J

etríntt

sstnl)lait 1trísenter fu ylrns

a tfiítfe{.

- O;ì t{rs*ta #xrjütérd.'htui?

Ms

,itrnúnt ln bctú dr l,r yarat l,rtulo;r-rÉotrctÌontrít', lout det'ntl trnts

{*ffttt*wr

auee

Ir nr sais ltíts in(rtt. ! n oü urte iqtnpt *wrr: htsçitr ry,/o* la tontptì.tr, aíjr riyonãu

r'ilnrÌ

Jaiblr

b *hlrcw, j'*i eu wn !n 'Mn,r,ana" l'.1' at t'úr ittsrnr

nr

1'ort,

çbsentant

m*n ntm et â'*x4t1"es rwftrs

?t(

íarãèrenl

pas

à

apparnitrc: Iritinba, lmn-íowp, Gilks u ()rlnurto.

o cARsrs vol 14 no 4

rn

r'ri

l*tíyal

tt

ft:Lit ãmú-t*wr

**n

/tütts

saus atsoir

wãuit l"ttíral çui, úvíl*it biffi ffiçi!.#ts: t*nnz'u il ítait mr*re

prí*lr;blernrnt expl*rí ít rnalheureraswwtzt, se

ìi

peiut zy nzèfrcs.

tôt, natts sürfilfits a.lÍís inspttttt: I'mtríe s#lliti#rt (jtxryr'aía*s inmpl*riì) qxe **vs a van

s

pt

lsu

i;ì

.14 4 1, 1,t7

47'ris ni'oí,

1 1

r

th n

Jrnn,li ufii tãr!ìPr Ls(,tt'Ì)ir

ã**s íì wrãnit lntiral drcit ãe k Marnarç

suit'i d'uttr ptíi'r es*l*ãt, i'erttrfu birtt

*r*rrwtííe dt ww

wr

tlt la M*,nysninhç dçrzt

Í' lswi4*n

&c

â iros rcgo'.rdr.

us

est

nagn{iEue

s'

Ie

*t

p*ixs *fferte

*tons repris la npa dans

gakriu latirales {r* ".n*:intmanf Ìts rnimes sâtitx y:ur tlt*ntn|.'ïçüt #te bea*tí {t li

íes

t'oiiiirrigi d trn rctrrs ,!'eat, ur pt1!t\'6ú qt!e fairc *pp*rait*sfir{-{ $rs}nLr * ne trèsgrande qwazrtiií

&

âiíy'ls /,t rírnnúqw, çrtttìns si

g'nnãs rt si prorhes qra'iÍ nous ítait p*Niltle

dt dn,trvr leJort,nr ,r la tail!, d, !

ür. par

rtrstni,!r.

{tur yr*xinrirí, ií

ílevúit

dotrr

Mamatvt, *tais naws

*Iluú,

tn ,,nrttdre tna!. (.)trr!qttts ra,,rbe, p!,r" l0tri, ,lcus ar'0nr

agzwçu+m renãt+it

Iy'cr.r-ç l;rrons

cert*inemtnt mister tles rçrtwtíiçns aper la

ãt srs wuznüeuvres,le i"fua*nltre tttrtix ríãt+ tt j' enfus rluitte paur tnr brÍfu r*w,yare ttw ãazgt, dt; gtnrt ãr rúíts qtat lcs rcuteat*t p{t4vt:ttí masn: Maìs ã*ns ttns tatitó ttlh qwr

Mais

p*ttnsieí p**n' la ylangee-spilél.

Pcttr

rapitìiti. Tbutef*is, í*rs il'une

dnnandn-!-an.

srütt fiÌILotÍstãsrtrt.

aircsi

s$'trçi$s'relournís à !'*ztrít.

cr*quis.."

pttite, {.-'est

pris "ane ltsm pivx

n

Ssaixts ttp* "fnssttz! itittz çisiôJes puisque

l'íquìliÍw,

Li+routirrc

fr*nçtis rr,t' {'t.s!

ínÃtqw.s Jrs rilE.ç*r*s m

risqui*ns

n*t,ts

swrla droite. I'i*us

olri tnrtr4ilí I tnlrir n|ant

de

tlttmin Ia dans galerir printiyale. Celle-ti se pt:wrsr.riurt *t; et *rïltw.siasnze. nçtvr.

prd*ngait m ítant íçtalenze.l,t inanãie, praf*nde * l*tgt. lí vaid sçaâain qur swrgit

su*m.e.

il'#i

F-tt*?ls

tr***tí*

tout,la híaw*uinha s'iïerztl sur

.Ë.n

n'útrcs dans w*,

g*lerit unrqr4e, t*x#Êt4ts

à ser et quí s'ílàs,r líglretnent stir fqíin"

I n punr;c tertrltntü à ,nfitt.lr tnaríriel dans lrs snrs à dcs, ttlüs ey$?is repris le

rh*nitr çtrs

rtt Eur

ltns vous

j'ai

lrç

Il rc'ëtait

f,ilr( pflrt

Vassés

jt

t'i!íe.

avrc

inzpoxil:le de

tÌts hans tìtortrllís

*tte ítluipt FendsnÍ

rette

f*s bien ltourqwoi, peutitt'c itait-çt à u+ust át ía baflns hutzeur iawtrie,

{onslatrlr

bi*la wil ãt

?t{

qtti

seis

rrgrttttl. ln

lírantrxtrcn

ou

rct enrc,*ais rcJut un jonr ãiffírerzt:, seux Eni l*issent

"sauã*des".

g

249


ENFURNADO

rïì FI

litì

fr/

tll

A CEREJA EAA CIAAA DO

Í

BOLO

n!

rn

OLIVIER sAU55E 6ROUPE 5PÉLÉO BA6NOL5 A^ARCOULE

esta manhã do dia T7 de junho de 2ool os membros da expedição BAHIA zoor se levantam um após o outro Pafa romar, como semPfe, o café da manhã no bar do Gildeón. Sentados diante de um bom café

(sem açúcar), as discussões a respeito dos planos para o dia começam- Ezio exclama: "várias opções são possíveis"" Este dia é, sem dúvida, um dia particular porque é o último dia de exploração na BAHIA. De volta à escola, nosso lugar de acampamentor gentilmente ernprestado pela diretora, as equipes se formaram no quadro-negro de uma das salas de aula. Marc me informou de seu desejo

ir dar uma olhada na Gruta do Enfurnado. Tratava-se de um sumidouro que nosso amigo de

"Bento das boas dicas", é quem possui o dom para sentir as boas oportunidades, e decidiu juntar-se a nós,

E então nossa pequena equipe pôde começar a camiúada rumo a urrr:r nova aventural 45 minutos de estrada e I5 minutos a pé nos

da entrada do Enfurnado, formada por uma bela separavam

boca de apenâs

lom

de altura e

lom

de largura. LJma vez lá, equipamo-

nos e com nossas

bóias

dependuradas em nossas mochilas atâcamos a topografia dessa rede subterrâneaLogo na entrada ficamos muito

sufPfesos ao sentir uma forte coÍrente de ar! Muito estranho para uma galeria que termine em um sifão! Este fato estimulou ainda mais a nossa curiosidade.

Após alguns metros

progressão desembocamos em uma galeria fóssil cobera de restos de

tempo e de meios, ele não tinha topografado. Segundo uma vaga descrição, existiria Ikm de galerias com rio que terminava em um lago

madeira. Durante Zo0m ela se alargou (zom de largura x r5m de altura) e depois encontrou com outra galeria superior. O lugar era magníficol Que boa idéia nós

vir! Ainda mais

Após o grande cânion da gruta Baiana e da rede Baiana, decidi

tivemos de

seguir Marc. Jean-Loup decidiu igualmente participar desta descoberta. Os brasileiros não pareciam muito animados para nos

continuamos nossa exploração.

acompanhar, mas precisávamos de uma quârta pessoa para conseguir fazer umaboa topografia da gruta. Finalmente, Benolt, chamado de 250

abelha que o picou no topo da cabeça, logo ele que é alérgico.

Chegou até nós um pouco preocupado, e explicou que se ele começasse a inchar como um balão precisaria utihzar medicamentos que estaYam dentro de sua mochila.

À4"r.

Benoït não ficaram muito

" "entusiesmados" pata fa,zet

a

injeção. Caso houvesse necessidade, me propus a fazë-Ia.

Depois disso, decidimos

continuar nossa progressão, mas um pouco preocupados- Topogrúmos

5oom da rede fóssil. Deixamos algumas entradas laterais para

âs

próximas equipes. jean-Loup parecia em ótima forma e a picada

de abelha

não , parecia tê-lo

prejudicado. de

brasileiro Augusto tinha explorado há uns Io anos. Mas por falta de

sifonado!

O que será que ele descobriu? Oh, nadal Foi só uma atenção.

determinados do que nuncâ, Ësta nova entrada se dividiu em duas partes. Jean-Loup, especialista

da trena, se adiantou com muito entusiasmo até a superfície pelo primeiro caminho e não demorou muito até ouvirmos um pequeno grito que logo chamou nossa

Após uma curta pausa pâra almoçar, chegamos, enfim, às galerias inferiores. Tínhamos reencontrado toda nossa energia. O trabalho andava muito depressa, com visadas de 4o, 4,5, 5om. JeanLoup se desdobrou por todos os recantos. Benoit recolhia inúmeros dados que tinha que tÍanscrever no seu caderno. Marc berravâ para nos obrigar a andar mais devagar porque

o croquis estava longe de

evidente, Um

ser

verdadeiro formigueiro trabalhandol Esta galeria era muito grande, com formas muito variadas, seções em rio e um imenso salão onde foram necessárias quatro visadas de Ourusno/2002


5Om para medí-lo. Em seguida, o

Lá,

a

alguns metros, estava Jean-

teto se abaixou e chegamos num

Loup, deitado no

lago de água estagnada. Não tinha

resmungando: "pr"ta... merd... explodi o meu rosto quando

dúvida nenhuma, estávamos no ponto em que o Augusto tinha

chão,

Aproximei-me rapidamente, temendo que o pior tivesse

caminho, rumo à saída, ainda mais no último dia da exploração. Para

de

carbureto sob pressão; por onde

Bento, que tinha acabado de calcular as distâncias no seu

passou meu parafuso da água?

Ikm desde a entrada, e a continueção não era muito

acontecido: "me mostra seu rosco. dói?" Um cheiro de "porco assado"

animadora. O cheiro de vegetais em a presença de

tinha efetiyamente invadido

decomposição,

galeria. Felizmente, somente â sua

grandes peixes brancos e a ausência

barba sofreu queimaduras. um minuto depois Jean-Loup reencontrou seu parafuso na beira da água. A exploração da rede do

de corrente de ar não deixavam muita esperança pelo futuro..- O sifão não devia estar muito longel Mesmo assim, Jean-Loup foi o primeiro a subir na suâ bóia e as visadas se sucediam nessa galeria baixa, que se parecia com esgoto... Mas, estranhâmente, após 2o0m

de exploração

ai

nda

não

encontráramos o sifão! O que isso significava? Será que havia alguma

a

Enfurnado podia continuar seguindo o mesmo ritmo elevado e sempre com bom humor. As horas passaram e os metros de "première" âmontoaram-se Íro

caderno de notas de Benoït. A equipe era solidária, muito atiya, e ninguém

tiúa

realmente vontade de

continuação? E, então, de repente, o teto subia

p"tãr. Í"*o, de descoberta em descoberta, cada uma mais

de novo e a galeria continuava lá bem no fundo. Nosso espanto não demorou muito. O encanranenro e a alegria da descoberta tomaram rapidamente conta de nós. Era o

surpreendente que a outra. Depois

ambiente dos grandes diasl Mas, precisava retomar depressa o trabalho e a trena se deslocava por todos os lados com entusiasmo. Entretanto, ]ean-Loup teve que {azer :uma pequena parada de IO segundos para encher sua lanterna

de água. E foi neste momento preciso que uma grande explosão nos fez sobressaltar. "O que podia

ter acontecido?"

Golerios iniciqis do Grunq do EnÍurnodo FoÌo: Jeon Froneois PerreÌ

o cARsrE vol

14 xo 4

do mesmo dia.

Finalmente, conseguimos reeÍÌcontraÍ o rio que sai de um sifão room rio acima, numa galeria lateral. Já eru tarde e decidimos então parar. O lugar era magnífico e foi um verdadeiro

coloquei minha lanterna

parado.

caderno, confirmou. Hayia cerca de

encontfo com uma charmosa moça montada no seu cavalo na maúã

de termos parado num sifão, continuâmos

a

exploração na galeria

lateral do mesmo (dimensão; f 5x20m). Esta galeria comou proporções gigancescas, chegando a

medir até I2Om de largura e 25rn de altura. Batizamo-l* "Galeria da Bela Amazona" Dor causa do nosso

suplício ter que retbmâr

o

resumir, um de

nossos companheiros (cujo nome não

citarei), convenceu-nos de rminar a exploração com

te

argumentos valiosos (pelo menos naquele momento)...

Uma hora e meia mais tarde estávamos, de novo, na estrada que nos levou até Descoberto, onde os

outros rnembros da expedição BAHIA 2OOI esravam, com ceÍteza, nos esPefândo com uma

gostosa caipirinha. Esta descoberta foi uma das mais belas desta expedição. Foi igualmente uma experiência única que tínhamos vivido. Tínhamos topografado I,o km de galerias em

t

horas.

Para a continuação

da

exploração, deixamos "a tocha" para nossos amigos espeleólogos brasileiros, deseiando-lhes boas descobertas.

g


iÍl

h N f.i nl fô

l.a

rcrisc sur

ülivir

lr

suryrisc ãe vesse*íiv t*.n

gàteau

d'arr! 7rì| ítçnnant laur terftúnan: sur sipís*tt !

Sawsse

Çrowpr Spiíío Bagnals Mnrc,nie Evt

n

ln

I)ès Í'entrír, q+teltr n'est ltãs nçtre

Enfwrn*da

matìtt du t7

lttin

.

zaat,

fort utr

ftr4{ti.ltt

rí'(at!

sr

C** ditawsts

stimtde êlt{ürc pl&s wstrc

ruila*ití.

Après çwelquts *ú!rcs

Ies

ËAí'IIA z**s * !ìz,ewt Íes uns *pús lw aut.rts Fëur ailer prmdrtt tçtnfl,tt d'babituãt, Íew, Fetit ìlijruner au itar úr Çtlãío*" Ilevl;nt un bon cafÉ (rton swri) s'$wcartent lts $is*tssions sur Ie plannircg de l* .i*wr*ie. E{a s'i,wlamt : "plttsín*s flftions s+nt possibles". En eff*, *ttr. journfu src p*rtimlière wr ce sera Ie ãer*ir jaar d'exptoration sur membres ãc I'expéáüion

dt

{fet, rttte galerk wt

trìs grnnde,

at,rr iesftrtrtes rrìs variits, des sertiçns

rrt riuièrr eí ft*r itnftttu.st sç.ile ã*nt qttütr( ui;ir: dr lrt tttìtrrs ottt ití uiress*ires paur en faire Ìe tatrr. Puis, Ir plaJond sr rabai.r.e rt t10rí5 nttpìÊtrcns

progrtssia*, upr.ts ãíboaútçus sur u.tx{ gel*trie fass'ilr j*nthée áe ãíbris ãr bús. Sur ercviron zrx) wètrrs, tÍIr s'agrandit

ux t*c i't,+u

lzotn de la.rgc srtr t;n dr hawtl ptt,r;

distanres silr soft {ür'fiet, n*us le lrrnftrzne. 1l y a etn,iran r Km ãrywis !'entrdr tt !n sutlt l'eslgi,ir',^ ut1a1(t1nl, I.'*ãwr d"e vígií*t+x en iir*mpasiti*n,

est

rrnupít p# uil{

a*'ttre perte du

plütffiu, í,'etttlrait tst superfu! Q*tStr b**ne iéíe fl.at4Í ür)etls eue de vrr,ir fttirt 'ía t*ra'j

y

Aurun i.*ute !

sttt811í4flt€.

Nçus sçtn*rrs tnd term.inzrs ã',4ugtasto.

ISenta,

qui rienÍ âe mlrulw

Íes

.

I* prísrrct fu gr*s pcissons ifianrs n,

à

" Et ,nìorr píws àíternìnis qwt I'tndrc,t oir rtous nous !rattvôtrs, jan*is, nons tçntinuors rc*trÊ ! absenrt dc rar,ran! t!'ntr nr nous mplwati*rt, ('ettc nortt'tllr errlrìt .e,ïír'rsr rrt

laisse*t gtaère d'*pair p*ur Ia suitr.. .Le

Nianmrsins, Jeau-L*wp se l*we le prrmier stír sít bçuíe et \rs tisfus

dt san mpit i'alltr jrter un sii à í.* grette i'Lwfurnado. Íí s'agit Ã'une períe-que

J e*tr-!."o*r.p, spítialisrt du ãícamltre * pr*pr+ls* à {* su+fwe p*r la prrm,ìrr !.rr,tnth, úvr( tln (rrlnrn *rtïain" Pt+is n**ts ne íartlarc.s pas à iltttnàtt ttn ptI it t ri qüi atïir( \ ttt 4clt( ãttÊntian, Üu'n-t-il dínttt:vt? ült! Rirn, sinaïqt+'uw a$sille vifnt tüNrt

*çtrt atti brfsilisn Áug'usta a uplorér.,

í*n*exrent dì

ula

il 1. a unt dtqahtt d',.t,tnírs. Mais faute ã.e tewlts et de **yens, it n'avaif pas w

qw'il

la BAï1L4" Ils ret*wr à I'ir*h, *otre lieu ãt rísiãrnre prÊtí gentiment p*r lt viÍlage, lts íquipes

*formmt sw-Íe

fu liwn-e der-sall* it

M*rc

me

Mlsleau

n*ir

cl*sse,

Jcit part

la tapatr,I)'apràs tme a*g+te dtscription, il I awrait t4.tt hilçmètre Ãe galtrie *t'et ripièrt * terffiitxrls silr *rn í*e siphorcn,znt ! Aprìs Ie yand danSon Ãt gnrÍ* Eaiarza et le riçeau Bxicna, jt ãícih ãe suitre M*rç, Jt*n-L*up rct íg*leme*t p#rtã?rt. Lcs búsiliercs n'ant pas I'air très rmballís. Mais iI naws f*xt la posslbií*i

de

cryrudatrt nn quatriìnre !arron si nous vo,,!0,,s topogra_pl:irc cotwrnablemtní et tffiratemenf íe ríssaa. Fin*fument, Bençït ãit "Ilenta, i* bons tu5ìa'ux", tt 4u4 a fc i.an fu flairer les b*ns t*ups, àéilãe de sr jaindre à 7ro1ís.

Et :..oiíà I -Ffsrre peilrs íquiyÊ pewr danr st ftrrtt{e en roettc laut vfte nouvelle nvrnlurt .'Qunranle rtnq minu.tes de pistt et t5

núnutrs dr marrht

n0us sont niressaires portr rrjoindrc I' ott v t rt tr re d' !:ttJ, rn a tl o, Jo nnit pa r 1úl

ieux.

esr

Ie

p;qutr tr'tr

te sârce et

alíergiqwe.

ll

naus rtj*int àaw 4uelqwe peu souciüqx êt t:.ous explìqw qut s'il túÍnfitsfit€ à g*nffur totfitlrÊ t+n ball*n, í! Jatrdua uttlisrr les sért,m, adrquat, 6ui sant ians son su, Marc ü bençïï rce

iorr, po, tris "rítattds" partr fnirt l'inje*ian; cn cas de nícessíti, jr me prãyost de l* lui -faire.

'

^Pwis

,ror,, ,íiriáons de rantinucr

no!rc pr\Eressíon, un àe

mtnrr.

sní Íoo

í:

p(u tnqutrI t0Ìrt

ristaufossile

mètves

laisií quelqws

est

t*pagraphtí

tnvirsr*, .Nças

Ãëparts

prochartrcs íquipes.

*r,or*s

latirawx paur

Jran-l ottp rst

Les

en

n'a pleine Jonnr ct la prqürt 'l'abrille pas l'air tl'çuair ãe ri*iliçtt,

Après tuìe (ourte pat,se pou, lr déiertnrr, not$ nous jrtons rnfin darts lrs gaÌe-rits nunJ. Àtcus nvou.í rplrouvi nôtre Jougu(.

rapifu*rtttt 5ts mètr*s.

La lopo"

aveç

avnnct

très

àcs úsótt "ie 4o, 4j,

Je*tz-I-*up sr díçhatìn* dans

t*us tes remius. frmçït retueillt

une

siplto*t

*e tí*it pas iee íaíx

soewb*ïrcent da*s rettu galerk bns* quí

à trtt igout ...

rrssrmlrlr

Jr

M*is, biqnrretrzmt, après zçsa mè,tres yrogrtsstort, n(1 tí.ç ttr tfottrofls

touJotrrt

pas

tlr siphon .' Qtt'ett-re qut

signifie? Se peut-il,

suttt{ f.t puts, d'un seu!

q{il3

rowp,

lr

't'it

ttrte

plaJoud

sr rclève et Ía g*lerir rcntittut à ye*r Ã'ítlaírage. Natrt íilahisse*trt n'*t qt+t ât murte ãurfu. ïímerveillem.ml * Ía loie le la dírcur,rctt Íui swàãmt très "rapiÃement, C'est !'mtbianrc drsgranás jüü.{s ! Aáais ilfaut s( teÍ1'tettte r*piáement ttu tr*pait * k ãiffinxìtre fuse ãt for+s tôlis aver entrain. Níanfiçins, ."ieanLsap àoit faitÊ ,tw pÈite b'alte ãe rc strcnàes pçr,w rer*píir

i'tau

sçrt üríãne.

El

c'tst à ,, *o*rrrt là qu'une granáe àíïon*tittt naus f*it ,üíis sil{süuter, "()trr pettt.,l lrtcrt se passer?"

Là, à qutlques rnètres, Jmn-Laap, all*ngí sur le scl., ssl Ê11 trüi?r ãe

bawg*nn* , '' pÌtt....rnrrd...,1'rtre suts fait sauter la gueuk en m$tsnt ftfi ralbünbs sor+s pressiott ; tt ar\ est ?$ssí ffi$n p*inteau

?

"

J r rn'*ppr*rhe r*pid*t'tetxt {n

h*ut

muítituãe ãe ãtnníu qu'il àait

cr*igtsant íe pirt, "fais

et fu 3rs mètres Ãe large. Naw nous pripalens, et mwnis ãe nos bau6es a*rçclties à nos hits, n*us *lïaqwons la

rctrtefisrrire silt s*?x ternet. Mart ltxrle pçttrxox,ts obllger à relmtir tqv le ãessin est lçin ãïêtrc hiàsnt, Lrne çrai Jawrmilièr* ail ttírtrãil!

g* ilrâle?". Une oàeur ãe 'tçthsn bviltí'

joíi

parthe

tl'à

prine

Ia

rnìtres

*

topographie de re rêseaw saatr"rçin! 252

*vnit tffeüiutme*t Mais

wir t*n

ercvrrhi la galerie.

heççre+tsenunt, seule

touclsie.

rtisa1r-,

sç b$rbe eil

{Jnt mirwte pÍus tttrd, JennOurueno/2002


Loup retrowvt

son

pointÊítu aw barà de

I'eau. Ltexploratian du

ríseau

ìl'Eryfuraaão peat continuer sur Ie mâme rythme'soutenu et toujours dans Ia bpnne humear. Les heures pãs$nt et les màtres áe première s'amoncelleü sur Ie nrnet de

'nates

de Benoït. L'équipe

est

soudée, très

n'a praiment

ãctipe et personne

enyíe

s'arrêter, Nous allons de Ãircsvertrc en découvertes, toutes plus surytenaïrtes les unes que les auLros. Apràs ayob bwti de

C)

sur Éfi siphon, ntus ronliauons l'exploration daas le SHLI}.JT fu celaict (dimqnsiw 15 x zo) . Ceítt gatcrie

prenà fus proportions gigantesques, jusqu'à rzô mètrts dc lwge et zj mètres dt haut. Nous la baptisons , ''la galerie ãe la belJe amfl4tne", saite à notrc renrcfilr€ ãvet une cltarmante awtothfune

sur

son cher.al.

Ic ntatin

même.

Noqs arrivons Jinaleryent à retrouver la rivière qui ãéboucbe d'un siphon rco rnètri,i en amant ìln*s une galerie laÉrale .Il rcmmenrc à se faire tard ü iI va Jalloir se ãédãer à nous

GRUNA DO ENFURNADO Localizaçâo UTM 23L X= 586.312 Y= 8.491.286

arrêter iri. L'enãroü est superbe et t'tst un urai sapplire ãe rtprendre le rhemin de

la

Proj. Horiz.: 3.050 m

,

Desnível: 70 {48, +22) m Topo 4C BCRA

sortie, à'autant plus que c'rct Ie

àernier

joar d'explo. Pour la

Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas

petite

sn de nos íquipiers (ãvnt je nt üterai pas le nom) naus a soumis I'idíe de s'irrâter at,ec des argnffietrts

Groupe Spéléo Bagnols Marcoule

hlstoì,ire,

ï:u::.ï"*' Un, hrun

(du

Junho/2001

tnoins à ce mowent

i\

+ ?È:*

et d,ernie plus

urd,

0 ffi

nous

l&h

r

'4'ry'

lg

la pisïe fficnâftf à Descoberto oà les autris tnembres àe l'expéãition BAHIA zoot nous attendrflt rejoignons

Cet* dércuverte est I'une des plus bellu de rette upéàition; r'est une expírienrc unique qwe flous avsns vicw, En effct, nous avons topotí j,o

ígalement

km àe galarie en g

heures

C> ü

Quant à tn suite, rous passans "Ie flambtau" à nos àters amis spilèos brísiliens et nous lcur souhaiÌans bonne

áíçowvçrte.

o cARsrE

vor- 14 xo

E

4

*{

253


iTl Fi

f, i,

N FN

n ôì ri

ffl

O FANTASTICO

"Pessoal,

CANlCN DO

Entramos topografando

AAORRO

na Gruna do Ventilador, provavelmente

IL,J RADO

a

ressurgência do sistema.

Deixamos para trás uma LZ_I-C-R_U_ B3_iO_Ll

entrada de 40 metros de

úRUPO BAA/'BUÍ DT PE5QUI5A5 [SPILECLCúI(A5

trarguta por 5o de altura sem

explorar, e um sumidouro de

Io

metros de largura por

IJ

de altura que andamos JOO

m e paramos por pena de vocês. Há outras

entradas, outra gruna com água correndo entre 2 sifões

(+/- í5o m) e um sítio cheio de pinturasVenham correndoll! Tlagam água, carbureto

e

os sandubas. A água com gás está âtrás do banco. Marque N

.:() E õ

E L

o caminho com o GPS. Ass. A turma da

vantagem," Ourueno/2002


al tínhamos tirado

o

capacete da cabeça quando

vimos

o

Dailson

'retornado. Ele havia levado

Engrunado. S"* Foto, aéreas ou mapas detalhados, seguíamos somence o rumo das indicações.

2

a ouf ra equlPe Parâ conhecer umas "grunas" e agora voltava sozinho. -Bom sinal, pensei...

semanas tínhamos nos deoarado com três cavernas por dia, em média. No final da uirg"*, as descobertas

Chegou perto de nós e, sem dizer uma palavra, enttegou um papel amassado com umâ mensagem e um desenho meio confuso. Na verdade era o croquis de um cânion, cheio de indicações de cavernas. Nossos corpos, que começaYam esercfazer do cansaço da primeira etapa de explorações e da caminhada sob um sol

haviam se tornado uma rotina, sendo difícil encontrâr alguma coisa que realmente elevasse o

escaldante, recuPeraram as energias

imediatamente. Começamos

â

organìzar as mochilas, sabendo que

tínhamos uma corrida contra o tempo. O sol já começava sua descida para o oeste, não nos deixando com muitas horas de luz. -Está bom de água. Eles também devem ter alguma coisa...

Pega só mais um pouco de Mochilas carregadas, cancis abastecidos, era hora de retomar o caminho. Dailson, nosso guia, nos deu duas opções para chegar aos nossos amigos. -... um caminho maior e mais

fâcíl e outro curco e difícil. - Lógico, vâmos pelo atalho. Não temos tempo a perder. O calor ainda estava intenso

quando deixamos

o carro

e

tomâmos uma trilha parcialmente tomada por .r*" u.g.áção rasteira.

Mas a nossâ história

de

explorações na região (setor norte

da Serre do Ramalho) havia começado muitos ârÌos ânt€s.;.

A

descoberta da Gruna do Anjo

Em 1992 Augusto e

eu

fazíamos prospecções na região. Era a segunda viagem à Serra do Ramalho e as promessas de descobertas já se traduziam em duas grutas com mais de 3 km

o cARsrE vor- Í4 xo 4

Durante mais de

nosso entusiasmo. Mas, sem querer

abusar do trocadilho, a grande descoberta seria Descoberto. O estranho nome do povoado, locatrizado no município de Coribe, era umâ alusão ao local onde, no passado,

foi encontrada

- Fica lí

água.

onde foi

"descoberto" ígua. - Ê te no" "descoberto",... deveriam dizer os antigos habitantes. E acabou ficando Descoberto. Diga-se de passagem, a tal água foi

encontrada dentro de uma gruta., sítuada praticamente dentro da área urbana. O povoado não passava de duas praças cercada de casas, tendo

carbureto.

r

Boca da tr-apa e a Gruna do

*

a

uma escola e uma igreia como destaques. No horizonte podia-se distinguir vários afloramentos calcários a até mesmo algumas entradas de cavernas. Realmente urn bom lugar para se fazer uma prospecção.

Mas naquela rnanhã, os nossos conceitos espeleológicos deveriarn

ser revistos... Seguíamos dois moradores que nos guiavam até uma gruta que, segundo eles, dnha

tlrna entrada enorme. O relevo aplainado, com poucas elevações não nos dava motivos parâ acreditar na informação, Mas... - Quern sabe, pelo menos não é uma gruta interessânte. Depois de r hora de caminhada ,ro *.io de uma trilha rorçuosa e pouco marcada, deparávamo-nos com uma imensa dolina. Uma visão inesquecível. O buraco que se abria

de extensão, A parede oposta da que havíamos chegado alcançava quase Io0 metÍos de altura e uma gigantesca entrada contrâstâva com o paredão avermelhado. Que o sobsolo da Bahia estãva recheado de cavernas eÍa uma certeza. Que muitas delas poderiam ser grandes

também não era dúvida para ninguém. Mas, uma entrâda como aquela ter ficado anônima até o final do século XX era uma coisa surpreendente.

Igualrnente surPÍesos ficamos ao veí como era o acesso ao

fundo

da dolina. A borda sul, onde acabávamos de chegar, era o ponto

mais raso. Contudo as paredes eram coÍnpletamente verticais e com mais de 2o metros de altura. Fazendo uso de pequenos

e

das rtízes de gameleiras, nossos guias descerarn com tanta facilidade que deixararn nossas cordas e blocantes con,

patamares

complexo de inferioridade. A vegetação do fundo camuflava a entrada, que deveria ter mais de 50 metros de altura. Aos poucos foi se descortinando uma galeria enorüÌe, tepleta de espeleoternas e pilhas de blocos abatidos. A grande abertura que deixávamos para trás

permitia que a lsz nâtural Penetrasse centenas de metros, delineando os contornos grotescos de colossais forrnações rochosas. Um pouco mais adiante um grande

desmoronamento se elevava quase até a altura do teto, criando uma área de penumbra, Subimos sem dificuldades e nos deparamos cotïr a segunda grande surp(esa do diaAliás, uma enorme surpresa... O piso da galeria despencava dezenas de meCros enquanto o teto e as paredes se perdiam na escuridão, Nossas pupilas, ainda retraídas, não permitiam que nossos olhos enxergassem muito além. Alguns momentos de adaptação e ,.. - Olha o tamanho daquela

diante dos nosso pés cinha um

coluna!11

formato alongado, com cerca de 5o metros de largura e mais de 20O

É

-

,r*"

Nãolll Não é uma

coluna.

estalagmite. 25õ


frì Um conjunto de espeleotemas f.{ Lr tomava conta de uma grande área

t: do salão, culminando com uma N f-t série de estalagmites que

GRUNA DO ANJO

superâvam facilmente os 2o metros F{ ^: de altura. Com menos de 2 metros

í!

rn

de diâmetro na base, pareciam

Localização UTM 23L

;-Ã-r

X5 584.476 Y= 8.493.684

iú'*Jj

Desnívêl: 68 m

Proj. Horìz-: 920 m Topo 4C BCRA

precariamente equilibradas. Vários

destes "monstros" dominavam

Setembro/2001

Gtupo Bâínbuí dê

a

paisagem, destacando-se pelo

Pesquisas Espeleológicãs

meÍÌos seis, que chegavam perto do

nível do teto, Ao longo de toda sua

altura alças de calcita ("pétalas") cresciam radialmente, chegando a

mais de I,5 metÍos

de

comprimentoContornamos o salão em busca de possíveis continuações em meio

a uma floresta de espeleotemas. Mas tudo parecia fechado. Agruta, conhecida pelos moradores pelo nome de Gruna do Anjo, deveria

ter

uma extensão

í

'i\

de

ie

aproximadamente 8oo metros.

Contudo, suâ entrada

e

ornamentâção eram notáveis, até mesmo quando comparadas comas maiores e mais amplas cavidades

o

tl-J

100h

GRUNA DO ANJO II Locãlizâção UTM 23L

X= 584.589 Y* 8.493.463

SISüMAOO MORRO FUMDO CORISË. BÂBÌÀ

-

baianas. Voltamos delirando com a descoberta. A Serra do Ramalho ainda tinha muitas surpresas para

--- ----^

Proj. Horiz.:400 m --1 I

Desnívei: 43 m Topo 4C BCRA Setembro/200'Í Grupo Bambui de

revelar...

Pesquisas Espeleológicas

A trilha, até então f;ícil e bem marcada, seguia na direção de um pequeno afloramento lapiezado. Finalmente o caminho comeEava a {azer jus à fama ãe " difícil" , Equilibrando precariamente sobre afiadas pontas de calcário, tentávamos nos desviar dos cactos e urtigas. O ritmo da caminhada ficou mais lento e começamos a perceber que seria impossível fazer o mesmo traietQ na volta, mesmo marcando vários pontos no GPS.

Depois de

lo

minutos driblando

uma vegetação espinhosa

e

ressecada, finalmente descemos ao

cânion.

A visão era estupendal As

,Ëinl e\

i-i

que havíamos

O Boqueirão do Riacho de Fora

direcionados nossa atenção logo no começo da expedição. A equipe era

e

formada por Flávio Chaimowicz,

menos no Pensâmento

organização. E não havia passado dois meses da expedição franco-

Rafael Carreio (Venezuela),

brasileira (junho de 2ool) à Serra do Ramalho e já sentíamos a falta

eu (o Adrian Boller e a

do calor do sertão baiano

completar o "time").

e,

principalmente, das cayerÍrâs.

de 5o metros, sendo visíveis várias

Alguns pontos tinham ficado "em aberto", aguçando â n0ssa curiosidade ern voltar à região" Um destes era um enorme sumidouro

256

ncontrado

Uma viagem começa geralmente quando estamos desarrumando a mochila da última jornada. Pelo

paredes verticais se elevavam a mais

entradas debruçadas nas escarpasSeguimos para montante, à procura "da equipe da vantagem".

e

casualmente âo tentar voltar à Gruna do Anjo. E foi para lá que

Roberto Brandi, Urandi Corrêa

e

Paula chegariam alguns dias depois para Descemos

profundo

por um vale pouco

e com paredes levemente

inclinadas. No centro, um leito seco de cascalho atestava a presença

de um rio

temporá"?rï:rJ;#


uma vazão consideráyel. Depois

de 4O minutos de caminhada encontramos um paredão com cerca de 3o metros de altura formando um semicírculo e impondo uma barreira natural à

drenagem. O piso descia

bruscamente de encontro

ao

afloramento, onde se acumulava uma grande quantidâde de galhos

e trorìcos de árvores. Num

primeiro momento pensamos que poderia não haver uma entrada. - Olha lá no fundo que eu you ver deste lado.

-

Pode

virl Achei um conduto,

Mesmo antes de remover alguns galhos para facilimr a passagem já era possível sentir o vento forte que

vinha do interior da gruta.

Ëntramos esticando a trena numa galeria baixa e cheia de areia. Mas

Poucos metfos adiante a gfuta começou a revelar a sua verdadeira cara. O teto, sustentado por paredes verticais entalhadas num calcário

escuro, se elevou a mais de

Io

metros acima das nossas cabeças- O caminho passou a seguir um traçado sinuoso e o piso ostentava uma série

de travertinos parcialmente destruídos pela passagem da água.

A topografia seguia a "passos largos" e eram freqüentes com mais de 30 metros. - Estica a treria.

as visadas

- Ôpalll O conduto fechou. Pelo menos momenEaneamenre.

Uma parede de sedimento

e

espeleocemas impunha uma barreira ao nosso caminho. No alto, a mais de 2o metros, ainda era possível distinguir um patamar e, quem sabe, uma continueção num níyel superior. Sem cordas ou equipamento de escalada, aquele obstáculo deveria ser deixado para depois. Seguimos nume galeria

lateral onde, aparentemente, â drenagem sucumbia. Era uma região labiríntica, formada por condutos baixos e largos. Um local desprezível para terminar um dia

que começou de forma tão espetaculaf. Parecia que a soÍte o cARsrE vor- Í4 No 4

DeÌolhes do Boqueiroo do Riocho de Foro. Ao lqdo o solÕo que foi exposlo no

oboÌimenïo ocorÍido em dezembro de 1999. Aboixo o entrodo principol: o sumidouro, FoÌos: Ezio Rubbioli

e

Flóvio Choimowicz No pé do pqgino, o solÕo

prlncipol do Gruno do Anjo,

com estolsgmites que qlconçom 20m de olturo, Fotor Ezio Rubbioli,

lõô^r rêc qôônô â

wvvvvvu

VÌior Mouro


t{r'ì I

L tl

estava a rÌosso favor, Poucos metros

adiante conseguimos subir por um

desmoronamento e atingir um N FI

salãozinho superior muito as Mas oínamentaoo, I

F(

^l possibilidades da caverna continuar não eram boas. Grandes blocos m

cobertos de barro tomavam toda a lateral da galeria, deixando poucas

possibilidades de avançaÍ. Seguimos em meio a um abatimento caótico, impulsionados por uma leve brisa. Com certeza,

se não fosse este indicador, teríamos rapidamente desistido. Tira umas pedras daqui... mais um quebra-corpo ali e... empurra esse espeleotema panlâ,.. - Tem luzlt! Tem uma entradal I I E não era só uma entrada. Era um enorme salão com mais de loo

metros de diâmetro, literalmente forrado de espeleotemas. A luz vinha de uma abertura ÍÌo ceÍÌtro do salão, sob a qual se formava uma

clarabóia circular. Mas algo não

estava normal. O grande abatimento do teto da caverna

Uma exploração e topografia mais detalhadas confirmâíam que a gruta terminava no salão. algumas Descobrimos continuações pequenas e até uma

conhecida como Lapa do Morro

nova conexão com o nível principal

não deixavam dúvidas. Restava agota saber qtrais grutas já eram

(lembra-se do cottduto superior

que contiÍruava 20

metros

acima..?)- E não precisava de mais nada. O Boqueirão do Riacho de

Fora

estava à

altura das mais

fantásticas e intefessanres cavernas da Serra do Ramalho.

À pto.,rt" "da equipe da vantagem" Mesmo sabendo que a região era pouco visitada, comecei a desconfiar que aquele deveria ser o cânion do Morro Furado, alvo

das pesquisas da Ana Luisa Bitencourt em 1996

entusiasmo

e

descrito com

pelo colega

e

espeleólogo francês ]oë1 Rodet. Tâmbém não havia dúvida de que

o âcesso utilizado precursores havia sido outro. Segundo Joël o sistemâ começavâ numa grute ampla e curta, pelos nossos

Furado. Depois eles haviam explorado um longo cânion com várias cavidades nas laterais. A descrição

e

proximidade geográfica

conhecidas. E como não tínhamos o seu artigo (publicado na edição d'O Carste vol.g n" 3) em mãos, aincertezade estarmos pisando em

solo virgem nos acompanharia durante vários dias. Chegamos a um grande pórtico que marcava a possível origem da drenagem que penetrava no cânion. A "equipe da vantagem" podia ser vista ao longe esticando a trena em longas visadas novazío. O som das

leituras ecoava nas

paredes, vozes.

amplificando suas

ImediatameÍrte nos iuntamos, formando uma só equipe numerosa.

A gruta possuía uma grande galeria (mais de 5o metros de largura) com o piso coberto por pilhas de blocos abatidos que se elevavam na direção da parede

parecia assustadoramente recente.

Blocos normes e

estavam

precariamente equilibrados. Pedras

com mais de

Ioo kg haviam sido

arremessadas a dezenas de metros, deixando úm rastro de destruição.

No centro do abatimento, a prova finalr uma âworc dependurada no vazio (ainda ostentando folhas verdesì e uma cerca de aÍame .t . f | | farpado havia sido dragada para dentro da abertura- Algo realmente impressionante e que nunca havíamos presenciado tão de perto. No mesmo dia conversamos com os moradores mais próximos, que confirmeram que o buraco havia surgido em dezembro de 1999. - Tava numa época de muita

BOOUEIRÃO DO RIACHO DE FORA Localizâção UTM 231 Sumidouro: X= 584.376 Y= 8.492.741 Buraco do Tonhum: X=

584.ff3

DesnÍv€l: ô8 m Topo 4C BCRA - Setembro/20o1 Grupo BambuÍ de Pesquisas Espêleológicas

chuva.

- Ér Chuvia muito

e

escutamos um barulão como um trovão. Depois descobrimos que o

chão tinha afundado levando cerca e tudo. 258

Y= 8.492.959

Proi. Horiz.: 1.460 m

a SIFÂO

Ourueno/2íX!2


O sol

acabava de se pôr, banhando de dourado a borda-dos afloramentos. Os paredões, que chegavam a IOO metros de altura,

Anjo e o Boqueirão do Riacho de

penetravam na caverna. IJm potrco

debruçavam sobre o vazio como

Fora?

mais adiante uma nova entrada finalizava o trecho subterrâneo, que não chegava a JOO metros de extensão. Mas não estáyamos

procurassem sinais da nossa presença. O cenário era incrível e

sozinhos... fjma enorme colméia dominava o centro da galeria. A

explicava quais grutas haviam

direita. Do lado esquerdo, marcas da passagem daáguae galhos secos acumulados indicavam âs

enchentes temporárias

que

se

encontrado,

-

Aqui fica o sumidouro onde andamos 3OO metros. Do outro

incomoãar com a nossa presença

lado tem a Gruna da Águr e *t pinturas rupestres. Mesmo tendo a certez;a de que boa parte (ou todas) as grutas já eram conhecidas, o entusiasmo pela (re)descoberta envolvia a todos. Encontramos o Dailson (que havia feito o caminho da sua casa até o Morro Furado pela terceira vez nâquela dia) no começo do cânion. A noite havia chegado e somente era possível distinguir as silhuetas das paredes que nos cercavam. Têntávamos entender a relação entre todas aquelas grutas. Um quebra*cabeças

se

perto para descobrir se esta hipótese era verdadeira. Seguimos

em silêncio, tentando

não

perturbar a tranqüilidade dos insetos. De vez em ouando uma

abelha mais "crl'rios^"

se

aproximava, tocando delicadamente nossas fouPâs ou âté mesmo a trena, Se elas resolvessem atacat, seria uma

tragédia. As opções de fuga eram acesso. Felizmente nossa rápida presença passou despercebida e saímos da gruta ilesos e aliviados,

distantes e de áifícil

l1 >t

í1 .T IJ

0 :

o cARsrE vol

14

r,ro

4

g

grandioso. Enquanto percorríamos o cânion a "equipe da vantagem"

equipe se dividiu entre aqueles que achavam que as abelhas não iriam

e aqueles que não queriam estar

com Yarlas Peças que começava1D a se encaixar. Existiria uma relação entre o Morro Furado, a Gruna do

100m

Ao lodo, visÌo externo

do BuÍroco do Tonhum: dolida de oboiimento que enlrou em colópso em dezembro de 1999, FoÌo: Ezio Rubbioli


frl

f.e

fant*stíçtte Ca*yon áa

tr t;

Morro ïurndo

i

L4o

U

nef*is

#

chargís

ëes sars

Ies g*urées

pltrnts. nôut ror./J soìnn!rs ftrn$ tn rofite.

rejoinárt n*s c'mís, frains*n, ztotre gu'ide, n*ws Íaissa le #tçix enÍre deux apti*ns: un itiníraire plt+s lang et pLus faúíe *u wn r*entin rcurt rnais âffiúle. ^ íl est itçratik ãe tetgiuerstr, nozts n'azsons pas t*te nzinn* à {erãre. Pren*ns l?riwr

N \l

Rulthia[i

Cntpo Bartúui

nl FT

de

Pesqtt i sn, Lsp elt o

lÍ\

"-

Ê,*zúe<.un

lóg u

pw

s

lrs g*rs!

ün est entrê ãans ilz Çntn* ãt íftrctiIçáar t.t otx & pr*b*bie rne*f ropograpl:ti la résutgettre du s;srìrne. Orr a íaissi ãerriàrc fioíts i.ítts entríe ãe 4o ftàtres ãe la*gr sar _5* Ãt hauteur s*ns

tt

unI Ftrt( dr ro rnìtre, rle l*rge sur ry & hauteur qu'ul * parrcxrue I'rxplortr,

dt

rebrours,r srtt- .3/,O wìtres at,nnt cbmún" l,t tçut {ü pçrff ne pas vausfairt nop de ptirre! Il y a tl

arrsst

à arttrrs (ntríts,

urff úatre gtwta retti*nÍ u.n rcwrs ã'esu

ffttÊ àH4x siltho*s {.de +iutt Elr,úte rnnpll rh peiutz+rts. títlrAy en ffiutürt !!!

q*+i s'icowle t5a m} {!

!r rarrottrti ! La rhnltu, itni! tttrare ítoulJnrtte

irole et unt ígíist. A í'ítcriqan,;l ítnit possible d'5 nputtz,*ir plusítars affíeurewents ulmires s, xtêffie gwefques entríes de tãtffrxes.

Ï"e

çvcit i'air

cain

d'itre proyirr attx prosprrrions. kutefois, €e tftGtin-làt fios {anrspts

spílíaf*giqat-s E_Htant

dtl

rívis 6s...ï) et tx autwh t tnes ilaas

fu

ticírarcts jusqu'à r+nt

s

ïíre

era ç.i

mviti tlui,

e*t

selon

quanã rcous avorcs a&andoilftí ht vçit#re

leurs ãlres. pçssiãait wrce mtrit ínçnw. Lr relrrf opLnui, ne rccelan! qw pru de

et

hauteçtrs nous

sçtnrwi engagês s'ttr tttt sewtier cn pnz"tie envaki p*r *ne espècl' ãt ma$*is. Mais nos tvtnÍïlres çlans $tte ,ígïan auaitwt dibwtá biw langtemps rxúrás t'tütts

tlttpRt{&ìã'Íx!,,.

C'itait le àeuxièmt

uoj*ge áans

Í*

Ssrrrí

ão llamalba et bs pronzesxs tk áíw4vertes

tradnisaient á$à tn terrws rcurets Fúr ãeax rcvitís *raíisant plus cle j km, íc

áe lews

affirnmtions. Mnts...

- Sait*w jaxesis ? Pe,l't-ïtre s'agitií wnimmí d'wrce grctte intêrrssante. Aprèr ttnt hrurr dr rnndannic au rczilietr

La ãicauywte & la gmna d* dnj* En tggz, "4ugr,tsto et tnai effertuions aíors des prospeftions àant íe rigi*n.

fais*it dçwtr

d'un thentin tqttLt{ux.

*

ãffitile

*rfi* *bau.ti à 14?18 intmense tíslins. {J ne vue i,rotúltnble .'La brìrhe qttr s'otn'rnit

à iãmtifie,r,

ftar;s {íven*

nous as;ait wnrfarmt allorzgíe, sa largtur íta* fu 5t mìtrts eíars qw'elle s'ít*çãail sxtr 2.()a. L 'ííívsttçn de la par*i *ppasíc qwi nous faisait Jere

ãetant

de I'tar.t, t,os l*ntsrws et dts s*nâwirhsl teau rxiniraie gúqq\se íe ítúxtre àcrriìirr lc bant. Ìd'a++híieqltcs dr rryírer v*trc p*sition

se

Ne possídwtt nípl:ofos *{rienncs, nt rartes

sombtt rnwqtrdftt I'wz'tpla*ment ã'*tne

av*

dËtail!íes, nüíí.s Ên ítiafls riãçrits à recweillir ães tupaux. í)uraní utz pru píus

tntráe gig*ntÊsque c#fiIrastttit tuet l'tmmltst rerhe ratgtâln. ,\oit, sd?ì'rc'fts diià qra b sçu.s-sol fu ïJ*hía ítait rithe etr ttlvt!ís, ,lolr.t Sauictt: attssi qut

lmparteqúi;Et

le

A;ÕLís

{}PS !

5igní: !,t bande drs vrrux tennrds.'

Born da

àe

z

I aya tt !a.(,rttnn

do

t rgntntdo.

semnines, trstrs st't itians

Npus t,eniont tout juste dt rstirer fits

utrc ntoynrn(

dt

t&sqilss çu*nà nüus tãvans âlerqu

yar jmt"" Ã

Ia

arritsis à

troi, MvtrfiLs dítouvtrles

fin

de notre sijanr, tes

av*isinnit

t rt*ines ã'

Jes

lço

entrt - úÍes

mltres

por.w

tt la rcche

aient aíteineÍve

ll a+,ait *rcampagni unÊ ítiLtt{ éqttipe p*ur íNi n'tlÍttrÊr ítr"te "grvn*" gt mcìntmaftt il

ái$uvertes ítaimt ãntrnues *tnt rçutine

et iÌ. ítlit ,zlçrs birn ttffir;te rÍe torxber sur queÍçue th*sr qui pa+t.rs*ìt tnwr.

qu'u.w entri.e pareille, d'unc tailie f;avs

rtrtlrrtt! srttl. - ü'esf bor signe, ai-jt pensí,.. [! et pnssí pris dt uout sans dirt un

riellefficrtt t'tçits rfithoilsíasmer. Cep*ãant, sï s{Ít s vu'tlçir fsire de tììfiuttíns 1et,x lr t,tols, la grnnàt

I'anct1'mat le plus romplet lttsqu'à I'arúe

ü ain son qwi rtvsns.it.

ntot

tt il

rrotrs

ã

rttrtis uu tn?ssn1r pt un

dessin plwtüt ronfus.

l,nfait, ií s'agissait ran.Tail truJJí

du tr()quts d'u n

d'índimtians ée grottes. ÀIos r*rps 4ul rcmwengaient smlwtent à

l* f*tig+u c*usfu

p*r ta

# retnetttv àe

prerníère ph*se

d'r;*ploratiens et ls. nzarthe s*$s wn salsii

*

pl*ntb r*e tarãèwwt

1t*s

à se r::',i1*rer.

Nous attotrs raú de switt nmmewi à príparrr Jrs snc.; à dos rn sathant qu uìI{ tüïrrse íünttÊ s'cnjdgo: A

I

ostrnsibkffisnt à qwe

- ()n í

d'ratt. Lrrx

altssi

ort a !rctn'í dc !'rnt,.

vígitr ã*ns

Ãw troisième milliuairs apparuissrzit ramntp tur( rhos, drs pltts trot'tb!arrtts.

Notrt Tur?ris." ne s'*rritait d'aillnrvs t1frus ttçus tt'oxr\tiülrs sur la bardnrc suã, au paint fu plws plat

- Ë,t grt sÊ ti'çÈ+\jt là çü an a

o'Ãimuvert"

?1ç1.ís

avans obsgrt,i nos guides dtsrenãre avec

í'*u.

rncfa:ilití

rÌíronffrtâi'ttp Ir ícngdr parois

"ãestçberlo"..," ont rcrt*inemeet ãü iíire

rçútewses tle zr; mètrrs ãe haur qui tçwbçiewt à pk a*_fand de la doiine, en w s)aiãarc, qwe áe petits palirrs et ães

lrs habitnttts de jndis.

rarints

ãcs "gamekitâstt,

ma*qna

pos

ãe

- Et t'est à tet mtlrail,

dans

le

Ê,t le açtabls a fiui par êtrr aàa1ttí

qusstis!â grotte

*çait

ití

tttt'

ílf*ut

Ë6tt

repêrie

dçnt

a*

{*rclisír pratiqwtmnxt

bien ie

il *t

sein tl'utrt

ânrzs

le tisstt

ã*itttstt en a:toir wte revtaine guantití... Prençns jr4stê u.n Tseu & mrbarr. et te

urbafu. L'agíomira*ia.r ne n**stait qr,'t,r derr., f!Ítr,'s tntow'í(s tlr mntso,t:

sers ban,

el ne p*sséãant eN Íoxit st púMr ta'ut qx'une

260

à

áu mass$ ã nçtre gtÊfid itçfifterft{ltt

lint oi

àire ar,t Í)üssúSe)

drsÉ{

nntinutv

d'ahavà relwi tí'w* vill,l,ge sitwí dnns ir tatztan ie Corifu qui àail s*n n*xr à un

diclirca lte ftüus

qutlçws bttu'es ãe rlat"tí ãeta*ï naus.

núr$res avait pu

pas Íà. Alars que

de rettu expiãitiotz

p*ur ãísignerla b*urgnde.

laissntr.t

dixzensi*ns plws qt+t resprtab#s, wais

çtÌaít itvr étrn*ge telt*?xjrrr {st t*ut Íles*;ltevta, Cet áirauvrctt

la montrt venait dt !r salri! rontmrtrqait

aut-st.

des

i"'i:firl.trlti al tirn

te qui *e

ãr nw* ãanner dts romplmes

aïd{

nü.ç

r*rães

ü

tü'í4t tt#tre

il.

La vigítatia* iufanà rcmaufüür lt parche qwi tlwait ltiex mtsurer 5a wètres

h*wt. Pel.l- à pew, I'arriìre plan se ãív*ií*!t à nos Seux rrçus rëpíJant une iwmetzse galerie ,ültte rt[ütíïette ãe de

Ourusno/2002


cü,+ffítiúfts et d'aatas áe bí*u

ffinãrís.

Le tbtmin jxsqu'aÍars *isi et

hien

L'ëtwv*te tro*r bêant qtte n*us"iaissi*ns

b*lisi st p*t*tt+ivait en âiryúion d'int

tyt#ifiteilüflt Ãerrière nuts íntitait lç íetwièrc ãw jaur à y perter !'*Ítsu.*iti sttt'

petit *fft*lrtvlrsttt ãe Íayiq

trtw tmtainu àe mèftes, enfais*r'tí'rtss*rtir les rçntçut's grçÍtsqçiës dt f*rmatl*ns rarÌrrttses

ro/otra/is. l,'rt yeu yltts Ioin. un

intpasant íltortIetttrtrl s( FroJdrut pfttque

jusqu'au phfanã terotiltl"flnt de s*n affilìre u?t vaÍrÊ

espr.zte,

Nü1ts ë'*vçns

grirnpi sú'nr Êlãnd$ àiffin#tís et ç'csÍ alars qzar fiaúts &1'ans eu í* ãruxième granãc surprise du jaxr. Et quelle sarptrise !... Le sqí tle Ia galnie itait ffindri s$r xitr{ ãiqaine lr rcàtrss elars que íts pl*f*rcãs et

ll,s

p*,rois

perdeienr

se

ãans ta y&zo*tbrt, Nas yupilles gui

enmrc dilsties w

pe*neti*itnt

itaimt

Ìjíts

à *üs

pnwr pÍ*ts lain rí*ns le nçir loiÍrt ãon, pr*tittrtet çur.lqtrcs nìüil!trs aIttil! qrrt,rc.ç jpt{.{ fir s'aãaptassutt wfin ìt !'ohsnrití * ... - Rúuqwe utr. pc+r ía ta;lk de #ltc tolannr !.' ! - ffi*, rc il'{sl lfls 14ne d*twt ! regarãs ãe

Ii

C

nrw,

Pst

Ìtne stalagmite

le

orcxpait uwaaste ryw áekt

ttne sívie

dt

de

z wìtrts

"rltìtrss,

sntÍeçnent

r$

b

tlçtsircaiw,

*t

"{pris seirc

3*

ftúffie *v,..t I'aifu ãç+ GPS.

rnin.u{es passíts à. slçlorner au

de pen"er

-

d'une vígítaticn ipineuse et ãessitfiée,

ixflíís rí1,sri"í fin*!emmt entrepris la drsrrnlc d,ttts !r (uttr-\'(n. La rue itait rcagnzfiqwe. íes par*is vevtiraies se dressai*rt ã plw

fu

5rs tuàÍrts et

"intlinigs

Ií ,orhu, Nou, oronr pcursun'i ttor rr pirtp!r *t pr'(nnttl en á*n,

*rtrç*t à la rrchsrr'fu àe "{'içtipe

ães

uitw.r rrtr,trds".

il

rr'.y

avait pas

Jrttq ttn (oup d ocr! au Jond

pendant qttr j'íttsytrte dr rc côtí - vous poirì,r{ rnppltqner

'

J'ai

traupi un rouduit.

il ítçit

p*ssibb ãe ãistlttgtaer píwsirurs erclríes

qne peut-être

d'rl,,trír,

-{ttnnt même ds ãégagr Íe srs

br*nr{tes,

Ir

il

ít*it àí3à

rol4r#nt

passage

dr

possible fu senrir

d'*ir

'1trat,enút"rt ãís fart rnrrnillrs de !n grotlr. \'ous nuons pínírri

ãnuç I'antre

m dirowlant le Éítnrnetre

àans uw galerie bnsse et pleirce

r*

sable.

"líprìs *nc pragressiou dr qwelqnts tnètr*,

s*rs du prí.$áent vüÏír1e. T*r.tt ttu rwçins en rc

diaçnètre

qui rcfi€{r*Ê s* planífintiaft * sÕn argarsisatiou. {'est einsi qu'à ptirzt

sútres *u-*lessus de nas titrs;. La galer;e se nxettait à serpenter et [e terr*èn wbihait

lewr

ãe*rx ntçis s'ítaient itoulís ãrpuis

une sírie de gours ett przrtie ãítrwits par

I'

expítlir iou fraxn-fu isilirrunt fu iuin 2"{}{}t à la s*"r* ão Ramaihç 4ue àëià le

f'érçulcrntnt de í'eau. La topo

tlitrytlltèt ãe ln rhafuur dt4 sefi{t; ,1, lioìr;o

pourntiztttil "à grancis yas" tt Íes z,isíes dc 3o mìtrrs n'itaient pãs rúfts.

I}'wr à ta

*x

#tluï

íriyant

salle

!ras,..

"?l'tçsxsíì,gstt, plu.siertrs

payscgt

imp*ssíble d.'emprwn*r íe mime rhernin $xr

u, rrr r'ísí?gr. !r plaJond qui repo"ni! st,r irs parais terÍ.!rctes tailíies ãans un cafmire sçmíre s'i.íevait à píus de rc

íqwilibre para.issait ies pius prfuaires.

Farmi tuts

serait

rancrítiçns

statagnites qu.i áip*ss*ient

ais{xent les a*

à naus renãre mmp* qu'iÍ n*us

Boqttttrào ,lo Riarho dt Ftra Tout voS'agt Jibute rn printipe ,yttatil r?cÌfs ronrírí.ç f t1.f í'p (n train dt víder nas

.'

Tottt rtrt tnstnrhlc

La *nfin à rcnzrne*çait ;rlogrrssrcn t*irt ls*xneur à sx ríputation ãe "diffidle", En É7uiliírc príruire sur ães sailíits ât c*lraire taupllnt, vtçws rlturhiçns à ittitcv les çrtrtus à {ri ortirr. Le rythxte ãt la narú:t s rsltrztit tt /ta11s ,í,nnrr*çâ.*r,

t1ui. áoit *t'oir *rc iibit rcnsiãíriehk. Apris 4a mi*utes de m*rìhe, ftot'ts sÕiÌtr,xes t*mhís sï'-r xate íflrwsns{ p*r*i fu pr;'s dr 3o n'Ètres ãe havt st díplojant cn #rrle eu foruz*nt 'a* hinziryilr rottstit.l.a.r,i un bxrrage *alçtrel cu àrain*Êt. Le sal s'indinait brusSuement lã'squ'ií reirignait l'*ffíeuremerct oà s' arcuntuLaient un grnttd nombrr dr brantl:es rt dr troncs ã'aràres" N*tre 1sr*nière rénttiçn a íté

rl'urt rio

l'entre-eux

flittaimt f#sqtíe aver lt ylafanà. T*ut *u lorcg & íeur ilívatian, des rcwrftians de rnlnte dc près d't.so nt

Jr

long,

I

r

la raviti t*mznengait à

-

p*s à stfaire sentir, Sans ptzilet' r*vu'nçs... Çuelquts poixts t€stãre?xt

ne tarda ães

"efi

íxsspens'o et stoen

aíguimímt

qwe

notre ruriçsití, wotr* r*lantí d'j rrt*tírnrr. Uu &s paircts restaet à

rívilr

sçu

se

Allongc le dírnmìtre.'

ZutÍ Le

C'e tr'était

ylus

rzaus

passage est abstr+;í.

qut

pLlrttP remtse. L n

salle à la

êcf*irdr ronrcrn*it un* pertt ínarme que

le wzcritiçns tíüt4s b*rr*it ía rw#e. En heut, à plus de za mìtrcs, ii italt ftltç'.Í possibtr. ãe

recltercht áe suitts é$entlaelbs, a'w miliew

nçus avians rrpirír par lsasartl íors ãe

tli*inguer un paíier renàant prut-être

fartt minirale. M.nis trttrt semíslttit

nútft tentãtivs à riinvestir la {Jruns do An1o. [-t c'rst dcnc vtrs rcllr-ri qnt se Joraliserait rnrliaÌtntrnt !oute notre çftentían. ,4u rcars ãc rctte e,xpiãitian,

partie xrpiri*t+rs.

à

sembiables

áts

"pôt*lt{'

st dívelappaient

en les eelaçant,

Ìtiçus at;ans rc*tçurní.

çbstntí, La grottt qne ernirons dísigncnt sous

ãa

l*

habitants i.es Lc tronr dr Crt,tra les

dnja áevaií çuair wze exte&siçn ãe Ile plus, sçn euíríe et s{s

Sots nútyes,

orntmtrtía!iorts ítntertt en tcuts potnts

rtznarqueblts Èt nulltment granães

*

La

rrt sauffraitnt

rcmTtaraison aver

tes

\es

líus

yl+rs va,rÍes t$1)itâs d{

tSahia.

Ct jrur-Ià, nçus rttütát'n{risns tíll*ge ãa*s l'en{housissrte

La Srrra do

fu plu*

a*t

fou.

Ra'nalho avni! snrorr bw,ur*up áe surprises à rívilm*

o cARsrE

vor- 14

r'ro

4

l'iquipt itait tamptsi* ãe Flfuio Chaiw*r'sir4, Rafail C*vveús (ïlne4rd,t), Àaôe*ç Brancíi, tirarcãi {)orrê* ct

àe moi-miÍïre"

Áárian

í}çll'r

et Fawía ãevniffit naus rejointlre plzts tard p*ur e*wpííter Ít "tsttrtir""

l{*us s*mnss

ãesrendus çt6r unë v*ílie peu pr*fatzdr. au:* p*rcis lígì:remmt ináinãss. ,4u *nïre, *n tit àt w tapissi de raiílçux attestt ta prisen* ípis*ãique

m+tr áe síâiwents et

nossiâle I';:.istffics

d'*ns s*'rilt dans la

ltat#

alçrs Ãêntvtnis

ãe carãts rt tl'içwipernrws Êrcd*+,14

r*

çbstailt d.evait ëtrc l*issá paur plus t*td.

Ìv*ss auo*s alors pris wnt g*lwie latiralt dnns Ìaquelle appnrrtnrntnt le drainage nr pout'aìt nlb,'trìs !oin.

C'itait dt

rín( <ott( labl'nnthryue Jonrtir

rondttits bas tt !argts, un !ietr dircvant

ptur finir Ía jo*arníe *pris

lts

i"ítn+verrts du jour qwi avnimt ãíbqties sows les ftzeillswrs baspires. $n *wrait

ã* rcpmáent q'ut la tha*rc ítait eftcçre ãe natre útit EueÍques màtres plus bin, 261


[] /

ruoras sôtltti"tts

ííoulr*tent

y' ritht

ei

yarvsrcus à uralc.ãw un ntteirzãre une peíií* saíle

à

ëtt #nne$'te?rts. Mais

ks

passil..;litês

) a, tn tfivernt tonttnuairn! tnr,1o,,r, à n, pas itre des nreillturest depras hlors rotwtrts rt F rt _

de bottt bott{bãr(nl lír prcsqtft t0tâItlc df

"*ía g*lrie

Í*tíraÍe, w'offranï guÈ psa

iiÊ

poxibilttis à n*t* pr*gressiçn. "h'ci.rs *r*ns Ãi4 p*ursuivr* ári miiieu ã'wn tffondretnerct thxotiqw, rwigorís par la puttpti*n d'omt &rise Íégèrc. Si * souf!.r fvünwtÍ{ur ne ftaws *vait pas tfikuri, nous a:trions sanr (Mt

tn!(t'( ((tt( reísÊtrínttïtt

.ttn

doute !rìç r,ile rtnortrí.

prrrre de !à...Lrtrorr

ic

n

tfui-là

IJ

grotte nbautissl,if ã*ns í* s*Jíe"

Notu"ç

apous dítçw*ert q*rc{gues s'nites minçrtres et mÊwe wnt n*ur,illt jonrtion aver lr rzires* printipnl {uatts Íor.ívtneíilu mnàwit supírieur qr.:i pr*la*gait za mètres plws h***t.,.),

1)ôtís

v ÃÍ

tottt ça suffisnit ampte***Í à notre bo*htur. l-t B*preirã* do Riath* át fwa. au.ra üi à la hawtewr du mvitis

Its plus irctívrssattts et les plws f**tastiques fu ía Ssra àç Ratnslh*.

3 a úr la ïwwiì.re per

ià !!!

y a wne en*ie !!! Ln {Jet, mais rt tt'írait

I$ re#terúsc

Mbne en sarh*nt çae i* rígion av*it itë pru visitít, j'ai rctnrnenú à me fairt

à l'idíe que rc que j'avsrs soas les yeux âwait êtry te tan,,Jan ã* Marra Fwraáa

ã.e to{} mètres ãr ãiamètrt,

quí atait ítí auparavatrt rxplori yar

tittêrtelemtttt envahit àe eencritions. La

i,na Lttisa Brttwourt rn tq()b et dírrit $.*et {ftthoçrsiíisiïle ftítr s*r,r. t*llègw et

pl*pnã ir lo ,orír, paraiss*ií trìs très rí*vtt et {w ítait alarmant. Iles ltlors ínçywes sc rtraintensient en íqwilibrc prémír"e. ï)es rothrs de plws

de rrto hilos avaient s'ítaierct

ítí

projetís

et

írssís ã*ns ttt r*you de sa

*t

ilt*prlrt

áe

ãestraúions. ?tur prewve: au rcntre

ãe

rnètres

Íaissç.nt wn

{t Í* X1r*ximiti

l* vi&, ainsi rltt'nne dôture ár fll ãe fir b*rbelí qwi *vait ití arcacltír *vant ãe finir sü railrs{ à I'intírieur ãe rc triu bíant. C$te visiçn áantesqwe ítait des plus impressionnÊfttes (l rtrotls ït'ariçtts l'út ínnrc e*+ Itoppartuniti

qwelles

tel

phinomènr

jour rnêmt, nous

Ãe

si

pràs.

drainagr qut s'enJorrcait dnrrs !c tí1nlon. Il nous itatt mainlenan! possúlt d'apurtvoir "l'iqrtipr des

- Ct

vieux rtnards ' cn !ratn d'allonyr Ienr rlícamìtrc rn longuts visies dan, lc ridr. Lt son dr le*rs ronbs vcrales devenait

tà. awssi il pkuvaír rt taut à rcup arz a enttnãw un fratas rcrrible qru ressrmblait au bruit du

jowr.là

tonntrr( on s'cst aptrtus tns\ttf qus lc so! s'était oïr\ttrl en emportanÌ Ia clôt$ye et túat le yestt, 262

-$rrr

putr r$oindrt la parai Ir , òtí gaurhe. dts trnrrs

laissées ptzr b pa.ssagt ãt I'tau eÍ une ntrumulattion ãt brn*rhts sèrhes inãíqttaieret l* tnise en ch*rge ãe ía

títrt{rl* Iars ãe ía pru plus

seison tbs plwies, Lín

une ntwvelle entrie trt;nçon souttrrain tlui

et't üvãrxÍ1

ttrwivutií

lt

n'att*rgnaií pns ks

j*o

*ètres

dans

s*?t txte?tçion. &{-*iç nçus u'ítia.|ts pas

. Lne rurlsr ínormt

lr0uat! fitt Ia galrrie. !.'íqutpe sr srinda

*Í.çrs entft rm+x qt+i ptttsüieftt quc l*s *búlles ne serai*zí pas dirangêes pxr

qwclqwes 1ours. À/eus rryons

nnfirmìrent que *t *bïrne avait n ãínwbrc rgçg. - ÍI n pÍu be*ut*up tetïe çnnÉc-

nous

swrgi

sol

le ntaga{ttr O' Carst,'. l'ol.g n" j), I'inrtrtimde de Joulrr des terres tie.rges nou.s tt arromyagni rntort pendartt

ârteint ilfi Èrdnã porrhr ãn*s íequd pauvait avair tsw k jow, íe

aver lss hsbitants ãrs nleutturs

rlwi s'ilnaíent

dt draitt.

*w

piles áe blws ã'tffonilrewcnt

grottes *vnient dêjà íti intttsties. Srulewmt mtnfi# nçHs n'*ïiüns píts soïx artkle en mains {rcíui-ri est pant daz:s

qtci

aa*ns bararãí

fu

giographiqwe

nïnriãaient" Le tls,ntr n'itait píws pen*is. 11 ne vestait plvs q'*'à savair

Le

jonthé

spiíiologvr Jo'e'|" R*ãer. íl nt faisait auturz ãç#r rcon plots qttc íe paiw âe ãipart ãe ì*urs reãttrrhes uvqít íti ãiffírrnr dv nôtrc. S'il faut en noirr. J*"r|, le sjstèmr se ãíplayait à p*rtir d'wne groÍte {zurt( et í*rgt ta*tzue saus lr nam ãe L*pa do Mçrro Furaã*. Lnsuite, ils svçimt txpÍ*rí wrc ta*g Milj#n rctampllÍí. & ph.rsimrs mvitás Ír.rr $rs parais íaúrales. La ieseripti*n

l'effanáremen.t, un arbr* aSawt gardi x4irt psttis âe soafeuillnge pcntíait dans

ã'approthr *tn

gra.nãe galerie

{i'e plws ãe 5ts *èves de largÇ

rertÌrt de

ãe

pn: qtt'utrt mtrie, r'ítait ilne snlle immense ãe pkts

luwiìve pratenait ã'unr çüverrays {tu tentrr di la salir qwi fannait Hn ãpett cirrulaire. TowteJais, qwelqwe those rce clotiait pas. I-t grand ibwlis ãu

La grotte vefflsit uw

sruls.

Á

"Í'íquipr des vieux ytztãrds"

rcncríti.çrcs de là,.. ï.í

I*

un

rettr

et",Áégage

Une irzvestig*ïion st ufie tap* plws

ditaíllies ronfimzèrent píus tarã qur

audible grâce aux parois qui nmplftnient lturs uotx. lJnr Jors sur yla*, naus çpçns wní ntsforcts p,aur totzstitwer vne íqwípe nowbreuss. Ourueno/2002


RIO DO

ODA lvÂNtA

t^l

'.--___]_*,1

SUMIDOUBO DO MORRO FURADO Localização UïM 23L X= 583.02ô Y= 8.494.038

Prd. Horiz.: 1390 m

ESPELEOTEMA LADO DO ÊAGRÊ 4

otlros

Desnívêl:52 m Topo 4C BCRA Sêlêmbro/2001 - Julho/2002 Grupo Bâmbuí dê Pesguisas Espêlêológicas

ffiÏ';

o

cARsTE rÍol- 14

No

4

263


A (RUTA DO

Irl

if

fit;

N FI

SORVETAO

f{ ^' (!

fn

E

A IN50NIA

ROBERTO BRANDI 6RUPO BAMBUí DE PEsQUI5A5 ESPELEOLÓC,ICAs

á é noite. Meu corpo está

as crianças do vilarejo, têm aquele

cansado

sorriso imaculado que somente a inocência da infância é capaz áe

e um

pouco

dolorido, mas acho que é a idade . Não creio, simplesmente foi um dia cheio de âventuras. Mesmo assim não consigo dormir, {az calor e invejo o sono profundo de meus

pÍomoveÍ, a simplicidade do povo e antdeza da terra e clima estão nos rostos desas pessoâs que nos olham com curiosidade- Parece rudo tão puro, tão belo. Com certeza é meu

amigos, alguns até roncâm, Ao meu lado, percebo que lJrandi se sente incomodado com o calor, Sob a tela

estado de espírito que estará camuflando, aos meus olhos, a realidade pobre deste pequeno

que me Protege Procuro encontfar

vilarejo, Talvez deveria me peíguntâr porque, mesmo após longos anos e inúmeras expedições nessas regiões,

alguma fresta pela qual

os

mosquitos poderiam entrar, Tirdo ok. Os minutos passam, talvez já,

ainda me emocioÍro como um

grande, daqueles que a gente nunca sabe se vai topografar contornado as paredes ou ftzet radiais. Bem, como eu era o bússola e o Adrian erâ o ponta de trena, não hesitei em insistir na radiação, afinal o Adrian

estavâ mesmo precisando de um exercício. Após uma longa espera pelos inúmeros deslocamentos do ponta de trenE a moleza acabou para

mim. O salão projetava

seu desenvolvimento para uma galeria

que ficava alguns bons metros abaixo. Ainda iluminada pela luz da entrada, podia-se ver, nitidamente

rcúam ultrapassado as horas, enÊm me rendo à insônia, ligo minha lanterna e começo â escreyef-te. Você deve estar se perguntando se eu não estou ficando maluco, mas não, tudo está bem, apenas estou

novaco de primeira viagem" Bem, na verdade não sei ao certo, rnas acho que são os rostos das crianças, não há como não comparar a vida de

com saudades. As noites de insônia

são as melhores horas pare a reflexão. Meu corpo clama por

mesmo, com tamanhos contrastes, posso ver em seus olhos o mesmo brilho dos olhos de nossos filhos,

decomposição. Fora isto, posso lhe afirmar que eu teria bebido daquela água.sem o menor problenra. Não

descanso, mas meu coração mantém

que saudade.

Preclso nem menclonaf qrre o

minha mente ocupada, nela meus pensamentos se yoltam para você e as crianças. Q.te saudadel Para engânar meu coração, resolvi lhe escÍever e contar-lhe sobre os dias que passei com meus amigos na Serra do Ramalho.

Como havia lhe dito, estava muito curioso em conhecer o povoado de Descoberto, que é uma pequena vila, típica da caatinga.

Tenho ceÍteza de que você iria gostar muito. Só existe um telefone e as filas são desanimadoras,

público 264

nossos filhos .à* ", destes sorridentes baianinhos. Assim

Mas como dizia, fomos

(infelizmente), que o piso da galeria era totalmente coberto por um espelho d'água, digamos assim, um pouco podre, mal cheiroso, lamacento e com alguns pequenos

corpos não identificados

em

olhe para mim, o nome fui idéia do Flávio. O Sorverão, por assim dizer, é uma enorrne estalagmite, com quase 3O m, que se projeta no meio

Flávio, o Adrian e eu teríamos ido embora naquele instante, afinal de coÍrtas a galeria não prometia muita coisa mesmol Mas, como sempre, o câreca, digo o sargento, correção, o Ezio pulou na água ou melhor,

de um gigantesco salão. Este é totalmente iluminado por uma

nossa

à

caYerna: a Gruta do Sorvetão. Não

entrada tão espetaculâr quanto todo o conjunto em si, um espetáculo e tanto; você não vai acreditarl E tão bonito, que o Ezio, conseguiu parar por quase 2 minutos para apreciar a belezar inacreditávell () salão era

naquela solução aquosa e, apesar da inútil torcida contra, a galeria

continuava. Mesmo

assim.

teimosos, pedimos pâra o Ezìo ìr dar uma olhadinha, quem sabe não acabava logo ali e estnríamos salvos. Mas que nada, era chegada a hora

dos bravos. E cofno frangas Ourueno/2002


assusbdas e noientas âdentramos na solução aquosa. Arrgghhhtt t

Como sempre o bom humor sobre eleva-se às dificuldades e, por que não dizet, asurpresa de ver que aquela galeria nojenta começâva a ganhar charme e metros. Ela seguia

forte e sonoro eco teimava em repetir em frente e, curiosamente, um

nossas piadas e medições. Com uma largura médi a de j a 4metÍos e uma altura variável de I a 6 metros, esta galeúa, desprovida de espeleotemas,

seguia com seu leito de lama profunda e líquido aquoso pela canela, cintura, peito, pescoço, glub

glub. Mais à frente, a galeria bifurcava. Porém as características das duas

ramificações eram idênticas e únicas, o que aumentou nosso marcírio, pois estávamos háum bom tempo andando com lama até quase os joelhos. Era um esforço enorme para andar. Num misto de eco e lama surgiu o nome da Galeria do

Ecolama. Apesar de tudo, estávamos nos divertindo muito e a irreverent€ e inusitada galeria nos presenteava com sua morfologia peculiar até que, enfim, no seu indesejado final encontramos a responta do eco; um enorÍne etalvez único espeleotema

bloqueava roda a galeria- Sem obstáculos as ondas sonoras viajavam pela galeria batendo no espeleotema e retornando à sua origem, Fantásticol Nunca havia visto algo igual. O mais incdvel é que o mesmo fenômeno acontecia na outra galeria deixada para trás na bifurcação. Esta seguiu mais alguns metros tendo o seu final limitado por um sifão. Porém ainda não seria o fim da exploração. Avançarmos uns 2O metros em uÍul passagem de onde ressurgia uma pequenâ drenagem. Porém, o bom senso nos fez regressar. A gruta era muito maior do que esperávamos,

carbureto tinham acabado aconselhável.

Decidimos, sem delongas, sair rapidamente. Decisão catastrófica,

pois, se andar na lama era ruim imagina coÍrer. Não preciso nem dizer que além de nossas pernas, atolamos também a língua.

No final, por sorte,

consegulmos aquecer nossos corPos

topografava o cânion exterrro e ainda fomos explorar outra grutâ antes de anoitecer. Mas isso é outra história... Eu conto quando chegar. Obs. A Gruta do Sorvetão já havia sido

parcialmente explorado pelo Joël Rodet (salão principal e galerias secas) que a noüleou como Gruta 9

N"

la de Gruna do

o previsto, nossos suprimentos de

(veja mapa na próxima

FoÌos: Flóvio Chaimowicz

I

( O Carste vol.

n" 3). Posteriormente decidimos chamá.Salão do Morro Furado

havíamos gâsto muitas horas do que

Fuíodo (oboixo)

VOL

ainda

no sol da caatinga. Tivemos tempo Paf a encontrâr a tuf ma que

AspecÌo do $olÕo do $orvelóo (oo lodo) e o "soluçÕo oquoso" que inundo ïodo o rede inÍerior do Gíuno do Solóo do Morro

O CARSTE

e

teríamos que seguir com Írossas luzes de emergência, o que não era

página). g


ITI

La gratte dst S*ry$aa

f, t/ N !.1

Itins*stnie

^,

Fe s quí

fattgwe , m*is msn tsar rce veut rie* satt*ir ú mrs pensírs scnl lofit,.s tournáes vers tot

et

Rçbrrt*

Branii

Çrwpo Barnhwí s

Í#

enÍãnts" Qwelle "s*uãait"! Four tro?npff ffiün tdur, j'ni ãirlâê de t'irrire

et

I

ris*ge ães enfãnts.

et àe

ãe

ns E sp eÍeoíógi c *s

ulle de

te cçntrlrs j*urníes yw j'ai pa*sírs Ía Sertu àt llamslha"

tn'est possibíe

l'aì dé1à dt.1'ítais rrìs ruricux àe tonnnìtre le village dt

Ilf*;t

ãéià tmiÍ.

et ïín Fext. cassí, mais rYor, er: fatt

M*n

rarps

wtfaÍiguê

je rois que

rnest l'âge.

je n'tn

suií pas rertain,

seulemrnt ln jou,tnêe íNeftíflres, pas

Ir

a ítê rithe

f,t mêtw *mme

en

ça, je n'arri*te

à tn'endonnir, I Jatt chaud n 1'envie sotnnteil proJoni de mes amts dont

rcrtains mirne ronJí*fi.

Á

rôtí ãe moi, je

wt rwãs carnpte qwe lç rhsíwr $mbiants ãír*ng Urandi at+ssi. Sous l* toíle qui ne proïàge, je víriftu qu'il n'y *it bien tL14t14ïtt üu\,ertr.lre par la4uelle hs moustiy.tes pourrdiffit st introãui*, Tow,t

ot ,n írdrì.

Les

minutes

pflçsír1t. peNlt-

âtre tftime t6 bmves,, t insornnitfiút par avç* Ie (kffiier tnat, j'*íIwme ffiú l*ntffn.e etiewenüs à t'írire.Tu ãou ts àsmefiãer si je ne swis pas en tr*in ãe perãre Ie úte, n:nis pas ãu touí,jr vais tràs bi*t, je ressuts iuste wn tses àe "sauãaie". Les nuiÍs "d inro*ni, sont l(s plus plopires à la ríflexion. Mon corps n'(n p(Ht plus de

regnrdenr aver ruriosrti. Toul

pírnit

l'idí, n( rìtent

$ilí

t0N4t

Í'cnsembk. {Jn

ríritablr

sptcÍd{lp en soi, trt ne vfi\ pas rn

r*ire

yewx ! C'*t si

tes

rn ttdmirer

si Pttr,

braw 4u'

F,$t

a

twtr

Ia bmutí, inrroltabk.' La

salle ítait granrle, de rrl|e.' r1u'on ne sait

lantais si on dott

les topogrophie, en

tofitotrrnanÌ les parois ou en faìsaú drs radianx. Bien. ttant donní qur c'ítait moi

mônt nprrs dr lonpues années et

qwi tennit la bçussçit et qu'-üàrien était batat ãw ãícamètre, je ne pot:ais phts

*u

ces

La

saltt prilo*ge*it san díveloppentent dans ttne gnlerir qui se

thômrc,

rígons, 1r ronlinue à nlímouvoir comme

premier

la Çrutq dr

réusn à s'arrêter pendnn, 2 núnules paur

rwtaitz qile r'$t mçn it*t ã'esprit qui me rnasgue k ríal*í misirabtt ãe rc petit viílage. Peut-itre q*u je áwr*is me poser ln question de savoir pourquoi,

son

âaws a?xf Ëave{fte:

syeüantlaire

r:st

un níophltte lars de

le^âisais, ttç'tls süft.vnes

ã'ww salk g,ignntxque, Celte-ri est enÍièrs$íent iclairie püt nnt mtrfu aussi

nous

d'ittnom'brablts erpíãitrons dans

i,

p*wr aìnsi ãire, esí une ënçftile stalagmite de prcsque jo m qui se ãíplaie *t: milieu

pur & tewx gue sml l'innaten# ie l'enfan* est tapabl* de prorliguer L* slmpl*ítí de l* papwlafion ü l* rüesse rle la terre et du ãiftwt se

si brau.

Ã'aptrmaír

pas áe nr*i mais de Flcpiç, Le Sawetão,

som ãlrcur*grantes, les rnfants

qui

il iansÍewrs ju,x

SorvrÍao, .\,!t dis rieu, non,

allis

orrt urr. sourire

refèrcnt àans le visage dr resgens

bahianats çouriants. Mi,tre

Mais mmire

Desrcberto Eti est 'ufie petit{ bawrgade typiqw ãu "rcrrado". Je suis certnin que tu çírnernis beaurcup. I)*ns le úlí*ge, íí n'3 a e* tçut eí füMt tútlt qa'wt smí Éliphatee pwbí* ír bs {Ìxíru.tí pour pruaoir

l'utilisr

res petìts

ie rúme l*ewr gue ceÍle gui ârilb lans ks yeux de tros rnÍants. qtelle "saudad/'.'

L)owntr ye te

fí\

ixtpossibíe de ne

ainsi, et malgrííes rcnt*stesfrapp*nts,

Êvet ?nes nmis ãans

F

Il st

p#s toít1pítrrr la s,fu ie nos wfants avet

rto.yage.

Bicn, rn vintí,le n'en rontrais pas la raison

trouvail à qtrelqws bonnes encnbíurts

mçis íl *w sextble qw t'e* à

cçntrrbss, Towjaurs *lairêe per lalumière

cnuse â*t

en

GRUNA

-.t;. ,'at,

(nom€ Localiza

',_',1-..

,,

X= 583.99

:

..''/.

..:

Proj. h Des

,

Localizêção UÍM 23L X= 5$3.701 Y= 8.494.070 PÍqj, Hork.: 1.330 m

Sete 6Nô.0ó

Grupo

PMOSO

Pesquisãs

Dêsnivel:36 m Topo 4C BCRA S€têmbrol2001 Grupo Sambul dè

:,

Pèsquisãs Espeleológicâs

r;t

':.

@!oilw6ws

cm.mÊcM |)@.mEcw 266

Ourueno/2002


pr}vffiít?# de l'm#ie, on pouvait ãistingwrc ftetteftlent

(ltilasl) qw

fu

s*í ãu *nfuait

était efitiàrffi'twtt reftxávert pãr u?x plixtl d'eatt. Cotrrm(nt dire, un tau uu pt!í pürírrie r yïúxír i âbçnd.e, boweurc il p*rs wnée fu ,1+trÍquts türps fton idmtifiís en rÍêrowp*siti.*n. ,4 part ça, jt t'en rÍ*rznr wts pwole, j'en. aurais hzt s*ns faire d'hiçoirts. lr n'm mintr pas lxsarn dc tr ãirt çwt s'ilu'avãit írftH qurãnaus,Flávia,

Add*n $'rnoi-tnhxr, detttander

tntrc

íloignis nussi

rcsl(

ttous n'auriwzs pas

(t

trcus nrus striont

sst d.e rcs

pr*ïrx€tt{r,rs. Çw'à ^ãtawte,

íimtx sì

peu

ula fie tienne!

est

qwi Í'encaurage$i{nt viaeffit# à l*isser tçnhw , ín galrit contìnwnit".. Ne rsn{n$rnt nulíewent à **trc iàít prmzièrc, nsws lt4i atans çlçys ãernarcdí ãj irtu utt

caup ã'o*ií, histçire ãe v*iy si àw fais íih ue s'arrêtçit pds tçrzt net quilqnes mètrrs plus loin, {çffitw te çn awraií ítí sawvís" M*is nçn! Il n*wsfallat ãanr n*,t+s glisser à n*t't tçur ãavts rctte farcge *mmt dts p*wíe nztuitlíts *t d6goútíes. frrce*qqwe! F" tureustmtnt Ëiffime towjours la bonn, hums+tr privalwr, les diffidtís

llÍe

ítí

ntavçis eurore j*mais

tí'mtirc d'une

parúlle. Le plus iwrayabíe cst Eue le mtme phínotwèrce se reproduisait dans ít rls*st

ítazttn+r 4 tt 6 rnitres, relte galerie 7

r*náw* laixi deryièrt'irúus 6x4 ffçisemcnt, Ce ãu'nirr rc prol*ngeait swr q*elqwes ruètres *vant dt s'a.yriter s*r un sipÌtan, *nais í'rxplaratitn w prers*it pasfin pwr atúdnl..Vorrs auons parroilt'u eüvtrotr zo mètrts ácnç wn passage oìt un petit

dipaun,tre dr conrrítion sp pot,rsui\)ntt t1\'(t

dra,ttage rcfnísait sutJare. Cependntt, le

pr.tissawf

et

b{agues

# nls

ffiaÏíft't r tontprise

anrytitude.

wfwe $ fi.trinis{*ii:nÍ,wn sawçre

ãe

à

3 #$tr.

sr

icha

s'íveytwait à rëpiter nos

nlesr4ï{s. mètres

I}'une largtur ú ã'uut

lit ã: ltout proJonìr et,*n Íiqutde

bon sens fiÕt4s rcfi,llt$iíendçit ãe yebra*tsstr

âqu(us. Jurqil au.x Senot$.. ã lfi filnf ure.

rlternin. La grottc ítaít bim pÍws \lítste qnf

à ía p*itrine, ntt {otl, glot+, gl*+t,

flçüs nÈ k pensicns, x*ws

son

(ryendant

rtr

Jnrt la galcrir

p *tti*ns

qw

heaucoap pfuts tle twnps

re

passís

qu'il *uait

biJwrqtnit. Or lrs carartíristiqurs drs deux rantiJrralrons ít ntrnt idrntiqttts fi unrqn{s,

iti prívu,

re qui nt

pourswitre I'wpíwatian fn tÈtilisiln.t

fít

qu'*ugtrctntet nltrc mãytjr

Vwisqae ft&4s nütís trçuriozts ïà ãepnis un "ban tnovnent yragrusant ai milieu

iíjà,

ãe

la

nçs ríser,,es

Ínrnpes dc

síruriti,

ítí ríluits à

qui n'st j*rzais

txos

très

pris la elidsíçn tle

t. Ct qui s'at,íra s'il itüit ãijà ãrfficile ãe mnrrher ã.sns la baw, y raurir !'fu*ir

s*rtir

۟t#strcphique

& I'icha íe wow de Í.a gahrir rttrgtt: Calrria do Lcolarna. Malgii tout

ylus ent*rc.

rcous nüris ãivl.:.tissions be*uroup, et

re

l,loas *vcrs èow

tlew*né*it àrc eff*rts inçnftss, ,4u rniliete

l'iyri*êrenrieuss

M#iure itaitnt

{eíútwt'ttltxú,t.

jusqu'aux gtfloetï, Çh*ryt pds nails ãe irt b*ue et

ã"e

ípuisíes Êt nous en a*+tions

mílasss quí nows ïtêÕtltüit presqttë

quí,

rapids$lst

t*r

je u'ai yas iles*in

nt plrx dr

nos

d'a;lowur

j**zbes, nas

lang'taes

eurtnt ãrçit aa bwillm. .Mais pa*r finir, par chante nous

ittsülitt galer4c narx

awssi

àivçiÍait sa worphoí.*gie partiúiàre jwsqw'à rc qut, Ãans siat inclisir*bÍe Jin,

â\)ons

naas trçwviçns Ía ríponsr au pourçtai dt

rorËs .çsiri

ltíclsçt an inçrtnr {t pexdt^ëtre u.*íqur

ars*s eu le textps Ée renrc'ntry le &rü.rpe qwi top*graphia# le mnlon ãu

spíÍiathèrne bloçwait taçil ls ronílwb, Sar*

DOS MOCOS I

w

,horrrrc et gügnúit pt-ol*ngeait

Le

i, vrãdlrc b srrgerct, Í:<;ja quai, j et í. à I' ear; ilans t* qw' il ranvimãt cit dc nanttrrrr plutòt une saltnion oqtítuie et, walgrí laf*ü e *ppasit i*n de s supparí * s s'

s'aplanirent et naus avçtrs nlars ew la swrprise ãe nnstatw qwt la rép*g+antt galtrte (otnnrcilçut à at,oir wn crrlain

provisório)

!)u quanã

b

môme richauffer wos

s*íeil ãt

í*

"ra*ïittg*",

.Nbas

et

ãehars

?rürÃs

Ítt tvnfis

niê$# ptorttí

ção UTM 231

rcsffintrc{ i* mçircãye

paur visittr ,irce eíítrë gratte at*nt la

0

obstacle, Íes çnães sofiarts voSagwient

tçxtbfu

ãans la gaíerie

sffai

Y= 8.493.961

loriz.: 140 m nivel:

I

m

4C BCFÁ

r..

mbrô/2001

i"''

. *.ï. ;,.:Ï

et

& lç n*rir. Maís

b

Iewrs mr*rs'"E éans

Espeleológicas

spélíoútìmt {lt

b*rnzg th rcbitt) qwi les

PONTE DO MORRO FURADO

it

rtwryait ã'çà elles

iteimr lürtits, Fantastiqw! jr

Oh,. La

1t*ttit

C,tra do Santno auit dtji íti

txytíarfu par

Proj. Horiz.: 380 m Desnível: 50 m Topo 4C BCRA - Sêtêmbro/2001 Grupo Bambuí d6 Pesquisâs Espeleológicas

0

j\

7 sfte ttRÁ&lNrs

íjoir la afie

r.ro

4

lo S*!ão

âans rette

iW|oso imruF&

Y-

1@n

if!!1.!f!.tïr*;i.aii F F|ffiËtoM

cA,RsrE vol 14

salle

en

prinripate

(O Carsty vol, g, n" ji. Flns tarà, ilJwt áí#ãí

d* la brtpriser Çn*a

&U€IRÀO

o

lo'il koã* $a

* Ies g*lwi* sèrhes) Eri I'at'ait ilísignic Çr+rÍa no

j

X=584.051 Y=8.494.050

coNa

une &utts

rüour,

Locâlização UTM 23L

4r\J

est

veftãrÊnl t{fffiírx€r

Bambuí de

..

ieçi

histaire.,. Je te Ie rannteyai 4ua*à ie

àç M.orr* Fxraão

iãttton).

g


HC,RUNA DO TNFURNADO *NoVAs it

POSSIBILIDADES NO NíVrT SUPERIOR TZ1O_À1J33J*Q-L-L

ft1

6RUPO gN/ú'gUÍ DT PEsQUI5A5 ESPELWOLOúICAs

ulho de ?oo2 - Um sifãolll Maldito sifãol A galeria estava totalmente

tomada por uma lago

A. Cruna do Enfurnado foi descoberta pelo Augusto numa rápida viagem a Serra do Ramaiho, em julho de Í995 Na ocasião ele explorou, a partir do sumidouro de

alguma obstrução da drenagem. Do

uma grande drenagem, cerca de r,8 km de galerias amplas e com várias ramificações, parando somente em

outro lado uma "praia" de barro

um conduto baixo e alagado.

ainda deixava alguma esperança de continuação em um nível superior.

Aparentemente um sifão. Alguns anos depois, ]oë1 Rodet descobriu várias grutas no cânion do Morro Furaão - MF, situado ao norte do sumidouro do Enfurnaào e que poderia ter alguma relação com o sistema. No meio disso tudo ainda existia a Gruna ão Anjo (descoberta em 1992 e descrita no ãrtigo desta edição) e várias outrâs cavidades secas. Um quebra-cabeças que começava a se formar, mas já dava

coberto de troncos, galhos

e

folhas.

Um sinal típico de que existia

Mas o teto

mergulhava formando uma parede bruscamente sólida que não permitia uma segunda opiniãor era o fim, pelo menos da parte aérea (que se apÍesentem os espeleo-

mergulhadores). Depois de um ano alimentando a esperança de explorar quilômetros de galerias e descobrir o destino das águas da Gruna ão EnJurnado, o desfecho não poderia ter sido mais crueh - ... um maldito sifãol

No final da Expedição Bahia 2ool, ninguém falava em outra coisa a não ser "a galerìa áe 25 metros que continuaYa.,." fJma única equipe havia topografado mais de I km só parando por falta de tempo. Mas, como era o último dia da expedição, o Enfurnaáo terìa que esperar para revelar os seus segredos. Mas antes, vamos voltar um pouco no tempo, rentando

resgatar toda a história da exploração desta fantástica cavidade. 268

pistas da existência de grandes cavidades.

Em junho de 2ool,

a

expedição

franco-brasileira dedicou alguns dias de atividade no setor norte da Serra do Ramalho, principalmente no&nfumado enaMamona. Mas, foi somente depois da expedição de setembro do mesmo ano, quando topografamos várias grutas da região, que começamos a entender melhor o sistema e a relação entre

âs suas cavidades.

Duas

todo o A outra sistema. possibilidade era a existência de dois sistemas

Mamona a ressurgência de

independentes.

O

primeiro

comegâvâ na Boqweirão do Riacbo de Fora, passava pelo Anjo, Sumidowro ão Morro Furado e teria a Mamona como ressurgência. Nesta hipótese o EnJurnado formaria um sistema

independente sendo ainda incógnita

a sua

íessurgência- Apesar

das duas teorias serem opostas, ambas consideravam uma prenrissa:

a Enfurnado deveria ser uma gruta grande. Muito grande..E foi com esta expectativa que um pequeno grupo (Augusto Auler,

Alt, Vitor Moura, Luiz Coelho Brinco, Leonardo Rocha,

Luciana

Marck Maio eu) encheu

as

mochilas com muitos quilos de carbureto e entusiasmo e encarou a viagem de 9oo km de Belo Horizonte a Descoberto - Coribe/ BA (soma-se 6oo km na viagem do Luiz que veio de São Paulo). Logo no primeiro dia o destino não poderia ser outroi o Enfurnado. E.como ninguém queria ficar fora, o relto sefla montar uma equlPe com 7 pessoas. Funções paÍa tanta gente é que não faltavam. Decidimos usar

duas tfenas; uma para medir

a

possibilidades pareciam ser mais plausíveis. A primeira (e mais

distância entre as bases e outra para as laterais, Isto já ocuparia pelo

otimista) apostava na idéia de gue a drenagem do MF ere um afluente do Enfurnalo sendo a Cruna ãa

menos três. Um croquista, um anotador e um instrumentista completariam a equipe. Ouruenol2002


- Epâl Tô sobrando. Tirdo bem, podemos dar um jeito nisto.,. Acabávamos de criar

acontece na época das chuvas, de

novembro a janeiro. Na seca

a

primeiro

a dezenas de metros de altura. Realmente impressionante... Novamente a galeria volta a se estreitar (só 18 metros) e o rio ressurge, vindo de uma galeria

existência de grandes salões laterais e um nível superior que leva a uma saída secundária. Depois, o teto do

lateral. Estávamos no ponto final da topografia de 2,ool. A gaieria plana não impunha dificuldade ao avanço do

topografia- Suas tarefas iam desde

drenagem se resume a um pequeno fiozinho de água que ora corre com dificuldade em meio aos grandes

ajudar a posicionar as bases,

seixos, sumindo e reaparecendo

verificar urna galeria lateral, até

periodicamente

a função de palpiteiro

da

contâÍ piadas para entreter o resto dos colegas.

O Enfurnado tem "pose"

de

caverna grande desde a entrada,

Um amplo abrigo

. O

quilômetro é marcado pela

captura

conduto baixa bruscamente

impiedosamente a drenagem que

chegando a ficar a menos de um metro acima do nível da água - na realidade um lago estagnado com muita matéria orgânica. Felizmente o lodo pegajoso que se depositou

despenca poÍ uma série de cascatâs

até atingir o leito do rio.

]unto

entrada, uma seqüência

à

de

travertinos e escorrimenEos merece alguma atenção, mas não chega a ser um grande problema para se atingir o leito do conduto principal A partir deste ponto, a galeria segue praticamente plana e ampla tendo

como único obstáculo o barro escorregadio que cobre o piso em

alguns trechos.

A

passagem principal é facilmente identificada pelas marcas da água que invade periodicamente, e com vioiência a cavernâ. Troncos de até Io metros de comprimento podem ser encontrâdos

a

vários metros âcima

do leito do rio. Felizmente isso só

Equipe rLlmo oo [nfuÍnodo. Bóios e mqcoçóo dê nylon em Pleno cootingo. FoÌo: Ezio Rubbioli

o cARsrE vol 14 tto 4

franceses). O conduto chega a 6O metros de largura e o teto se eleva

no fundo turvâ a água facilmente, não permitindo que os que vêm atrás vejam os morcegos mortos boiando. Mas esta "refrescante" passagem não dura mais que 6oo metros. Deoois de um salão com teto em forma de cúpula a galeria se divide. À direita segue-se a drenagem principal, qlre encontra um sifão 2OO metros à frente. Do outro lado, uma galeria seca leva ao tÍecho mais impressionante da grutai a Galeria da Bela Amazona (não me pergunte o porque deste rìome, mas isso é coisa dos

"batalhão" de topografia. Nem mesmo as piadas do palpiteiro conseguiam desviar â âtenção de equipe, As visadas se sucediam num ritmo acelerado sendo limitadas someÍrte pelo tamanho da trena. Os

números enchiam a planilha de anotação e.-,

-

Um maldito sifãotlt

E bla, bla, bla; bla, bla, bla; bla, bla, bla.-. O resto da história você

sabe.

Os 7oo metÍos de topografia

não foram suficientes para satisfazer o nosso desejo de exploração- O jeito seria fazer meia volta e buscar alguma passagem

lateral que "ocupasse" o resto do nosso dia- Com sorte ainda poderíamos sair da gruta com o mapeamento concluído.


Voltamos topografando

lrì

}{

algumas galerias pequenas que tr tl não acrescentâvam muito no ì/ lú.( desenvolvimento da caverna. Mas, poucos metros antes do Í teto baixo, um conduto superior à esquerda mudaria a história m daquele dia. Uma ramificação

logo nos primeiros metros permitiu .que nos dividíssemos em duas equipes. Augusto, Marck

e eu seguimos para a direita, teoricamente na direção da saída,

enquanto a outrã equipe seguia numa ampla galeria (3 x l metros) na direção oposca,

C*

apostando que tinham escolhido a melhor opção, Mas a nossa equipe estava com sorte. Não foi

preciso mais que uma dúzia de visadas parâ nos yermos em uma

ampla galeria meandrante e com algumas passagens laterais. Na

tão grande pare ser digna

de destaque numa gruta baiana, mas

#

o suficiente pâra mostrar que dificilmente terminaríamos a topografia naquela jornada. Um pouco mais adiante o conduto fez uma cufva acentuada pafâ a esquerda, um degrau abrupto e,., - Que condutaço!!l

*

l{ I

I \

t.

do Boqueirão. Seguimos entusiasmados num conduto com 7 metÍos da largura e 5 áe altura. Sua forma e dimensões mãntinhem-se rigorosamente uniforme e formavam urn traçado com cuÍvas suaves. Deixamos uma grande passagem lateral à esquerda e seguimos serP€nteando o interior do ËNFURNADÔ Nivel Srpêrior

Seguimos mais de 5OO metros

nenhum

obstáculo. A direção preferencial

sul indicava que estávamos paralelo com o conduto do rio, embora em um nível superior. Como o nosso tempo estava

contado, voltamos deixando várias passagens inexploradas. 270

.

\li

galerias superiores

sem encontrar

. .._.,* ri

\ri

Até parecia que estávamos rÌas

maciço, sempre procurando evitar os condutos menores.

l;í i ':{t,i{

Ouruano/2002


GRUNA DO ENFURNADO

GRUNA DO DËSENFURNADO

Localização UTM 23L

Localização UTM 23L

X= 586.312 Y* 8.491.286

X= 586.389 Y=8.491.247

Proj. Horiz.; 5.840 m Desnível: 70 (-48, +22) m

Proj. Horiz.: 78O m

Topo 4C BCRA

ïopo 4C BCRA

Grupo BambuÍ de Pesquisas Espeleológies

Grupo Bambul de Fesquisas Espeteolôgicas

Groupe Spéléo Bagnols Marcoulê

Groupê Spéléo Bagnols Marcoule

Junho/2001 - Julho/2002

Junho/2001

\-t,

DesnÍvçl:

I

m

:*r_"J o cARsrE vol í4

no

4

271


A outra equipe também teve Depois de um começo numa sorte. [.1 modesta e com dois rrechos galeria i/

U

] bai*os, eles haviam atingido um 6\ conduto amplo com 5 metros de - alt,,rr" . Ia.glr" que seguia direto ',n para norte. Na volta aindaftzer*m uma descoberta

-

que poderíamos

dizer * no mínimo emociouanre. ï.Jma reentrância da galeria na

altura do piso inãicaua a possibilidade de uma continuação. Mas era preciso entrar em um teto baixo para t"et ceÍteza. E foi o que

para sul, no que parecia ser

a

passagem principal. Mas, poucos metros à frente fomos barrados por uma parede de espeleotemas.

-

Não tem problema, ainda

restam muitas opções. A nossa sorte começâvâ â ser posta à prova... E uma a uma, todas as galerias foram fechando, ou eram

muito estreitas ou

estavam

Espero que a outrâ equipe

esteja com mais sorte... Depois de unla série de galerias

fízeram a Lu e o Leandro. Já rastejando, a luz do Leandro apagou. Enquanto a Lu se

retilíneas e amplas, sempre na direção norte - nordeste, â "outra equipe" havia chegado num salão

aproximava para ajudáJo percebeu que ele estava à beira do "yazio", sentado sobre um piso inclinado e cheio de barro. O pËrigo pareceu rão próximo que os dois trataram de

grande e bem ornamentado. De imediato eles perceberam que

sair rapidamente do local sem ao merios ver aonde levava o abismo. Seria a galeria principah Saímos da gruta por vola das Io hora da noite sujos e molhados, mas com a certeza de que ainda teríamos muito trabalho pela frente

Dois dias depois voltamos ao Enfurnado. A idéia era continuar a topo nas galerias superiores. Mas antes resolvemos checar o abismo que a Lu e o Leandro haviam encontrado. Augusto seguiu na galeria do rio para verificar se havia

uma ligação entre os dois níveis enquanto o resto da equipe subiu

para a rede superior. E não deu outra... Saímos no rero do saião. a mais de 2o metros de altura, onde o rio se divide. Aquele com o tero abobadado do começo do artigo, lembra-se? Incrível é que quando se passa em baixo fica impossível perceber qualquer sinal da galeria superior. lJma vez satisfeita a curiosidade de todos. dividimos as equipes e cada uma tomou o seu destino.

Havíamos parado em uma te

galeria larga

com várias

ramificações menoÍes. Seguimos 272

progressivamente o teto do conduto foi abaixando, abaixando e...

-

Fechô! Está entupido.

Apesar de decepcionados com o desfecho do dia, deixamos a cayerna

com um sentimento de que havia grande galeria que descobrimos no final do dia continuava para o sul,

tão grande quanro o lado que

exploramos. Embora

esteja

seguindo na direção de outras passâgens conhecidas, nunca se sabe

o que pode acontecer nessas caverÍìas da Serra do Ramalho,

poderiam estar noyamente em cima

da galeria principal, na região da Galeria da Bela Amazona. Mas o salão não passavâ disso... Todas

as

continuações eram pequenas e obstruídas por espeleocernas. Mesmo assim a complexidade do local exigiu uma topografia detalhada, consumindo rapidamente as horas

úteis sue restavam. havíamos

Enquanto isso,

no Enfumado.

que poderia até mesmo ocultar alguma continuação. Mas,

bons motivos para retôrnar. A

entupidas.

-

yista ao chegar junto das paredes, formando uma longa reentrância

voltado duzentos metros buscando a última ramificação inexplorada. Uma grande passagem

se

Em tempo... A "ourra equipe" terminou a topografia do salão e ainda descobriu, no caminho de volta, uma galeria "escondida" atrás de uma passagem estreita. Segundo eles, a continuação é grande. Pelo menos esta foi a desculpa apresentada para justifi car o atraso de quase trma hora além do horário marcado para chegar ao q ponto de encontro.

abria para

leste enquanto a galeria principal

fazia uma curya acentuada

ne

direção oposta. Mas o que chamava a atenção era a marca do meandro estampada no teto da galeria.. Tirdo

indicava que ela vinha da galeria desconhecida- E não deu outrar logo nas primeiras visadas nos vimos no meio de um grande conduto. Suas

dimensões estayam parcialmente camufladas por uma pilha de blocos abatidos, mas seguremente sua largura superava uma dezena de metros. E o melhor; a passâgem

coÍrtinuava nas duas direções. Seguimos parâ norte num ritmo acelerado. ]á era o final da tarde e deveríamos encontrar com a outfa equipe às 8 horas. A galeria mantinha a forma original traçando um meandro com curvas suaves. O teto era bem plano e se perdia de Ouruano/2002


La Çvuna da f"rfurn*ão Ile *çrnvelles possibilitis 'tu

vraisew&lsnce, wn siphm. Quelques anníts pÍus tarâ, Ja'ií Rçãsr ãiE*?avvit

nrvratt supírittrr

plwsiwrs grottrs ãa*s le ffin!üt:t iwMarry

Iç*

l*r-*dç-Ml sìíuí ax nçrã ãe l* perte ãe I'l"nfurnaãr et qrai paruairnt passíãer ál"s r*nncrti*ws at,et íe systàme, lawr

ltaf:ã;*lr

L,ryo Ilambwí dt Pu çu

i s tz

mmpí{ttr fu tabbaw, ií f*uí enc*rc ritrr l* prisewt u, ,r, liirr*'ãc ta Çruna ãos

s E sp el e o lógi r as

Jui!!n toot -{l* siphcn!!! Maudit sipl:on! L* g*lrrit italt entifuetzrrr"t tnvaitir per

il?xc

ítendue ã'eaq

*utstrk ãt lranss,

dt hranchrs et lcJeuillrs: utt stÊnp íviàtnt

qu il devaít extsl(r rtne qttclronqut ob#rttr! ton du drninagt. ! )r !'atttrt rôti. unt "pt*gt" de trre glaiu affrait pe*tt^ itre unt pctssihtliti d.e suitt au nitEau s

t,p í rr

r' t t

r.

Lt

p I afo n

d pl o ilÊ,'tl t I

t tp (

t I

dn

il t

enf*rmant mt y*roi saliãe

btwsqzarwent

qui nr perftrttíüft píus dt se fuire d'illwsiçxs, r'ítah í*firr, áans í* p*r"tie

,4ujos {rléra*vert{ {tl tggz et dicrite dans utr aúìclt de la prís'rtrr íditrcr), ainsi que de nan,hrtus(s ítuÌr(s

'I*wt

ravt!is

sìrhrs,

*df*rnt*it

un víritabír. pwq$e tlui rcìnftrcniãtt à prrndte fonrte. mats qttt ãêjà laissait

prisngtr l'rxisÍewlx ãr gr*ndes

m,sitis,

Ltt jttin zoot, !'rxpídtiton Jrtrrtro' hrisilienne toil(tnlra pendant qtttlqurs ses

arlit'itis

lt

i{arcs

lowrs 'la Serra da R"ane*llso,

et

wfut

dr

plws prítisíznent

I*

M*ns*nrs.

q"t+'apràs

l'*xpiditian

ãans I'Enfwrn*áç el .ïba*1í*ís, te

seçtewr 'n*rd

*

tlnr *nnír p*ssfu à

septnrbre ãe la rntmr antrée, /,, to;,s tlJrrtuir dnns plus,twrs g,árc à grottes ãt l* rigian, q*e í'ou rotwnença à

aÍirnenter l'rcp*ir à'un ípiÍague plus

atirux rcntprcndrt íe rystlrne et le rapp*rt

aírirntçt

tüNíl

4íí xtains {q*ar viewzefll

spê{íos plongewrs!}.

ltrurrux, à uplarw àx kiíarrrètvts cwrlw it s p*ur

í* s'

eaux

s' ap er t ev

*ir fin*le

m

íes

ãe

etzt qtte

le ürunn ã* EnJut'uaão nt

ã.e

í rcwlaient plets, It dinowew€?lt rïj ilut'tri*

ptzs

pu ôt*

ph+s

rmil:

-.""un w,xr;tlit sipl:*n ! 4

lafin

de

! es:pidrtrcn

Bahia zont,

p(rsenne nr parlait d aulre rhose qwt de "la gnlerie dr t5 rttelres qut tôtütnuaÌt...'

d.vt mois

exist*ní mtre les leux mviïis. í)ns possròi/rt,ts s'aviraíent nlors les plrrs

Aussit&t arrivês, notre toiltt Pver|xiàre àestittçtÍiçr't nt t;oavaií ïtre awïre q*te

í'l,nfwr**ãa. .Et tçszrtr p'trsúnne !'te vçu.l*ii tííter í'{}tËüsiün, la set+k sol*içn rcnsistü à farmer u*e íquipe de 7 persütxtrÊs. Et mïmc lraw' *wtant ã.e

rzonãe, íe lçbeur *e manquerait pas.

f* ilídàí ãe se serpir àe dewx ãímmàtres, í'un p*ur yrenire íes westrts efltres \es priwts t*p*s, ú l'autrt paur les tonãuits lstíraux. Cette íârhe dwail *tru.per *u m*ins trois ]setssnnes, Tt'ais *wtrts, *u (! 0qtLtí. nu (nIntl et Àil totttPLts rornpliterairrrt le groupr. - El aíars, ct *zai dans Pa:

túNrí

{a

?

rlr problìne, .' L)n prut roujot!t's

st*rr*agn,. Pour i* dt'totsstantt, ttcus veniçns ã.e. rrí* l,+ fan*iot't d'atrontpngnatrur de ln rapa. I a tarhr tle rehti*ri rcnsíttryait à aiâer írs nun'ts à positionnrr {ot'rtttunntl lts poiìttr t0P0, ,\ virlfin unt gnlrt ir latíral,. n rnâme à

f*iw

de

s bleguts poxr ãçrc*.er ãu rcwr

à

í'a'tnr*gt üxí r$te du gr*upe. üàs I'rntríe,l'f.nfumado ít "ítrfi

áe taverne irnpasantt.

íi*

üir"

vaste çbvi

Mawçna r*ttstitwa# la ríisurgr*te Ãr lont

Mptuí( inexorabknrrnl I' drntnng, qtti ãivçk le terrain eg fçrmstzt uw sívie ãe rnsrades atant drJinir s{ì roLirs( dans le lit da rio, Près ãe l'l*Êrit, raw sfuie ãe Êaurs (r d'irottlen,tnts trtírtíent ttne útI eÍxliúr"r p arti ntlièr t, &?xt paç,ff Gil, er.t

tsurrc áuezttr+üÍ*í *wsiàírai: !'existente ãe àa,* systètnes inãépená*nts:

reprísenter wn çbstaãc powr arcítler nu Irt ãa mnãuit yrínrip*i. Ã partir rle íà,

ir premier àibuterait d*ns

plit*siúles. L* premièrr {la píws üpíiffiístÊ) pariait sur I'ìãie çt+t le ãrainage d.u M ítait u* afflve* de Í'Ewfurnaáa, aÍ*rs qrrc !* ürun* ãç le

système.

s

ürunc

galeúe rçutin,ae ?rÊsç,.;'e plant, íarg, et ne prísente rornmt stuÍe dëffirultê q+tt

d*s "4njos, nntircuerait Ttar l* perte ãu Marra F*vaão et awrait ía Mam*rca p*wr

la boue glissante yui m rercuttre h sal par enâraits. I-e passagr pril'dpal rct

rít*trgeuce. Si #tte hypothèse s'avírtrit ln

facilemenr

ttz&{ques laissíes

v*t+sfaire revi\tre tous lesJ*its les plus !fiGtqtiú?rts ãt I'expl*r*ti*n ãr tette

f*rtnerait un sj sÍìtne rysterítit tnrçrt lcs Ãrux thÉçries frierc à dimu+'rir" q*e st*tlÍass*nt *pposíes, tawtts rÌtux ilzãiqtiüi{?x, une r}tase' l'Enfwmado d*tait être wnt granãe grettÈ! très grcnãe

fantasíiqw tavití,

grotte...

{.itçe seule

et unique í.t1uípe av*it dr3 fun et n'au*ít vni-

t*pographiê pht"s

fin à son tr*vaíl que p*rf*t'ttt. ãe tetnps. Et rontttzc m plus r'íta# lt ãernier jrur rlr Í' íquiyêe, I'Enfurnada de',tait *ttunárc evant àe ríví\ff sss st#'rts. ,\'lnt., avnnt de le rtf rauvt{ Jc uolr.ç

tçt|* à i\ft tflutt itç?ã*t úír#s?ett{

aJin

de

í.a Çru*a d* Enfurnaão fut

áirauvcrïe par ,4*gwsto lars ã'wn rapide

séjawr dans

la

Ssrríi tío Ramalbo

(fi t<)g.í. A rettr crmsion, i! cxplora prìs ãr s,B kfi ás uastes g*leríes çux ramiJir*tians nombre*sts tfi JjartevÉ áe la perte ã'un import*nt ãuínag. Il ne ressd $És *rtiviti.s qw'en ãibourha$ d*ns

un rcnãuit bas * inondi, s{lon o cARsrE vor- 14 ro 4

to&te

dç Riçrl:s

ãe

l*ra,

íc Ê*qzreirão

passerait par ta

boune, I' Lnfurnaào

ináipextia*

Lt

àt* Iaprtt

rrtír ptl'ipt(ttvr qu'un í)elit Êrüilpe {'Lugust*, t4uler, Lwian* Ak, titar &ípura, í,uiq{oellt* Brizuc, Lewarrla Rotha, Martl Maiç e, r*aimirczN fit le pleizt dt tarburc avant â'*ntreprentlre m 7t6ripíe ãe g*rs fun au dípart ãe íLtio Horí4pntt, dxtinrrti*n r'rst danç

Corihrlb&, atars São

qwe

Í,wi4qui v*nalt

ãe

Paalç dut pawawrir {tçr: l;rn m plus,

ta

idmtifi*bk à

rçuse

pírioáiqu.munt lsar

rq'ux turnuÍtw&tsÊíì dL, rftaftz**

'fr*s

ài-s

ãi,s

les

dlueí"

tròncs, #ttti1nútlt pnrfois urze

í!rr vus mètres raw-àtssus &t lft ãe ía

longuertr de di-,: mèíres. pru\,et:l

à

plwsicurs

riaiire. Heurewsetrrefit que ce gsftéu*núne w se proãuit qw'à la s*isau des pluies, de n*t,embre à j*nvitr. Qu*:tã il est à sec, le tlrainage sr risusne à wn *rinx filrt tl'eat+ qui s'írçule p*rfais aurr áffircÍtí *u miliew & gros reillowx, et áispar*ït

* ríapparait pi.riadiçue*ent, Lt kilomìtre itziüa! se caraüírise

prismtt

áe

p*r

la

graniles s*líes íçtírnles et un

nivtaw sr+pirirur çtci mène à une sarlie sennãaire, Ënswite,

b

plafoad âw nndwit 273


[i I 'f

s'*ôalsse hrusquunetrt iusqu'à ne lnisser qtt"nn mètrr a,,t-dessus dtt nitea* ãts

l* cavewe. SwÃain, à gt+elqxes mètres srulenrrnt du plaford ltas, I'npynntion

enu,x. C,ellcs-r,r.ne tcnsf ifrtant en rí.aíit.i

d'un conduir swpírirur. ,ur la droirt, *l!*it rhttngl'r ln phjsiot'rçntis ãe I'expl+rati*n &t jout'. í)às les prentiers

étartg d'ratt s!âgnnrìt(

QTrt',,n. rrrnriirr,

tr]

-

díporíc

rtnplir

ãe

orgrniquts. La vase callantt

atr fond,

rt

qrti Iroublatt I't,.tu

à

'"^ rhacu* ãe nas pas xnpichaít he*'{useftrcnt

"'

ç*, ,rro*

qu-i sttit,aiett

ee voiçnt

tes

chauves-swrit mortÊs qwi fl*ttr;ient ici et !à. Ce "afraïrhssant' pnssagt ilr se praíozr1r taatefiis qÉe sut {irsç mètres. tiprìs wne saífu *u plafaud en roup*le,ia galerie n

ãivise. I-e ãr*ieage prinripal potrrsuit sa rcr.ttst sur la ãroitt et se 'terrnint p(+r trft siphon zars xtì:trts plws

üu côtí *pposí, une gaktie sèche rejairr an ães ïtonçüns Íes píws Lr:èn"

de

çu'on peut qualif?4 azr ntinimwn, àe rrmarqu*bíe. Un reztfonc***et clr la galwir *w nivwrl ilu sol renãait p*ssible l'exislenrt â'u*t suite. lçwr le úrifiui nírr:satre dr i tnÊãgcr soHs un

il ítait

tnàfrrs, une ratrifiralic* permit au ârçl,tpt rh se sdnãry en d*ax . Ãugttsta, Marçk et mai s.vons pris sr.rr la ãrçite le

plcfonè bas, l..u et I-eonarãa

rht,ttin qttt. thíortqurnnrr, dn,ait

Q*anã Lu s'aypratha ãt l+ti paur

trous

cçtrtluivt vers l* sortb, *lors 1tu t'autre pnrtte du Erct!pr s'itnit rtgagíe du rí:ti 'oppo:i, '., * ,!tr,r" ,n, ,orr, ,a

gílíi,

*ìtrrc),

l* l*nttrnt í'niá*",

il

fúxt{ ftoLts relreutet' ãans une

galerit prinripak?

anzple

at\

st traxvait vraimtnt

b **vail !'

ig*lw m m6ríte une

grotte baÌtíane, mais

qrc l, plaJond s'é!ìt't n unr drqninr dc rnètres dt+ sol. Le sprrt*ck est try'*iwent impressionrc*nt.., Puis, ia galeri* se rítrácit à nçuue*w (rlle ne rcnpïe plus qw 18 wètres) et la ri,-ière rcsurgit en

(trt6tntment pas re jottr-là. L n ptu plws Iotn /Lrvant. lc rondwil dessirtait une ftuvbt sxrr la pnuthe. Nous atons rIü fratthir *n, n n rh, abruptr et,..

reftírftt íÌjtfficgçlerielatirnb, ì-à se trot+vt

P*uv utz pel.t) nçüs n*us s*tions

dfficuÍti à í'arancis du "ltataillçn"

ãe

topograpltes, Mtme lrc pÍaisanteries ãe

"!'arcornpagnattur'' il! lsawrttaient à dicon*ntrer

ses

dlègurs.

pas

Les visies

se

-

Quel rcndrrt !!!

dans Ìes 6nlrries supírrtures du Baqutit'âo. I"* pragressian

áans t'mthausiasn+e gínír*l ãans t+tr $nãu* fu 7 *útres àe l*rge paw S ãt hattt. LnJorme ci d entr u ra

t

rt

les

dtnrrn:ions de rtltri-

tnt r tgo tn t u s(ut cttr u niJorntes

fu

swrcidaient à wn rythme end;ablí et rct

et

s'intrrrowpaitnt brilvernenr qu'ttr rnrson

avons

dc !n Iongttewt' dtt díramì,trr. Ì.es rhiffres |aãditionnaient en í.çnÊ.aes files sur le rantrt jusqtr'à re qtte...

sÊrp{nt(utí dmrs Iss entrailles

-

{}n

nzawãit siphan

!!Ì

l*

ãessinaient

l,t blã bl* b{e, bla bla bla, bí* bla ï.es Tars mètres de topa ttt nüus avair'nt nuilmtent rassasiës. Il ne naas restait p!tts qu'à Jairr detni-tour à la rrrhtrrlte d'un parsage lntírnl qut "ottu,pât" le restant & ía j*urníe, Si la rhanrr. ít*it $.e rcoftt côti, notts paurri*ns quitttr la gratte etx fljür,t mmí à bien l'rnsernblt fu l* cartagraphit.

quitt{ un granà 'p*ssage latirnt swr g**trht et evafis pçfirsuivi en

tal4t-en veiílant

qtuíques

n les tapagraphiant, lesquelles, itsnt & moinãre impartante, gateries

n'ajoutaient 274

qxte

à

}u

rowjours

massif,

ít'irn

les

poursttivit sans sÍt€çffibre sxtÍ'5ao mètres, Nçtre rhnnineseftt d.ivtrtiçn ãa wã ',rx

inãiqwait que núus naus lr*ç+vians ã*ns

un rcndtrit parallìlr à nlui du rrc. múÌs à un *fueaw síNpëriefit. Coffiil"te naírl' lnttps itat! ratrrptí, nor,ts at,ons latssi p t usr( fi

fs pdssttg( s t nex ptor(

Fil+ au àívelappenmt

s.

íiautre iquipe aussi pr'tt €üttxpter la titawe. Après avair

dans wtr

g*luie

rÍeuxpassagr.s

p*r

lígères r*ar'àes. -ld-açs

ronduits pl*ts petits, Nçtrc pro1rtssion st

bla.,.. I-ç suite, vous la c*nnnisselãí!à.

Ìl/çus sçmmes repassis

pox.tl'suiïit

b*s,

rnt*rni

leur

sx#'

píriple

r$*ãeste rcm\rmârct ils

*túâèrent àun vaste

to

hrttrrs

du

L,tf

t

r na

{{stú?tt à arc*mplir ã*ns I t st Lt tt rtl ponl nt.

do

t

].e srtr!endttnaut,

naus itians dt rtlottr darrs l'LnJurnada. .Vorrs auroirs

!'intention ãt poursui^sre ía toya dans n*ws que

t

sttpírieures, mais axparavant

oulions voir fu plus pr"ès

L*

le

gou$re

et I-eonarã.ç rívt1ie:rxt ãéc*uvert.

Augu;tc ítart alli vértJtrr dans la gclerte ã* riç si rlne jonríion sxistüiì ensre ll.s

ãçux ruit,rarrx ç+lars que {ts t4ïttres rnernbrcs

de l'iqurye ntotìÈrrnt jusqu'att

nheaw Till)ítieìúr.

arrivtr *ryiva... sur

le

Et

rr.

,íevait

çui

ly'çr.ls ar.,orus iébourhi

ylafond àe la srtlle, sr.tplombaut

l'enâr*it çà l* riviive se ã*nt il a íté qucstian au díbut dr rrt anir!r, rillr don lc plaJand

ã.e zçt *èIres

ãiviss.

n

L*

salle

Jerrne d'trne roupalt, ì'olÍç uorís rl? souvene€ Ce qu'il1; a ãe plus itonn*nt, r'rst qrrr vtr d'cn bas. íl rt impos,tble de ãistittgtur le m*inãre inãirc rívílant la prísrnre de la galcrìe supirttttrc. Unr fais la Hrilsití ãe çhqçun s*tisf*i*, les \çwipes stfor*tèrtnt: ü s'*t a{tèvr,nt t,ers leur destin. !a

Naus

*vitns interrçm7u

nçtre

pregression daes une galerie Íarge

*ux

muÍsipies ratnifiutions rnineuyes. Nous

avons prts

la dirrrliort dt,

st,d.

rcnÃuìt daw Ie pl*J*ná s'ííev*it à 5

suivãnt u{t€ gãlr:i€ qui.s*nbÍait être

mètres, Íarge ãe

pãssítge

ãiplryflit

5 rnèt*s, et qui

se

rers Ie nçrã. Suy lc rhstnìn ãa

retowr, ils fire*t wte ar+ïre dícçHvcrte

{&

çorr, salrs et

maui{lís, mçis en aynnt la {ertitltde ílae

les gaÍerits

trii

l'ítbiffie.

Irí*ws r'tous sêffirnes exttãits íÌe grofte \'[ì's lrs

ri*Íisi*tts que lã tapç ne s'*rhì.vcrait

point rdtime ãe Ia toyo de zoor. La galerie plarce n'affrait au*+ne

*u lrard

ttrc#ifi írcúini

I)'aíLíeurs, rce s'*gissait-il p*s là áe la

tn*intmçnt

h

xír1.

ntt pÌtts t,itt de ret endrat! snns sat,air

suffisemznent to:lil âe ruhtte pofir qx're nous

Íarge aLars

sur

et pkin de úoue. Le d*nger leur pnn# si ítuineut qu'its rísof+trent ãe s'il.oigrcer

yowrq*tai elle parte tc nolrr, seuls les Fr*rcgnis le sapmt, Le rcnduit útttint l.es 6rs mètres ár.

assis

d'*voirJ*# le bçn çhoix. ln fait, lítait norre íçripe çwi aílait ttrc la plus dtavrm+st, ilas piws I'une doupint dr t,rsíts nous ntflrrrnl en {.!*ttt sürs

ãt l$ tavití: lç galerie galerie mênndreuse possáda*t quilques Í\ila ,4waqo*a, Nt we ãerna*âe4 pnssü&ff la#reux. Pas a'ussi gr*trfu paur

pas

ãe l-to*arièo s'íteignit.

s',zp*gut q'u'iÍ ítrzit

Ãu "vide",

intprrssionnants ãe ía

s'en

tknrgirent, rnais penãaxt teur repíation,

prinripaí, *ais aprìis

en ie

qtwique

mètres settlem!Ízt, 1.uÍ tnur ile rçnrritiorcs

trttts empirha ãe tontìnuev. Ourueao/2002


-

Qr'à ctln ne liennr, il

non rxpíorée, Ltn grand pa.ssagÊ sp laissatt entr(voir prrs í'rsi alors que la

awrait pu tout aussi bien dissimulrr une

nous

galerie prinripale faisait une grande

progressivement. le plafond s'abaissait,

les gnleries

rourbe dans la direaìon opposíe. Ce qui

s'abaissait t!...

seferrnèrerú quand eltrs n'iraient pas touí

se àégageait de t'rnsentblt, r'ítait I'enryreinte du miandre estanryillí au plaJond de la galerit Tout stmblair md;Erer qu? tltíe dernière provmtttt de ln galrrie intonnue, Nous en efimes

nous restr

ertrorc de nombreusts options.

La rltance semblait abandonner...íJne à une, toutrs

simplement trop étroites ow obstnrérs.

-

J'1spère que

, , plus de th{|tlce...

I'autrr íqurye aura

Après une surctssitn àe gaíeries re(tilignes et larges, rt st dirryeanÌ

des premiìres visíes, nous aperçüwts

íqnipe" avait fini par rejotndrc une graude sa{le bten orntrnentíe. lls se rendirent rcffiptc rolít de suite au'ils

dle-ri aw milieu d'tm grand ronduir. Ses víritables dimrnsions ítaient

pendant

dilfiriks à évaluer, la gaÌene írant en partie dissifluláe pnr une pih de blocs eJfondrís. EIle dípassait pourtani tertúitrÊmtilt Ies dix mèlres, E.t rn plus, le passage rontinuait tn suivant dtux

suites se rit,ílèrcnt

direnions distinrtrc. Nous avans opte pour

birn, un, fois rnrore, se retrünïer au-ãcssws àe la galerie priwipale, dans ta rigion dr la Btla pouuaicnt

At naqo n a. Leu rs déçus... Toutes

po i rs Ju

es

ks

ren!

re

la voir trcrd tn artálírant

Toutefois, Ìa romp!exití àes lieux

I'aprìs-midi ü nous avions rendrlvous avec le rtsre drt groupe à zo heurts. La galet ie ronstrvaif sa forme

uw topographie dítaillie, re qui arltna de (onsfimff les hrures utiks qui lcur restaient. Pendant re tenps-íà, nohs, notts avions rebroussá rhemtn sur too mì;.ts à la rcchrrrhe de la

ãi

tu

.!! ()"

õ Y C

o

q)

lcrnìrt

rumtJiration

déjà

Iafn

Le

pas.

de

initinlc rn su?eiltant

Ceprndant,

- C'rsf baurhi! Le passage est obstruí.

Malgrí

no

nous Gpans

*(

d é.s a p po

tnt em e nt

ft n al,

quittí la caverfle sur

une

note d'optimisme rn rcnsidírant que les

raisons ne manquníent pas pour j retoilrn(r. La grandt gaLerir que nous avions dírouvcrte nt sr

Jin d'apràs-midi

polongeait vtrs le sud rn rcnsilnãnt

ses proportions, ãrtssi grandes que dans Ia partit qu( uous auions ,.xplorá.e . Et

bien que

rellrd

se

?üss{tÊes €ühnïís} qwi peut se passer

dirigr

t,ers d'autres

*a w salt jantais * dnns

cts

cavilís àe la

do

Jtt Serra ì4 Áv t\attttuLtÌv. Ramalho.

C'ítait

rcHilrs et obilruées par drc ronrrillions. exrgàrent

iii g

bretrtôt la rorrlirnntton quand, au cours

"l'autrt

towlours direction nord, nord-cst,

strite quelronque.

en tourbes lìgìres.

úait bien plat et se perdair de vue qunnd il.rejoignat les parois, Le plafond

rianl ainsi un long renJonrentettt

qui

Á- te*rps,,, í"'ttrutye iquipt" termina la topo ãe ts s*Ile et sut #ritïre le ttmps & ãkaw"stir wne gal*ir "r*dtíe" ãerrière wn ítrcit ?ãssa1.ej sur le dternin

àu retour. D'apris cux, la suift

est

granàr. EnJ,n, rittt explration justtltait

lrur retard de

près

d'une

heure. E


Encontramos nossos amigos

Cronologia da expedição F'ranco-brasileira

I"

Parte Bahia

2ool

se misturar,

O objetivo

dessa equipe era

brasileiros nâ casa do Yan e começemos

a

delimitar a faixa sul do carste que

sepârar com cuidado o mateÍiâl e

â

em contâto com a laterira.

está

preparar as mochilas para o dia seguinte, Depois disto nos deu um branco entre

Gilles Boutin Groupe Spéléo Bagnols Marcoule

14 e

Z)

QUARTA E QUINTA.FEIRA

às

06 E 07 DE ]UNHO:

horas (agradecimentos ao nosso

anfitrião Yan e a todos aqueles que o

Boqueirão. Já conhecíamos umâ pârte desta gruta desde a expedição de 1999,

ajudaram).

Participantes:

GSBM: |ean-François Perret, ]acques Sanna, Nelly F{azard, Olivier Sausse, Jean-Loup Guyot, Guy Demars, Marc

SEGUNDA.FËIRA

mas pensávamos que ainda havia

04 DE IUNHO: Partida de nosso apartamento às 6

ser desccberto.

horas para encontfarmos com o pessoal

na casa do Yan a

fim de

cârregar os

Faverion, ]oë1 Rambourg, Benolt Le

veículos. Às oito horas se deu a grande

Falheç Valérie Tournayre, Gilles Boutin.

saída para a Agrovila às

Decidimos passar dois dias dentro do

21. Chegaremos lá

2 horas. só que no di,r seguinte. A estrada foi longa e cheia de subidas

muito

a

Depois de termos arrumado as mochilas e preparado a comida, começamos primeiro a andar de Kombi

e

depois continuâmos a pé (foi uma boa caminhada). As equipes se prepârâíâm e o rrabalho começou:

-

BAMBUÍ: Augusto Auler, Carlos Frrederico Lott, Christian Viana, Daniel

e descidas, basíante rsim no início

e

Exploramos uma galeria, a pertiÍ dos pontos de topografia U65 e UI16,

Viana, Ezio Rubbiol, Flávio Chaimowicz,

péssima no fim. Fizemos várias paradas

uns trinta metros "de première", seguido

Leandro ]onathas, Leandro Maciel, Lilia Senna Horta, Pedro Lobo e Vitor Moura,

notadamente para comer, abastecer, consertâr uma das Kombis que tinha

de um pequeno poço de

-

perclido um parafuso de fixação de um dos

BONITO/MS: Alladin Chaves de Oliveira, Gtrilherme Vieira, Orlando

amortecedores e, para concluiE

a

travessia

Zé, fiel

à sua

legendária hospitalidade,

estâva espeíândo nossa chegada com

Obs, Todos os dias eram formadas várias equipes que âtuavam em objetivos e grútâs diferente.

A seguir

a

a

cornida píonta, apesar da hora avançada

de dez Íxetros quc nos permitiu interceptar uma galeria com continuações em duas direções,

-

da noite.

Á partir do ponto Q3

t

equiparnos

pequenos desníveis, Exploramos

sinopse das

principais atividades, sem distinção de

TERçA.FEIRA 05 DE JUNHO:

equipes.

Para nos

foi um dia de

prospecção para todo mundor

-

Partida de Nlmes para Paris, onde

e

topografamos cerca de 4oom. A equipe

familiadzarmos e reconhecer

os lugares, este dia

sÁnaoo oz DE juNHo:

Do ponto de ropografia Q2l, 28

visadas permitiram a ligação eté o ponto

U4, Do ponto F4 descenros um abismo

do rio São Ërancisco de balsa.

Jacques e Regina Bonomini.

I m que

desemboca eln ume galeria obstruída,

acompanhada pelo "nosso" cineasta que nuncâ se sepaíou de sua câmeral

foi

Neste dia ele precisou de crês pessoas para

Em direção à Cruta Ág,ra d"

ajudáJo a filmar a grande galeria.

horas

Quinca, fizemos a exploração da Gruna da Fazenda, onde uma barganha foi

- A parrir do ponto N42 uma galeria com Yerìto foi explorada e

de vôo), e chegamos enfim a Belo

efetuada com Seu Quinca: trocamos uma

Horizonte, onde fomos recebidos por

edição d 'O Carste por dois mamões.

Próximo à Lapa do Peixe foi

topografada âté o ponto U14 permitindo 2oom "de première". - Saindo do ponto XI t4, situado

administrativos como o extravio de uma

encontrado, dentro de uma cavidade com

próximo a entrada da Boqueirinha,

bagagem e o aluguel dos dois veículos para

um pequeno desnível, um pôte ântigo (leia nesta edição: A Gruta do Pote). Depois exploramos uma dolina, com umr

conseguimos 45om de topografia dentro de uma rede labiríntica até um poço de

num epâftamento colocado à nossa

gruta que possui uma galeria de um metro

disposiçâo. Terminamos a noitc com uma

dc alrura, desenvoluendo-se por mais ou menos 2OO metros. Chegamos numa galeria de 5 x

DOMINGO 03 DEJUNHOT

Io m com um pequeno cúrso de água, Como já era tarde, decidimos

descobrimos sm belo salão com um "disco" muito bonito. - Fizemos a prospecção de um afluente do cânion numa distância de

Depois de um grande café da manhã,

então retoÍírar,

Joom com várias pequenas saídas que não iam muito longe,

encontíâmos Joë1

no

aeíoporto.

Prosseguimos para São Paulo

(It

-

Ezio. Resolvemos alguns problemas

a expedição,

De lá saímos para colocar

as

bagagens (para aqueles que as possuíam)

pequenâ recepção.

-

5m com água estagnada. Nesta rede

Durante esses dois dias, fomos por um urubu-rei, que

fizemos algumas comprâs no mercado central, onde alguns de nós puderam

no percurso fizemos uma parada para ver

acompanhados

provar a primeira cefl'ejâ brâsileira. Mas

a

entada da Água Clara. Uma vez no lugar, entÍamos em simbiose com a PoPulação

ficava na entrada da gruta.

não demoramos muito, pois éramos esperados.

local graças

276

Atrás do maciço da Lapa do Peixer

a

Jacques, que não demorou

a

No crepúsculo, voltamos paíâ

â

Agrovila 23. Ourueso/2002


SEXTA-FEIRÀ 08 DE JUNHO:

Dia de prospecção, exploração

e

-

Conseguimos passar o sifão, seguindo por um conduto superior. Depois de 7oo m,

Concinuamos a exploração e a topografia da galeria suPerior do

superior

Boqueirão, com um abismo de junção com

divide em dttas partes:

topografia próximo e na Lapa do Peixe.

a

- Visitamos, tiramos fotos da caverna e das pintures ruPestres.

atinge o exterior e a inferior continua

a rede inferior e, em

inexplorada,

desequipamos totalmente

se

a

-

Depois de muita conveísâ com os moradores, um deles nos levou ãté uma

Exploramos e topografamos a Gruna Cacimbão (3zom). A galeria que começâva pequcna - I,2Om a I,4Om de

a

seguida,

cavidade (leia

nestr ediçãor Boqueirão: a última esperança).

magnífica ressurgência. Percorremos por 2oom a nado e a batizamos de Mamona

Iargura com 2ocrn de água no fundo chega a ter um trecho muito volumoso,

TË,RÇA-FEIRA r2 DE JUNHO: A maior parte das equipes foi para o setor dâ Baiana.

Fizemos a topografia de uma

(leia nesta edição: Gruna da Mamona - A Ressurgência do Sistema do Morro Furado) Conseguimos ver também

Lapa dos Peixes somando

alguns poços e ressurgências sem grande

partir de Descoberto, seguindo uma dica

possibilidade.

dos moraclores.

terrninando num sifão.

-

gruta

entrada fóssil

c{a

76 visaáas até a junção na reile já

-

Buscamos Llm acesso pelo alto,

-

conhecida. Descobrimos uma galeria de

a

Exploramos e toPografamos

através de um desmoronãmento da beira

Voltamos na írea da Lapa do Peixe.

6oóm "de première" nâ gruna Baiana' Paramos numâ represa de travertino

do maciço.

-

Fizemos primeiro um filme aquático, seguido de uma primeira

gigantesca de 8m de alcura. Exploramos

topografia de 55om, que nos permitiu

chamada Baianina. Pararnos a topografia

interessante, um sumidouro impenetrável

descobrir mais uma eattada'

em uüÌ teto baixo (leia nesta edição:

e duas cavidades (uma de Zom e a outÍa

Explorações na Fazenda Baiana

dolinas vistas nas

- Exploramos e topografamos 57om de uma rede lnexa, muito

fotos aéreas de 2o a 4om de diâmetro,

labiríntica e recobetta de .rma grande

Gruta Baianinha).

I 5m de profundidade, mas sem encontrâr

quantidade de guano, que nos obrigou

- Fizemos tentâtivas para fihnar a exploração e a topografia "en première",

5 x 4m saindo do outro lado do

-

Prospectamos o lado norte-oeste

do maciço que não

de

DOMINGO ro DEJUNHO;

vale

4on). Exploramos

nenhuma saída.

as

te

rn nada

dc

No caminho de volta,

topografanros umâ ca\erne cont'272m áe

a

passâr em oposição.

-

Exploramos e topografamos 55o

também

lglnl

em uma pequena cavidade,

- Gruna e Baiana Gruta Baiana, da Grande

mas parecia que a filmagem não escava

produtiva por causâ da efetvescência da

extensão e várias pinturas ruPescÍes ne

m em úmâ das redes suPeriores

entrada.

cavidade com várias junções a locais conhecidos (leia nesta edição: "Estória senr fundamento ou conto medieval-

equipe.

delirante"),

labiríntica na Lapa dos Peixes.

-

Visitarnos um círculo de 6om de diâmetro e r5m de profundidade no

unt segundo co''l âs mesmâs dimensões. Chegamos num ponto de convergência da drenagem das águas do cârste. Descobrimos uma sudesce, seguida de

cavidade, sem continuidade, que nosso cineasta, de sempre, estava filmando sem

Expl,:ração, topografia e prospecção a

topografia de I 9 5m do

sumidouro de Descoberto, da rede

a

montànte e ;I jusante terminando nos siÍões. Percebemos

â

presença de poluição,

provavelmente devido a uma moto-bomba de captação â montanre da redc.

- No setoÍ do

QUARTA.FEIRA I ] DE JUNHO:

DEJUNHO:

Tivemos vários objetivos indo a vários

Após consenso, decidimos mudar da Agrovila 21 para Descoberto a fim de aproximarmos do setor da Baiana. Fbmos

locais.

Têrminamos a exploração e

a

pequeoo poço de I5m (96m

hospedados na escola do povoado.

Enfumado

-

QUINTA-FEIRA 14 DE JUNHO: Diversos objetivos em volta do

de

Descoberto.

topografia).

ao redor de Descoberto:

Fizemos

II

das

galerias laterais numa rede muito

topografia de um abismo no Boqueirão do ponto G33 atê o ponto D2 com um

sÁBADo oe DE JUNHO:

-

- Topografamos I lo0m

SEGUNDA.FEIRA

-

perder nenhuma cena'

da

- Fizemos â

Fizcmos fotos dos lapiás da LaPa

do Peixe, e depois acabamos a topografia de uma galerìa lateral descoberta no dia anterior.

exPloração

e

a

topografia da Gruta da Mamona com bóias, após 5Jom chegamos a um sifão. Na volta fizemos o mesmo com o abrigo

Baiana. Fizemos uma bela caminhada de

Mamoninha, 8om de copografia de galerias fósseis onde há rnuitos cacos

2okm, nem sempÍe fácil por causa

cerâmicos.

-

Prospectámos na área áa fazenda da

cla

- Exploramos e toPografamos 4oom da Gruta do Leandro e

encontramos várias entradas no cânion'

vegecação, mas que nos Permitiu

Uma delas, que chamamos

de

encontrar várias entradas, assim corno

Desenfumado, foi topografada, somando

uma ressurgência. Voltamos cansados,

descobrimos, nâ pârte aquática, um peixe

mes muito f elizes com

branco de 6cm, sem olhos'

77

5rr'. A gruta é uma

Pequena

ressurgência, tendo alguns trechos fundos e

um sifão logo nos primeitos loo metÍos,

O CARSTE

VOL

14

NO

4

nossâs

descobettas (leia nesta ediçãol Baiana:

o mosaico),

-

Continuação da exploração da

Baiana: utilizamos diversos equipamenros

277


pare sltrapassafmos os obstáculos

IOOm

constituídos por urne sucessão de represas

bóia. Fizemos a exploração e a topografia

de travertino sempre giganrescas.

de 58om da Gruta do Frzendeiro. De faro,

-

Do lado de fora subimos o vale em

a

nado antes de desistir por

fala

de

busca do sumidouro. Encontramos duas

constituiu o sumidouro de um cânion, Ela atravessa uma parte do

clarabóias estimadas em 6om

esta cavidade

Para o clla segurnte e pfossegulmos topogtafia do cânion do lado de fora.

-

Fizemos

a

filmagem de Descoberto

e de seus arredores.

de

maciço e sai dentro do cânion da Baiana.

profundidade, no meio de uma paisagem magnífica e grandiosa (leia nesra edição:

Em cima dela, Zoom de uma gruta fóssil

foi topografada (leia nesta edição: Minha

para Brasília, na véspera. Fbmos para

Pela Cores da Dama Baiana).

Primeira, Verdadeira "Première").

grande clarabóia.

SEXIA-FEIRA

J DE JUNHO: De novo e sempre a Baiana, o grande T

destaque da expedição.

QUINTA.FEIRA ZT DE JUNHO: ]ean-Loup e Jacques foram embora a

Exploramos e topografamos uÍÌüÌ

galeria ampla e curtâ que se liga à Baiana,

próxima a entrada da clarabóia, Prosseguimos numa re ssurgência

- Subimos o cânion a moncanre e fizemos a prospecção; conseguimos

dimensões médias totalizando óoom de

descobrir quatro belas bocas sinalizadas a

topogrúa

fim de poder reencontrá-las, - Descemos o cânion a jusanre. equipamos a segunda clarabóia, Exploramos e topografamos as galerias descobertas atravessando o que era â primeira clarabóia. Não falaremos dos equipamentos e das práticas,

na Beiana).

magníficas galerias e salões imensos (alguns com IOOm de largura). A

expressamente não recomendadas pela EFS

topografia totalizou J,okm sendo

temporária

-

a

-

Gruna do Atalho

(zlOO na

Gruna do Atalho

-

de

e 2OO

SEXTA-FEIRA 22 DE JUNHO: Deslocamento de toda a equipe de Descoberto (Búia) para São Domingos (Goiás). Normalmente

a

viagem leva mais

ou menos 4:JO horas. Mas com a parada para almoço e a falta de combusrível em uma das Kombis, gastamos 8:3O horas.

Voltamos à Gruna do Enfurnado,

2i

passando pelo local onde o Augusto havia

sÁBADo

interrompido a exploração. E para nossa surpresa à grutâ conriÍruâva, possuindo

Fizemos uma caminhada atravessando a

DE JUNHoT

Angélica. Esta gruta

é

muito bonita, com

grandes volumes e um belo rio. Passamos a

noite numa festa no vilareio.

(ex: lançamento de dardo, descida numa

interrompida em ume enorÍne galeria, por

chave de boca...), Por falta de material,

falta de tempolll (leia nesta

ediçãor

DOMINGO z4 DEIUNHO: Saímos de São Domingos para

paramos em cima de uma grunde represa

Enfurnado: a Cereja em Cima do Bolo).

Brasília e andamos durante seis horas,

de travertino (leia nesta ediçãor Exploração do Cânion Grande da

-

Topografia da dolina e da entrada

da Gruna do Anjo.

Baiana).

-

Exploramos e topografamos

Grua Baianina passando

SEGUNDA-FEIRA

a

para outío, engatinhando e engarinhendo

sÁBADo 16 DEJLTNHo:

-

Equipamos a represe de travertino

da véspera e continuamos a topografia até

o ponto de junção que estâve muiro

onde ficamos hospedados.

18 DEJUNHO:

de um teto baixo

novamente, consegui4do assim, J5Om de topografia que parou aum sifão.

fbdos

os brasileiros

foram embora nos

deixando a nosso triste destino! Passamos a parte da maúã a planejar os dois dias

sifão. Desequipamos este trecho loom galeria fóssil

-

colmatada.

Sessão de fotos na Gruna do

horas de viagem, pontuados de algumas

TERçA-FEIRA re DE ]UNHO: Saímos todos juntos com dois objetivosl

- Filmar, fotografar e e

Idempara

as represâs de

travenino

o rio de Desenfumado... Sim. só issoll!

DOMTNGO i7 DEIUNHO: Dia muito proveitoso pela expedição. Exploramos o cânion da Baiana. Descobrimos três novas cavidades, exploramos e topografamos 2oom da Gruta José Bonfim, na qual percoffemos 278

QUARTA-FEIRA zo DE )UNHOT

-

paradinhas para comer e para fazer xixi.,,

Durante uma das

paradas,

encontrâmos com Ezio, enquânro trocávamos uma roda da Kombi pela enésima vez. De iá ele nos levou até nosso

alojamento provisório e depois, fomos jantar num pequeno restaurarrte italiano,

efetuar

algumas medidas de água na enuada da Mamona,

Ado.

-

Saímos de Brasília para Belo

- A filrnagem do povoado e de seu sumidouro, a entrevista de Oilando e a fotograâa das pinturas rupestres. - As fotos da Gruta do Fazendeiro.

da

cavidade e depois, na volta, topografamos

25 DEJUNHO:

Horizonte, aonde chegamos após 9:30

à

topografia da parte inferior da Baiana, numa distância de I JOm e paremos num

SEGUNDA.FEIRA

seguintes,

próximo. Desequipamos a clarabóia.

- Fizemos a exploração e

fazendo uma única parada para almoçar. Em Brasília nos encontrârnos com Jacques e Nelly, nâ casa de amigos do Jean-Loup,

(...) Continua na próxima edição d'O Carste com â etâpa da expedição francobrasileira no Pico do Inficionado. Catas

Alms

-

Minas Gerais

Este relatório é a cronologie muito

Atravessamos a Baiana. da entrada

condensada da expedição Bahia 2oOI. A

até a saída, pelo sumidouro e desequipamos

versão original está contida num caderno

a cavidade

Zlx 29,7 de

3O

-

não foi fácil

resumi-la

por completo, Equipamos a clarabóia de 6om

páginas, frence e verso,

g Ouruenol2002

e


GRUNA DE

GRUNA DA CACIMBINHA

DESCOBERTÕ ll e lll

CoÍibe - BA

LocalhaÉo UTM 231

Cotibe - ÊA

X= 583.443 Y= 8-484.0&l

Locâlização UTtil 23L

PÍoj. Horiz.: 300 m

X= 584.093 Y= 8.479.190

Dêsnívêl: 2 m

ïopo 4C BCRA

Descoberto ll

Grupo Bambul de

Proj. Horiz.: 110 m

Pèsquisâs Espêleológicâs

Desnível: 2 ín

Junho/2002

Dêscoberto lll Proj. Horiz.: 160 m Desniv€l: 12 m Topo 4C BCRA Grupo BambuÍ de Pesquisas Espêleológicas Groupe Spéléo Bagnols Marcóule Junho/2001

ì"ì

-'ì

01oásh

lsr*#l

Ì"1"

i

0

l0

20

30m

!:=È:rl'l::.::={

"rlo

'i.\

ì'-':

ì

gxpromrcì'* SEM ÌOPO...

GFìUNA DO CACIMBAO

ç

Cârinhânhâ - BA Localização UTM 23L X= 612.404 Y= 8.472.998 Proi. HoÍìz.: 320 m {+ 70 m explorados) Desnível:7 m

I

Topo 4C BCRA

x.x

Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas

tÀE lffi I

Groupe Spóléo Bagnols Marcoule Junh0/2001

Í'_-'r:--i

0 6 1218 24 O CARSTE

VOL

14

NO

4

30m

279


Chro**logir l.e l'*xpiditi*n Ëahia zrsrst

pleitt

ptlfiir ãu pr*xi* point c Fttií luirs ãe ïnt dibçuãta*t sur ír?ft gaíerit rcínaííe drs drux 761{5 1t p,trrtr dtt d,nxìrttr. - t1 p*rtir dx paixt rap$ Q4, atï visírs ont p(rturs dr ltotttle" lu tapo

d'erstt,rt, repartr rtn de, ronúi, qui nvatt

jusrlx'au poial r*po LI4. Au paint F4,

sil tv fln Í,

I.*

rozttr jmt !.*ngue er v*ll.tntzíe, nsse4

mauyaise a+t è,ibut er #às ma**:çise à la

lin. !íoxs

{}illw B*utin Çraupt Spílio

av,sus tfJrcrnri

trctfififi(rìl : prut

lÌegsoJ.s M*rc*wlt

plwsir.u*

rn(tnget-,

fatrt le

arrâts

d ttn yrtits de tr,

Ç 5BM: J tazt-fzanç*is ljerr$, J atçurs Súrtna, Nil!v ll arat,l. ()livir, .\aussr,

unr ttis ãefixati*tt á'un arl,trtisseur te**irrty {a ír*tersfu &.t ri* Sã* Jir*nrisn p*r le hw.

{}uj ürmars, Mart

hospitntití.

- A pattit du poirtt rcpo íNr

aì!rnttnt! a rr!le bture nvatrrít dr !,t n*us armdliir tt nous fai*

riíqwiprwettt tÍes petits restauts. Nçws p*ursubat'ts I'mplorati*x rlu ristaw nt írlnipant fl ilt tri)Õgr"Bfhr(. ìrt ü1! Jur rt à

lean^Laup tlujot,

perà"u

Jesr,,ttr

ü.

nouí Ptrnttllü,tt

púHt

lí, fidìlr ìt sa lígertd,,irr

fr*oït fu F*!het;

norrs

Vnlirir 7 otlntyre, C illts Bau! ttt. BÁ1,íBLì Í' Awgusto tl.uíer, Cnrlos

rtttit

.fa"*erj**,foi[ R*n'rbourg,

Í'rtàerir* Lttt,

Chrtstin..l' íÍiana,

lla*iel

Vinna, Eea Rnhb;ol, llávìo Chnim*witqr

LrattJro lottathas. Leandro Murit!. ltlin Flarta, Ftdr* I-abo e Vit*r"Ma'ura.

Smr"te

l-O/ÌVI5' Allndìtr C!:nvts

BON'!

de

úlipeirs, GuiÌíerme Vitira, üríanào

' SAMÊIilr:;J{/lN, àe Nïwes

at\ tt+lts

rírupírons Joi! à !'aírapott. Pttis,lt Paris

à Sá* PswIç (tt htures

à'ayion,)

Bel* Horiqnnte, ori novs

"sorn

rt

enfin

attuúllis

par h4a. htous rfulons qzzrlqwes y:robllrxn admizzisrr*ifs rd çxe Í* p*tr d't+n bag*ge et la rí*pfu*tiçn rfus tkux çíhinÉts Í*uís

p*wr l'expíàitipzs. fie !à, lípascr

Í*

bagages

nous ?ârt*ns

{pour *wx qwi

las

+xt)

latts un appnrrrn,ettt mts à ttotrt disposirion..Àorrs,ílrrrcns Ia satrít y,tr

. A

n,L\*4"h,'ú:f-íË a3 J{,lJÀ

p''ìt tt,t

I

üort pettt

;

líicnntr, ,,aut

effe#aons quáqws r*arsts a,z.s *wrtltí oìi rcrtains jìrxí{r#flt dí.gusser !*sr pwrnière

bièft brísiliínne. Mais, rlot!í t { t',útts attarda*s ytts trap cfit nous sütfttnes attt ndus.

kcgs rrtrur*l'ozts ttçs tzutis ilrisilii:l,s rhrqfan (t (on!luutço4s à trirr Ie ntntinr!

tt ptiffirtr lrs .*rs paur' Ìr !t,,rlrntntn. par Ía sz+iít z+n tysu dt

ìfo:as suçn: mítna,re Ìsôte

I

tttrt

Izh

,

t zjb/mrrri Inn nottr

et tças rcux çui

-

Í"Uh,ií)I

fiíp*rt

l'**

*q JUIN

aiãíi" :

nçtre appãrtittlÊü à úh pclir iloÍis rttrül:1r{r the1 Yan afi* ãt

Huií *eur* /est le pcrrr ,"l1ror,i/r-r /3. ÀrìilJ ar'ri\terwts sür pltítt à e h mais ãu jour

.p"ãìtJ lípat 280

l

MÁÃtlf o5./{Jíl/ ; ?o*r nous m#trt daxs Ie ÚÊin et rerçttnaitre les lieux, rc jour Íut ufte j*u.rnít prospetsi*n Faur tüut ìe m*nãr : - Pr*spertion rers la gyatte agwa dt

ãt]c rls f rt

-

:

P{1Pã.yLs.

1?r*spertio?, tís,ttilür tíe lape át

at'n!

Iüt

h

t1o'.ts

nt rn díçrsrnladr.

rctoultfi' !tn( 3;tlFrit

ropog, upltirr.

ïragr{ss*ïts, saií

e?1\,iÍ"ott

40ú nt dr loPc.

- l)cptrts qt!f trouÍ satttrnts

noírt ilníasl:t nc v sípare pns

!

Ce

j*ur-!à, il

j

a

ãe

yarlis

s* r*wára

p*s*nnl.s p*wr I'*iãer

à film,t ln .q,n1/s .gnlrrrr

lusqrr',tu

I

Iítrqltttoìv.

- A p,trr,r du poittt ropr À;.2 Êxplovarian ú tepü1r{ípí}i{ d'une gnl*ìe

vrrrltlit jttsqu'ntr paìnt ( t+ pt{rne!r{rnt ailtsi ttn baurlnge el ì.t)D nl dt

prçy111srr,

fut tr*utsí, ìlats Hste ffivití ater urr petit fpi.rririf. !rn( J,.tr{t d, !ipoqt,,

T*p*gr*p|:i* at.ssi dr quelques gaíetits

in,lierne. Lnsttttt.'tot,s txploro,tt,,',e

-

ãoÍirr çt,tt wn áíp*rr de gakrir tle r ffi de húat üu díhut swr z*e m enyìr*n. Ntus

p{.ÌrrÍ

Fúxe oà

nri'rtans sÌ!!. tt,!e gatert, ,!r Í tr x. !o Ìn üvet ì,tn yetit it*nímrml ã'rât+, va I'lseurc tarditte ls rttour rç didâi.

-

lrcspertia,:

dtrrúrr L

ttmsstJ dt

fu suite en sjttzitiose at'et í.a papuítüi*n grâce à. Jarqwes #'Ès roflle$r íwc.!e, L'*biettiJ âr teírc iqwipt itait rfu àililtúter ìa b*ráu* suá ãu harst ãw ,úntúü attcr la latíritr,

çttarc, nous saftufles

. MltRüRf/Jí r:6 -flï !Ê,UüIc7JUïN; C't* ãítirÍí, naíts Íjfiríüns

pwtÍant

j*xrs à lì*queirã*, rt t'iseã'u tst rn pnrti ftnftn deytuis l'wpiditillr. * tggg

mait nüws ptilssns tlu'ií restt. enr*re btnur*mS: à

en r*rcbi yts.ris ì; í-es {gwipes

{*n1$l('sttt

s*ts, t'tr!à;arti d'ablrd

ãímwvrit'. Fr,ípnration

rt

nans

ães

picà {íonnr'pttitr *tllítãú,

st t?'tÊtïtnt

tzs p{.ate

* le Íral*ìl

I)ípart & I'e*trír

íôlo Xrt4

llaqr.rcirirsha du

risenu !nbS'rinthiqtte

mais quanã, *ztme 4.5a ra ãe topa en pl*s.

Arrgl

ãi*ut,s[

l nt attt dr !'rau rístÊtt, naus *vans

plrü.\ dr

t117 tt,r

stügtxíutt{. f}ans

rt

trne belfu saÍle a\,,et *ttt tràs besu

ãisque.

- Prospertirs ã'un *fflutnr títrxJ)üfi sxlr

dipartt

ytr

Jo{} rn atw pÍ,usieurs

ãw

petzts

d*nnans pas granã rh*se.

Ptnr!,t,tt tts drrtx joilrs. t!ails nvons tôta);í utx Unrhu rei (rh*rogxarã nair rt

blanr ile grande enuergrN'r). Retaur à dgravila zq à la

wit

t*wzbit.

t/frv"l}R"rüI o8J{,rfÀr : aurttie prr: ïr(ttçtr, ,.xploratrott r! J rcpopraphlT autÒur t! dntts !apa dr fuí.tr.

^

-

/: vploliltic tt Jr lo galertr ,\ pntlr Ãts p*ittts ttp*grayl:iç.tes Li6"5 et {irtú,

ãr wìtrts ár ytrtmiìrt

à

*

ruviti açw mpl* tt Í*pa Ãe gruna L,,rtltltrla stlr JJç ffi '.prtilt !fi|(úe ls t,2o fr ìt+() rn dt,ltnntèrrt nvt{ lo (nl Visitr

photo ãe Ia

rirsÍrdrs indir*s, pwis

d entt nt Jot,d . úrrirír.ç!rrrrÍ?gios r'o/Ilrnr

sur 7a ffir *rrât sur siphon,

-

7{t

:

u.ne trtntaine

Rltnt\e'

.

rle'ux

,!r !a rtotrrrttutt

çfu

rharger lts píl:imles.

'

lnpa âe Peirc, rzrrlt sür :e pãyr*x4rs ftüt4r uo# I'etttrír ,l'agna üÍat'a, Áryit,is sur

petitt réteptiox,

uTrf

rïIÈsl4tt

Quinca, rx íc$*nge d'u* {}'rurst4 n*as

pnxr P*ris

nrrs

r*4n*tf"

Quinra et *ipl*resiozt & la gntna áe la f*rynda. {Jzz *ot fut opl"rí sur plart *t,tr

taryurs t. Regina B*nomini.

l)íp*rt

po++r

í1ìnoìn

dr

Topo rí'wne s*rtie{*+\ etztrít$ossile,

visies avtr

janfiion a* risraet misïa*ï.

Üíççuvrytc ã'une galerit & 5 x 4 tüf,tailt ilt I'autrt rtté áu *nllan par un

rfondretnrnt

ìu

bord du n,n,siJ. Ouruenol2002


-

Prosptttion cotí nord ouest àu rien d'impressionnant, ufie prrtt

massiJ,

impinótrable er z ravités(une

za m et l'autre ãe 40 ,n).Ë,xploratnn drs iolints r)uts snr les phorcs aírimnes zo à 40 Ìn dt diamètre, t5m àt proJonâear mars awun ãápart dírouvert. Au rttour. naus à.e

une traversíe sttt z7z ffi ar)e( un porche rouvert ãc pcintures indiennts. Sur rt site, nous íHons pu apenevoir un Buggio (sìngt rcux). - Visits d'un cìrqut de 6a m dt à;amètrc ú tjffi àe proJanàeur *u sud cst, suivi d'un deuxième Ãux rhimes ropograpíions

ilimensions, Nous sommes convÈrgente de ãrain age

d.es

au

point

de

eaux du harst

sol unc grande quantití obligeant à passrr

LUNDI rt JUIn" : Diters ob ject if s àans diverscs

Exploralion, toro et prosperlion nurcur de DcstobtrÌo

-

Jgj m fu Ia pt.ne f)estoberto, ríseau amont et aval Topo sur

nvet

- Après de grande

I'un d'eux nous amène, après 17 km ãe pistt, à une avec les villageois

magntfrque y'eswrgencr rtffinnüe stlr zoa

nag. Nous l'appellerons Mnmona.

Nous avons

tt

pu toir

aussi quelques puits

rísurgenus sans granàt poxibilttí.

.

Prosptüion sur

le

srtleur d( Ia

DIMANCTIE

ro JLILN

Nous rttournons dans

Peixc

le

dt galrrits tessons de

-

raritís

-

revenus

-

de

poisson blant

6 cm, àans la partit

i'cst à dire

Conrinuation áe l'cxnlo

* &

MÁRDI NJIJIN grosse

pafiie

:

ães lr:oupes est allie

serleur de Baiana,

- Rerhcrcht d'un artàs par le ha* à pa.rút de I)tsrcúetta, sur indirction des

- A l'utírieur,

remontíe ã.u vallon

pronJonàeur. Paysage nragniJiqrte

tt

grandiose.

.

VTNDIU,DI ry JIJTN

rt

Toujours

:

entor( Baiana,

-

le

gros

Rr*ortí, du ranlon

aftlont ct

prospertion. ìüou.ç avorrs pu dírcuvrir 4 beaux porchts, paintís aJin fu pouvoir revenir,

aual, iqwipemmt de la deuxième rlarabaie ü ãesrente. Expla et topo âes galeries àicouuertes en tral)lrsaflt rt gui itait la première rlaraboie. Noas nr parlerons pas àes

íqwipements non-EFS (ex , lanter de

m&rteatdr àesunte sttr rtnÊ clef de

villsgeois.

-

u* ,rrnrrio, ãe gours toujours

- D,.stttitÊ àu tanlon

La plus

Ie

ãivers

pour reclterther la perte. Ìrlous avons *ouvi z tlaraboiu cstimil;s à environ 6a m de

la

Iagalvrit supírieure ã) Boqueirão, avp( un puits dE ionction autc le ríseau inftrieur. Désíqu,pr**, total de la muití.

su,

avr

morceâu dt I' expídítion.

topo dc

.

Poursuite à.e Baiana,

gigantesqucs.

Jatiguis mais trìs

lxplo

rt

lopo dc

grüna dc Baiana,

6o6 m de topo m pnmiìre. Árrât sur un

ry...).

Nous sommis arrêtís par manque matáriel en haut à'an"granã gour.

-

ãe

ha*, Topo m tune petite mvití sar rgt m nommít Baianina, arrêt sur voâte

quãlre Pat.tEs silr quatrc Pa|tes rnars 35O

mouìllane.

m àe topo, arrêt sur siphon.

gour gigantesqw dt E m de redescenàant

-

Essais pour leJilm de

en prentièrc.

ívihn -

I! paraïtrait

que

re n'tst

.

pas

-

vu I'efervesrcnte de l'íquipe.

sur Itoo

Topo àugaleries latírales

MERCfU,DI tjJIlLN

F.xplo

el

topo de

gruta Baianina,

voúte mouillante sur voüte mouillantt,

l'ewlo et topo

sAMEDt Á JrJtN : Eqrtiptmmt àu gour de la veillt

et lopo jwsqu'au

point dt jonrtion qui était

très prothe. Dísiquípement de la darabaie.

:

Nous ditidans, après ronccrtatiory

Ê.xnlo er tono de Faval de baiana

ut t1o * )rrêt sur- s iphon. D ísl quip tm mt dt re tronEon Ãt Ia cavití puis au retour, s

de

topo

dt Ia

coltnatíe.

tt dírcuverte à'une tntríe supplímentairr. Nous sommes lopís à l'irclc àu uillape, nous - Explo et topo d'un,ìrrn, onnrw prendrons no,,rpn, ct Ia dourhc oi bo, à, sur jJo m, très labyrinthiquc et avr,c a.u rc mirne village cbeqGilf,íon.

une

4

Jassiles aver d'irouvtrte

pottrit.

sans ouïe, de

ainsi qw'une rísurgenrc.

Film aquatiqur dans un premicr àímínager à'Agrovìla zJ à Devob*to, afin de première topographifu áe nous rapprorhu àu sectrur de Baiana.

vor- 14 xo

sur 55o m arrêr sur siphon,

Explo et topo degrwta Ltand.ro sur

ternps puis Jjo m

o cARsrE

gruna Mamona

4oo m, Dircuverte d'un

dt

topo dt

l'ahrigo da Marnoninha, topo sur 80 m

:

sertenr

ü

auer àes bouírs,

Elfu nous a permis fu àllouvrir plusieurs

m, risrcu très labyrinthiqw.

lapa de

-

t1 m fu rcpo). ^-(gO le lapiaq fu lapa dt

heareux de nos áímuv,:,tes.

discussion

Explo

I)t rüour, nous fuisons dt môme aver

d.e

PËotos sur

Púxe, puis finir la topo d'une galerie latírale wr Ia vtíIle.

- Dans lt sectcur á'EnJurnado, àirouverte dr plusiturs entríes dans lc

m à la

un pttit puits

-

se

cãnyon, L'une d'ellts, or, !',o.n, appellera DisenJurnaàl, est topograpr)t.e suí 7JJ m, Petite laisst d'eau dís l'entrít puis rertains Fassagrs * Jont à Ia nage, arrât sur un siphaa. Celui-ri swa Jtanchit par un psssage supiriewr, le rísux st stinàe en dtux,l'amnnt reloiu l'wtíritur, l'aval nrrât sur ritn.

-

íquirltments Dour frantltir les obsrailcs

líous sornncs

réseau,

:

- Finir l'u;plo * Ia topo ã'un shunt de Boqueirinba du point Cu au point Dz,

àe

terminant par des siphons, Prásence de pollwíon à'hldrora rbure rert ai nemrnt dâ à une motopompt de captay m amont du

JUIN

âqilÃtiquf.

entríes de

:

14

d irerr íons.

Jazpnãa Baiiono. R+lle ranàonníe de zo kru, pas toujours-fadit avec Ia vígítatian.

;

JEUDI

Divers objertiJs awtour àe Destobtfio.

.

SAÌ,,IEDI 09 JLTIN

.

gwano nous

Explo fi :opo d'tn àes réseaux supirirurs dt la cavìtí., avet àes JoÌtilions multiphs(1Jo ffi dc ropo). - Pour lt compte rendu ãe rette íquipt, rrporrt+uous à L'Histoire sans fonìlrment, Ãans.ettte mêmt rnue.

filner.

.

d-e

opposltiotl.

-

.

Dircuverte d'unc ratití sans rcntinuití ct toujours notre riniasrt (n train àÊ rctíl

tn

-

grotle Jossilr

Lxpto et típo

fugwm

str too m, ào

Anjo,

aver

grosse séanrc photos.

281


Hfi

Ë EË ËËË Ë ËË iËFËËË Ë gH gËg gË F;eËIE E

ã

6

ï Ë ë EÉ - N FËE

ËË

ËË"*i

o

tf tf, +rg

Èï

Õ(f

{f

ct F.c|

ns qc F(9

É h h

cr v

Rq X't lth

gs ooSc:çl

fifrã4Ë Ú}-õhfl (f

$fi o & q

d d do ü ü ü ü* fr

Ê

ü

??8"??

{|l

ddri Irüü ??1t d

ÍJ

o o d d ü Ê u rio o ü ü ü o o o ü í,o o o o o o tl o tt u

o

üüüfr [ïffi ü fl üfi süüfl ü üü ü fi üüilüü üü üüfi üü lt tt ? i5'!9 ÌF ra ? ï :D ? ? ? 1o ? ? ? ï rE :D ï ìl ? T ? 3 ? ? ? ? ? ooo{toüüt}t}

üflt] flüüüüü

TTD???????

rÉ1 rt] 00 {l {t l\ (f cl F.ìürú|0Õc>rlr€

Õ. Èq Õr

qqq':qqccqqqqq htrfl€{€00€eú€€€ tfl d € 4 ú S tí, ltt ú)

f{

ürO{tf tf Cfcfc}Ëï\t tvjCI€ oNs €0O+*È+çôo€É ïqq'::':ï": Ìqq gÚlst í) S-rglO*f fl!f4* +S*!útrt hh€ShhhÈÌ\hmOOOO \t É ÉÉ ÉÉ \tÉ\tÌtrÌrt rtrt\t si údüfttüdsqimro di{o ssd Ê {3!0srfrcrtfâ(tÍ}(.1$ú Õ*n sr Ìr€-o'o"Õo. o.o. çtÊ, iOÍí?c(r, q0cqqcqqccqq,6?.dìc1 toìúrtlsÌÍ ïtrt 0l \t É ú € íflÈ {ô (oë!0(ü6Co€0{0ú {ü{o Con000 rtt{ftd}rt}r'1(|lf)rtlr{ì ÉÌrf) tt}4}rt} ra

{ì.

c?

6, $ taaaaqcqccqcq mümüsssBsü0{o0 rO rÍX

olvìtrtìií

ss€80s*4D F'

ü \i {f (r: íí, fi} s'} o? Í) qqcqq*lç!:\\\\\ * fl fl

flflflrt\t\t0\trt\t\Ì\tÉ @ficocococ0h+s+oÊo ur É, ç, €! rí' çt g) É) d} 4Ì '6t 'Í?

EEãE

{f

tú!

0?$sG0ô{$ OÊçrÉ(ttü ôS'lJ çlr$ÍtClÉÉ ++O{OÈÈhhh rrrtËvÌtt qt em6.oü

LU

U U U U É U U U U U

í€-

rÌ\trü smq; n ÉÕ Ìrcf - {o€ ll f](}ül{'f,}€ ü{?g} Eqn t\\:qq \t É €(Y'!n F(f è oìfì ít \t s ÉF tYl(o,Ér 6€S€

۟

888F8888388 888888eeeF8 8$888888888 83383saÉ$fi lU

-ü{n qcïq

qqqfÌqaì

€€

$

e

sõ$

U U U ll, l! U ú U U U U U U U p e * U p U U F U u

l++eRËEEsiïi ïïseHïHEsiEiiiHFHignHËssefls;i c-90

?

E tuEr

õ

Ë 9e -= os õ É'€ -o.s ,p .{ÍE EE

0

T

P -=

,;=5Heee #€€€

l T üÈ c

-==*>F*

'8 s

tr

s:######Ë sIË r sËË s PiË€ËfiiE";ãEËt-{aËïi'

il

ËË$güÈÈÊ ã:3 E iËËãËf lg ggAeeFEFEE üïE63sE E ^r ËË$ËtrsË:.rl* o?? oFtr80000 g HËoo ooo 138?ï:O?r? E-B * € € € g -g -g + { € € € .g € gü,ï,ü + * e 3 € E

" úE??E??E?soo n o B o o o o o o PPE 0gnogoIB ccccEcÊc

Ë'Ë

q$ss

:tr3:33: õfsP ÊEEET:E::!qE $(j(j(r(r(ju(} õu(io$o$uu('dd qt ..0 - fl (! rt ç ú h

0ü cF

Õ - fl tí) \'

Ï ïXoooootrooB g oooo-oooooo oul:* tr"o C O É g C C C Ë C tr C tr tr C E tr Ë C-ts c C C C C C C:ls f f :t:l f f f f f :l q 9. f Õf = f :l f f f f f, 3 f, f :tf (.9 J u à (9 (, (' (, ú (} (i Lr rj (j (j (i (, $ u (, $ g (, (9 (9 (' õ -: -g

:s

h ú (ts lf - fl (Y} tü r4l .{f h 6 iF {f - fl Í} \t ç € rt {S * tf - s il} Ìt ríJ S h !O Õ {f - fl Ê Ê s{ +r Õr fl cy rr +l fl ff fl to $ f: Íq $ tfJ fl1 {YJ (r} {f} \t !ü ç tt :ú ït ìt tt rt \t t6} tÍ} g} Ourueno/2002


Ítr

I

{9

Í

í)

o €

tL

fi $*

cltf(fmtüOY Àv.ÍJs

h

sl

It

#xEE3H;g

rnËËËï

çt

;

glE o] f0

ÌÍ {

3

r',

€ (Ìl

ü s

*

.Jì

ro ioon,oo-cl1a<r{Jtrd<lüd I

Ís*ãR$Hs8-gg.g**${

tr

0.

ü tr tr 5

h

ú

Íì h

l{ 1,

ü F

(fb\ Cl{J C{!: q € ü(f,ËçfrJ tï fl)fl+ \t) E\t D +€h € R.Õ.ãFiú

ç}$í{ ÍlrÉü

tuÌf-Clrí)ük rlOÌ*rí]€c\t€

EEhhh 9É|ÉÉ\t

€€ct!ao(DclË€€h Ìt\f!üÍ\tççrt\tìú

- O0 h€€ ìÍìt!ü

fl.S€€€€€hhhh E€€€€€€€€€€ ctshÊtsÊcl !úü.rt\tttÌt1ú c}co È!t$Tlrtçìt:úttìtË

hF.c{Õr* Nfl!üOg, 9 q flì q,6? ÈìNh(ï)01 €€S€ü -

çtr{rrft0l É{l{FúrQrü flflflrO+O(l}flO Êl !q 0q c q c? c \ 0q q .4 El9O-Sú'ç!tfgCO ÉOflfi)flfl(9FEú€ú€€€€€€€

{fÉrú qlflS \ : q fl(q0l *SS

ÊÌaïq:q \ hÈr(flhìÌçïq,q\ rt rtÉflfl €SÉrCF4ìófi!OhOl 6.ossd úrisff$tddiüi{i&i$i

qqc

hFuü{.!flÕrfl{t}ç}rú}fl

cts.ËÕtÈ€0d'{0Õr€.4'!0 qndïqq{|'É1h \\q 4fï{ïÈ?.:qa FflÌt ÍtúOfÍ

IItUIUUUUU

tshFts

&.( ty};

0oÚ0h00€€óc|(}Õ.o. tttìtËritt:ürütüÌl

rlE o.Õ Ë!i

cqqrïqq.ìqqqq Íf,Éf(Ì)ttCOÀflÉ0]rt(Y,

QF

Éoe{o €oü{omdüfti üiüs{oütorooi Bsm üdsi$iddsimsmcd ds rtrÊÕ Õçlgtr\tr:F {1 (f}Ìt.o-{frtl(}"{1 6(0Olh-ÕG q n t \ a !q {ì CrrtOflNrOSÉ(t]\tq q st o? q q q c q q c! €fl--fld)O sflCf,cfOcitf,c>ôÕ+ OOCOÉD{OÈC0 -OOcfOOOOêO(} q,$fiÉr41 firÉ1 €€ú€üS€çrí?6)t{t

44q4q 44 444.4dddd{ 4q440oÕOÕoÕ{ç4444.44444 iJ (J ü U U U (] {.' U U U ü U U U (J ü (J U U ü (J U ç $ ü U {J {J U U (J U (J U u *üe-

rt€{fhhrtt - tf-õË tqrt}S-cFhrüh.4r|;}Ír

h xUU>tsFÊFUU

(J

(J

.{1{ Ìütftf|1\-Cl€*Êf*o. fâÉDc|hh14JhCtÊtsrOCì q q c c q aq {! \ q q q flq E (4o fl(4stO(EÊ0Ìt(r)(Í)ìt(O {O6"6O+OCOOffi0 @d (r.{t}d $rü:{çrúlrOrí}$'á}rt

<Oq<ÕOÕOOoC () (J (J (J U

UU

p UU-FtsbF

tsUrFFhts

UU

rJ pp*p

C

*ü N

B i3ï[Hfie$HnFïïiiiifeSE$HsEïïfi $X iüEfËïExBn#*:nserïg t\\t c'{

g sr

_=

Ëg"r;ËË

Ëe

ËË

gi ggnt i

Ë

ãË Ë ;

ËË

ËËË

ËË

ËË

{

ãËË

Ë

*Ë ï

Ë

*

Ë

iag

ËËËãËËËË

$;

Ë* r r

vor-

í4

r,ro

4

i I rr *

guË

E

Ë' Ë *Ë i

tr o g o

r

;Ë Ë Ë Ë Ë Ë Ë Ë ;Ë Ë Ë Ë ËË ËË Ë Ë i r

rí)€hm Í)tt.ÍÌ.cÈ S + (5Fç\IÍ!E cb(f-fltslrúrCÌ€ht0 ó l3F{rrü}rü€}.ohm$ â{íl'É}r{trççdr€€€*.{]ú.,o{..(tr.{iFahFrFr!\l\Í.r}r!\|\.ü{000Sü{0!Õ006S(},(l$OÕ{|l}*+(|Íf{3ÕC

o cARsrE

Ë'Ï {

o o

ËËË ËË

?

1g

g,

rut,Ëi

I*r

=

1r

g -

É *$r{Y}Ìtrt}€

n\üôü-

dfl

283


'

"

i}{M,{}/Cï-ÍÍ ry JUíN:

Grasse

jauntíe dìmt n"èt grasse

jturtíe

paur I'expiditi*n. - lxplaratían ãu tarryan ãe #ai,:uta. Trçis rzottutlíts raai.tís diratntrtt':s. Lx-Flü

ny

àe

ía grortr Jrsf eoa

d*n

rst

nage

arrâf sur fttãftqx4e ãe hçuit. Expla

tapo

& la pre#e du -fÉryflrlcr* swr .5Bo rn.

et

(üte ÊrattÈ tst mJaítt iÉ períe à'ür"r ffitwün. Élk traatrss uttc púl ilt êil nrassif et s*rt ã*xs

le tazry*n tfu Eaiana

& relle-ri srr zoç

,

"4u-ãëstus t*pograplt!íe

t ítí

unr grottef*ssik

^

E"xpl* et t*po drune Fúite Er#tte à proximit| & Ê*ian*,rãI*ci retanbe à l'e*Êril Baiana. }:xpla

lemporaire

*

d'unt rêsrtrgmrt

ïopa

d, di,,trnsíon moytttnr'.{"tn lt & to1sa.

large). Bilan prwr tüte íquipe &*rs nt

-

terrnínus íi'"{Wust*, ãe très be*u.x

volt*nes, àts

w&

ln grcttc,!'L,{wr,,ada

Explo et topo dc

le

après

sclles

int*rmses(çtar exenpb. rsrt

l*rge), Soir3,tÀnr dt t*pa x,u errit sur

de tttnps! .'.'

rten, Jaute

í6ir

arrtclt dnt,,

n?,nt rrvw Ezrfl*rz:çãa: I-a rcri* sur

ãe

et

por+r llrcsilia"

la

Topa tle

grwna

*

áoline

b

rttr,

!ac$u{s

granÃr úcraboie"

-

ru b*s, t*usfont

l*'il

se

írs *ríetn's

laissanÍ à notre

[tt'urçurl( dt

"

I/ÉÀ{}ftf.l)t tz Jtil!{:

la

üêp*rt & í*us

1,cs

üesc*barr* (B,4Hf.Ã)

ví,4Rf)l r9

t.

,,!!,,gr

à

rort

gâ*aw.

prrss*ns

I\

:

Filnt e, pfrútls à I'm*'ie le *ítttvzona

cinsi que qtalçr.tts fircst#'$ tl'e*u Jaite par Jmtt-'[.oup.

z.

rtviin

Fihn {t yrútus drsganrs ainsi qur la de !)tsrttJunr,t,la.

iut

Iuçí; {rt.r!.'

.,4'lË1{CXfl}1 :cJ{Jí-&;

-

[rnt'rrsíc dr lJntana de l'entrie, n la

süt"tíe 1sa{ Ìa

y*t* * áísí4uipnfiatt nmpÍtt

dr

ravrti

-

Lqutpt,ttrttr dt

p,n*ítlenrl*naizz

lt

et suite

tl,trabatr dt ht} nI

Jela

rcp* ãu

r,ttty*n

h l'c:títicur

- Íilm -v*'üexçbrrta tÍ 284

srs

alet'ttçt+rs.

enrttort

.\A.\4LDt z"3l( lÀ': Ptiltc $aksdr, ft$:ás dl'cttxs efJtxwí la treswsíe ã'AngeÍim, 'Irès belle mrití awr ãt gros v*lwmrs, urc belfu riviìre" gra*ãiost qw*i. I-* s*iríe lcst yassi Éarts uw fitr au

N*us parÍoxs Ítus ettst*thÍe aver àfit:' újrcrtJs

áe

ãe Srasllin

pa*r Ecla-flariqantt,

ftrÀttj t&rjüNírs aurc çuãçuts perits arrìts pctrn rriÌrrgrt' rt pour !,t y,tust prpt. . ãe

.

Sxr

plau,

ÍÍ*zts

s$ïilm$ r$*irüs p*r

!i{a

ptnãa*t q*t !'on rhang*;tit pour Í'húìwt:-fais

De là, Ltü

.

dr la grrrtr dtt frt4ndrra

/{

q hja

São^Ilnwing*s

faut

airssi

.Vr/lv.

prlt.'isairt et nstts irans snanger exsr,wble à

ttípestrts indimnts.

la

p*ur

plarc rhqàcs

\oir." rslroruorrr

. ttl{*J ^rsJ{tltu

tapo dtr u,tr'ç,,.

rnewíres rest*nts

nar

fu repes

dv$ns rri,ç Sl:3r:. -l.f.*ir', tt*us s*rnmes arviuís.

- !:iln ãw vill*ge rt ãe sa pertt, ,r,r,r',* l'{)rlnuda, lrrst dr t'ur des ptinluuts

.

Jntqrus rt

ur I) rasilia,

t!?lt yçut"

d'unl!Í

lthatos

dt lran-lottp

po

F{tik ha*e 1tu,rr

4.hjo * ro&te tneis *vec Í'arrfi poÍ4r ffi4trrgÊr * ía pax*e à'esstzzcç ã,'*vz ães rclnbis, noas

à

.

atnts

l)ípart

fairr h pÌannitg des àtt'x lowrs à rnir; m*is uw {ertaint ltctxsir m prí*supe ph,rs

ãíjà

{i!me.

dw yarrht ã'tntt'íe

tristu sürt I tVoas

sant

p*wr bJilnz, wâmt

'

. tl/À'ilI r8/{/íN: nççts

6 h àe rot+tr úFrc une

du mítli. i\**as .çet'ors lagís

üexaiw dextuâmt ã'antrw

"f*us lts lïúsilims wnl wpartis cheEetrx !a nntrníe

p*ur la

${&{,4À''CJ'ft uç JUff{:

I) ípart át $Â*-/)om!ngos

súnt rq}ürtis Leli'eillt

Àiou.s, :ro:rs píntons

A*j*.

ìio

'

J{!íti:

1COI.457. \orutnlrmtnr, i!

fn

&

Jmn-|"*up

*

taçm à la

JI:UDI u

Gruno de Descoberïo FoÌo: Vitor Moufo

ll

nous arnhr

à

notre logement

ptttt ïerla,urânt italint.

Ceri ssr ln thron*íogit très ççnãtnsíe ãe Ì'upi,íition t*,|H1Ã z.üç1, I{i t)ersiln originah

rst

un ulsiet' r.rxzg)]

re.fo vr'iJ. I n rírÌuirt à

ítí

thase

fatilc.

-

ílë

ytpet \

ptiÊ{s

ú paÍ

H


:


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.