Uso do desenho universal em em habitações unifamiliares

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O USO DO DESENHO UNIVERSAL NA COMPOSIÇÃO DE HABITAÇÕES UNIFAMILIARES

GABRIELA FERREIRA TABAJARA CENTRO UNIVERSITARIO MOURA LACERDA



O USO DO DESENHO UNIVERSAL NA COMPOSIÇÃO DE MORADIAS UNIFAMILIARES

GABRIELA FERREIRA TABAJARA Trabalho apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, como exigência para conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Tânia Maria Bulhões Figueira

Ribeirão Preto, 2018



AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, por guiar cada passo meu e permitir que eu realize este sonho. Agradeço os meus pais Marcos e Juliana que são minha fonte de inspiração, de força e perseverança. Agradeço imensamente aos meus irmãos Pedro e Marina, tiveram muita paciência comigo durante todo o curso, espero ser fonte de inspiração a eles algum dia. A minha amada família por todo apoio e por compreenderem as minhas ausências. Aos meus amigos e colegas de curso, que estiveram presentes durante esta jornada, que torceram e rezaram por mim, em especial, ao meu melhor amigo André, que conheci na faculdade e virou minha eterna dupla, meu sincero agradecimento por tudo irmão. Queria agradecer em especial a minha avó, minha segunda mãe, que esteve muito presente estes cinco anos. A uma pessoa que considero como um pai e foi muito presente em minha vida, não habita mais entre nós e deixa muita saudade, independentemente de onde estiver, espero te orgulhar vô. A minha querida orientadora Tânia, por ser tão compreensiva e pelo direcionamento em toda elaboração deste trabalho. A todos que de alguma forma estiveram comigo durante esta jornada.



D E D I C AT Ó R I A Dedico este trabalho ao meu tio, a minha fonte de inspiração para o presente trabalho, Alessandro, portador da Síndrome de Down, por me ensinar a ser mais humana, incluir e amar a todos sem distinção.



RESUMO

O intuito deste trabalho foi, propor um projeto de habitação unifamiliar seguindo os conceitos do Desenho Universal, direcionado a acessibilidade de todos os perfis de pessoas. Em um terreno longilíneo, levando em consideração que este é o padrão da maioria dos terrenos das áreas menos favorecidas de Ribeirão Preto. Visando uma construção econômica e gerando menos poluentes, podendo ser facilmente mutável conforme as necessidades do morador. Podendo diferentes perfis de moradores e a suas transformações de necessidades espaciais ao longo da vida. A modulação , foi o ponto de partida essencial para tornar o processo de ampliação da habitação possível.



SUMÁRIO



FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A PLURALIDADE DE INDIVÍDUOS E O ESPAÇO CONSTRUÍDO: UMA RELAÇÃO COM A INCLUSÃO A ARQUITETURA INCLUSIVA E O ESPAÇO EDIFICADO DESENHO UNIVERSAL E A HABITAÇÃO REFERÊNCIAS PROJETUAIS CASA NÚCLEO – MIES VAN DER ROHE (1951) CASA VILA MATILDE – TERRA E TUMA ARQUITETOS ASSOCIADOS CASA BROOKLIN – GALERIA ARQUITETOS CONDICIONANTES PROJETUAIS PROJETO BIBLIOGRAFIA



F U N D A M E N TA Ç Ã O T E Ó R I C A



A PLURALIDADE DE INDIVÍDUOS E O ESPAÇO CONSTRUÍDO: UMA RELAÇÃO COM A INCLUSÃO

A interação de um indivíduo com o ambiente que o rodeia se mede pelas suas próprias capacidades e de como o espaço e os objetos que utiliza foram projetados. Na atualidade não cabe pensar que somente o ser deficiente físico passa por dificuldades motoras, mas o estar limitado fisicamente também engloba uma série de fatores que fazem de todos seres humanos diferentes. Portar alguma deficiência, portanto, não tem o mesmo significado que possuir limitações físicas. Ser deficiente físico pode ser entendido por uma condição causada por nascimento, má formação, acometimento do indivíduo por doenças, acidentes, traumas ou por alguma consequência fatal que atinge o cidadão. Esta condição limita as atividades cotidianas do homem e é completamente ou parcialmente irreversível. Por sua vez, possuir limitações físicas também criam barreiras que impedem ou dificultam as suas atividades cotidianas, porém, se constituem como momentâneas ou irreversíveis, podendo ser algo temporário, tais como: fraturas no corpo cuja recuperação leva de quarenta dias a um ano, pós-operatórios que exigem repouso, dificuldades de locomoção devido a excesso de peso e obesidade, gestação de risco, e uma situação circunstancial como a de idosos que possuem limitações devido a idade, que não são reversíveis.

Segundo Teixeira (2010, p. 02), a deficiência física pode ser entendida como uma alteração corpórea que provoca dificuldades na realização de atividades cotidianas e, em alguns casos, impede de estas serem realizadas por alguns indivíduos de forma independente. Assim a deficiência física ou motora pode ser considerada um distúrbio da estrutura anatômica ou da função, que interfere na movimentação e/ou locomoção do indivíduo. (TEIXEIRA, 2010, p. 01)

Os deficientes físicos podem nascer com essas condições ou podem adquiri-las durante a vida.

Assim, observa-se que existe uma diversidade de causas, de modos e de formas destas situações peculiares acometerem os seres humanos, seja na forma de acidentes, transtornos genéticos, problemas ao longo da gestação ou durante parto e, ainda, doenças obtidas na infância. Frente a essa infinidade de possibilidades de nascer deficiente, ou de ser acometido por uma fatalidade que o impacte de modo a limita-lo permanente ou até mesmo temporário, pesquisou-se o trabalho de Teixeira (2010) no qual a autora apresenta uma diversidade de deficiências motoras que afetam as atividades cotidianas do homem dito comum, as quais estão dispostas no quadro a seguir.

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Algumas outras deficiências de ordem física, mas não necessariamente que afetam a capacidade motora dos indivíduos, também devem ser ressaltadas, pois assim como as deficiências físicas que alteram a capacidade e o desempenho motores dos sujeitos, elas também limitam os indivíduos em seu dia a dia. Assim, segundo Andrade (não datado, P. 02-23 ) tem-se as seguintes deficiências:

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Observa-se um quadro vasto de deficiências que geram dificuldades, em sua maioria, de ordem motora. Portanto, isso pode direcionar decisões de projeto em termos de facilitar o estabelecimento de acessos e percursos da moradia (uso de rampas, plataformas elevatórias, situações térreas, entre outras). Para além, ampliar dimensões transversais de ambientes internos, bem como o padrão de abertura das esquadrias (portas e janelas), tendo em vista que a dificuldade motora geralmente é amparada por equipamentos de maior dimensionamento (como cadeira de rodas e andadores) e que precisam adentrar nos ambientes internos de uma habitação. Segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010, não paginado), 23,9% da população total do país tem algum tipo de deficiência dentre as listadas anteriormente – físicas: motora, auditiva, visual – e ainda inclui neste contingente populacional as deficiências classificadas como mentais ou intelectuais Este mesmo censo define as deficiências que mais acometem a população brasileira a partir de duas categorias; a saber: deficiências fisicas (paralisias permanentes totais; paralisias permanentes das pernas; paralisias permanente de um dos lados do corpo; e a ausência de algum membro do corpo) e deficiência motora (a qual prejudica, de certa forma, a capacidade de caminhar ou alcançar níveis subsequentes em uma edificação ou área livre através do


acesso por escadas – caracterizando tais deficiências como aquelas que produzem sobre o indivíduo algum grau de incapacidade motora – permanente ou temporário). No município de Ribeirão Preto, segundo o mesmo Censo anteriormente citado (IBGE, 2010, não paginado), há uma população de aproximadamente 674.405 habitantes e calculase que deles, 132.329 habitantes possuem algum tipo de deficiência física, ou seja, desta população, aproximadamente 19,62% são deficientes físicos ou possuem alguma deficiência de ordem motora – o que caracteriza um contingente populacional relevante e para o qual ainda pouca atenção é relegada se colocarmos em foco a arquitetura da ordem privada, isto é, a arquitetura do espaço habitacional.

Imagem 01 – Gráfico de taxas de pessoas com todos tipos deficiências (%) - 2010. FONTE: IBGE, Censo 2010, P. 08. Disponível em: <http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default /files/publicacoes/cartilha-censo-2010-pessoas-comdeficienciareduzido.pdf >. Acesso em: data (18/03/2018).

Para além dos números apresentados, é preciso compreender o grau de amplitude qualitativa que esta temática comporta, e entender que existe uma diversidade de pessoas no mundo, cada qual com sua forma física e suas limitações motoras. Ao longo da vida, vamos mudando nossas características e nossa maneira de estar no mundo. Quando crianças, nossas dimensões nos impedem de alcançar ou manipular uma série de objetos. Muitas dessas limitações nos são impostas pelos adultos, às vezes por segurança; outras vezes, porém, vinculam-se ao fato de a criança não ter considerada ao projetar esses objetos, como usuário possível. Já quando adultos, podemos experimentar inúmeras situações que, temporariamente, nos impede de nos relacionar de modo satisfatório com o ambiente, tais como gravidez, fraturas, torcicolos, entre outras. Ao atingir certa idade, nossa força e nossa resistência decrescem, os sentidos ficam menos aguçados, a memoria decai, e isso se reflete em nossa capacidade de interação como o mundo ao nosso redor (CAMBIAGHI, 2011, P. 39).

Dentre a diversidade vasta de fatores limitantes de tais indivíduos, considerados minoria na sociedade brasileira e reconhecidos como deficientes, aparecem mínimas tentativas de incluí-los no cotidiano desta sociedade. Porém, sabe-se que ainda há muito o que se fazer em torno de inclusão destes, sobretudo em nossa área específica de conhecimento como arquitetura.

A partir da redação, aprovação e promulgação da lei conhecida por NBR-9050 e suas atualizações, que trata da Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, foram estabelecidas normativas que impõem, por exemplo, uma gama de questões de ordem dimensional de ambientes visando uma arquitetura acessível, trazendo uma consciência mais efetiva na forma de olhar para um espaço edificado e como um indivíduo diferente do homem padrão se comporta nele. Entretanto, sabe-se que as disposições dela são direcionadas de forma contundente a edificações públicas, de uso público e à unidades autônomas habitacionais pertencentes à edificações de ordem coletiva, mas pouco estabelecem quanto ao padrão habitacional unifamiliar – que ainda é um dos mais presentes em cidades brasileiras, sobretudo as de porte pequeno e mediano. Assim, salienta-se a importância de dialogar com tal temática junto a este específico objeto arquitetônico, objetivando gerar experimentações que, para além da conscientização das necessidades específicas destes cidadãos, gerem propostas mais abrangentes e que possam ser implementadas em terrenos de dimensões padrão, porém distintos entre si.

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A ARQUITETURA INCLUSIVA E O ESPAÇO EDIFICADO segundo a NBR9050/2015 (ABNT, 2015), para garantir um espaço seguro e que respeite todas limitações físicas existentes:

Por definição, afirma-se que a arquitetura inclusiva é: (...) a arquitetura que planeja e que respeita a diversidade humana, gerando acessibilidade para todos. Este tipo de planejamento com acessibilidade urbana só foi possível após diversas manifestações da população para que o cidadão com mobilidade reduzida tivesse direito de ir e vir quando necessário. (REDAÇÃO DO FÓRUM DA CONSTRUÇÃO, não datado, não paginado)

No âmbito da arquitetura inclusiva, expressão que se conforma aliada à palavra incluir, o real intuito é integrar indivíduos que por muito tempo foram considerados desiguais à sociedade, tal desigualdade de oportunidades e direitos liga-se ao fato de estes indivíduos possuírem limitações físicas ou mentais, sejam elas temporárias ou definitivas. De acordo com a Redação do Fórum da Construção, (não datado, não paginado), a adaptação de espaços para a inclusão social, tanto de espaços públicos, quanto residenciais, estão sendo cada vez mais pensados pelos profissionais da área da construção civil. A arquitetura inclusiva conta com algumas estratégias,

Piso Tátil: é uma estratégia para facilitar o deslocamento do deficiente visual, tendo em vista que sua função é sinalizar os obstáculos, desníveis, rebaixamentos e o inicio/ término de escadas/rampas (eixos de circulações verticais). Conforme o manual de acessibilidade, o piso tátil deve estar situado segundo a rota de deslocamento do indivíduo e nos limites acima pontuados, dotado de cores e texturas que se diferenciem do restante da paginação. Mapa Tátil ou Sinalização Tátil: são estratégias que dão acesso a informações locais aos deficientes visuais ou a pessoas com limitações relacionadas à visão, facilitando assim o deslocamento destes indivíduos em edificações e na cidade de forma independente.

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As mãos e dedos humanos se diferenciam por suas características neuro-mnemônicas. Quando uma pessoa explora um mapa tátil, conexões cerebrais são ativadas, formando uma informação concreta na memória. (AVACEACESSIBILIDADE, não datado, não paginado)

Imagem 02 – Imagem ilustrativa de Mapas Táteis. FONTE: Avance Acessibilidade, não datado, não paginado. Disponível em: <http://www.avanceacessibilidade.com.br>. Acesso em: data (25/03/2018).

Sinalização geral: No Brasil, para indivíduos que possuem limitações ou deficiências auditivas tem como sua principal forma de comunicação linguística a denominada Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS), porém, uma porcentagem elevada da população ainda não compreende tal linguagem. Devido ao escasso conhecimento da língua por pessoas consideradas comuns, ou seja, que tem sua capacidade auditiva inalterada, os deficientes auditivos encontram contratempos na comunicação. Em razão disto, existem outras qualidades de sinalizações tais como a indicada pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto (2004, não paginado), a ser utilizada em edificações e áreas livres de uso público na cidade, denominada Símbolo Internacional de Acesso. Através dela, os locais acessíveis, como entradas das edificações, áreas e vagas de estacionamento de veículos conduzidos por pessoas com deficiência, áreas de embarque/desembarque,


embarque/desembarque, sanitários em geral, áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência, áreas reservadas para pessoas que dependem do uso de cadeira de rodas ou que necessitam de equipamentos de uso exclusivo, e até mesmo em situações especiais de atendimento a pessoas com deficiência auditiva ou visual, deverá ser indicado o símbolo específico conforme NBR9050 (ABNT, 2015).

Imagem 03 – Placa de sinalização de acessibilidade auditivo libras. FONTE: Gráfica expansiva, não datado, não paginado. Disponível em: <https://expanssiva.s3.amazonaws.com/uploads/imagens/ modelos/placa_acessibilidade_12.png>. Acesso em: data (20/05/2018).

Rampas de acesso a pavimentos distintos e sobrepostos: trata-se de uma espécie de solução para a mobilidade de cadeirantes, pessoas com dificuldade para se locomover, incluindo também gestantes, idosos e crianças que estão desenvolvendo a capacidade motora. Considerada uma das alternativas de acesso indicada pela NBR 9050 mais enfaticamente utilizadas em edificações públicas ou de uso público. Segundo a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, todo projeto (público ou de uso público ou, ainda, as áreas comuns de edificações de uso privado – como as edificações residenciais multifamiliares) a ser construído ou a ser modificado, necessariamente é revisado pela Comissão de Acessibilidade.

Além das estratégias arquitetônicas de caráter legal analisadas anteriormente, que na maioria visam a modificação de espaços para a inclusão de indivíduos com limitações físicas, apresentase outra estratégia que tenta cessar a ideia da adaptação de ambientes ou de se elaborar um. desenho individual para cada caso, apresentada com o nome de conceito de Desenho Universal.

3.1. Todos os edifícios de uso comum, assim como os edifícios residenciais em suas áreas comuns (entrada, acesso ao edifício, corredores, piscinas, salão de festas, etc.) deverão possuir rampas de acesso (na ausência ou incapacidade técnica o desnível poderá ser vencido por meio de equipamento eletromecânico); 3.2. A utilização de rampas em rotas acessíveis deverá respeitar a tabela de inclinação de rampas apresentada na NBR9050, atendose ao comprimento máximo permitido para cada inclinação, conforme apresentado na referida tabela. (PREFEITURA DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, 2004, não paginado)

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DESENHO UNIVERSAL E A HABITAÇÃO

O Design Universal foi designado para o desenvolvimento de projetos de arquitetura e objetos que podem ser utilizados por um vasto número de indivíduos, assim, respeitando a divergência de cada um deles. Segundo Cambiaghi (2011, P. 10), o Desenho Universal surgiu nos Estados Unidos, através do arquiteto Ron Mace, que tinha como objetivo modificar os paradigmas de arquitetura e do design, e expor a importância de se projetar para todos. Com o foco voltado para a pluralidade dos indivíduos, o Desenho Universal quebra os preceitos de dimensões do homem padrão no projeto, combatendo a exclusão de qualquer outro tipo de forma humana que não se encaixe em tais dimensões. Basta lembrar os princípios de Vitrúvius e, no século XX, por exemplo, o módulo de Le Corbusier. Ainda que distantes do tempo, ambos representam esforços em busca das proporções ideais do ser humano. A definição dessas dimensões para se obter modelos bi e tridimensionais tipificados e racionais tem orientado a arquitetura e, muitas vezes, o urbanismo ao longo de todas as épocas. Mesmo Neufert, com seu manual tão utilizado por todos nós, também de certa forma tipifica ambientes com os quais pretende atender ao homem tipo. Em que pese a inegável importância desses autores, já se sabe que, se a arquitetura ou o urbanismo restringirem-se ao homem modularmente exemplar, deixarão de fora a maioria dos usuários potenciais, entre os quais encontram-se crianças, adultos, idosos, pessoas em cadeiras de rodas usuários de muletas, pessoas com baixa visão, altos, baixos, obesos, grávidas pessoas puxando carrinho de feira e etc. (CAMBIAGHI, 2011, P. 10).

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Imagem 04 – “O homem de Vitrúvio”, desenho (lápis e tinta) de Leonardo Da Vinci, c. 1490. - 2011. FONTE: Desenho Universal, Métodos e Técnicas para Arquitetos e Urbanistas, 2ª Edição Revista, P.163. Acesso em: data (20/08/2018).

A arquitetura pode-se denominar acessível, se todos os usuários conseguiram ingressar, circular e utilizar de todos espaços, assim seguindo o propósito do Desenho Universal de estabelecer acessibilidade completa a todos, sejam ou não pessoas com deficiência.


A definição dessas dimensões para se obter modelos bi e tridimensionais tipificados e racionais tem orientado a arquitetura e, muitas vezes, o urbanismo ao longo de todas as épocas. Mesmo Neufert, com seu manual tão utilizado por todos nós, também de certa forma tipifica ambientes com os quais pretende atender ao homem tipo. Em que pese a inegável importância desses autores, já se sabe que, se a arquitetura ou o urbanismo restringirem-se ao homem modularmente exemplar, deixarão de fora a maioria dos usuários potenciais, entre os quais encontram-se crianças, adultos, idosos, pessoas em cadeiras de rodas usuários de muletas, pessoas com baixa visão, altos, baixos, obesos, grávidas pessoas puxando carrinho de feira e etc. (CAMBIAGHI, 2011, P. 10). A adoção dos princípios durante o processo de elaboração do projeto permite que todos espações sejam pensados de forma que se adaptem a necessidade de todos os usuários, sem pensar em grupos separados de pessoas, idealizando o ambiente como um local de interação em que todos os tipos de pessoas possam acessar com facilidade. Mesmo que a forma humana tenha uma grande abrangência, adota-se como parâmetro as necessidades dos usuários de cadeira de rodas, seguindo o pensamento de que são um perfil de pessoas, do qual suas necessidades físicas demandam mais espaços nos ambientes para circulação, assim, seguindo a NBR 90/50 que contempla todos os parâmetros mínimos necessários. O módulo de referência de um usuário de cadeira de rodas a ser adotado, conforme a NBR 90/50, deve ser de 0,80m de largura por 1,20m de Imagem 05 – Área de giro 360º, um círculo de 1,50m de diâmetro. - 2011. comprimento. FONTE: Desenho Universal, Métodos e Técnicas para Arquitetos e Urbanistas, 2ª Edição

O espaço de giro é denominado pelo espaço necessário para um cadeirante girar.

Imagem 06 – Módulo de referência para a projeção no piso do espaço necessário para uma pessoa em cadeira de rodas. - 2011. FONTE: Desenho Universal, Métodos e Técnicas para Arquitetos e Urbanistas, 2ª Edição RevistaP.163. Acesso em: data (20/08/2018).

Imagem 07 – Área de giro 360º, um círculo de 1,50m de diâmetro. 2011. FONTE: Desenho Universal, Métodos e Técnicas para Arquitetos e Urbanistas, 2ª Edição Revista, P.163. Acesso em: data (20/08/2018).

Revista, P.163. Acesso em: data (20/08/2018).

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Em relação ao mobiliário, por exemplo, considerando as alturas de mesa e tampos de pias, necessariamente deve-se prever altura livre, de no mínimo 0,73m do piso. Deve-se levar em consideração também a área de aproximação, que consiste em um espaço que a pessoa possa se aproximar para a utilização com autonomia e segurança do mobiliário, a medida tende a ser de 0,80m por 1,20m. Os acessos devem ter largura de no mínimo 0,80m, nos corredores e espaços entre mobiliário que tenham 0,40m de largura ou mais, a passagem de circulação deve ser de 0,90m no mínimo. Como foi apresentado anteriormente, o Desenho Universal dispõe de uma série de soluções para a relação do indivíduo com o espaço. A relação do ser humano com o espaço é uma via de mão dupla, assim, é necessário compreender a diversidade humana, em seguida, entender o tipo de espaço, para a construção de uma arquitetura que possa acolher todos os tipos de pessoas, seguindo esse raciocínio, o morar na sociedade, ultrapassa a ideia de um ser humano somente habitar ou se utilizar de um espaço. O conceito de um lar propriamente dito, carrega valores familiares e sentimentais, visto que o ser humano passa maior parte do seu tempo em sua casa, assim, classificando o morar como uma espécie de refúgio na maior parte dos casos, trazendo segurança mental e física ao morador.

Em contraposição, vemos habitações, em sua grande maioria, que não atingem o âmbito das leis de acessibilidade. As moradias tipicamente padronizadas, fragmentadas em ambientes, seguem as dimensões do homem padrão, não dimensões universais. Na tentativa de suprir a dificuldade das habitações comportarem todos os tipos de usuários o programa Minha Casa Minha Vida disponibiliza Kits de acessibilidade, variando entre cinco possibilidades de acordo com o tipo de deficiência, tais como: auditiva, visual, física, intelectual e nanismo. Tais elementos são, geralmente, da ordem do mobiliário e buscam adaptar e tornar as unidades habitacionais mais acessíveis aos novos moradores. Por mais que tais kits possibilitem que os deficientes vivam de forma mais segura e independente, uma casa que recebe os equipamentos ainda não deve ser chamada de universal, pois como foi mostrado no capítulo anterior, deve-se levar os princípios do desenho universal desde o projeto inicial da casa, assim podendo se tornar um ambiente habitável a todo e qualquer tipo de pessoas não um determinado grupo de usuários. Seguindo a linha da concepção do morar, um ambiente que não comporta um ser humano em todas suas condições físicas durante sua vida, em algum momento a habitação não será confortável ao mesmo, levando-o a modifica-la, gerando, assim, gastos e resíduos de obras.

Quanto mais um ambiente se ajusta às necessidades do usuário, mais confortável ele é. Todavia, se ocorre o inverso, quando o ambiente construído não leva em conta as necessidades e limitações humanas, ele pode chegar a ser mais inóspito que o meio natural. (CAMBIAGHI, 2011, P. 15).

O objeto arquitetônico, habitação unifamiliar, terá o intuito de concretizar o conceito de equidade na construção, um conceito que vem do Desenho Universal, respeitando os diferentes perfis de pessoas. É importante ressaltar que equidade não leva o mesmo significado que a igualdade, a qual ocorre quando todas as partes estão nas mesmas condições, possuem o mesmo valor ou são interpretadas a partir do mesmo ponto de vista, a equidade, por sua vez, revela o uso da imparcialidade para reconhecer o direito de cada um, usando a equivalência para se tornarem iguais. Com a análise das estratégias da inclusão de deficientes ou pessoas com dificuldades de se locomover na arquitetura, conclui-se que a arquitetura atual comum, sem adaptações, é por sua vez inacessível a aqueles que não seguem o homem padrão, e com o passar do tempo tornase imparcial a ideia de modificação do espaço. A arquitetura já modificada ou construída para atender um determinado tipo de deficiência, separando assim, espaços de deficientes e não deficientes, portanto, o que era para ser inclusivo, acaba sendo exclusivo (excluir).

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A habitação unifamiliar ideal usará do Desenho Universal para atingir a equidade entre a diversidade de usuários do ambiente, preparada para possíveis adaptações futuras, levando em consideração todas condições físicas atuais e futuras dos moradores. Desta forma, a habitação, visará o acolhimento e funcionalidades necessárias dos habitantes em todos os sentidos, tais conceitos que serão absorvidos desde o inicio do projeto.

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS



CASA NÚCLEO – MIES VAN DER ROHE (1951) ESCOLHA DA REFERÊNCIA A escolha da referência projetual a seguir foi dada a partir da determinação do objeto arquitetônico, que corresponde a habitação unifamiliar. A relação entre ambos, objeto e referência, é dada a partir da escala do projeto, de caráter habitacional unifamiliar, além da planta livre, que permite a mudança de espaços conforme a necessidade dos habitantes. CONCEIRUAÇÃO / PARTIDO O arquiteto propõe a possibilidade do morador de montar seu próprio espaço de acordo com a sua necessidade. Segundo Colombo (2011, não paginado), Mies Van Der Rohe começou o projeto da casa núcleo em 1951, de forma autônoma, a fim de aprofundar sua pesquisa pessoal sobre habitação. O fato de não ter um local com restrições e um cliente específico, segundo Colombo (2011, não paginado), transferiu ao arquiteto maior facilidade para o estudo do modelo da casa moderna. É importante ressaltar que a casa núcleo não tem uma planta específica, as ilustrações mostram alguns modelos de disposição da planta. Os ambientes podem ser configurados com mobiliário e divisórias, e não paredes fixas. O que possibilita a montagem de varias plantas em uma só casa é a sua base que pode ser construída em módulos de 40, 50 ou 60 pés quadrados (12,19, 15,24 ou 18,28 metros). 10 - O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES

Imagem 08 – Vista frontal Casa Núcleo - 2011. FONTE: Vitruvius, A Casa Núcleo, não paginado. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.130/3782 Acesso em: data (05/04/2018)

Imagem 10– Implantação Casa Núcleo - 2011. FONTE: Vitruvius, A Casa Núcleo, não paginado. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.130/37 82 Acesso em: data (05/04/2018)

Imagem 09 – Arquiteto Mies Van Der Rohe Casa Núcleo – não datado.. FONTE: <https://blogdaarquitetura.com/mestres-da-arquitetura-miesvan-der-rohe/> Acesso em: data (05/04/2018).


Laje Plana Imagem 11 – Esquema estrutura casa Núcleo - 2011. FONTE: Vitruvius, A Casa Núcleo, não paginado. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.130/378 2 Acesso em: data (05/04/2018)

Colunas Metálicas

Além da área molhada que é fixa no núcleo da casa, algumas características são permanentes em todas opções deste modelo de residência, como, os painéis de vidro que circundam a casa em todas as direções, apenas poucas esquadrias e colunas esbeltas. Estas colunas são deslocadas de sua posição habitual, as esquinas, enfatizando o senso de espaço contínuo e criando a percepção do telhado como um plano leve flutuante. Devido aos quatro acessos, a habitação não tem acesso principal, assim, a fachada principal fica indefinida. RELEVÂNCIA DA LEITURA PARA O PROJETO

Para a proposta de uma arquitetura habitacional que disponha de uma planta livre, a grelha modular em que a casa é organizada pode ser uma solução, permitindo organizar as áreas conforme a necessidade do usuário. A partir do tema do atual trabalho, Desenho Universal, o qual tem a intensão de englobar os variáveis perfis de pessoas, uma casa que pode ser modificada e adequada conforme cada necessidade, garante maior conforto aos habitantes.

Imagem 12 – Cortes Casa Núcleo - 2011. FONTE: Vitruvius, A Casa Núcleo, não paginado. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.130/3782 Acesso em: data (05/04/2018)

Módulo Quadrado

ACESSIBILIDADE

Imagem 13– Esquema Módulos Casa Núcleo - 2011. FONTE: Vitruvius, A Casa Núcleo, não paginado. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.130/378 2 Acesso em: data (05/04/2018)

Imagem 14 – Planta Casa Núcleo - 2011. FONTE: Vitruvius, A Casa Núcleo, não paginado. Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.130/3782 Acesso em: data (05/04/2018)

Analisando o comportamento de um cadeirante com dimensões de 1,20 x 0,8 cm neste modelo de casa núcleo, pode-se observar que parte dos ambientes criados são acessíveis, mas os trajetos são complexos, já a área molhada é completamente inacessível, devido as dimensões adotadas no projeto. O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES - 11


CASA VILA MATILDE – TERRA E TUMA ARQUITETOS ASSOCIADOS ESCOLHA DA REFERÊNCIA A escolha do projeto a seguir como referência, foi devido a semelhanças com o objeto escolhido, habitação unifamiliar. Compreendese que tais semelhanças são, o terreno longilíneo em que o projeto foi implantado e a escala de ambos projetos, que são residências unifamiliares FICHA TÉCNICA • • • • • •

1 Imagem 15– Fachada Casa Vila Matilde - 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado, 2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-etuma-arquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)

2 Imagem 16 – Vista Casa Vila Matilde - 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado,2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tumaarquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)

Projeto: Terra e Tuma Arquitetos Associado. Localização: Vila Matilde, São Paulo. Terreno: 4,80 x 25,00m (120m2). Construção: 95m2 plana. Conclusão: 2015. Tempo construção: 10 meses.

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CONCEITUAÇÃO / PARTIDO Foi solicitado ao escritório, um projeto para uma senhora, Dona Dalva, a qual vivia em uma casa antiga, que era dotada de problemas na estrutura e insalubridade, além do seu orçamento ser baixo ela precisava que a obra da nova residência tivesse um curto prazo.

4 Imagem 18 – Paisagismo pátio central- 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado, 2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tumaarquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)

Imagem 17 – Área comum Casa Vila Matilde - 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado,2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tumaarquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)

HABITAÇÃO Com o foco principal em uma obra de baixo custo e que demandasse pouco tempo em sua construção, os arquitetos que já trabalham com este padrão, decidem os blocos de concreto e toda estrutura ficariam aparentes

5 Imagem 19 – Terraço- 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado, 2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tumaarquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)

12 - O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES

6 Imagem 20 – Área de Serviço - 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado, 2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tumaarquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)


1

2

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5 Imagem 21– Plantas Casa Vila Matilde - 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado, 2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tumaarquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)

Imagem 23– Cortes Casa Vila Matilde - 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado, 2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tumaarquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)

O programa é distribuído em dois pavimentos, o pavimento térreo é composto por sala, lavabo, jardim interno, cozinha, área de serviço e uma suíte, pensada para atender necessidade futuras e na idade da proprietária. No pavimento superior, encontra-se uma suíte e um jardim, onde a área sobre a laje da sala é usada como horta, e poderá ser coberta, ampliando o programa da casa a fim de atender a futuras demandas. Os equipamentos hidráulicos foram organizados em bandas fixas nas laterais, e nas suítes eles foram organizados em blocos. Para melhorar a ventilação e iluminação da residência, pois, quase todo terreno foi ocupado, foi projetado um pátio central, que também pode ser uma extensão da cozinha e da área de serviço. RELEVÂNCIA DA LEITURA PARA O PROJETO

Imagem 22– Implantação Casa Vila Matilde - 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado, 2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tumaarquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)

Legenda Acesso

Imagem 24– Cortes Casa Vila Matilde - 2015. FONTE: ArchDaily, Casa Vila Matilde, não paginado, 2015. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/776950/casa-vila-matilde-terra-e-tumaarquitetos> Acesso em: data (17/04/2018)

Circulação

Área Multifuncional

Hidráulica

Área de Uso Privado

Pátio central

Terraço

Garagem

Projetar uma arquitetura de baixo custo de obra, levando em consideração a materialidade, as necessidades do cliente e situação do terreno. Pensar em uma habitação, seguindo os princípios do Desenho Universal, que atenda não só as necessidades atuais do cliente, mas sim, as futuras, como, por exemplo, a construção de da suíte no térreo apresentada na referência, devido a idade avançada da moradora.

O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES - 13


A forma como é organizada as aberturas para a circulação de ar será levada em consideração devido a semelhança do terreno escolhido e o da referência. OBSERVAÇÕES Assim, como no projeto anterior, a Casa Núcleo, podemos notar que há a presença de um núcleo, não necessariamente com a mesma função, mas a casa acontece em torno de tais núcleos em ambos projetos. ACESSIBILIDADE A interação de um indivíduo com o ambiente em que habita se mede pelas suas próprias capacidades dentro do espaço. Na Casa da Vila Matilda não é possível o fluxo de um cadeirante em todos espaços existentes da casa, observa-se que os sanitários não são acessíveis, alguns espaços da casa são bloqueados pela disposição dos móveis e a circulação vertical é composta por escadas, o que dificulta o acesso ao pavimento superior para um deficiente físico ou qualquer outra limitação motora.

Legenda Não acessível Cadeirante Trajeto

14 - O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES

Imagem 26– Plantas fluxo de cadeirantes - 2018. FONTE: acervo pessoal Acesso em: data (28/10/2018)


CASA BROOKLIN – GALERIA ARQUITETOS ESCOLHA DA REFERÊNCIA

Imagem 30 – Área Comum . FONTE: Galeria Arquitetura, não datado, não paginado. Disponível: <http://www.galeria.arq.br/casas/residencia-no-brooklin> Acesso em: data (21/04/2018)

O projeto a seguir foi selecionado como referência, a partir da determinação do objeto arquitetônico, habitação unifamiliar. As semelhanças entre o objeto escolhido e a referência, concernem a escala do projeto, levando em consideração que os dois são habitações de caráter unifamiliar e ambos projetos tem como locais de implantação terrenos longilíneos.

Imagem 31 – Vista Casa Brooklin.. FONTE: Galeria Arquitetura, não datado, não paginado. Disponível: <http://www.galeria.arq.br/casas/residencia-no-brooklin> Acesso em: data (21/04/2018)

FICHA TÉCNICA

Imagem 32 – Área Comum . FONTE: Galeria Arquitetura, não datado, não paginado. Disponível: <http://www.galeria.arq.br/casas/residencia-nobrooklin> Acesso em: data (21/04/2018)

• • • • • • • •

Imagem 33 – Área Comum . FONTE: Galeria Arquitetura, não datado, não paginado. Disponível: <http://www.galeria.arq.br/casas/residencia-no-brooklin> Acesso em: data (21/04/2018)

Projeto: Galeria Arquitetos. Localização: São Paulo, Brasil. Terreno: 5,5m por 33m (190m2). Construção: 166m2. Início: 2007. Conclusão: 2008. Tempo construção: 10 meses. Materiais predominantes: Concreto / Madeira / Vidro Slide show

CONCEITUAÇÃO / PARTIDO

Imagem 34 – Área Comum externa. FONTE: Galeria Arquitetura, não datado, não paginado. Disponível: <http://www.galeria.arq.br/casas/residenci a-no-brooklin> Acesso em: data (21/04/2018)

Imagem 35 – Escada lateral. FONTE: Galeria Arquitetura, não datado, não paginado. Disponível: <http://www.galeria.arq.br/casas/residenciano-brooklin> Acesso em: data (21/04/2018)

Localizada em São Paulo, em um lote estreito, com apenas 166m2. A ideia principal era que não houvesse dentro da casa barreiras transversais à construção, devido a geometria do lugar, afim de liberar a maior área possível para circulação e proporcionar mais fluidez na ocupação dos espaços.

O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES - 15


HABITAÇÃO Apesar de o terreno ser muito estreito em relação à área, na parte interna e externa projetou-se um layout capaz de integrar o mesmo espaço com acolhimento. Um alçapão deslizante de vidro dá acesso ao terraço na cobertura, o que torna possível apreciar a vista das áreas verdes nas redondezas. O escritório projetou uma estante de concreto ao longo de toda a sala, para organizar o espaço interno e incluir, ao mesmo tempo, todos os armários, as bancadas e os apoios em um único móvel, dando flexibilidade para os ambientes se integrarem. A estante se estende da sala à cozinha. A escolha da mobília ficou por conta dos moradores. Do lado oposto à estante, a escada iluminada zenital mente conduz aos dormitórios. Ela é banhada pela luz do sol através da cobertura de vidro, que fica diretamente acima dela. A ideia é trazer ao máximo luz natural para dentro da casa, seja através das portas e janelas laterais e da abertura zenital. RELEVÂNCIA DA LEITURA PARA O PROJETO Apresentar da unidade habitacional unifamiliar não se mostrar acessível, existem pontos fortes que devem ser levados em consideração, como, por exemplo, todo o mobiliário é disposto sempre na horizontal, assim bloqueia a circulação de um eixo para o outro. Outros pontos fortes que devem ser levados em consideração é a maioria área molhada localizada nas laterais e a abertura zenital

Legenda Acesso Imagem 37 – Plantas e Corte FONTE: Galeria Arquitetura, não datado, não paginado. Disponível: <http://www.galeria.arq.br/casas/residencia-nobrooklin> Acesso em: data (21/04/2018)

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Área de Uso Comum Área de Uso Privado Circulação vertical Circulação Horizontal Hidráulica Estocagem


ACESSIBILIDADE Imagem 26– Plantas fluxo de cadeirantes - 2018. FONTE: acervo pessoal Acesso em: data (28/10/2018)

Observando o fluxo de um cadeirante nas plantas acima, observa-se que grande parte do trajeto é limitado tanto pela disposição dos móveis, quanto pelo piso externo que não é adequado. Os sanitário tem dimensões inadequadas e o acesso ao pavimento superior é limitados pelas escadas.

O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES - 00



CONDICIONANTES PROJETUAIS


APRESENTÇÃO DA ÁREA Para desenvolvimento da proposta de habitação unifamiliar adaptável, é necessário a análise de alguns condicionantes locais. Para a aplicação das estratégias, selecionou-se um lote de tamanho mínimo, levando e consideração que é o tamanho padrão de lotes das áreas menos favorecidas de Ribeirão Preto, localizado na zona Oeste do município, à 6 (seis) minutos do centro, mais especificamente, no bairro Jardim Piratininga, que pode ser definido, como, a continuação da Vila Virginia. Trata-se de um bairro predominantemente habitacional, com seu estrato populacional de média e baixa renda. Segundo a pirâmide etária abaixo, dividida por gêneros, o bairro tem um vasto número de jovens adultos, porém, é importante ressaltar que o bairro é dotado de uma massa considerável de idosos (+ 60 anos) que lá habitam, em relação aos outros bairros de Ribeirão Preto.

USP

N Imagem 38 – Mapa Ribeirão Preto - 2017. FONTE: Prefeitura de Ribeirão Preto. Disponível em: <http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/site/> Acesso em: data (14/05/2018)

ESC 1:20.000

JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DA ÁREA Em justificativa da escolha do bairro Jd. Piratininga como área de intervenção, é preciso levar em consideração que se trata de um bairro de baixa renda, levando-nos a pensar que com poder aquisitivo menor o individuo teria mais dificuldades em adaptar uma habitação, diante de dificuldades motoras quaisquer. Ribeirão Preto não dispõem de dados sobre deficientes por bairros ou setores, então analisou-se a idade dos habitantes do bairro, visto que idosos na maior parte dos casos, vivenciam uma série de dificuldades motoras, e seria o ideal uma habitação de fácil adaptação tanto pra eles, quanto para os deficientes.

0 25

50

100

200

Imagem 39 – Pirâmide etária - 2010. FONTE: Painel IBGE. Disponível em: <https://censo2010.ibge.gov.br/painel/?nivel=st> Acesso em: data (14/05/2018)

O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES - 17


ESCOLHA DO LOTE No bairro Jardim Piratininga, a menor dimensão de lote corresponde a 150m². O lote selecionado corresponde ao padrão de lotes da área, que em sua maioria são classificados como terrenos longilíneos, ou seja, tem a sua profundidade maior e a sua largura estreita. A escolha do lote para reprodução do modelo do objeto arquitetônico leva em conta as dimensões, que não seguem só o padrão do bairro, mas o padrão de dimensões de lote da maioria dos bairros de média e baixa classe de Ribeirão Preto, que estão localizados em sua maioria na (ZUP) Zona de Urbanização Preferencial Rua Lúcio Mendonça

5,00

30,00

Imagem 40– Implantação e cortes terreno 1 - 2018. FONTE: Acervo pessoal. Acesso em: data (20/04/2018)

585.0 584.0

Corte BB

ESC 1:300

3,00

10,00 Rua Júlio Ribeiro ESC

Corte AA 1:300

Imagem 45 – Foto terreno - 2018. FONTE: Acervo pessoal. Acesso em: data (20/10/2018)

18 - O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES

A =150m²


MAPAS DE DADOS DO MUNICÍPIOS O cruzamento das informações dos três mapas classifica a área como uma região residencial de média e baixa renda, que possibilita a construções de habitações, devido ao seu potencial construtivo, e também, por ser uma área com o índice de poluentes controlados. . MAPA ZONEAMENTOS ESPECIAIS MAPA ÁREAS ESPECIAIS MAPA MACROZONEAMENTO

Imagem 43 – Mapa Áreas Especiais - 2017. FONTE: Prefeitura de Ribeirão Preto. Disponível em: <http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/site/> Acesso em: data (14/05/2018)

Legenda

Imagem 45 – Mapa Zoneamento Industrial - 2017. FONTE: Prefeitura de Ribeirão Preto. Disponível em: <http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/site/> Acesso em: data (14/05/2018)

Imagem 44 – Mapa Macrozoneamento - 2017. FONTE: Prefeitura de Ribeirão Preto. Disponível em: <http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/site/> Acesso em: data (14/05/2018)

Legenda

Legenda

AIS 1 – Área especial de interesse social I

ZUP - Zona de urbanização preferencial

Área de Uso misto – I (índice=1,5) AUM - 1

ATAP – Área especial para polo de tecnologia

ZPM – Zona de proteção máxima

Área de Uso misto – II (índice 1,0) AUM - 2

AEPU – Área Especial para parque urbano ABV – Área especial do Bolevario

O mapa de Áreas Especiais qualifica área de intervenção, como, AIS 1 – área Especial de Interesse Social I, onde estão situados loteamentos residenciais de média e baixa renda ou assentamentos informais, parcialmente destituídos de condições urbanísticas inadequadas.

Já o mapa de Macrozoneamento a região é classificada, como, ZUP (Zona de Urbanização Preferencial), que são áreas que possibilitam alto e médio potencial construtivo, compatível com suas condições geomorfológicas, de infraestrutura e paisagísticas.

O mapa de Zoneamento Industrial indica a área, como, Uso Misto – l (índice 1,5) AUM – 1 , onde os estabelecimentos tem menor e mais controlado índice de poluentes.

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0

50

25

100

200

50

25

100

200

Comercial

Institucional

Lote

O Jardim Piratininga é classificado, como, ZUP (Zona de Urbanização Preferencial), que são áreas que obtém potencial construtivo, além disso, são permitidas densidades demográficas médias e altas. ZUP – Medidas Tamanho do lote (Convencional)

Recuos

0

Habitação

Projeção telhado

Tamanho do lote (Esquina)

MAPA GABARITO

MAPA DE USO DO SOLO

MAPA FIGURA-FUNDO

Área mínima:125m² Frente mínima: 5m Área mínima:180m² Frente mínima: 10m Não é necessário recuo se o gabarito for menor que 10m de altura

Lote

No recorte indicam o uso do solo, do bairro Jardim Piratininga, representam as áreas de influência do lote de intervenção. A partir do mapa, pode-se observar que há a predominância de habitação. Pode-se observar também a presença de um institucional de cunho religioso.

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0

25

50

100

200

Um pavimento (até 3m de altura) Dois pavimentos (até 6m de altura) Lote

No recorte da área de influencia do lote, calcula-se que 91% da área é representada por edifícios de um pavimento, então apenas 8% das construções apresentam dois pavimentos. Na Rua Júlio Ribeiro, onde se localiza o lote, apenas três edifícios são de dois pavimentos, os quais estão distantes do lote.


25

50

100

Av. Pio XII

200

Legenda Pontos de ônibus Lotes

No recorte do Bairro Jd. Piratininga, existe dois pontos de ônibus próximos ao lote.

0

25

50

100

R. Graça Aranha

.

R Cruz e Souza

R. Afonso Guimarães

R. Lúcio de Mendonça

R. Medeiros de Albuquerque

.

R Cruz e Souza

Manoel de Macedo

R. Graça Aranha

R. Afonso Guimarães

R. Lúcio de Mendonça

R. Medeiros de Albuquerque

Manoel de Macedo

.

R Cruz e Souza

R. Afonso Guimarães

R. Lúcio de Mendonça

R. Medeiros de Albuquerque

Manoel de Macedo

R. Graça Aranha

Av. Pio XII

0

HIERARQUIA FÍSICA

HIERARQUIA FUNCIONAL

TRANSPORTE PÚBLICO

Av. Pio XII

200

0

25

50

100

200

Legenda

Legenda

Local

Principal

Principal

Local

A predominância do bairro são vias locais, as avenidas Pio XII e a Monteiro Lobato são classificadas, como, principais, e a Rua Rangel Pestana é uma coletora, pois, coleta o fluxo das avenidas e distribui pelo bairro.

No mapa do recorte do bairro acima, podemos observar que as vias em sua maioria é local, pois, seus fluxos são considerados baixos e as ruas te alargamento de até 10m. As Avenidas são classificadas como principais, com os fluxos pesados, com alargamento de até 25m.

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PROJETO


PROJETO A habitação com o foco principal no Desenho Universal, também tem como intuito uma construção rápida e de baixo custo. A casa pode ser adquirida e montada conforme o morador queira, como uma espécie de catalogo, onde o cliente escolhe se coloca as rampas ou a plataforma elevatória, ou ambos. Dentre todas as opções de escolha na casa, estão o mezanino, que gera um novo quarto e uma área de convivência no pavimento superior, as rampas podem ser instaladas e retiradas com facilidade, haverá um lugar pré-definido para a instalação de uma plataforma elevatória, mesmo que não seja financeiramente acessível, a longo prazo o morador pode ou não instalar, as barras nos banheiros também são opcionais. Além de tudo isso a mobília foi desenhada para criar ambientes diferentes, assim, o sofá, as mesas e as cadeiras são desmontáveis e podendo ser ampliados. Alguns armários para estocagem dentro das dimensões do desenho universal, construídos em placas de OBS, serão móveis também, colocados nos locais onde o cliente desejar. Toda a casa foi pensada de forma econômica levando em consideração a sua localização e as dimensões do terreno, as quais são o padrão de locais onde a renda é média e baixa.

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Imagem00 – FACHADA Fonte: Acervo pessoal

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Escolha dos lotes

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ESC 1:75

MÓDULOS Utilizou-se placas de gesso de 0,80m, 0,40m e 1,20m para a divisão das áreas comuns e das áreas privativas (banheiros e quarto)

MÓDULOS Pensando em facilitar a construção de uma planta livre, que pode ser mudada conforme o as necessidades do morador, toda a construção do desenho foi feita em cima de uma grelha de 0,30x0,30m, levando em consideração os seus múltiplos, 0,90m para corredores na acessibilidade do cadeirante, e 1,20 que é a medida e que se encontra a maioria dos materiais construtivos. Tais módulos auxiliarão na distribuição dos setores da habitação, já que a ideia é que a planta seja livre, com alternativas de mudança dos ambientes.

BLOCOS DE CONCRETO Uma das A casca da habitação é composta de bloco de concreto estrutural, sendo considerado uma das poucas partes fixas no projeto, foi determinado tal sistema construtivo, seria livre de pilares. Foram usados os bloco de medida 0,19x0,39 m.

O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES - 23


MÓDULOS Na fachada utilizou-se a esquadria de altura 4,45m de altura e 4,60m de largura, a qual é composta por duas portas, que estão localizadas as duas entradas principais . Algumas faces das esquadrias de vidro abrem para fora, para a melhora da circulação de ar.

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ESC 1:75

MÓDULOS O projeto é composto por duas rampas de largura de 0,90m de largura e de comprimento na horizontal, e são facilmente instaladas, construídas em estrutura metálica, onde as vigas em perfil C são presas na parede através de outra viga pregada em perfil C também.

JARDIM INTERNO No centro da planta no nível -1,50, há um jardim interno que fica logo abaixo da cobertura translucida, e ele é fragmentado em duas partes para aumentar a circulação.


ESC 1:75

PLATAFORMA ELEVATÓRIA A plataforma elevatória é opcional, por não ser acessível a todos por conta de seu elevado custo, a casa virá com um espaço para sua instalação, e a instalação pode ser feita a longo prazo também. O USO DO DESENHO UNIVERSAL EM HABITAÇÕES UNIFAMILIARES - 00

MESANINO MESANINO Mezanino em estrutura metálica com pilares em tubo e vigas em C com larguras de 0,15m, exceto as duas vigas centrais do corredor, que são vigas invertidas com largura de 0,30m.

Aberturas com medida de 0,90m , esquadrias em metal que pegam de cima até embaixo.

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ESC 1:75

ESC 1:75

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Circulação de ar ESC 1:75

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CIRCULAÇÃO DE AR E LUZ Levando em consideração que não há a possibilidade de aberturas laterais, existirá um recuo de fundo, uma abertura azimutal, e janelas na fachada do projeto. Entre tais aberturas o vento circulará pelo edifício, além do espaço do 0,30m entre a cobertura metálica e a placa de OBS que também auxiliará n circulação de ar.

Circulação de ar ESC 1:75

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IMPLANTAÇÃO ESC 1:75

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Escolha dos lotes

Imagem00 – Mezanino Fonte: Acervo pessoal

Imagem00 –Área molhada Fonte: Acervo pessoal

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Imagem00 – estocagem Fonte: Acervo pessoal

Imagem00 –Banheiro Fonte: Acervo pessoal


Escolha dos lotes


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS


Escolha dos lotes


Escolha dos lotes ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiência a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamento Urbano. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. Não paginado. Acesso em:15/03/2018. ANDRADE, Joana. Principais tipos de deficiência. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=1716556>. Não datado. Não paginado. Acesso em: 07/04/2018. AVANCE A CESSIBILIDADE. Mapa tátil. Não datado. Não paginado. Disponível em: <http://www.avanceacessibilidade.com.br/mapa_tatil.html>. Acesso em: 05/04/2018. CARLETTO, Ana Claudia; CAMBIAGHI, Silvana. Desenho universal um conceito para todos. Não datado. Não paginado. Disponível em: <http://maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/01/universal_web1.pdf> . Acesso em: 25/03/2018. CASA ADAPTADA. Pcd x pne. Disponível em: <http://www.casadaptada.com.br/2016/08/pcd-x-pne/>. Não datado. Não paginado. Acesso em: abril de 2018 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Disponível em: <http://www.onu.org.br/img/2014/09/dudh.pdf >. Acesso em: 25/03/2018. CAMBIAGHI, Silvana. Desenho Universal, Métodos para arquitetos e urbanistas. 2ª edição revisada, 2011. Acesso em: 20/08/2018. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO: DESENHO UNIVERSAL HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL, 2016.P.10. Acesso em: 27/02/2018. IBDA INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA: http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=32, não datado. Não paginado. Acesso em: 07/03/2018.

IBGE, censo de 2010. P. 08 à 12. Disponível em: <Http://www.censo2010.ibge.gov.br> Acesso em: 12/03/2018. MEDEIROS, Luiza Regina; FREDIANI, Baiard; GIUSTINA, Alessandro Della. Manual de acessibilidade. Florianópolis. Não datado. Não paginado. Disponível em: <http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/26_12_2011_17.31.26. f930687d1baa0226e641b934b6fa8d6c.pdf>. Acesso em: 01/04/2018 MINISTÉRIO DOS DIRITOS HUMANOS. Programa de financiamento da casa própria. Não datado. Não paginado. Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-comdeficiencia/observatorio/acessibilidade/minha-casa-minha-vida>. Acesso em: 25/03/2018. PANTALEÃO, Sergio Ferreira. Direitos e benefícios aos portadores de deficiência e de doenças graves. Guia trabalhista, 25. /set. 2017. Não paginado. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/doenca-deficientedireitos.htm>. Acesso em: 20/03/2018. . PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO. Procedimentos da comissão de acessibilidade para a análise de projetos de construção, reforma, regularização de obras de uso público e comum. Não datado. Não pagiando. Disponível em: <http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/splan/daaprojetos/i28procacessib.ph p>. Acesso em: 21/03/2018. TEIXEIRA, LUCIMAR, Deficiência física: Definição, classificação, causas e características. Texto de apoio ao curso de especialização. Atividade física adaptada e saúde, 2010. Acesso em: 24/07/2018.

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