Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani - Temporada 2017

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GALERIA DE ARTE

FERNANDA PERRACINI MILANI

TEMPORADA 2017




GALERIA DE ARTE FERNANDA PERRACINI MILANI - TEMPORADA 2017 FUNDAÇÃO CASA DA CULTURA E ESPORTES - EDITAL DE CONCURSO Nº 02 - DE 02 DE AGOSTO DE 2017

PREFEITO DO MUNICÍPIO DE JUNDIAÍ LUIZ FERNANDO MACHADO GESTOR DE CULTURA MARCELO PERONI DIRETOR DOS TEATROS WAGNER NACARATO CÂMARA SETORIAL DE ARTES VISUAIS ALINE LOIOLA EDE GALILEU EDNA TOLEDO GABRIEL SANTOS LUCAS TRABACHINI NATÁLIA DURAN PAULA PIMENTA PEDRO AMORA REBECA KONOPKINAS CORPO DE JURADOS ANDREY ZIGNNATTO CHRISTIANE GRIGOLETTO LUCAS RIBEIRO DE MELO COSTA PROJETO GRÁFICO E TRATAMENTO DE IMAGENS WILSON PAULETO ILUSTRAÇÕES VINICIUS NOGUEIRA AS INFORMAÇÕES E FOTOGRAFIAS CONTIDAS NESTE MATERIAL FORAM FORNECIDAS PELOS RESPECTIVOS ARTISTAS.


04 DUAS MARGENS Jimson Vilela

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INTERVALO Marília Scarabello


INTERVALO Marília Scarabello

Ilustração inspirada na fotografia de Thercles Silva

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s trabalhos apresentados fazem parte de uma pesquisa em andamento intitulada Intervalo que se direciona ao território urbano brasileiro e aos

hiatos burocráticos que o envolvem. A primeira etapa desta pesquisa culminou em 6 peças fotográficas com inscrições em braille, apresentadas ao público de modo que o mesmo possa tocá-las. O conceito parte da apropriação de documentos de propriedade onde foram constatadas irregularidades em relação a situação in loco e propõe um cruzamento entre duas formas reconhecidas de documentação (matrículas atualizadas e autenticadas e as fotografias realizadas no mesmo dia da autenticação), procurando corrigir o hiato entre elas a partir das imagens ou simplesmente apontar para esta impossibilidade. A escrita em braille passa a ser o único recurso possível nesta operação de “correção”, de tentar devolver o invisível, o que é realidade nas matrículas e aceito pelos órgãos burocráticos como a verdade, às fotografias destes lugares que apontam para uma outra condição. Cada fotografia de uma área recebe sobre si em braille a descrição que consta em sua matrícula, como uma espécie de cicatriz ou ruído. Cada trabalho recebe como título a descrição presente em sua respectiva matrícula.

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Uma área de terras contendo 6.000 pés de eucaliptos de quatro cortes e 120 bananeiras #1 (2017). Fotografia impressa em papel rag A4 com escrita braille sobreposta pregada em prancha de mdf e suporte metálico. 17x60x37cm.

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Uma gleba de terra, perĂ­metro rural, sem benfeitorias (2017). Fotografia impressa em papel rag A4 com escrita braille sobreposta pregada em prancha de mdf e suporte metĂĄlico. 17x60x37cm.

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Uma área de terras contendo 6.000 pés de eucaliptos de quatro cortes e 120 bananeiras #2 (2017). Fotografia impressa em papel rag A4 com escrita braille sobreposta pregada em prancha de mdf e suporte metálico. 17x60x37cm.

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Uma casa de moradia* (2017). Fotografia impressa em papel rag A4 com escrita braille sobreposta pregada em prancha de mdf e suporte metรกlico. 17x60x37cm.

* Detalhe da foto na pรกgina 13.

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Um terreno destacado de maior porção (2017). Fotografia impressa em papel rag A4 com escrita braille sobreposta pregada em prancha de mdf e suporte metålico. 17x60x37cm.

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Uma gleba de terra, perĂ­metro rural (2017). Fotografia impressa em papel rag A4 com escrita braille sobreposta pregada em prancha de mdf e suporte metĂĄlico. 17x60x37cm.

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Marília Scarabello | Jundiaí-SP, 1982 www.mariliascarabello.com.br Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade

Presbiteriana

Mackenzie,

especializou-se em Cenografia Teatral no Espaço Cenográfico e é mestra em Artes Visuais pela Unicamp. Possui um trabalho que transita entre diversas linguagens com uma pesquisa direcionada às questões que envolvem a ideia de território físico e metafórico. Participou de diversas exposições coletivas nos últimos anos, dentre elas: Meios e Processos 2019 - FAMA - Fábrica de Arte Marcos Amaro, Itu-SP; 51º SAC de Piracicaba, Piracicaba-SP; Arte Londrina 7, Londrina-PR; SAV - Salão de Artes Visuais de Vinhedo, Vinhedo-SP; Projeção WALL - Fotohaus 2019 - Les Rencontres de la Photographie, Arles França, 2019; 25º Salão de Artes Plásticas da Praia Grande, Praia Grande-SP; Valongo Festival Internacional da Imagem, Santos-SP; 50º SAC de Piracicaba, Piracicaba-SP, 2018. Possui obras em acervos públicos tais como Funesc - Galeria Archidy Picado - João Pessoa, Prefeitura Municipal de Vinhedo e Prefeitura Municipal de Jundiaí.

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Intervalo (2017). Fotografias impressas em papel rag A4 com escritas braille sobrepostas pregadas em pranchas de mdf e suportes metรกlicos. 17x60x37cm (cada). 15


DUAS MARGENS

Jimson Vilela

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A

minha escala para medir o mundo é o livro, pois ele é uma régua para as minhas mãos e ideias.

Mãos cumprimentam, acenam, digitam, escrevem, seguram, afagam, tocam, carregam, soltam, desenham, lançam, se fecham, relaxam e deixam esvair. Separadas pela mancha gráfica, as ideias repousam em cada margem da página, formam imagens e completam as sentenças grifadas. O espaço em branco nas beiradas de uma página escrita ou impressa são minha terra firme, minha partida e destino. No livro cabem lugares onde minhas ideias repousam, lugares que minhas mãos não conseguem conter. O teatro pode se acomodar no corpo do livro e modificá-lo por intermédio da experiência desse local no qual compartilham as respirações do público e atores. Isso, somente as páginas conseguem reter. 17


duas margens (2017). Papel e madeira. DimensĂľes variadas. 18


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Jimson Vilela | Rio de Janeiro - RJ, 1987 www.jimsonvilela.com Atua como artista visual desde 2008. Entre suas principais exposições, destacam-se as individuais “Longe dos olhos” (Galeria Simone Cadinelli, 2019), “Narrativa” (Espaço das Artes, 2018) e “Adaptável ao espaço que as palavras ocupam” (Centro Cultural São Paulo, 2015); Além das coletivas “Retrospectiva - 25 anos - Programa de Exposições CCSP” (Centro Cultural São Paulo, 2015), “Convite à viagem” (Rumos Itaú Cultural, 2012 e 2013) e “6ª e 7ª Bienal Internacional da Bolívia” (SIART, 2009 e 2011). Possui trabalhos em coleções públicas como MAC Niterói, MAM-RJ, MAR-RJ e Pinacoteca do Estado de São Paulo. No Brasil, foi premiado com a Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (2012), Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio do IPHAN/Centro Cultural Paço Imperial/MinC (2013), Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça - 6ª Edição (2013), Prêmio Aquisição Centro Cultural São Paulo (2014), Prêmio ProAC Artes Visuais do Estado de São Paulo (2014, 2017 e 2019) e Prêmio Estímulo à Jovens Artistas do 22º Cultura Inglesa Festival (2018).

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Fernanda Perracini Milani

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asceu em Alba (Piemonte), na Itália. Formada em Artes Plásticas pela FAAP e pós-graduada em Artes pela Universidade de São Paulo. Sua trajetória artística em Jundiaí iniciou na década de 1950. Presidiu a Comissão Municipal de Artes Plásticas e integrou o Conselho Municipal de Cultura no período de 1983 a 1989. A artista fez cursos de pintura com Tarsila do Amaral, Renina Katz e Yolanda Mohaliy; de gravura com Evandro C. Jardim; cerâmica com o professor João Rossi e de História da Arte com Flávio Motta. Fernanda Milani está catalogada no Anuário Jundiaiense de Artes Plásticas, de Celso de Paula, nas edições de 1997 e 1999. Participou das coletâneas da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí, desde o ano de 2001, com exceção de 2006. Ela recebeu menções honrosas nas 1ª e 2ª edições do Salão Jundiaiense de Belas Artes. Dividiu seu tempo lecionando no magistério e participando eventualmente de algumas exposições. Suas últimas participações foram em “Arte do Novo Século”, em Jundiaí, no ano de 2002, realizada no Complexo Argos e na exposição de Batik no congresso “O Direito do Meio Ambiente”, no Complexo Mokiti Okada, em São Paulo. Em 2009, participou de exposições na Galeria Polytheama com “Femina” e “Caminhos” e, em 2011, da exposição “Rumo aos 40 anos”, da Academia Feminina de Letras e Artes de Jundiaí. Faleceu em 12 de maio de 2011.

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A Galeria Anexa ao Teatro Polytheama, a Galeria de Arte Fernanda Perracini Milani foi inaugurada em 13 de dezembro de 2008, com o nome de “Galeria Polytheama”, em homenagem ao teatro e ao seu aniversário de 97 anos. O nome atual veio em 03 de dezembro de 2011, em tributo a uma das mais conceituadas artistas jundiaienses. Com o passar dos anos, a Galeria se tornou um espaço de exposições muito apreciado pelos jundiaienses e já hospedou diversos artistas de todo o país para exposições sempre inéditas no Município. 29


Rua Barão de Jundiaí, 176, Centro CEP 13201-010 Jundiaí - SP



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