8 de Março 2021. Construindo o feminismo para derrubar o patriarcado

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/////8M - Día da Mulher Trabalhadora

const r uindo o feminismo para derrubar o patriarcado


Em 1910, fai exatamente 111 anos, as socialistas congregadas em Copenhaga estabelecérom o 8 de março como o Dia da Mulher Trabalhadora. Desde entom, as demandas das trabalhadoras estendérom-se no nível planetário, mentres o estudo do sistema patriarcal era aprofundado, melhorado, e divulgado, e as luitas se acumulavam nas costas das mulheres. Em 1975, a ONU, ante o imparável avanço do feminismo, reconhece o 8 de março como o “Dia Internacional da Mulher”, recebendo o rechaço dos movimentos populares que viam clara a manobra da instituiçom para desvincular as reivindicaçons do seu caráter operário. Este nom foi o primeiro, nem menos ainda o último, dos intentos dos poderes económicos por acabar com a capacidade transformadora que adquirira o feminismo. Começárom a desenvolver em paralelo todo um marco teórico que relegava a luita das mulheres a um plano marginal, um complemento ao que eles afirmavam “o melhor sistema possível”. Queriam que acreditássemos nos seus prognósticos, que a classe social se tinha evaporado e que agora só existiam graus de éxito económico, que dependiam só das habilidades da pessoa. Aquele sonho húmido do neoliberalismo nom consigueu triunfar, e fôrom incapazes de superar as contradiçons que emergiam quando o seu discurso chocava umha e outra vez contra as nossas duras condiçons de o feminismo vida e a nossa oposiçom.

construindo para derrubar o patriarcado


Nesta última década o feminismo experimentou um momento de efervescência brutal, que o levou a entrar em todas as casas do País. Estas som as circunstáncias em que o Patriarcado saca a artilharia pesada, e volta agir numha ofensiva que evite que os seus interesses sejam atacados. Introduz-se dentro das nossas estruturas para tornar a nossa data de referência numha jornada inofensiva, festiva, o “8M”. Talvez esse seja o motivo de que muitas companheiras duvidem da necessidade de tomar as ruas. Porque as instituiçons se tenhem esforçado em fazer desta data umha efeméride, vazia de combatividade e sem perspetivas de fazer avançar em direitos às mulheres. Mas novamente nom vamos cumprir os seus desejos. As moças de BRIGA declaramo-nos insubmissas ao feminismo liberal, as suas prioridades, a sua agenda, o seu vocabulário, os seus debates, as suas categorias… Somos e seremos feministas de classe, nom por amparar-nos numha velha e ortodoxa consigna, mas porque a nossa realidade quotidiana nom nos permite outra saída.

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Avante o Dia da Mulher Trabalhadora!


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