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A construção do saber: a história da FEA

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anos da Faculdade de Engenharia de Alimentos



A construção do saber: a história da FEA

Faculdade de Engenharia de Alimentos UNICAMP


DIRETORIA DA FEA — GESTÃO 2010/2014

COMISSÃO DOS 45 ANOS DA FEA

Prof. Dr. Vivaldo Silveira Junior / Diretor Prof. Dr. Yoon Kil Chang / Diretor Associado Ana Maria Barros Cruz Alexandre de Oliveira Paula Cicera de Souza Almeida Silvana de Araújo Schmidt Simões Eveline Lopes de Almeida Marcio Schmiele Prof. Yoon Kil Chang Prof. Vivaldo Silveira Jr.

LIVRO Idealizadores

Vivaldo Silveira Junior Yoon Kil Chang

Pesquisa e texto

Antonio Carlos Seganti Santomauro

Projeto gráfico

Uniqua / Ana Basaglia

Editoração eletrônica

Ana Basaglia Janaina Holovatuk

Preparação e revisão de texto

Priscila Risso

Fontes das imagens

SIARQ (Unicamp), CMU (Unicamp), ASCOM, ITAL

Os depoimentos presentes neste livro não são transcrições literais. São baseados na leitura de materiais da própria Unicamp – SIARQ, ITAL e FEA – citados na Bibliografia.

Universidade Estadual de Campinas Reitor

Fernando Ferreira Costa Coordenador Geral da Universidade

Edgar Salvadori De Decca


agradecimentos Agradecemos o apoio dos nossos ex-alunos, atuais empresários bem sucedidos, Kenji (Sun Foods), Humberto (Alibra) e Cristina (Carino), ao professor Rodolfo Rohr (Consultec), ao Dr. Pedro Tosello (Fundação André Tosello), e a Telma Maria Murari.

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introdução O conhecimento científico e tecnológico não evolui apenas através de teorias, fórmulas, equipamentos ou processos: decorre também do relato de sua história, na qual se expõem as causas e os efeitos, os agentes e os opositores da evolução, seus limites e suas possibilidades. E qualquer relato histórico torna-se mais justificado – além de mais interessante –, quando associado a características de inovação e pioneirismo, marcantes na trajetória da FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp), a primeira escola a oferecer esse curso de ensino superior em toda a América Latina. Quando a FEA surgiu, em 1967, o conceito de “engenharia de alimentos” apenas delineava-se nos países tradicionalmente mais industrializados. D esde então, ela sempre esteve associada à consolidação desse conceito, e à respectiva profissão, no Brasil regulamentada somente cinco anos após seu surgimento. Seria também a FEA o principal polo brasileiro de aglutinação das pesquisas, dos conhecimentos, das inovações e do desenvolvimento de tecnologias focadas na indústria de alimentos, e dos profissionais mais qualificados para implementá-las. Seu prestígio atingiria âmbito global, e seria confirmado pelas solicitações para parcerias com algumas das principais instituições internacionais de pesquisa. Pouco mais de quatro décadas após a criação da FEA, o Brasil já contava com mais de setenta escolas de Engenharia de Alimentos: muitas delas, formadas com a colaboração de profissionais capacitados para essa atividade na escola pioneira nesse conhecimento no país.

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Essa história, creio eu, pode interessar tanto quem lida com as questões relacionadas à produção de alimentos, quanto quem simplesmente deseja conhecer um pouco mais da evolução do ensino superior e de sua inserção nas transformações sociais e econômicas do país nas últimas décadas. E é particularmente importante para mim, que aqui cheguei em 1985, para realizar meu mestrado em uma instituição que já consolidava sua excelência nas pesquisas de pós-graduação. Eu vim de uma faculdade criada a partir da especialidade implantada no Brasil pela FEA, responsável também pela formação de muitos de seus docentes. Mas essa história com certeza será futuramente contada. A FEA mantém-se como a principal fornecedora de recursos humanos dos mais diversos níveis – tanto para a indústria quanto para o ensino e a pesquisa –, hoje indispensáveis não apenas na produção de alimentos, mas também em setores como a produção de medicamentos e os combustíveis renováveis, entre outros. Orgulho-me por ter sido adotado pela matriz desse conhecimento no Brasil, e sinto-me grato, também, pela honra de colaborar com o relato de sua história. Vivaldo Silveira Junior Diretor da FEA

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anos 60 NASCIDA EM BERÇO FÉRTIL No Brasil, intensificava-se a ditadura militar recém-instalada, e consolidava-se um regime de exceção extinto apenas duas décadas mais tarde. Em todo o mundo, estudantes, hippies, feministas e ativistas políticos saiam às ruas entoando lemas e canções de protesto, propondo paz e amor, denunciando guerras e combatendo a ameaça do holocausto nuclear. Esse é, em linhas gerais, o cenário mais comumente associado aos meados dos anos 60, lembrados especialmente como a época de contestação e revisão de valores, luta por liberdade e por uma sociedade mais justa e menos discriminatória. Mas esse foi também um período de acelerado avanço científico e tecnológico, quando o homem realizou o primeiro transplante de coração, finalizou seu projeto de viagem à lua e lançou a ARPANet (rede precursora da internet). Nesse solo adubado por ousadia e inovação nasceu a FEA (Faculdade de Engenharia de Alimentos), inicialmente chamada de FTA (Faculdade de Tecnologia de Alimentos). Sua origem coincidiu com a gênese da própria Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), cuja proposta de pioneirismo no ensino superior brasileiro tinha nessa universidade uma de suas manifestações. Seus primeiros alunos disputaram suas vinte vagas iniciais no vestibular inaugural da Unicamp, realizado entre os dias 27 e 31 de março de 1967, pouco mais de três meses após a criação oficial do curso. Mas sua história começara a

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ser contada bem antes: remonta, pelo menos, ao início dos anos 60, quando ela começou a ser gestada no IAC (Instituto Agronômico de Campinas). Naquela época, os brasileiros migravam aceleradamente do campo para a cidade (foi exatamente em meados dos anos 60 que a porção urbana da população do país suplantou sua equivalente rural). Era então urgente ampliar a oferta de alimentos – e também adequá-los às especificidades da vida urbana –, para o contingente cada dia mais numeroso de habitantes das cidades, que já não podiam mais extraí-los diretamente da terra. Isso exigia o aprofundamento das pesquisas e dos conhecimentos relacionados a processamento, aproveitamento, preservação e logística de alimentos, em uma época na qual quem pensava em produzi-los considerava basicamente a atividade agropecuária. No Brasil, a indústria alimentícia dava seus primeiros passos, e restringia-se a poucas empresas já consolidadas, como as filiais das multinacionais Nestlé, Swift, Fleischmann, Refinações de Milho Brasil e Coca-Cola, e companhias locais, como Etti, Sadia e Cica. O café era ainda a grande vedete da agricultura nacional, embora já houvesse outras culturas com potencial de negócios melhor aproveitado caso associadas a processos industriais; como a laranja – que teria grande aceitação no mercado internacional se transformada em suco –, e do tomate, matéria-prima de molhos e de outros produtos. Com aproximadamente 220 mil habitantes no início dos anos 60, a cidade de Campinas incluía-se entre os principais polos de geração de conhecimento do país; destacadamente, naquele relacionado à produção de alimentos. Tinha posição privilegiada nas rotas de interligação entre as regiões rurais, os maiores centros urbanos do país e o mercado externo, e aglutinava a porção mais significativa da estrutura então dedicada a esse know-how. Fundado no final do século XIX, o IAC era a expressão máxima dessa estrutura, e desde o início dos anos 50 abrigava um grupo de pesquisadores, que, respaldados por alguns poucos políticos já atentos a essa questão, e por expoentes da nascente indústria alimentícia, empenhavam-se em ressaltar a

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necessidade de desenvolver, paralelamente às pesquisas relativas à agropecuária, estudos dedicados ao melhor aproveitamento dos alimentos, então sujeita a enormes perdas. Logo, esses pesquisadores se integrariam ao grupo comandado por André Tosello, um engenheiro agrônomo cujo currículo exibia diversos trabalhos publicados no Brasil e no exterior, e serviços prestados aos governos paulista e federal (especialmente na área de armazenamento e distribuição de produtos alimentícios). Pessoalmente, Tosello era um homem centralizador, e geralmente fazia questão de dar a última palavra nas discussões, mas não deixava de ouvir quem tivesse opiniões diferentes. Muitas vezes, mostrava-se duro com aqueles com quem trabalhava, mas também sabia como poucos motivar essa equipe; era extremamente dinâmico, e conseguia associar a astúcia para antecipar tendências e conceber ideias avançadas, à capacidade de colocá-las em prática. Na fórmula que faria dele o principal responsável pela implantação da FEA, Tosello incluía bom trânsito entre os políticos e os militares futuramente alçados à condição de principais mandatários do país (e que teriam na consolidação de uma instituição de ponta, como seria a Unicamp, um bom endosso a seus slogans, como “Ninguém segura este país”). Ele também circulava com desenvoltura entre a classe empresarial: era, aliás, empresário, proprietário da ICMA – Indústria Campineira de Máquinas Agrícolas. Era ainda amigo de Zeferino Vaz (reitor nomeado pelo governo paulista para implantar a Unicamp). Desde o final dos anos 50, Tosello dirigia no IAC a Divisão de Solos, Mecânica Agrícola e Tecnologia, criada há alguns anos justamente para centralizar os estudos relativos à industrialização e à logística de alimentos. Por designação direta do secretário da Agricultura do Estado de São Paulo – na época, José Bonifácio Coutinho Nogueira –, foi encarregado de fortalecer a área de tecnologia agrícola desse instituto. Nessa tarefa, teria como valiosos aliados os poucos pesquisadores então alocados na Seção de Tecnologia do IAC, criada em 1949, e subordinada à

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divisão comandada por ele. Futuramente, alguns desses pesquisadores fariam parte dos primeiros quadros de docentes da FTA: casos, por exemplo, de José Pio Nery e de Cyro Gonçalves Teixeira, que chefiava essa Seção de Tecnologia Agrícola desde 1952. Cyro chegara ao IAC em 1947, passara algum tempo estudando tecnologia de alimentos nos Estados Unidos, e era um dos mais ativos defensores do investimento em estudos relacionados à tecnologia de alimentos. “Mas na própria Secretaria de Agricultura havia muita restrição a esse tipo de investimento”, ele lembra, “Muita gente achava que a secretaria deveria cuidar apenas da produção agropecuária, e não do que fazer com a produção”. Acompanhados por outros poucos pesquisadores, Cyro, Tosello e Pio Nery perseveraram na tarefa de difusão da necessidade desses estudos, e logo o trabalho desenvolvido por eles no IAC chegou aos ouvidos de representantes no Brasil da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Em 1961, essa instituição de âmbito mundial enviou a Campinas representantes interessados em maiores informações sobre o trabalho dessa equipe, e a partir dessas conversas preliminares passaria a apoiar um projeto, iniciado pouco tempo antes no IAC, que desembocaria na criação do CTPTA (Centro Tropical de Pesquisas e Tecnologia de Alimentos), a primeira instituição do Hemisfério Sul capaz de associar pesquisa com assistência técnica e científica à indústria de alimentos (e também berço no qual seria gestada a FEA). Destinando-lhe cerca de US$ 1 milhão – quantia significativa para a época – apenas nos primeiros cinco anos do projeto, a FAO foi fundamental para a viabilização do CTPTA. Coube a ela o envio de grande parte de sua estrutura inicial de equipamentos, e a qualificação de seus primeiros profissionais (fosse pelo patrocínio da vinda de pesquisadores para o Brasil, fosse através do envio de brasileiros para estudos no exterior). Simultaneamente, o governo paulista responsabilizou-se pela estrutura física e pela manutenção do pessoal do novo centro.

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Como coordenador do projeto, Tosello foi nomeado primeiro diretor nacional do CTPTA, onde atuava também Sherman Leonard, um pesquisador da Universidade de Davis, na Califórnia, à qual caberia papel relevante na formação dos primeiros docentes da FTA. Foi a Universidade de Davis – um dos mais renomados centros de pesquisas em ciência e tecnologia de alimentos dos Estados Unidos –, o destino ao qual se dirigiram entre 1962 e 1963, para a realização de estudos de pós-graduação, sete pesquisadores do IAC, já designados para posteriormente integrarem-se ao CTPTA. Alguns, como Fumio Yokoya, Valdemir Carlos Sgarbieri e Roberto Hermínio Moretti, entre outros, mais tarde também dariam aulas na FTA.

RÁPIDO, MAS COMPLETO Com o apoio e os recursos de uma instituição do porte da FAO – e com o paulatino fortalecimento da consciência da necessidade do conhecimento relacionado à produção de alimentos em maior escala –, rapidamente André Tosello pôde montar um grupo de pesquisadores qualificados para auxiliá-lo na estruturação do CTPTA (e, consequentemente, da própria FEA). Ilustra essa rapidez o processo de obtenção da bolsa para uma temporada nos Estudos Unidos concedida a Valdemir Carlos Sgarbieri: ele dirigiu-se pela primeira vez ao IAC em 1961, logo após sua formatura na ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, localizada em Piracicaba). Em conversas com alguns pesquisadores, lá foi informado do projeto de montagem do CTPTA coordenado por Tosello; foi então até sua sala, e encontrou-o debruçado sobre a maquete do futuro centro de pesquisa. Tosello, conta Sgarbieri, indagou-lhe sobre quais áreas de conhecimento mais lhe interessavam, e recebeu como resposta: química e bioquímica. “Ele

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então perguntou-me se eu gostaria de ir aos Estados Unidos aperfeiçoar-me nessas áreas; eu disse que sim, e alguns meses depois já tinha uma bolsa para mestrado na Universidade de Davis”, relata Sgarbieri, cuja contratação como professor da FTA ocorreria em 1972. Quando retornou ao Brasil, Sgarbieri voltou inicialmente para o CTPTA, cuja inauguração oficial ocorrera em janeiro de 1963, e que ocupava uma área de aproximadamente 60 mil metros quadrados na Estação Experimental Theodureto de Camargo, instalada pelo IAC na Fazenda Santa Elisa, em Campinas. A nascente indústria brasileira de alimentos apoiava decididamente a iniciativa de criação desse centro de pesquisas: das discussões das quais resultaria sua criação participaram ativamente a recém-criada ABIA (Associação Brasileira da Indústria da Alimentação), e empresas como a Nestlé. Estimulado por esse interesse da indústria, e municiado pelos maciços investimentos da FAO e do governo paulista, já em sua fase inicial, o CTPTA apresentava uma estrutura ampla e diversificada, composta, entre outras áreas, por laboratório experimental para estudos na área de armazenamento e processamento de vegetais, usina piloto de transformação, laboratório sensorial, usina piloto de fermentação, cantina piloto, setores de farinhas e panificação, microbiologia de alimentos, mecânica agrícola, tecnologia de fibras e seção de química. Tinha também salas para aulas teóricas, e uma equipe já bastante qualificada, composta não apenas por pesquisadores brasileiros, mas também por outros regularmente enviados ao Brasil pela FAO. A composição dessa equipe de pesquisadores considerava as mais diversas vertentes da tecnologia de alimentos então conhecida: química, bioquímica de alimentos, bebidas destiladas, enologia, farinhas e panificação, análise sensorial, manuseio e armazenamento de matéria-prima, entre outras. Mas, se no CTPTA o Brasil já tinha uma estrutura de pesquisas em ciência e tecnologia de alimentos bem desenvolvida, sua indústria de

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alimentos convivia ainda com uma demanda não atendida por profissionais especializados em suas atividades. Algumas faculdades ministravam poucas disciplinas relacionadas aos conhecimentos necessários à formação desse profissional, mas nenhuma abrangia a tecnologia, a ciência e a engenharia de alimentos de maneira tão completa, nem considerava sua simultânea aplicação em todo o processo de fabricação, distribuição e consumo de produtos alimentícios. Com foco mais específico, houvera antes no Brasil somente um curso de pós-graduação desenvolvido em parceria entre o próprio CTPTA e a Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade de São Paulo (logo extinto em virtude do convênio posteriormente estabelecido entre esse centro e a Unicamp no projeto da FTA). Várias profissões dedicavam-se naquela época ao estudo e à produção massiva de alimentos. E, obviamente, desenvolviam suas atividades com perspectivas próprias das respectivas áreas de atuação: o engenheiro agrônomo, por exemplo, dedicava-se às matérias-primas agropecuárias, e farmacêuticos e bioquímicos privilegiavam o controle de qualidade dessa produção. Paralelamente, engenheiros mecânicos e químicos lidavam com processos e equipamentos, em uma cadeia que envolvia também veterinários e nutricionistas, entre outros componentes (profissionais de todas essas áreas, deve-se reconhecer, contribuiriam para a criação do novo campo de conhecimentos englobado pela Engenharia de Alimentos). Percebendo a demanda mais clara da indústria de alimentos por profissionais capazes de atendê-la de maneira mais ampla e mais especializada, Tosello e os pesquisadores e técnicos que com ele trabalhavam começaram a discutir a possibilidade de criação de uma faculdade. “Percebemos que o CTPTA tinha uma estrutura capaz de permitir a montagem dessa faculdade sem necessidade de grandes investimentos”, lembra Cyro Teixeira, um dos envolvidos nessas discussões.

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MULTIDISCIPLINAR E POLIVALENTE Qualificar pessoal em tecnologia de alimentos era uma das finalidades estatutárias do CTPTA, e foi assim mais fácil concebê-lo também como origem de uma instituição de ensino. Logo, a possibilidade de utilização dos recursos desse centro para a criação de uma faculdade seria transmitida a Zeferino Vaz, e começariam as conversas destinadas a torná-lo base da inclusão da FTA entre as unidades com as quais seria inaugurada a Unicamp. No início de 1966, Tosello ali recebeu a visita de Zeferino Vaz, acompanhado pelos demais integrantes da comissão organizadora da nova universidade. Já em seu projeto, a Unicamp posicionava-se como instituição inovadora, aberta a áreas de conhecimento novas, porém promissoras (foi também, entre outras coisas, a primeira universidade brasileira a disponibilizar um curso de Ciências da Computação). A proposta de criação da primeira faculdade de tecnologia de alimentos da América Latina adequava-se perfeitamente a essa proposta. Além disso, os integrantes da comissão organizadora da Unicamp ficaram muito favoravelmente impressionados com as instalações do CTPTA. Ali mesmo formalizaram o apoio à proposta de criação do novo curso, e encarregaram Tosello da elaboração do anteprojeto. Era o homem talhado para essa missão: além de dirigir o CTPTA, e de contar com importantes contatos políticos e empresariais, Tosello mantinha relacionamento com unidades de ensino e pesquisa em ciência e tecnologia de alimentos em vários países da Europa e dos Estados Unidos. No documento composto por ele para subsidiar o debate sobre a criação do novo curso, ele analisava as características e os currículos de cinco dessas instituições internacionais: Faculdade de Agricultura da Universidade de Berlim, na Alemanha; Escola Nacional Superior de Indústrias Agrícolas e Alimentares de Valencia, na Espanha; Escola Nacional Superior de Indústrias

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Agrícolas e Alimentares de Douay-Massy, Universidade da Califórnia e Universidade de Corvalis, ambas nos Estados Unidos. Denominado “Contribuição para o estabelecimento da Faculdade de Tecnologia de Alimentos na Universidade de Campinas”, esse documento definiu claramente o campo de conhecimentos que pretendia estabelecer no Brasil: “É a aplicação da Ciência e da Engenharia na fabricação, preservação, acondicionamento, armazenamento, transporte, distribuição e consumo dos produtos alimentícios”. Nesse documento, Tosello argumentava sobre o grande aumento demográfico no mundo – especialmente na América Latina, e particularmente no Brasil –, e exigia atenção cada vez maior ao processo de produção e conservação de alimentos. Dizia ainda: “O Brasil, com sua enorme área territorial, enormes distâncias dos centros produtores e consumidores, diferenças de climas, necessita de escolas de tecnologia de alimentos para poder estudar os problemas de abastecimento alimentar e dar soluções a sua grande, e cada vez maior, população”. E enfatizava: o curso de Tecnologia de Alimentos visava “formar profissionais aptos a orientarem, supervisionarem e dirigirem tecnicamente as indústrias de alimentos, inspeção e higiene dos alimentos, análise e controle dos processos, ensino e pesquisa, planificação técnica e econômica”. Além de fundamentar a necessidade desse curso com fatores como o aumento da população e sua migração para as cidades, o documento vinculava-o a diversas áreas de conhecimento, como química e microbiologia, engenharia e mesmo ciências sociais. A vinculação a expertises tão distintas era, obviamente, imperativo decorrente dos próprios objetivos do curso, e uma atenção à concepção de um profissional com conhecimentos necessariamente multidisciplinares. Mas parece ter sido também uma tentativa de mostrar quão completo seria esse profissional, até então totalmente desconhecido no Brasil, mas que deveria ser capaz de incumbir-se de atribuições antes designadas a um conjunto amplo de detentores de conhecimentos mais fragmentados.

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Mesmo o redundante nome inicialmente associado a esse profissional – Engenheiro Tecnólogo de Alimentos –, parece ter sido concebido com esse propósito de mostrar quão amplas e diversificadas eram suas capacitações e atribuições, afinal, parece difícil imaginar engenharia sem tecnologia. Em relatório da Comissão Organizadora da Universidade Estadual de Campinas realizada no final de 1966, Zeferino defendeu de maneira enfática a criação do novo curso, e disse ter sido ele a “primeira opção” cogitada pelos encarregados do projeto da Universidade. Fundamentado no documento preparado por Tosello e equipe, o primeiro reitor da Unicamp afirmou ainda: “Aprendemos através de sua palavra, que no Brasil a soma dos capitais aplicados nas centenas de fábricas que industrializam alimentos de todos os tipos só é inferior aos aplicados na indústria petrolífera, e que nos Estados Unidos supera os deste. Apesar disso não há não só no país, mas em todo hemisfério sul, uma só escola destinada à formação de profissionais formados (sic) em Tecnologia de Alimentos”. Em 19 de dezembro daquele mesmo ano, o Conselho Estadual de Educação, em sua 142ª sessão, aprovava a Resolução nº 46/66, autorizando a instalação e o funcionamento da FTA com as outras unidades componentes do núcleo inicial da Unicamp: os Institutos de Biologia, Matemática, Física e Química, e as Faculdades de Engenharia, Ciências e Enfermagem (essa resolução foi homologada pelo Ato nº 17, de 16/01/67, do secretário de Estado dos Negócios da Educação).

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O DESAFIO DO NOVO Principal responsável pela criação da FTA, André Tosello tornou-se também seu primeiro diretor; durante algum tempo, ele acumularia esse cargo com a direção do CTPTA, cuja estrutura de recursos materiais e humanos seria a base inicial do curso oferecido pela nova faculdade. Havia pressa em associar a escola ao vestibular inaugural da Unicamp, e por isso nem mesmo o último dia do ano seria desperdiçado – a posse desse primeiro diretor ocorreu em 31 de dezembro de 1966. Na época, a Unicamp era pouco mais que um projeto e intenções: criada pela Lei Estadual nº 7.655, 2812/62, em termos de prática didática resumia-se ao curso de medicina, criado alguns anos antes, e posteriormente incorporado à universidade. Seu campus nada mais era que um enorme canavial, com acesso muito difícil quando o tempo estava bom, e praticamente intransitável nos dias de chuva. Ao menos inicialmente, pensar na montagem de uma estrutura própria não poderia ser a principal prioridade dos idealizadores da FEA, afinal, eles precisavam criar não apenas uma nova faculdade, em uma universidade nova, mas também um curso totalmente inédito. Mesmo nos Estados Unidos e nos mais desenvolvidos países europeus, cursos similares, oferecidos com outros nomes – como food science ou food technology –, apenas começavam a consolidar-se. E sua tarefa incluía definições aparentemente corriqueiras, mas com impactos contemporâneos e futuros para a escola. Uma delas: o novo curso deveria dedicar-se apenas a questões tecnológicas, e assim ter duração mais curta, ou, associando-se também à pesquisa científica, ter duração maior, como os cinco anos das demais Engenharias então existentes no país? Prevaleceu essa segunda opção. Era necessário também definir o currículo, e nesse trabalho engajaram-se com Tosello, pesquisadores como Valdemir Sgarbieri, Cyro Teixeira e Fumio

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Yokoya, entre outros. Então diretor internacional do CTPTA, e especialista a serviço da FAO no Brasil, o chileno Gustavo Comtesse – cuja experiência incluía cursos de pós-graduação na Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos –, auxiliaria nessa tarefa. Desde o início, essa equipe concebeu um curso no qual os conhecimentos científicos e tecnológicos seriam utilizados como subsídios para uma atividade capaz de contribuir para ampliar qualitativa e quantitativamente a oferta de alimentos para contingentes populacionais urbanos cada dia mais vastos. Essa visão do novo curso como uma espécie de serviço com amplo alcance social foi sintetizada pelo próprio Tosello em entrevista concedida a um jornal de Campinas poucos dias antes das primeiras aulas do novo curso: ele ali qualificava a indústria de alimentos como “a mais importante para o povo”. Nasceu, então, o currículo distribuído por cerca de quatro mil horas de aulas, composto por disciplinas oriundas dos mais diversos campos de conhecimento. Dele fazia parte um ciclo básico – concebido para ser realizado em dois anos, e oferecido conjuntamente aos alunos de todos os cursos de engenharia da Unicamp –, no qual havia Física, Matemática, Química, Desenho Técnico e Humanidades, entre outras disciplinas. Já o módulo profissionalizante foi dividido em dois conjuntos: Ciclo de Formação Profissional de Base e Ciclo de Formação Profissional Específica. O primeiro desses dois ciclos incluía Estatística; Físico-Química; Resistência de Materiais; Mecânica dos Fluídos; Eletrotécnica Geral; Desenho Técnico; Instalações Industriais; Economia e Organização Industrial e Química dos Processos. No ciclo de formação profissional, Análise de Alimentos; Bioquímica dos Processos; Análise Sensorial; Microbiologia; Fundamentos de Tecnologia de Alimentos; Controle de Qualidade; Higiene e Legislação; Fundamentos de Engenharia de Alimentos; Complementos de Tecnologia de Alimentos;

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Matérias-Primas Agropecuárias; Processamento Industrial; Bioengenharia; Planejamento e Projetos de Indústria Alimentar. Era um currículo muito calcado nos objetivos propostos para a escola, e na experiência dos responsáveis por sua estruturação. Zeferino Vaz destacaria seu pioneirismo no documento com o qual solicitou sua aprovação ao Conselho Federal de Educação: “Trata-se de um novo tipo de curso superior implantado pela primeira vez entre nós pela Universidade de Campinas, da mais alta significação econômico-social, pois cuida de preparar, por meio de um curso normativo, indivíduos capacitados à industrialização de alimentos de origem animal e vegetal”, ele escreveu.

ACELERANDO O PROCESSO Um curso e uma escola totalmente novos exigem também esforço de consolidação institucional, e de ações destinadas à melhor compreensão das competências, atividades e atribuições que lhes são afins; Tosello dedicou-se a esse trabalho com afinco. Em 1966, quando participava de um congresso internacional sobre tecnologia de alimentos realizado em Varsóvia, na Polônia, ele colocou-se entre os líderes do processo de fundação da Associação Latino-Americana de Ciência e Tecnologia de Alimentos (da qual seria, inclusive, o primeiro presidente). Na mesma ocasião, assinou um documento no qual se comprometia a participar da criação da SBCTA (Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos) instituída formalmente em 1967, essa entidade teve origem no complexo composto por CTPTA e FTA. Tosello encontrou ainda uma saída criativa para agilizar o processo de divulgação da nova profissão, e disponibilizar já para as primeiras turmas de

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formandos um curso reconhecido e uma profissão regulamentada: decidiu oferecer, provisoriamente, cursos de dois anos de duração para quem já tivesse diploma de ensino superior em determinadas áreas, e que poderia, assim, eliminar as disciplinas básicas do novo curso, por já ter lidado com elas nos cursos superiores anteriores. Em 19 de dezembro de 1967, um edital publicado em jornais da região anunciava a abertura das vagas para o primeiro desses cursos de dois anos, para formados em Química, Física, Matemática, Farmácia e Bioquímica, Agronomia, Veterinária ou Engenharia. Ressalvava esse comunicado: caso necessário, os alunos deveriam complementar seus estudos com aulas adicionais de matérias exigidas no currículo básico. Uma das interessadas nessa primeira edição do curso foi Iracema de Oliveira Moraes, que se formara há pouco tempo em Matemática, mas sonhava em ser engenheira. Ela decidiu matricular-se imediatamente, mas era véspera de Natal, e a matrícula somente poderia ser concretizada em janeiro de 1968. Iracema esperou ansiosamente pelo final das festividades, e dirigiu-se ao CTPTA, onde foi recebida por André Tosello, que após avaliar seu currículo aceitou-a como integrante da primeira turma da faculdade. “Sinceramente, eu não sabia bem o que era Engenharia de Alimentos, mas o professor Tosello era um homem à frente de seu tempo, e deixou-me entusiasmada com o curso”, lembra Iracema. Mas ela logo descobriria que não seria muito simples conciliar as exigências do novo curso com a rotina de pessoa já inserida no mercado de trabalho (além de mãe de duas filhas). Afinal, para receber o título de Engenheira de Alimentos após dois anos de estudos, precisaria assistir às aulas em todos os dias da semana, das oito horas da manhã às cinco da tarde, e em muitos sábados durante todo o dia. Ela lecionava Matemática e Física em vários locais: precisou transferir essa rotina profissional para os períodos vespertinos dos colégios, e dedicar-se a ela após ter passado o dia todo na condição de aluna. Em sua classe, havia ainda bancários, e um aluno que trabalhava no laboratório de um hospital, no

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qual realizava suas tarefas durante as madrugadas, para ter o dia livre para o curso. Além de Iracema, outros 26 pretendentes – entre eles, um médico –, candidataram-se a essas vagas para o primeiro curso de dois anos (ocasionalmente chamado de “curso profissionalizante”). Após uma primeira análise, o número de candidatos foi reduzido para 22, dos quais quinze compareceram à entrevista pessoal, e iniciaram suas aulas em 1º de março de 1968. Na aula inaugural da FTA, o reitor Zeferino Vaz e o diretor André Tosello formalizaram as boas-vindas aos novos alunos. A palestra dessa primeira aula coube ao professor Leopold Hartman – um dos principais responsáveis pelas disciplinas relacionadas a óleos comestíveis ministradas na escola –, orador muito agradável, capaz de combinar em suas falas informações técnicas com ditos espirituosos e casos curiosos. Polonês naturalizado neozelandês, Hartman chegara ao Brasil em meados dos anos 60, como consultor da FAO. Era também poeta, e altamente capacitado para falar sobre o tema dessa aula inaugural: “Educação Universitária Através da Pesquisa”, na qual abordou, entre outros temas, a relação entre a pesquisa pura e a aplicada, e a necessidade de combinar, na atividade científica, conhecimentos técnicos com formação humanista e liberdade de pensamento (futuramente, Hartman seria proclamado patrono da SBCTA).

RECURSOS PAN-AMERICANOS Entre os docentes reunidos para a oferta do primeiro curso de dois anos da FTA, pelo menos quinze estavam vinculados também ao CTPTA. Esse grupo incluía químicos, bioquímicos, farmacêuticos, engenheiros, agrônomos; alguns tinham certa especialização em ciência e tecnologia de alimentos, obtida nos Estados Unidos.

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O CTPTA foi o local onde assistiram às aulas de praticamente todas as disciplinas dos cursos de dois anos. Mas havia também aulas, complementares aos currículos básicos, em outros locais de Campinas. Por exemplo: Biologia na Maternidade de Campinas – onde funcionava a Faculdade de Medicina da Unicamp –; Física e Química no Colégio Ateneu (localizado no centro da cidade); Desenho Técnico e Matemática no prédio anteriormente ocupado pelo colégio Bento Quirino, na Rua Culto à Ciência, e dali em diante sede do Cotuca (Colégio Técnico da Unicamp). Nessas primeiras turmas – e mesmo em várias das turmas seguintes da faculdade –, os alunos tinham como responsáveis por diversas disciplinas professores oriundos de inúmeros países, convidados inclusive por meio de anúncios colocados em publicações científicas internacionais. Devido à carência de profissionais dotados de conhecimentos científicos e tecnológicos, e de desenvolver atividades de ensino e pesquisa em vários campos de conhecimento com os quais a universidade iniciava suas atividades, professores estrangeiros contribuíram de maneira decisiva para a consolidação de vários dos primeiros cursos da Unicamp. Mas na FEA, especificamente, sua vinda ganhou impulso adicional graças ao apoio de uma instituição de âmbito internacional que, assim como a FAO foi fundamental para a criação do CTPTA, e teve enorme relevância nos primórdios da FEA: a OEA (Organização dos Estados Americanos). Atenta à importância das pesquisas nessa área para os países em desenvolvimento, essa instituição ofereceu patrocínio a um programa de tecnologia de alimentos envolvendo instituições do Brasil, Colômbia, Peru, México e Guatemala. FTA e CTPTA – ambos, na pessoa de André Tosello –, representaram o Brasil nas conversações relacionadas a esse projeto, cujo objetivo era desenvolver a indústria e a tecnologia alimentícias latino-americanas a partir da formação de profissionais qualificados. Na FTA, especificamente, a OEA dispunha-se a alocar cerca de US$ 500 mil apenas nos três primeiros anos de programa (entre meados de 1969 e de

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1972). Como contrapartida, a faculdade comprometia-se a oferecer anualmente cursos de pós-graduação, com dez meses de duração, para quinze e vinte pesquisadores de diversos países da região. Esses cursos serviriam inclusive como etapa inicial do processo de implantação da pós-graduação Strictu Senso na faculdade. E neles seriam desenvolvidas pesquisas relacionadas a temas como melhor utilização de matérias-primas, milho, mandioca e abacate, por exemplo, em produtos alimentícios, processamento industrial de frutas e normatização em tecnologia de alimentos, entre outras. Grande parte da verba oriunda da OEA materializava-se na vinda de professores visitantes: apenas nesses três primeiros anos de parceria, vieram pelo menos trinta professores estrangeiros, de países como Estados Unidos, Japão, Áustria, Inglaterra, Chile, Bélgica. E esses recursos também permitiram à FEA atingir um de seus principais feitos: “Foi possível formar uma estrutura capaz de oferecer, simultaneamente, graduação e pós-graduação de altíssimo nível, em uma época em que pós-graduação, em qualquer área, apenas começava no Brasil”, destaca o professor Fumio Yokoia, um dos pesquisadores enviado para aperfeiçoamento nos Estados Unidos no início dos anos 60. De acordo com Fumio, essa excelência simultânea na graduação e na pós decorreu da vinda à FTA, já em seus primórdios, de alguns dos principais expoentes mundiais em suas áreas de atividade. Por exemplo: o microbiologista de alimentos Hans Riemann e o bioquímico Morris Montgomery (ambos norte-americanos), o britânico Sigsmond Herschdoerfer – especialista em controle de qualidade –, e o termobacteriologista japonês Kani-ichi Hayakawa. “Nem mesmo uma universidade norte-americana ou europeia conseguia naquela época reunir tanta gente de tão alta qualificação em um único curso”, ele destaca. Mas estrangeiros não participaram dos primeiros quadros de docentes da FEA apenas como visitantes trazidos com os recursos da OEA: havia também quem fosse diretamente convidado não apenas a vir para a nova escola, mas

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permanecer nela por períodos maiores. Casos, por exemplo, do indiano Mentreddi Anandha Rao, da filipina Sonia Valenzuela Quest, do chinês Chin Chun Shen e do húngaro Laszlo Halasz, entre outros (o próprio Tosello viajava ao exterior visitando instituições de ensino e pesquisa em busca de gente a quem pudesse chamar). Alguns desses profissionais traziam consigo experiência na docência, mas a maioria era composta por jovens já com o título de doutor, obtido geralmente nos Estados Unidos. Integrava esse segundo grupo Hilary Castle de Menezes, inglesa que se integrou ao quadro de docentes da FTA em julho de 1970. Ela veio como professora de bioquímica de alimentos, e recebeu o convite quando fazia mestrado na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, onde já conhecera o brasileiro Tobias José Barreto de Menezes, com quem se casaria (na época, pesquisador do ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos, nome com o qual em 1969 seria rebatizado o CTPTA). Embora com cursos em renomadas universidades internacionais, Hilary aceitou fazer parte de uma instituição ainda em formação e localizada em um país sem muita significância internacional. Algumas vezes ela precisou improvisar, pois a estrutura do ITAL fora concebida, principalmente, para pesquisas, e não para a atividade didática, que demandava quantidades maiores de recursos e insumos de laboratórios. “Eu ia a supermercados comprar copos ou equipamentos para banho-maria que eu depois utilizava em minhas aulas”, ela lembra. Como pouco falava português em seus primeiros tempos de Brasil, Hilary inicialmente concentrava-se mais nas aulas práticas; quando necessário, solicitava a algum aluno mais versado em sua língua nativa a tradução dos roteiros de suas aulas para o idioma local. Para aperfeiçoar seu domínio do português, estudou-o em cursos oferecidos pela própria Unicamp. “Mas aprendi português realmente com as novelas da TV”, ela brinca. Na opinião de Hilary, se foram importantes no processo de estruturação de diversas unidades da Unicamp, na FEA os pesquisadores e docentes

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estrangeiros foram fundamentais, pois traziam consigo um conhecimento aqui antes inexistente, por ser aquele o primeiro curso dedicado a ciências e tecnologia de alimentos do país. “Mas logo que cheguei aqui e notei a presença na faculdade de gente com muita capacidade, vi que o nível do curso não seria inferior a nenhum outro”, ela ressalta. E, apesar da vasta presença de estrangeiros em seus quadros iniciais de docentes, era brasileiro o primeiro professor contratado especificamente para a faculdade: Paulo Anna Bobbio, cujo contrato com a Unicamp tem como data inicial 8 de julho de 1968. Naquele mesmo ano de 1968 seriam contratados mais professores para a FTA, como Theo Guenter Kieckbusch e Yong Kun Park; esse último, um coreano de nascimento, com pós-graduação realizada na universidade de Minnesotta, nos Estados Unidos. Park veio ao Brasil inicialmente para criar o laboratório de patologia do Hospital Vera Cruz, de Campinas. Na cidade, conheceu André Tosello em um evento. Logo, ele se tornaria um dos especialistas em bioquímica de alimentos mais conhecidos internacionalmente, autor de artigos veiculados em mais de cem publicações internacionais, dedicados a temas como produção natural de enzimas e alimentos funcionais. Park foi requisitado por instituições de diversos países para pesquisas em áreas relacionadas à bioquímica de produtos naturais em alimentos e em medicamentos. Seus estudos sobre o uso na indústria alimentícia de enzimas, como a alfa amilase lhe renderiam convites para consultoria em algumas das principais indústrias desse setor, tanto nacionais quanto multinacionais. Apesar de sua importância no contexto científico internacional, Park continuou a dar aulas na faculdade mesmo depois de aposentado. E apresenta uma razão aparentemente prosaica para justificar sua decisão de permanecer no Brasil: “Gostei muito do país, pela existência de muitos locais – como a Amazônia –, onde é possível coletar amostras de fontes para pesquisas”, ele justifica.

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“TURMA ANORMAL” Por não conseguirem conciliar as exigências escolares com suas tarefas profissionais e pessoais, muitos dos alunos inicialmente integrantes da primeira turma da FTA não concluíram seus estudos. Assim, essa turma inaugural teria apenas seis formandos (veja relação de todos os formandos da FEA no final do livro). Era, porém, a primeira turma a completar um curso nativo da Unicamp (o curso de Medicina já existia antes do surgimento da universidade, e foi posteriormente absorvido). Tosello, conta Iracema, brincava referindo-se a turma como “anormal”, em contraposição àquelas compostas por alunos cujos estudos se desenvolveriam no período regular de cinco anos. Essa turma “anormal” concluiu seus estudos em dezembro de 1969, mas a cerimônia de sua formatura somente aconteceria três meses depois – mais precisamente, em 17 de março de 1970. Esse intervalo entre a conclusão dos estudos e a formatura, explica Iracema, foi consequência de uma exigência, feita por André Tosello a todos os formandos, de que construíssem maquetes as quais ele pretendia utilizar como base de plantas piloto a serem implementadas no ITAL. “Ninguém havia feito isso, e precisamos desses três meses para produzir essas maquetes”, conta Iracema. A cerimônia da formatura começou com uma missa celebrada na igreja do Divino Salvador, no Cambuí; à noite, no auditório da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), localizado na Avenida Brasil, em Campinas, realizou-se a colação de grau, presidida por Zeferino Vaz. Presentes, além de formandos e familiares, representantes da escola, autoridades civis e militares, representantes da FAO e de outras instituições de ensino. Antonio de Melo Serrano foi o orador da cerimônia, e Iracema – que foi quase imediatamente contratada como professora da faculdade –, fez o juramento de sua turma.

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Nessa época, a Unicamp já designara uma primeira funcionária contratada via concurso especificamente para a FTA: Valéria Alberti Andrade Godoi, cujo vínculo empregatício teve início em julho de 1969. A faculdade estava ainda alojada no CTPTA, onde dispunha de uma sala própria. Ao chegar ali, Valéria encontrou apenas um funcionário admitido sem concurso, que logo saiu e deixou-a sozinha para cuidar de todas as questões administrativas, relativas tanto à instituição quanto a cada um de seus professores e pesquisadores. Desempenhando bem essa função, ela tornou-se auxiliar direta e indispensável no cotidiano de André Tosello durante todos os anos nos quais ele permaneceria à frente da faculdade: “Ele era muito ativo, poucos conseguiam acompanhar seu pensamento e sua dinâmica, ele até ficava bravo por isso”, lembra Valéria. “Tinha, porém, enorme orgulho da faculdade, considerava uma conquista tudo o que ela realizasse”. Nesses primeiros momentos, tal orgulho precisava conviver com questões aparentemente prosaicas, mas presentes até hoje: em documento de 1969, Tosello pedia informações sobre a compra de diversas matérias-primas necessárias ao curso, e era informado sobre problemas burocráticos dificultando a aquisição de produtos, como carne de porco, fígado e ervilhas. Assuntos tão simples – e naturais em uma estrutura ainda em sua gênese – não impediam a crescente demanda pela integração da FTA a projetos existentes capazes de impulsionar o conhecimento sobre a produção de alimentos no Brasil. Já em 1969, atendendo a uma solicitação da Confederação Nacional da Indústria, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), aprovou a montagem de um grupo de trabalho sobre tecnologia de alimentos; dele participavam, além da FTA, representantes de outras instituições de ensino e pesquisa, como o próprio ITAL, o Instituto de Tecnologia de Pernambuco e o Instituto de Tecnologia de Alimentos do Rio Grande do Sul.

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Nesse processo, couberam à FTA pesquisas para desenvolvimento das indústrias de conservas, derivados de milho e embalagens, e das tecnologias de manuseio e estocagem de alimentos. Essa postura de inserção em grandes projetos de pesquisa já assumia, inclusive, dimensões internacionais; muitas vezes, pelo atendimento de solicitações feitas pela UNIDO (United Nations Industrial Development Organization), órgão da ONU dedicado a estimular o desenvolvimento industrial em regiões de economia mais frágil. Por demanda dessa instituição, em 1971 Leopold Hartman permaneceu três meses no Paraguai, onde realizou estudos para o desenvolvimento da indústria local de óleos comestíveis e de seus subprodutos; chegou inclusive a participar de programas de rádios naquele país nos quais comemorou o fato de Campinas e Assunción – capital da nação vizinha –, terem se declarado “cidades-irmãs”. Com certeza, o trabalho que ele lá implementava para a FEA contribuiu para o estabelecimento dessa parceria entre as duas cidades.

ESTREIA DE GALA A primeira turma de alunos de seu curso regular de cinco anos chegou à FTA por meio do vestibular realizado pela Unicamp em março de 1967 para os cursos agrupados no campo das Ciências Exatas. Além das vinte vagas oferecidas por essa faculdade – número que subiria para trinta já no ano seguinte –, esse processo seletivo oferecia mais cem vagas, para Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Química, Física e Matemática. Todos os alunos aprovados nesse vestibular deveriam cumprir um ciclo básico de dois anos, no qual teriam aulas de disciplinas como Cálculo, Física Geral, Mecânica Geral e Inorgânica, Química Analítica, Química Orgânica, Físico-química, Biologia, Sociologia e Estatística.

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Em um primeiro momento esse conteúdo básico foi em grande parte oferecido no Colégio Técnico da Unicamp. Em meados do mesmo ano de 1967, a universidade passaria a ocupar também um espaço alugado do Ateneu Paulista, na época um tradicional colégio de Campinas, situado na esquina das Ruas Dr. Quirino e 14 de Dezembro; ali, seria ministrada parte significativa das disciplinas relacionadas às ciências exatas. Com três andares e cerca de 1.500 metros quadrados, esse edifício localizava-se no terreno onde estava instalado o próprio Ateneu. O espaço reservado à Unicamp tinha uma entrada própria – pela Rua 14 de Dezembro – independente do acesso ao colégio. Em seu andar térreo foram alocados os laboratórios de Química, e no pavimento acima, os de Física; no último andar, as salas para aulas teóricas, ainda precárias apesar de uma apressada reforma. Eram, na realidade, muito simples esses primeiros espaços onde se desenvolveria a parte básica do curso; mas as instalações onde os alunos das turmas iniciais da faculdade teriam as aulas dos módulos profissionalizantes eram as melhores possíveis: “Havia no ITAL aquilo que se poderia qualificar como o que há de melhor em termos de estrutura de ciência e tecnologia de alimentos”, lembra Vanderlei Perez Canhos, integrante dessa primeira turma “normal” da faculdade. Aliando esse requintado suporte de laboratórios e usinas piloto à equipe de pesquisadores de primeira linha que aqui atuava, ou para cá vieram – graças, em grande parte, aos recursos da OEA –, já em seus estágios iniciais, prossegue Vanderlei, a FTA dispunha de todas as condições para formar profissionais extremamente qualificados: “Foi um começo glorioso”, ele resume. E, graças a essa qualidade de seu ensino, e aos vastos contatos de André Tosello com os representantes da indústria alimentícia, embora nem o curso nem a respectiva profissão fossem bem conhecidos, mesmo nesses tempos iniciais da faculdade quem nela se formava não enfrentava grandes problemas para encontrar emprego: “Logo após formar-me, recebi convites de importantes empresas do setor”, conta Vanderlei. Mas ele preferiu

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dedicar-se à atividade docente, e foi contratado para dar aulas na própria FTA, na disciplina de Microbiologia. Além de Vanderlei, outros oito formandos compunham a primeira turma regular da FTA. Sua formatura foi marcada com cerimônia realizada em dezembro de 1971, no Teatro Castro Mendes. Complementou-a um almoço em um restaurante chamado Stillus – localizado no balão que dá acesso ao bairro da Nova Campinas –, um jantar no Clube de Fisioterapia (no bairro do Cambuí), e um baile no Clube Fonte São Paulo. Embora com colocação assegurada na indústria, o profissional formado pela FEA ainda era pouco conhecido: “Em São Paulo, no cursinho prévestibular no qual estudei, alguns alunos zombavam dizendo que estudar essa engenharia significaria apenas processar leite e fazer queijo”, rememora César Francisco Ciacco, que veio de São João da Boa Vista para estudar na Unicamp em 1968, e formou-se em Engenharia de Alimentos, em 1972. Nem mesmo os professores, observa Ciacco, já sabiam bem o que era essa engenharia, até porque todos eles vinham de outras áreas, como química e agronomia. Apenas André Tosello, ele destaca, tinha um conceito sólido a respeito do novo campo de conhecimentos, e procurava difundi-lo entre a equipe com a qual trabalhava. “Mas os professores eram muito qualificados, e foram muito importantes para a implementação do curso e de seu conceito”, ressalta Ciacco.

DE CASA NOVA André Tosello e Zeferino Vaz inauguraram em 1972 o primeiro prédio próprio da FTA. Embora contasse com a presença de Laudo Natel – na época, governador do estado de São Paulo –, foi simples a cerimônia de inauguração desse edifício, ainda inacabado e com muitas áreas sem revestimento.

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A mudança para estrutura tão precária deveu-se à atribulada saída das instalações do ITAL, onde a escola fora gestada e vivera seus primeiros anos. Naturalmente, já era prevista a saída do ITAL, cuja estrutura do centro de pesquisas não era exatamente adequada às atividades didáticas: seus laboratórios foram projetados para grupos menores de pesquisadores, e não para grandes contingentes de alunos. A separação entre FTA e ITAL foi inevitável, pois, enquanto o instituto de pesquisas era um órgão vinculado à Secretaria de Agricultura do estado, a faculdade integrava uma autarquia – a Unicamp –, cujas contas eram diretamente submetidas ao controle dos órgãos de administração financeira do governo. Ele então apressou a mudança, mesmo precisando reunir em um único prédio todos os três departamentos então existentes: DCA (Departamento de Ciências de Alimentos); DTA (Departamento de Tecnologia de Alimentos) e DEA (Departamento de Engenharia de Alimentos); no projeto original – implementado pouco depois –, cada um desses departamentos tinha seu próprio prédio. A separação entre FTA e ITAL deve ter reverberado em cada um dos pesquisadores que serviam às duas instituições, e precisaram decidir aonde prosseguiriam suas trajetórias profissionais. Por exemplo, Valdemir Sgarbieri, um dos muitos pesquisadores que deixou o instituto para dedicar-se à docência universitária. Essa decisão não foi tão simples quanto ele desejava: “Quando fui convidado pelo professor Tosello para fazer parte do quadro de professores da FTA, respondi que gostaria de dar aulas, mas também queria seguir com as pesquisas no ITAL. Falei sobre isso com o Ágide Gorgatti Netto (substituto de Tosello na direção desse instituto), e ele me disse para decidir por uma ou outra dessas duas possibilidades, pois não poderia ter ambas”, ele relata. Sgarbieri aceitou então o convite da FTA, aonde ingressou como professor em 1972. Já Cyro Teixeira, embora ministrasse aulas na faculdade, e trabalhasse com Tosello desde os tempos em que ambos lutavam no IAC por mais

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recursos para pesquisa em ciência e tecnologia de alimentos, preferiu manter-se como pesquisador do ITAL quando da cisão. “Eu estava quase para completar o tempo de aposentadoria do serviço público, e achei ser essa a melhor opção”, ele justifica. “Mas considerava importante a criação da faculdade, a indústria demandava profissionais com esse conhecimento”, acrescenta.

A TODO VAPOR Mesmo sem o suporte do ITAL, a FTA manteria seu rápido desenvolvimento. Em 1972, quando se transferiu para a Unicamp, contava com 42 docentes: dezesseis no Departamento de Ciência de Alimentos, quatorze no de Tecnologia e doze no de Engenharia; no ano seguinte, outros cinco docentes fortaleceriam esse grupo. Sua biblioteca foi inaugurada no mesmo ano da mudança, com aproximadamente 1,4 mil livros, 301 revistas, 970 separatas e 1000 standards. E em 1973 a faculdade passaria a ocupar os três edifícios previstos no projeto original de sua estrutura física. Conjuntamente, esses prédios tinham pouco mais de 3 mil metros quadrados (área cerca de dez vezes superior àquela ocupada até pouco tempo no ITAL). Suas formas eram idênticas: em cada um deles, dois blocos separados por um vão livre; nos térreos dos blocos, laboratórios e espaços comuns, e nos andares superiores, salas de aulas e salas dos professores. Quando inaugurado, o primeiro prédio tinha apenas um laboratório, dedicado à Microbiologia. No ano seguinte, quando passou a ocupar mais dois edifícios, a escola já abrigava, ou terminava de montar, diversos laboratórios: Análise de Alimentos; Análise Sensorial; Bioquímica; Microbiologia; Química de Alimentos; Química de Óleos. Especificamente para aulas, havia ainda laboratórios de Análise de Alimentos, Química e Microbiologia.

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Neles, havia mais de duzentos equipamentos, como espectrofotômetros de última geração, refratômetros, polarímetros, centrífugas e ultracentrífugas, estufas, aquecedores, fornos e balanças, entre outros. Não faltavam recursos para a montagem desses primeiros laboratórios, conta Vanderlei Perez Canhos, que, contratado como professor da faculdade no início de 1972 participava ativamente desse processo de estruturação. Além das verbas provenientes da OEA, ele destaca, havia o interesse governamental na rápida consolidação da Unicamp, um dos símbolos do que o governo militar apregoava ser o “país do futuro”. “E o André Tosello era um homem muito hábil, além de amigo do Zeferino Vaz”, acrescenta Vanderlei. O próprio Zeferino, aliás, envolvia-se pessoalmente nas demandas oriundas de cada uma das unidades da universidade, recorda Valdemir Sgarbieri, outro ativo colaborador do processo de instalação do aparato inicial de suporte à pesquisa e ao ensino da FTA. Em determinada ocasião, ele acompanhou André Tosello em uma audiência na qual ambos solicitaram ao reitor a compra de uma ultracentrífuga: “Zeferino Vaz atendeu nosso pedido, mas depois veio pessoalmente verificar se realmente estávamos utilizando o equipamento”, narra Sgarbieri. Assim como se equipava, a escola também se estruturava administrativa e hierarquicamente: seu Colegiado reuniu-se pela primeira vez em 19 de dezembro de 1973. Presidente da reunião, Tosello iniciou-a afirmando pretender fazer desse colegiado um substituto, ao menos temporário, da Congregação, que posteriormente se tornaria sua principal instância deliberativa, mas exigiria trâmites mais prolongados. Atento às questões regimentais da estrutura universitária – e consciente de sua condição de comandante do processo de implementação da escola –, Tosello não deixou de ressaltar ser aquele um órgão “assessor da diretoria”, sem poder decisório. Além das medidas mais afeitas à burocracia e à estrutura organizacional, essa reunião tomou também decisões ousadas para a época, mas capazes de expor a preocupação de seus mentores com um ensino em nível de excelência.

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Uma delas era a decisão de elaborar questionários com os quais os alunos avaliassem periodicamente a qualidade desse ensino; o próprio Tosello foi incumbido de redigir esses questionários. Naquele ano de 1973, o orçamento da escola atingiria Cr$ 4,5 milhões (a moeda brasileira denominava-se então Cruzeiro, e era designada pela sigla Cr$). Havia ainda mais Cr$ 20 mil de auxílio de instituições estatais de fomento à pesquisa, e outros Cr$ 18 mil de auxílios particulares. Da OEA, viriam cerca de US$ 142 mil. Apesar desses recursos, ainda havia algumas aulas ao ar livre, lembra José Tadeu Jorge, que ingressou na Unicamp em 1971, formou-se Engenheiro de Alimentos em 1975, e foi posteriormente reitor da Unicamp. “Nessas aulas, muitas vezes sentávamos em caixas de tomate ou em latas utilizadas para armazenar grãos, que chegavam trazendo os alimentos utilizados nas aulas”, ele lembra. Essa estrutura precária combinava com uma universidade que apenas começava a ganhar corpo, e era quase totalmente desconhecida fora dos círculos acadêmicos. O próprio Tadeu Jorge foi vítima desse desconhecimento quando visitou a Unicamp pela primeira vez: ao desembarcar na estação ferroviária de Campinas – vindo de Santa Adélia, sua cidade natal –, pediu informações sobre como chegar até ela, e um vigia começou a indicar-lhe o caminho para a Pontifícia Universidade Católica de Campinas, então muito mais conhecida. Ouvindo a conversa, outro vigia forneceu-lhe as informações corretas. Essas novas informações não o isentaram de problemas: conforme orientado, Tadeu Jorge tomou um ônibus com destino a Barão Geraldo – distrito de Campinas onde está localizado o campus –, mas acabou indo até a cidade de Paulínia, mais de dez quilômetros adiante. Voltou pelo mesmo ônibus, desceu no balão onde deveria ter desembarcado inicialmente, e conseguiu uma carona para chegar até a Unicamp, onde teve outra surpresa: foi informado que o curso de Engenharia de Alimentos, no qual ele havia ingressado, funcionava no ITAL, aonde ele só chegou após outra carona.

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Tamanho sacrifício valeu a pena, pois Tadeu Jorge, que inicialmente tinha a intenção de cursar Engenharia Química – e viera visitar aquela escola que oferecia um curso pouquíssimo conhecido basicamente para atender a um desejo de seus familiares –, ao conhecer o ITAL decidiu realizar ali seu curso superior: “A estrutura era fantástica, tinha várias plantas piloto de processamento de alimentos, laboratórios bem equipados”, ele recorda. Curiosamente, o próprio Tadeu não chegou a utilizar essa estrutura que tanto o impressionara, pois quando começou a cursar as disciplinas profissionalizantes da faculdade, elas já estavam sendo oferecidas na Unicamp, e não mais no ITAL. Tadeu formou-se em 1975, e foi logo convidado para dar aulas no departamento de Engenharia Agrícola, então em processo de formação. Tornou-se também bastante próximo de Tosello, que inclusive lhe encaminharia para o campo ao qual ele dedicaria suas pesquisas: a soja. Quando ainda cursava o terceiro ano da faculdade, ele procurou Tosello para solicitar uma bolsa de iniciação científica, e esse lhe indagou se ele sabia o que era soja. Ele confessa: não tinha uma ideia muito clara do que era esse grão, na época cultivado no Brasil apenas em uma pequena região do Rio Grande do Sul; com receio de prejudicar sua possibilidade de obter a bolsa, conseguiu esquivar-se de uma resposta mais conclusiva, e Tosello lhe propôs que seu trabalho de iniciação focasse a soja. “Ele disse-me ser esse o futuro do Brasil em termos de produção agrícola”, lembra. E, apesar de precária a estrutura com a qual contava a escola em seus primeiros tempos na Unicamp, André Tosello cuidava dela em seus mínimos detalhes. “Sempre que ele chegava para trabalhar, antes de entrar na faculdade dava uma volta por seus gramados, e esbravejava se ali encontrasse qualquer sujeira”, lembra Valéria Godoi, que permaneceria como secretária da faculdade até 1992, quando se aposentou. Segundo ela, “quando houve a mudança para a Unicamp o pessoal da escola era muito unido, parecia uma grande família”. Além de Valéria, quando ocorreu a mudança para a Unicamp, a faculdade tinha mais sete funcionários administrativos; entre eles, alguns eram

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remunerados pela OEA – e dedicavam-se às questões relativas ao convênio entre as duas instituições –, e outros Tosello recrutara nos quadros do ITAL. A economia mundial – e, nela, obviamente, a brasileira –, vivia naquela primeira metade dos anos 70 inúmeras dificuldades, decorrentes da súbita e acentuada elevação dos preços internacionais do petróleo. Mesmo nessa conjuntura a FTA manteve um ritmo satisfatório de modernização de sua estrutura, e de sua capacidade de ensino, pesquisa e prestação de serviços: não apenas porque contava com as verbas orçamentárias e com os aportes da OEA, mas também porque consolidava um status que já lhe permitia obter também recursos de outras instituições e de empresas. Em 1974, ela estabeleceu com a Sadia uma parceria para uma série de cursos sobre qualidade e higiene de produtos derivados de carne em plantas industriais. No ano seguinte, assinou com a Folgers Coffee Company – a segunda maior indústria de café dos Estados Unidos –, um acordo com o qual se tornou responsável pela análise de todo o café produzido por essa empresa no Brasil, em todas as etapas do processo de sua produção, da matéria-prima à embalagem. A constituição de parcerias com a iniciativa privada tivera início ainda na fase embrionária da faculdade, que em seus dois primeiros anos de existência desenvolveu, entre outras ações desse gênero, um estudo e anteprojeto de uma fábrica de conservas alimentícias para uma indústria localizada na cidade mineira de Guaxupé, e um anteprojeto de uma indústria de banana-passa para um empresário do município paulista de Jacupiranga. Para a Paoletti – criadora da marca Etti –, nessa mesma época foram prestados serviços de assistência técnica na área de controle microbiológico de produtos. Houve ainda um anteprojeto e estudo de uma indústria de sucos cítricos para a Citral (Cooperativa Industrial e Agrícola de Limeira).

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FAST FOOD NO CAMPUS A inovação de um curso de Engenharia de Alimentos foi regulamentada no Brasil por meio do Decreto Federal nº 68.444, assinado em dezenove de maio de 1971 por Emílio Garrastazu Médici e Jarbas Passarinho, respectivamente, presidente da república e ministro da educação, que reconhecia o curso oferecido pela FTA. No parecer com o qual recomendava esse reconhecimento ao Conselho Estadual de Educação, um relator dizia serem “excelentes” as condições oferecidas pelo ITAL para a vertente profissionalizante do curso. Outro lembrava ter a maioria dos docentes da escola obtido especialização no exterior, e afirmava estar a FTA apta a “formar profissionais de alta capacidade técnica”. Quando formalizado esse reconhecimento, a faculdade já desenvolvia uma intensa e diversificada atividade de pesquisa: em relatório daquele ano, no qual solicitava recursos do CNPq, a FTA relatava o desenvolvimento de projetos e estudos relacionados aos mais diversos ramos da indústria de alimentos, e à saúde e à qualidade de vida de seus consumidores. Alguns deles: pró e antioxidantes naturais, micro-organismos capazes de combater a infecção de alimentos por aflatoxinas (substâncias tóxicas produzidas por fungos), análise das infecções provocadas por salmonellas, – bactérias que ainda hoje provocam prejuízos para a saúde pública –, sistemas enzimáticos, entre outros. E o número de formandos, de nove em 1971, subiria para vinte em 1973. Além de diplomarem-se em um curso já reconhecido, os formandos daquele ano já dispunham também de uma atividade oficializada: em sua Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia regulamentava a profissão do Engenheiro Tecnólogo de Alimentos, distinguindo-a de outras engenharias anteriormente existentes, como civil, elétrica, mecânica, química e agronômica.

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Como competências desse profissional, essa resolução estabeleceu as mesmas atribuições das vertentes mais tradicionais da engenharia – como estudo e planejamento de projetos, execução de obras, ensino e pesquisa –, referentes especificamente “à indústria de alimentos, acondicionamento, preservação, distribuição, transporte e abastecimento de produtos alimentícios; seus serviços afins e correlatos”. Naquele ano da regulamentação da profissão, os pesquisadores da escola publicariam dezessete trabalhos em publicações científicas internacionais, quatorze no Brasil e onze em revistas técnicas e de divulgação. Aprofundavam também o trabalho conjunto com a iniciativa privada, nos anos 70 implementado em grande parte com o suporte de uma entidade jurídica de direito privado denominada FCTPTA (Fundação Centro Tropical de Pesquisas e Tecnologia de Alimentos). Constituída em 1971, essa instituição integrava inúmeros pesquisadores da faculdade e representantes da indústria. Criando-a, André Tosello visava contornar as dificuldades próprias da burocracia estatal, e agilizar a recepção de verbas provenientes da indústria. A iniciativa privada apoiou decididamente a nova fundação: participaram da reunião de sua criação representantes de várias das principais empresas de alimentos da época, como Nestlé, Kibon, Cica e Cooperativa Agrícola de Cotia, entre outras. O relevante papel da FCTPTA no desenvolvimento da FTA pode ser percebido em relatórios nos quais essa fundação cita, por exemplo, a doação de passagens para familiares de professores da faculdade que na época estudavam fora do Brasil, e o custeio de viagens ao exterior de outros pesquisadores. Foi ela também a responsável pelos primeiros cursos de extensão universitária da faculdade – geralmente financiados pela indústria ou por entidades e instituições –, e por parte significativa da estruturação de seu primeiro parque tecnológico e de suporte às pesquisas: “Foi através dessa fundação que a faculdade recebeu, por exemplo, os equipamentos necessários à criação de sua padaria”, lembra Rodolfo Rohr, um dos participantes da reunião

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de criação da FCTPTA, e profissional que, mesmo sendo na época grande empresário do setor químico, passou a dar aulas na FTA, em 1970. Contribuiu para essa atividade didática de Rohr não apenas seu apego ao ensino, mas também sua condição de um dos primeiros pesquisadores a trabalhar, no Brasil, com a soja como fonte de produção de óleos comestíveis, (ainda nos anos 50, quando aqui predominavam os óleos de amendoim e de caroço de algodão). A FCTPTA doou também os equipamentos da lanchonete-modelo com a qual a FTA poderia, simultaneamente, oferecer aulas práticas de elaboração de determinados produtos, e disponibilizar uma opção de alimentação a quem não desejasse dirigir-se ao então sobrecarregado e distante restaurante central da Unicamp. Gerida pelos próprios alunos – estruturados em uma comissão composta por um representante de cada um dos três últimos anos do curso –, essa lanchonete foi inaugurada em 1975. Quando trabalhavam em sua montagem, os integrantes dessa comissão foram levados por André Tosello até o Rio de Janeiro, onde conheceram uma unidade da rede Bob’s (na época, o principal representante do ainda incipiente fast food no Brasil). “Ele queria exatamente esse modelo: fast food. Era um visionário, e já naquela época comprava para a escola livros sobre esse tema”, lembra o professor Nilo Sérgio Sabbião Rodrigues, então aluno do quarto ano do curso de Engenharia de Alimentos, e primeiro coordenador da comissão responsável pela nova lanchonete. Três funcionários contratados cuidavam das atividades operacionais desse estabelecimento, e os alunos revezavam-se na gestão, na compra dos produtos e no trabalho do caixa. Inicialmente, ali eram servidos apenas batatas fritas, alguns tipos de sanduíches, e um milk shake desenvolvido com a assessoria de um professor da faculdade a partir de ingredientes basicamente naturais. Com um sanduíche denominado “Somatória de X” – trocadilho com uma fórmula matemática e os componentes dos vários sanduíches do gênero cheese –, esse milk shake compunha o carro-chefe da lanchonete. “Chegávamos

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a vender duzentos sanduíches com batata frita e milk shake na hora do almoço”, relata Nilo. “Vinha até gente de outras faculdades, e formava-se uma fila razoável”. Apesar dos equipamentos doados pela FCTPTA, os alunos encarregados da gestão da lanchonete também precisavam improvisar: “Como não tínhamos coifa, nós mesmos dimensionamos uma, compramos a chapa e montamos”, conta o professor Nilo. “Eu fui a São Paulo buscar o ventilador dessa coifa, voltei com ele no ônibus, e em ocasiões como essa eu e os demais integrantes da comissão fazíamos questão de passar em frente à sala do professor Tosello, que ficava todo orgulhoso ao ver o empenho dos alunos”, ele acrescenta. Mais de trinta anos depois, o milk shake vendido na lanchonete da qual Nilo foi o primeiro coordenador segue sendo lembrado por Miriam Belchior, que se formou na faculdade em 1982, enveredou posteriormente pela administração pública, e mais tarde, em 2010, se tornaria ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão do governo federal brasileiro. Na FTA, conta Miriam, “éramos muitas mulheres, fiz amigas e amigos com quem pude dividir os esforços e os desafios de um curso superior, além do prazer das coisas mais cotidianas, como o inesquecível milk shake da cantina e as animadas rodas de truco no Ciclo Básico”. Mas ela destaca também a existência, na escola, de um corpo docente, formado por brasileiros e estrangeiros, que permitiu maior aprendizado e garantiu maior desenvolvimento tecnológico nessa área de conhecimento. “Conviver por cinco anos com a ‘turma de 1978’ (referência ao ano no qual ela iniciou o curso), foi também uma experiência que contribuiu para construir minha maneira de ver e me relacionar com o mundo”, acrescenta Miriam.

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ALUNO PROFESSOR OU PROFESSOR ALUNO? A falta de professores e pesquisadores especializados em ciência e em tecnologia de alimentos gerou situações curiosas nos tempos iniciais da faculdade: Lincoln Neves, por exemplo, conseguiu ser, simultaneamente, professor e colega de classe dos alunos para os quais dava aulas. Ele prestou vestibular para a FTA em 1969, pensando em ali estudar quando concluísse o curso de Engenharia Mecânica, que ele realizava em outra faculdade. Começou, porém, a trabalhar logo após esse curso, e assim o projeto de tornar-se também Engenheiro de Alimentos foi sendo adiado. Em 1972, Lincoln recebeu uma carta de André Tosello, recomendando-lhe a vinda para a FTA caso ele quisesse manter a vaga que ali conquistara. Resolveu então iniciar esse segundo curso superior, embora isso lhe gerasse inúmeros transtornos familiares: estava prestes a casar-se, e tanto sua noiva quanto sua mãe não queriam vê-lo abandonar o emprego que já lhe granjeava situação financeira razoavelmente confortável para buscar o diploma de uma profissão ainda desconhecida. “Minha futura esposa ficou quase três meses sem falar comigo, mas felizmente acabamos nos casando”, lembra Lincoln, em tom bem-humorado. Como ele já era também formado em Engenharia Mecânica, logo após sua chegada, André Tosello convidou-o para ser professor da disciplina de refrigeração, até então inexistente. Lincoln aceitou a oferta, e assim passou a ser, ao mesmo tempo, professor e aluno da FTA. “Na república onde morei durante algum tempo, residiam também alguns de meus alunos”, conta Lincoln, que por já ser engenheiro, pôde dispensar algumas disciplinas cursadas anteriormente na outra faculdade, e conseguiu, assim, formar-se em Engenharia de Alimentos em três anos. E paulatinamente o quadro de docentes da FTA era encorpado pela presença de jovens formados em sua própria graduação. Alguns desses recém-formados eram quase imediatamente enviados para o exterior, para

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preencherem os requisitos necessários à integração em categorias mais elevadas da hierarquia da docência universitária. Caso, por exemplo, de César Francisco Ciacco, que concluíra seus estudos em 1972 – na segunda turma de formandos do curso regular –, e recebeu uma bolsa para realizar mestrado na universidade norte-americana de North Dakota. Como outros pesquisadores que com ele viajariam para sua temporada internacional de estudos, Ciacco receberia, além de uma bolsa, salário pago pela Unicamp aos professores do nível MS1 (o primeiro na hierarquia da docência universitária). Por terem compromissos financeiros no Brasil – e em alguns casos também famílias –, e por ser elevado o custo de vida nos Estados Unidos, esses recém-formados resolveram solicitar o salário do nível imediatamente superior: MS2. Acompanhados por André Tosello, fizeram tal solicitação diretamente ao reitor Zeferino Vaz, que no início rechaçou-a, questionando a possibilidade de oferecer um salário normalmente concedido a professores com dedicação docente em tempo integral a quem sequer estaria no Brasil. Ciacco argumentou necessitar desse volume maior de recursos porque, entre outras coisas, acabara de adquirir um terreno no bairro Cidade Universitária, nas proximidades da universidade. “O reitor disse: o fato de você ter comprado esse terreno aqui perto significa que você está acreditando na Unicamp. E acabou aprovando nossas reivindicações”, ele relata. Nos Estados Unidos, Ciacco percebeu quão qualificado era o curso de graduação no qual estudara: “Depois de algum tempo lá, me disseram ser muito boa a base obtida por mim no Brasil, e sugeriram-me fazer diretamente o doutorado ”, conta Ciacco, que ao retornar à FTA iniciou o processo de implantação, na faculdade, do programa de pós-graduação em tecnologia na área de cereais. E esse crescente reconhecimento internacional já se manifestava de outras formas, por exemplo, no convite feito em 1975 ao professor Roberto Hermínio Moretti, então responsável por disciplinas na área de tecnologia de alimentos da faculdade.

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A pedido da ONU, Moretti foi designado para ajudar a reerguer a indústria de alimentos de Angola, país africano na época devastado por uma sangrenta guerra civil. “Lá selecionamos as vintes melhores empresas de várias áreas – como biscoitos, produtos cárneos e refrigerantes –, passíveis de serem recuperadas, e ao mesmo tempo servirem de escola para as outras indústrias”, ele lembra. Na FTA, Moretti foi contratado pela primeira vez em 1969, quando ainda atuava como pesquisador do ITAL. Quase simultaneamente, recebeu um convite da Coca-Cola, que ele aceitou, e que exigiu sua mudança para o Rio de Janeiro. Pesquisador de renome, detentor de patentes internacionais, era continuamente convocado por Tosello para voltar a dar aulas (até mesmo porque, na Coca-Cola, onde tinha um alto cargo no internacional, conhecia a prática da indústria de alimentos, e esse era um diferencial extremamente valorizado pelo fundador da FEA). Em 1973, Moretti decidiu retornar para a universidade; em parte, porque sua família queria novamente morar em Campinas, mas também pela insistência de André Tosello, que até ofereceu-lhe atrativos adicionais. Por exemplo, a contratação no nível MS4 – normalmente destinado a professores com o título de Livre Docente –, quando ele concluísse seu doutorado. “E eu fiz meu Doutorado por notório saber, sem precisar cursar disciplinas”, orgulha-se Moretti. Com recursos da OEA, na volta à FTA ele ajudou a montar a planta piloto do departamento de tecnologia, inaugurado em 1973. E, após atuar na reconstrução da indústria alimentícia de Angola, ele posteriormente coordenaria a presença da faculdade em projetos implantados pela ONU em outras regiões do mundo, como as Ilhas Seychelles, no Oceano Índico.

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NOVO CURSO, NOVO NOME Já em 1970, a FTA era palco de uma primeira defesa de tese de pós-graduação: com o título “Estudo de um fermentador para produzir proteínas dos derivados do petróleo”, e orientação de André Tosello e do professor Arthur Humprey, ela rendeu o título de Doutor ao professor Ricardo Sadir. Cerca de oito meses depois, viria a primeira tese de mestrado, desenvolvida por Oscar Bolivar Izurieta Amores, que, orientado pelo próprio Ricardo Sadir, abordou a “Obtenção de óleo de abacate”. Era apenas o início de uma intensa atividade de pesquisa e qualificação de pesquisadores, que tivera início com o apoio da OEA, e já no ano seguinte geraria mais treze dissertações, além de uma tese de doutorado. Em 1969, o CNPq reconhecera a faculdade como “Centro de Excelência” para a oferta de cursos de pós-graduação, mas a formalização do pedido de credenciamento dessa atividade no CFE (Conselho Federal de Educação) teve início efetivo em novembro de 1973, quando ela já oferecia 23 disciplinas nessa área. Algumas deles: Química de Proteínas; Química de Carboidratos e Lipídeos; Bioquímica de Alimentos; Termobacteriologia; Envenenamento Alimentar; Preservação pelo Calor; Higiene Industrial, Armazenamento de Grãos e Concentração de Alimentos Fluidos; Bioengenharia, Transferência de Massa; Fluidos Não Newtonianos e Transferência de Calor. Embora fossem, de alguma forma, agrupadas em campos afins, naquela época, essas linhas de pesquisas não eram diretamente associadas a um departamento, e sim desenvolvidas a partir de projetos e interesses específicos de pesquisadores e docentes (sua aglutinação nos departamentos correspondentes aos orientadores das teses ocorreria apenas no início dos anos 80). Na apresentação do pedido formal de reconhecimento de sua atividade de pós-graduação, além dos nomes incluídos em seu quadro regular, a FTA

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listava dez professores visitantes estrangeiros, todos altamente graduados – oito deles com o título de PhD –, provenientes de Estados Unidos, Suíça, Noruega, Japão, Bélgica, Inglaterra e Áustria. A primeira homologação do MEC (Ministério da Educação, na época Ministério da Educação e Cultura), para os cursos de pós da FTA, foi publicada no Diário Oficial da União em 11 de abril de 1974, e era válida para as áreas de concentração em Ciências de Alimentos, Engenharia de Alimentos e Tecnologia de Alimentos. Um ano antes, a faculdade ganhara um novo departamento: o DEPAN (Departamento de Planejamento Alimentar e Nutrição), cujo foco era o estudo da nutrição a partir de uma abordagem multidisciplinar. No pedido encaminhado à reitoria, Tosello justificou a criação desse novo departamento com a “crescente demanda de estudos na área de produção de alimentos de valor nutritivo para as diversas classes etárias da população brasileira, especialmente a infantil”. O estudo para implantação do novo departamento foi coordenado por Ottilio Guernelli e Valdemir Sgarbieri: ele nasceria com oito docentes e sete funcionários, e englobaria as estruturas dos laboratórios de Bioquímica dos Processos (Bioquímica Nutricional), Laboratório de Ensaios Biológicos, Laboratório de Análise Sensorial e Estatística Aplicada. Pela natureza de seus objetivos e projetos, o Depan inseriu mais intensamente a faculdade em ações de alcance social mais direto. Essa inserção, é verdade, já se iniciara antes mesmo de sua criação: por exemplo, com o desenvolvimento, em 1973, de um kit de rações especiais para sobrevivência de soldados na selva, destinado às forças armadas. Mas o novo departamento realizou diversas ações de cunho social; entre elas, um acordo firmado com a Legião Brasileira de Assistência – órgão vinculado ao governo federal –, para estudos relacionados à alimentação de populações carentes de todo o país. Colocou ainda a FTA como agente de controle da qualidade da merenda escolar das escolas públicas paulistas, e atuou diretamente em municípios de

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vários estados, por exemplo, com um estudo focado em populações carentes e crianças do município baiano de Sobradinho, e por meio de um convênio para a criação, em 1976, de um centro de nutrição destinado a melhorar a qualidade do abastecimento alimentício à população carente do município de Paulínia, no estado de São Paulo. Além de ganhar um novo departamento, em 1975 a faculdade passou a oferecer um novo curso: Engenharia Agrícola. Era uma demanda antiga: em 1970, o professor Friedrich Gustav Brieger, então coordenador geral dos Institutos da Unicamp, solicitava formalmente uma reunião com a direção da FTA para discutir sua criação. Sua efetiva implementação foi motivo de alguma discussão, pois ponderações contrárias qualificavam um curso de Agronomia – previsto inclusive nos estatutos da Unicamp –, como mais adequado à realidade daquela época (há quem diga que Tosello não queria Agronomia por visualizá-la como concorrente mais direta da Engenharia de Alimentos). Inicialmente, as aulas da Engenharia Agrícola ocorriam na estrutura já existente na FEA, pois as instalações especificamente construídas para ela apenas começavam a ser construídas em um local mais afastado do campus, onde havia espaço disponível para o necessário campo de plantio experimental. E, de maneira análoga ao que já ocorrera no nascimento da própria FEA, durante algum tempo o novo curso disponibilizou vagas tanto por meio do vestibular quanto para alunos já associados ao ensino superior: mais especificamente, para quem tivesse cumprido o ciclo básico comum aos alunos de toda a área de ciências exatas da Unicamp. Em 1978, a primeira turma de formandos do curso de Engenharia Agrícola tinha três integrantes, cuja colação de grau aconteceria em janeiro do ano seguinte – conjuntamente a dos formandos em Engenharia de Alimentos –, em cerimônia realizada no Teatro Municipal José de Castro Mendes. Dois desses três formandos do novo curso – Cláudio Bianor Sverzut e João Domingos Biagi –, foram logo contratados como professores da faculdade. Dois anos

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após essa primeira turma, o novo curso já colocava no mercado 28 novos Engenheiros Agrícolas. Mais consolidada – e mais reconhecidos os profissionais por ela formados –, ao mesmo tempo em que passava a oferecer esse novo curso a escola iniciava um processo de mudança de seu nome. Na justificativa com a qual solicitava essa alteração, André Tosello lembrava a existência de estudos para a criação de cursos de Engenharia Tecnológica de Alimentos em algumas universidades federais, e observava também lançamentos de cursos superiores de curta duração qualificados como “Cursos de Tecnologia” (no próprio Cotuca – Colégio Técnico da Unicamp existia um curso de nível médio destinado a formar Técnicos de Alimentos). Argumentava ainda estar a FTA propondo a criação de novos cursos (como a própria Engenharia Agrícola). Propunha, então, a nova denominação: Faculdade de Engenharia de Alimentos e Agrícola. Foi acalorado o debate relativo à nova sigla e houve quem quisesse FEA, enquanto outros sugeriam FA; prevaleceu FEAA. Como o decreto até então vigente reconhecia expressamente o curso de formação de “Engenheiros Tecnólogos de Alimentos”, foi preciso alterar esse dispositivo legal. Isso ocorreu com a publicação, no Diário Oficial da União, do Decreto nº 77.730, de 1º de junho de 1976; ele estampou: “É concedido reconhecimento ao curso de Engenharia de Alimentos da Faculdade de Engenharia de Alimentos e Agrícola da Universidade Estadual de Campinas”.

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DIVULGAR ERA PRECISO Quem se formasse na FEAA, dizia o catálogo de graduação de 1976 da escola, poderia “estudar o aproveitamento integral das reservas agrícolas, pecuárias e pesqueiras, visando atingir melhor padrão alimentar da população”. Caso desejasse, prossegue o documento, estaria também apto a tornar-se professor universitário, auxiliar a indústria de alimentos em análises mercadológicas, e “cuidar do processamento das matérias-primas básicas, por meio de enlatamento, refrigeração, congelamento, esterilização, desidratação e fermentação”. Teria ainda a possibilidade de “dedicar-se aos estudos de determinação analítica das diferentes substâncias nutritivas dos alimentos e de suas propriedades, conservação e preparo de produtos vegetais e de origem animal, destinadas à alimentação”. Esse profissional apto a desenvolver atividades tão diversas, mas ainda pouco conhecido no Brasil, seguia sendo alvo de intenso esforço de divulgação proveniente dos criadores da faculdade. Parte desse empenho resultaria na fundação, em 1975, da ABEA (Associação Brasileira de Engenheiros de Alimentos). Tal entidade só poderia ter origem na FEAA, pois até então, no Brasil somente ela havia formado esse gênero de profissionais. De maneira informal, temporariamente a faculdade seria uma espécie de sede da nova entidade. Seu primeiro presidente foi Hideki Kanai, formando da turma de 1972 da FTA; ele foi sucedido nesse cargo por José Tadeu Jorge, egresso da mesma escola. Imposto até mesmo pela necessidade de diferenciação dos ramos mais tradicionais da engenharia – e de outras profissões também relacionadas à indústria de alimentos, como Agronomia, Química e Veterinária –, o esforço de divulgação da nova categoria de engenheiros

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incluía ainda folders, participações em eventos, visitas a empresas. E era amplificado pelo interesse da mídia em profissionais capazes de falar de maneira abalizada sobre tema de interesse tão amplo, como é o caso da alimentação. Naquela época – segunda metade dos anos 70 –, a mídia dava grande visibilidade a temas como a discussão relacionada à adição do bromato de potássio ao pão francês, e a FEAA era constantemente chamada a esclarecer o público sobre esse assunto. Um dos profissionais mais requisitados para manifestar-se sobre esse tema era o professor egípcio Ahmed El-Dash, que integrava o Laboratório de Cereais. Com PhD obtido na Kansas State University, nos Estados Unidos, a convite de André Tosello ele passou a dar aulas de Tecnologia de Cereais na faculdade em 1976. Mas a crescente vinculação à indústria de alimentos era favorecida, principalmente, por sua capacidade de fornecer a esse setor profissionais altamente qualificados, suprir algumas de suas carências – especialmente via desenvolvimento de pesquisas e prestação de serviços –, e de apontar-lhe tendências e novidades. Em 1976, foi a FEAA uma das pioneiras introdutoras, no Brasil, da proteína texturizada de soja, ingrediente posteriormente utilizado em larga escala em produtos, como salsichas, hambúrgueres e mortadelas: “Importamos um extrusor para a produção dessa proteína, e trabalhamos em três turnos, nas 24 horas do dia, para fornecer trinta toneladas dela por mês para a Sadia”, conta o professor Roberto Hermínio Moretti, responsável por esse projeto. E em 1977 a faculdade ganharia um novo departamento: o de Tecnologia de Açúcar e Derivados, rebatizado no ano seguinte como Tecnologia Açucareira (esse departamento seria extinto em 1979). A primeira patente mais diretamente relacionada à escola surgiria também em 1977, e foi concedida em nome do professor Roberto Moretti, que seguia dando aulas na FEAA. Denominado “vaca mecânica”, o invento detentor dessa patente combinou aparelhos de uso doméstico – como um

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triturador de detritos normalmente utilizado em pias e uma lavadora de roupas –, para montar um equipamento capaz de produzir cerca de duzentos litros de leite de soja (extrato solúvel proteico de soja) por hora. A “vaca mecânica” renderia a Moretti o prêmio de Melhor Invento Brasileiro de 1979, e seu uso chegaria a países como Cuba e Angola. Seria utilizada especialmente na oferta de merenda escolar, e assim contribuiria para acostumar o paladar dos novos consumidores às tendências posteriores da indústria alimentícia. “Sem ela, não teria havido depois o crescimento de produtos confeccionados com leite de soja”, crê Moretti, que em 1978 se tornaria o primeiro latino-americano integrante da diretoria da IUFoST (International Union of Food Science and Technology), principal entidade internacional do setor de ciências e tecnologia de alimentos. Além da presença de um de seus professores entre os dirigentes da IUFoST, outros fatos expunham de maneira nítida quão rapidamente confirmavam-se – nacional e internacionalmente – o renome da FEAA, e a qualidade de sua atividade de ensino e pesquisa. Uma delas: em 1977, auditores nomeados pela OEA qualificaram-na como a única instituição com resultados expressivos e substanciais no programa de pós-graduação que desde o final dos anos 60 essa instituição apoiava em vários países latino-americanos.

ADEUS AO CRIADOR Embora pudesse encontrar rápida colocação em uma indústria ávida por seus conhecimentos, mesmo na segunda metade da década de 70 o profissional formado pela FEAA podia também enfrentar barreiras decorrentes de um desconhecimento natural aos projetos inovadores. Tal desconhecimento manifestava-se mesmo em empresas do porte da Danone, onde Humberto Salvador Afonso foi procurar emprego após sua

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formatura, em 1977. “Lá, o pessoal da área de recursos humanos perguntou-me o que era Engenharia de Alimentos”, lembra Humberto, “mas, apesar de haver na época pouca informação sobre ela, eu acreditava muito nessa profissão”, ele acrescenta. Posteriormente, Humberto criaria um grupo de empreendimentos capitaneado pela Alibra, empresa fundada no ano 2000, e que com pouco mais de dez anos de vida já teria mais de duzentos funcionários, e unidades fabris em Campinas e na cidade paranaense de Marechal Cândido Rondon. Quando ele lá estudou, destaca Humberto, havia na FEAA um convívio materializado não apenas nos espaços dedicados aos estudos, mas também na lanchonete, em uma pequena sala onde os alunos dispunham de uma mesa de pingue-pongue, e em encontros fora da faculdade. “Eu era de Campinas, tinha amigos de fora da escola, e uma namorada que também não tinha nada a ver com ela, enquanto a maioria dos alunos vinha de outras cidades e morava em repúblicas”, ele destaca. “Por isso, participei pouco da vida social da faculdade, mas tenho saudades daquela época na qual havia uma convivência fantástica”, prossegue o empresário. Um ano após a formatura de Humberto – mais exatamente, em 1978 –, a estrutura da FEAA era fortalecida pela inauguração de um galpão metálico, com 23 mil metros quadrados, projetado para receber plantas piloto. E apenas naquele ano – já transcorrida mais de uma década da fundação da escola –, seria estabelecido pelo Conselho Federal de Educação o currículo mínimo para os cursos superiores de Tecnologia de Alimentos (quando, paradoxalmente, na FEAA esse curso já havia sido rebatizado como Engenharia de Alimentos). Parte da demora na definição desse currículo pode ser creditada a pendências com representantes de determinadas categorias profissionais – como Farmácia e Bioquímica –, que viam nos egressos desse novo curso possíveis concorrentes na disputa por vagas no mercado de trabalho. Mas logo a própria entidade congregante das escolas de ensino farmacêutico e bioquímico reconheceria a área de Engenharia de Alimentos como campo específico de conhecimentos, e no ano seguinte ela teria seu

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currículo mínimo oficialmente definido (de modo geral, esse currículo referendava aquele já empregado na FEAA). A formalização desse currículo constituía um reforço adicional na continuidade do processo de divulgação da escola, e do profissional por ela formado. Esse esforço já ambicionava alcance internacional, pois em 1978, André Tosello decidiu enviar a maior quantidade possível de pesquisadores da faculdade para participarem da quinta edição do congresso mundial do IUFoST, programada para o Japão. Era a estreia da escola nesse evento, e uma avaliação mostrou a existência de dezenove trabalhos aptos à participação. Todos foram aceitos pelos organizadores do congresso, e sete dos pesquisadores responsáveis por esses projetos dispuseram-se a ir pessoalmente até lá, mas não havia recursos suficientes para a viagem de todo esse contingente. A Fundação CTPTA doou cinco passagens, e os pesquisadores cotizaram-se para conseguir recursos que permitiram a presença no evento também dos outros dois. E o relacionamento com o ITAL, abalado quando a escola mudou-se para a Unicamp, nessa época parecia definitivamente normalizado: o restabelecimento da harmonia foi formalizado com a assinatura de um acordo de intercâmbio entre esse instituto e a faculdade em que o próprio André Tosello assinou esse convênio. Seria um de seus últimos atos na direção da FEAA: em 1980, problemas de saúde afastaram-no da direção da escola, na qual foi substituído por Jorge Leme Júnior. Mesmo após deixar a faculdade que dirigira durante treze anos, ele seguiu contribuindo para o ensino nessa área: ajudou na criação da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade de Buenos Aires, na Argentina. Apesar dos problemas de saúde, Tosello seguia expressando sua paixão pela FEAA mesmo em pequenos atos. Em um domingo no qual já estava afastado da direção da faculdade, lembra o professor Lincoln Neves, ele saiu de sua residência, vestindo bermudas e usando um chapéu. Dirigiu-se de

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ônibus até a FEAA, e, como oficialmente ainda era o diretor da escola, tinha as chaves da sala da diretoria, onde entrou e acomodou-se na cadeira que ocupara durante muito tempo. Foi surpreendido por um vigia que não o conhecia, e que solicitou sua retirada. Retrucou afirmando ser o diretor, e com direito a lá permanecer, mas o vigia não aceitou essa explicação. Contrariado, Tosello retirou-se, e só no dia seguinte, quando contou essa história a outros integrantes da escola, o vigia soube que realmente expulsara de lá seu diretor. Tosello faleceu em 1982, vítima de um enfarte. Após sua morte, a FCTPTA, que ele criara para trabalhar conjuntamente com a faculdade, foi rebatizada como Fundação André Tosello.

INOVAÇÃO E RECONHECIMENTO A FEA ingressa nos anos 80 solicitando ao MEC o credenciamento também do nível de Doutorado de seus cursos de pós-graduação. Há tempos – mais exatamente, desde 1970 – ela formava doutores, e naquele mesmo ano de 1980 no qual encaminhou esse pedido, foi palco de sete defesas de teses desse nível. O credenciamento do Conselho Federal de Educação para os programas de Doutorado em Ciência de Alimentos, Tecnologia de Alimentos e Engenharia de Alimentos, viria em 1983 (posteriormente, seria credenciado também o programa do Departamento de Planejamento Alimentar e Nutrição). Já naquela época, a FEAA desenvolvia pesquisas de ponta, muitas delas com repercussão global: caso, por exemplo, do banco de fontes de carotenoides, cuja montagem teve início em 1981, e que futuramente se consolidaria como o maior do mundo nessa especialidade.

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Pigmentos naturais responsáveis pelas cores amarela, laranja ou vermelha de muitos alimentos, os carotenoides são hoje reconhecidos como fontes valiosíssimas de substâncias essenciais para a vida, e estudados em larga escala como instrumentos capazes de gerar benefícios nas mais diversas áreas da saúde humana: fortalecimento do sistema imunológico, combate ao câncer e a outras doenças degenerativas, prevenção de problemas vasculares e de catarata, entre outras. Eles eram praticamente desconhecidos no Brasil no início dos anos 80, quando a professora Delia Rodriguez-Amaya começou a implantar na faculdade os estudos sobre carotenoides, aos quais ela dedicava-se desde quando realizava pós-graduação nos Estados Unidos. Filipina de nascimento, Delia chegou à FEAA em 1977, incentivada por Valdemir Sgarbieri – na época também em uma temporada de estudos na mesma universidade norte-americana na qual ela cursava pós –, e por André Tosello, que periodicamente viajava ao exterior em busca de talentos. Pouco antes dela, seu futuro marido Jaime Amaya-Farfan já havia sido contratado como professor da faculdade. Ouviu objeções quando, já relativamente conceituada como pesquisadora nos Estados Unidos, decidiu transferir-se para o Brasil: “Diziam-me que, indo para um país desconhecido, com um idioma diferente, talvez eu estivesse cometendo um suicídio profissional”. Delia encarou o desafio, mas enfrentou resistências também no Brasil; por exemplo, quando decidiu dedicar-se ao tema dos carotenoides: “Havia até quem dissesse a meus alunos que eles corriam riscos associando-se a assunto tão desconhecido”, ela relembra. As desconfianças foram superadas, e o banco de dados organizado por ela logo se tornaria fonte importantíssima de referências para a indústria de alimentos, e tema de publicações no Brasil e no exterior. Em 2010, ela geraria o livro Fontes Brasileiras de Carotenoides, escrito em parceria com Jaime Amaya-Farfan e Mieko Kimura. Publicado

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pelo Ministério do Meio Ambiente, esse livro lista as informações referentes à presença de carotenoides em mais de 270 fontes, estruturadas a partir de variedades de mais de sessenta frutas e hortaliças das mais diversas regiões brasileiras. Teve uma versão inglesa publicada pela revista científica Journal of Food Composition and Analysis (publicação da FAO-ONU). A atitude realizadora da FEAA não se restringia a apenas seus professores e pesquisadores, manifestava-se também em seus alunos, que em 1981 passam a promover a Semalim (Semana de Engenharia de Alimentos). Organizado sempre por integrantes de quarto ano do curso, esse evento reúne anualmente mais de mil pessoas de todo o país, entre estudantes, engenheiros, professores, pesquisadores e profissionais já estabelecidos na indústria alimentícia. Em palestras, debates, visitas e aulas práticas, na Semalim esse público obtém informações atuais e detalhadas sobre os processos produtivos e tecnológicos mais atuais dessa indústria, conhecem suas estruturas gerenciais mais recentes, recebem informações sobre suas novidades e tendências. Um dos organizadores da primeira edição desse evento foi Kenji Narumiya, que estudou na FEAA entre 1978 e 1982, e após sua formatura alçaria a então pequena empresa Sun Foods à condição de grande fornecedora de ingredientes para a indústria de alimentos. A ideia da Semalim, lembra o empresário, era trazer gente que ali estudara anteriormente para conversar com os alunos da faculdade, expondo-lhes a realidade de seu dia a dia profissional. “No começo, nem pensávamos na sigla Semalim, mas a ideia despertou bastante interesse”, lembra Kenji. E, apesar da FEAA já ter uma década e meia de vida, ainda nessa época a profissão Engenheiro de Alimentos não era plenamente conhecida: “Quando comecei a procurar emprego após minha formatura, fui parar no restaurante de uma metalúrgica, onde queriam que eu fosse chefe da cozinha”, recorda Kenji, de maneira bem-humorada. Por que, então, ele optou por um curso na época tão pouco conhecido? “Cresci ouvindo falar no Brasil como principal celeiro alimentício do mundo: acreditei nisso e no futuro desse curso”, responde o empresário.

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Integrante da mesma turma na qual ele estudava – e também participante da organização da Semalim –, Miriam Belchior afirma ter encontrado, na FEAA, não apenas ensino de qualidade, mas também um ambiente capaz de influenciar vários aspectos de sua vida: “Embora eu tenha seguido trajetória profissional em outra área, atribuo ao curso de engenharia o alicerce da minha carreira profissional. Trago comigo as amizades e o aprendizado daquele período, e foi com muito orgulho que pude contar com a presença de colegas de curso na minha posse no Ministério do Planejamento, em janeiro de 2011”, ela destaca. Foi na faculdade, rememora Miriam, que participando do Centro Acadêmico da FEAA, ela iniciou de maneira mais organizada sua militância política, especialmente como participante daquilo que ela considera “um dos mais marcantes episódios da história da Unicamp”: a mobilização, em 1981, de professores, alunos e funcionários em prol da preservação da autonomia e da independência da universidade, em resposta à decisão do governo estadual de substituir reitor e diretores de institutos e faculdades da instituição. Naquela ocasião, “a união era tamanha que fizemos mutirões para assegurar o ‘bandejão’ de todos”, conta a ministra (referindo-se ao nome comumente utilizado pelos integrantes da comunidade universitária para referir-se às refeições servidas no restaurante do campus). “Considero essa mobilização, e a grande passeata no centro de Campinas, com cerca de três mil pessoas, momentos importantes para o embasamento da minha trajetória política de defesa da democracia”, ela acrescenta. Miriam afirma serem “muito boas” suas lembranças dos tempos de estudante do curso de Engenharia de Alimentos: “Da mesma maneira como aconteceu comigo, desejo que a passagem de professores, funcionários e alunos pela FEA-Unicamp tenha significado nestes anos – e venha a significar permanentemente no futuro –, uma etapa importante no engrandecimento da vida pessoal e profissional de cada um”.

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ESCOLA “CARTÃO DE VISITAS” Integrante da primeira turma de formandos da faculdade, Iracema de Moraes seria alçada em 1982 ao posto de diretora da FEAA. Concomitantemente, a faculdade se colocaria na dianteira de um programa extremamente relevante para o desenvolvimento de estudos relacionados não apenas à indústria alimentícia, mas a diversas áreas a ela associadas, como agricultura, meio ambiente e vertentes específicas das ciências biológicas: o Pró-Agricultura – Projeto Pioneiro de Integração de Recursos à Docência e Pesquisa na Agricultura. Logo após sua posse, Iracema foi designada por José Aristodemo Pinotti – então reitor da universidade –, coordenadora desse programa gerido pela Unicamp, e que futuramente desembocaria em iniciativas como o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), e o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, localizado em Campinas. O Pró-Agricultura foi uma das origens também do CPQBA – Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas, instituição multidisciplinar criada em 1986 pela Unicamp para integrar a academia e empresas em projetos conjuntos de aproveitamento das riquezas existentes na biota brasileira. Entre 1989 e 1994, o CPQBA foi dirigido por Valdemir Sgarbieri, simultaneamente também professor da FEA, onde ele desenvolveu diversos estudos relacionados a proteínas obtidas de grãos – como soja, grão de bico e principalmente feijão –, e participou do projeto de desenvolvimento do Nutrimaiz, variedade de milho altamente nutritiva, obtida do cruzamento do milho doce com o milho opaco (esse desenvolvimento não chegou a ser muito aproveitado pela indústria por ser menos adequado à moagem necessária a produtos como o fubá). Ainda durante o mandato de Iracema chegaria um financiamento conjunto da GTZ – agência governamental de apoio às pesquisas da Alemanha

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–, e de sua equivalente brasileira FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), para a montagem de um dos mais modernos laboratórios para estudo de óleos e gorduras do hemisfério sul. Inaugurado em 1984 em uma área de 360 metros quadrados especialmente construída para abrigá-lo, esse laboratório – para o qual, apenas nos primeiros anos, o governo alemão programou recursos de quase 2 milhões de dólares –, já em sua inauguração contava com diversos equipamentos de ponta, como aparelho de ressonância magnética nuclear, cromatógrafo líquido/líquido e cromatógrafo de gás, entre outros. Além de alavancar enormemente a pesquisa de óleos e gorduras no Brasil, graças a seu grau de excelência, esse laboratório até seria, durante algum tempo, uma espécie de cartão de visitas capaz de materializar de maneira imediata a qualidade da estrutura da própria Unicamp: “Quando vinha gente de fora para visitar a universidade, os visitantes eram logo levados para conhecer o laboratório de óleos”, recorda o professor Walter Esteves, que coordenou o processo de implantação desse convênio, e chefiou o novo laboratório até sua aposentadoria, em 1995. Segundo ele, a ideia inicial era obter apoio para esse projeto na Inglaterra, mas o governo inglês julgou-o “desenvolvido demais” para receber recursos que a princípio deveriam ser destinados a países subdesenvolvidos. “O governo brasileiro então o incluiu em um acordo de cooperação com a Alemanha, e não demorou muito para recebermos um alemão com o qual começamos a acertar os detalhes”, conta o professor Esteves, cuja história tanto é um exemplo do interesse pessoal na continuação do aprendizado, quanto pode indicar quão atrativo parecia ser o campo de conhecimento que a FEA implantara no Brasil. Ele chegou à faculdade no início dos anos 70, quando tinha mais de quarenta anos, e ocupava o posto de coronel do Exército, cuidando na época de atividades didáticas na Escola de Cadetes de Campinas. Ouvira falar da nova faculdade pela primeira vez quando, representando a Escola de Cadetes em um evento no ITAL, ouviu uma palestra na qual André Tosello e

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Leopold Hartman falaram sobre ela. “Foram duas falas muito motivadoras”, rememora Esteves. Essa palestra veio a sua memória quando ele decidiu retomar seus estudos, e assim optou pela FEAA (na época, ainda denominada FTA); inicialmente, ele pensava apenas em ali cursar uma ou outra disciplina, mas foi cativado pelo clima da escola: “Havia muitos professores do exterior com currículos maravilhosos, aquilo para mim era o máximo”, orgulha-se Esteves. Ele formou-se em 1975, e foi imediatamente contratado como professor. Inicialmente deu aulas em tempo parcial, e tornou-se docente em tempo integral após sua aposentadoria do Exército, em 1980. Atuou sempre na área de óleos e gorduras vegetais, que logo passaria a gerar vultosas divisas para o Brasil, e que teria na faculdade criada por André Tosello parceira bastante destacada, especialmente após a criação do laboratório montado com a colaboração da agência alemã de fomento a pesquisas. E esse convênio com o governo alemão era apenas um dos exemplos do status já conferido internacionalmente à FEAA, embora ela fosse ainda relativamente nova. Simultaneamente, eram desenvolvidas ações com instituições de outros países, como a francesa École Nationale Supérieure des Industries Agrícoles et Alimentaires, a partir de 1983 parceira em um projeto de estudos relacionados à transformação da mandioca. Tal status, obviamente, expressava-se também no Brasil, onde ainda em 1983 tem início um projeto, demandado pela CEME – Central de Medicamentos, vinculada ao governo federal –, de desenvolvimento em larga escala da enzima penicilinamidase, com a qual se poderia produzir a penicilina, na época disponível no Brasil apenas por meio de importação. Nessa mesma época, a FEAA é escolhida pelo MEC para coordenar um programa nacional relacionado à qualidade, valor nutricional e industrialização de merendas escolares. Na área específica da indústria alimentícia, o respeito já concedido à faculdade revelava-se em detalhes de elevada significância: caso da concessão feita pela Anderson Clayton – na época, uma das maiores empresas do

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mercado nacional de óleos vegetais –, para os professores Walter Esteves e Leopold Hartman utilizarem uma de suas fábricas como campo de testes para uma nova modalidade de degomagem da soja. A degomagem é o passo inicial do processamento da soja, no qual são extraídas algumas substâncias indesejáveis para o processo necessário à transformação em óleo. Essa retirada é normalmente feita com água e ácido fosfórico, mas os professores da FEAA queriam realizá-la com o uso de amônia. A ideia acabou não tendo o sucesso esperado: “Degomou muito bem, mas a fábrica ficou com um cheiro muito forte”, lembra Esteves. “Mas a Anderson Clayton era uma empresa bastante grande, e precisaria confiar muito na faculdade, e no laboratório de óleos e gorduras, para colocar sua planta à disposição de um teste desse tipo”, ele enfatiza.

ALIMENTANDO A UNIVERSIDADE Durante boa parte dos anos 80 o Brasil viveu submetido a mecanismos de reserva de mercado que dificultavam enormemente o acesso aos mais avançados recursos da informática, então em rápida evolução, e com presença crescente nas mais diversas atividades. Mesmo assim, em 1985 a FEAA recebeu seu primeiro computador, e pôde assim começar a produzir de maneira padronizada relatórios e apresentações dos projetos de pesquisa. Naquele ano, a economia nacional sofria com uma voraz escalada da inflação, que pelos dados oficiais em 1985 ultrapassaria a marca dos 200%. Tentativas do governo de controlar artificialmente essa situação atiçaram ainda mais o fogo no qual era consumida essa economia: caso do Plano Cruzado, que em 1986 congelou todos os preços e salários praticados no país, mas foi logo substituído por um movimento inflacionário ainda mais intenso.

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Internamente, a faculdade também convivia com certa instabilidade, latente desde a criação, dez anos antes, do curso de Engenharia Agrícola. Nas raízes dessa tensão, um desequilíbrio estrutural: enquanto o curso original de Engenharia de Alimentos apoiava-se em quatro departamentos – Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos; Planejamento Alimentar e Nutrição –, à caçula Engenharia Agrícola restava somente o suporte único do específico Departamento de Engenharia Agrícola. Como estavam vinculadas aos votos dos departamentos as decisões da Congregação – instância máxima de deliberação da faculdade –, pode-se imaginar quão difícil era para a Engenharia Agrícola viabilizar propostas dependentes de recursos passíveis de serem alocados também no curso de Engenharia de Alimentos. Além disso, naquela época estabelecera-se na Unicamp um processo de discussão relativo à necessidade de separação das estruturas de outras de suas engenharias, então unificadas. Atentos a essa realidade, e cientes das especificidades de seu curso, professores do curso de Engenharia Agrícola iniciaram um movimento visando alojá-lo em uma faculdade própria. Esse processo teve início formal em outubro de 1984, quando José Luiz Vasconcellos da Rocha, chefe do Departamento de Engenharia Agrícola, encaminhou à reitoria da Unicamp um ofício solicitando a criação dessa nova faculdade. Um dos argumentos com os quais o documento fundamentava tal solicitação era a competência das disciplinas dos dois cursos então oferecidos pela FEAA, pois, enquanto integrava a Engenharia Agrícola ao conjunto das Ciências Agrárias, o Conselho Federal de Educação relacionava a Engenharia de Alimentos ao campo da Engenharia Química. Em 10 de julho de 1985 – apenas cinco dias antes do décimo aniversário da criação de seu curso –, era formalmente criada a FEAGRI (Faculdade de Engenharia Agrícola). Essa separação foi plenamente amistosa: as próprias instâncias deliberativas da FEAA aprovaram a criação da nova faculdade, e a então diretora Iracema Moraes endossou o pedido feito à reitoria.

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A FEAGRI levaria consigo a estrutura de prédios, equipamentos e pessoal por ela já utilizada na condição de curso. Os trinta docentes que então ministravam aulas de Engenharia Agrícola aceitaram unanimemente a transferência para a nova faculdade. “Realmente não houve atritos, o restante da faculdade queria nos ver longe de lá”, brinca José Tadeu Jorge, que coordenou a redação do projeto de criação da FEAGRI. “As duas áreas são muito distintas, e seria mais difícil o crescimento de ambas se elas permanecessem juntas”, ele acrescenta. Sem o curso lançado em 1975, a faculdade muda novamente de nome: passa a chamar-se apenas Faculdade de Engenharia de Alimentos, e adota a sigla FEA. Mas prossegue em seu caminho de desenvolvimento: em 1986 – seu primeiro ano sem a Engenharia Agrícola –, oferecia 37 linhas de pesquisa em seus quatro departamentos remanescentes. A composição deste portfólio de pesquisas estava sintonizada com as novas possibilidades abertas pela evolução da ciência e do conhecimento, e com as demandas sociais da época: incluía temas que apenas começavam a ser discutidos e estudados, como tecnologias genéticas, desenvolvimento de insumos naturais para a indústria alimentícia, melhor aproveitamento da biodiversidade brasileira, entre outros. E a escola mantinha já dezenas de convênios de pesquisa com instituições, entidades e empresas do Brasil e de países como França, Canadá, Peru, Bolívia, Equador, República Dominicana, Chile, Colômbia e Uruguai. Nessas parcerias, dedicava-se a temas muito diversificados: refrigeradores solares, inseticidas biológicos, potencial nutritivo de alimentos alternativos e controle de qualidade e recuperação e conservação de energia em abatedouros de animais, entre outros. Nessa época, o então reitor José Aristodemo Pinotti implementava o processo de institucionalização da Unicamp (algo como uma legislação própria da universidade). Nesse processo, seriam definidos inclusive os requisitos necessários à consolidação da figura do professor titular, ainda não existente na faculdade.

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A FEA tinha dezenove docentes classificados como professores-adjuntos (categoria imediatamente anterior à de professor titular na hierarquia da docência universitária). Pelas regras recém-definidas, era número mais que suficiente para a realização dos procedimentos necessários à consolidação do novo e mais elevado patamar hierárquico, e em 1986, Roberto Hermínio Moretti tornou-se o primeiro professor titular da FEA (naquele mesmo ano, outros nove docentes defenderam teses com as quais obtiveram esse mesmo título). Quase simultaneamente, a faculdade foi demandada para auxiliar a reitoria da Unicamp na montagem de um sistema mais profissional de administração de seus restaurantes. A universidade expandia-se vertiginosamente, e precisava alimentar, além de quantidades maiores de alunos, professores e funcionários, numerosos profissionais encarregados das diversas obras ali em execução. A FEA passou a coordenar uma comissão destinada à melhoria da qualidade dos serviços dos restaurantes universitários: foi representada nesse grupo por Nilo Sérgio Rodrigues, cujo bom desempenho lhe renderia, durante algum tempo, o cargo de administrador desses restaurantes. Segundo Nilo, mesmo durante a época final do Plano Cruzado – quando escassearam diversos gêneros alimentícios, na maioria das vezes adquiridos apenas mediante pagamento de taxas adicionais e ilegais –, foi possível manter os restaurantes da Unicamp em plena e pontual atividade, mesmo que em uma mesma refeição fosse necessário variar rapidamente o cardápio. Naquele mesmo ano de 1986 do Plano Cruzado, Iracema de Moraes aparece como a única latino-americana incluída em livro no qual a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo), destacava mulheres inventoras de todo o mundo (ela já detinha uma patente relacionada à produção de bioinseticidas). Foi aquele também o ano no qual alunos e professores da faculdade participaram pela primeira vez – no Acre –, de uma edição do Projeto Rondon (iniciativa do governo federal destinada a engajar a academia na busca pelas soluções de problemas comuns na realidade das comunidades carentes do país).

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A escola também intensificava sua colaboração com o setor produtivo nacional: em 1987, produtores de açúcar integrados na Copersucar – uma das principais produtoras nacionais de açúcar e álcool de cana –, procuram-na para o desenvolvimento de um projeto voltado ao controle de contaminação em usinas de refinação. No ano seguinte, a FEA estabelece convênio com a Associação de Abatedouros Avícolas em uma ação focada na recuperação e conservação de energia. Internamente, César Francisco Ciacco, que assumiria a direção da FEA em substituição a Iracema – e permaneceria nesse cargo até 1990 –, implementa um processo de reformas das obras civis de vários laboratórios: Carnes, Bioquímica, Laticínio, Microbiologia, entre outros. E no último ano da década de 80 é criada a GEPEA – Empresa Júnior (Grupo de Estudos e Projetos em Engenharia de Alimentos), a primeira empresa júnior fundada na Unicamp. Dedicada ao desenvolvimento de produtos, análises laboratoriais em alimentos, legislação e higiene em produção, processos de engenharia, estudos de mercado e pesquisas bibliográficas, a Gepea logo se destacaria pela excelência de seus serviços, reconhecida em inúmeros prêmios. Esse último ano da década de 80 é também aquele no qual é credenciado o título de mestre em Ciência da Nutrição, conferido a quem realizasse seu mestrado no Depan; até então, as teses defendidas nesse departamento rendiam a seus autores o título de mestre em Ciência ou em Tecnologia de Alimentos.

ENSINO NOITE E DIA Profundas e rápidas transformações agitam o cenário econômico, social e político brasileiro quando o século 20 ingressa em seus últimos dez anos. É a época na qual o país efetivamente abre sua economia para a concorrência

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internacional, e pela primeira vez, após décadas de dirigentes impostos pela ditadura militar, elege diretamente um presidente. Esse ímpeto modernizador prolonga-se pela indústria de alimentos, que começa a dotar de código de barras os produtos comercializados no Brasil. Mas tal período começa também sob os dramáticos impactos do Plano Collor, um conjunto de medidas econômicas que no primeiro ano daquela década restringiu enormemente a quantidade de recursos em circulação no país. Embora com uma trajetória ainda pouco superior a vinte anos, a FEA chega a esse momento marcante da história já reconhecida nacional e internacionalmente, com suas pesquisas endossadas pelas mais relevantes publicações de sua área de conhecimento, e por parcerias com renomadas instituições de pesquisa do Brasil e de diversos outros países. Mas a evolução da sociedade continuamente lhe impõe novas solicitações, e começa a requerer, entre outras coisas, acesso de maiores contingentes populacionais ao ensino superior. Por exigência constitucional, a Unicamp – assim como as demais universidades públicas paulistas –, deveria então começar a oferecer determinada quantidade de vagas para quem quisesse ou precisasse estudar à noite. A FEA engajou-se nesse processo de oferta mais democrática do ensino superior, e já em 1990 suas instâncias deliberativas decidiram incluíla entre as unidades da Unicamp com curso também no período noturno. A implementação dessa decisão dependia do debate de questões práticas, relativas, por exemplo, à estrutura do conteúdo oferecido nesse período: afinal, as várias disciplinas de seu curso distribuíam-se durante as oito horas do dia, e seria impossível repetir esse modelo à noite, quando o aluno permanece na escola quantidade menor de horas. Algumas possibilidades: deveria ela – como fizeram outras unidades da Unicamp –, manter à noite um curso com maior duração, relativamente ao diurno? Ou disponibilizar um curso distinto no período noturno? Prevaleceu uma terceira opção: seria dado à noite o mesmo curso oferecido durante o dia, com o mesmo conteúdo, porém, com formato diferente.

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A viabilização dessa proposta exigiu a eliminação, no período noturno de praticamente todas as disciplinas optativas – oferecidas no diurno –, que seriam nesse caso agrupadas em dois grandes blocos: um com foco mais tecnológico, e outro mais relacionado à engenharia. Cada um desses blocos seria composto por três matérias eletivas. “Tivemos dezessete reuniões de Congregação até definirmos como ofereceríamos o curso noturno”, lembra Salvador Massaguer Roig, na época diretor da FEA, onde se graduara em 1973. O curso noturno abriu suas primeiras vagas em 1992, e, durante algum tempo a faculdade conviveu com dois modelos diferentes de grades: um para o diurno e outro para o período noturno. Essas duas grades conviveram até 2002, quando uma reforma curricular unificou-as, e o curso noturno passou a ser oferecido em seis anos, enquanto no diurno a duração permaneceu de cinco anos (no mesmo ano dessa reforma o número de vagas oferecidas pela FEA subiu de setenta para oitenta no curso diurno, e de trinta para trinta e cinco no noturno). Diretor da faculdade quando da implantação desse curso noturno, Salvador Massaguer Roig já tivera um contato com Tosello antes mesmo do início das atividades da FEA: “Em 1966, eu era aluno de química no secundário, e ele diretor do CTPTA; fomos conversar com ele, que cedeu-nos um pequeno spray dryer, utilizado por minha turma em um estande montado em uma exposição técnica, científica e industrial realizada na cidade de Limeira”, conta Salvador. E no ano seguinte à implantação de seu curso noturno, a FEA obteria uma das mais importantes de suas patentes: a produção de um frutooligossacarídeo divulgado pela mídia como new sugar, um açúcar derivado de cana, porém, não digerível e de baixo teor calórico, capaz de conferir sabor doce aos alimentos e assim auxiliar no combate à obesidade e ao diabetes. Essa patente foi repassada à Usina da Barra, na época um dos maiores produtores de açúcar do país. No projeto do qual resultou o new sugar, trabalharam o professor Yong Kun Park e a professora Gláucia Maria Pastore; essa última chegara à FEA em 1977, para um curso de pós-graduação (formara-se em biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas).

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Após concluir essa pós-graduação, e estudar durante algum tempo no Japão, Gláucia foi contratada pela FEA em 1986, como professora da área de bioquímica de alimentos. Passou a trabalhar com o professor Park, com o qual, desde os tempos em que era sua aluna de pós-graduação consolidara uma prática de ensino vários anos depois institucionalizada pela própria Unicamp no programa PED (Programa de Estágio Docente). Nesse modelo de prática didática, um aluno colabora com as atividades de um professor (esse aluno auxiliar já foi conhecido também como monitor). “Antes mesmo de ser contratada, eu já ajudava o professor Park nas aulas práticas de pós”, conta Gláucia. Posteriormente, ela ajudaria a disseminar na FEA e na indústria alimentícia – e também, via mídia, em grandes contingentes da população brasileira –, a cultura dos alimentos funcionais, que ela conhecera no Japão. Além de nutrir, alimentos funcionais devem produzir algum benefício adicional para a saúde do organismo humano: por exemplo, reduzir colesterol, fortalecer o sistema imunológico, regularizar o trato digestivo. A vinculação de Gláucia a esse tema já tivera início com o próprio new sugar, tecnicamente um integrante do conjunto das chamadas “fibras solúveis”, anos depois comumente utilizadas nesse gênero de alimentos. Em meados dos anos 90, uma das alunas de Gláucia manifestoulhe interesse em trabalhar com frutas, que elas passaram então a pesquisar conjuntamente, e onde perceberam uma atividade regeneradora bastante poderosa; capaz, por exemplo, de recuperar energia, fortalecer o sistema imunológico, acelerar o processo de cicatrização. “Passamos a pesquisar quais fatores das frutas lhes conferiam essas propriedades: começamos por frutas do cerrado brasileiro – como araticum, cagaita e pitomba –, e fomos descobrindo substâncias com propriedades muito interessantes, até então não descritas”, relata a professora. Ela e sua equipe começaram a descrever tais substâncias, e expandiram a pesquisa para frutas do norte do país. Na opinião de Gláucia, frutas embutem enorme potencial de geração de novos insumos para a indústria dos alimentos

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funcionais. “Há atualmente uma atividade muito grande de pesquisa de oligossacarídeos de frutas, com propriedades como bifidogenia – estímulo ao crescimento de bactérias benéficas ao sistema digestivo –, e melhoria da defesa do organismo”, destaca Gláucia. Por enquanto, ela observa, apesar de existir no Brasil uma riquíssima diversidade de frutas, aqui elas ainda são pouco trabalhadas como fontes de alimentos funcionais, e aproveitadas apenas através de tecnologias muito simples (por exemplo, para a produção de polpas e sorvetes). “Mas frutas constituem uma alternativa muito importante – ainda nem sabemos quanto –, para a indústria de alimentos”, enfatiza Gláucia.

MATRIZ DE NOVAS TECNOLOGIAS Já em um estágio mais maduro, em meados dos anos 90 a FEA continuava fomentando a criação de fóruns destinados à discussão e ao desenvolvimento da ciência, da engenharia e da tecnologia de alimentos no Brasil. Após servir, nos primeiros anos de sua existência, de berço para o nascimento de entidades como SBCTA e ABEA, em meados dos anos 90 tornou-se a origem do SLACA (Simpósio Latino-Americano de Ciência de Alimentos), desde 1995 realizado na faculdade a cada dois anos. Partiu de Gláucia Pastore a iniciativa de realização desse evento, que durante algum tempo foi basicamente uma ideia, aparentemente até inexequível, devido à falta de recursos. “Estávamos bem próximos da data programada para a primeira edição, e ainda não tínhamos nenhum dinheiro para viabilizar o simpósio; houve até quem sugerisse o cancelamento”, conta Gláucia. Ela insistiu na ideia, e após intensa busca por recursos em instituições de apoio à pesquisa e em empresas, conseguiu por de pé o projeto do SLACA

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(realizado sempre nos anos ímpares, para não coincidir com um congresso, também bienal, organizado pela SBCTA). Em 1995, ano de sua primeira edição, esse evento reuniu cerca de 350 pessoas, entre professores, técnicos, alunos e empresários do setor alimentício. Já na edição seguinte, contaria com seiscentos participantes, e em 2011 reuniria aproximadamente duas mil pessoas no Centro de Convenções da Unicamp. Também em 1995, outro evento inédito no Brasil foi desenvolvido na FEA: o I Simpósio Brasileiro de Extrusão de Alimentos – I SEXTRAL, dedicado a um processo então pouco difundido no Brasil, mas hoje utilizado em ampla escala na indústria alimentícia: para a produção de salgadinhos, farinhas instantâneas, macarrão, empanados, pet food, e mesmo embalagens biodegradáveis, entre outros produtos. Era o passo inicial para a implantação, na faculdade, do Centro de Pesquisa em Tecnologia de Extrusão, no qual foi instalada uma moderníssima extrusora dupla rosca modelo ZSK 30, da marca Werner & Pfleiderer Corp. “Naquela época, extrusoras dupla rosca eram utilizadas no Brasil apenas por algumas poucas empresas, como a multinacional Elma Chips”, conta o professor Yoon Kil Chang, responsável pela organização do I Sextral, e pela criação do Centro de Pesquisa em Extrusão de Alimentos na FEA. Coreano de nascimento que chegou ao Brasil em 1966, com quatorze anos de idade, Yoon foi inicialmente morar com a família em uma colônia agrícola no Paraná. Cursou Engenharia de Alimentos entre 1973 e 1977, e logo depois de formado iniciou a pós-graduação com pesquisas dedicadas à melhoria da qualidade do arroz integral, cujo uso para consumo humano apenas começava a ser conhecido no Brasil. Fez da tecnologia relacionada a cereais o foco de suas pesquisas e de sua atividade didática, e após um período trabalhando na Embrapa como consultor, e algumas temporadas de estudos no exterior, assumiu a coordenação do laboratório de cereais da FEA, em 1991. Conseguiu o financiamento para a aquisição da extrusora dupla rosca, na época avaliada em aproximadamente US$ 200 mil – valor reduzido a US$ 100

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mil pela parceria firmada com a empresa fornecedora –, na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Obteve também o apoio de nove indústrias e da Fapesp para a construção de um local para a instalação desse equipamento no Centro de Pesquisa em Tecnologia de Extrusão. Após a inauguração desse Centro, em 1977, para divulgar essa tecnologia entre as empresas, Yoon seguiu organizando eventos dedicados a esse tema: em 1988, organizou outro simpósio sobre a extrusão na produção de alimentos, e na sequência desenvolveu congressos mais específicos, dedicados à aplicação dessa tecnologia em segmentos como rações para animais e aquicultura (I SEXTRAAQ – Simpósio Brasileiro de Extrusão de Rações para Animais e Aquicultura e Feira das Indústrias). Mais adiante, começou a associar tecnologia de extrusão e panificação aos alimentos funcionais: no ano 2000, organizou um evento focado exatamente nessa relação, o Simpósio de Alimentos Funcionais para o Novo Milênio: Qualidade de Vida e Saúde. “Depois disso surgiram no Brasil vários outros eventos relacionados a alimentos funcionais, hoje fundamentais na imprescindível busca pela inovação de alimentos imposta pela competitividade estabelecida na indústria de alimentos”, destaca o professor Yoon. Naquele final de século 20, a acentuada evolução da estrutura da FEA manifestava-se em diversos outros projetos, além do centro de extrusão. Em 1998, iniciava suas operações o laboratório de Bioaromas, dedicado a aromas produzidos por via natural (por exemplo, por síntese enzimática, ou pela modificação de uma substância pela ação de micro-organismos). Era mais uma contribuição da escola à busca por alimentos mais naturais, e assim mais saudáveis, pois aromas, geralmente, são ainda gerados por processos sintéticos. Gláucia Pastore começou a trabalhar na criação desse novo laboratório em 1994, após uma temporada de seis meses nos Estados Unidos, onde estudara aromas produzidos por micro-organismos. Em 1996, ela conseguiu na Fapesp uma verba de R$ 300 mil para a construção de um prédio de três andares, no qual seria montado um laboratório para o desenvolvimento de

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aromas naturais e outro para análises de aromas (tecnologia na qual a FEA já havia sido pioneira no Brasil, a partir de estudos iniciados cerca de duas décadas antes pela professora Delia Rodriguez-Amaya). Com mais recursos provenientes da própria Fapesp e de outras instituições de fomento à pesquisa, o laboratório de Bioaromas foi inaugurado com um sofisticado e amplo conjunto de equipamentos, como cromatógrafos, fermentador e agitador magnético, entre outros (um desses equipamentos – um cromatógrafo da marca CG-MS –, era na época de sua chegada o mais moderno do país na modalidade de identificação de compostos). Desde então, o laboratório de Bioaromas já gerou, entre outros desenvolvimentos com potencial de utilização na produção de alimentos naturais, processos para transformação de cascas em substâncias capazes de gerar aromas de frutas. E em 1999 foi inaugurado o Laboratório de Taxonomia, montado com aproximadamente US$ 2 milhões provenientes da JICA – agência de cooperação internacional mantida pelo governo japonês –, e com recursos adicionais da Finep (posteriormente, rebatizado como Laboratório de Sistemática e Fisiologia Microbiana). Fundamental para estudos em áreas como fermentação e contaminação de alimentos, ele nasceu com um aparato bastante sofisticado: “Em todo o mundo, havia nessa área pouquíssimos laboratórios tão bem montados”, lembra Vanderlei Perez Canhos, coordenador do processo de implantação desse projeto. O frenesi desenvolvimentista da estrutura da FEA na última década do século passado é fechado com “chave de ouro” com a total remodelação do Depan. Foi esse também o último departamento a contar com uma estrutura física própria e independente na faculdade: antes, seus docentes e demais recursos de pesquisa e docência espalhavam-se pelas demais unidades da escola: seu laboratório de Análise Sensorial, por exemplo, alojava-se no DCA. No início dos anos 90 o DTA mudou-se para o edifício inaugurado em 1978 para receber plantas piloto, deixando vagas suas instalações anteriores, já obsoletas. Foi então desenvolvido um projeto de reforma desse edifício, e

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solicitada à reitoria sua execução. O pedido foi aceito, mas a reforma somente seria concluída quase sete anos depois. O Depan passou a ocupar o prédio reformado em 1999. Mas embora com uma estrutura de obras civis muito mais adequada, ele quase não tinha bancadas, armários nem ar-condicionado, e dispunha de pouquíssimos equipamentos básicos, como balanças de precisão e câmaras dotadas de controle de temperatura denominadas BODs (essenciais para estudos relacionados a armazenamento e germinação de alimentos). Novamente com recursos da Fapesp, ele é equipado, e passa a contar com uma estrutura similar à das mais modernas universidades internacionais. Naquele mesmo ano, a FEA passa a integrar o Cyted – Programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento. Criado em 1948, esse programa integra governos e instituições de Portugal, da Espanha e de países latino-americanos em projetos de pesquisa e inovação focados no desenvolvimento dessas regiões; mais de 10 mil pesquisadores e tecnólogos participam anualmente desses projetos.

PROJETANDO O NOVO MILÊNIO Simbólico por natureza, o ano 2000 gerou ícones marcantes também na história da FEA. É o ano no qual a escola computa sua milésima tese de pós-graduação, na qual Manoel Soares Junior foi orientado pelo professor Yoon Kil Chang. O tema dessa tese de doutorado: Características Físicas e Valor Biológico de Rações Aquáticas Elaboradas em Extrusor de Dupla Rosca com Diferentes Níveis de Substituição do Farelo de Soja pela Soja Integral. O ano da virada do milênio é também o ano no qual a faculdade formaliza sua atividade de extensão universitária, cujo início ocorrera muito tempo antes: já em 1977 a faculdade registrava em um Informativo Anual a

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realização, no ano anterior, de 27 cursos de extensão, além de onze palestras e conferências. O início do novo milênio é ainda uma época na qual a escola insere-se na tendência de crescente demanda pelos alimentos funcionais não mais apenas tornando-os objetos de suas pesquisas, mas também utilizando-os como ingredientes dos produtos comercializados na Padaria da Saúde da FEA, antes do ano 2000 dedicada apenas a ensino e a pesquisa, e a partir daquele ano também fornecedora de produtos de panificação para a comunidade da escola (e de toda a universidade). A partir do ano 2000, essa padaria passaria a dedicar-se predominantemente aos alimentos funcionais, com seus pães, bolos e demais itens produzidos com ingredientes como fibras, soja, aveia, quitosana e inulina (e também sem conservantes). “O pão é base de alimentação do brasileiro, então percebemos ser ele veículo ideal para levar ingredientes funcionais à comunidade acadêmica”, explica o professor Yoon Kil Chang, responsável por essa nova concepção da padaria, e por sua modernização. E em 2001 dois cursos da pós-graduação da FEA – Ciência de Alimentos e Engenharia de Alimentos –, recebem qualificação sete, a nota máxima possível na avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Quase simultaneamente, a faculdade é convidada a integrar o programa ALFA (América Latina Formação Acadêmica), criado poucos anos antes pela União Europeia para apoio a projetos de pesquisa conjuntos entre instituições dos dois continentes. No ano seguinte, participa do programa Vitamin-A Partnership for Africa, desenvolvido por um conjunto de entidades de âmbito internacional para combater a desnutrição provocada pela carência de vitamina A em crianças de diversos países africanos (a participação da FEA nesse projeto foi coordenada por Delia Rodriguez-Amaya). Para respaldar essa intensa atividade, agora efetivada em âmbito mundial, a escola fortalece sua estrutura, e em 2002 inaugura, com recursos

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da Fapesp e da própria universidade, um prédio com três novos laboratórios do Departamento de Engenharia de Alimentos: Engenharia Ecológica; Automação e Controle de Processos de Alimentos; Sistemas Agroalimentares. Coordenados, respectivamente, por Enrique Ortega, Vivaldo Silveira Jr. e Maria Helena Miguel. A pesquisa da FEA também se torna mais integrada a um contexto de crescente exigência por alimentos e mesmo medicamentos mais naturais, e geraria, entre outros itens, a isoflavona de soja, que em 2004 rendeu à Unicamp um contrato para licenciamento de patente firmado com uma empresa especializada na produção de fitoterápicos, interessada no uso dessa substância natural para produzir cápsulas destinadas ao combate, no organismo humano, dos radicais livres (associados por muitos estudiosos às manifestações patológicas geralmente decorrentes do envelhecimento). O projeto do qual nasceu a isoflavona foi desenvolvido pelo professor Yong Kun Park, cujos estudos incluíram também a pesquisa do própolis do mel em diversas aplicações, como anticancerígeno, no combate à AIDS, no desenvolvimento de antígenos para a toxina natural dioxina. A pesquisa focada no combate ao câncer, por exemplo, foi realizada em parceria com um instituto vinculado às forças armadas norte-americanas, e o estudo sobre o uso do própolis na luta contra o vírus HIV surgiu de um convite da Universidade da Carolina do Norte, também nos Estados Unidos. “Identificamos em um tipo de própolis a presença de ácido morônico, capaz de combater o HIV, e o Journal of Natural Products – uma publicação muito importante –, publicou esse estudo”, conta o professor Park, que em seu trabalho montou um banco de dados com informações sobre mais de seiscentas amostras de própolis, colhidas nas mais diversas regiões brasileiras.

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EVOLUIR SEM ESQUECER Ao completar quarenta anos de uma trajetória repleta de conquistas e reconhecimento, a FEA homenagearia seu fundador André Tosello com um busto colocado em seu pátio interno. E a história que desembocaria na inauguração desse busto parece realmente predestiná-lo a esse local. Em seu primeiro mandato como diretora da FEA – entre 1998 e 2002 –, Gláucia Pastore já havia sido contatada por um ex-professor da faculdade, que, aposentado, morava nos Estados Unidos, e propunha-se a doar um busto para a homenagem a André Tosello. Procurada, a família do ex-diretor cedeu o material com o qual um escultor providenciou o projeto e orçamento; com tudo praticamente pronto, o professor proponente da doação faleceu, e a ideia foi temporariamente engavetada. Em seu segundo mandato como diretora – entre 2006 e 2010 –, Gláucia foi novamente acionada por outro ex-professor, Rodolfo Rohr, que lhe disse ter mandado confeccionar dois bustos de Tosello. Um desses bustos ele doara à Fundação André Tosello, e o outro ele queria colocar na FEA. Foi então reformada a praça da escola onde seria colocado esse busto, inaugurado em outubro de 2007 em uma emocionada cerimônia da qual participaram familiares do homenageado, o então reitor José Tadeu Jorge, e diversos integrantes da comunidade da escola. Uma banda do exército apresentou-se na inauguração. Em 2007, também com patrocínio da iniciativa privada, a escola inaugurou no Departamento de Tecnologia de Alimentos o Espaço Gourmet – dedicado a treinamentos e análises a partir de uma cozinha experimental –, e modernizou o Laboratório de Análise Sensorial desse departamento. No ano seguinte, passou a abrigar seu acervo bibliográfico em um novo edifício: batizado como Angelina Godoy Montgomery – nome da primeira bibliotecária da FEA, que lá chegou em 1972 –, nele foi possível instalar de

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maneira muito mais adequada o maior acervo da América do Sul em sua especialidade. Com seiscentos metros quadrados distribuídos em dois pavimentos climatizados de forma a garantir a preservação das publicações, essa nova biblioteca teve sua construção iniciada com recursos obtidos da Finep no primeiro mandato de Gláucia; foi parcialmente executado na gestão seguinte – comandada por Carlos Alberto Anjos –, e retomado por Gláucia quando ela reassumiu a diretoria. Mas o dinheiro da Finep não era mais suficiente, e iniciou-se a busca por apoio na iniciativa privada: os R$ 800 mil necessários à conclusão da obra foram assegurados pela FSA (Fundação Salvador Arena), entidade criada por Salvador Arena, um imigrante italiano nascido em Trípoli – uma possessão da Itália, no Líbano –, que chegou ao Brasil ainda criança. Aqui, ele formou-se em engenharia, e a partir de seu esforço construiu um grande complexo de empresas metalúrgicas. No início dos anos 90, já com quase oitenta anos de idade, viúvo e sem herdeiros, Salvador Arena legou suas posses a essa fundação que ele próprio concebera; isso incluía, além de bens pessoais, a enorme metalúrgica Termoquímica, na qual trabalhavam aproximadamente dois mil funcionários. Era um empresário com visão progressista, dividia os lucros com seus funcionários muito antes de ser essa uma prática habitual, e criou sua fundação em 1964, também muito antes de tornarem-se comuns as fundações mantidas com recursos de empresas. E via na educação o caminho mais viável para o desenvolvimento das sociedades e de seres humanos; por isso, é esse o foco principal da fundação que leva seu nome. Salvador Arena faleceu em 1998, mas a fundação mantém, no município paulista de São Bernardo do Campo, um centro educacional onde oferece gratuitamente ensino de altíssima qualidade a cerca de 2,5 mil alunos dos vários níveis – da pré-escola aos cursos superiores –, complementado com alimentação, material didático, uniformes e atividades culturais, esportivas,

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e de lazer. Um dos cursos superiores ali oferecidos é o de Tecnologia de Alimentos, com dois anos de duração, avaliado pelo MEC como o melhor do país nesse segmento. O primeiro contato da FSA com a FEA data de 2006, e foi intermediado por Alexandre Nowill, médico pesquisador do Cipoi (Centro Integrado de Pesquisas Oncohematológicas na Infância; instituição vinculada ao Hospital de Clínicas da Unicamp). Naquela época, a fundação havia concluído o apoio a um projeto para diagnóstico precoce e tratamento de leucemia aguda em crianças mantido pelo Cipoi e o Centro Infantil Boldrini (entidade sediada em Campinas dedicada ao atendimento, predominantemente gratuito, a crianças e jovens portadores de câncer e doenças afins). Em uma de suas visitas à FSA, Alexandre Nowill conheceu a Faculdade de Tecnologia em Alimentos ali existente, e impressionou-se com sua estrutura e com a qualidade de seu ensino. Recomendou então um contato com a FEA e, em 2007, a fundação recebeu a visita de Gláucia Pastore, Vivaldo Silveira Junior (então diretor associado), e de Yoon Kil Chang, que coordenava as atividades de extensão. Além do curso de Tecnologia de Alimentos da FSA, lá esses professores conheceram um moderníssimo complexo de bibliotecas, onde um vasto e diversificado acervo combina-se com os mais atuais recursos tecnológicos. Tal expertise adequava-se perfeitamente à necessidade de uma biblioteca moderna na FEA, que solicitou formalmente os recursos, aprovados posteriormente pelos órgãos deliberativos da fundação. Regina Celi Venâncio, presidente da Fundação Salvador Arena, via a FEA como uma escola de ponta, sempre destacada na mídia por seus relevantes projetos de pesquisas. “E nosso fundador tinha interesse especial também pelo tema da alimentação, pois sabia que crianças bem nutridas têm maior capacidade de aprendizado”, ela destaca. O que mais a impressionou na FEA, especifica Regina, foi a qualidade de seu corpo docente: “Os professores ali desenvolvem pesquisas com potencial para serem depois replicadas para a indústria e para o comércio, e importantes

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para um país como o Brasil, que realmente pode ser o principal celeiro do mundo”, ela afirma. A entidade presidida por Regina Venâncio subsidiou também reformas na estrutura de caldeiras e distribuição de vapor da FEA, que como modesta retribuição a esse apoio colocou seu corpo docente a serviço do curso de pós-graduação na modalidade Lato Sensu “Especialização em Gestão da Qualidade e Segurança de Alimentos”, oferecido pela FSA entre 2008 e 2010, do qual participaram quarenta alunos, sob a coordenação acadêmica do professor José de Assis Fonseca Faria. E no final da primeira década deste século – mais exatamente, em 27 de julho de 2009 –, o trabalho de análise da qualidade de óleos de fritura coletados em estabelecimentos comerciais de Campinas gerou a tese número 2.000 da FEA – duplicando a quantidade de teses/dissertações em nove anos –, e concedeu o título de doutora à Cibele Cristina Osawa, nesse projeto orientada pela professora Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves. No ano seguinte, com o apoio financeiro da diretoria e do grupo estudantil Semalim, foi inaugurado o espaço Vitor Negrete, a partir dali sede das atividades estudantis da Comestag (Comissão de Estágios), e da Liga das Atléticas. O nome do novo espaço homenageou um ex-aluno da FEA, que atuava no Nepa/Unicamp (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação) falecido em 2006 quando escalava o monte Everest: esse acidente, de um esportista que trazia em seu currículo feitos marcantes na história do alpinismo mundial, comoveu todo o país. Rodolfo Rohr, que contribuiria com a reverência ao criador da FEA ao doar o busto de André Tosello, seria ele próprio homenageado naquele mesmo ano de 2010, quando seu nome batizou um pequeno espaço de convivência inaugurado nas proximidades da Padaria da FEA, onde café e chá são servidos gratuitamente (e a partir daí um dos principais locais de convívio social da escola). Com o nome de Café Integração Rodolfo Rohr, esse espaço reconheceu o esforço de alguém dedicado à atividade do ensino por pura paixão – pois

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dela não necessitava por razões financeiras –, e que expressou esse apego chegando a custear pessoalmente a produção de material didático distribuído aos alunos. Rohr tinha também algumas peculiaridades no relacionamento com quem cursava sua disciplina: não usava a cátedra, formava com os alunos rodas próprias para um bate-papo, e liberava-os da assinatura do ponto, pois não via sentido em obrigar a assistir suas aulas àqueles sem interesse em futuramente lidar com o tema das gorduras e óleos comestíveis. “O professor Tosello aceitava isso”, lembra Rohr. O novo e pequeno espaço batizado com o nome dele foi construído em um local antes ocupado por um quiosque de madeira doado algum tempo antes por um neto do próprio Rohr, que trabalhava em projetos de cooperação científica com o professor Yoon Kil Chang. Esse quiosque havia sido acidentalmente destruído por um incêndio, e sua reconstrução, dessa vez com uma estrutura muito mais moderna, foi patrocinada pelo grupo Carino, composto por três empresas do setor alimentício, e criado em 1993 por Maria Cristina Spressão Doretto, que se formou Engenheira de Alimentos em 1977. Cristina ficara sabendo da existência da faculdade em uma palestra realizada no cursinho pré-vestibular. Também tinha dois conhecidos da cidade paulista de Marília – onde ela residia –, já alunos da FEA. “Decidi-me por esse curso porque ele integrava duas áreas das quais sempre gostei: Biologia e Química”, ela destaca. “E nos Estados Unidos, onde concluí o secundário, tive muito contato com alimentos processados, então pouco comuns no Brasil”, acrescenta a presidente do Grupo Carino. Antes de tornar-se empresária, Cristina ocupou cargos de destaque em importantes empresas brasileiras e multinacionais, do setor alimentício. A FEA, ela destaca, foi importante para seu êxito profissional, seja como funcionária, seja como proprietária de empresas: “Recorri muito à biblioteca da faculdade em busca de informações sobre temas como as aflatoxinas, na época pouco conhecidas, mas que devem ser bem avaliadas para o bom uso das nuts”, diz Cristina, referindo-se a um segmento relevante para os negócios de seu grupo

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(o processamento das chamadas nuts, entre as quais se incluem o amendoim, a avelã, as nozes, castanhas e amêndoas). Logo, ela se tornaria fornecedora de algumas das principais corporações da indústria alimentícia instalada no Brasil, como Nestlé, Kraft, Arcor e Unilever, entre outras. Em 2009 e 2010, mesmo concorrendo com grandes multinacionais, sua empresa foi a melhor colocada nas análises regularmente realizadas pelo McDonald’s para avaliar seus fornecedores. O grupo de Cristina liderou esse ranking do McDonald’s tanto no quesito qualidade de serviços quanto na certificação de responsabilidade social, destinada a avaliar procedimentos relacionados a itens como atendimento à legislação trabalhista e respeito a ética no relacionamento com os colaboradores e com o meio ambiente. Na opinião de Cristina, o foco contínuo na qualidade fundamenta esse reconhecimento conferido a suas empresas: “Inclusive nessa área da qualidade, a FEA foi fundamental para dar base para o início de minha trajetória profissional”, ela realça.

ENSINAR A PESCAR No mesmo dia da inauguração de sua nova biblioteca, a FEA lançava a pedra fundamental de um futuro centro de pesquisas focado na agroindústria e em bioprodutos, projetado para ocupar uma área de aproximadamente seis mil metros quadrados – localizada no próprio campus da Unicamp –, e concebido para ser mantido em parceria com a iniciativa privada interessada nesses campos de conhecimento. Esse terreno foi cedido por José Tadeu Jorge, que havia sido aluno e professor da FEA, e naquela época era reitor da Unicamp. Alunos e docentes – inclusive já aposentados – poderão participar dos projetos desenvolvidos nesse centro, que contará com uma infraestrutura

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comum de laboratórios e plantas pilotos, e laboratórios individuais das empresas participantes, em sistema de cooperação. Nos Estados Unidos, observa o professor Yoon Kil Chang – principal responsável por esse projeto –, as principais escolas de Engenharia de Alimentos mantêm centros de pesquisa prestadores de serviços para a comunidade. “No Brasil, essa prestação de serviços acaba misturando-se a ensino, pesquisa, extensão, e dificilmente há quantidade suficiente de professores para desenvolver da melhor maneira todas essas atividades”, ele compara. Regina Venâncio, da Fundação Salvador Arena, compareceu ao evento de lançamento da pedra fundamental do futuro centro. Ela visualiza potencial de estabelecimento de novas parcerias entre a FEA e a fundação que preside: “Nossa escola tem pouco mais de vinte anos de existência, e nossa faculdade de Tecnologia de Alimentos apenas dez anos; com seu conhecimento e seu histórico, a FEA pode estabelecer muitas outras parcerias conosco”, pondera Regina. Concretizado esse centro de pesquisas, a FEA galgará patamar mais elevado em sua trajetória de relacionamento com a iniciativa privada, e de desenvolvimento, individualmente ou em parceria com outras instituições e com empresas, de projetos capazes de impulsionar o desenvolvimento da indústria de alimentos. Projetos desse gênero aparecem em seus primeiros relatórios de pesquisas, onde há informações sobre estudos em áreas como industrialização de polpas e sucos de diversos frutos – como manga, laranja e umbu –, industrialização de outros produtos, embalagem de alimentos e análise de fontes de proteínas, entre outras. Esse histórico de pesquisas associa-se sempre às novas necessidades e demandas da indústria e do consumidor de alimentos, comprova o projeto dos Laboratórios de Pesquisa em Biotecnologia, Extração de Produtos Naturais e Segurança de Alimentos, que, com recursos obtidos junto à Finep, abrigará um conjunto de laboratórios dedicados a pesquisar a produção e extração de

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alimentos e ingredientes alimentícios obtidos por vias naturais, e às avaliações e métodos relativos à segurança de alimentos. A inauguração da primeira fase desse complexo de laboratórios foi programada para 2013. Concluído, ele abrigará inclusive equipamentos de transgenia, capazes de visualizar as modificações genéticas nos insumos utilizados nas pesquisas. “Ali procuraremos produzir, por vias naturais, ingredientes como aromas, enzimas, emulsificantes e protetores antimicrobianos”, detalha a professora Gláucia Pastore. Agora, a FEA prepara-se para agregar a sua atividade de inserção social outro viés, além das já tradicionais parcerias com empresas e empreendedores mais estabelecidos, e da integração a projetos de cunho assistencialista ou estatal: quer enriquecer essa integração com características destinadas a permitir a quem é geralmente alvo dos projetos sociais a capacidade de tornar-se agente do processo de produção de alimentos, e assim atingir melhor qualidade de vida. A ideia é inserir, na atividade de extensão universitária da faculdade, também projetos de capacitação com os quais pessoas e comunidades carentes possam obter renda associando-se de alguma forma à produção de alimentos. “Não queremos dar o peixe, mas sim ensinar pessoas e comunidades a pescar”, destaca o professor Nilo, um dos integrantes do trabalho de desenvolvimento desse projeto de ampliação da extensão universitária.

PIONEIRISMO NECESSÁRIO Revendo-se a história da FEA, percebe-se ter sido uma trajetória inovadora – expressa no momento de sua criação –, perfeitamente ajustada ao momento e ao local nos quais ela manifestou-se. Era a hora exata para o surgimento no Brasil – nesse caso, até como representante de toda a América Latina –,

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de uma escola capaz de subsidiar as respostas à intensificação da demanda por alimentação para populações cada dia maiores, e instaladas em porções crescentes em centros urbanos. Em outras palavras, era o momento propício para fortalecer a indústria de alimentos, cujo desenvolvimento requer profissionais especializados e qualificados, e uma contínua atividade de pesquisa e desenvolvimento que indispensavelmente requer a presença da academia. Obviamente, o desenvolvimento posterior da produção em larga escala de alimentos no Brasil não é mérito exclusivo da FEA: mas ela com certeza colaborou para a evolução de uma indústria que, nos anos iniciais da segunda década do século 21, responderia por mais de 9% do PIB do país, e geraria mais de 1,6 milhão de empregos (cerca de 20% do pessoal empregado na indústria nacional de transformação). Essa indústria também alimentaria uma população com aproximadamente 85% de seus integrantes habitando centros urbanos, e, via exportações, simultaneamente arrecadaria mais de 17% da receita obtida pelo país no comércio internacional (considerando-se, nesse caso, tanto alimentos in natura quanto industrializados e bebidas). A contribuição da FEA não se restringiu aos objetivos, descritos nos documentos da época de sua criação, de desenvolvimento de tecnologias capazes de aproveitar ao máximo, conservar, transportar e distribuir os mais diversos tipos de vegetais e carnes: o moderno ritmo de vida nas cidades exige também – e a faculdade auxilia nessa tarefa –, produtos passíveis de consumo de maneira mais ágil, e em condições distintas dos tradicionais almoços ou jantares com famílias reunidas nas mesas de suas residências. Nessa área pode-se destacar, por exemplo, sua relevante participação no desenvolvimento de produtos nos quais há proteína texturizada de soja, e no fortalecimento da indústria brasileira de sucos. Mas o mundo moderno requer também a constituição da alimentação em um fator adicional de qualidade de vida do ser humano, cuja expectativa de vida é cada dia maior, e que precisa viver essa vida com a máxima integridade

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possível. Daí, a crescente importância de temas como alimentos funcionais e naturais. A FEA contribuiu e segue contribuindo com essa evolução, formando profissionais qualificados e desenvolvendo uma atividade de pesquisa e desenvolvimento tanto suscitadora quanto difusora de tecnologias e produtos passíveis de utilização pela indústria alimentícia, e mesmo pelos fabricantes de fármacos, cosméticos, alimentos para animais domésticos e insumos para as atividades agropecuárias. Passou a atuar mesmo na indústria da energia e dos combustíveis; por exemplo, pelos estudos relacionados à goma xantana, substância gerada por micro-organismos utilizada não apenas pelas indústrias de alimentos e medicamentos, mas também na produção de petróleo. Ou então, pelos inúmeros projetos desenvolvidos a pedido de produtores de álcool destinados a gerar energia. Os biocombustíveis, posteriormente tão relevantes para o Brasil, até mesmo por sua vinculação aos agronegócios estavam em pauta na FEA desde o início de suas atividades: há quem se lembre de ter visto André Tosello, o fundador da faculdade, ainda nos anos 70, mostrando na prática ser possível movimentar um trator com óleo de mamona. Naquela época, a economia mundial apenas ensaiava o processo de globalização de suas atividades – inclusive no segmento da indústria alimentícia –, e o surgimento de uma escola capaz de consolidar um know-how nacional contribuiu ainda para conferir maior competitividade às empresas brasileiras desse setor. Nesse contexto da globalização, a FEA foi fundamental para o Brasil atingir posição de destaque em diversas áreas da indústria de alimentos e dos agronegócios: sucos, carnes in natura e processadas, óleos comestíveis, açúcar, e mesmo energia proveniente de fontes vegetais, entre outras. O marcante papel desempenhado pela faculdade no desenvolvimento da indústria brasileira de alimentos é confirmado por empresários como Humberto Salvador Afonso, da Alibra. “Mesmo nas empresas de menor porte

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desse setor, é hoje comum o Engenheiro de Alimentos”, observa Humberto. “E quem se forma na FEA leva vantagem porque estudou em uma boa escola, pioneira nessa área”, ele acrescenta. No grupo comandado por ele, Humberto tem dois profissionais formados pela FEA como sócios da Alibra – fornecedora de derivados lácteos, achocolatados e outros produtos para a indústria, o varejo, a merenda escolar e o fast food –, e outros cinco ex-alunos da mesma faculdade como sócios de outras empresas. Esse grupo, do qual ele é sócio majoritário, em 2012 abrangeria onze unidades de negócios, dedicadas às mais diversas vertentes da indústria alimentícia, do processamento de pescado e da castanha de caju à nanotecnologia aplicada à produção de alimentos, passando por produção de concentrados para bebidas, suplementos e confeitos, entre outras. Naquele ano, empregaria mais de mil pessoas, e faturaria cerca de R$ 250 milhões. A FEA, afirma Humberto, “deu-me um conhecimento técnico muito bom, com certeza foi importante para meu êxito como empresário”. Para retribuir esse apoio a seu êxito profissional e empresarial, ele colabora com diversas iniciativas da faculdade, como o Gepea e a Semalim. Na Sun Foods, Kenji Narumiya emprega um profissional formado na FEA. Quando ingressou nessa faculdade, Kenji ali encontrou um diferencial capaz de favorecer tanto à atividade mais puramente científica quanto suas aplicações práticas: “Ela era composta por pessoas que, além de professores, eram também cientistas, pesquisadores. Com isso, conseguiam nos ensinar também como pesquisar”. Essa bagagem ajudou-o a transformar a Sun Foods, inicialmente uma fornecedora de produtos artesanais para a colônia japonesa montada no quintal da casa de sua família, em uma organização que chegou a 2012 com cerca de quatrocentos funcionários, plantas produtivas em São Paulo e em Goiás, e faturamento anual de aproximadamente R$ 35 milhões, decorrente do fornecimento de cerca de três mil ingredientes para indústrias alimentícias dos mais diversos portes. “Atendemos às maiores empresas desse setor,

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crescendo continuamente, e com qualidade também sempre melhor, graças aos conhecimentos obtidos na FEA”, agradece Kenji. E Cristina, do grupo Carino, afirma ter encontrado na FEA seu caminho profissional, muito ligado à pesquisa e ao desenvolvimento de produtos. Ela lembra-se, especialmente, das aulas do casal Florinda e Paulo Bobbio, duas figuras de destaque nos primeiros tempos da faculdade: “Eles eram professores muito bons e, apesar de não haver ainda na faculdade uma estrutura muito completa, estimularam-me a ir eu mesma em busca de mais conhecimentos”. A partir desse conhecimento, ela formou um grupo, sediado no município de Marília, que em 2012 empregava mais de quatrocentas pessoas, distribuídas entre três empresas: Manibom; especializada na seleção, torrefação e processamento de amendoim e nuts de diversos gêneros; Carino, dedicada a projetos taylor made de ingredientes, como coberturas, caldas e recheios; N&F Foods, para importação e comercialização de itens, como uva passa, nozes e macadâmias, entre outros. Nesse grupo, conta Cristina, surgiram inovações com as primeiras caldas diet para sorvetes feitas no Brasil. E na FEA ela aprendeu não apenas a pesquisar e a desenvolver produtos – e a zelar por sua qualidade –, mas também a aproveitar o empreendedorismo: “Alguns cursos de administração do último ano foram muito importantes para esse meu lado, capacitaram-me conceitos como análise financeira e gestão de produtos”, ela diz. “Essa forma holística de encarar um negócio é muito importante para o profissional formado na FEA, pois lhe dá, se não uma informação profunda, o básico da gestão, que depois pode ser aprimorado”, complementa a presidente do grupo Carino. A FEA, ela destaca, “colabora até hoje com a indústria, por exemplo, formando profissionais de muito boa qualidade para a indústria alimentícia; tenho hoje cerca de dez engenheiros de alimentos trabalhando comigo, vários formados nessa faculdade”. Essa necessidade do Engenheiro de Alimentos para o desenvolvimento de empreendimentos como a Sun Foods, a Carino, e as empresas do grupo

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comandado por Humberto – e de toda a indústria alimentícia nacional –, seria posteriormente comprovada pela acentuada expansão de escolas dedicadas a formar esse profissional. Mantém-se a FEA como grande pioneira dessa área no país, e como principal responsável pela consolidação desse conceito exatamente onde ele mostrava-se mais necessário. Mas sua atuação não se restringe ao mercado e às relações de consumo: desde sua fundação, ela auxilia no combate à fome e ao aprimoramento da alimentação não apenas no Brasil, mas em várias partes do mundo, seja como gestora ou participante de projetos sociais, seja pela constante busca de novas fontes de componentes alimentícios – e de melhor aproveitamento dos componentes tradicionais –, capazes de elevar a qualidade da nutrição, da saúde e da vida.

PREPARADA PARA O FUTURO A FEA chega a seus 45 anos estruturada para avançar ainda mais em sua trajetória já repleta de feitos marcantes para o desenvolvimento da indústria de alimentos. A qualidade de seu ensino é atestada por inúmeras parcerias com as mais renomadas instituições de pesquisa do Brasil e do exterior, pela constante presença de artigos nas mais renomadas publicações científicas internacionais, pelo enorme interesse da indústria por quem se forma em sua Engenharia de Alimentos. E a relevância de sua pesquisa pode ser sinalização pelo controle, ao final de 2012, de 53 famílias de patentes em vigor (quantia correspondente a aproximadamente 8% de todas as patentes da Unicamp). Algumas delas: analisador da qualidade do glúten do trigo; formulação de ração para peixes de água doce enriquecida com óleo de linhaça; cereal matinal de

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castanha-do-brasil com mandioca obtido por extrusão; composição alimentícia de gordura vegetal, processo de preparação de uma composição alimentícia de gordura vegetal e uso de uma composição alimentícia de gordura vegetal na preparação do recheio. Para subsidiar sua atividade de ensino e pesquisa, a faculdade mantém a mais completa biblioteca de sua especialidade em toda a América Latina, com um acervo composto por quase 15 mil livros, 3,3 mil monografias – sendo 2,8 mil defesas de teses –, e 75 mil fascículos de periódicos com acesso eletrônico, além de e-books. E em meados de 2013 terá um prédio exclusivo para as aulas práticas de laboratórios. Com cerca de 1000 metros quadrados distribuídos em três andares e recursos de acessibilidade – como elevadores –, ele viabilizará novos laboratórios para o ensino de graduação, e beneficiará os próprios laboratórios de pesquisa, livrando-os da necessidade de dedicar-se também ao ensino, e conferindo-lhes maiores possibilidades de expansão e de foco em sua atividade prioritária de pesquisa. Quando a FEA completa 45 anos, sua infraestrutura básica dissemina-se por seus quatro departamentos, cada um com suas atribuições e finalidades. Compõem essa estrutura:

1) DEPAN - DEPARTAMENTO DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Linhas de Pesquisa: NUTRIÇÃO EXPERIMENTAL E APLICADA À TECNOLOGIA DE ALIMENTOS • Desenvolvimento e avaliação de alimentos e ingredientes funcionais. • Desenvolvimento e avaliação de alimentos com características nutricionais especiais. • Efeitos do processamento e armazenamento na estabilidade de nutrientes e alimentos.

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• Aproveitamento e avaliação de nutrientes obtidos de subprodutos e resíduos da indústria de alimentos. • Aspectos metabólicos e bioquímicos de macro e micro nutrientes em alimentos. • Bioquímica nutricional e nutrigenômica de lípides. • Desenvolvimento e avaliação de alimentos com características nutricionais especiais. • Efeitos do processamento e armazenamento na estabilidade de nutrientes e alimentos. CONSUMO E QUALIDADE DE ALIMENTOS • Análise sensorial e instrumental de parâmetros sensoriais em alimentos. • Consumo e hábito alimentar. • Microestrutura de alimentos. • Políticas agroalimentares. • Química, funcionalidade e aplicação de proteínas e outros biopolímeros em alimentos. • Segurança alimentar e nutricional. Laboratórios: • Análise Sensorial. • Laboratório Central Analítico. • Laboratório Central de Bioquímica Nutricional. • Laboratório Central de Composição Centesimal. • Controle de Qualidade. • Laboratório de Ensaios Biológicos. • Laboratório de Fontes Proteicas. • Laboratório de Nutrição e Metabolismo. • Laboratório de Lípides. • Laboratório de Microestrutura de Alimentos. • Laboratório de Planejamento Alimentar.

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2) DEA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS Linhas de Pesquisa: BIOENGENHARIA E BIOTECNOLOGIA • Modelagem, simulação, otimização e controle de processos bioquímicos. • Produção, purificação e aplicação de enzimas livres e imobilizadas. • Desenvolvimento e scale-up de processos bioquímicos. • Reatores não convencionais: separação e purificação de produtos biológicos, células e enzimas imobilizadas. • Desenvolvimento de sistemas especialistas voltados à biotecnologia industrial. • Tratamento biológico de resíduos industriais. SEPARAÇÕES FÍSICAS • Processo de extração, fracionamento e purificação de produtos naturais (óleos essenciais, aromas, corantes, estévia, vitaminas e similares) com dióxido de carbono pressurizado (supercrítico e subcrítico). • Reações de hidrólise de amido com água supercrítica. • Extração líquido-líquido (recuperação de ácidos orgânicos e biomoléculas; sistemas aquosos bifásicos; desacidificação de óleos vegetais). • Extração sólido-líquido (transferência de massa e termodinâmica: medidas experimentais; desenvolvimento teórico e modelagem). • Destilação extrativa e azeotrópica. • Equilíbrio de fases: em sistemas supercríticos; líquido-líquido; sólido-líquido; vapor-líquido, etc. ENGENHARIA DE PROCESSOS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS • Secagem de alimentos e armazenamento de produtos desidratados. • Desidratação por impregnação com solutos.

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• Desidratação osmótica. • Produção de filmes poliméricos naturais. • Alimentos minimamente processados. • Desenvolvimento e otimização de secadores. • Processos de produção de alimentos à umidade intermediária. • Aplicação da tecnologia de micro-ondas no processamento de alimentos. • Aplicação de processos de membrana na indústria alimentícia. • Desenvolvimento de novos produtos e processos. CIÊNCIA BÁSICA E MEDIDAS FÍSICAS • Propriedades mecânicas, térmicas e reológicas. • Sorção e atividade de água. • Modelagem de padrões de escoamento. • Desenvolvimento de equipamentos de medida. • Fundamentos de transferência de calor e massa. REFRIGERAÇÃO • Projeto, otimização e controle de sistemas de refrigeração. • Estocagem frigorificada de produtos perecíveis. • Modelagem e simulação de processos. • Aplicações de bombas de calor. • Instrumentação e controle de processos (com diferentes modos de controle). • Refrigeração por adsorção. ENGENHARIA ECOLÓGICA E ECODESENVOLVIMENTO • Análise regional e setorial da produção de alimentos na ótica da sustentabilidade. • Planejamento ecossistêmico – emergético e econômico de sistemas integrados para produção de alimentos. • Avaliação e desenvolvimento de processos alternativos de produção de alimentos.

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• Estudos da interface ecológica – economia no âmbito da produção de alimentos. • Análise de ciclo de vida de produtos. INFORMÁTICA APLICADA À INDÚSTRIA DE ALIMENTOS • Desenvolvimento de aplicativos para cálculos de operações unitárias. • Desenvolvimento de dispositivos para controle de processos. • Modelagem e simulação de agroecossistemas. • Modelagem e simulação de equipamentos e processos. Laboratórios: • Laboratório de Engenharia Ecológica e Informática Aplicada. • Laboratório de Separações Físicas. • Laboratório de Engenharia de Processos. • Laboratório de Engenharia de Bioprocessos. • Laboratório de Refrigeração. • Laboratório de Automação e Controle de Processos de Alimentos. • Laboratório de Processos Fermentativos e Tratamento de Águas Residuárias. • Laboratório de Medidas Físicas. • Laboratório de Tecnologia Apropriada.

3) DTA - DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS Linhas de Pesquisa: EMBALAGEM E ESTABILIDADE DE ALIMENTOS • Desenvolvimento e aplicação de materiais de embalagens. Interação alimento-embalagem e estabilidade. Sistemas de embalagem: asséptico, semiasséptico, atmosfera modificada e controlada.

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TECNOLOGIA DE CARNES E DERIVADOS • Processamento e análise de produtos cárneos. Qualidade de carne bovina, suína e de aves. • Atributos de qualidade e processamento tecnológico de pescados. TECNOLOGIA DE FRUTAS, HORTALIÇAS, LEGUMINOSAS, BEBIDAS, AÇÚCAR E PRODUTOS AÇUCARADOS • Produtos açucarados modificados, dietéticos e funcionais. Açúcar de cana, outros adoçantes e edulcorantes. Geleias, doces, balas e confeitos. Frutas e hortaliças. Produtos proteicos/bebidas alcoólicas, não alcoólicas e refrigerantes. Cacau, outros theobromas, chocolates e produtos achocolatados e análogos. PROCESSOS TÉRMICOS E NÃO TÉRMICOS DE ESTERILIZAÇÃO • Modelagem e otimização de processos de esterilização. Processamento de alimentos com tecnologia de alta pressão, pulso elétrico, aquecimento ohmico e aplicação de plasma. TECNOLOGIA DE CEREAIS, RAÍZES E TUBÉRCULOS • Desenvolvimento de produtos funcionais. Tecnologia de extrusão. Panificação. Química e tecnologia de amido. Biscoitos e massas. TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS • Aproveitamento de subprodutos lipídicos industriais. Lipofilização de torta e farelos oleaginosos. • Novas fontes oleaginosas para uso industrial. • Novas tecnologias no processamento de óleos, gorduras e subprodutos. Oxidação de lipídios. • Termoxidação de óleos e gorduras. Utilização de redes neurais em tecnologia de óleos. • Controle de qualidade.

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TECNOLOGIA DE LEITE E DERIVADOS • Otimização da tecnologia de fabricação de queijos. Maturação de queijos. Leites fermentados e culturas lácticas. Tecnologia de membranas aplicada a laticínios. Controle de qualidade e desenvolvimento de novos processos. Funcionalidade de produtos lácteos. HIGIENE DE ALIMENTOS • Micro-organismos patogênicos e metabólicos tóxicos de origem microbiana em alimentos. • Controle preventivo e operacional de higiene de processos industriais. Qualidade e segurança alimentar dos produtos avícolas. Laboratórios: • Laboratório e Laboratório Piloto de Carnes e Processos. • Laboratório e Laboratório Piloto de Cereais, Raízes e Tubérculos. • Laboratório de Embalagem. • Laboratório e Laboratório Piloto de Frutas, Hortaliças, Bebidas e Produtos Açucarados. • Laboratório de Higiene e Legislação. • Laboratório e Laboratório Piloto de Leite e Derivados. • Laboratório e Laboratório Piloto de Óleos e Gorduras. • Laboratório e Laboratório Piloto de Processos Térmicos e Não Térmicos. • Laboratórios de Serviços.

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4) DCA – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DE ALIMENTOS Linhas de Pesquisa: ALIMENTOS FUNCIONAIS E COMPOSTOS BIOLOGICAMENTE ATIVOS • Estudo de produtos naturais como alimentos funcionais ou a sua utilização para a produção de alimentos funcionais. Identificação e quantificação de compostos biologicamente ativos presentes em alimentos. BIORREMEDIAÇÃO E BIODEGRADAÇÃO • Utilização de micro-organismos, fungos e bactérias e/ou enzimas na degradação de poluentes orgânicos, gerados pela indústria de alimentos. Estudo e otimização das condições para o desenvolvimento desses microorganismos ou produção de enzimas no meio. CAROTENOIDES, ANTOCIANINAS E VITAMINAS • Composição de carotenoides, antocianinas e vitaminas em frutas, vegetais e alimentos processados. Efeitos das variáveis agrícola, processamento e estocagem. Desenvolvimento e validação de métodos. COMPOSTOS VOLÁTEIS EM ALIMENTOS • Composição de voláteis de frutas tropicais. Efeito do processamento e armazenamento na composição de voláteis. Quimiometria: uso de método multivariado para determinação da qualidade e aromas de alimentos. EFEITO DE PROCESSOS TÉRMICOS SOBRE MICRO-ORGANISMOS • Otimização de processos térmicos de alimentos. Performance das embalagens de alimentos termoprocessadas. Fungos termorresistentes. Inibição da germinação de esporulados termorresistentes.

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A construção do saber: a história da FEA


ENZIMAS E MICRO-ORGANISMOS DE INTERESSE INDUSTRIAL/PRODUÇÃO DE COMPOSTOS POR BIOTECNOLOGIA • Produção de aromas, ácidos graxos especiais, glicerídeos, açúcares não convencionais, derivados de amido etc., por processos biotecnológicos. LIPÍDIOS E COLESTEROL: ANÁLISES, FATORES INFLUENTES E OXIDAÇÃO • Determinação quali e quantitativa de lipídios totais e classes de lipídios. Determinação da composição de ácidos graxos. Estudos de métodos de análise de colesterol e óxidos de colesterol. Estudo dos fatores influentes. MICRO-ORGANISMOS RESPONSÁVEIS POR TOXI-INFECÇÕES ALIMENTARES • Enterotoxinas estafilocócicas – análises imunológicas e imunoenzimáticas. SEGURANÇA ALIMENTAR: ASPECTOS QUÍMICOS E TOXICOLÓGICOS • Determinação de aditivos, contaminantes, resíduos de drogas veterinárias e micotoxinas. Avaliação de ingestão potencial. Efeito do processamento. Fatores que influem na produção de micotoxinas. Laboratórios: • Laboratório de Estudos em Carotenoides. • Laboratório de Bioaromas. • Bioquímica de Alimentos. • Laboratório de Sistemática e Fisiologia Moderna.

A construção do saber: a história da FEA

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QUADRO COM INFORMAÇÕES GLOBAIS SOBRE OS PRIMEIROS 45 ANOS TOTAL de Engenheiros de Alimentos formados na FEA

2.599 (até o primeiro semestre de 2012)

TOTAL de Pós-Graduações defendidas na FEA

2316 (até 4 de abril de 2012)

Fonte: FEA

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A construção do saber: a história da FEA


A construção do saber: a história da FEA

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bibliografia ARQUIVOS [do] Jornal da Unicamp. Campinas: Unicamp, s.d. BEM-VINDO À FEA – Revista Especial da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. Campinas: Unicamp, 1994. BOLETIM [do] Centro Tropical de Pesquisas e Tecnologia de Alimentos – Divisão de Solos, Mecânica Agrícola e Tecnologia. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, dez. 1964. BRASIL. Resolução no 218, de 29 de junho de 1973. Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Diário Oficial [da] União, 13 jul. 1973. _______. Decreto no 77.730, de 1 de junho de 1976. Concede reconhecimento ao curso de Formação de Engenheiros Tecnólogos de Alimentos da Faculdade de Tecnologia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas. Brasília, DF, jun. 1976.

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A construção do saber: a história da FEA

CARVALHO, Sonia Tilkian de. Evolução da Capacidade Científica e Tecnológica na Área de Alimentos no Brasil: um Estudo de Caso. 1990. Dissertação (Mestrado em Política Científica e Tecnológica) – Instituto de Geociências da Unicamp, Campinas, 1990. FUNDAÇÃO ANDRÉ TOSELLO. Documento comemorativo dos 40 anos. Campinas: s.d. FEA NEWS – Informativo da Faculdade de Engenharia de Alimentos. Campinas: Unicamp, s.d. FEA 40 anos. Disponível em: <www.fea.unicamp.br/ eventos/2007/40anos>. FREIRE, Jorge Wesley (Org.). A Engenharia Agrícola na Unicamp: memória – 30 anos. Campinas: Feagri, 2005. INFORMAÇÕES [ao] Conselho Federal de Educação para credenciamento do curso de mestrado da FEA. Campinas: Unicamp, set. 1993.

INFORMATIVOS [da] Faculdade de Engenharia de Alimentos. Campinas, 1973 a 1987. Anual. NASCIMENTO, Paulo Cesar. Crônica de um sonho: 40 anos do Instituto de Química da Unicamp. Campinas: Unicamp, 2007. SIARQ – Sistema de Arquivos da Universidade Estadual de Campinas. Disponível em: <http://www.siarq.unicamp.br/ siarq/>. TEIXEIRA, Cyro Gonçalves; TISSELLI, Luiza Helena P. Camargo. Ciência e Tecnologia de Alimentos na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. São Paulo: Instituto de Tecnologia de Alimentos, nov. 1991. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Catálogo de teses da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, 1970 – 1996. Campinas, s.d.


docentes DEPAN (Departamento de Alimentos e Nutrição)

Admar Costa de Oliveira

Carlos R. Ferreira Grosso

Débora de Queiroz Tavares

Elisabete Salay

Flavia Maria Netto

1987 - 2008

1986 - atual

1971 - 2007

1989 - atual

1989 - atual

Helena Maria André Bolini

Jaime Amaya-Farfán

Jorge Herman Behrens

Juliana Alves Macedo

Maria Ap. A. Pereira da Silva

2000 - atual

1976 - atual

2012 - atual

2012 - atual

1983 - 2010

Mário R. Maróstica Júnior 2008 - atual

Nilo Sérgio Sabbião Rodrigues Valdemiro Carlos Sgarbieri 1979 - atual

1972 - 2005

Aloisio José Antunes

Maria Helena Damasio

1977 - 2002

1989 - 1998

Célio Kenji Miyasaka

Ruth M. dos Santos Hoekstra

2002 - 2008

1972 - 1986

José Garrofe Dórea

Semiramis M. A. Domene

1900 - 1900

1900 - 1900

Maria Amélia C. Moraes

Yara Tosello

1970 - 1989

1970 - 1987

Maria Antonia M. Galeazzi 1973 - 2001

A construção do saber: a história da FEA

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docentes DEA (Departamento de Engenharia de Alimentos)

108

Antonio Adriana José Z. de Mercadante A. Meirelles

Antonio Adriana Marsaioli Z. Mercadante Júnior

Adriana Celso Costa Z. Mercadante Lopes

Eduardo AdrianaA. Z.Caldas Mercadante Batista

Enrique AdrianaOrtega Z. Mercadante Rodríguez

1998 1987 - atual Atual

1998 1969 - atual 2007

1998 1982 -- atual atual

1998 2005 - atual Atual

1998 1978 -- atual atual

Fernando Adriana Z. Antonio Mercadante Cabral

Florência Adriana Cecília Z. Mercadante Menegalli

Francisco Adriana Z.Maugeri Mercadante Filho

Iracema Adriana deZ. Oliveira Mercadante Moraes

Adriana JulianZ.Martínez Mercadante

1998 1989 -- atual atual

1998 1977 - atual Atual

1998 1980 - atual Atual

1998 1970 - atual 1988

1998 2010 - atual Atual

Lincoln Adriana de Camargo Z. Mercadante N. Filho

Adriana Luiz Antonio Z. Mercadante Viotto

Maria Adriana Angela Z. de Mercadante A. Meireles

Adriana Maria Isabel Z. Mercadante Rodrigues

Miriam AdrianaDupas Z. Mercadante Hubinger

1998 1973 - atual Atual

1998 1987 - atual Atual

1998 1983 -- atual atual

1998 1977 -- atual atual

1998 1980 -- atual atual

A construção do saber: a história da FEA


docentes DEA (Departamento de Engenharia de Alimentos)

Ranulfo Monte Alegre 1981 - atual

Rosiane Lopes da Cunha

Theo Guenter Kieckbusch

Vivaldo Silveira Junior

1998 - atual

1900 - 1900

1989 - atual

Carlos Alberto Gasparetto

José Carlos Mauro

1972 - 2002

1983 – 1988

Carlos Osamu Hokka

László Halász

1900 - 1900

Maria Helena Miguel Enny Therezinha Martucci

1984 - atual

1973 - 1998

Satoshi Tobinaga Fernanda E. Xidieh Murr

1992 - 2004

1978 – 2004

Sergio Roberto Dall’Oca Geraldo Jose Formaggio

1972 – 1987

1977 – 1989

Wilson A. Oliveira Sobrinho José A. Dermengi Rios

1973 – 1989

1985 - atual

A construção do saber: a história da FEA

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docentes DTA (Departamento de Tecnologia de Alimentos)

110

Ahmed Atia M. El-Dash

André Tosello

Arnaldo Yoshiteru Kuaye

Carlos A. Rodrigues Anjos

Caroline Joy Steel

1975 - 2003

1967 - 1980

1983 - atual

1994 - atual

2008 - atual

Celina R. de Oliveira Camargo

César Francisco Ciacco

Daniel Barrera-Arellano

Edir Nepomuceno da Silva

Fernanda Paula Collares

1975 - 1998

1973 - 2002

1988 - atual

1988 - 2005

2002 - 2008

Flávio Luís Schmidt

Hilary Castle de Menezes

Jorge Leme Júnior

Lireny A. Guaraldo Gonçalves

Marcelo Cristianini

2005 - Atual

1983 - 2003

1983 - atual

1994 - atual

A construção do saber: a história da FEA


docentes DTA (Departamento de Tecnologia de Alimentos)

Mirna Lucia Gigante

Pedro Eduardo de Felício

Priscila Efraim

Roberto Hermínio Moretti

2000 - atual

1994 - Atual

1983 -atual

2011 - atual

1973 - 2010

Salvador Massaguer Roig

Walkiria Hanada Viotto

Walter Esteves

Yoon Kil Chang

1975 - 2003

1989 - atual

Marise A. Rodrigues Pollonio

Antonio de Melo Serrano

João Batista Camargo

1970 - 1998

1900 - 1900

1975 - 1995

Judite das Graças Lapa Guimarães

1980 - atual

Morris William Montgomery Ottílio Guernelli 1988 - 1995

1900 - 1900

Nelson Horácio P. García

Ramon L. Hinojosa Gutierrez

1977 - 2005

1975 - 1998

Norma Angélica Mancilla Diaz

Roberto João Forster

Marisa de N. Hoelz Jackix 1974 - 2001

1980 - 1988

Mauro Faber Freitas Leitão

Olavo Rusig

2000 - 2003

1988 - 1994

1900 - 1900

Bento da Costa Carvalho

José Christovam Santos

1973 - 2003

1975 – 1991

Leopold Hartman 1969 - 2002

Emílio S. C. Guzman

José de Assis Fonseca Faria

1974 - 1998

1987 - atual

Gil Eduardo Serra

José Pio Nery

1987 - 1999

1968 - 1998

Ihiel Schwartz Schneider

José Sátiro de Oliveira

1973 - 2008

1972 - 1992

1978 - 1989

A construção do saber: a história da FEA

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docentes DCA (Departamento de Ciências de Alimentos)

112

Adriana Z. Mercadante

Délia Adriana Rodríguez Z. Mercadante Amaya

Adriana Felix G.Z.Reyes Mercadante Reyes

Florinda Adriana Z. Orsatti Mercadante Bobbio

Adriana Fumio Z. Mercadante Yokoya

1998 - atual

1998 1977 - atual 2010

1998 1973 -- atual atual

1998 1969 - atual 2011

1998 1968 - atual 2003

Gabriela Adriana Z. Alves Mercadante Macedo

Adriana Glaucia Z. Maria Mercadante Pastore

Adriana Helena Teixeira Z. Mercadante Godoy

Adriana Hélia Harumi Z. Mercadante Sato

Adriana José Luiz Z. Mercadante Pereira

1998 2002 -- atual atual

1998 1986 -- atual atual

1998 1987 -- atual atual

1998 1979 -- atual atual

1998 1980 -- atual atual

Juliana AdrianaA.Z.Lima-Pallone Mercadante

Adriana Lucia Regina Z. Mercadante Durrant

Marcelo AdrianaAlexandre Z. Mercadante Prado

Maria Adriana Cecilia Z. Mercadante de F. Toledo

Adriana NeuraZ. Bragagnolo Mercadante

1998 2008 -- atual atual

1998 1980 -- atual atual

1998 2004 -- atual atual

1998 1976 - atual 2008

1998 2000 -- atual atual

A construção do saber: a história da FEA


docentes DCA (Departamento de Ciências de Alimentos)

Paulo Anna Bobbio

Yong Kun Park

1968 - 2001

1970 - atual

Adilma Regina Pippa Scamparini

Maria do Carmo Guedes 1986 - 2000

1974 - 2005

Maria Regina Bueno Franco Dirce Yorika Kabuki

1977 - 2003

2012 - atual

Pilar Rodriguez de Massaguer Frederick Carl Strong

1977 - 2008

1973 - 2003

Heloisa Máscia Cecchi

Sonia Presa Caggiani de Salzberg

1975 - 2002

1974 - 1994

Lucia Maria Valente Soares

Vanderlei Perez Canhos

1977 - 2005

1972 - 2001

A construção do saber: a história da FEA

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funcionários Adauto Venancio dos Santos Adelina de Araujo Adriana da Cunha Berton Mathias Alcides Januario dos Santos Alessandra Cazelatto de Medeiros Alessandra Rodrigues da Silva Alessandra Silva Coelho Alexandre de Oliveira Paula Aline Cristina de Souza Aloisio Cireza Amauri Rosenthal Ana Claudia Scachetti Ana Enpien Koon Ana Lourdes Neves Gandara Ana Maria Barros Cruz Ana Maria da Rocha Lino Ana Maria da Silva Ana Maria Rauen de Oliveira Ana Paula Delia Vinhal Ricardo Ana Paula Fagundes Ferreira Ana Raquel Martins de Alvarenga Anderson Ferreira da Cunha Angela Grandin Angelina Godoy Montgomery Angelina Masiero Angelo da Silva Gomes Angelo Romualdo Bianchi Antonio Carlos Goncalves Antonio Jose Quirino Simoes Antonio Otair Genesio Aparecido Jose Contiero Aracilda Vitoriano Ariovaldo Astini Armando Camargo Barbara Pamela Dutra Alberguini Beatriz Christiane Melo Benedito da Silva Bernadete Aparecida Lopes dos Santos Bianca Regina Fernandes Bigayl Tauber Martins Bruna Caroline e Silva de Araujo Bruna Vieira Silvino Camilla Bucci Colleoni

114

A construção do saber: a história da FEA

Carla de Marco Greghi Carlos Antonio Parreira Junior Carlos Eduardo Oliveira de Paulo Celia Benedita Inacio Celis Aparecida Scavassani Cesarina de Araujo Cicera de Souza Almeida Claudia Aparecida Romano de Souza Claudia Breviario Claudia de Oliveira Viana Cleber Passos Sene Clodoaldo Silva Cosme Perota Creusa Kasumi Nomura Cristina Boccato Ferreira Dalila de Fatima dos Santos Daniel Goncalves Barbeiro Daniela Franco Carvalho Jacobucci Daniele Inocencio Simao Daniele Rodrigues Claudino Debora de Assis Subira Denir Preste Mendes Diana Mara Dias Arroyo Diego Campaci de Andrade Dino Saron Junior Dirce Yorika Kabuki Dirceu Pedro Alves Divinair Alves da Silva Doroti Quiomi K Toyohara Douglas Brantes Crespo Douglas Paulo Marangoni Durvalina Aparecida Sato Eder Muller Risso Edevaldo Vaz Edina Hiroko Takemura Edson Luis David Edson Watanabe Eduardo Gielamo Oliveira Edvan Gomes Elena Maria Freitas Dos Santos Eliana Maria Pettirossi Motta Eliana Paula Ribeiro Eliane Maria Ferrarezzo


funcionários Eliete de Carvalho Leite Elizabeth Freitas Silva Elizete Aredes Elody Garlipp Vosso Emerson Clayton Amaro Erenice dos Santos Esmeralda de Faria Mello Fabio Ricardo Keydi Ribeiro Fujii Fatima Aparecida de Almeida Costa Fernanda Cristina de Souza Fernando Henrique Amado Florentino Marques de Quevedo Francisco Carraro Frederico Oliveira Soares Gelcino Pereira dos Santos Geraldo Aparecido da Silva Gilda Mateus Soldado Niro Gilson Barbosa Maia Gislaine Ghiselli Graziele Borges de Souza Guilherme Jacyntho Guiomar Gomes de Almeida Domingues Homero Ferracini Gumerato Ina Aparecida Costa Iramaia Angelica Neri Numa Irma Nazar Honorio Isabel de Fatima Valentino Isaura de Oliveira Pereira Ivanil Leite Barbosa Izaias de Brito Cunha Izilda de Fatima Rodrigues Santos Jacinta Rodrigues de Oliveira Franco Jaime Elias dos Santos Jane Barbutti Jaqueline Girnos Sonati Jardette Lourenco Thomaz Favery Jessica Aparecida L de Sa do Nascimento Jessica Machado dos Santos Joao Batista Camargo Joao Borges Joao Carlos Tosello Joao Marcal Alves Joao Onofre da Silva

Joecy Ines da Silva Florencio Jose Candido da Costa Jose Carlos de Assis Jose Carlos Gomes Camargo Jr Jose Carlos Marcondes Jose Carlos Rolin Jose Dantas Bulhoes Jose Luis Ramirez Ascheri Jose Mendes Coutinho Jose Reinaldo Feitoza da Silva Jose Ricardo de Paula Jose Roberto dos Santos Jose Roberto Gallani Judite das Gracas Lapa Guimaraes Juliana Carusi Juliana Martins Dalan Julio Antonio Moreto Karina Silva Goncalves Karla Ferreira Nery Martins Keiko Shimabukuro Kethleen de Oliveira Ferreira Kimie Alice Mizota Shiosawa Laura Akemi Ogihara Laura de Fatima Moraes Silva Lauro Pieri Lenita Apparecida Francisco Leonel Giuseppin Filho Leopold Hartman Liana Alba Clemente Dawood Ligia Maria Dornelas Liliane Aparecida da Silva Lourdes Bernadete da Silva Orsi Luciana Florencio Ahnert Luciana Pietrosanto Maia Luzia Teles da Costa Magali Conceicao Monteiro da S T Machado Magali Gomes Lopes de Souza Manoel Honorio Filho Marcela Sismotto Gandara Marcelo Luis da Silva Marcia Regina Garbelini Sevillano Marcio Geraldo Oliveira

Marcio Geraldo Oliveira Marcio Geraldo Oliveira Marcio Schmiele Marcos Aldair Maciel De Almeida Marcos Antonio de Castro Marcos Ferreira Marcos Sampaio Silveira Margareth Randi Moraes Maria Alzira de Oliveira Dos Santos Maria Antonia de Oliveira Nunes Maria Aparecida da Silva Cunha Maria Aparecida Vasconcellos Osteti Maria Auxiliadora de Morais Lisboa Maria Cristina Ferrari Maria das Dores Oliveira Maria das Gracas Pla Sanches Maria de Luna Silva Maria do Carmo Simoes Canha Maria Domingos Goncalves Maria dos Remedios da Silva Maria Elisabete Fernandes Dias Maria Flausina de Souza Maria Jose Chagas de Lima Maria Jose dos Santos Maria Jose dos Santos Silva Maria Jose Pereira Maria Nilde Cassimiro Maria Norberta Santos de Luccas Maria Pio Bueno Birolli Maria Raquel de Aguiar Maria Raquel Manhani Maria Susana Correa Alves da Cunha Mariana Loureiro Junquer Marlene de Oliveira Pires Marlene Lasara Teixeira de Andrade Marlene Martinez San M Cruz Marta Aparecida Capodalio de Souza Matheus Henrique Cruz Ferreira Mauricio Goncales Moreira Mauro Brasileiro Meliane Akemi Koike Michaela Rosa do R de Araujo Silva Michele Cristina Goncalves

A construção do saber: a história da FEA

115


funcionários Michele Silva de Almeida Miriam Camila Garcia de Lima Amicucci Monica Valeria Wohnrath Nadeje Hamdan Nadir Cassiano Pinto Natalina Jacomino Guadagnini Natalino Moreto Nelson Machado Magalhaes Nelson Reis Nilo Marques Nilson Alves dos Santos Nilva Helide Moreira Rocha Nivaldo de Jesus Assuncao Norma Teruko Nago Miya Odair Rodrigues Prego Odair Zanon Olivia de Carvalho Carletto Ondina Ribeiro Oscar Milton da Silva Patricia Carvalho Cardoso Patricia Tonon de Souza Patrocinia de Oliveira Andrade Paulo Cesar Goulart Paulo Jose do Amaral Sobral Paulo Roberto Cecolin Petronilio Rodrigues Priscila Albertin Ferraz Huewes Priscila Hoffmann Carvalho Rachel Maria Bianchini Rafael Pimentel de Oliveira Raimundo Pereira Rego Rauane Silva de Brito Regiane Palhares Regina Prado Zanes Furlani Reginaldo de Paula Renata Gobi Chiulle del Tio Renata Lopes Prates Renata Maria dos Santos Celeghini Renato Grimaldi Ricardo Mori Roger Darros Barbosa Rogerio Felix da Silva Rosa Maria Tavares Andrasso

116

A construção do saber: a história da FEA

Rosana Kioko Yoem Rosana Maria Manzo Rosana Nogueira Cavaletti Moreira Rosangela Aparecida Matano F de Campos Rose Marie Puglia Roseli Aparecida Ferrari Rosemar Sant Anna dos Santos Rosires Deliza Samuel Cavalcante da Silva Sandra Regina Pinheiro de Lima Sebastiana Santana B Domingues Selma dos Santos Garrido Silvana de Araujo Schmidt Simoes Silvana Pedroso de Oliveira Silvia Helena Pereira Vitorino Soely Maria Pissini Machado Reis Sonia Aparecida Rinaldi Mendonca Sonia Fernandes Munhoz Sueli de Fatima Faria Tania Santos Telma Silvia Tome Assad Sallum Thais Blumer Sanchez Thatiane dos Santos Costa Therezinha de Deus Coutinho Valdeci Pereira dos Santos Valdeci Rodrigues Ferreira Amaro Valeria Alberti Andrade Godoi Valeria Christina Amstalden Junqueira Valquiria Rodrigues Ferreira Valter Francisco da Silva Vera Lucia Ferreira Leite Vinilton Cezar P de Souza Vita Celia Moraes Wagner Roberto Medeiros Wendislaine Tatiane da Silva Wesley Leal dos Santos Yara Fagnani Honorio Zildene Goncalves Correa


formandos do curso de graduação 1971 670308 670309 670310 670311 670312 670314 670315 670317 670318

Florisval Amaro Rodrigues Geraldo Cia José Elidio Lima José Luíz Agapito Fernandes Kenzo Kato Odair Otavio Corte Sergio Roberto Stolf Vanderlei Peres Canhos Volnei Fernandes Alves

1972 670313 680304 680306 680357 680316 680317 680318 680324 680326 680330 680335 680338 680344 680345 680346

Leila Cristina Abel Galvao Bento da Costa Carvalho Junior Cesar Francisco Ciacco Enny Therezinha Martucci Palma Hideki Kanai Iracema Miwako Nakamura João Sandolin Julio Pedreira Pasandin Luís Fernando Ceribelli Madi Masaharu Nagato Olavo Rusig Reginalice Maria da Graca Bueno Terkazu Otake Véra Lúcia Rodrigues Pupo Wilson Abel de Oliveira Sobrinho

680321 680322 690153 680327 680328 690169 680336

690206 680339 680341 680342 690267

1974 700004 690011 690009 690062 690081 690131 690109 690110 680315 700189 700196 700217 690189

1973 690001 690037

680307 680312 680353 690083 680314 680320

Alfredo de Almeida Vitali Celina Raquel de Oliveira Camargo Claudio Roberto Christ Elizabeth Noronha Festa Giuseppe Mirone Heloisa Mascia Cecchi Hiroshi Arima José Eduardo Beber

Jose Myasaki José Norberto Abrucez Letícia Araujo Farah Luíz Carlos dos Santos Maria Elisabete Silva Tocchini Marisa de nazare Tochy Jackix Pablo Servando José Padin Fernandez Paulo Roberto de Lamo Roberto João Forster Rogerio Perujo Tocchini Salvador Massaguer Roig Walter Lorena Ferreira

680331 690203 700265 700279 700285 690227 700289 690242

700346

Adilma Regina Pippa Scamparini Antônio Carlos Dantas Cabral Antônio Eduardo Galetti Everaldo de Almeida Leite Hamilton Mazzoni João Luíz S. Vendruscolo José Henrique Moreira Rodrigues José Maurício de Aguirre José Togashi Luiz Eduardo Carvalho Márcio Roberto Rodrigues Maria Lúcia Zulzke Nelson Custodio Vianna dos Santos Nelson Ferreiro Paulo Celso Biasioli Paulo Teruo Matsura Rintalo Tiba Rodrigo Otavio Teixeira Neto Ronaldo Figueiredo Ventura Rubens Carvalho Sonia Maria Faustino de Souza Lima Yoshimi Coga

A construção do saber: a história da FEA

117


formandos do curso de graduação 1975 700020 710045 710066 710075 710081 710101 710108 710701 710128 690042 680310 700085 710657 710212 710230

700106 710240 710259 690094 710299 700152 700160 710317 710327 690143 700193 710370 710378 710398 700237 700242 710465 690212 710515 710563 710571 710572 710575 700330 700501

118

Antonia Elisabete Takei Antonio Carlos Ciola Antonio Marcos Giraldo Ariene Gimenes Fernandes Armando Kazuo Fujii Carlos Alberto de Castro Carlos Kazuyochi Agena Cecilia de Lourdes Ghiraldini Claudio Cazassa Dárcio Nascimento Dezolt Dilson dos Santos Moreira Emilio Alonso Alonso Fernanda Elizabeth Xidieh Murr Francisco Felix Pilares Gustavo Alberto de Godoy Pereira Filho Hana Kiyoko Arima Hidequi Tsuda Jaime Franklin de Oliveira José Ayres Monteiro Junior José Gilberto Jardine José Luiz Pereira José Roberto Pedroso Alves José Tadeu Jorge Kil Jin Park Luíz Gonzaga Valente Ribeiro Luiz Sérgio Valle Luiz Yoshikazu Nagaoka Marcia Paisano Maria Cecília Leal de Figueiredo Nadia Doris De Biaze Nelson de Oliveira Nelson Denizo Pedro Minol Hirata Reginaldo Sebastião de Macedo Satio Umeda Sergio Montanher Sergio Mosca Miranda da Cruz Sergio Yoshinori Takasusuki Vera Coeli do Prado Walter Esteves

A construção do saber: a história da FEA

710628 710630

Wilson Zabeu Wladimir Mendes de Carvalho

1976 710540

Roger Marcel Soler Alcides Vieira Filho Amauri Couto Pães Ana Maria Marchini Ary Rosa Bucione Junior Aurea Beatriz Zapolla Carlos Fruet Djair Felix Leite Edison Leite de Moraes Filho Elmar Gorski Francisco Maugeri Filho Geraldo José Formaggio Getulio Takahashi Hernane dos Santos Matos Filho Ingrid Maria Kiefer Jean Dival Maglio João Carlos Dias Ferreira José Carlos Alonso José Ferreira Filho José Garcia da Nobrega Julio Carlos Miranda Jorge Kozi Watashi Luís Alberto Duchini Luíz Alberto dos Santos Luiz Carlos Pinotti Luiz Roberto Urso Lygia Gomes Carneiro Mario Kendi Otake Mayumi Takeshita Maeda Monica Affonso Ferreira Mation Natalício Bedin Junior Nilo Sergio Sabbião Rodrigues Norberto Simionato Filho Paulo Sergio Trombelli Paulus Henricus Michael Marie Deckers 700269 Pedro Celso Rodrigues Junior 720014 720022 720664 720063 720065 680305 710153 720142 710185 710215 720200 720202 720216 720222 700125 795152 720273 710296 720278 720302 720312 710351 720320 720325 720334 710372 720401 720410 720429 720432 720442 720446 720470 700267

720483 720516 710599 700319 710622

Raul José Ribeiro Filho Satoe Otsuji Terumi Kuroda Tomoaki Masukado Wanderley Del Picchia Zanoni

1977 730012 730022 720045 730060

Alfredo Paoletti Junior Ana Helena Lopes Hadad Tognon Antônio Carlos Rodrigues Antônio Valdemir Martinho Tadini 730070 Arnaldo Abreu Bernardi 720061 Arnaldo Yoshiteru Kuaye 730087 Carlos Alberto Silva Teixeira 730088 Carlos Alberto Ventura Antônio 730100 Carlos Raimundo Ferreira Grosso 730105 Carlos Yusi Assakawa 730715 Carmen Cecilia Ferreira 730118 Cesar Roberto Horovitz 720102 Cezar Aurelio Trombelli 730132 Clovis de Moraes 730140 Dora Ann Lange Canhos 730725 Eduardo Kurotsu 730176 Emmanuel Paulo Borges Gonçalves 730194 Flávio Muller Neris 730196 Flavio Shin-Iti Chiba 730207 Gilberto da Silva Ramos 720208 Guilherme Pimentel Maximo de Carvalho 730217 Helio José Coelho Sampaio 730235 Humberto Salvador Afonso 710257 Jacob Radoszkowicz 730254 Jane Gonçalves Menegaldo 730255 Jane Rizzo Palermo 730263 João Bosco Dias Pinheiro 730267 Jonas Contiero 730748 Jorge Higashi 730268 Jorge Kazuo Kanashiro 730753 José Roberto Campanelli Lima


formandos do curso de graduação 730317 720316 730363 730367 720332 730378 730396 730400

José Wagner Rossetti Leonardo Hayao Yamanaka Luiz Kozo Motoki Luíz Renato Rodrigues Luiz Roberto Bozola Marcelo Silveira Campos Margarete Francescato Sampaio Maria Angela de Almeida M. Petenate 730403 Maria Aparecida Azevedo P da S Rodrigues 730411 Maria Cristina Siriani 730412 Maria Cristina Spressão Doretto 730446 Marilia Dotta 720396 Marilia Regini Nutti 730793 Naor Kunioshi 730504 Nelson Iwao Tamajusuku 730524 Osvaldo Luiz Bullara 710506 Paulo Rubem Ferraz Filho 730572 Ricardo Sidaravicius 730575 Rinaldo Junqueira de Barros 730576 Rioji Takemoto 730584 Robson de Ramos Penha 730589 Romeu Fioreze 730623 Sergio Yashiharu Nakao 730635 Silvio José Rossi 730646 Takao Ishizaki 720546 Tania Terezinha de Souza Leal 730651 Terezinha de Jesus Garcia Salva 730657 Tomojiro Ono 730671 Vital Tatuo Kanamura 730843 Yoon Kil Chang

1978 740106 740115 740119 710645 740163 700055 720104

Antonio Manoel Mantoan Filho Arlete Duarte Arlindo Sizuo Kusunoki Arnold José Zenker Leme Carlos Mitsuru Ikeda Cesar Romeu de Araujo Ciro Higuchi

730139 740218 730144 730165 740284 740288 740296

740367 720235 720251 740419 740426 730274 740473 740508 740534 740549 730356 740590 740592 740599 720351 740619 740635 740673 740674 720352 740743 740750 730488 740858 740901 740925 740944 740967

740972 740998 741027

Dayse Maciel de Araújo Deise Maria Fon tana Dulce Maria Barbosa Leite Eliane Laranja Dias Erlindo Minoru Sassaki Esdras Sundfeld Fernando António de Oliveira Alves Hiroshi Yamagata Ivor Fazzioni João José Rocha João Luiz Del Cura João Takayoshi Yokomizo José Antônio Ghiraldini José Gabriel Gomes Jardim Kátia Ferraz Santana Liliana de Camargo Traldi Luís Eduardo Maturano Cipola Luiz Carlos Briza Mára Angélica Tagliolatto Mara Gabriela Novy Marcia Regina Akahoshi Marco Tulio Coelho Silva Margarida Maria Werner Scavasin Maria Aparecida Silva Maria Helena Martins Costa Maria Helena Miguel Mariangela de Abreu Lima Mauro Antonio da Costa Megumi Ussami Miriam Epstein Raul Amaral Rego Roberto Sinicio Rosário Ferrari Filho Seikitsi Tamashiro Silvana Maria Rocha Brenha Ribeiro Silvia Fatima Borges Sylvio Alves Ortiz Vera Lucia Ferreira de Souza

1979 750002 750016 740027 750044 740125

Adalberto Coelho Alcides Durigan Junior Alexandre Marins dos Santos Andréa Naccaratto Villarinho Aylton Hideki Sueta 750096 Berenice Clelia Nagao 750111 Carlos Aratani 740153 Carlos Eduardo da Cruz Pradella 750137 Célia Maria de Sylos 750143 Célio Yukihiro Suzuki 741140 Clovis Peissahk Manczyk 750180 Dagmar Aparecida Mastrocola Botacini 750195 Denise Calil Pereira Jardim 740281 Enio Alves da Silva 750284 Fernando Antonio Cabral 750300 Flavia Maria Netto 750317 Geni Satiko Sato 740320 George Alberto Peel Furtado de Oliveira 740330 Gilberto Guitte Gardiman 751083 Gilberto Massashi Ide 740389 Isabel Giassetti 750362 Ivan Albers 750384 João Carlos Merino Fernandes 750409 Jorge Noboro Camigaúchi 740472 José Francisco Graciola 740500 Julio Cesar Retondo 750485 Julio Lúcio Mukuno 750493 Kenzi Hayashida 750505 Leide Mengatti 750531 Lúcia Regina Marques dos Santos 750548 Luiz Antonio Viotto 750570 Manoel Pedro Castilho 750584 Marcia Antonio Dias Correa 750615 Marcos José de Moraes Campos 750652 Maria de Fatima Martins 750667 Maria Fernanda Brandão Meirelles 750682 Maria Lúcia Cabral de Vasconcellos 740690 Maria Regina Martins

A construção do saber: a história da FEA

119


formandos do curso de graduação 750724 750725 750728 750730 750744 750747 751103 750756 750761 750776 750813 750842 750849 750859 750861 750890 750896 750900 740902 750913 750943 750952 750959 750965 750968 750969 750973 740983 751007 751014 751047

Mario Toshio Itoda Mario Tsutomu Yaegashi Marisa Helena Cardoso Marisa Padula Massagi Sato Maurilio Lôbo Filho Mieko Kimura Milton de Siqueira Ferreira Miriam Dupas Hubinger Nara Lúcia Facioli Oscar Takayuki Bepo Paulo Sergio Monteiro Pedro Henrique Gonçalves Ranulfo Monte Alegre Raquel Ferreira de Oliviera Ricardo Kaoru Miyabara Ricardo Yasuo Tsuji Rita Helena Zoéga Roberto Tacao Iada Róger Darros Barbosa Sandra Garcia Sérgio Di Croce Sérgio Ribeiro Romeiro Silvana de Castro Silvia Cecconi Tondella Sílvia Mitsu DÁvola Sonia Aparecida Rocha Sônia Maria Antunes de Godoy Ubirajara Pinhel Valmir Vieira Rocha Walkiria Hanada

1980 750484 760016 760022

Julio Kimio Funayama Alberto Bona Alexandre Alberto Akiyoshi Nonaka 750056 Antonio Carlos do Amaral Filho 740091 Antonio Cesar de Magalhães 740099 Antonio Feliciano de Sousa Ferreira

120

A construção do saber: a história da FEA

760077 760081 760093 750141 760156 760158 760205 760243 760246 761148 760306 760311

Antônio José de Almeida Meirelles Antônio Poletto Júnior Armando Hiroshi Moriya Celio Cordeiro de Carvalho Celso Costa Lopes Celso Gomes Delia Maria Zuliani Marcondes Edson Norio Oku Eduardo Antônio Giacon Enrique Antonio Bordon Ovelar Fabia Zamboni Federico David G Yzusqui Mendoza 760323 Fernando Marques 760339 Francisco Ruiz Guerra 760367 Gustavo Henrique G de Paula Lopes 760371 Helena Cristina Ravenna Pinheiro 760388 Humberto Conti 760419 Jackson dos Santos Tourinho Junior 750373 Jaime Yoshinori Tamashiro 760474 José Dario Escudero Barrera 760477 José Eduardo Contreiras 760529 Leila Lucato Oliva 760535 Lía Fontana Lopez 750519 Ligia Regina Radomille 760540 Lilia Maria Rosamiglia Marques 760543 Liu-San Rang 760550 Lúcia Beatriz Rondina Guedes 750530 Lucia Helena Cruz 740543 Luciano Gualberto Gonzaga de Oliveira Fº 750532 Luciano Haddad Baruque 740554 Luiz Antonio Franchini 760574 Luiz Carlos Vicentini 760575 Luiz Claudio Brandão Falcão 760597 Manuel Gonçalves Sousa Machado 760641 Marcos Pacheco 740613 Marcos Spencer de Oliveira Maia 760658 Maria Cecilia Carchedi Roxo

760669 760683 760684 760694 750684 760725 760743 760756 760856 750857 760912 750888 760942 760943 760959 760977 760994 761021 761038 761049 761050 761058 761071

761074 751005 761094

761113

Maria Cristina Scanhola Maria Elena Castell Perez Maria Elisa Tomaselli Maria Helena Damasio Maria Lucia Cavini Marilda Garcia Simões Marisa Aparecida Ribeiro Martha Shizue Kubo Paulo Gilberto Delboni Rafael Tadeu da Silva Renato Gibertoni Filho Ricardo Fabrega Arrue Roberto Stefanini Roberto Toshiyuki Mukai Rosa Maria de Barros Cisneros Rosires Deliza Satie Kimura Silvana Mariana Srebernich Sonia Cristina Romani Sueli Aparecida Tezoto Suelí Marcondelli Ribeiro Suzana Yukiko Fukuda Teresa Cristina Rodrigues T. Zeferino Tereza Kazumi Matsuki Tulio Capobianco Flora Vera Maria Campos de Oliveira Faria Walter Onofre Junior

1981 770022 760042

760130

770139 770144 770158 770174 770181

Alfredo Neves Penteado Moraes Ana Maria Rauen de Oliveira Miguel Carlos Edmur Silveira Bianchi Junior Carlos Eduardo Minniti Carlos Liogi Yamamoto Cecilia Mitie Ifuki Cesar Pirajá Pinheiro Filho Cibele de Camargo Andrade


formandos do curso de graduação 770223

Durval Lauro de Sampaio Lara Neto 740235 Edmar Netto de Araujo Filho 770308 Flavio Simões Ferreira 750328 Gilberto Teruo Sato 770342 Gilson Massayuki Kazama 760385 Hiroyuki Takano 770388 Italo Yukio Iosimura 770464 José Fernando Guerrér Barrios 770465 José Fernando Pavanello 760516 Julio Yonemoto 770554 Lucy Moreira Picchi 770556 Luís Alberto Diegoli 770659 Maria Elizabete Xavier 770801 Nilton Marques dos Santos 770835 Paulo Roberto Biondi 750864 Raquel Zoéga Martins da Silva 770862 Regina Fátima Marques 770866 Regina Tayar 760917 Renato Takesi Tsuchiya 770887 Rita de Cassia Possetti 760953 Ronaldo Cerqueira do Amaral 770915 Rosa Maria Vercelino 770927 Rosely Lacerda 770943 Sandra Regina Dias da Costa 740974 Sílvia Helena Campos 761029 Silvio Ricardo Artioli 771013 Sylvio Chinaglia Filho 761075 Tertuliano Alves de Carvalho Neto 761083 Tung Yun Wu 771040 Valdir Oliani 771076 Waldir Arnaut 771084 Walter Variz Junior

1982 760278 780047 770031 780061

Elisabeth Mendes Bacagini Amaurí Rosenthal Amaury Almeida Toledo Ana Silvia Krauss Stabel de Carvalho

780089 770093 780099 770176 780184

Antônio Eugenio Pincelli Aparecida Yuriko Aoyoki Arai Augusta Bernardez Pecora Chaw Shan Hua Claire Isabel Grigoli de L Sarantopoulos 780186 Claudete Santili Jimenez 780192 Claudio Colucci 780208 Daniela Reimann 771261 Doroti Quiomi Kanashiro 780275 Eliete Flávia Svicero 760276 Elisa Kooko Kawano 780282 Elisabete Salay 780280 Elizabete Issuzu Kinosita 780291 Eloísa Elena Corrêa Garcia 780300 Estela Elwing 770290 Fatima Aparecida de Almeida Costa 780338 Francisco Alexandre Shammass de Mancilha 770345 Gisela Marina Alvarado Grajales 780369 Glaciane Mendes Roland 770356 Haroldo Norito Taniguchi 780385 Helena Missako Aoyama 770381 Isaac Rybak 780459 Jonas Tadeu Lorencini 770435 Jorge Melchiori do Nascimento 780481 José Carlos Mauro 770498 Julio Cesar Baldim 770506 Kátia Maria V. A. Bittencourt Cipolli 780558 Kenji Sergio Narumiya 780566 Léa Mariza de Oliveira 680348 Lincoln de Camargo Neves Filho 780587 Lourdes Kazue Kiyota 780598 Luciano Cavinato 780647 Lycia Maria de Barros Lara 750568 Magaly Ananias 780677 Márcia Regina Utiel Accetturi 780712 Maria Cecília D’Emidio 780715 Maria Célia Junqueira 770653 Maria da Cruz Rodrigues Vieira Pereira

771116 780783

780789 780810 780812

780819

780822 780828 770792 760806 780863 780898 760941 780956 770935 771234

Mariko Ueno Maristela Gonçalves Sousa Machado Marli Kiyomi Fujimoto Tamba Miriam Aparecida Belchior Mirian Cristina Fonseca de Camargo Nadia Maria Quaglia Silva de Andrade Nancy Yuriko Maika Tanaka Nelson Roberto Furquim Nelson Tokumaro Yonamine Neusely da Silva Paulo Eduardo da Silveira Regina Helena Pelogia Minardi Roberto Shiinti Matinaga Rosana Coracini Rui Massatochi Sakaguti Teldes Corrêa da Silva

1983 780272 780529 770526 790003 790018 780052 780058 751160 790054 780080 790071

Eliana Machado Cusin José Otavio Vaz Leila Yhitomi Fujita Adhemar Albertini Junior Alba Lucia Andrade Coelho Ana Lúcia da Silva Correa Ana Maria Teixeira Ana Teresa Artiga de Salmeron Angela De Almeida Duarte Antonia Miwa Iguti Antonio Humberto Simonetti Neto 790088 Armando Antonio dos Santos Pousa 761180 Atilio Enrique Liceti Dibos 760105 Benedito Carlos Benedetti 770145 Carlos Manoel Pereira Soares Mansinho 790163 Celia Misako Shimabukuro 790186 Claudia Aparecida Vicente

A construção do saber: a história da FEA

121


formandos do curso de graduação 790222 780214 790241 790264 780292 720175 780305 790331 780326 790408 780428 790468 790465 780455 790572 790573 770524 790604 790606 780649 780657 780666 790686 790699 790715 790739 790753 790760 790767

790833 790922 790927 790929 790931 780899 790952 790972 760933 771231 791022 791026 780987

122

Danuza Bento Goncalves Deborah Lotuffo Brunetto Doralice Maria Falcirolli Edson Watanabe Eloy Marini Camas Ester Duclos Eunice Yoshie Kodama Fabio De Castro Freitas Fernando Marcos Galvao Guiomar dos Santos Vieira Jacy Suzumi Kubota Jadyr Mendes de Oliveira Jaime Rodrigues Filho João Pedro Funes de Menezes Josianne Anhesini de Almeida Julia Hiromi Yamamoto Leila de Fatima Pedreira Liliam Enoshita Lilian Guerreiro de Carvalho Magali Chrispim Marcelo Andery Abbud Marcelo Tornatore Nogueira Marcia Corasolla Márcia Vianna Dias da Silva Marcos Afonso Viccari Maria Aparecida Mauro Maria Cristina Iorio Maria Elisa de Carvalho Maria Filomena Claret Andrade Fernandes Moacir Antonio Razera Pedro Paulo Veronesi Brochado Rafael Lofrano Netto Rainer Bert Knuppel Raquel Campanelli Bartol Regina Isabel Nogueira Renato Botti Monteiro Rita de Cassia Frazão Roberto Antônio de Pretto Rosa Tizue Nakano Sandra Cristina Naime Sandra Maria Mian Sandra Maria Speranza Benevides

A construção do saber: a história da FEA

791053 791054 791094 791111 791124

Silvana Aparecida Bragatto Silvana Pedroso de Oliveira Telma Garcia Valdir Roversi Vera Cecília Martins Gouvêa da Silva 791132 Vera de Toledo Benassi 690265 Waldemar Augusto Junior 791143 Waleria dos Santos 781104 Zilda Doratiotto de Salles

760479 780513 800502 800520 800522 800526 800621 760625 800657 780707

1984 780159 790764

Cecilia Helena Goia Maria Eugenia Marques de Almeida 791097 Tereza Cristina Seger Gomes 771215 Alejandro Maria Reyna 800030 Alfredo Serra Silva 800036 Alvaro Eduardo Pereira 780048 Amelia Shizuko Kasai 800055 Ana Maria Gomes 800079 Anselmo Duarte Berteli 780153 Cassia Aparecida Tavares 800189 Cláudia Helena Degaspari 800191 Claudia Rossini De Carvalho 800208 Consuelo de Lima Fernandez 800215 Cristina Nassuno 800227 Deborah Dos Santos Garruti 800231 Denise Marcli Bedin 800256 Édson Aparecido Abdul Nour 790263 Edson Soeira 800281 Elaíse Maria de Mello 800288 Eliana Paula Ribeiro 800291 Eliane Miyazaki 800292 Elias Duarte de Carvalho 800295 Elisena Aparecida Guastaferro Seravalli 800296 Elizabeth Bacci 800381 Guilherme Rodrigues de Campos 790448 Ioanis Athanase Sarantopoulos 800425 Janio Sampaio

790745 800683 800693 790784 800740 800757 780797 771117 800856 790907 790917 800918 790990 801004 801018 801041 801056 801074

801091 801093 801100 801134

José Eduardo Ghiraldini José Luíz Martini José Roberto Pires Goldoni Jussara Carvalho de Moura Karina Maria Olbrich Dos Santos Laércio Barbosa Márcio Abdalla Freire Belem Marco Antonio de Souza Goulart Marcos Wilson De Aguiar Valim Maria Auxiliadora de Morais Lisbôa Maria Cecilia Mancilha Neves Maria Cristina Laranjeira Malto Maria Do Carmo Pontes Maria Regina Damin Marilena Aquino de Muro Marise Aparecida Rodrigues Martha Martini Miranda Nelson Brasilio Sakazaki Paulo Cesar Esteves de Lira Paulo Furtado de Mendonca Pedro Carlos Pereira Junior Renata Prado Da Silva Ronaldo Hiroshi Inoue Sandra Silva Martins Sérgio Roberto de Siqueira Tango Sílvia Pimentel Marcôni Suraya Valdivia Najar Tereza Cristina Avancini De Almeida Valter Sclavi Junior Vanderlei Roversi Victor Manoel Pelaez Alvarez Yang Hsiu-Wei

1985 800028 760032 800376 800531 790825

Alexandre Ferreira Costa Amilton Carlos Firmino Glaucia Maria Falcão de Aragão Leonardo César Amstalden Mirela Visockas


formandos do curso de graduação 800941 801079 801136 810010 810012 810021 810040 810045 800156 810159 810170 800184 790202 810264 810312 810313 810322 810385 790460 810475 810503 770539 810541

Rita de Cássia Batagin Udo Gert Kn”uppel Zacarias Karacristo Adriana Micheli Adriana Zerlotti Mercadante Alba Valeria dos Santos Amauri Garcia Pereira Amílcar De Queiroz Vital Carlos Roberto Dutra Do Valle Cecilia Avila Martins Charles Andre Jourdain Cibele De Godoy Carvalho Braga Clovis Antonio Pedrassi Eduardo Martins Fontes Fábio Tarazona Pellegrini Fábio Yamashita Fernando Baldini Helio Issamu Kinoshita Ivo Pereira Lima Jose Humberto Soares Katia Casimiro Lino Seiji Yoshizane Luis Guilherme Campos De Oliveira 810557 Luiz Eduardo Santos Dias de Almeida 810580 Márcia de Matos 810596 Marco Antônio Neves 810604 Marcos Guirardello 800704 Maria Helena Castro Reis Passos 810652 Maria Isabel Rodrigues 800754 Mário Weltman Steinmetz 810700 Marisa De Oliveira Fernandes 810710 Marta de Toledo Benassi 810721 Mauricio Muller Adade 810737 Minoru Marcos Takahashi 810806 Paulo De Castro Freitas 810814 Paulo Kazuyoshi Sakomoto 800885 Pedro Luis Pagin 800895 Rachel Virginia De Carvalho 810854 Regina Hiromi Nuruki 810892 Roberto Denuzzo 810894 Roberto Fernandes de Oliveira

810909 810923 791045 791071 811039 811064

Rogerio Diogo Rosana Pereira Mendes Sérgio Roberto Bottezelli Sonia Maria Tilkian Valeria Monteiro da Silva Eleuterio Walkiria Galves Moreira

1986 810226 800270 810729 820021 820042 820056 820109 820128 820203 820216 820221 810232 820240 820241 810281 810333 820347 820360 820389 820398 820416 820438 820443 800468 810530 820585 780645 811069 820640 820726 820744 820793 810797

Denise Maria Rosito Ramos Eduardo Primo Negro Mauro Martins Pereira Alfeu Carlos Júlio Ana Maria Gati Angela Cristina de Souza Martins Beatriz Del Fiol Carlos Alberto Prestes Cristina Bartelega Cembranelli Dario Pavan Filho Deize Norie Turuta Djanira Maria Pinto Petry Ecio Vidotti Filho Edeli Ramos Eliete Malfatti Serra Flavia Cristina Reis Januzzi Francisco Braz iguti Francisco Mathias Ormenese Hajime Sedaca Assakura Helio de Araujo Isidro Canhisares Neto Joao Mauricio da Silva Joao Roberto Yoshida Arizono Jose Claudio Mirra Priolli Liliana Furlan Luiz Henrique Barbosa Lallo Luzia Elena Chaud Marcal Galdino dos Santos Marco Antonio Galasso do Amaral Marialuci Oliveira Frangipani Maristela Portela Alvarez Nelmari Yasumi Ohnuma Paula Cappelli Saad

820863

Paulo de Tarso de Andrade Guimaraes 820848 Paulo Francisco de Campos Elias 820914 Rita de Cassia Salvucci Celeste Ormenese 820918 Roberto Akira Saito 780962 Rosangela Aparecida Bufarah 780968 Roseli Aparecida Prete Ferreira Righi 810942 Sandra Cardoso De Souza 820985 Silmara Barbosa 801028 Silnei Nunes Martins 820994 Silvia Helena Yoshiassu 821017 Sylvio Jorge Hares Junior 781051 Tatumi Kajiyama 821035 Valéria Miyagusko Taba

1987 790023 820101 820162 820364

820471 810376

790565 810515 820556 820654 820671 820713 781164 820892 830013 830041 830051 830085 820070 830123 820127

Alexandre Camata Atila Corral Celso Francisco Maroni Filho Franz Alexandre Matioli Muller Carioba George Emmenegger Haroldo Augusto Barbosa Rosas Filho Jose Roberto Gomes Pinto Leda Marcia de Oliveira Alvala Ludmila Rogerio Martins Pereira Marcus Vinicius Carvalho Grade Maria Celia Martins Maria Teresa de Alvarenga Freire Orlando Orsini Sobrinho Renata Torrezan Adriana de Camargo Pereira Alvaro Barbosa Azanha Ana Cecilia Barbosa do Amaral Andréa Naccarati Panico Antonio André Baggio Arnaldo Tikayoshi Siguemoto Carlos Alberto Piccoli

A construção do saber: a história da FEA

123


formandos do curso de graduação 830178 830183 820217 781157 820256 830316 830335 811227 830371 830397

Caroline Joy Steel Mitrovich Cecilia Ribeiro Piau Davi César Baptista Edith Nelly Castañeda Romero Edson Luiz Yosino Erica Michel Shepard Shamsi Fernanda Betti Cesar Francisco Carlos Rodrigues Geraldo José Adabo Guilherme de Almeida Souza Tedrus 821084 Inaldo de Antoni 810405 Isabel Cristina Bottene Schineider 820418 Ivana Maria Pereira 830520 Kátia Aparecida Guerra 830524 Laercio Lores Torres 820605 Marcelo Cristianini 830626 Márcia Regina da Silva 830733 Maria Teresa Esteves Lopes Galvão 830743 Marina Ayako Yabuuti 830746 Mario Augusto Giacomello Siqueira 820736 Mario Cesar dos Santos Matos 830776 Mauro Kernkraut 830795 Nelson Antonio Seron Rios 820805 Newson Ricardo Barufatti 820860 Paulo Sérgio Tahira 830879 Regina Lúcia Firmento de Noronha 820948 Rosemar Antoniassi 810937 Rubens de Almeida Cangussú 830985 Sílvio Luís Cerchiari 831012 Sonia Yasuko Takemoto 831030 Tânia Terumi Nakajima 831070 Wai Jou Chan 831077 Wang Chao-Jen

1988 830133 810078

Ana Maria Bataglia Antonio Alexandre Melchor Claudio 810119 Brian Castelli Azevedo

124

A construção do saber: a história da FEA

820179 820288 820520 820738 810788 831062 830009 840016 830045 840071 840075 830069 830144 840177 840208 830212 830219 840236 840291 830270 830279 840361 840372 840398 840429 830450 830457 840513 820453 840519 840598 840636 830628 830639 840687 840709 840726

Cláudia Ayres Lemonache Elisa Girardelli Pinto Novais Laercio Adriano Vituli da Silva Mario José de Campos Slikta Osvaldo José Baldin Vinicius Luiz Teixeira Adriana Akie Watanabe Adriana Maria Ribeiro dos Santos Amauri Storto Ana Carla Martins de Oliveira Ana Cristina Muller Ana Teresa Ratto Carlos Alberto Matarazzo Carlos Henrique Correia Christiane Diehl Santiago Christine Raats Claudia Helena Ribeiro Cláudio José Ribeiro Gomide Edmundo Antonio Mollo Edna Mori Eduard Fontcuberta Fabio Roberto Maestrelli Horta Fernando Augusto Del Grossi Francisco Luiz Travaini Gláucia Marafon João Henrique de Oliveira João Pedro Quiñones José Anísio Castilho José Antonio Delmonico José Carlos Mendes Fragoso Lúcio Hiroshi Yonemoto Marcelo César Alves Mota Márcia Rodrigues Guilherme Marco Antônio de Oliveira Scafi Marcos Demetrio Alcantara Maria Angela Orsi Berton Maria do Carmo de Oliveira Carneiro 840752 Maria Rita Kr”ahenb”uhl 840760 Mariângela Terumi Nakane 830763 Marta Mitsui de Almeida 840794 Milaine Cristina Cavioli 830887 Renata Mitie Fujihara

840920 840949 830949 840973 840998 831011 841030

Ricardo Manabu Sasaki Romeu Eduardo de Araújo Roseli Maria de Arruda Franco Sérgio Carlos Brandão Junior Silvia Mine Yokoyama Sonia Maria Broglio Syllas Fernando Benevides Matanó 841058 Vera Lúcia Rodrigues Cruz

1989 840074 840141 830188 830236

Ana Claudia Pereira Arthur Vieira de Lima Célia Nagao Cristina Aparecida P.de Souza Sartoretto 820205 Cristina Ribeiro Soares Saad 830275 Edson Luís Canateli 830304 Eliete de Moura Batista 830542 Lisandra Freitas Coragem Garcia Toledo 830606 Marcelo Finucci 840838 Orivaldo Antonio Mistro Junior 830863 Primicio Yukio Onosaki 840932 Roberto Boock Moretti 830963 Sandra Masako Tukada 841098 Yemiko Makino 850038 Alexandre de Paula Assis 850048 Alfredo Aoqui 850056 Ana Beatriz Pamplona Martins Pereira 850071 Ana Luisa Dutra de Aguiar 840192 Cecilia Tokiko Tabuchi 830233 Cleide Keiko Hanzawa 850238 Daniel Madureira Gonzaga 850263 Edmar Françolin 850272 Eduardo Castello Branco Doria 850309 Érica Macêdo Freitas 850313 Ernesto de Morães Leme Neto 851191 Fernanda Paula Collares 850358 Flávio Luís Schmidt


formandos do curso de graduação 841147 850386 850431

850445 830485 850518 840587 840609 840731 850703 810764 850810 840860 840881 850877 850885 860902 850946 850952 830952 850999 851010 841069

Gaspar Alejandro Ortiz Rodriguez Giovana Barreto Izabel Maria de Carvalho e Mello Mattos Janice Ribeiro Lima José Dorival da Silva Junior José Rubens Hiroshi Matsumaga Luciana Harumi Hashiba Luís Fernando Loreti Maria Elena Couselo Mosquera Maria Estela Abramides Testa Nelson Ubaldo Ribeiro Patricia Cerdá Soares Paulo Kenji Akahori Pedro Paulo Melchor Cláudio Renata Tieko Nassu Renato Marcelo Ismael Lutti Roble Dias da Silva Ronald Zink Rosângela Gama Brandão Rossana Peres Torres Sílvia Cristina Troitino Simone De Marchi Galante Vlamir dos Santos Marques

1990 850571 850989 850015 860024 860027 840073 860059 850138 840164 850155 860190 850200 860226 870269 860288

Luciane Mie Kawashima Sérgio Nagy Lopretto Adriana Azevedo Alberto Marcelo Rodrigues Aldo Luís Colli Ana Célia Veiga de Carvalho Ana Cristina Rodrigues dos Santos Carla Carvalho de Silveira Carlos Alberto Rodrigues Costa Carlos Moo Koon Chean Cibele Sousa Pinto Cláudia Lima Perecin Cristina Eiko Okada Cristina Toyoko Dohi Edvaldo Paulo Marques

801167 860359 850387 840436 860411 850424 850450 860489 860494 860544 860546

Eric Ivan Dominguez Cuervo Frank Marcos Bobzin Gisela Chebabi Abramides Guilherme Nader Iracema Silva Belchior Iriani Rodrigues Maldonate João Carlos Golfi Joselena Peressinoto Júlio César Attílio Luciana de Paula Galvão Luciana Maria Leite Whitaker de Carvalho 850569 Luciana Rodrigues Oriqui 830608 Marcelo José Durante 850685 Margarete Midori Okazaki 860695 Maria Antonieta S. Hilst Padula 860703 Maria Cristina Torres 860730 Marisa Helena Schneider David 860738 Marta Ochigame 861124 Mayra de Oliveira Carneiro 840791 Michel Melem Júnior 860763 Mirtes Miki Kokubu 840804 Mitie Sônia Sadahira 860774 Nadine Roberti Heisler 860784 Neyvan Peçanhuk 860803 Osvaldo Luiz Cardoso Furtado 860881 Ricardo José Pires de Aquino Pereira 851242 Ricardo Martinez 850914 Rita de Cássia Benez 860934 Rosiane Lopes da Cunha 860982 Silvana Monteiro Kalckmann 851005 Silvio Luis Carlos Ferrari 851016 Solange Malavazzi Trovatti 861023 Suely de Paschoal Pereira

1991 860127 841221 880254 860333

Asdrúbal Corral Diolia Oliveira de Carvalho Edméia Sabadini Fernando Bocchi

860397 860484 860493 850588 850739 840787 820857

861012 851032 870099 870124 870127 870147 870166 860130 870207 870209 870244 870272 870412 870421 870449 840434 870473 861197 870494 851145 861193 841127 870581 860543 870606 870620 870626 870662 870666 860661 860662 861169 870785 870805 860762

Heliana Araujo Hasche José Ricardo Santini Campos Juliana Oliveira Castro Luis Fernando Saldanha Salaroli Mario Tadeu Fonseca Souza Mauro Mamoru Matsuda Paulo Roberto de Vasconcellos Dias Solange Kozue Komatsu Thomaz Henrique Yazima André de Campos Bannwart Andréa Pitelli Boiago Gollucke Angela Bombana Clauss Antônio Marcos Martins Munuera Beatriz Brito Bottura Beatriz Clark Giannini Célia Maria De Marco Celina Izumi Hassegawa Claudio Luiz Cherubim Daniel Afonso Todeschini Fernando Moreira Bento Flávia Maria Pereira Freire Giuliano da Cruz Hofling Guilherme Decot Henry Naoyoshi Kagayama Hugo Berman Eguez Montes Jane Maria Garrido da Silva Jorge Fernando Gatica Peragallo Karen Glaser Leonard Sebio Liana Martelanc Luciana de Castro Luciana Martins Cruz Luís Alberto d’Almeida Leanza Luis Celso Campos Marcello Ortolano Marcelo Colaço Gorgatti Márcio Rui de Oliveira Márcio Yoshinaga Marcos Kenji Alves Mariângela Ikeda Ribeiro Marta Yaioi Tamaru Mirian Yumi Yamada

A construção do saber: a história da FEA

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formandos do curso de graduação 870844 840832 870851 850828 860835 851271 870936 870977 861166 871020 871021 850966

871043 831134 871064 841150

871076

871078 841020 861062 861066 831075 871155

Nei Messias Vieira Neygmar Augustus Cyrino Nilton César Pittorri Paulo de Tarso Hennies Paulo Sergio Celani Raquel Ângela Saraiva Regina Hitomi Hira Ricardo Poli de Campos Ronaldo de Andrade Junior Rose de Cássia Rogerio Rosemary Fernandes Sandra Maria do Nascimento Pucciarelli Sandro Teixeira Maróstica Santiago Javier Calderón Eguez Sérgio Mobaier Silvano Augusto da Graça Barbosa Barros Sílvia Cristina Sobottka Rolim de Moura Silvia Lombardi Sônia Katsuura Wagner Okuhara Canalonga Waldomiro Filleti Júnior Walter Rodrigues Wanda Midori Hashizume

880244 871179

871183 880301 880304 870398 880379 871221 880513 881643 870762 860761 841239 880674

880739 880780 880819 880827 870949

1993 860905

1992 860284 850610 870833 800954 871085 880010 850045 870083 880103 870151 880129 880146 840270

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Eduardo Palmero Luiza Yoshie Ishisaki Monica de Araujo Machado Roberto Meirelles de Souza Simone de Camargo Adriana de Oliveira Picchi Alexandre Salles de Oliveira Ana Paula Casillo Jardim Tarozzo Andréa Satie Amaral Hayashida Antonio Toshikazu Dohi Augusto Jun Makita Carlos Alberto Celani Dener Soares de Almeida

A construção do saber: a história da FEA

Doriana Souza Camargo Pieri Edneli Soraya Monterrey Quintero Erwin Oscar Méndez Tarabillo Eveline de Abreu Mendes Fabiane Mojola Fernanda Zaratini Vissotto Gláucia Torezan Joelma Aparecida Gouveia Luciana Ferracini dos Santos Luz Selene Buller Maria Cecilia Pinto Guarnieri Miriam Laranjeira Malto Murilo Souto Abrantes Osvaldo Alejandro Espínola Bustamante Ricardo Augusto dos Santos Rosana Cristina Romio Sidney Rodolfo de Souza Junior Silvia Lis de Arruda Fortes Renata Leite Zangelmi

880031 890035 890083 890122 890131 880186 890275 870247 890302 880229 890330 890414 890431 870404 880335 870422

Rodrigo Pinheiro de Toledo Vianna Alessandra Brito de Mello Alessandra Cristina Campos Aline de Oliveira Garcia Ana Paula Martins Ana Sílvia Fidelis Christiane Vieira Palma Cláudia Ivanov Cláudio Roberto Gutierres Alves Cristiane Chiavegatto Daniela Maria Gaion Kakuzo Daniela Martins Mariuzzo Erika Angeli Marino Fabiana Maria Bertoni Bonetti Fernando Cosenza Zago Fernando Jundi Tanioka Flavia Mariko Kawano

881597 890499 890569 880436 890660 890671 890712 881648 890763 890781

890829

880902 890876 890878 881704 890918 890927 850896 860893 880768

860922 891171

Flávio Baglioni Gabriela Alves Macêdo Iwao Nishitani João Paulo Brandão Liu Hsing Ming Luciana Carvalho Cicolo Luiz Fabiano Gomes Godoi Marcelo Fernandes Ferrer Márcia Cristina Teixeira Mambrim Márcio Teixeira do Nascimento Varella Maria Gabriela Vásquez Fernandez Mario Enrique Indaburu Lijerón Mônica Pavanelli Monica Piedade Boschetti Patricia Côrtes Vieira Patrícia de Paula Bataglini Patricia Sayuri Tanada Ricardo de Faria Alvim Roberto de Lima Rodrigo Chateaubriand Bandeira de Melo Ronnie José Pizzi Costa Vânia Facchini de Bortolo

1994 890036 870102 880256 880268 890421 881752 871139 900010 890012 900042 890047

Alessandra da Conceição de Souza André Guedes Pereira Edna Sayuri Katsurada Eduardo Mendes Abrão Ery Koga Sílvia Regina Gonçalves Pereira Vivian Takahata Adriana de Araujo Guzzi Adriana Galhardi Apuzzo Alessandra Faria Baroni Alexandra Morelli Ferreira de Camargo 860039 Alexandre Velho Andreolli 900093 Alexandre Werner Loosli


formandos do curso de graduação 890093

Ana Carolina Sampaio Doria Chaves 900125 Ana Luiza Curvêllo Tolentino 900152 Ana Paula Vicentin 880929 Ana Tereza Lopes 900159 André Brianti 890150 Andrea Cavalieri Carciofi 870121 Andréa Mônica Machado de Oliveira 870137 Anna Cecilia Abbud 870156 Artur Ribeiro Gudwin 880178 Celina Matsue Sanomiya 890280 Claudia Regina Valente 900320 Cynthia Helena Barbosa Saldanha 901355 Daniela Pomilio 870351 Eliane Maria Ferrarezzo 900458 Fabiana Siufi Samaan 900466 Fábio Habesch Oliveira 900532 Gabriel Galembeck 900534 Gabriela Machado Sales 900592 Helen Lara Martins 900610 Isabel Cristina Cristofoletti 900646 José Carlos Laranjeiras Betinarde 851146 José Guillermo Krauch Morinigo 900772 Luís Felipe Toro Alonso 890760 Marcelo Veiga Mendes 900862 Marcio Tadashi Sato 890821 Maria de Fatima Archanjo Sampaio 900938 Marta Mendes Miguel 890889 Nely Maris Kato 890928 Patrícia Sinnecker 880693 Paulo Ferraz de Toledo 901055 Priscila Ferraz Chiozzini 901073 Regiane Varella 880755 Roberta Helena Purini 880801 Santy Witarsa 891115 Sibéli Ortiz Beselga 901222 Sílvia Helena Saenz Marola 891146 Sueli Akemi Shirata 901275 Valéria de Matos Acquarone 901476 Valeska Weymann Fuentes 891168 Valni de Souza

1995 900199 900277 880302 900530 900557

Anna Cristina Pizzolato Silveira Claudia Harumi Maruta Ezio Sakamoto Frédi Gabriel Cardoso Braga Giselle Ribeiro de Souza 880533 Maira de Almeida Mina 900858 Márcio Aurelio Bailoni 901191 Sandra Emi Kitahara 901285 Vanessa Pinho da Silva 880865 Vitor Negrete 900050 Alessandra Varoni 910038 Alexander Boccaletti Marques Picoli 910052 Alexandre Fernandes Moraes 910058 Alexandre Mendes Campos 900112 Ana Decot 901339 Ana Paula Cuccio 910110 Ana Paula de Rezende Peretti 890155 Andrea Lopes 900189 Andréia Eliane Ide 890173 Ângela Cristine Mochi 910166 Ângela Tiharu Takahashi 880110 Antônio Carlos Borges de Freitas 910197 Carla Maria Cardoso Fantoni 901347 Carla Proença Arcari Corrêa 910233 César Novais Cremonesi 910294 Cyntia De Pierre 901354 Daniela Helena Pelegrine Guimarães 910371 Eduardo da Fonseca Soares 900406 Elaine Aparecida Pinto 910490 Fernanda Calvo Jeronimo 900536 Gabriela Ortiz Salema 911416 Gisele Cristina Maziero de C. Bannwart 900564 Glauco Benatti 881616 José Ricardo Crepaldi Ganancio 910717 Leandro Nonino 910729 Letícia de Almeida Sevilhano 910737 Lilian Regina Barros 900749 Luciana Rezende Romeiro

911459 880540 890811

Maisa Peixoto Munhoz Marcelo Alexandre Prado Margarida Maria da Cunha Penteado 900887 Maria Amélia Rodrigues 890815 Maria Beatriz Domarco Ismael 900919 Marina Helena Teixeira Gervásio 910930 Marta Maria Marcondes Ghizzi 910948 Mauro Alberto Romano 870822 Mauro Sérgio Nobre Terreri 910984 Nuria Abrahão Chaim 890958 Paulo Renato Adorno Barone 901076 Regina Paula Nakamura 880729 Renata Marton 911158 Rodrigo Soldatelli Sozo 911187 Rosinely Casadó Ferreira 911235 Sergio Prandi Valadares 901223 Sílvia Kahori Sonoda 880864 Vinicius Pedote

1996 910057 900191 910438 881598 910683 910703 880479 911454 910994 911115 911126

Alexandre Massahiro Usizima Andréia Maretti de Carvalho Erika Kiyuzato Flávio de Souza Neves Cardoso Joy Su Karina Gonçalves Teixeira Kendi Fujimaki Luis Roberto Pontes Oswaldo de Faria Penhalber Roberta Coan Ferretti Roberto Henrique Mestrinelli Carrilho 911168 Rogério Gomes de Oliveira 911261 Silvio Fernando Bueno Franco 901239 Simone Ribeiro de Oliveira 920071 Alexandre Grandi 920079 Alexandre Pinto Gachineiro 910074 Aline Lucena Mór 901345 Carla Deguirmendjian Rosa 911380 Claudia Nakamura

A construção do saber: a história da FEA

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formandos do curso de graduação 920328 920329

920341 910314 920361 910327 900397 900455 920498

920500 920508

920521 900495 910507 920537 920627 920645 920650 920683

920725 920775 911443 911444 920825 890697 880962 920911

910849 920977 900906 920991

920995 921003 921054 910970 921095 921102

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Cristina Harumi Uemura Cristina Mazzini de Freitas Miranda Daniel Fontes Grigolon Daniela Lazzeri Arantes Daniella Valeri Darcio Cordeiro Eduardo Kyono Fabiana de Seixas Maia Krepel Fábio Fraga Leandro de Figueiredo Fábio Hasegawa Fabio Teixeira do Nascimento Varella Fernanda Hernandes de Almeida Fernando da Nóbrega Ubarana Fernando Emilio Erne Flavia de Assis e Souza Henrique Martha de Oliveira Isabela Balassiano Iuri Cunha Bueno João Paulo Pino Tormenta da Silva Juliani Hitomi Arimura Kitakawa Letéiya Icida Luciana Chagas Caperuto Luciana Fátima de Sousa Luciano dos Santos Koller Lucio Caleffi de Azevedo Luís Carlos Perucello Saviolli Marcelo Pereira Rodrigues M. Marques Marcia Regina Baranauskas Maria Cristina Chiarinelli Nucci Maria Lucia Sabatino Caldeyro Maria Luiza Bernardes Ayque de Meira Mariana de Paula Eduardo Marília Barini Felippe Miriam Yamashiro Mônica Yumi Sakurai Patrícia Helena de Toledo Patricia Olivieri

A construção do saber: a história da FEA

911015 911019 911051 890988 921187 911109 901156 911203 911254 921313

Paula Chagas Constantino Lessa Paula Odaguiri Pricila Grego Veiga Renata de Almeida Prado Chade Ricardo Davi Ricardo Takanori Kaduoka Rodrigo Wilner Sandra Cristina Esteves Berti Silvia Amelia Verdiani Tfouni Silvia Junqueira Sallowicz Zanotti 921328 Simone Alves Lyrio 921331 Simone Miyamoto 921406 Ylana Beccaro

1997 920017 910029

920575 921666 921033 921164 921240 921289 921405 930718 920035 920044 930496 931153 910088 930334 910114 900172 931568 920217 908839 931014 920313 910282

Adriana Moucherek Cecchinato Alessandra Menezes Raposo do Amaral Gisele Mara Bertolazzo Duarte Glauce Pereira Rodrigues Mauro Zackiewicz Renata Naomi Kikuchi Rodrigo Murakami Ohara Sandra Yuri Hassimotto Yghor Luiz Hideki Hatae Adriana Mara Tasselli Alcina Maria Liserre Alessandra Zambaldi Silva Alexandra Kodaira Ana Beatriz Lima Nobrega Ana Claudia Fujihira Graballos Ana Glaucia dos Santos Camilo Ana Paula Marino Ura André Rezende Azevedo Bárbara Rocha Tanque Berenice Rosa Carmen Maria Olivera Müller Claudia Fany Vitali Cristiana de Paula Pacheco Cristiane Santos Agnelo

920354 931097

931668 920501 930127 931536 920525 921486 890492

920558 901382 900586 931363 930771 920657 920699 920750 920778 931941 920816 910782 890699 930181 920956

930480 931539 931028 921088 911023 921198 921263 921317 931143 930548 911310 911313 880985

Daniela Simões Angelo Debora Zamarrenho Mantovani Durval Luiz de Oliveira Pereira Fábio Keniti Natsumeda Fernanda Carvalho Tavares Fernanda Ferrazzoli Devienne Fernanda Tavares de Campos Fernando Borelli Editore Francisco José Strazzacappa Santucci Gabriela Maia Ferreira Onofre Guilherme Lopasso Tosi Gustavo Tayar Peres Hideko Teruya Isabela Salvador Jacky Levy José Clovis Carvalho Monteiro Kênia Kato Leticia Harumi Arasaki Lilian Coutinho Fernandes Luciana Trindade e Resende Lúcio Boni Turola Ludovico Roberto Derubeis Márcio Scucuglia Marcos Rodrigues Amorim Afonso Maria Carolina Dorin Mirian Emi Iwamizu Neuma Cristiane Tieko Aoki Patricia Blumer Zacarchenco Paula Ribeiro Soares Ricardo Szuster Ronaldo Jacobusi Silvia Maria Pudenci Furtado Silvia Regina Cruz Valéria de Avila Moreira Vaneska Rodrigues de Mattos Vanessa Rosas Vasconcellos Pablo Antonio Torrico Mera


formandos do curso de graduação 1998 891252 931715 931087 920658 931366

Alexandre Monteiro Kapritchkoff Ana Meisel Aurea Yuki Sugai Janaina Coral Zacarchenco Marco Antonio Conti Carlotti Filho 920997 Mariana Meirelles dos Santos 900961 Milton Yoiti Terada 931186 Patricia Hitomi Matsunaga 930150 Renata Amaral Rodrigues 930994 Sami Foguel 930921 Tatiana Andrade Rabello Carvalho Pacheco 931774 Ádrian Ildi Risseto 931949 Adriana Hirata Aoki 930984 Adriana Maria Monteiro de Moraes 940822 Akane Kawasaki 940914 Alessandra Simões Francisco de Sales 941506 Alexandre Reis Diniz 930884 André Luís Amado 941086 Camila Mosaner de Souza Moraes 931616 Carla Miyagui Yonamine 941601 Christian Vieira Corbellini 931195 Cinara Milanez Shibuya 941500 Clarissa Reschke da Cunha 941895 Cláudia Guimarães Wetzel 930392 Claudia Maria Simões Scavroni 930374 Cristiana Naime Packer 940988 Cristiana Ribeiro Fernandes 940257 Dalton de Campos 931146 Daniel Márcio Ruschel 931429 Daniel Pereira Lôbo 940608 Daniel Sandrini 940910 Daniela Antunes dos Santos 940439 Daniela Bin 941037 Daniela Cristina Yamamoto 941546 Daniela Regina Martins Nunes 930247 Débora Liane da Silva Sanches 921073 Desio Devito Davoli

930710 940907 940907 941237 920555 941066 920576 930164 920607 931085 930398 920662 931272 940424 931275 941254 931123 941136 932061 940375 930996 931170 930574 920830 940531 930600 920928 931932 941189 931993

940148 941098 940908 941406 921030 940242 940152 931283 921060 941005 931919 930708

Elizabete Simohara Fabiana Lijer Wu Fabiana Lijer Wu Flávia Richter Fernandez Gabriel Oliveira Pedrassoli Gabriella Mendonça Affonso Gisele Maria de Paula Gláucia Helena Pinheiro Gustavo Ferreira Dias Heloisa Fujihara Izael Gressoni Júnior Jefferson Aparecido da Costa José de Souza Dias Gutierrez Julian Martinez Juliana Hirota Juliana Kives Ostronoff Karen Mine Harada Karina Zimerfeld Kelen Mondin Bulos Leandro Roberto Magrini Leandro Urias dos Santos Luciana Kimie Kamiya Luciane Cristina Mendes Bidóia Luciene Pierin Marcelo Sasaki Marcia Aparecida dos Santos Marcia Junko Assami Mari Cristina de Sa Maria Cristina Youn Lui Maria Graciete Fontes Lopes B. Vicente Maria Helena Krueger Marici Harumi Bando Marlene Yumi Ando Mateus Rossi Mauricio Rigo Melissa de Godoy Conagin Melissa Madi Antonio Mila Fiorese Silva Murillo Romano Rodrigues Patrícia Yuasa Niizu Ramiro Ortiz D’Avila Assumpção Rita Margarete Donato Machado

931925 941841 941850 940902

Rodrigo Canepa Barbosa Simara Matsubara Suely Naomi Harada Valker Lucio Pavanel

1999 931118 940944 920877 941456 940999 930301 950100 940830

950136 950150 942486 941807 940620 950214 950238 950243 940804 950320 950326 950333 941038 941041 931370 931878 940382 950489 920438 950550 940962 941078 940866 950624 950630

Katia Shishido Luciana Tsukahara Marcela de Sousa Marcelo Borges de Campos Adriana Keiko Miyake Alessandra Alves Lemos Alexandre Spotto Cabral Ana Carolina Dalla Martha Rodriguez Ana Luiza Mattos Braga Ana Paula Saab Anderson Mendonça Lima André Luís Zanon André Moraes Tafarello Anette Cristine Ferreira Cavalcanti Augusto Silveira Fávero Bárbara Virginia do Val Cássio Rodrigues de Lima Cintia Bernardo Gonçalves Clarissa Breggi Claudia Regina de Souza Souto Daniel Diniz Oliveira Daniel Kitawara Wada Daniel Pompeu Piza Soboleski Daniela Delfina De Marchi Daniela Paiva Guimarães Eduardo Moliterno da Cruz Elias Suzuki Erika Haypek Fabiana Elisa Dutra Fábio Gracia dos Reis Fabio Killner Fábio Takeo Marques Itami Fabricia de Assumpção Ferreira Leitão

A construção do saber: a história da FEA

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formandos do curso de graduação 950643 950656 942482 940742 941531 950816 951787 950854 941880 950907 901394

941555 951004 940468 951036 941842 940756 941391 941064 951135 951171 941236 941216 941867 940990 951249 951288 940829 951384 942466 951404 951534 951574 940968 931150 951609

951610 951613 941753 931463

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Felipe Carpinetti Rodrigues Fernanda Wiermann Paques Flávia Koziak Corsi Gislene Aparecida da Silva Gunther Ewald Boss Hugo Estevan Mancini Cia Isabel Cristina de Gennaro Joana Kaori Yamazaki Juliana Carla Martins Kwok Juliana do Amaral Karin Fantana Pimentel de Ríssio Araujo Lia Pereira Nobrega Lin Dong Yiing Luciana Tagliolatto Lopes Luciana Yumi Yamamoto Luciano Nakamura Avona Luiissa Sasaki Marcelo Monteiro Pedras Márcia Lucki de Souza Marcio Braga Lestingi Marcos Ramos Figueiredo Mariane Antunes Lopes Mauricio Kenze Moreno Yado Mauricio Paolino Meibel Durigam Ferreira Pessanha Melissa Santos de Camargo Patrícia de Souza Castro Paula Libertad Campos Rodrigues Raul Tabajara Blum de Oliveira Renata Almeida Shimizu Renato Cadecaro Saartje Hernalsteens Silvia Okida Simone Berger Suzana Okubo Tatiana Arnaes Barbosa Baptista da Silva Tatiana Célia Fujie Gomes Tatiana Lekich Fogaça Tiago Bassani Dantas Lucas Pessoa Dib

A construção do saber: a história da FEA

2000 941603

Daniel de Pinho Ferreira Astacio Rios 941993 Ellen Beatriz Nakashima 950571 Fabiana Nascimento Checcoli 950616 Fábio Pires Zavickis 930740 Fernando José Leite Junior 950729 Gisela Ferreira 910568 Gisele Takekawa 950739 Gláucia Bitencourt de Almeida 950908 Juliana Abbade da Silva 941424 Luciano Carinhato 920914 Marcelo Rodrigues Camacho Torres 951199 Mariana Junqueira Sallowicz Dreyfuss 910917 Mariana Lucizani Müller 921094 Patricia Giannoccaro Von Huelsen 931414 Rafael Petroni Lemos 963199 Rogerio Marciel Silva Tocchini 921260 Rogivaldo Coelho de Oliveira 961807 Adriana Bin 961815 Adriana Pavesi Arisseto 950045 Adriana Terumi Ogassawara 961834 Alessandra Afonso Teixeira Penteado 920038 Alessandra Cristina Pires 961903 Ana Cristina Cecconello Corrêa 941100 Ana Flavia Figueiredo Bertoni 961969 Anna Paula Watanabe 950224 Antonio Carlos Ribeiro Landsmann Junior 950249 Breno Monteiro dos Santos 962069 Celso Eiti Suzuki 931687 Claudia Monteiro de B. M. Del Lucchese 931107 Daniela Alcantara Garcia Boksjö 962299 Fabio Augusto Pontes 950626 Fabio Tomio Misawa 962354 Fernanda Guimarães Tardin 962361 Fernanda Rezende Facchini 962364 Fernanda Simon Paim Nogueira

962386 962392 962393 950683 941495 962405 962434 962447 962466 962478 962488 950784 950793 962530 950840 962559 950922 940107 962639 962642 950994 951001 951020 951021 951035 952325 962789 951100 951126 962892 962894 952316 951213 941828 951253 962965 951271 951289 963021 963031 963065 963092 951461

Fernando Rodriguez Fontana Flávia Amato Reame Flávia Cardoso Ferreira Flavio de Moribe Yamaçake Flávio Gomes Cardoso Flávio Peckolt Campos Gaby Tiemi Suzuki Giovana Palazzi Guilherme Brighenti Prelorentzou Gustavo Assis Rodrigues Gustavo Levy Dosualdo Haroldo Yukio Kawaguti Heliane Betune Isabel Mendes Quintanilha Sierra Janaina Brasil da Rocha João Marcelo de Melo Teles Juliana Rabelo Juliane Dias Gonçalves Kátia Sayuri Nakazato Katiuchia Pereira Takeuchi Letícia Barthmann Moura Lilian Simões dos Santos Luciana Afonso Bittar Taffarello Luciana Aoki Fukino Luciana Ximenes Leite Luis Fernando Ferrata Marcela Sismotto Marcelo Antonio Velloso Silva Márcia Cristina Faria Mariana Uenojo Mariane Ferrarini Bertazzoli Marília Sansigolo de Figueirêdo Marina Santos Cruz Michela Siqueira Okada Michele Carolina Bianchini Murilo Gagliardi Basso Nicolas Spogis Patricia Akemi Makiyama Patricia Sanae Hamano Paula Torquato Marcondes Priscilla Efraim Regiane de Sá Locatelli Roberta Ceriani


formandos do curso de graduação 951462 941504 942510 963314 951619 951689

Roberta Roesler Rodrigo da Fonseca e Silva Rodrigo Souza Vasconcellos Tatiana Penna Vicentine Tatiana Vargas Wagner Zaniboni

2001 962223 950498 951775 962408 950738 952239 951453 951495 951537 963377 961801 950105 972855 950215 961970 950237 950239 961985 961988 980710 962010 973937 962028

Eduardo Prestes Cesar Sanches Elaine da Silva Flavio Akio Tanaka Frampton Franklin Santana Giuliano Glauco Pavan Imparato Jetra Scatena Benute Ricardo Yao Ming Wang Rodrigo Suzan Sander Dickmann Cunha Vitor Correia Lima França Adalberto Fernando Ferri Alfredo Shobu Matsushita Ana Amélia Sales Scali Angela Grandin Anny Manrich Augusto Endo Áurea Maria Castelo Branco Leal Beatrice Gonçalves Carvalho Beatriz Thie Iamanaka Bei Ning Camila de Miranda Caruso Carina Maria Tronco Carlos Alexandre dos Santos Goldoni 970379 Carolina Martinez Ceccato 962056 Carolina Veludo Mugnaini 962061 Cássio Massami Aoki 962082 Cibele Cristina Osawa 970423 Claudia Regina Gonçalves Pinho 962111 Crisley Pina Oliveira 941597 Crístian Leal Roque 970445 Cristiane Kawagoe 970450 Cristiano Ceolla Bulla

962136 962157 962236 972879 952214 962328 970688 962350 970702

970747 941737 950788 950918 970927 970931 970935 962622 962638 971036 971054 920802 940499 971151 962833 971194 951817 971228

951192 971254 962886 921015 971278 971296 971298 971314 972920 951258 962977 971334 810773 971348

Daniel Drapac do Amaral Daniela Nunes Ferreira Eliane Rumi Kuraoka Emiliana Alves dos Reis Gati Fabiana Harumi Shitara Fabricio Antonio da Silva Fernanda Abujamra Fernanda Barbosa Borges Fernanda Toledo Del Poço da Cruz Gabriela Migotto Gislaine Chrystina Nogueira Helcio Burd Juliana Gubel Juliana Guerreiro Juliana Kofes de Almeida Juliana Morais Canellas Karin Moromizato Karla Oddone Ribeiro Lidia Yukie Yamaguchi Lisangela Ninomia Luciana Carolina Telles Rosa Luis Fernando Ferreira da Silva Marcelo Braga Augusto Vicente Márcio de Carli Marcio Hideo Ogata Margarete Miyuke Nagata Maria Camila Iamarino Fernandes Russo Maria Izabel Battaiola Sallum Mariana Donnini Mancini Mariana Ferreira Fonseca Marta Battaglia Custódio Matheus Depieri Mei Kanatani Meliane Akemi Koike Milena Yumi Ramos Milton Massahiro Atarassi Mona Ezz El Din Habib Narciso Manoel Ferreira Rosete Nícia Harumi Koga Nilo Ricardo Kim Patrícia Chaves Osidacz

963014 963030 971421 971465 963131 930616 963151 963256 921315 963308 963330 963341 963343 971756 951679 971776

Patricia Mello Garrido Paula Speranza Rafael Ferrarese Renata Yumi Kasahara Ricardo Crepani Angelotti Roberto De Alessandri Roberto Hira Silvano dos Santos Silva Silvia Maria Kuniyuki Tatiana Guinoza Matuda Thiago Leite Nicoluci Tiago Gazzoli Duarte Tiago Rangel Pusas Virginia Traldi Viviane Helena Ferreira Yuri Leite Misumi

2002 970204

Ana Claudia Nasquewitz M. de Oliveira 970293 Artur Gomes da Silva 970588 Emilia Alice Fonseca Ricardi 970655 Fabio Magalhães de Mello 970724 Fernando Yoshida Tomaselli 930631 Harlem Cézar Vieira Cogo 970805 Helena Castelo Branco do Rêgo 950795 Heloisa Batista 962521 Humberto Krum 962572 José Carlos Cordeiro Pereira Filho 971020 Leonardo Guerin 971070 Luciana Camargo Knirsch 962854 Marcos Donizete Ceccatto 971561 Rodrigo Nagem Bellotto 930391 Tamer Fawzi Dawood 980590 Aline da Rocha Jaroszewski 961892 Amanda Hayashi Yamanouchi 980601 Amanda Leticia Parri Zanforlin 980605 Ana Carla Kawazoe Sato 980624 Ana Paula Badan Ribeiro 970226 Analice Teixeira Costa da Silva 961941 Andre Luis Marangoni

A construção do saber: a história da FEA

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formandos do curso de graduação 980698 970302 970315 980743 970332 970335 980750 973953 980775 980798 970387 962070 970415 980854 962106 980872 984493 970502 980926 970514 962205 970557 981056 970628 962295 981118 981153 981158

981161 962369 962389 973904 981269 962468 970796 983058 981311 970806 970835 981345 970836 981438

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Araceli Feltrin Fiorussi Beatriz Akemi Monteiro Bianca Paola Camilli Pastrello Camila Castro Golineli Camila Gesuelli Ribeiro Camila Marion Camila Passarella Lazzarato Carla Mahfuz Monteiro Carlos Eduardo Fernandes da Silva Carolina Franco Marques Caroline Rodriguez Santos Celso Shunji Yamakawa Cibele Rufato Milanez Cintia Nishiyama Claudio Roberto de Almeida Cristhiane Caroline Ferrari Daniel Santana de Miranda Daniela de Freitas Rodrigues Daniela Maira Abe Danilo Barbosa Resende Edson de Paula Ishi Edson Keiji Osuka Erika Cristina Cren Fabiana Sakashita Fabio de Barros Amaral Fabiola Yamamoto Fernanda Junqueira de Castro Fernanda S. Carvalho Gomes Duarte Fernanda Yumi Ushikubo Fernando Antonio Beltrame Fiorella Balardin Hellmeister Flavia Cristina Loreto Rodrigues Graziela Ribeiro de Aguiar Guilherme Correa da Silva Gustavo Norio Yanaka Helder Javier Rodriguez Naupari Helena Finardi Alvares Scanavini Helena Silva Barros Irani Fernanda Geraldi Isabel Cristina Mongelli Martin Isabela Bastos Cardoso Juliana Kleiman Arantes

A construção do saber: a história da FEA

981442 962604 970944 970951 973907 970970 970985 981501 981519 972904 971048 981546 981550 981555 971087 971123

Juliana Oliveira Martinelli Juliana Pires de Arruda Leite Juliani Orlandi Julio Abatepaulo Julio Kiyoshi Furukawa Karina Lopes Cerdeira Larissa Falsarella Leandro de Freitas Sandoval Leon Burkowski dos Reis Leticia de Alencar Pereira Lilian Karine Rodrigues Livia Maria de Oliveira Solis Louise Emy Kurozawa Lucas Klettenhofer Luciane Silva Tocchini Luiz Fernando Guidorizzi de Carvalho 942473 Marcello Rodrigues Turnbull 983756 Marcelo Beraldo da Costa 940568 Marcia Regina Cucatti 971193 Marcio Hideo Araki 971221 Marcos Roberto Barboni 971229 Maria Candida Maia Mellado 981735 Maria Tereza Santos Serikawa 971248 Maria Valeria de Sousa 981780 Mario Roberto Marostica Junior 971312 Milena Rodrigues de Carvalho 962973 Nadine Zulzke de Miranda 951268 Newton Toshikazu Yamazato 984644 Noriaki Makita 981879 Patricia Franco Leal 981880 Patricia Freitas Potenza 981883 Patricia Paixão Martins 981885 Patricia Rossetto Machado 981892 Paula Despinoy 971433 Rafael Uchida 981999 Renata Galvão de Carvalho 982010 Renata Valeriano Tonon 982041 Roberto de Camargo Bisogni 971636 Silvia Regina da Silva Rocha 984691 Tatiana Maricato 963311 Tatiana Menezes Petrauskas 971674 Tatiana Pasquini Mastandrea

982182 982191 982221 982258 971746 972950

Tatiana Yasuoka Bradaschia Thais de Alcantara Thiago Gimarães Brigagão Vanessa Ramires Mantovani Vanina Helen de Castro Wong Hoi Fung

2003 970492 983718 981076 981206 984734

951005 971327 963218 971632 971663 982257 980516 961843 992608 980589 970195 991347 991354 992646 991453 980725 991467 991477 993874 970373 970376 980807 980824 992708 962075 991540 991542

Daniel Roberto Briani Ferreira Fabia M. Monte Cristo de Alencar Fabiana Gonçalves Ferreira Flávio Witzel Cavaleri Herculano Victor Machado Ferreira Junior Lina Andrea Yonezawa Natalia Almeida Buchwitz Rui Toshio Takahshi Silvana Mary Rocha da Cunha Tania Seto Takeguma Kavaguti Vanessa Martins da Silva Adriana Barreto Alves Alessandra Midori Kikuchi Alexandra Motta Luiz Alicia Lopes Sanjurjo Ana Carolina Alcazar Pellegrino Ana Carolina da Silva Augusto Ana Claudia de Carvalho Frota Andrea Moretti Bittar Bruna Mulero Pucci Bruno Lamas Gonçalves Caio Vinicius Zecchin Cipro Camila Lobo Miret Camila Morales Duarte Carolina Ferreira Leite Aquino Carolina Higasi Carolina Martins Vicentin Catarina de Barros Correia Cathia dos Reis Chen Lie Tse Cintia Prado Vargas Clarice Sanae Hamaguchi


formandos do curso de graduação 991546

Claudia Monico Cabral Vasconcellos 993897 Daniela Gomes Metello 940518 Daniela Stankato 991617 Denise Cristina Garcia 980987 Douglas Fernandes Barbin 992796 Elisabete Regina Gurgel Rodrigues 962247 Eniceli Rodrigues Moraes Pinto 970673 Fan Yang Chun 991823 Giacomo Martini Perovano 962444 Gina Adriana de Souza 920573 Giovani Batista 991883 Hugo Neves de Medeiros 991884 Iandra do Nascimento Oliveira 962537 Ivania Kiomi Konno 991923 João Roberto Piovesana Ramalho 991930 Jorge Fortin de Oliveira 991938 José Everaldo Morelli 981437 Juliana Hirata Terra 992982 Lais Silveira Fraga 992002 Larissa Fragoso Santi 992035 Lidiane Brito de Medeiros 993003 Lissandra Silva Mendes 981582 Lucila Correia Garcia 992109 Maracy Monteiro Viana 992113 Marcela Pavan Bagagli 993045 Marcelo de Lima Machado 981674 Marcia Mitiko Onoyama 972915 Marcio Jun Nagamatsu 951165 Marcos Coelho Muller 992170 Maria Claudia de Mello Passos 971301 Melissa Ferraz Barbosa 981813 Melissa Filipini da Silveira 981829 Mirtes Ione Ujikawa 992248 Monica Bucci 981844 Natalia Amanda Vieira Fialho 981861 Omar Ortiz Taleb 992278 Paola Bianca Nutti Savioli 951330 Paulo Jesus do Brasil Rezende 981946 Rachel la Rocca Santos 972926 Raphael Castilho Santana de Carvalho

992359 972778 995098 982034

971539 941157 963279 971665 992501 982214 963382 982282

Raquel Fontana Capalbo Reinaldo Eduardo Ferreira Renata Soliva Costa Ricardo Paloschi Uchoa de Oliveira Rodrigo Almeida Ferro Salatir Rodrigues Junior Simone Yamamura Taro Tanaka Thais Massue Takeuchi Thiago Alves de Oliveira Vivian Ferraroni Aguiar Viviane Navarro Moreira

2004 992623

Ana Carolina Gaspar Gomes Raffaini 991420 Angela Castelo Branco do Rego 991513 Carolina Oba Osanai 980959 Debora Cristina Cipriani 991671 Eiric Manrich 981059 Ernani Paulino Neto 981062 Estela Deyrmendjian 981278 Guilherme Coelho da Cunha Pereira 992898 Guilherme Tadeu Setoyama Pellegrini 991874 Helena Barros Magalhães 981471 Karina Hiroko Takata 981677 Marcio Hideo Nagata 962855 Marcos Henrique Caliman 981855 Nilson Cremonese Junior 941281 Priscila Becker Siqueira 963116 Renato Kalaf Cossi 992380 Renato Sano Coelho 982077 Rodrigo Marcos Bordin 982149 Silvia Freitas Caetano 992484 Tales de Freitas Chainho 992523 Thiago Yuzo Matsuo 001251 Agnes Narimatsu 007923 Alessandra Canini Bugatte

001262 001312 980612 001322 993864 002815 991437 970339 004856 991507 991511 001473 993358 004863 002908 991726 991752 002993 991815 991834 992885 001773 003042 001867 001868 003099 003101 001897 001909 991965 001918 991974 001922 981463 995113 001999 002020 003142 002040 002042 003151 002063

Alessandra Simonaka Taionato Ana Cecilia Poloni Rybka Ana Claudia Scachetti Ana Maria Garcia Palazzo Andre Pastore Bertin Artur de Oliveira Frederice Audrey Hikage Camila Velludo Molina Carina Otsuki Nonogaki Carolina Grabner Reis Carolina Miotto Celso Lemi Fornereto Cintia Borghetti Goes Claudia Mezan Algranti Danuta Chmielewska Fabio Batista Claudino Fabricio Miguel Farinassi Fernanda Antunes Alexandre Franz Tribst Piffer Gislaine Yuka Yoshikawa Giuliana Rezes Biagini Guilherme Belloni Felipe Guilherme da Costa Cava Joaquim Eugenio Abel Seabra Joeni Keiko Alves Wada Joyce Kazue Alves Wada Juliana Alves Macedo Juliana Armani Juliana Maria Porto Cardoso Juliana Moriya Juliana Rosa Battochio Juliano Canali Juliano Lemos Bicas Karim Renata de Souza Leandro Bayer Livia de Figueiredo Torres Luciana de Andrade Bueno Luciano Italo de Paiva Bondioli Luciene Marie Nishi Luciula Lemos de Lima Luiz artur Spagnoli Delben Luiz Fernando Figueiredo Salgado Ribeiro

A construção do saber: a história da FEA

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formandos do curso de graduação 962770 981625 002078 992127 002125 981719 002168 984626 981774 003226 992241 992259 962975 002276 002278 002292 993136 992298

002330 992351 992353 002366 981992 963110

992390 992406 992453 982157 972785 003393 005057 992570

Luiz Henrique do Amaral Maira Jordon Marcel Wilke Caruso Marcelo Machado Marco Antonio Lefevre Gragnani Maria Carolina Cardinalli da Costa Mariana Ieda Ribeiro de Oliveira Marina Costa da Silva Mario Henrique Martinez Marins Michela Namie Saito Milena Lima de Oliveira Naomi Rovere Nakamishi Nara Cardoso Barato Patricia Dellai Pizaia Patricia Levy Paula de Salles Penteado Proença Paula Lie Tsukumo Paulo Henrique Massaharu Kiyataka Prescyla Aksamitas Rafael Resende Maldonado Rafael Ricardo de Lima Barros Raquel Grando de Oliveira Reinaldo Mitica Junior Renato Augusto de Oliveira Cabral Ricardo Fonseca Soares Roberta Mio Brunelli Sandra Regina Yaginuma Soraya Leite Santana Susana Sperone Hoffmann Tatiane Hae Kyung Brandini Park Vanessa Rodrigues Wagner Luiz Ogawa

2005 001309 008481 001591 970714 003061

134

Ana Carolina Mosca Denise Tiemi Yamamoto Eduardo Hideki Tashima Fernando Henrique Nascimento Helena Akemi Uehara

A construção do saber: a história da FEA

001933 001961 972771 981788 002281 992508 992582 971777 007897 991327 001284 001288 007996 008008

004839 008028 991377 008109 008170

011652 001398 008247 011084 008279 008306 008331 008337 992727 008373 008384

950381 008412 008418 008434 011764 011100 008528 008529 008548 008554

Kamila Lopes Abelha Leandro de Barros Teixeira Luciana Misumi Mateus Adriano Lagazzi Penteado Patricia Nakamura Thalita Barreto Freire de Oliveira Wilon Mazalla Neto Yuri Nakandakari Adriana Marquez de Avelar Alexandre Vicente Veras Aline Azevedo Aline Gimenez Oliveira Amanda Nishikava Ana Carolina de Andrade Guimaraes Ana Elisa Penteado Buratin Ana Lucia Bataglion Mori Ana Serino de Rezende Andrea Pires dos santos Garrelhas Beatriz Camargo Barros da Silveira Melo Bruna Godoy Pantalena Bruna Mendes de Vasconcellos Camila Margelo Carlos Carla Gomes da Silva Carlos Eduardo Souza Pereira Carolina Siqueira Franco Picone Cezar Yoo Geun Shin Cilene Yuri Kanashiro Cristiane de Sa Cristiane Yoko Takahashi Dalila do Rosario Santos Assunção Daniel Augusto Bull Daniela Albertoni Bazzaco Daniela Dias Valim Daniele Cintra Malpelli Davi Hideaki Kondo Debora Braga Moura Eduardo Odoni Bonini Junior Eduardo Ossamu Kitahara Eliana Kawakami Elisa Makiyama Kim

001634 008606 001662 008630 991769

991774 003019 003029 008790 992887 008813 001778 008817 011722 008957 993949 001914 009013 970956 001939 009161 009226 981633 992123 009310 002146 002162 981747 009380 002183 002196 002220 009459 002230 002242 002283 993138

009627 009639 002337

Erika Ariane Muller Fabiana de Assis Perrechil Fabio de Faria Barbosa Fabio Rodolfo Miguel Batista Fernanda Marques Torquato da Cunha Fernando Costa Santana Francine Baruffi Gabriela Sayuri Yanaka Giovanna Bressane Gomes Glaucia Kely Benatti Silveira Guilherme de Mello Nascimento Guilherme Jacyntho Guilherme José Maximo Heloisa Fernanda Vital Vinci Joice Calixto Leal Joyce Iris Rosalino Juliana Morais Batista de Lima Juliana Torres da Costa Julio Katsuhiko Yoshino Karina Nakasone Lucas Gonçalves Pereira Lygia Nakamura Manami Honda Marcelo Funo Marcos Djun Barbosa Watanabe Maria Augusta Donato Gonçalves Mariana Aparecida Pavan Mariana Miller Mariana Vanin Sewaybricker Marina Helena de Castro Matheus Bonavilla Seglio Michele Ferrari Buzato Michelle Andriati Sentanin Mirian Futagawa Nadia Jane Ferraz de Campos Patricia Pedrosa Machado Paulo de Campos Carneiro Favareto Poliana Signorette Priscila Petegrosso Stambon Rachel de Araujo Teixeira Gonçalves


formandos do curso de graduação 005016 009782 009784 002439 009826 005037 009853 971604 009891 992487 011217 003428 003441

Raphael Massimoto Ardisson Roberta Holanda Tonini Roberta Piola Ferreira Rodrigo dos Santos Martins Rodrigo Morini Sabrina Cyrillo Silva Sabrina Di Salvo Mastrantonio Samantha Minghini Marchesini Sheila Tavares de Abreu Tania Gomes de Moraes Valquiria Ros Polski Verena Regina Fiori Ferreira Vivian Yuriko Nakamura

2006 008118 008263 980943 991632 962731 009379 009575 005013 009879 970141 001299 007984 015426 008043 015516

008203 008246 008254 992706 001474 008458 001555 015847 015851 995032

Andreia Yumi Tonon Carla Naomi Susuki Danilo Matos Soares Djalma Borges Martins Luciana Tais de Matos Moraes Mariana Ussami Fuzeto Paula Oliveira Martinelli Rafael Bertoncello Sarah Furlan Amarante Aldrey Cintia Sgorlon Lacerda Allan Chegure Croda Alline Artigiani Neves Lima Ana Carolina de Oliveira Ribeiro Ana Paula Moraes Annelise Quintanilha da Costa Alves Bruno Henrique Rodrigues Camila Leonelli Camila Tiemi Ikari Cassio de Sousa Takahama Cesar Henrique Teruel Darlan Rodrigo dos Santos Debora Garcia da Cunha Debora Lapa Debora Siqueira de Paula Edu Godoy Martins Pio

991657 008544 008545 008553 003023 008765 016311 970832 019211 016415 009012 009022 016490 016491 009046 016524 016619 002005 016650 002101 016839 009382 016889 009446 016939 940037 016945 016986 016998 009511 017036 002287 019280 017042 002293 009581 017072 011182 009625 017109 009688 017174

Eduardo Dalcorsso Fodra Elaine Cristina Belentani Elaine Cristina Marcon Eliene Penha Rodrigues Pereira Frederico Augusto Canella Gabriela Bonfante Fernandes Igor da Silva Drago Igor Rabelo de Azevedo Freitas Isabela Pizarro Gualtieri Joyce Midori Numata Ogasavara Juliana Temple de Antonio Juliano Jose Fiorri Karen Megumi Watanabe Karen Midori Abe Kathia Zanatta Larissa Kimie Yamamoto Livia Scalon Ferreira Luana Vieira Clapis Luciana de Simone Cividanes Marcelo Jose Azevedo Mariana Albers Cuminato Mariane de Oliveira Balles Marina Bascherotto Kfouri Melina Particelli Melina Priscila Peruchi Melissa Bacan Michele Belini Natalia Dafne Rocha Mattos Nathalie Baudet Nelson Trevisan Junior Patricia Mattos Patricia Silva Casado Lima Paula Akiko Imada Paula Ashihawa Hojo Paula Diniz Oliveira Paula Zuchetti Frignani Paulo Henrique da Silva Santos Pedro Esteves Duarte Augusto Peterson Felipe Priscilla Truss Ribeiro Rafael Tavares Goshima Raquel Tamara Aparecida Nunes Risse

003295 971499 017243 019319

002516 993265 009933 009938 002538

Reginaldo Yukio Kawamoto Ricardo Massataka Fukuzawa Roberta Estronioli Samuel Henrique de Oliveira Ferreira Stefan Adriaan Coppelmans Talita Fernanda dos Santos Tani Rodrigues Lemos Tania Padilha Fuzetti Tatiana Rodrigues Lima

2007 008014 015610 015702 015823 011671 016416 016497 009210 017063 017321 017609 019128 015441 015454 015488 008106 015504 027093 008172 015548 027271 008243

Ana Carolina Genaro Camila de Oliveira Gonçalves Christiane Curiel dos Santos Danielle Ramazini Vieira Híria Cristina Ifanger Ambiel Joyce Monteiro Acioly Lins Karina Galdino Carneiro Luis Katsumi Matsuda Paula Yukari Tanaka Xavier Roseane Jamile Lopes Ramos Yuka Elena Kawasoko Yhara Aline Faez Muniz de Farias Ana martha Giampietro Ana Regina Olivan Limongi André Toshiro Oshima Franco Andrea Mayumi Saito Angela Satie Takeya Nakamura Beatriz Angela Benedetti Beatriz Cristina Pereira Beatriz Maria Curtio Soares Bernardo Soares Cerchi Camila Joana Fernandes Nascimento 023287 Camila Kanae Matsunaga 023290 Camila Martins Tahim 023358 Carolina Pavan Bagagli 015693 Cecilia Simões Varanda 025454 Claudia Santiago Troca 023429 Cristina Yuki Korogui

A construção do saber: a história da FEA

135


formandos do curso de graduação 015813 015913 023625 023678 015983 015984 015992 023795 023830 016156 016192 016194 016198 016213 023968 016249

008866 026961 019427 016319 024051 024060 019213 024081 027109 024209 992973 016500 024234 016579 025461 024355 024393 024462 016713 009231 009360 016881 016883 016891 024654 024694

136

Daniela Ribeiro de Faria Eduardo Luiz Pozza Elaine Cristina Dantas Peixoto Erika Saito Neris Fabiane de Moraes Fabiane Leão da Cunha Fabio da Costa Alexandre Fernanda Siqueira Franco Picone Filipe Zangarine Quadrado Gabriel Rodrigues do Carmo Gisele Vidal Giselle Maeda Yegami Giuliana Krug Graziela Sgarbi de Oliveira Guilherme Pertrini Mascherpa Gustavo Daniel Rodrigues Cipriano Hélio Watashi Iara Regina Lopes Brauna Isabel Gonçalves Carvalho Isabel Paes Manso Isabela da Silva Prates Isis Woltzenlogel Paleo Jane Cheung Sakugawa Janine Cristina Boccato Julie Miwa Itamoto Julien Mironescu Tomazini Julio Mamoru Nishino Junior Karina Suzuki Kathia Hitomi Tsuboi Leonardo Penatti Agostini Lilian Kuroki Livia de Araujo Manaresi Luciana Alves de Lima Maniã Luiz Eduardo Roveri Luiz Henrique Netto Maíra Monteiro de Brito Mariana loureiro Junquer Mariane Pinhal mariélly Rinco Borges Marina Cavenaghi Marisa Cury Cazassa Melina Dias Valim

A construção do saber: a história da FEA

024733

Natália Daniele Dorighello Carareto 017002 Newton Takeshi Okuno 019283 Priscila Hoffman Carvalho 024965 Raquel Sanches Peres 017276 Rodrigo Dias de Carvalho 009897 Silvia Juliana Rodrigues de Oliveira 025279 Thiago Granado Franco 025305 Tiago Fonseca Ribeiro Borges 017523 Vanessa Aparecida Maccari 017570 Vitor Roberto Maeda

2008 022969 022978 026888 026891 023071

023087 026894 015483 004847 023208 023224 023372 023483 002959 025457

025458 024188 024613 024617 025463 024631 027312 025464 024669 027004

Adriana dos Santos Sato Adriana Pires Martins Alessandra Alves Negreiros Ana Aparecida de Souza Garbin Ana Carolina Eloy Geraldo Takacs Ana Isabel Dias Ana Paula Leme Spina Andre Pereira de Araujo Junior Antonio Marchi Scatolini Trentini Beatriz Barros de Mello Bruna Canale Cabral Cecilia de Souza Lopes Daniele Cristina Zulim Botega Fabiana Rodrigues de SA Florence Helena Carneiro Pompeu Guilherme Alves Pereira dos Santos Juliana Prando Mariana Pinto Sandrini Mariana Schincariol Paes Mariana Zucato Juliani Marilia Pedro Cury Marko Ceccere Covic Matheus Seity Takeshita Matheus Silveira Frank Nathalia Ribeiro da Silva

017014 027039 026890 023164 025452 027350 015601 031622 031631 031634 023302 991497 015659 015680 023371 023430 015775 032207 032264 015896 023659 023663 016067 032775 032947 016149 016161 981263 033073 024076 033613 024186 024193 001925 033775 024251

033866 025460 034040 024346 011807 034206

Oscar Jun Iguchi Tiago Mendes Coroa Aline Vilas Boas Souza Andreza Boccardo Souza Bárbara Garcia Silva Moreira Bibiane Cristina Saciloto Capelosi Caio Oba Osanai Camila Dalben Madeira Campos Camila Lambert Diniz Camila Mayumi Kaneshiro Camilia Aoyagui dos Santos Carlos Henrique Trevisan Carolina Kellin Lorenzini Caroline Takita Levy Catarina Amato Ferreira Gomes Cynthia Soares Pereira Daniel Goncharov Diana Figueiredo de Rezende Djane de Arcanjo Fefim Eduardo Brunelli Éric Fumhio Muto Érica Rodrigues Alssuffi Fernanda Monteiro Cavalcanti Fernanda Regina Paiva Gabriel Favalli Branco Gabriel Isaías Nantes Button Gabriela Cescato Sajovic Pereira Giuliano Yunes Greyce Licre Garcia Janaína Adalgiso Padoveze Joyce Lima Wood Juliana Oviedo Pinto Juliana Satie Hara Julio Cesar Barbosa Rocha Karen Senteio Laercio Gonzaga de França Aranha Filho Larissa Scattolini Leandro de Capitani Messias Lígia Pugliesi de Souza Lilian de Freitas Riniere Luana Reis Vieira Luciana Tiemi Tanaka


formandos do curso de graduação 034224 09223 034326 024489 024564 024566 034591 024623 024628 024657 016928 024695 024700 024711 034911 024738 034997 024744 024746 024793 035244

017098 024862 024869 017159 024997 017194 025469 982085 017338 025174 025176 025471 036375 031079

Ludmila Roseiro Luiza Bonafé Ostrowsky Maíra Chieranda Ruiz Manoela Franco Maria Carolina de Carvalho Maria Clara Caetano Silva Mariana de Souza Spirito Mariane da Silva Liston Marilia Kubota Martha Vieira dos Santos Mauricio da Costa Pereira Melissa Lima Claus Michelle Fernandes Nunes Milton Seidi Uemura Monise Helen Masuchi Natália Goes Peixoto Stradulis Natalia Stein de Marchi Natália Vittoruzzo Martinez Natasha Oyama Mota Patrícia Megumi Kobayashi Pedro Henrique Feliciano Fernandes Priscila Almeida Sevilha Priscila Bassan Conrado Priscila Ferreira Kobayashi Rafaela Damazio da Silva Renata Marques Shigematsu Renata Sacurai Renata Yu-Lin Chu Rodrigo Toku Santiago Franchi Soulat Suzana Michiyo Kamimura Suzane Mangini Almeida Tatiana Hasegawa Miwa Vanessa Regina Arakaki Ana Laura Ribeiro Suzigan

2009 025453 008232 995094

Bruno Tribst Piffer Camila Cristiane Paranhos Monteiro Cristiane Ramos dos Santos

033063 016600 034214 016931 034818

025468 024993 035923 009909 036127 036342 30898 41741

30974 30994 31012 31019 31033 31040 31059 31080 41904 31166 31281 31286 23186 42135 31382 31383 42158 42424 42534 31866 32071 32100 42915 43055 32305 23635 43206 32566

Glória Menescal Barbosa Lígia Maria Sutti Alvarenga Luciano dos Anjos Sardela Maurício Luiz dos Santos Mayra Cecy Ferreira Vianna Nogueira Priscila Bratfisch Renata Del Claro Sarah Damião Médici Simone Jin Hi Lee Tatiana YuriMissawa Vanesca Siqueira Alexandre Gomes Morassi Alexandre Montagnana Vicente Leme Aline Yumi Sakata Amanda Costa Pivetti Ana Alice Pereira Cornetti Silva Ana Carla Grigolon Rodrigues Ana Carolina Heinzl Erlinger Ana Carolina Morelli Ana Cláudia Varanda da Silva Ana Letícia Prado de Biazzi Ana Paula Resende Simiqueli André Dias Biscassi Angela Meirelles Angélica Belchol Pereira Armando Costa Júnior Bárbara Carra Dubowischy Bárbara Rigo Banhara Bárbara Rodrigues Nunes Beatriz Momesso Paulino Camila Yumi Oguihara Hirooka Carolina Souza Rehen Claudia Regina Cardarelli Daniela Sayuri Ito Danilo Augusto Coraine Débora Satie Fugita Duílio Biin Homg Lin Edgard Blaitte Ribeiro Jiron Elide Gomes Pereti Cremonesi Érick Kinoshita Sassaki Fábio Cesar Sanchez Doná

32749 43604 32876 43633 43793

Fernanda Diniz Celentano Flávia Perazolli Picolli Flávia Silva Marino Francine Trento Sanches Glaucia Helena Carvalho do Prado 43869 Guilherme Sinibaldi Barbosa 33466 Joana Ciotti de Camargo 24111 João Paulo Corrêa Faria 33533 Joice Aline Pires Vilela 33636 Julia Salzman Marques da Silva 44374 Juliana Lustosa Ferini 33802 Karla Ariane Silveira Munhoz 44505 Laís Urrejola Y Careche 44516 Larissa Castello Branco Almeida Bessa 34018 Letícia Yoshie Okada 44675 Lídia Sarantopoulos 24351 Lilian Saty Tanaka Scarpim 44822 Luciana Mayumi Hayassaka 34204 Luciana Saito 34373 Marcela Matos de Oliveira 34432 Marcelo Shimizu de Gouveia 45046 Márcia Cristina Yano 34479 Marco Antonio Fogaça Júnior 34558 Maria Laura de Luccas Lima 34559 Maria Laura Rubano 45173 Mariana Curvello de Mendonça e Azevedo 34693 Marina Dozzi Tezza Traldi 34891 Mirelle Mara de Oliveira 24718 Mônica Cruz da Motta 25466 Mônica Maria Pereira Ladewig 34909 Monique Monteiro Garcez 34928 Murilo Zanella Bernardo 45515 Natália Pires Macedo 24784 Pâmela Petrini 35100 Patricia Alessandra Bonets 35135 Patricia Tiemi Oishi 27319 Paula wako Suzuki 35176 Paula Yukari yassui 35482 Rafaela Batista de Oliveira 46013 Raphaela de Araujo Mantovani

A construção do saber: a história da FEA

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formandos do curso de graduação 9711 46072 25120 35909 35998 36071 36073 36084 36108 46593 36250 36469

Raquel Morais Martins Renan Vieira Rúbia Daniele Beraldo Samuel Scarassatti Freitas Simone Shiozawa Talita Cavalcanti da Rocha Talita Delgrossi Barros Talita Tanaka Tatiana Cardozo Chistotkin Tatiana Victorino dos Santos Thiago Orestes Vinicius Vicente Leonardi

2010 030958 042066 031903 042709 043458 035322 025115 030797 970452 033678 971486 036286 41637 41786 30995 42040 42228 42371 59484 59520 59540 42598 42984 60441 43309 43380 43460

138

Aline Moriale Maluf de Paula Anna Raquel Maciel Fiorini Cristiane Yukie Nakatani Cristina Massumi Sato Murakami Fernanda Campos Brito Nuno Priscila Ribeiro Martins Alves Roseanne Barata Holanda Adriana Sampaio de Almeida Cristiano Eduardo Alves Dias Juliana Frey Weege Ricardo del Corsso Tiago Damásio da Silva Adéssio David Simioni Aparecido Aline Megumi Kaneko Amanda Cristina Piva Baracat Andréia Naomi Agena Tei Bruna Muriano Rogerio Caio Daishi Tanaka Camila Carou Di Stefano Camila Nishihara Pinto Rodrigues Carina Branta Lopes César Manso Maschieto Diego Kazumi Kataguire Érika Justo Marques Fábio Mincauscaste Mendes Felipe Damazo Zanferrari Fernanda Carolina Bissoli Barboza

A construção do saber: a história da FEA

43468 43609 43711 43871

Fernanda Cury Bergamim Flávia Suzuki Chiba Gabriela Maggi da Silva Dantas Guilherme Varanda Manganello de Souza 61442 Henrique Takahashi 44097 Isabela Batista Frigeri 61597 Izabel Boretti Gomes 61840 Júlia da Cunha Gobbo 33685 Juliana Haruko Horita 61920 Juliana Mieli 44402 Juliana Valdetaro Avallone 44465 Kazumi Kawasaki Ramos 62094 Larissa Consoli 44609 Leonardo Antonelli 44689 Lígia Villas Boas Figueiredo 44701 Lilian Yuri Takahashi Tada 44715 Lívia Cancherini 62324 Lívia Miranda Trama 44894 Luiz André Rodrigues Ferraz 26987 Marcella Camargo Marques 62715 Marcelo Eiti Tanaka 62840 Maria Beatriz Cannizza Pinho 62904 Mariana Chianca D’ Arezzo 62949 Mariana Paula Dias 45239 Mariane Tonon Ruiz 45266 Marina Corrêa e Castro Seabra Salles 63024 Marina Resende Irigon 34780 Matheus Mouro D’ Angioli 63168 Mayra Usuda Miyake 63233 Milena Ruffino Silva 63236 Milla Nogueira Ayres do Amaral 63370 Natasha Gonçalves Gesualdi 45536 Nathália Carolina Capacla 63426 Nicole Povel Rocha Mello 45847 Rafael Campos Costa da Fonseca 46089 Renata Ikari Kuratomi 64400 Sandra Miziara de Oliveira 64408 Sara Lacerda de Meiroz Grillo 36115 Tatiana Kim 46626 Thaís Cristina Sivi 64678 Thatiane Graciani Carniato

64762 64995 65152 41699

23062

23078 31109 31264 23306 42450 42536 42900 43606 43632 33788 44499 44508 44513 44546 44808 34666 24644 19271 45539 45591 45617 45971 46074

46138 46558 46613 45238 46747

Thiago Vieira de Oliveira Vinicius Uehara Zheng Jinfeng Alessandra Maria Sautieff Andregheti Ana Beatriz Gama Celesque dos Santos Ana Claudia Cordeiro Tahara Ana Paula Hitomi Oshiro Andréia Vitorino da Silva Carime Aparecida Baracat Carla Zanaga de Oliveira Barboza Carolina Villar Vezaro Débora Gasparino Flávia Regina de Faria Francine Braga Karina Ipolita de Oliveira Laís Maciel Tarôuco Laisa Lima de Oliveira Lara Ferreira de Souza Tonin Lauren César Luciana Blasi Cruz Marília Fernanda Victal Mário Augusto Neto Nathália Caetano Lira Nathália Harue Inada Pablo Roberto Oliveira Patrícia Harumi Mitiyue Rafaela Akina Oyama Renata Alessandra Inácio Rodrigues Renato Kwok Chi Wing So Talyta Santos Almeida Thacia Guilherme Thaís Fernanda Tafarello Thiago Soares Leite

2011 60359 59542 63360

Elise Tozini Campanini Carina Lima de Macedo Natalia Vaz


formandos do curso de graduação 45232 61064 58763 63769 63070 60467 63176 59108 59337 58963 42862 35334 59460 42204 44908 43948 34000 32715 32153 25473 73860

Mariana Yukie Miyazaki Gabriela Giolo Ramos Amanda Loria Garcia Rafael Assumpção Fiorda Mateus Amaral Campos Esther Tomy Karazawa Melina Mie Sugano Kimura Arianne Santos Catelli Bruno Figueira Gomes André Luís Panciera Danilo Pires Finatti Priscilla Güdde Beutner Caio Massaharu Ogushi Bruna Brandão Duarte Luiz Felipe Estrella de Brito Gustavo Silva Bento de Souza Leonora Schmidt Felipe Solano de Melo Débora Belo Alves Vinícius Tremocoldi Stipp Alessandra Sayuri de Almeida Silva 72812 Ângela Di Sevo Nesso 59514 Camila Miura 42417 Camila Pierobom 42815 Daniele de Carvalho 70599 Débora Parra Baptista 43189 Enos Itiro Suga 73034 Eveline Rumi Nakao 70802 Felipe Diz Diz 60652 Felipe Gomes de Oliveira 60744 Fernanda Furlan Gonçalves Dias 70986 Gabriela Wakayama Nomiyama 74108 Isabela Jorge Trad 71194 Isabela Siqueira Rennó 71238 Jessica da Costa Carvalho 61980 Julyana Yumi Kawabara 33779 Karin Steffanoni Bernardes 71411 Laís de Carvalho e Silva Novaes 62282 Ligia Kazumi Oi Hoshino 34074 Livia Calegari Jorge 71607 Luciana Zuleta Bianchi 44950 Maíra Hattori Nasrala

71752 45195 71874 63173 63267 63296 63431 45575 9603 63740 35406

63839 72510 36444

36491 72668 58653 41823 59177 42143 59253 59999 60368 43414 61079 61387 61664 61861 62111 62293 62452 11160 62866 63204 63238 63680 46324 64386 64449 36344

Maria Beatriz Carneiro Binotto Mariana Freitas Souza Mayra Lumi Noguchi Meire Yoko Namihira Monika Tiemi Muramoto Nádia Leão Ferreira Dias Nina Agujaro de Almeida Nina Duarte Anaruma Paulo Roberto Rodrigues Filho Priscila Lie Kawazoi Rafael Hitoshi de Abreu Matumoto Rafael Kanashiro Toyohara Thiago Nogueira de Queiroz Vinícius Falleiros da Cruz Machado Vitor Hugo Alves Câmara Yukio Kuroda Nabeshima Alexandre Levy Figliolino Amanda Dornelas Affonso Barbara Jordão de Almeida Beatriz Bortolotti Albano Ferreira Bruna de Oliveira Gomes Danielle Leimi Kakutate Elvis da Silva Guimarães Felipe Nakano Gabriela Rigolo Helena Coimbra de Oliveira Jéssica Cristina Pasquini Juliana Atilio Vianello Larissa Pinheiro Dias Lilian Maria Buoro Albertini Luciana Fabiani Miranda Luís Fernando Haruna Maria Fernanda Perina Ferreira Michele Nunes da Lima Moreira Milton Bertolani Neto Pedro Menchik Rodrigo Matos Gouvêa Samira Silva Deles Silmara Franco de Godoy Vanessa Aparecida Moraes

2012 70012 59198 70411 70616 70708 70732 74028 60800 61055 61595 44249 71356 62091 73315 44635 71523 71527 34105 71592 71758 45271 63300 71944 63467 36082 72450 82991 58729 59934 60886 63387 63437 35152 17299 64457 65005 64381

Alberto Shinoda Beatriz Camargo Paixão Carolina Genaro Arduini Denise Duarte de Souza Elis Chachia de Oliveira Erika Gomes Santos Fernanda Godoy de Souza Fernando de Toledo Delfini Gabriela do Nascimento Junqueira Ivy Cristini Sousa Lellis João Vinicius Rizardi Martins Juliana Salvetti Zanini Larissa Bertollo Gomes Porto Larissa Bonome Message Leonardo Korbage do Fanno Liége Castro Wendler Liliam Tiemi Sakotani Luana Buso Jacon Lucas Spanopoulos Perez Maria Gabriela Pereira Gimenes Marina dos Santos Rafacho Naiara Basile dos Santos Mello Natália de Paula Santos Pablo Flôres Lourenço Talita Pavanatti Padula Thaís Armani Goulart Verônica Muedra Batoni Aline Zanoto Al-Assal Daniel Ponciano Lemes Flávia Regina Lopes Gomes Nathalia Ono Noma Luporini Ruiz Paula de Oliveira Faria Rodrigo Secorun Favaretto Simei Alves Carneiro Vitor Cesar Cremonesi Samara Pádua Krohiling

A construção do saber: a história da FEA

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Esta obra foi composta com as fontes Frutiger, Garamond e Bodoni, como parte da comemoração dos 45 anos da FEA. Campinas, primavera de 2012.


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